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Transformação Capilar

Ácida e Alcalina

Carlos Costa - Químico

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Nas comunidades humanas, a estética é muito valorizada. Em razão disso, apesar de
não apresentarem importância maior para a sobrevivência do indivíduo, os cabelos têm
valor indiscutível como ornamento pessoal. Em algumas culturas, o aspecto dos cabelos
assinala diferenças sociais ou profissionais; já em outras, atende a exigências religiosas
ou até mesmo a posicionamentos políticos. Compondo a moldura do rosto, os cabelos
sinalizam formas de encarar a vida e, muitas vezes, importantes mudanças do
comportamento pessoal. Cortá-los, penteá-los, pintá-los de acordo com os próprios
desejos são maneiras que cada um tem de demarcar sua individualidade. Contribuindo
para uma imagem clássica ou radical, os cabelos são repletos de significados associados
a conceitos de ousadia, juventude, liberdade, sedução e poder. Constituem-se na
característica mais marcante e variável dos seres humanos, tornando-se ingredientes
fundamentais da identidade pessoal.

Acidentalmente, em 1912, quando o jovem inventor e empresário afro americano


Garret August Morgan, trabalhando com máquinas de costura em sua recém-
inaugurada alfaiataria, negócio que ele tinha aberto com a esposa Mary, descobriu
um líquido que impedia de fazer a máquina de costura queimar tecidos enquanto
costurava, o que era um problema comum na época, subsequentemente notou que os
cabelos do pano ficavam retos com a solução. Depois de testar a sua solução com um
bom efeito no pelo de um cão vizinho, Morgan resolveu testar em si mesmo. Quando
isso funcionou, ele rapidamente estabeleceu a G. A. Morgan Hair Refining Company e
passa a comercializar um creme alisante para os cabelos afro-americanos. A empresa
foi incrivelmente bem sucedida, com a promessa de “melhorar” a aparência e “tratar”
o cabelo crespo.
Foi só em 1950 que as substâncias químicas viraram protagonistas mundial. O
primeiro alisamento comercializado mundialmente foi um creme a base de, hidróxido
de sódio, creme este que foi adaptado em 1914, pela empresa Relaxer. Antes disso, o
alisamento nos fios, era feito mecanicamente com um aparelho chamado cabelisador,
uma haste de metal levada à brasa ou ao fogão. Depois de quente, o acessório era
aplicado no cabelo e assim este, tinha sua textura modificada, mas sem eliminar, de
fato, as ondulações, é claro que esse processo tão arcaico causava danos.

Na década de 1940, chega ao Brasil a moda do pente quente, processo ainda mecânico, que
sofre um abalo na década de 1969 com a filosofia hippie, era o tempo do black power, de Jackson
Five, em que a espontaneidade e o orgulho do cabelo dominava o cenário. Correndo na
contramão, a empresa Relaxer lança o Lye Relaxer, alisamento com hidróxido de potássio.
Na década de 1980 surgi o tioglicolato de amônio usado para enrolar os cabelos.Todavia, no final
da década, começaram a aparecer algumas técnicas de alisamento.
O processo químico para alisar ou cachear o cabelo era o mesmo. A diferença é que o cabelo
era enrolado ou esticado durante o processo, e partir deste momento surge a touca de gesso,
uma mistura de farinha de trigo com tioglicolato de amônio. Nos últimos anos, surge a febre da
cabeleira lisa e chapada, além da popularização da prancha, e com isso a onda do alisamento
japonês (que também é chamado de escova definitiva) a base de tioglicolato.
Desde então as técnicas e produtos para alisar os cabelos, vem evoluindo, sempre com a
preocupação de preservar ao máximo as fibras capilares.

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Transformação Capilar

A utilização de produtos cosméticos que resultem em alisamento, amaciamento,


cacheamento ( permanente) ou relaxamento dos cabelos tem-se tornado cada vez
mais comum. A transformação dos cabelos pode ser obtida por processos térmicos ou
químicos, onde o primeiro apresenta efeito temporário e o segundo apresenta efeito
definitivo. Por esse motivo, os alisamentos contendo substâncias químicas é chamado
de alisamento definitivo. Diversas substâncias foram são utilizadas a fim de obter o
efeito liso nos cabelos, tais como hidróxido de sódio, hidróxido de lítio, hidróxido de
guanidina e as mercaptanas. Em comum, estas substâncias tem a alcalinidade e
agem na cistina quebrando as pontes de enxofre
Para que possamos entender melhor o funcionamento de uma transformação
capilar, primeiro temos que conhecer alguns conceitos de química e a estrutura
capilar.

O Sistema HLB

Existe uma enorme variedade de agentes emulsionantes disponíveis no mercado, o


que dificulta muito a seleção dos mesmos quando se deseja efetuar emulsões bem
estáveis.
Dentro dessa ampla variedade, a seleção de um ou mais emulsionantes que atuem
adequadamente para cada caso não é uma tarefa muito fácil. Pode-se escolher
centenas de agentes emulsionantes no mercado.

O Objetivo do sistema HLB


Com a finalidade de economizar tempo na seleção de emulsionante, foi introduzido,
no final da década de 40, um esquema sistemático de seleção dos poucos
emulsionantes adequados para uma aplicação especifica. Esse método recebeu o
nome de ¨HLB¨, ou seja Balanço Hidrofílico Lipofílico.
A base do sistema HLB é dar número ao ingrediente ou combinação de ingredientes
que se deseja emulsionar e escolher um emulsionante ou mistura de emulsionantes
que tenham o mesmo número. É bastante simples, embora na prática haja alguns
obstáculos fáceis de superar. De qualquer forma, o sistema HLB é um guia útil e
pratico em uma área onde, praticamente, não existem outros procedimentos.
Antes de se utilizar o sistema HLB, deve-se definir alguns parâmetros básicos de
uma emulsão em particular.
a- Deseja-se uma emulsão óleo em água (O/W), ou água em óleo (W/O)?
b- Qual o nível de estabilidade da emulsão durante o tempo de armazenagem?
c- Quais as limitações de custo?
d- A emulsão deve ser estável em algum pH especifico?
Deve-se também avaliar o tipo de equipamento disponível para a fabricação e a
facilidade de preparo do produto para decidir sobre a escolha dos emulsionantes.
A avaliação dos fatores citados acima pode levar ao descarte de certos tipos de
emulsionantes. Tornando a escolha mais assertiva e o produto final mais estável

