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CREMOS

1) Na inspiração divina verbal e plenária da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé e prática para a vida e o
caráter cristão (2Tm 3.14-17);

2) Em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas distintas que, embora distintas, são iguais em
poder, glória e majestade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo; Criador do Universo, de todas as coisas que há nos
céus e na terra, visíveis e invisíveis, e, de maneira especial, os seres humanos, por um ato sobrenatural e
imediato, e não por um processo evolutivo (Dt 6.4; Mt 28.19; Mc 12.29; Gn 1.1;2.7; Hb 11.3 e Ap 4.11);

3) No Senhor Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, plenamente Deus, plenamente Homem, na concepção e
no seu nascimento virginal, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os mortos e
em sua ascensão vitoriosa aos céus como Salvador do mundo (Jo 3.16-18; Rm 1.3,4; Is 7.14; Mt 1.23; Hb
10.12; Rm 8.34 e At 1.9);

4) No Espírito Santo, a terceira pessoa da Santíssima Trindade, consubstancial como o Pai e o Filho, Senhor e
Vivificador; que convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo; que regenera o pecador; que falou por meio
dos profetas e continua guiando o seu povo (2Co 13.13; 2Co 3.6,17; Rm 8.2; Jo 16.11; Tt 3.5; 2Pe 1.21 e Jo
16.13);

5) Na pecaminosidade do homem, que o destituiu da glória de Deus e que somente o arrependimento e a fé na


obra expiatória e redentora de Jesus Cristo podem restaurá-lo a Deus (Rm 3.23; At 3.19);

6) Na necessidade absoluta do novo nascimento pela graça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo e pelo
poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus para tornar o homem aceito no Reino dos Céus (Jo 3.3-8,
Ef 2.8,9);

7) No perdão dos pecados, na salvação plena e na justificação pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo
em nosso favor (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26; Hb 7.25; 5.9);

8) Na Igreja, que é o corpo de Cristo, coluna e firmeza da verdade, una, santa e universal assembleia dos fieis
remidos de todas as eras e todos os lugares, chamados do mundo pelo Espírito Santo para seguir a Cristo e
adorar a Deus (1Co 12.27; Jo 4.23; 1Tm 3.15; Hb 12.23; Ap 22.17);

9) No batismo bíblico efetuado por imersão em águas, uma só vez, em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito
Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm 6.1-6; Cl 2.12);

10) Na necessidade e na possibilidade de termos vida santa e irrepreensível por obra do Espírito Santo, que nos
capacita a viver como fiéis testemunhas de Jesus Cristo (Hb 9.14; 1Pe 1.15);
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11) No batismo no Espírito Santo, conforme as Escrituras, que nos é dado por Jesus Cristo, demonstrado pela
evidência física do falar em outras línguas, conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4; 10.44-46; 19.1-7);

12) Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação, conforme
Sua soberana vontade para o que for útil (1Co 12.1-12);

13) Na segunda vinda de Cristo, em duas fases distintas: a primeira — invisível ao mundo, para arrebatar a Sua
Igreja, antes da Grande Tribulação; a segunda — visível e corporal, com a Sua Igreja glorificada, para reinar
sobre o mundo durante mil anos (1Ts 4.16, 17; 1Co 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5; Jd 14);

14) No comparecimento ante o Tribunal de Cristo de todos os cristãos arrebatados, para receberem a
recompensa pelos seus feitos em favor da causa de Cristo na Terra (2Co 5.10);

15) No Juízo Final, onde comparecerão todos os ímpios: desde a Criação até o fim do Milênio; os que morreram
durante o período milenial e os que, ao final desta época, estiverem vivos. E na eternidade de tristeza e
tormento para os infiéis e vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis de todos os tempos (Mt 25.46; Is 65.20;
Ap 20.11-15; 21.1-4);

16) Cremos, também, que o casamento foi instituído por Deus e ratificado por nosso Senhor Jesus Cristo como
união entre um homem e uma mulher, nascidos macho e fêmea, respectivamente, em conformidade com o
definido pelo sexo da criação geneticamente determinado (Gn 2.18; Jo 2.1,2; Gn 2.24; 1.27).

PALESTRA 01 – FEMINISMO1 E FEMILIDADE

INTRODUÇÃO

Falar sobre os papéis distintos de homem e mulher é muito mais complicado nos tempos
de ideologia de gênero. Muitos hoje (inclusive no mundo evangélico) zombam da ideia
de insistir no feminino. Está se proclamando por todo o lugar que não existe homem,
não existe mulher. O que é existe é: “Seja o que você quiser”. Contudo, seguindo a
Palavra de Deus entendemos que existe uma essência e quem a determina é o Criador.

Assim, falar da visão bíblica de feminilidade é completamente impopular numa


sociedade pós-moderna e ainda é visto como humilhante e inferior. Infelizmente, esta

1
Feminismo é um conjunto de movimentos políticos, sociais, ideologias e filosofias que têm como
objetivo comum: direitos equânimes e uma vivência humana por meio do empoderamento feminino e da
libertação de padrões patriarcais, baseados em normas de gênero.
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visão própria do feminismo2 tem chegado às mulheres cristãs3, razão pela qual se torna
necessária uma análise mais profunda para uma recuperação da visão bíblica da
feminilidade.

1.1 – Definindo feminilidade

Vivemos numa sociedade pós-feminista onde o modo novo de pensar, o modo “correto”
– de acordo com a mídia e com os livros se tornou a norma do feminismo. Nesse
contexto, as mulheres estão sendo treinadas para valorizar educação, carreiras fortes e
potencial de ganhos – e a desvalorizar o lar, o casamento e os filhos. Além disso, elas
esperam que os homens se conformem ao modo de pensar feminino e às expectativas
femininas sobre como deve ser o homem. Obviamente, isso impacta grandemente o
casamento e a vida familiar. Por isso que os relacionamentos entre homens e mulheres
estão tensos. Voddie Baucham diz que “a influência destas objeções sempre tem tido
muito peso por causa das palavras de Deus: o teu desejo será para o teu marido e ele
te dominará” (Gn 3.16)”4, e continua “o desejo da mulher é livrar-se da liderança
masculina”5.

