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CREMOS
1) Na inspiração divina verbal e plenária da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé e prática para a vida e o
caráter cristão (2Tm 3.14-17);
2) Em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas distintas que, embora distintas, são iguais em
poder, glória e majestade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo; Criador do Universo, de todas as coisas que há nos
céus e na terra, visíveis e invisíveis, e, de maneira especial, os seres humanos, por um ato sobrenatural e
imediato, e não por um processo evolutivo (Dt 6.4; Mt 28.19; Mc 12.29; Gn 1.1;2.7; Hb 11.3 e Ap 4.11);
3) No Senhor Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, plenamente Deus, plenamente Homem, na concepção e
no seu nascimento virginal, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os mortos e
em sua ascensão vitoriosa aos céus como Salvador do mundo (Jo 3.16-18; Rm 1.3,4; Is 7.14; Mt 1.23; Hb
10.12; Rm 8.34 e At 1.9);
4) No Espírito Santo, a terceira pessoa da Santíssima Trindade, consubstancial como o Pai e o Filho, Senhor e
Vivificador; que convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo; que regenera o pecador; que falou por meio
dos profetas e continua guiando o seu povo (2Co 13.13; 2Co 3.6,17; Rm 8.2; Jo 16.11; Tt 3.5; 2Pe 1.21 e Jo
16.13);
6) Na necessidade absoluta do novo nascimento pela graça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo e pelo
poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus para tornar o homem aceito no Reino dos Céus (Jo 3.3-8,
Ef 2.8,9);
7) No perdão dos pecados, na salvação plena e na justificação pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo
em nosso favor (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26; Hb 7.25; 5.9);
8) Na Igreja, que é o corpo de Cristo, coluna e firmeza da verdade, una, santa e universal assembleia dos fieis
remidos de todas as eras e todos os lugares, chamados do mundo pelo Espírito Santo para seguir a Cristo e
adorar a Deus (1Co 12.27; Jo 4.23; 1Tm 3.15; Hb 12.23; Ap 22.17);
9) No batismo bíblico efetuado por imersão em águas, uma só vez, em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito
Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm 6.1-6; Cl 2.12);
10) Na necessidade e na possibilidade de termos vida santa e irrepreensível por obra do Espírito Santo, que nos
capacita a viver como fiéis testemunhas de Jesus Cristo (Hb 9.14; 1Pe 1.15);
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11) No batismo no Espírito Santo, conforme as Escrituras, que nos é dado por Jesus Cristo, demonstrado pela
evidência física do falar em outras línguas, conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4; 10.44-46; 19.1-7);
12) Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação, conforme
Sua soberana vontade para o que for útil (1Co 12.1-12);
13) Na segunda vinda de Cristo, em duas fases distintas: a primeira — invisível ao mundo, para arrebatar a Sua
Igreja, antes da Grande Tribulação; a segunda — visível e corporal, com a Sua Igreja glorificada, para reinar
sobre o mundo durante mil anos (1Ts 4.16, 17; 1Co 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5; Jd 14);
14) No comparecimento ante o Tribunal de Cristo de todos os cristãos arrebatados, para receberem a
recompensa pelos seus feitos em favor da causa de Cristo na Terra (2Co 5.10);
15) No Juízo Final, onde comparecerão todos os ímpios: desde a Criação até o fim do Milênio; os que morreram
durante o período milenial e os que, ao final desta época, estiverem vivos. E na eternidade de tristeza e
tormento para os infiéis e vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis de todos os tempos (Mt 25.46; Is 65.20;
Ap 20.11-15; 21.1-4);
16) Cremos, também, que o casamento foi instituído por Deus e ratificado por nosso Senhor Jesus Cristo como
união entre um homem e uma mulher, nascidos macho e fêmea, respectivamente, em conformidade com o
definido pelo sexo da criação geneticamente determinado (Gn 2.18; Jo 2.1,2; Gn 2.24; 1.27).
INTRODUÇÃO
Falar sobre os papéis distintos de homem e mulher é muito mais complicado nos tempos
de ideologia de gênero. Muitos hoje (inclusive no mundo evangélico) zombam da ideia
de insistir no feminino. Está se proclamando por todo o lugar que não existe homem,
não existe mulher. O que é existe é: “Seja o que você quiser”. Contudo, seguindo a
Palavra de Deus entendemos que existe uma essência e quem a determina é o Criador.