Os emulsionantes e seus HLB


O HLB de emulsionante é um número que expressa a relação entre o grupo
hidrofílico (afinidade com água ou polar) e o grupo lipofílico (afinidade com óleo ou
não polar). Todos os emulsionantes consistem de uma molécula que combina sempre
grupos hidrofílicos e lipofílicos. Um emulsionante de caráter lipofílico tem um número

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HLB baixo ( abaixo de 9,0 ) e um hidrofílico tem um número de HLB alto acima de (
acima de 11,0 ). Quando dois ou mais emulsionantes são combinados, o HLB da
mistura pode ser facilmente calculado.
Por exemplo, para se obter o HLB de uma mistura contendo 70% de um
emulsionante X( HLB = 15,0 ) e 30% de outro emulsionante Y ( HLB = 4,3 ) o
cálculo é feito da seguinte forma :
X 70%x15,0 = 10,5
Y 30%x 4,3 = 1,3
11,8
O sistema HLB permite uma excelente indicação do comportamento do emulsionante
ou da mistura de emulsionantes, ou seja, se produzira uma emulsão óleo em água
(O/W), água em óleo (W/O) ou atuara como solubilizante para óleos. Na preparação
de emulsões especificas, o HLB de um emulsionante ou mistura de emulsionantes é
também uma boa indicação da eficiência de outros que tenham constituição química
semelhante.
Classificando-se vários tipos químicos de emulsionantes de acordo com suas
estruturas, cada classe ou família química cobre um segmento da faixa de HLB. A
eficiência de cada uma é particular e bem definida, já que o sistema HLB não é uma
indicação da eficiência relativa de uma classe de emulsionante sobre outra. A
eficiência de classe parece estar mais relacionada com a estrutura química e como a
estrutura química do emulsionante está relacionada com a estrutura do material a
emulsionar.

HLB relacionado com solubilidade


O HLB de um emulsionante está sempre relacionado com sua solubilidade. Assim
sendo, um emulsionante de baixo HLB tenderá a ser solúvel em óleo, enquanto que
um de alto HLB será solúvel em água. Entretanto, dois emulsionante de mesmo HLB
poderão ter características de solubilidade bem diferenciadas.
Utiliza-se um emulsionante solúvel em água para produzir uma emulsão O/W.
solubilizar óleos ou obter ação detergente. Em outras palavras usam-se
emulsionantes solúveis em água quando se deseja obter um produto final de
características aquosa, ou seja, de fácil diluição em água.
Raramente emprega-se um sistema emulsionante solúvel em óleo para essa
finalidade. Por outro lado, casa se deseje fazer uma emulsão A/O ou colocar produtos
solúveis em água, em uma fase oleosa, ou produzir algum outro tipo de sistema de
emulsão não aquoso deve-se optar por um emulsionante solúvel em óleo.
Desse modo, pode-se classificar os emulsionantes de acordo com a faixa de HLB e
sua aplicação.

Faixa de HLB Aplicação


4,0 a 6,0 Emulsão A/O
7,0 a 9,0 Umectantes
8,0 a 18,0 Emulsionante O/A
13,0 a 15,0 Detergentes
10,0 a 18,0 Solubilizantes

Essas correlações são baseadas em pesquisas com emulsionantes e são precisas,


embora algumas exceções tenham sido encontradas

HLB requerido para emulsões especificas


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As emulsões de ceras e óleos tem um HLB requerido bem específicos, como por
exemplo uma emulsão fluida de óleo de soja requer um HLB igual a 6.
Isto significa que uma emulsionante ou mistura de emulsionantes tendo um HLB
de 6 deve produzir uma emulsão mais estável de óleo de soja do que emulsionantes
que tenham outros valores de HLB. Entretanto, isso não significa que todos os
emulsionantes de HLB igual a 6 funcionarão satisfatoriamente para essa emulsão.
Pode se ter um emulsionante de HLB 6 e que não seja de família química adequada a
essa emulsão. Entretanto, isso permite que se situe o melhor emulsionante na faixa
de HLB igual 6. É uma perda de tempo selecionar emulsionantes de valor 4 ou 8, por
exemplo, a menos que se queira obter outras propriedades, que não a de estabilidade
da emulsão. Não devemos esquecer que devemos sempre misturar dois
emulsionantes de HLB diferentes para obtermos o HLB desejado, pois assim teremos
uma maior estabilidade da nossa emulsão

HLB requerido para mistura de ingredientes


A tabela a seguir nos fornece algumas sugestões de HLB para emulsões O/A de
alguns óleos e ceras comumente mais usados. Desses valores pode-se calcular o
valor HLB requerido para as misturas desses óleos e ceras, sendo que cada
componente contribui para a formação do HLB final.
Suponha que se queira obter uma emulsão O/A de uma mistura de óleos
comestíveis. O produto contém 70% de óleo de soja e 30% de óleo de milho, o valor
HLB requerido para a combinação é de 7,2 de acordo com a tabela a seguir.

HLB requerido para algumas emulsões

Óleo/Água Água/Óleo
Ácido láurico 16 1
Ácido Linoleico 17
Manteiga de Cacau 6
Óleo de Milho 10
Óleo de algodão 5a6
Óleo de Amendoim Hidrogenado 6a7
Monoestearato de Glicerol 13
Banha 5
Óleo de Peixe 12
Parafina 10
Óleo de Palma 10
Óleo de Colza 6
Óleo de Soja 6
Óleo Mineral 12 5
Álcool Cetilico 15
Álcool Estearilico 15
Ácido Isoestearico 15 a16
Ácido Estearico 15 6
Lanolina 10 8
Vaselina 12 5
Cera de Abelha 12 4

Esse método para cálculo do HLB requerido é bastante útil para emulsões fluidas,
mas não é pratico para emulsões espessas, tipo creme, nestes casos, usa-se uma
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quantidade adicional de emulsionantes de baixo HLB,para se obter o espessamento
da emulsão
Dados obtidos de analises químicas dos emulcionantes são usualmente, uma base
melhor para a determinação do número de HLB. Por exemplo, os números de HLB da
maioria dos ésteres de ácidos graxos reagidos com polióis podem ser calculados pela
formula:

HLB = 20(1-S/A)

Onde
S = Índice de saponificação do éster
A = Índice de acidez do ácido graxo empregado

Exemplo :
S = 45,5 ( média )
A = 276 ( para o ácido láurico comercial )

HLB = 20(1- 45,5 / 276 )


HLB = 16,7

No caso de produtos onde a porção hidrofílica consiste apenas de óxido de eteno a


formula é simplesmente:
HLB = E/5
Onde E é igual o peso percentual de óxido de eteno

Método de solubilidade em água


Embora este método não se constitua em um guia infalível, pode-se o número HLB
de muitos emulsionantes de acordo com a sua solubilidade ou dispersibilidade.