Os dons de Deus da masculinidade e da feminilidade dentro da raça humana e não


foram criados para a competição. Quanto mais as mulheres forem femininas e os
homens forem masculinos, Deus será glorificado. A feminilidade corretamente
entendida pela mulher cristã os pressupostos que Deus criou a mulher a sua imagem (Gn
1.27) e a projetou para funções específicas (Gn 2.18).

O dicionário define feminilidade como “qualidades ou características associadas á


mulher como sensibilidade, delicadeza ou beleza”6. A missionária e autora
mundialmente conhecida Elizabeth Elliot7 diz o seguinte sobre o feminismo:

2
Segundo Maggie Humm e Rebecca Walker, a história do feminismo pode ser dividida em três "ondas".
A primeira teria ocorrido no século XIX e início do século XX, a segunda nas décadas de 1960 e 1970 e a
terceira na década de 1990 até a atualidade.
3
O chamado “feminismo evangélico”
4
Pastores da Família, pág. 131
5
Ibid., pág. 134
6
Dicionário Webster
7
Elisabeth Elliot (1926-2015) foi uma missionária, autora e pregadora. Seu primeiro marido, o
missionário Jim Elliot, morto em 1956 ao tentar fazer contato missionário com a tribo Auca do leste do
Equador. Mais tarde, ela passou dois anos como missionária para os membros da tribo que mataram o
marido.
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As feministas são dedicadas à proposição de que a diferença entre homens e


mulheres é uma questão de mera biologia. O resto de nós reconhece uma
realidade muito mais profunda, uma que nos encontra em um plano
completamente diferente de mera distinções anatômicas. É insondável e
indefinida, mas homens e mulheres tentaram incessantemente a entender e
defini-la. É inevitável e inegável, mas nas últimas duas décadas os esforços
sérios e de alto som foram feitos em nome de decência, igualdade e
equidade, pelo menos para evitá-lo e, sempre que possível, negá-lo. Refiro-
me, naturalmente, à feminilidade — uma realidade do desígnio de Deus e da
criação de Deus, o seu dom para mim e para cada mulher — e, de modo
muito diferente, o seu dom aos homens também. Se realmente entendemos o
que é a feminilidade, talvez a questão dos papéis cuidaria de si mesma. 8

E sobre a feminilidade faz a seguinte afirmação: “o fato de ser mulher não me torna um
tipo diferente de cristão. Mas o fato de ser cristã me faz um tipo diferente de mulher”.
Viver de acordo com os princípios bíblicos hoje requer que as mulheres sejam ousadas o
suficiente para permanecerem firmes contra as filosofias e fortalezas que buscam
destruir a Palavra de Deus e sua autoridade.

A filosofia secular vem a nós diariamente com força terrível, e precisamos lembrar da
admoestação de Paulo para os cristãos romanos: “E não vivam conforme9 os padrões
deste mundo, mas deixem que Deus os transforme pela renovação da mente, para que
possam experimentar qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12:2,
NAA10).

1.2 - Igualitarismo ou Complementarismo11?

Não se pode negar que, muitas vezes, há o abuso da liderança masculina, por
ignorância, instrução equivocada, maus exemplos e é claro, o pecado que não
reproduzem nem de longe o padrão bíblico para masculinidade. Não se pode negar que
muitas reivindicações são legítimas. As duas bandeiras do feminismo 12 são reduzir a
desigualdade e o abuso.

8
Citado por Rute Salviano de Almeida artigo “A Feminilidade bíblica de Elizabeth Elliot” – in Revista, O
Clarim, pg. 61, março 2019
9
συσχηματιζω suschematizo conformar-se (i.e., mente e caráter de alguém) ao padrão de outro, (moldar-
se de acordo com).
10
Nova Almeida Atualizada
11
Complementarismo é o conceito a respeito do relacionamento entre os gêneros que difere do
igualitarismo de gênero, defendendo que homens e mulheres são iguais em status, contudo, tem funções
diferentes e complementares.
12
O livro “O Segundo Sexo” escrito por Simone de Beauvoir, em 1949 impulsionou a segunda onda do
feminismo, e ela zomba dessa ideia de existir uma essência feminina eterna, um paradigma feminino que
deva ser observado por todas as mulheres
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 Igualitarismo

O feminismo alterou profundamente o conceito em nossa cultura do que significa ser


uma mulher. E mesmo nas fileiras cristãs cresce o que é chamado de “feminismo
evangélico” que procura reinterpretar os textos bíblicos para defender a ideia que
homens e mulheres são iguais em termos de papéis e liderança no casamento. Na busca
de argumentos bíblicos que endossem o feminismo, os chamados “igualitaristas”
argumentam que a submissão esperada da mulher para com o marido exposta em textos
como Efésios 5 é temporária (ou seja, pertencente aquela cultura antiga), ou até mesmo
que a autoridade do marido para com a esposa seria uma consequência da Queda em
pecado em Gênesis 3.

 Complementarismo

O complementarismo ensina que homem e mulher não são iguais em papéis


específicos, mas em missão geral sim. Isto é, Deus criou as coisas na sua multiforme
sabedoria, criou o homem e mulher de forma distinta e ele deseja usar essas diferenças
em uma harmonia e cooperação complementar para honra e glória do nosso Senhor.

A Bíblia ensina que “Deus criou o homem13 à sua imagem; à imagem de Deus os
criou; macho e fêmea14 os criou” (KJA15) (Gn 1.27). Foi um privilégio tanto para o
homem quanto para mulher ser portador da imagem de Deus, pois, assemelham-se a
Deus como nenhuma outra criatura.

