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para o Agronegócio
Formação Técnica
Políticas Públicas
para o Agronegócio
ISBN: 978-85-7664-091-2
Inclui bibliografia.
CDU: 338.43
Sumário
Introdução à Unidade Curricular––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––7
Tema 1: Agronegócio–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 9
Encerramento do Tema––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 1 6
Atividade de Aprendizagem–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 1 6
Encerramento do Tema–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 2 7
Atividade de Aprendizagem––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 2 7
Tema 3: Políticas Agrícolas––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––2 9
1. Valores 2015/2016––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––3 5
2. Plano ABC–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 6 1
Tópico 10: Políticas de Produção, Comercialização, Abastecimento e Armazenagem–6 3
1. PAA e PNAE––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––6 4
Encerramento do Tema–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 6 5
Atividade de Aprendizagem––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 6 5
Referências Bibliográficas––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––6 6
Referências Básicas–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––6 6
Referências Complementares––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––6 6
Gabarito––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––6 8
Tema 1––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––6 8
Tema 2––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––6 9
Tema 3–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 7 0
Introdução à Unidade
Curricular
Introdução à Unidade Curricular
Seja bem-vindo(a) à Unidade Curricular Políticas Públicas para o Agronegócio do curso
Técnico em Agronegócio da Rede e-Tec Brasil no SENAR!
Este material foi desenvolvido para você compreender os instrumentos de políticas públicas
relacionados ao setor agropecuário que podem ajudar na busca por maior eficiência do
mercado do agronegócio. Você irá se capacitar sobre os conceitos centrais e conhecerá as
principais políticas públicas atuais que influenciam o dia a dia no campo.
Esta unidade curricular tem carga horária de 30 horas e está organizada em três temas:
Agronegócio, Políticas Públicas e Políticas Agrícolas. Inicialmente, você estudará a transição
do conceito da agricultura para o agronegócio, em um processo que passou pelas revoluções
agrícola (tecnologia mecânica) e verde (tecnologia química), e que, a partir das políticas de Estado
orientadas à produção, colocou o Brasil entre os maiores produtores de alimentos do mundo.
Em seguida, você terá oportunidade de entender o que são e como são desenvolvidas essas 7
políticas públicas para o agronegócio e para o comércio internacional, bem como as principais
instituições que as formulam e negociam. Por fim, e em maior destaque, você conhecerá as
principais políticas públicas da atualidade para o meio rural: programas, instrumentos e ações
de governo para o desenvolvimento e a proteção do setor agropecuário nacional.
Objetivos de aprendizagem
• contextualizar o agronegócio;
a •
•
reconhecer as interfaces das políticas públicas relacionadas ao agronegócio;
analisar o cenário internacional do agronegócio;
• identificar as instituições que elaboram e participam das políticas públicas do
agronegócio;
• conhecer as linhas de crédito rural e outros instrumentos de políticas públicas.
Bons Estudos!
Contabilidade Rural
01
Agronegócio
Tema 1: Agronegócio
Neste primeiro tema, vamos entender o agronegócio e sua relação com as cadeias produtivas
(supplychain) e com o desenvolvimento rural no Brasil. O objetivo é que você consolide seu
conhecimento sobre o tema e desenvolva as seguintes competências:
• compreender os conceitos do agronegócio e fazer uso deles;
Primeiramente você verá os conceitos de agronegócio em uma visão mais ampla e sistêmica,
e depois analisará o desenvolvimento do agronegócio brasileiro em seu contexto histórico.
Conhecer esse contexto facilita o entendimento das políticas públicas que hoje regem e
norteiam as relações econômicas dos setores rural e agroindustrial.
9
Fonte: Shutterstock
Antes da
$
porteira
• Seguro
• Financiamento
• Insumos
• Máquinas
• Capacitação
Dentro da
porteira
• Administração
• Assistência técnica
• Produção
• Capacitação
Depois da
porteira
• Armazenamento
• Transporte
• Indústria
• Comercialização
• Capacitação
Apropriacionismo
Legenda: Atividades de processamento e distribuição, por exemplo, foram dissociadas da atividade de produção – ficando sob
a responsabilidade de empresas especializadas na fase “depois da porteira”.
Fonte: Shutterstock
Segundo Farina & Zylbersztajn (1994), existem na literatura várias metodologias para tratar
do agronegócio, sendo que duas têm obtido maior destaque internacional: a dos Sistemas
Agroindustriais (Commodity System Approach – CSA) e a de Cadeias Agroindustriais (Filières).