1
Feminismo é um conjunto de movimentos políticos, sociais, ideologias e filosofias que têm como
objetivo comum: direitos equânimes e uma vivência humana por meio do empoderamento feminino e da
libertação de padrões patriarcais, baseados em normas de gênero.
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visão própria do feminismo2 tem chegado às mulheres cristãs3, razão pela qual se torna
necessária uma análise mais profunda para uma recuperação da visão bíblica da
feminilidade.
Vivemos numa sociedade pós-feminista onde o modo novo de pensar, o modo “correto”
– de acordo com a mídia e com os livros se tornou a norma do feminismo. Nesse
contexto, as mulheres estão sendo treinadas para valorizar educação, carreiras fortes e
potencial de ganhos – e a desvalorizar o lar, o casamento e os filhos. Além disso, elas
esperam que os homens se conformem ao modo de pensar feminino e às expectativas
femininas sobre como deve ser o homem. Obviamente, isso impacta grandemente o
casamento e a vida familiar. Por isso que os relacionamentos entre homens e mulheres
estão tensos. Voddie Baucham diz que “a influência destas objeções sempre tem tido
muito peso por causa das palavras de Deus: o teu desejo será para o teu marido e ele
te dominará” (Gn 3.16)”4, e continua “o desejo da mulher é livrar-se da liderança
masculina”5.
2
Segundo Maggie Humm e Rebecca Walker, a história do feminismo pode ser dividida em três "ondas".
A primeira teria ocorrido no século XIX e início do século XX, a segunda nas décadas de 1960 e 1970 e a
terceira na década de 1990 até a atualidade.
3
O chamado “feminismo evangélico”
4
Pastores da Família, pág. 131
5
Ibid., pág. 134
6
Dicionário Webster
7
Elisabeth Elliot (1926-2015) foi uma missionária, autora e pregadora. Seu primeiro marido, o
missionário Jim Elliot, morto em 1956 ao tentar fazer contato missionário com a tribo Auca do leste do
Equador. Mais tarde, ela passou dois anos como missionária para os membros da tribo que mataram o
marido.
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E sobre a feminilidade faz a seguinte afirmação: “o fato de ser mulher não me torna um
tipo diferente de cristão. Mas o fato de ser cristã me faz um tipo diferente de mulher”.
Viver de acordo com os princípios bíblicos hoje requer que as mulheres sejam ousadas o
suficiente para permanecerem firmes contra as filosofias e fortalezas que buscam
destruir a Palavra de Deus e sua autoridade.
A filosofia secular vem a nós diariamente com força terrível, e precisamos lembrar da
admoestação de Paulo para os cristãos romanos: “E não vivam conforme9 os padrões
deste mundo, mas deixem que Deus os transforme pela renovação da mente, para que
possam experimentar qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12:2,
NAA10).
Não se pode negar que, muitas vezes, há o abuso da liderança masculina, por
ignorância, instrução equivocada, maus exemplos e é claro, o pecado que não
reproduzem nem de longe o padrão bíblico para masculinidade. Não se pode negar que
muitas reivindicações são legítimas. As duas bandeiras do feminismo 12 são reduzir a
desigualdade e o abuso.
8
Citado por Rute Salviano de Almeida artigo “A Feminilidade bíblica de Elizabeth Elliot” – in Revista, O
Clarim, pg. 61, março 2019
9
συσχηματιζω suschematizo conformar-se (i.e., mente e caráter de alguém) ao padrão de outro, (moldar-
se de acordo com).
10
Nova Almeida Atualizada
11
Complementarismo é o conceito a respeito do relacionamento entre os gêneros que difere do
igualitarismo de gênero, defendendo que homens e mulheres são iguais em status, contudo, tem funções
diferentes e complementares.
12
O livro “O Segundo Sexo” escrito por Simone de Beauvoir, em 1949 impulsionou a segunda onda do
feminismo, e ela zomba dessa ideia de existir uma essência feminina eterna, um paradigma feminino que
deva ser observado por todas as mulheres
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Igualitarismo
Complementarismo
A Bíblia ensina que “Deus criou o homem13 à sua imagem; à imagem de Deus os
criou; macho e fêmea14 os criou” (KJA15) (Gn 1.27). Foi um privilégio tanto para o
homem quanto para mulher ser portador da imagem de Deus, pois, assemelham-se a
Deus como nenhuma outra criatura.