Deste modo, as Escrituras desde o início destacam que o homem não é superior nem
inferior à mulher, ambos são importantes para Deus, contudo, embora afirme que ambos
foram criados com igual dignidade e valor diante de Deus deixa claro que existem
papéis diferentes no casamento. O marido tem a responsabilidade dada por Deus de
prover, proteger e liderar a família. Diante disso, o texto bíblico ensina que:

a) Igualdade e diferenças nos papéis – Da mesma forma como Deus Pai,


Deus Filho são iguais em divindade, mas exercem papéis diferentes, assim
13
‫’ אדם‬adam aw-dawm’ homem, humanidade (designação da espécie humana).
14
‫ נקבה‬n ̂eqebah fêmea, mulher, menina.
15
King James Atualizada em Português.
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também marido e mulher (1 Co 11.30). Paulo mostra que o relacionamento


de Adão e Eva antes da Queda representava o relacionamento de Cristo com
a sua igreja (Ef 5.31,32 cf. Gn 2). Este relacionamento não varia com a
cultura, é o mesmo em qualquer geração.
b) Desordem gerada pela Queda na criação de Deus – O pecado introduziu
na criação de Deus muitas distorções, entre elas uma falha na relação entre
homem e mulher no cumprimento de seus papéis apropriados. O
relacionamento entre o homem e a mulher, por causa do pecado, foi afetado
(Gn 3.15-16).

c) A diferenciação de papéis é restaurada pela Redenção em Cristo (Ef


5.22-33; 1 Tm 2.8-15) O desígnio de Deus na criação, de liderança e
autoridade adequadas devem agora, em Cristo, ser completamente afirmadas.
Esposas devem se submeter aos seus maridos no modelo de submissão da
Igreja a Cristo.

PALESTRA 02 – RETRATANDO A FEMINILIDADE CRISTÃ

Poucos textos das Sagradas Escrituras retratam com mais clareza o que é a feminilidade
cristã como Provérbios 31.10-31. A descrição da “mulher virtuosa” oferece um
embasamento bíblico para desenvolver princípios pelos quais a feminilidade cristã deve
ser cultivada.

O Livro de Provérbios pertence ao gênero literário de “sabedoria” que na Escritura


Sagrada é tanto religiosa quanto prática. A sabedoria bíblica tem como base “o temor do
Senhor” (Jó 28.28; Sl 111.10; Pv 1.7; 9,10) e deste modo abarca a vida humana em
todas as suas instâncias. A “sabedoria bíblica” requer discernimento que pode ser obtido
pelo conhecimento do caminho de Deus e a aplicação deste conhecimento á vida diária.

As Santas Escrituras se constituem na base da orientação para os crentes (2 Tm 3.16).


As orientações das Escrituras são atemporais, ou seja, o que está preceituado em
Provérbios 30.10-31 continua relevante na atualidade. Paulo nos lembra que “Tudo isso
aconteceu a fim de nos servir de exemplo, para nós não querermos coisas más como
eles quiseram” (1 Co 10.6).
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Se adaptar aos princípios bíblicos que normatizam decisão e ação é fundamental para
ser uma mulher virtuosa. No texto de Provérbios 31, podemos encontrar pelo menos
onze princípios que identificam e qualificam a feminilidade cristã.

a) Virtuosa

“Mulher exemplar não é fácil de encontrar; ela vale muito mais que as joias!” (Pv
31.10 BPT16) Uma mulher “virtuosa” procura viver de acordo com a Palavra de Deus no
poder do Espírito Santo (Fp 4.13). Estudiosos do Antigo Testamento entendem que a
mulher virtuosa descrita em Provérbios seria Rute (cf. Rt 3.1117).

Uma mulher virtuosa é uma “coroa para seu marido”, ao passo que uma mulher onde
faltam estas virtudes é motivo de vergonha e sofrimento. Uma vida de virtude e acima
de tudo um relacionamento com Deus deve ser o alvo de toda mulher cristã casada ou
solteira (Mt 5.8).

b) Confiável

“O coração do seu marido confia nela, e não haverá falta de ganho. Ela lhe faz bem e
não mal, todos os dias da sua vida. Seu marido é estimado entre os juízes, quando se
assenta com os anciãos da terra” (Pv 31.11,12,23) O ser confiável é constatado pelo
comportamento que denota integridade18, honestidade, segurança, justiça e lealdade é
isso é demonstrado pela forma como lidamos com a fartura, pois, muitas vezes a
prosperidade tende a revelar nosso sistema de valores (1 Co 10.1-10).

O caráter da mulher virtuosa motiva seu marido a confiar nela (Pv 31.11). O que
salienta sua maturidade, amor, limites, satisfação, fé e coragem. Esta mulher tem a
habilidade de incentivar ou até sufocar seu caráter e administra esse privilégio pelo
poder do Espírito Santo (Gl 5.16-26).

Uma mulher virtuosa pode viver desta forma casada ou solteira quando ela leva a
sério das orientações bíblicas (Sl 37.3,4; Pv 3.5,6; Jr 29.11-13). Se for casada o coração

16
Bíblia para Todos – Tradução Interconfessional.
17
“E agora, minha filha, não tenha medo. Tudo o que você falou eu vou fazer,
porque todo o povo da cidade sabe que você é uma mulher virtuosa” (NAA).
18
Isto é, a qualidade ou o estado de ser completo (Cl 2.10).
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do esposo será confiado a ela, se solteira será a avaliação dos que estiverem próximos
dela.

c) Determinada

A mulher “virtuosa” tem conhecimento das suas responsabilidades e de seu potencial


(Pv 31.13-16, 18,24,27). Por causa disso desenvolve seus talentos, sempre prevenida e
trabalhadora19. Esta mulher é um exemplo para os seus filhos por causa do seu
envolvimento pessoal na administração da casa (Pv 31.27), fazendo roupas (Pv 31.13-
24), negociando (Pv 31.24) e ministrando a outros (Pv 31.19,20). Ao mesmo tempo em
que está envolvida na obra do Senhor, não negligencia seus filhos, pois, seu modelo de
função é Cristo (Fp 2.5-11).

c) Em boa forma

“Põe-se ao trabalho com toda a energia20; os seus braços21 nunca estão parados” (Pv
31.17 PPT). A aptidão física é das maiores preocupações das mulheres do século XXI.
A aplicação bíblica é definida por três vocábulos: “adequada, apropriada e ajustada”.