Commodity
Dessa forma, a visão sistêmica da CSA busca ressaltar os processos tecnológicos pelos quais
o produto passa no seu fluxo pela cadeia de produção não só na fazenda, mas na agroindústria,
no setor de insumos e no de distribuição. Isso sem deixar de considerar os ambientes
institucional e organizacional que influenciam esse fluxo, como as leis, as políticas públicas,
a pesquisa, a extensão rural, os sindicatos, as associações rurais, as cooperativas etc.
Ambiente institucional
Cultura, tradições, regras e legislações
Mercado
de couro
Mercado
de lã
Ambiente Organizacional
Associações, universidades, instituições de
pesquisa e crédito, sociedades cooperativas
Ambiente institucional
Cultura, tradições, regras e legislações
Ambiente Organizacional
Associações, universidades, instituições de
pesquisa e crédito, sociedades cooperativas
Note que as cadeias produtivas do agronegócio são influenciadas por diversos fatores, entre
eles as ações governamentais. Estas ações são importantes no sentido da regulamentação
do ambiente no qual se relacionam os segmentos das cadeias, operando instituições e
produzindo leis e regulamentações que orientam e definem regras de atuação das empresas
e das organizações do agronegócio.
Para encerrar este tópico, observe que, em ambos os conceitos de cadeias do agronegócio,
destaca-se o encadeamento tecnológico das operações e das relações entre os elos das
cadeias de produção, permitindo analisar operações de origens técnica, logística e comercial.
Os processos de transformação dos produtos dentro das cadeias ocorrem como um conjunto
dependente de operações, e as forças externas às cadeias são importantes para o seu
desenvolvimento, evidenciando a organização da cadeia como um fator de competitividade.
16 Com a estabilização econômica dos anos 1990, conquistada com o Plano Cruzado,
o ambiente tornou-se favorável às propostas de políticas públicas. Assim, as
discussões sobre o desenvolvimento rural reemergiram em bases inteiramente
Encerramento do Tema
Neste tema, você pôde fazer uma revisão dos conceitos mais gerais do agronegócio,
começando pela evolução do conceito de agricultura para o próprio agronegócio e passando
pelas revoluções agrícola (tecnologia mecânica) e verde (tecnologia química), que, somadas
às políticas de Estado orientadas à produção, culminaram na colocação do Brasil entre os
maiores produtores de alimentos do mundo.
Atividade de Aprendizagem
1. Escolha uma cadeia produtiva e defina as atividades que ocorrem antes, dentro e depois
da porteira.
a) Revolução agrícola.
b) Revolução inglesa.
c) Revolução verde.
d) Revolução Industrial.
Os objetivos das políticas públicas exprimem a vontade daqueles que controlam o poder,
influenciados pela sociedade civil por meio da pressão e da mobilização social. Elas visam
responder às demandas da sociedade, ou de parcela dela, promover o desenvolvimento e
regular conflitos.
As políticas públicas podem ser classificadas de acordo com vários critérios. Acompanhe
alguns exemplos a seguir.
Essas linhas de ações, com diretrizes, programas e projetos, são definidas como políticas
públicas.
A avaliação de políticas públicas, por sua vez, constitui-se em um processo de coleta e análise
de informações sobre as características, os processos e os impactos de um programa, de for-
ma a atribuir valor e a analisar o mérito do programa, gerando recomendações para aperfei-
çoar a gestão e a qualidade do gasto público.
Dessa forma, podemos definir o processo de monitoramento e avaliação como a análise dos
impactos e das funções cumpridas pela política pública. Além disso, essa fase busca determinar
sua relevância e analisar a eficiência, a eficácia e a sustentabilidade das ações desenvolvidas.
Além das instituições federais públicas citadas, existem várias outras instituições de âmbito
nacional vinculadas às políticas públicas do agronegócio, destacando-se a Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA, que é a representação da classe de empreendedores
rurais; a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – Contag, que é a
representação da classe de trabalhadores rurais; a Confederação Nacional dos Agricultores
Familiares e Empreendedores Familiares Rurais – Conafer, que é a representação de classe
da agricultura familiar; a Associação Nacional do Agronegócio – Abag e o Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural – SENAR, que é uma instituição de ensino e capacitação para a agropecuária
e o agronegócio, mantida pela classe patronal rural com o objetivo de realizar a educação
profissional e a melhoria da qualidade de vida das pessoas do meio rural, contribuindo para o
desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida do país.