HLB Estimado pela dispersibilidade do Emulsionante

Não dispersivel em água 1Faixa


- 4 de HLB
Dispersão pobre 3-6
Dispersão leitosa após agitação 6-8
forte
Dispersão Leitosa Estável 8 - 10
Dispersões claras e translucente 10 - 13
Soluções límpidas Maior que 13

Tixotropia
Tixotropia é a designação dada para o fenômeno no qual um colóide muda sua
viscosidade, seu estado de gel para sol ou sol para gel. Trata-se da propriedade de
um fluido não-newtoniano ou pseudoplástico que apresenta uma alteração
dependente do tempo em sua viscosidade. Quanto mais se submete tal fluido a
esforços de cisalhamento, mais diminui sua viscosidade. Em suma, um fluido
tixotrópico é aquele que demora um tempo finito para alcançar uma viscosidade de
equilíbrio quando ocorre uma mudança instantânea no ritmo do cisalhamento.
Apesar de não existir ainda uma definição universal, o termo se aplica às vezes
aos fluidos pseudoplásticos que não mostram uma relação viscosidade/tempo. É
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importante levar em consideração a diferença entre um fluido tixotrópico e um
pseudoplástico. O primeiro mostra uma diminuição de viscosidade ao longo do tempo
a uma velocidade de corte constante, ao passo que o segundo apresenta esta mesma
diminuição ao aumentar-se a velocidade de corte. Os fluidos que exibem a
propriedade oposta, ou seja, em que a agitação ao longo do tempo provoca a
solidificação, são chamados reopéticos ou anti-tixotrópicos, e são muito mais raros.
Alguns fluidos com consistência de gel ou colóide são considerados materiais
tixotrópicos, pois mostram forma estável em repouso e se tornam fluidos quando
agitados

Sol e Gel
Sol é uma dispersão de partículas coloidais (dimensão entre 1 e 100 nm) estável
em um fluido, enquanto gel é um sistema formado pela estrutura rígida de partículas
coloidais (gel coloidal) ou de cadeias poliméricas (gel polimérico) que imobiliza a fase
líquida nos seus interstícios.

COLOIDE
Em química, coloides (ou sistemas coloidais ou ainda dispersões coloidais) são
sistemas nos quais um ou mais componentes apresentam pelo menos uma de suas
dimensões dentro do intervalo de 1nm a 1µm. Coloquialmente, diz-se que as
dispersões coloidais são dispersões intermediárias entre as soluções verdadeiras e os
sistemas heterogêneos, em casos onde as partículas dispersas são maiores do que as
moléculas mas não suficientemente grandes para se depositar pela ação da
gravidade.

VISCOSIDADE
É a propriedade física que caracteriza a resistência de um fluido ao escoamento, a
uma dada temperatura.
Define-se pela lei de Newton da viscosidade:

Pressão laminar de um fluido entre duas placas. Atrito entre o fluido e a superfície
móvel causa a torsão do fluido. A força necessária para essa ação é a medida da
viscosidade do fluido.Onde a constante é o coeficiente de viscosidade, viscosidade
absoluta ou viscosidade dinâmica. Muitos fluidos, como a água ou a maioria dos
gases, satisfazem os critérios de Newton e por isso são conhecidos como fluidos
newtonianos.Os fluidos não newtonianos têm um comportamento mais complexo e
não linear.
Viscosidade é a propriedade associada a resistência que o fluido oferece a
deformação por cisalhamento. De outra maneira pode-se dizer que a viscosidade
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corresponde ao atrito interno nos fluidos devido basicamente a interações
intermoleculares, sendo em geral função da temperatura. É comumente percebida
como a "grossura", ou resistência ao despejamento. Viscosidade descreve a
resistência interna para fluir de um fluido e deve ser pensada como a medida do
atrito do fluido. Assim, a água é "fina", tendo uma baixa viscosidade, enquanto óleo
vegetal é "grosso", tendo uma alta viscosidade.

Viscosidade cinemática

A viscosidade cinemática (letra grega nu, ν), é definida por:

em que ρ é a massa específica do fluido.

Unidades
No SI, a unidade da viscosidade cinemática ν é m²/s[2]. No sistema CGS é utilizada
a unidade Stokes (St), sendo um Stokes igual a 10−4 m²/s [3] e dada a magnitude do
seu valor é preferível utilizar a forma centistokes.
A viscosidade absoluta tem como unidade Pa.s (N.s/m²) em unidades do SI[2]. Essa
unidade é normalmente expressa em mPa.s dado a sua magnitude. Outra forma
conveniente, a partir do sistema CGS é o Poise, sendo um Poise igual a 0,1 Pa.s[3] ou
seja, um centipoise (cP) é igual a 1 mPa.s

Fluido não newtoniano


Um fluido não-newtoniano é um fluido cujas propriedades são diferentes dos fluidos
newtonianos, mais precisamente quando a tensão de cisalhamento não é diretamente
proporcional a taxa deformação[. Como conseqüência, fluidos não-newtonianos
podem não ter uma viscosidade bem definida.

Caracterização
Embora o conceito de viscosidade clássica seja comumente usado para caracterizar
um material, ele pode ser inadequado para descrever o comportamento mecânico de
determinadas substâncias líquidas (fluidos não-Newtonianos), nos quais a viscosidade
aparente não é constante durante o escoamento. Estas substâncias são melhor
estudados através de suas propriedades reológicas que mostram as relações entre a
tensão aplicada nesta substância e a taxa de deformação sob diferentes condições de
escoamento. A obtenção destas propriedades reológicas é feita através de
viscômetros.