Preocupa-se com o que é adequado a uma mulher digna na seleção de atividades que
fortalecem o físico e a preparam para cumprir as exigências da vida. Esta mulher tem
uma atitude realista voltada para a capacitação pessoal, reconhecendo que seu corpo é
templo do Espírito Santo e que é sua responsabilidade fazê-lo uma moradia apropriada
para ele (1 Co 6.19,20). Ela percebe que deve ser saudável para realizar a obra de Deus,
o que requer libertação dos hábitos que podem trazer prejuízos físicos, emocionais e
espirituais (Rm 12.1,2).

e) Econômica

19
Ela trabalha com as mãos. A palavra “mãos” aparece sete vezes em Provérbios
31.10-31.
20
‫ עז‬Ìoz ou (completamente) ‫ עוז‬Ìowz poder, força - material ou física, pessoal ou
social ou política
21
‫ זרוע‬z ̂erowa Ì ou (forma contrata) ‫ זרע‬z ̂eroa Ì e (fem.) ‫ זרועה‬z ̂erow Ìah ou ‫ זרעה‬z
̂ero Ìah - braço (como símbolo de força).
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“Administra com sabedoria, e seus negócios produzem lucros; mesmo tarde da noite
sua lâmpada não se apaga” (Pv 31.18 KJA). A mulher virtuosa de Provérbios 31
entende perfeitamente que dinheiro envolve economia doméstica, ela reconhece a
qualidade das coisas, adotando uma atitude espiritual quanto as coisas materiais e ao
dinheiro (1 Tm 6.6-10), e experimenta a alegria da generosidade (2 Co 9.6-8), não se
deixando levar pelo consumismo22, ao contrário, avalia e sempre busca ao comprar
algo, fazer escolhas sadias que depois não lhe causem culpa (Pv 31.18).

d) Altruísta

“Ela prepara fios de lã e de linho para tecer as suas próprias roupas. Ajuda os pobres e
os necessitados” (Pv 31.19-20 NTLH23). Uma mulher egoísta não tem consideração
pelas necessidades dos outros, naturalmente o egoísmo é filho do orgulho que é um dos
pecados detestados por Deus (Pv 6.16-19).

Na mulher virtuosa não há lugar para o egoísmo, Paulo ensina que na piedade e no
contentamento há grande lucro (1 Tm 6.6-8), as riquezas materiais não são a fonte do
seu contentamento, mas seu caminho de humildade como o trilhado pelo seu Senhor
(Fp 2.8; 1 Pe 5.5). Sua segurança não está nas riquezas materiais (Sl 20.7; Pv 11.28), é
uma pessoa amável (Pv 11.16) e generosa (Pv 31.19,20).

e) Preparada

“Quando faz muito frio, ela não se preocupa, porque a sua família tem agasalhos para
vestir. Faz cobertas e usa roupas de linho e de outros tecidos finos...Ela nunca tem
preguiça e está sempre cuidando da sua família (Pv 31.21,22,27). Uma mulher sábia
demonstra organização e planejamento para prever suas ações de tal forma que esteja
preparada até mesmo para circunstancias imprevistas e não vive de crise em crise, da
mesma forma ela sabe estar espiritualmente preparada, assim como guarda uma reserva
para os imprevistos do dia a dia ela guarda uma reserva espiritual para os desafios que

22
Diz um pregador que o consumista compra o que não precisa, com o dinheiro que
não tem para impressionar quem não conhece.
23
Nova Tradição na Linguagem de Hoje
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virão pela frente ( cf. Jr 17.8). Assim ela se torna um modelo para as demais mulheres
(1 Co 11.1) e não passará por frustração e lamento (Mt 25.21,23).

f) Honrada

“Reveste-se de força e dignidade; sorri diante do futuro” (Pv 31.25 NVI). Ela tem um
sentido claro dos padrões do certo e do errado estabelecidos por Deus em sua Palavra e
sua sinceridade moral é perceptível a todos. É alguém cujo adorno exterior
complementa sua virtude interior (1 Pe 3.3,4), que se abstém de toda aparência do mal
(1 Ts 5.22), que conhece e respeita os parâmetros do certo e do errado (Pv 14.12; 16.25;
Mt 7.13,14), suas convicções são pautadas na Palavra de Deus (Sl 119.105) mais do que
nas tendências da cultura.

Esta mulher alcança boa reputação – humildade, altruísmo, gentileza, delicadeza,


paciência são características de sua postura, vive uma vida que glorifica a Deus (1 Co
10.31) e passa a ser uma grande contribuição a honra de seu marido (Pv 12.4; 18.22;
19.14; 31.23).

Tem controle do seu corpo, o apresentando como sacrifício vivo ao Senhor (Rm
12.1,2), se recusa a usar seu corpo como instrumento do pecado (Rm 6.12,13), pois, o
mesmo pertence a Cristo (1 Co 6.15), é templo do Espírito Santo (1 Co 6.19),
mantendo-o em pureza diante de Deus (Gl 6.1,2; Tg 5.19,20).

g) Prudente
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“Abre a boca com sabedoria, e sua língua sabe ensinar com bondade e paciência” (Pv
31.26 KJA). O princípio da prudência é ter sabedoria e levar em conta as possíveis
consequências do mal uso da língua. Ela escolhe fazer do encorajamento seu estilo de
vida, pois, é mandamento (Hb 10.25). Inspira a outras com coragem, espírito e
esperança renovadas, valorizando as pessoas não tanto pelo que elas fazem, mas pelo
que elas são. Deste modo as pessoas buscarão e seguirão seus conselhos (Cl 4.6)

h) Amável

“Seus filhos a respeitam e a elogiam; seu marido também a elogia, dizendo: “Pode
haver muitas esposas exemplares neste mundo, mas eu tenho certeza que nenhuma
delas é melhor que você” (Pv 31.28,29 NBV24). A benevolência naturalmente envolve
empatia e amor pelos outros, o que inclui o esposo, os filhos, familiares, amigos, irmãos
em Cristo, bem como as demais pessoas de sua rede de relacionamentos, somado a um
sólido compromisso com Deus, ela faz do lar sua prioridade, trabalhando criativamente
com o marido (Am 3.3; Ef 5.22,23; Cl 3.18; 1 Pe 3.1-6). Ensina os filhos na Palavra de
Deus (Dt 6.6,7; 11.18-21; Sl 78.1-4; Pv 22.16; Ef 6.4; Cl 3.21; 2 Tm 3.14-17). Vivendo
de tal forma será exemplo para as mulheres mais jovens (Tt 2.3-5).