Deste modo, as Escrituras desde o início destacam que o homem não é superior nem
inferior à mulher, ambos são importantes para Deus, contudo, embora afirme que ambos
foram criados com igual dignidade e valor diante de Deus deixa claro que existem
papéis diferentes no casamento. O marido tem a responsabilidade dada por Deus de
prover, proteger e liderar a família. Diante disso, o texto bíblico ensina que:
Poucos textos das Sagradas Escrituras retratam com mais clareza o que é a feminilidade
cristã como Provérbios 31.10-31. A descrição da “mulher virtuosa” oferece um
embasamento bíblico para desenvolver princípios pelos quais a feminilidade cristã deve
ser cultivada.
Se adaptar aos princípios bíblicos que normatizam decisão e ação é fundamental para
ser uma mulher virtuosa. No texto de Provérbios 31, podemos encontrar pelo menos
onze princípios que identificam e qualificam a feminilidade cristã.
a) Virtuosa
“Mulher exemplar não é fácil de encontrar; ela vale muito mais que as joias!” (Pv
31.10 BPT16) Uma mulher “virtuosa” procura viver de acordo com a Palavra de Deus no
poder do Espírito Santo (Fp 4.13). Estudiosos do Antigo Testamento entendem que a
mulher virtuosa descrita em Provérbios seria Rute (cf. Rt 3.1117).
Uma mulher virtuosa é uma “coroa para seu marido”, ao passo que uma mulher onde
faltam estas virtudes é motivo de vergonha e sofrimento. Uma vida de virtude e acima
de tudo um relacionamento com Deus deve ser o alvo de toda mulher cristã casada ou
solteira (Mt 5.8).
b) Confiável
“O coração do seu marido confia nela, e não haverá falta de ganho. Ela lhe faz bem e
não mal, todos os dias da sua vida. Seu marido é estimado entre os juízes, quando se
assenta com os anciãos da terra” (Pv 31.11,12,23) O ser confiável é constatado pelo
comportamento que denota integridade18, honestidade, segurança, justiça e lealdade é
isso é demonstrado pela forma como lidamos com a fartura, pois, muitas vezes a
prosperidade tende a revelar nosso sistema de valores (1 Co 10.1-10).
O caráter da mulher virtuosa motiva seu marido a confiar nela (Pv 31.11). O que
salienta sua maturidade, amor, limites, satisfação, fé e coragem. Esta mulher tem a
habilidade de incentivar ou até sufocar seu caráter e administra esse privilégio pelo
poder do Espírito Santo (Gl 5.16-26).
Uma mulher virtuosa pode viver desta forma casada ou solteira quando ela leva a
sério das orientações bíblicas (Sl 37.3,4; Pv 3.5,6; Jr 29.11-13). Se for casada o coração
16
Bíblia para Todos – Tradução Interconfessional.
17
“E agora, minha filha, não tenha medo. Tudo o que você falou eu vou fazer,
porque todo o povo da cidade sabe que você é uma mulher virtuosa” (NAA).
18
Isto é, a qualidade ou o estado de ser completo (Cl 2.10).
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do esposo será confiado a ela, se solteira será a avaliação dos que estiverem próximos
dela.
c) Determinada
c) Em boa forma
“Põe-se ao trabalho com toda a energia20; os seus braços21 nunca estão parados” (Pv
31.17 PPT). A aptidão física é das maiores preocupações das mulheres do século XXI.
A aplicação bíblica é definida por três vocábulos: “adequada, apropriada e ajustada”.
Preocupa-se com o que é adequado a uma mulher digna na seleção de atividades que
fortalecem o físico e a preparam para cumprir as exigências da vida. Esta mulher tem
uma atitude realista voltada para a capacitação pessoal, reconhecendo que seu corpo é
templo do Espírito Santo e que é sua responsabilidade fazê-lo uma moradia apropriada
para ele (1 Co 6.19,20). Ela percebe que deve ser saudável para realizar a obra de Deus,
o que requer libertação dos hábitos que podem trazer prejuízos físicos, emocionais e
espirituais (Rm 12.1,2).
e) Econômica
19
Ela trabalha com as mãos. A palavra “mãos” aparece sete vezes em Provérbios
31.10-31.
20
עזÌoz ou (completamente) עוזÌowz poder, força - material ou física, pessoal ou
social ou política
21
זרועz ̂erowa Ì ou (forma contrata) זרעz ̂eroa Ì e (fem.) זרועהz ̂erow Ìah ou זרעהz
̂ero Ìah - braço (como símbolo de força).