Oxido Redução

É a reação onde um ou mais elementos sofrem variação nos números de oxidação,


ocorre transferência de elétrons.
Ex.
2KmnO4 + 16 HCl 2Kcl + 2MnCl2 + 8H20 + 5Cl2

Variação:
Cl -1 para 0 – nox aumenta
Mn - +7 para +2 – nox diminui
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Agente Oxidante
É a substância que age causando a oxidação de um elemento, pertencente a uma
substância reagente. O agente oxidante contém o elemento que ganha elétrons (sofre
redução)

Agente Redutor
É a substância que age causando a redução de um elemento, pertencente a uma
substância reagente. O agente redutor contém o elemento que perde

Emulsão Química e Física


É a mistura entre dois líquidos imiscíveis em que um deles (a fase dispersa)
encontra-se na forma de finos glóbulos no seio do outro líquido (a fase contínua),
formando uma mistura estável. Exemplos de emulsões incluem manteiga, margarina,
maionese, café expresso e alguns cosméticos. As emulsões mais conhecidas
consistem de água e óleo.
As emulsões são instáveis termodinamicamente e, portanto não se formam
espontaneamente, sendo necessário fornecer energia para formá-las através de
agitação, de homogeneizadores, ou de processos de spray. Com o tempo, as
emulsões tendem a retornar para o estado estável de óleo separado da água.
Os agentes emulsificantes são substâncias adicionadas às emulsões para aumentar
a sua estabilidade cinética tornando-as razoavelmente estáveis e homogêneas. Um
exemplo de alimento emulsionado é a maionese, na qual a gema de ovo contém o
fosfolipídios lecitina que estabiliza a emulsão do azeite na água.
A estabilidade de uma emulsão depende essencialmente de três fenômenos:
cremação ou sedimentação, floculação e quebra da emulsão devido à coalescência
das gotículas dispersas.
Cremação e sedimentação são fenômenos resultantes de uma diferença de
densidade entre as duas fases e consiste na migração de uma das substâncias para o
topo da emulsão, na cremação, ou para o fundo, na sedimentação, não sendo
necessariamente acompanhada de floculação das gotas. As colisões entre as gotas
podem resultar em floculação, quando os glóbulos se agregam, sem o rompimento do
filme interfacial que os separa. Por fim, a coalescência resulta da agregação dos
glóbulos com o rompimento do filme interfacial, resultando em glóbulos maiores.
Eventualmente, a fase dispersa pode se tornar a fase contínua, separada da dispersão
média por uma única interface. O tempo levado para tal separação de fases pode ser
de segundos ou até anos, dependendo da formulação da emulsão.
Para aumentar a estabilidade cinética das emulsões tornando-as razoavelmente
estáveis, um terceiro componente, o agente emulsificante, pode ser adicionado. Os
materiais mais eficientes como agentes emulsificantes são os tensoativos, alguns
materiais naturais e certos sólidos finamente divididos. Esses materiais formam um
filme adsorvido ao redor das gotas dispersas e ajudam a prevenir a floculação e a
coalescência.
Os seguintes fatores favorecem a estabilidade de emulsões:
1. Tensão superficial baixa: a adsorção de surfactantes nas interfaces óleo-
água diminui a energia interfacial, facilitando o desenvolvimento e aumentando
a estabilidade das grandes áreas interfaciais associadas com as emulsões;
2. Filme interfacial mecanicamente forte e elástico: a estabilidade das
emulsões é favorecida pela proteção mecânica dada pelo filme adsorvido ao

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redor da gota. A elasticidade do filme também é importante para permitir a
recuperação após distúrbios locais;
3. Repulsão das duplas camadas elétricas: a repulsão entre as partículas
diminui os choques evitando a floculação. Quando agentes emulsificantes
iônicos são usados, a repulsão da dupla camada elétrica lateral pode prevenir a
formação de filmes compactos. O efeito de expansão dos filmes pode ser
minimizado usando uma mistura de um filme iônico com um não-iônico e/ou
aumentando a concentração eletrolítica na fase aquosa;
4. Volume pequeno da fase dispersa: favorece a formação de gotículas
pequenas
5. Gotículas pequenas: gotas grandes são menos estáveis devido a sua menor
razão de área/volume, que aumentam a tendência da gota crescer
6. Viscosidade alta: diminui as colisões retardando a floculação e sedimentação.
O tipo de emulsão formada quando dois líquidos imiscíveis são homogeneizados
depende dos volumes relativos das duas fases e da natureza do agente emulsificante.
Quanto maior for o volume da fase, maior é a probabilidade do líquido se tornar a
fase contínua. Sabões de metais alcalinos favorecem a formação de emulsões óleo em
água, enquanto que sabões de metais pesados favorecem a formação de emulsões
água em óleo. Além disso, a fase na qual o agente emulsificante é mais solúvel tende
a ser a fase contínua.

Estrutura Capilar
Os cabelos crescem descontinuamente, intercalando fases de repouso com fases de
crescimento. Portanto é possível encontrar fios em diferentes estágios de seus ciclos
na mesma cabeça.
Na fase de crescimento (anágena), que tem duração específica e variada em cada
individuo, os fios crescem em média de 10 a 20 cm ao ano.
As variações genéticas influem na textura, cor, curvatura, densidade e crescimento
do fio. Outros fatores que influenciam no crescimento dos cabelos são:
 Hormonais
 Nutricionais
 Químicos
 Psíquicos
 Idade

A cor dos cabelos


A cor dos cabelos depende da qualidade e da quantidade dos grânulos de um
pigmento chamado melanina. Este pigmento está localizado no córtex dos fios, e
varia entre as matrizes: negro, louro, ruivo, grisalho e branco.
A variedade das cores dos cabelos é dividida em dois tipos de melanina:
 Eumelanina – cabelo castanho a preto;
 Feomelanina – Cabelo castanho avermelhado a louro.
Os grânulos de melanina são fabricados pelos melanócitos, células produtoras de
pigmentos situadas no bulbo capilar (raiz do cabelo).
Com o passar dos anos, a atividade dos melanócitos se altera diminuindo também a
atividade da tirosinase. Essa diminuição tem como consequência o branqueamento do
cabelo, chamado de canície ou cana.