i) Temente a Deus

“Os encantos de uma mulher podem ser apenas uma ilusão, e a beleza não dura para
sempre. A verdadeira beleza, a verdadeira honra de uma mulher está em temer o
SENHOR” (Pv 31.30 NBV). A mulher que adota o princípio de temer a Deus, adorará e
honrará ao Senhor com todo o coração (Mt 22.37), o que inclui fome e sede de Deus (Sl
42.1,2), bem como submissão ao Senhor (Tg 4.7) e uma avaliação constante do seu
estado espiritual (1 Co 11.31,32). Os princípios da Palavra de Deus são prioridade em
sua vida (Mt 6.33) e não cai na rotina com relação a seu relacionamento com Deus,
pois, a alegria no Senhor é sua força (Ne 8.10). Será um modelo positivo por causa de
sua fé, sendo uma serva fiel (Mt 25.21).

24
Nova Bíblia Viva
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A RECOMPENSA DA FEMINILIDADE CRISTÃ

“ Que ela seja recompensada por seu esforço, e seu trabalho, elogiado em público” (Pv
31.31 A2125). Em tempos de redes sociais em que quaisquer trivialidades da vida
cotidiana são compartilhadas, uma mulher virtuosa não alardeia suas virtudes, mas é
elogiada (louvada) por aqueles que a conhecem. A mulher cristã que resolver adotar os
princípios de feminilidade esboçados em Provérbios 31 será recompensada nesta vida e
no porvir, pois vier assim glorifica a Deus (1 Co 10.31).

PALESTRA 03 – MULHERES E CASAMENTO

O conceito de família está em todos os dicionários, inclusive no conhecido


dicionário Aurélio Ferreira (1996) que descreve basicamente como sendo “pessoas
aparentadas, que vivem em geral, na mesma casa, particularmente o pai, a mãe e os
filhos”.

Dessa forma, vislumbra-se o reconhecimento da existência do casamento cristão


criado por Deus, estabelecido de modo memorável, unindo homem e mulher que fora
criada de sua própria carne, e por esta razão em Gêneses 24 está escrito: “Por isso,
deixa o homem pai e mãe e se une a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.”

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Almeida Século XXI
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Depois de formada a instituição da família, começa o Senhor a estabelecer


padrões para o casal, pois Ele sabia das dificuldades advindas da união de dois seres tão
diferentes, apesar de um ser formado a partir do outro. Esses padrões divinos são
encontrados em toda a bíblia espalhados sob o intuito sábio e magnânimo de ajudar a
manter o matrimônio que Deus criou.

Sobre o casamento diz o apóstolo Paulo: “Este é um mistério profundo; refiro-


me, porém, a Cristo e à igreja (Ef 5.32 NVI26). Jesus dá a entender que o casamento não
é uma instituição temporária “porque na ressurreição, nem se casam, nem se dão em
casamento, mas são como os anjos no céu” (Mt 22.30)27. Ainda que seja temporário, o
casamento é fundamental pois demonstra algo eterno: Cristo e sua igreja.

Enquanto se pergunta o que Deus fala especificamente acerca da mulher, não


devemos esquecer que as Escrituras são sobre mulheres ou homens, mas sobre o que
Deus fez para salvar homens e mulheres por intermédio de Cristo. Porém, existe uma
realidade distinta de masculinidade e feminilidade que aparece de ponta a ponta nas
Escrituras.

A Bíblia Sagrada apresenta inúmeras orientações claras que instruem a mulher cristã
a evidenciar sua feminilidade para que seja uma adjutora idônea (Gn 2.18), expondo a
graça (Pv 11.16), vivendo uma vida pura (1 Pe 3.1,2), desenvolvendo um espírito manso
e tranquilo (1 Pe 3.4), submetendo-se ao seu marido (Ef 5.22) e servindo de exemplo as
mulheres mais jovens (Tt 2.3-5).

Muitas vezes é difícil falar de feminidade bíblica em meio a uma sociedade onde
as mulheres têm sido (e ainda são) prejudicadas por homens. Olhando para a história e
também para a história da igreja encontram-se muitos exemplos de mulheres que foram
tratadas de modo injusto e sem amor.

Por causa de preconceitos as mulheres por muito tempo não tinham direito ao
voto, em algumas culturas ainda hoje são negadas as mulheres na política, na educação
26
Nova Versão Internacional
27
Sobre este texto bíblico comenta William Barclay: “Jesus começou sua resposta estabelecendo um
princípio: toda a questão surge a partir de um engano fundamental, o engano de pensar no céu em
termos terrestres, e de pensar na eternidade em termos de tempo. A resposta que Jesus dá é que qualquer
pessoa que lê as Escrituras deve dar-se conta de que semelhante pergunta carece de pertinência, pois o
céu não será uma mera continuação ou extensão deste mundo. Haverá relações novas e superiores que
transcenderão em muito as relações físicas do tempo”.
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não tem os mesmos privilégios desfrutados pelos homens. O desejo de uma mulher
cristã viver com genuína feminilidade cristã vem com as proposições que Deus criou à
sua imagem (Gn 2.16,17) e a projetou para cumprir um papel específico (Gn 2.18).

CRIADA POR DEUS IGUAL EM ESSÊNCIA

Homem e mulher foram criados por Deus iguais em dignidade, valor, essência e
natureza humana, mas também distintos em seus papéis, onde ao homem foi dada a
responsabilidade de assumir amável autoridade sobre a mulher, e à mulher a
responsabilidade de oferecer uma assistência submissa, disposta e alegre ao homem.