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“Administra com sabedoria, e seus negócios produzem lucros; mesmo tarde da noite
sua lâmpada não se apaga” (Pv 31.18 KJA). A mulher virtuosa de Provérbios 31
entende perfeitamente que dinheiro envolve economia doméstica, ela reconhece a
qualidade das coisas, adotando uma atitude espiritual quanto as coisas materiais e ao
dinheiro (1 Tm 6.6-10), e experimenta a alegria da generosidade (2 Co 9.6-8), não se
deixando levar pelo consumismo22, ao contrário, avalia e sempre busca ao comprar
algo, fazer escolhas sadias que depois não lhe causem culpa (Pv 31.18).
d) Altruísta
“Ela prepara fios de lã e de linho para tecer as suas próprias roupas. Ajuda os pobres e
os necessitados” (Pv 31.19-20 NTLH23). Uma mulher egoísta não tem consideração
pelas necessidades dos outros, naturalmente o egoísmo é filho do orgulho que é um dos
pecados detestados por Deus (Pv 6.16-19).
Na mulher virtuosa não há lugar para o egoísmo, Paulo ensina que na piedade e no
contentamento há grande lucro (1 Tm 6.6-8), as riquezas materiais não são a fonte do
seu contentamento, mas seu caminho de humildade como o trilhado pelo seu Senhor
(Fp 2.8; 1 Pe 5.5). Sua segurança não está nas riquezas materiais (Sl 20.7; Pv 11.28), é
uma pessoa amável (Pv 11.16) e generosa (Pv 31.19,20).
e) Preparada
“Quando faz muito frio, ela não se preocupa, porque a sua família tem agasalhos para
vestir. Faz cobertas e usa roupas de linho e de outros tecidos finos...Ela nunca tem
preguiça e está sempre cuidando da sua família (Pv 31.21,22,27). Uma mulher sábia
demonstra organização e planejamento para prever suas ações de tal forma que esteja
preparada até mesmo para circunstancias imprevistas e não vive de crise em crise, da
mesma forma ela sabe estar espiritualmente preparada, assim como guarda uma reserva
para os imprevistos do dia a dia ela guarda uma reserva espiritual para os desafios que
22
Diz um pregador que o consumista compra o que não precisa, com o dinheiro que
não tem para impressionar quem não conhece.
23
Nova Tradição na Linguagem de Hoje
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virão pela frente ( cf. Jr 17.8). Assim ela se torna um modelo para as demais mulheres
(1 Co 11.1) e não passará por frustração e lamento (Mt 25.21,23).
f) Honrada
“Reveste-se de força e dignidade; sorri diante do futuro” (Pv 31.25 NVI). Ela tem um
sentido claro dos padrões do certo e do errado estabelecidos por Deus em sua Palavra e
sua sinceridade moral é perceptível a todos. É alguém cujo adorno exterior
complementa sua virtude interior (1 Pe 3.3,4), que se abstém de toda aparência do mal
(1 Ts 5.22), que conhece e respeita os parâmetros do certo e do errado (Pv 14.12; 16.25;
Mt 7.13,14), suas convicções são pautadas na Palavra de Deus (Sl 119.105) mais do que
nas tendências da cultura.
Tem controle do seu corpo, o apresentando como sacrifício vivo ao Senhor (Rm
12.1,2), se recusa a usar seu corpo como instrumento do pecado (Rm 6.12,13), pois, o
mesmo pertence a Cristo (1 Co 6.15), é templo do Espírito Santo (1 Co 6.19),
mantendo-o em pureza diante de Deus (Gl 6.1,2; Tg 5.19,20).