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As características dos cabelos
O cabelo(do latim capĭllus) é cada um dos pelos que crescem no couro cabeludo
(parte superior da cabeça do corpo humano).
Há em média 150.000 fios capilares em uma pessoa adulta e crescem em média 1
cm por mês e a perda normal está entre 50 e 100 fios diário. Diferenciam-se dos
pelos comuns pela sua elevadíssima concentração por área de pele e pelo
desenvolvimento em comprimento. Podem ser lisos, crespos, ondulados e de muitas
cores. Os cabelos não servem só como um aliado estético (dando forma e valorizando
o rosto) mas também funcionam como um isolante térmico, protegendo a cabeça das
radiações solares e da abrasão mecânica. Também podem ser um indicativo de
diversas doenças que se manifestam alterando sua estrutura.
Acima de tudo, o fio de cabelo é um pelo. Possui a mesma estrutura de todos os
pelos do corpo humano, porém tem suas particularidades. O cabelo é um fio
queratinizado que cresce na pele dos mamíferos. A haste do cabelo é a parte do fio
que emerge do couro cabeludo.
O fio de cabelo é composto basicamente por Carbono, Hidrogênio, Nitrogênio,
Oxigênio e Enxofre que unidos, formam uma proteína chamada queratina que
apresenta 85% da composição do cabelo, completado por 12% de água e 3% de
lipídios
Composição Química do Cabelo
 Carbono 45%
 Hidrogênio 7%
 Oxigênio 28%
 Nitrogênio 15%
 Enxofre 5%
O fio de Cabelo se divide em três partes

Cutícula
Camada externa do fio de cabelo em torno do córtex cuja característica é ser
quimicamente resistente. Cada célula da cutícula contém uma membrana externa
fina, a epicutícula, que, é subdividida em três camadas principais: a exocutícula “A”, a
exocutícula “B” e a endocutícula. Por serem transparentes nos permite ver a cor do
fio do cabelo. A cutícula sofre agressões externas (sol, chuva, poluição) por ação
mecânica (escovar, pentear) e transformações químicas (relaxamento, permanente,
colorações, reflexos etc.) As cutículas são parcialmente sobrepostas sobre si, podendo
formar de cinco a dez camadas de placas. Essas placas, por sua vez, oferecem
excelente proteção ao córtex.
As proteínas do cabelo unem-se umas às outras por meio de ligações de
hidrogênio, pontes dissulfeto (S–S) e ligações iônicas, as quais são responsáveis pela
estabilidade estrutural, pela forma do cabelo e pela resistência mecânica dos fios
Córtex
Região intermediária onde há a transformação da estrutura do cabelo. Nesta região
encontramos as seguintes ligações químicas:
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Ligação iônica
É um tipo de ligação química baseada na atração eletrostática de íons com cargas
opostas. Na formação da ligação iônica o metal doa elétron, devido a sua baixa
eletronegatividade formando um íon positivo ou cátion, ao não metal que acomoda
esse elétron na camada de valência tornando-se ânion. No sal de cozinha a ligação
química entre os íons sódio e cloreto é iônica. O átomo do não metal tem uma
configuração eletrônica semelhante à de um gás nobre, quase totalmente preenchida
de elétrons. A ligação Iônica é a mais forte das ligações primárias.

Ligação de Hidrogênio.
A ligação de hidrogênio ocorre entre um átomo de hidrogênio proveniente da
hidroxila (-OH) de um aminoácido e o átomo de oxigênio proveniente do grupo
carbonila (R2–C=O) de outro aminoácido. Quando o cabelo está molhado, estas
ligações são favorecidas, então podemos alterar sua forma.
O hidrogênio faz ligações covalentes (ligação química em que há compartilhamento
de elétrons) e ligações que não são químicas, apenas interações. A Ligação de
Hidrogênio é uma interação entre átomos de hidrogênio de uma molécula com
átomos de elementos altamente eletronegativos (oxigênio, flúor e nitrogênio) de
forma que o hidrogênio sirva como "elo" entre os átomos com os quais interage.
Pensava-se anteriormente que o elétron fosse compartilhado pelas moléculas da
interação, entretanto se fosse assim, seria uma ligação covalente. As Ligações de
Hidrogênio podem ser classificadas em intramolecular, que ocorrem na mesma
molécula, e intermolecular, que ocorrem entre moléculas vizinhas.

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Ligação dissulfídica

Os aminoácidos sofrem polimerização a fim de formar cadeias. Esse processo


ocorre com uma reação de condensação, onde há a eliminação de uma molécula de
água, resultando em uma ligação amida (CO – NH), mais conhecida como ligação

peptídica

Os aminoácidos são classificados de acordo com a polaridade de suas cadeias


laterais, dividindo-se em três grupos: apolares, polares não carregados e polares
carregados. Dentre os aminoácidos que possuem cadeias laterais polares não
carregados (ou neutras) pode-se destacar a asparigina, glutamina, tirosina, serina,
treonina e cisteína. Dentre esses aminoácidos, a cisteína possui uma propriedade
físico-química única, pois possui um grupo tiol que pode formar uma ponte dissulfeto
com outra cisteína, resultando no aminoácido cistina. Sendo assim, a cistina é
formada pela oxidação de dois grupamentos tióis da cadeia lateral da cisteína,
formando uma ligação covalente dissulfeto.

Formação de ponte dissulfeto entre dois aminoácidos cisteína, formando uma cistina.

A cistina por apresentar uma ligação forte entre dois elementos enxofres e possuir
dois grupamentos NH2 e dois grupamentos COOH, proporciona força e resistência
mecânica aos fios de cabelo. A redução das ligações dissulfídicas altera a estrutura e
as propriedades mecânicas dos fios de cabelo. Este é o fundamento do alisamento
químico e das ondulações permanentes
O grau de resistência, elasticidade e a cor do pelo dependem de sua estrutura. O
diâmetro do córtex é determinado em função do número de células presentes no
bulbo que podem se multiplicar. A fibra do pelo possui de 2 a 3 tipos de células do
córtex. Esses tipos de células são:
 ORTHO CÓRTEX: tem baixa quantidade da substância enxofre (menos que 3%).
 PARA CÓRTEX : tem uma alta quantidade da substância enxofre (cerca de 5%).
 MESO CÓRTEX : possui grande quantidade do aminoácido cistina
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Medula
É a parte central do fio. Há fios de cabelos que não possuem medula, não modificando em
nada sua estrutura. O canal da medula pode estar vazio ou preenchido com queratina
esponjosa. Ainda não foi determinada a função desta região. Contudo estudos recentes
apontam para uma associação da medula com o primeiro instante da fase de germinação do fio
onde a medula serviria como um "direcionador" do novo fio em direção ao poro.
O pH do Cabelo
A camada hipolipídica que protege o cabelo, a pele e as unhas tem pH ácido com valores
que variam entre 4,2 e 5,8. Dessa forma, todos os produtos que entram em contato com o
corpo humano devem estar dentro desta faixa ou no máximo próximo a 7
A queratina é composta por vários aminoácidos e o principal deles encontrado em
maior concentração é a cisteína que contem alto teor de enxofre.