Gênesis 1.26,27 deixa bem claro que o homem e a mulher são igualmente criados à
imagem de Deus, e no designío criativo de Deus, igual e completamente humanos.
Contudo, em Gênesis 228, a humanidade encontra formas diferentes de expressão, num
relacionamento de complementaridade, onde a mulher age em submissão à liderança e
autoridade do homem. A verdade é que homem e mulher são iguais em essência (ou
seja, ambos completamente humanos, ambos à imagem de Deus, ambos de igual valor e
dignidade para com Deus) e juntos comissionados ao reinado sobre a terra.

A redenção e a regeneração daqueles a quem Deus iria salvar não faz distinção entre
homem e mulher. O gênero é absolutamente irrelevante em relação a quem deverá ou
não ser salvo (Gl 3.28); O Senhor distribui Seus dons a Seu povo como Lhe apraz, mas
o gênero não é um fator na entrega de qualquer um dos dons a qualquer pessoa. Homens
e mulheres são igualmente recipientes de todos os dons dados por Deus 29 (1 Co 12.7-
11).

Pedro ensina que mulheres salvas (esposas, neste contexto) devem ser tratadas com
honra, precisamente porque elas, juntamente com os homens salvos, são co-herdeiras da
graça da vida em Cristo. É tão importante que maridos entendam este princípio e
respeitem suas esposas dessa maneira, que Pedro alerta que maridos que não tratam suas
esposas de acordo com a honra dada a elas por Deus não terão suas orações ouvidas por
Ele (1 Pe 3.7).

28
Em seu próprio contexto e na compreensão de Paulo em 1 Coríntios 11 e 1
Timóteo 2
29
Veja 1 Co 11.5 para um relato de mulheres com o dom de profecia
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DEUS CRIOU HOMENS E MULHERES IGUAIS, MAS COM DISTINÇÃO DE


PAPÉIS

Há pelo menos quatro elementos em Gênesis 2 que pontuam a ideia da liderança


masculina (i.e., autoridade dada por Deus sobre a mulher):

a) A ordem da criação (o homem criado primeiro) indica o designío prioritário de Deus


com respeito ao relacionamento entre o homem e a mulher. Esta é também a orientação
de Paulo tanto em 1 Coríntios 11.8 como em 1 Timóteo 2.13;

b) Deus deu instruções a Adão, antes da criação de Eva, para não comer da árvore
proibida (2.16,17). Isto implica na responsabilidade de Adão em instruir sua futura
esposa e guardá-la de violar esta proibição (daí a significância, no verso 3.6, de a
mulher dar o fruto ao homem “que estava com ela”, mostrando que ele falhara em
proteger sua esposa como deveria);

c) Eva foi criada para ser auxiliadora 30 de Adão. Enquanto é verdade que este termo
hebraico é também usado para se referir a Deus “ajudando” seu povo, é claro que Paulo
entende que o papel de Eva como auxiliadora requer que ela esteja sob a devida
autoridade do homem31

d) A atitude de Adão de dar nome a Eva indicava, no contexto do AT autoridade


legítima sobre aquele a quem ele nomeava. Adão nomeou sua esposa duas vezes,
primeiro quando ela foi formada de sua carne (2.23) e depois que ambos haviam pecado
(3.20), indicando que sua autoridade legítima sobre ela continuou após a chegada do
pecado.

OS PAPÉIS DE CADA CÔNJUGE NO CASAMENTO

Relacionamento requer sustentação e manutenção, seja ele qual for. Para que
haja sustentação, é necessária uma estrutura, como ocorre em uma edificação. Logo,
temos que saber a estrutura da família conhecendo os papéis de cada um no
relacionamento amoroso do casal.

‫ עזר‬Ìezer ajuda, socorro, aquele que ajuda.


30

31
Veja 1 Co 11.9,10 que diz “o homem não foi criado por causa da mulher, mas a
mulher por causa do homem”.
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Papel do homem na vida conjugal

Sobre o tema, nos ensina Bilings (1984), que no casamento temos o homem
como o cabeça da família. Ele deve ser o protetor e amigo de sua esposa com tudo o que
diz respeito a seu bem estar, descanso, recreação, estabilidade emocional, abastecimento
do lar, das necessidades e comodidades materiais.

Segundo Billings (1984), o homem é o defensor contra os males e os perigos do


mundo e ele precisa desenvolver a convicção de que a mulher lhe pertence e que dela
deve cuidar e guiar.

Assim, nota-se que o esposo é o cabeça da esposa, mas muitos distorcem a ideia
apresentada na bíblia fazendo parecer que a mulher não deve raciocinar por si ou que o
homem manda na esposa, pura e simplesmente, sem o objetivo divino da proteção
amorosa.

Facilmente podemos verificar que Deus se preocupou em orientar a cada um em


seu papel, colocando o homem como figura protetora, líder e amorosa em relação à
mulher para que assim o relacionamento fosse harmônico.

Papel da mulher na vida conjugal

O papel da mulher como auxiliadora de seu esposo é bem marcante nas


passagens bíblicas. O perfil da mulher como esposa e mãe é descrito na Bíblia em
Provérbios 31.10-30, onde se diz que é difícil encontrar uma boa esposa, e que uma vale
mais do que pedras preciosas. Em Provérbios 14.1 a Bíblia cita que: “toda mulher sábia
edifica a sua casa, mas a tola derruba com as próprias mãos.” Em Provérbios 31.11
está escrito: “O seu marido confia nela”. Essa característica de pessoa confiável faz
parte do perfil feminino traçado pela Palavra de Deus.