g) Prudente
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“Abre a boca com sabedoria, e sua língua sabe ensinar com bondade e paciência” (Pv
31.26 KJA). O princípio da prudência é ter sabedoria e levar em conta as possíveis
consequências do mal uso da língua. Ela escolhe fazer do encorajamento seu estilo de
vida, pois, é mandamento (Hb 10.25). Inspira a outras com coragem, espírito e
esperança renovadas, valorizando as pessoas não tanto pelo que elas fazem, mas pelo
que elas são. Deste modo as pessoas buscarão e seguirão seus conselhos (Cl 4.6)
h) Amável
“Seus filhos a respeitam e a elogiam; seu marido também a elogia, dizendo: “Pode
haver muitas esposas exemplares neste mundo, mas eu tenho certeza que nenhuma
delas é melhor que você” (Pv 31.28,29 NBV24). A benevolência naturalmente envolve
empatia e amor pelos outros, o que inclui o esposo, os filhos, familiares, amigos, irmãos
em Cristo, bem como as demais pessoas de sua rede de relacionamentos, somado a um
sólido compromisso com Deus, ela faz do lar sua prioridade, trabalhando criativamente
com o marido (Am 3.3; Ef 5.22,23; Cl 3.18; 1 Pe 3.1-6). Ensina os filhos na Palavra de
Deus (Dt 6.6,7; 11.18-21; Sl 78.1-4; Pv 22.16; Ef 6.4; Cl 3.21; 2 Tm 3.14-17). Vivendo
de tal forma será exemplo para as mulheres mais jovens (Tt 2.3-5).
i) Temente a Deus
“Os encantos de uma mulher podem ser apenas uma ilusão, e a beleza não dura para
sempre. A verdadeira beleza, a verdadeira honra de uma mulher está em temer o
SENHOR” (Pv 31.30 NBV). A mulher que adota o princípio de temer a Deus, adorará e
honrará ao Senhor com todo o coração (Mt 22.37), o que inclui fome e sede de Deus (Sl
42.1,2), bem como submissão ao Senhor (Tg 4.7) e uma avaliação constante do seu
estado espiritual (1 Co 11.31,32). Os princípios da Palavra de Deus são prioridade em
sua vida (Mt 6.33) e não cai na rotina com relação a seu relacionamento com Deus,
pois, a alegria no Senhor é sua força (Ne 8.10). Será um modelo positivo por causa de
sua fé, sendo uma serva fiel (Mt 25.21).
24
Nova Bíblia Viva
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“ Que ela seja recompensada por seu esforço, e seu trabalho, elogiado em público” (Pv
31.31 A2125). Em tempos de redes sociais em que quaisquer trivialidades da vida
cotidiana são compartilhadas, uma mulher virtuosa não alardeia suas virtudes, mas é
elogiada (louvada) por aqueles que a conhecem. A mulher cristã que resolver adotar os
princípios de feminilidade esboçados em Provérbios 31 será recompensada nesta vida e
no porvir, pois vier assim glorifica a Deus (1 Co 10.31).
25
Almeida Século XXI
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A Bíblia Sagrada apresenta inúmeras orientações claras que instruem a mulher cristã
a evidenciar sua feminilidade para que seja uma adjutora idônea (Gn 2.18), expondo a
graça (Pv 11.16), vivendo uma vida pura (1 Pe 3.1,2), desenvolvendo um espírito manso
e tranquilo (1 Pe 3.4), submetendo-se ao seu marido (Ef 5.22) e servindo de exemplo as
mulheres mais jovens (Tt 2.3-5).
Muitas vezes é difícil falar de feminidade bíblica em meio a uma sociedade onde
as mulheres têm sido (e ainda são) prejudicadas por homens. Olhando para a história e
também para a história da igreja encontram-se muitos exemplos de mulheres que foram
tratadas de modo injusto e sem amor.
Por causa de preconceitos as mulheres por muito tempo não tinham direito ao
voto, em algumas culturas ainda hoje são negadas as mulheres na política, na educação
26
Nova Versão Internacional
27
Sobre este texto bíblico comenta William Barclay: “Jesus começou sua resposta estabelecendo um
princípio: toda a questão surge a partir de um engano fundamental, o engano de pensar no céu em
termos terrestres, e de pensar na eternidade em termos de tempo. A resposta que Jesus dá é que qualquer
pessoa que lê as Escrituras deve dar-se conta de que semelhante pergunta carece de pertinência, pois o
céu não será uma mera continuação ou extensão deste mundo. Haverá relações novas e superiores que
transcenderão em muito as relações físicas do tempo”.
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não tem os mesmos privilégios desfrutados pelos homens. O desejo de uma mulher
cristã viver com genuína feminilidade cristã vem com as proposições que Deus criou à
sua imagem (Gn 2.16,17) e a projetou para cumprir um papel específico (Gn 2.18).
Homem e mulher foram criados por Deus iguais em dignidade, valor, essência e
natureza humana, mas também distintos em seus papéis, onde ao homem foi dada a
responsabilidade de assumir amável autoridade sobre a mulher, e à mulher a
responsabilidade de oferecer uma assistência submissa, disposta e alegre ao homem.