Mecanismos Quimicos e Fisicos de Transformação Capilar

A formação de ligações dissulfeto tem uma aplicação direta na produção de cachos


no cabelo pelo processo de onda permanente. A queratina capilar consiste em muitas
proteínas alfa-hélices. Três alfa-hélices estão entrelaçadas em uma bobina esquerda,
chamada de protofibril. Onze protofibrilas são ligadas e enroladas juntas para fazer
uma microfibrila. Centenas dessas microfibrilas são cimentadas em um feixe irregular
chamado macrofibril. Estes, por sua vez, são misturados com células mortas e vivas
para formar um fio de cabelo completo.
Embora possa parecer incrível, para que o cabelo cresça 6 polegadas em um ano,
nove volta e meia de a-hélice devem ser produzidas a cada segundo.
As hélices alfa são extensivamente reticuladas com ligações dissulfureto da cisteína.
Essas ligações permitem que a queratina tenha uma natureza um pouco elástica. Se
as alfa hélices se estenderem desigualmente umas sobre as outras, as ligações
cruzadas de dissulfeto as retornarão à posição original

Reações de aminoácidos
Formação de sal:

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Os aminoácidos reagem uns com os outros em uma reação típica de neutralização
ácido-base para formar um sal. A reação é simplesmente a transferência do H (íon
positivo) do ácido para a amina e a atração das cargas positivas e negativas. O grupo
ácido torna-se negativo e o nitrogênio da amina torna-se positivo por causa do íon
hidrogênio positivo. Por exemplo, no gráfico a baixo, glicina (gly) e alanina (ala)
podem interagir na forma zwitterion por uma atração da carga positiva (amina) da
alanina e negativa (ácido carboxílico) para formar o sal .

Formação de sal de cadeias laterais:


Uma interação muito importante para a estrutura terciária da proteína é a interação
das cadeias laterais ácida e de base. Se o aminoácido tiver um ácido ou amina extra
na "cadeia lateral", estes são usados na formação de sal. Por exemplo, no gráfico
inferior esquerdo, o ácido aspártico (asp) tem uma cadeia lateral que forma um sal
com a amina na cadeia lateral da lisina (lys). O íon hidrogênio (vermelho) se move
para o nitrogênio aminado resultando no sal com a atração das cargas positivas e
negativas

Zwitterion, do alemão "zwitter" (híbrido), "sal interno" ou "íon dipolar" é um


composto químico eletricamente neutro, mas que possui cargas opostas em
diferentes átomos. O termo é mais utilizado em compostos que apresentam essas
cargas em átomos não-adjacentes.

À esquerda, um aminoácido não-ionizado. À direita, na sua forma zwitteriônica.


ambos eletricamente neutros.

Pontes Dissulfureto e Redução da Oxidação


O aminoácido cisteína sofre reações de oxidação e redução envolvendo o grupo -SH
(sulfidrila). A oxidação de dois grupos sulfidrila resulta na formação de uma ligação
dissulfeto pela remoção de dois hidrogênios.
A oxidação de dois aminoácidos de cisteína é mostrada no gráfico à esquerda. Um
agente oxidante não especificado (O) fornece um oxigênio que reage com o
hidrogênio (vermelho) no grupo -SH para formar água. Os enxofres (amarelo) se
unem para formar a ponte dissulfeto. Esta é uma ligação importante a reconhecer na
estrutura terciária da proteína.
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A redução de uma ligação dissulfureto é a reação oposta que leva novamente a
duas moléculas separadas de cisteína. Lembre-se de que a redução é a adição de
hidrogênio.

O uso de agente de redução:


No processo de onda permanente, ou alizamento uma substância redutora básica
(por exemplo tioglicolato de amônio) é adicionada para reduzir e romper a ligação
dissulfeto.
HS
S S HS
Após a adição HS
de
S S HS
Agente
Rudutor HS
S S HS

Onda Temporária ou Alisamento


Quando o cabelo fica molhado, as moléculas de água se infiltram nos filamentos de
queratina. O grande número de moléculas de água é capaz de romper algumas das
ligações de hidrogênio que também ajudam a manter alinhadas as alfa-hélices. As
hélices são capazes de deslizar umas sobre as outras e irão reter uma nova forma no
processo de secagem do cabelo, à medida que novas ligações de hidrogênio são
formadas. Os fios de cabelo são capazes de por um curto período de tempo para
manter a nova onda no cabelo.

Onda permanente ou Alisamento


Para uma onda permanente, continuaremos a discussão a partir do uso do agente
redutor. O cabelo é colocado em rolos ou alinhado com secador, chapinhas e pentes.
Uma vez que as alfa hélices não estão mais fortemente cruzadas entre si, estas
podem mudar de posição umas em relação às outras. Um agente oxidante,
geralmente uma solução diluída de peróxido de hidrogênio, (também chamado de
neutralizador) é adicionado para refazer as ligações dissulfeto em suas novas
posições. A nova posição da ligação dissulfeto sera mantida até que o cabelo cresça,
já que o crescimento de novos pêlos não é tratado.

Vamos desenhar as duas estruturas


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Os ativos mais usados para transformação Capilar

Tioglicolato de Amônia
Este ativo quebra as pontes de dissulfeto dos aminoácidos de cistina, o que gera a
formação de duas cisteínas para cada cistina. Por meio desse processo a queratina
incha, tornando-se maleável para ser alisada. No alisamento com o tioglicolato sua
concentração dependerá do pH da amônia, na maioria dos casos é utilizada uma
solução de 7,5 e 11% em pH entre 9 e 9,3, a concentração do tioglicolato deve ser
escolhida de acordo com a textura do cabelo e em função da adição da amônia.
Tem um odor muito desagradável e é o Alisante mais utilizado no Brasil, possui um
alisamento menos agressivo e um processo mais rápido, além de ser necessária a
neutralização, processo que se utiliza um oxidante para reconstruir as ligações de
dissulfeto que foram rompidas pela ação do tioglicolato, é possível utilizá-lo em baixa
concentração.