Segundo Silva (2010), “grande parte dos atritos e desequilíbrios matrimoniais


são gerados pela desconfiança e ciúme do esposo para com a esposa (Pv 6.34). A
Bíblia compara o ciúme à sepultura (Ct 8.6). A ausência de confiança tem causado
morte em muitos relacionamentos que tinham tudo para dar certo.”
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Existem muitas qualidades que são fundamentais para o sucesso feminino no


papel de esposa, e algumas qualidades devem ser vividas e passadas para as outras
gerações, conforme nos ensina a Bíblia em Tt 2.3-5 onde temos a passagem pregando
que

as mulheres idosas semelhantemente, que sejam reverentes no seu viver, não


caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras do bem. Para que ensinem as
mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus
filhos, a serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas aos seus
maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada.

O QUE A BÍBLIA ENSINA SOBRE LIDERANÇA E SUBMISSÃO NO


CASAMENTO

Num casamento genuinamente cristão, liderança e submissão se completam. Isto porque


a liderança foi instituída ao homem desde a sua criação assim como a submissão foi
delegada à mulher na Bíblia de Gênesis ao Apocalipse. Só que a mulher cristã pós-
moderna vive sob o julgo do capitalismo que a fez refém de valores tecnológicos,
sociais, modas...

É imprescindível que se entenda o conceito de submissão a qual “é o método de Deus


para revelar sua glória transcendente no processo de restauração”. Isto quer dizer que: “
quando a mulher se submete à autoridade do marido, ela se posiciona, voluntariamente,
pela fé, conforme a hierarquia que Deus estabeleceu, e dá ao homem a oportunidade de
tratá-la como co-herdeira. Mas se ela tiver uma atitude de rebelião, ela lançará mão do
governo e não da liderança”.

Querida mulher, a submissão não é sinal de fraqueza. Ao contrário, é uma demonstração


de força. Muitas vezes, é mais fácil para uma mulher de personalidade forte se
submeter, porque ela não está preocupada com a sua atitude de submissoa. Ela
simplesmente faz o que é correto, crendo que Deus cuidará dela. Isto revela a sabedoria
de uma mulher cristã.

O pecado trouxe não o início da hierarquia relacional entre o homem e a mulher, mas
uma ruptura no papel de liderança do homem e de submissão da mulher dado por Deus
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no relacionamento entre eles (Gn 3.16)32. O pecado causou uma ruptura na ordem de
liderança masculina e submissão feminina, em que:

a) A mulher estava inclinada, agora, a usurpar o direito masculino de liderar a mulher,

b) Que o homem estava inclinado a usar erroneamente seu direitos de liderança, seja
pela pecaminosa abdicação de sua autoridade dada por Deus, conformando-se ao desejo
da mulher de dominá-lo (e portanto falhando em liderar como deveria), ou pelo
pecaminoso abuso de seus direitos de liderança por meio de uma dominância dura, cruel
e exploradora da mulher.

Paulo ensina que as mulheres devem se submeter aos seus maridos em resposta à
sua submissão à liderança de Cristo (Ef. 5.22). A razão para isso, diz Paulo, é que o
marido é o cabeça da esposa assim como Cristo é o cabeça da Igreja (Ef 5.23). O
próximo verso torna este aspecto ainda mais explícito: “assim como a igreja está sujeita
a Cristo, também as mulheres estejam em tudo sujeitas a seus maridos” (Ef 5.24).

A razão chave aqui é o paralelo entre a liderança de Cristo e a liderança do marido.


Assim como a igreja se submete a Cristo como aquele que tem autoridade sobre ela,
assim a esposa deve se submeter ao marido como aquele que tem autoridade sobre ela.

Maridos, por sua vez, devem amar suas esposas como Cristo ama a igreja (Ef 5.25-
29). Quando maridos amam verdadeiramente suas esposas e esposas submetem-se aos
seus maridos, vemos a distorção pecaminosa do relacionamento entre o homem e a
mulher ser derrotada e, então, um retorno àquilo que Deus planejou desde a criação do
homem e da mulher.

A mulher de acordo com Pedro, é uma “parte mais frágil” e precisa ser tratada com
ternura e compreensão. Isto implica que:

a) Enquanto a mulher é igual ao homem em essência (1 Pe 3.7b), ela é


constitucionalmente diferente dele como mulher (1 Pe 3.7a);

32
A maioria dos interpretes entendem a maldição da mulher em Gn 3.16 como
significando que o pecado traria a Eva um desejo errôneo de dominar seu marido
(ao contrário do propósito divino da criação), e que, Adão deveria afirmar sua
liderança sobre ela.
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b) O marido carrega uma responsabilidade dada por Deus de cuidar de sua esposa, o que
é indicativo de sua liderança e responsabilidade primordial no relacionamento deles.

QUANDO OS PAPÉIS SÃO DISTORCIDOS

O relacionamento entre marido e mulher corre sério perigo quando os papéis


estabelecidos por Deus são distorcidos. Esta distorção pode ficar evidente tanto na
agressividade quanto na passividade que podem vir do marido ou da esposa.

 Agressividade - Os erros e a agressividade estão originados em Gênesis 3.16:


um marido cristão não pode ser egoísta, grosseiro, dominador ou mesmo tirano,
isso não é governo ou liderança bíblica. Por outro lado, a esposa crente que
resiste a liderança do esposo e em alguns casos tentando usurpá-la não está
seguindo o modelo preconizado por Deus.
 Passividade - Um marido cristão não deve abicar de sua autoridade não
disciplinando seus filhos, descuidando as necessidades materiais, sociais e
espirituais da família, tampouco defendendo a esposa e os filhos dos ataques
verbais de parentes ou de outros, não se encaixa no papel estabelecido para o
homem no casamento. Do mesmo modo, quando a esposa se recusa a participar
das decisões da família, não manifestando opiniões, preferências, tampouco
protestando quando o marido ou os filhos agem de modo errado, nem censura o
abuso físico e verbal do marido, ela não está sendo submissa, mas agindo como
um “capacho” em desconformidade com o propósito de Deus para a esposa.