Gênesis 1.26,27 deixa bem claro que o homem e a mulher são igualmente criados à
imagem de Deus, e no designío criativo de Deus, igual e completamente humanos.
Contudo, em Gênesis 228, a humanidade encontra formas diferentes de expressão, num
relacionamento de complementaridade, onde a mulher age em submissão à liderança e
autoridade do homem. A verdade é que homem e mulher são iguais em essência (ou
seja, ambos completamente humanos, ambos à imagem de Deus, ambos de igual valor e
dignidade para com Deus) e juntos comissionados ao reinado sobre a terra.
A redenção e a regeneração daqueles a quem Deus iria salvar não faz distinção entre
homem e mulher. O gênero é absolutamente irrelevante em relação a quem deverá ou
não ser salvo (Gl 3.28); O Senhor distribui Seus dons a Seu povo como Lhe apraz, mas
o gênero não é um fator na entrega de qualquer um dos dons a qualquer pessoa. Homens
e mulheres são igualmente recipientes de todos os dons dados por Deus 29 (1 Co 12.7-
11).
Pedro ensina que mulheres salvas (esposas, neste contexto) devem ser tratadas com
honra, precisamente porque elas, juntamente com os homens salvos, são co-herdeiras da
graça da vida em Cristo. É tão importante que maridos entendam este princípio e
respeitem suas esposas dessa maneira, que Pedro alerta que maridos que não tratam suas
esposas de acordo com a honra dada a elas por Deus não terão suas orações ouvidas por
Ele (1 Pe 3.7).
28
Em seu próprio contexto e na compreensão de Paulo em 1 Coríntios 11 e 1
Timóteo 2
29
Veja 1 Co 11.5 para um relato de mulheres com o dom de profecia
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b) Deus deu instruções a Adão, antes da criação de Eva, para não comer da árvore
proibida (2.16,17). Isto implica na responsabilidade de Adão em instruir sua futura
esposa e guardá-la de violar esta proibição (daí a significância, no verso 3.6, de a
mulher dar o fruto ao homem “que estava com ela”, mostrando que ele falhara em
proteger sua esposa como deveria);
c) Eva foi criada para ser auxiliadora 30 de Adão. Enquanto é verdade que este termo
hebraico é também usado para se referir a Deus “ajudando” seu povo, é claro que Paulo
entende que o papel de Eva como auxiliadora requer que ela esteja sob a devida
autoridade do homem31
Relacionamento requer sustentação e manutenção, seja ele qual for. Para que
haja sustentação, é necessária uma estrutura, como ocorre em uma edificação. Logo,
temos que saber a estrutura da família conhecendo os papéis de cada um no
relacionamento amoroso do casal.
31
Veja 1 Co 11.9,10 que diz “o homem não foi criado por causa da mulher, mas a
mulher por causa do homem”.
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Sobre o tema, nos ensina Bilings (1984), que no casamento temos o homem
como o cabeça da família. Ele deve ser o protetor e amigo de sua esposa com tudo o que
diz respeito a seu bem estar, descanso, recreação, estabilidade emocional, abastecimento
do lar, das necessidades e comodidades materiais.
Assim, nota-se que o esposo é o cabeça da esposa, mas muitos distorcem a ideia
apresentada na bíblia fazendo parecer que a mulher não deve raciocinar por si ou que o
homem manda na esposa, pura e simplesmente, sem o objetivo divino da proteção
amorosa.
O pecado trouxe não o início da hierarquia relacional entre o homem e a mulher, mas
uma ruptura no papel de liderança do homem e de submissão da mulher dado por Deus
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no relacionamento entre eles (Gn 3.16)32. O pecado causou uma ruptura na ordem de
liderança masculina e submissão feminina, em que:
b) Que o homem estava inclinado a usar erroneamente seu direitos de liderança, seja
pela pecaminosa abdicação de sua autoridade dada por Deus, conformando-se ao desejo
da mulher de dominá-lo (e portanto falhando em liderar como deveria), ou pelo
pecaminoso abuso de seus direitos de liderança por meio de uma dominância dura, cruel
e exploradora da mulher.