XAgua Desmineralizada 51,6700


Glicerina Bi Destilada 1,0000
Edta Dissodico 0,2000
EDTA Tetrasodico 0,2000
Acrylamidopropyltrimonio Chloride
(And) Acrylamide Copolymer 0,0300

XCetearyl Alcohol (and) Polysorbate 60 2,6000


Acido Estearico Tripla Presão 1,5000
Alcool Ceto Estearilico Etoxilado 20 M 1,0000
BHT 0,1000
Lanolina Anidra 0,3000
Alcool Ceto Estearilico 3,0000
Cetearyl Alcohol (and) Dicetyl Phodphate
(and) Cetheth-10 1,6000
Oleo Mineral 1,5000

XCloreto de Cetrimonio 50% 1,0000

XAgua Desmineralizada 4,0000


Hidroxido de Sódio 0,5000

XTio Glicolato de Amonia 18,0000


Hidroxido de Amonia 1,5000

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XAgua Desmineralizada 6,0000
Bicarbonato de Amonia 1,3000

XPerfume 0,4000
Polyquaternio-37(and)Proylene Glycol
Dicaprate Dicaprylate(and)PPG-1 Trideceth 6 0,5000
Poliquaternio 22 1,5000

HIDRÓXIDOS
Os alisantes a base de hidróxidos funcionam pelo processo de lantionização, onde
as ligações de dissulfeto são convertidas em ligações de lantionina e quando o
alisante é retirado dos fios o cabelo ainda possui pH elevado os cabelos uma vez
alisados com os hidróxidos não podem ser submetidos à nova aplicação, pois há risco
de queda capilar, esta deve ser feita apenas nos fios crescidos e é imprescindível que
a substância utilizada inicialmente seja sempre a mesma, e que se respeite o
intervalo de tempo estabelecido entre as aplicações. Todos os hidróxidos dividem a
mesma química por isto são compatíveis entre si.

Hidróxido de Sódio
O hidróxido de sódio (NaOH), conhecido também como soda cáustica, é
considerado um dos alisantes mais potentes utilizados em concentrações que variam
de 5 a 10 %, em pH alcalino de 09 a 14% causando o intumescimento da fibra e
permitindo a abertura da cutícula, promove os resultados mais agressivos, após o
alisamento aplica-se uma substância, xampu ou loção para acidificar o pH, já que os
ácidos neutralizam os álcalis interrompem assim o processo, neutralizando os íons de
hidrogênio restantes e diminuindo o pH do cabelo e do couro cabeludo, as ligações de
dissulfeto uma vez rompidas pelos hidróxidos não podem ser restauradas.

Alcool cetilico 1,00


Uniox C 10,00
Lanolina Etoxilada 75% 0,50
Oleo Mineral 13,50
Vaselina Sólida 23,00
Oleo de Coco 2,50
Alcool Ceto Estearilico Etox 20M 1,00

Agua Desmineralizada Qsp. 100


Propileno Glicol 5,00

Hidroxido de Sódio Sol 50% 5,00

Oleo de Algodão 0,10

Perfume 0,50

Hidróxido de Guanidina
O alisante com guanidina utiliza dois ativos em sua composição: o hidróxido de
cálcio que é misturado com carbonato de guanidina formando daí o Hidróxido de
guanidina considerado o mais ameno, porém se ambos não forem misturados de
forma correta, ou seja, em proporções exatas o alisamento não ocorrerá, alisantes a
base de hidróxido de guanidina são indicados para couros cabeludos sensíveis.
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XAgua Desmineralizada 37,8700
Propileno glicol 4,0000
Polisorbato 60 0,6000

XUniox C 2,0000
BHT 0,1000
Super Solan Pastilhas 0,5000
Oleo Mineral 12,0000
Crodafos CES 1,0000
Vaselina Sólida 7,0000
Alcool Ceto Estearilico 2,0000
Alcool Ceto Estearilico Etox 20 M 0,3000

XAgua Desmineralizada 25,0000


Hidroxido de Calcio 4,9000
Propileno Glicol 2,0000

Lantionina
É um aminoácido não-proteinogenico com a fórmula química (HOOC-CH (NH2) -
CH2-S-CH2-CH (NH2) -COOH), que possui uma ligação de monossulfe

Na estrutura, pode ser considerado análogo à cistina, mas este é o dissulfeto e a


lantionina é monossulfureto. A cistina é formada pela ligação de dois resíduos de
cisteina, enquanto a lantionina é composta por dois resíduos de aminoácidos de
alanina tendo dois átomos de carbono ligados por um tio éter. Apesar de seu nome, a
lantionina não contém lantanio.
Em 1941, a lantionina tratada com carbonato de sódio foi isolada pela primeira vez
e foi sintetizada a partir de cisteína e β-cloroalanina. As lantioninas são encontradas
amplamente distribuídas na natureza e isoladas de de cabelo humano,lactalbumina e
penas. Os lantionenos são encontrados na parede celular bacteriana e são os
componentes de um grupo de peptídeos rotulados geneticamente chamados
lantibióticos, entre os quais a nisina (conservante alimentar), a subtilina, a
epidermina(anti-estafilococos e anti-estreptococos), e ancovenina (inibidor de
enzima)
Diversos modos de síntese de lantões foram publicados, tais como a extrusão de
sulfeto de cistina, a abertura do anel serina β-lactona, e a adição heteroconjugada de
cistína a dehidroalanina. O método de extrusão de enxofre é a única maneira de obter
lantionina que foi usada para a síntese total de lantibióticos