Erros de Passividade Ideal Bíblico Erros de Agressividade


Marido Frouxo Governo amoroso e humildade Tirania
Esposa Capacho Submissão alegre e sábia Usurpação

 Marido: Liderança amorosa e humilde – A vontade de Deus é que o marido


lidere seu lar com amor e humildade, o que envolve diálogo constante para a
tomada das decisões sejam pequenas ou grandes. Contudo, em toda a decisão
seja grande ou pequena, a responsabilidade pela tomada de decisão recai sobre o
esposo. Isso não quer dizer que o marido é mais sábio, ou um líder melhor, mas
porque este é o papel atribuído por Deus ao marido.
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 Mulher: submissão alegre e sábia - A mulher que adere aos princípios 33 de


Deus é com certeza virtuosa, honrada, amada, prudente e temente a Deus. Uma
mulher cristã que admitindo as verdades bíblicas se comporta em harmonia com
a vontade de Deus e glorifica a Deus com sua mente e sua vida. Uma mulher que
vive assim certamente captou a visão bíblica da feminilidade.

PALESTRA 04 – MULHERES E IGREJA

Um ministério proveitoso entre as mulheres tem seu fundamento na Palavra de Deus e


tem expressão entre o povo de Deus visando sempre a glória de Cristo. Deste modo todo
e qualquer tipo de ministério seja com homens, crianças e adultos deve estar focado em
exaltar a Cristo. Entendemos que tendo esta visão as mulheres que cooperam na obra
conhecerão e ministrarão a outras mulheres e conhecerão mais e melhor ao Deus Trino e
Uno.

O Senhor chama a todos os crentes a viverem no contexto da comunhão uns com os


outros por meio de congregações locais o que implica em identidade e serviço.
Infelizmente a distorção dos papeis estabelecidos por Deus para homens e mulheres
afetam a família e mesmo a igreja, o grande problema é tal distorção ofusca a glória de
Cristo a qual devemos resplandecer.

Mulheres e o ministério do ensino

Ainda que não exista base bíblica para o apostolado, bispado ou mesmo pastorado
feminino, uma diaconisa possa exercer um relevante ministério especialmente com
outras mulheres (Tt 2.3-4), bem como assistência, instrução e ensino, e é claro que uma
mulher não precisa ser ordenada “pastora” para exercer seu ministério.

A igreja deve andar pelo ensino das Escrituras Sagradas. Se certos líderes antigos
defenderam idéias erradas sobre a inferioridade da mulher, cabe à Igreja corrigi-las à luz
das Escrituras, que mostram que Deus criou o homem e a mulher iguais. Porém, corrigir
os erros dos antigos neste ponto não significa ordenar mulheres, pois aí estaríamos

33
De acordo com o Dicionário Webster “princípios” podem ser descritos como um
preceito aceito ou professado de padrão ou conduta.
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cometendo um outro erro. Certamente as mulheres não são e nunca foram inferiores aos
homens, mas daí a abolirmos os papéis distintos que lhes foram determinados por Deus
na criação vai uma grande distância.

Feministas cristãs enfatizam que Paulo estaria influenciado pela cultura de seu tempo
que aliás é bem diferente da atual, entretanto, faz-se necessário distinguir entre
o princípio teológico supra cultural (acima e sobre a cultura) e a expressão
cultural deste princípio. Há coisas no ensino de Paulo que são claramente culturais,
como a determinação para o uso do véu em 1Coríntios 11. Porém, enquanto que o uso
do véu é claramente um costume cultural, ao mesmo tempo expressa um princípio que
não está condicionado a nenhuma cultura em particular, que é o da diferença funcional
entre o homem e a mulher. O que Paulo está defendendo naquela passagem é a vigência
desta diferença no culto público — o véu é apenas a forma pela qual isto ocorreria
normalmente em cidades gregas do século I. Notemos ainda que Paulo defende a
participação diferenciada da mulher no culto usando argumentos permanentes, que
transcendem cultura, tempo e sociedade, como a distribuição ou economia da Trindade
(1Co 11.3) e o modo pelo qual Deus criou o homem (1Co 11.8-9).

São dados às mulheres o dom e a responsabilidade de ensinar no reino de Deus.


Certamente, como Paulo ordena em Tito, elas devem ensinar outras mulheres (Tito 2:3-
5). No entanto, por toda a Bíblia vemos também mulheres instruindo e exortando
audiências mistas, tanto publicamente como de forma privada. No AT, Débora distribuiu
sua sabedoria para Israel em sua árvore (Jz 4:4), e as duas músicas de Miriã e Débora
foram dadas publicamente para instruir e edificar Israel (Êx 15; Jz 5).

As mulheres profetizaram publicamente na igreja do NT (‘At 2:11,17; 1 Co 11:5;


14:26), e toda a congregação, incluindo homens, aprenderam com essas profecias (1 Co
14:31; Rm 15:14). Além disso, Paulo ordena a congregação a instruir e admoestar uns
aos outros, e essas ordenanças “uns aos outros” são dadas sem nenhuma distinção de
gênero (Cl 3:16; Ef 5:19-20; 1 Co 14:28). Um exemplo disso é Priscila que trabalhava
tanto fazendo tendas quanto compartilhando o ensino do Evangelho com o seu esposo
(At 18.1-3. 18-26)

É preciso da mesma forma defender a importância do papel que Deus deu apenas às
mulheres: mãe. Aquelas mulheres a quem Deus abençoou com esse papel se encontram
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no coração do plano de Deus para a redenção, cumprindo o papel que a nenhum homem
foi dado o privilégio de ter, um papel com o maior impacto no reino de Deus do que
talvez qualquer outro (1 Tm 2:13). Ao exaltar a maternidade e ao ensinar a distinção dos
papéis, nós nos colocamos radicalmente contra nossa cultura, mas nós cremos que a
Palavra de Deus é verdadeira, dada para o nosso bem, e deve ser respeitada em todas as
gerações.

Febe

Romanos 16 é um dos capítulos mais importantes do NT, contudo, não fala das
mulheres, mas da igreja. Paulo ao enviar suas saudações e recomendações faz
referências a mulheres e homens, todos juntos, mostrando como podem servir a Deus.
Assim, as mulheres não eram passivas na vida da igreja.

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