Paulo ensina que as mulheres devem se submeter aos seus maridos em resposta à
sua submissão à liderança de Cristo (Ef. 5.22). A razão para isso, diz Paulo, é que o
marido é o cabeça da esposa assim como Cristo é o cabeça da Igreja (Ef 5.23). O
próximo verso torna este aspecto ainda mais explícito: “assim como a igreja está sujeita
a Cristo, também as mulheres estejam em tudo sujeitas a seus maridos” (Ef 5.24).
Maridos, por sua vez, devem amar suas esposas como Cristo ama a igreja (Ef 5.25-
29). Quando maridos amam verdadeiramente suas esposas e esposas submetem-se aos
seus maridos, vemos a distorção pecaminosa do relacionamento entre o homem e a
mulher ser derrotada e, então, um retorno àquilo que Deus planejou desde a criação do
homem e da mulher.
A mulher de acordo com Pedro, é uma “parte mais frágil” e precisa ser tratada com
ternura e compreensão. Isto implica que:
32
A maioria dos interpretes entendem a maldição da mulher em Gn 3.16 como
significando que o pecado traria a Eva um desejo errôneo de dominar seu marido
(ao contrário do propósito divino da criação), e que, Adão deveria afirmar sua
liderança sobre ela.
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b) O marido carrega uma responsabilidade dada por Deus de cuidar de sua esposa, o que
é indicativo de sua liderança e responsabilidade primordial no relacionamento deles.
Ainda que não exista base bíblica para o apostolado, bispado ou mesmo pastorado
feminino, uma diaconisa possa exercer um relevante ministério especialmente com
outras mulheres (Tt 2.3-4), bem como assistência, instrução e ensino, e é claro que uma
mulher não precisa ser ordenada “pastora” para exercer seu ministério.
A igreja deve andar pelo ensino das Escrituras Sagradas. Se certos líderes antigos
defenderam idéias erradas sobre a inferioridade da mulher, cabe à Igreja corrigi-las à luz
das Escrituras, que mostram que Deus criou o homem e a mulher iguais. Porém, corrigir
os erros dos antigos neste ponto não significa ordenar mulheres, pois aí estaríamos
33
De acordo com o Dicionário Webster “princípios” podem ser descritos como um
preceito aceito ou professado de padrão ou conduta.
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cometendo um outro erro. Certamente as mulheres não são e nunca foram inferiores aos
homens, mas daí a abolirmos os papéis distintos que lhes foram determinados por Deus
na criação vai uma grande distância.
Feministas cristãs enfatizam que Paulo estaria influenciado pela cultura de seu tempo
que aliás é bem diferente da atual, entretanto, faz-se necessário distinguir entre
o princípio teológico supra cultural (acima e sobre a cultura) e a expressão
cultural deste princípio. Há coisas no ensino de Paulo que são claramente culturais,
como a determinação para o uso do véu em 1Coríntios 11. Porém, enquanto que o uso
do véu é claramente um costume cultural, ao mesmo tempo expressa um princípio que
não está condicionado a nenhuma cultura em particular, que é o da diferença funcional
entre o homem e a mulher. O que Paulo está defendendo naquela passagem é a vigência
desta diferença no culto público — o véu é apenas a forma pela qual isto ocorreria
normalmente em cidades gregas do século I. Notemos ainda que Paulo defende a
participação diferenciada da mulher no culto usando argumentos permanentes, que
transcendem cultura, tempo e sociedade, como a distribuição ou economia da Trindade
(1Co 11.3) e o modo pelo qual Deus criou o homem (1Co 11.8-9).
É preciso da mesma forma defender a importância do papel que Deus deu apenas às
mulheres: mãe. Aquelas mulheres a quem Deus abençoou com esse papel se encontram
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no coração do plano de Deus para a redenção, cumprindo o papel que a nenhum homem
foi dado o privilégio de ter, um papel com o maior impacto no reino de Deus do que
talvez qualquer outro (1 Tm 2:13). Ao exaltar a maternidade e ao ensinar a distinção dos
papéis, nós nos colocamos radicalmente contra nossa cultura, mas nós cremos que a
Palavra de Deus é verdadeira, dada para o nosso bem, e deve ser respeitada em todas as
gerações.
Febe
Romanos 16 é um dos capítulos mais importantes do NT, contudo, não fala das
mulheres, mas da igreja. Paulo ao enviar suas saudações e recomendações faz
referências a mulheres e homens, todos juntos, mostrando como podem servir a Deus.
Assim, as mulheres não eram passivas na vida da igreja.
BIBLIOGRAFIA