Mecanismo de ação dos ácidos e hidróxidos


19
Ação do pH na Estrutura Capilar
A extrema solidez e a insolubilidade da queratina do cabelo são atribuídas ao
conteúdo do aminoácido cistina
PH extremos podem alterar a carga, levando ao rompimento das ligações de
hidrogênio e consequentemente à mudança estrutural da proteína. Algumas
substâncias como o etanol, acetona, ureia e tensoativos tem ação em algumas
proteínas desestabilizando a parte hidrofóbica. Algumas destas proteínas
desnaturadas conseguem voltar a sua estrutura natural, quando expostas as
condições nativas para sua atividade, é o processo de renaturação
As transformações permanentes dos cabelos, como ondulações permanentes,
relaxamentos ou alisamentos capilares, são realizadas pela quebra e realinhamento
das pontes dissulfeto (ligações de enxofre entre as proteínas que compõem as fibras
do cabelo). A promoção da quebra dessas ligações é feita por reações químicas. Os
ativos para quebra das pontes dissulfeto podem apresentar caráter ácido ou básico, o
mecanismo de ação dos ácidos é diferente do mecanismo de ação das bases.
Os produtos compostos por ácidos em processos de transformação capilar,
normalmente, apresentam formulações de pH básico. Esse pH é importante para abrir
as cutículas dos fios e permitir a entrada do ativo ácido ao córtex para iniciar as
reações químicas de transformação.
-
O ativo ácido mais usado em combinação com OH , é o ácido tioglicólico, esse ao
ser misturado com o hidróxido de amônio formará o tioglicolato de amônio. Os ácidos,
no córtex, fornecem cargas negativas para os enxofres que compõem as pontes
dissulfeto, além de liberarem o íon H+no meio. A carga negativa irá desestabilizar a
ligação entre os enxofres e essa será quebrada. Em seguida, o H +liberado no cabelo
irá ligar ao enxofre para estabilizá-lo. Essa primeira etapa de reação química é
denominada de reação de redução. Consequentemente, os cabelos perdem
resistência e desestruturam, tornando mais flexíveis e fáceis de serem manipulados.
Durante esse procedimento, o profissional poderá dar novas formas ao cabelo,
como promover alisamento ou ondulações por meio de acessórios. Após dar nova
forma ao cabelo, e para mantê-la, é necessário cessar a ação do produto e refazer as
pontes dissulfeto, devolvendo parcialmente a resistência do cabelo e o mantendo na
nova posição (forma) estabelecida. Dessa forma, entra a segunda etapa de reação
química por meio da adição de um neutralizante.
O neutralizante, ao ser aplicado, agirá no córtex liberando átomos de oxigênio. O
oxigênio liberado irá reagir com o hidrogênio que antes estabilizava os enxofres. Essa
reação química é denominada de reação de oxidação e tem como produto moléculas
de água. Em seguida, os enxofres voltam a ligar entre si refazendo as pontes
dissulfeto, reestruturando o cabelo na nova posição fornecida a ele (ondulação ou
alisamento).
Os neutralizantes para os ativos ácidos mais comumente usados tem como base o
peróxido de hidrogênio.
Os hidróxidos promovem reações químicas diferentes que os ácidos na haste
capilar. Todo hidróxido tem a capacidade de liberar hidroxila (OH –) no meio. A
hidroxila é a responsável por agir no córtex na promoção da quebra das pontes
dissulfeto e está diretamente associada ao pH do produto. Quanto maior o pH do
produto, maior quantidade de hidroxilas serão liberadas. Dessa forma, os ativos a
base de hidróxido que apresentarem maior pH serão os que possuem também maior
quantidade de ativos para transformação dos fios.

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O ácido do neutralizante liberará íon H+. Esse íon reagirá com a hidroxila (ativo),
formará uma molécula de água e cessará a ação do produto. Em seguida, as pontes
dissulfeto precisarão ser refeitas para reestruturar o cabelo. No entanto, as ligações
de enxofre quebradas pelo hidróxido não serão mais reestabelecidas, uma vez que
houve a perda de enxofre por um dos aminoácidos que compunham essa ligação. A
lantionina, originada no lugar da cistina, irá realizar uma ligação química entre seu
carbono e o enxofre de outra cistina. Será formada então uma ligação entre um
enxofre e um carbono no lugar das pontes dissulfeto. Essa nova ligação química
formada é denominada ligação de lantionina.
Os hidróxidos, por apresentarem pH extremamente alcalino, mesmo após a
neutralização, dificultarão os cabelos a retornarem ao seu pH natural. Assim sendo,
será necessário utilizar um xampu de acidez balanceada ou uma loção neutralizante
para devolver o pH ácido dos cabelos.

Ácido Glioxílico

O ácido glioxílico ou ácido formilfórmico é um ácido organico assim como o ácido


acetico, ácido glicolico, ácido oxalico. Este ácido geralmente é descrito com a fómula
quimica OCHCO2H contendo um grupo funcional. O aldeído na verdade não é
observado em solução ou como um sólido, como visto para muitos outros aldeídos,
ele existe mais comumente como o hidrato. Assim, a fórmula para o ácido glioxílico é
realmente (HO)2CHCO2H, descrito como o "monoidrato. O ácido glioxílico é um
composto bi-funcional e pertence ao grupo dos ácidos oxocarboxílicos possuindo em
sua estrutura um aldeído e um ácido carboxílico. Além disso, possui ligação de
hidrogênio intramolecular e isomerismo rotacional. Existem dois conformêros trans
carbonila e dois cis carbonila, porém a conformação trans é mais estável.

É um sólido incolor que ocorre naturalmente e é útil industrialmente tanto puro


como na forma dos seus sais e ésteres. Vem sendo muito utilizado pela insdústria
cosmética em substituição ao formaldeído nos cabelos nas chamadas "escovas
progressivas".Existem poucos relatos na literatura com relação à sua decomposição;
estudos realizados em amostra padrão, com temperaturas até 200 °C concluiu que a
formação de formaldeído é em quantidades equivalentes a existente no ar . A NR15 –
Portaria 3214/78, estabelece limites de formaldeído no ar abaixo de 1,6 ppm e da
Legislação de conservante em produtos cosméticos permite o uso de até 0,2% p/p. O
mercado brasileiro vem utilizando o ácido glioxílico como alternativa segura ao uso do
formaldeído em produtos que têm como finalidade alisamento/relaxamento dos
cabelos. O alisamento do cabelo utilizando o ácido glioxílico não ocorre pela reação
entre o formaldeído liberado e o cabelo, e sim pela reação entre o ácido e a estrutura
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dos aminoácidos através do processo de desnaturação da proteína, processo no qual
moléculas biológicas perdem suas funções, devido a alguma mudança no meio, seja
em altas temperaturas, variações de PH, entre outras.

Escova Progressiva com Ácido Glioxilico

Agua Desmineralizada 57,700


Ureia 2,500
BHT 0,050
EDTA Na2 0,300

Alcool Ceto Estearilico 3,500


Mono Estearato de Glicerila 0,100
Palmitato de Cetila 0,500
Triglicerideos de Caprico Caprilico 0,600
Ceraphyl 70 0,300
Oleo Mineral 0,500

Cloreto de Cetrimonio 1,500


Cloreto de Berretrimonio 1,000

Acido Glioxilico 30,000


Cisteina 1,500

Silicone DC 1411 0,200


Perfume 0,500
Poliquaternio 22 0,050
D Panthenol 0,010

REFERÊNCIAS BILBIOGRAFICAS

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cidade de Itumbiara-GO. Disponível em: http://www.xveneq2010.unb.br/resumos/ pdf. Data de acesso
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uma abordagem de crítica na
12. Nelson, D. L; Cox, M. M. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 5o ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
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