Atenção
Dentro das ações das políticas externas está o comércio internacional, que
representa a troca de bens e serviços entre países. Durante muitos anos, a
A partir do século XIX, surgiu no Reino Unido a forte defesa da ideia de livre comércio entre as
nações, que vem pautando as discussões até os dias de hoje.
É importante perceber que, quando países adotam normas mais exigentes em relação à proteção
ao meio ambiente, à segurança e à qualidade dos produtos, verifica-se um aumento no custo de
produção. Esse cenário induz à perda de competitividade desses países ou a dificuldades dos
produtores em cumprir as normas, que se tornam barreiras ao comércio internacional.
É justamente nesse contexto que regulamentos e padrões técnicos podem, muitas vezes,
ser utilizados sem justificativa legítima para proteger os produtos nacionais contra produtos
importados mais baratos e/ou de melhor qualidade, causando distorções ao comércio.
Fonte: Shutterstock
Encerramento do Tema
Neste tema, você pôde entender o que são e como são desenvolvidas as políticas públicas e a
importância da participação da sociedade organizada na sua formulação, e também conhecer
as principais instituições que as formulam. Por fim, você pôde traçar um paralelo entre as
políticas públicas para o agronegócio e as políticas públicas externas, que se mesclam com as
regras e os interesses do comércio internacional.
Atividade de Aprendizagem
1. Defina “políticas públicas”.
a) Formação da agenda.
b) Formulação de políticas.
c) Implementação.
d) Monitoramento e avaliação.
Fonte: Shutterstock
Segundo Buainain (2014), vários fatores contribuíram para esse marcante dinamismo da
agricultura brasileira, mas os principais foram as políticas agrícolas adotadas pelo governo.
Essas políticas se transformam continuamente em resposta ao conjunto de pressões
econômicas, políticas, sociais, internacionais e ambientais.
Mas esse cenário não foi sempre assim, e a produção agropecuária passou por altos e baixos.
Até meados dos anos 1950, o desenvolvimento do setor agropecuário era garantido pela
incorporação de novas terras (aumento das fronteiras agrícolas) e pelo uso de mão de obra
barata, que compensavam a baixa produtividade e a distância dos mercados consumidores.
Em 1968, foi então lançado o Plano Estratégico de Desenvolvimento – PED, que buscava a
elevação da produção e da produtividade agropecuárias mediante o uso de tecnologias e
insumos mais modernos.
Comentário do Autor
• Sistema Nacional de Crédito Rural – SNRC, cujo papel era operar a política de crédito rural,
principal instrumento de indução da modernização tecnológica;
No entanto, esse desenvolvimento não durou muito: com a crise da década de 1980, o modelo
de intervenção pública planejada também entrou em crise, e o desenvolvimento agropecuário
foi freado pelos elevados índices de inflação e importação que pesavam na balança comercial.
Foi nessa época que surgiu o modelo de intervenção conjuntural, que se caracterizou por
respostas a problemas pontuais gerados pela crise. Essas intervenções, no entanto, tiveram
planejamento e execução ineficientes, com elevado desperdício no uso dos recursos públicos.
Informações Extras 31
Ainda hoje, esse modelo de intervenção não foi totalmente superado. Segundo
Buainain (2014), várias das intervenções do governo são apenas reações a
problemas de conjuntura que poderiam ser evitados ou solucionados de forma
definitiva por intervenções de natureza mais estrutural.
Com o final da crise dos anos 1980, principalmente após a estabilidade econômica decorrente
do Plano Real, ocorreram os primeiros movimentos de mudança na orientação da política
agrícola em direção a um modelo de políticas públicas de natureza mais liberal, que
pressupõem o livre funcionamento dos mercados e o respeito aos contratos, com menor
intervenção governamental no agronegócio.
No próximo tópico, você vai conhecer as leis que criaram e mantêm a política agrícola brasileira.
O art. 187 da Constituição Federal determina que a política agrícola seja planejada e executada
na forma da lei, com a participação efetiva do setor de produção, envolvendo produtores e
trabalhadores rurais, bem como dos setores de comercialização, de armazenamento e de
transportes. O artigo destaca, em seu parágrafo primeiro, que as atividades agroindustriais,
agropecuárias, pesqueiras e florestais estão incluídas no planejamento agrícola, e, no parágrafo
segundo, que as ações de política agrícola e de reforma agrária devem ser compatibilizadas.
Em 1991, foi promulgada a Lei nº 8.171, que dispõe sobre a política agrícola.
Leitura complementar
c No AVA, você pode conferir o texto original da Lei nº 8.171, na íntegra, conforme
publicado pela Casa Civil da Presidência da República.
Como objetivos da política agrícola, a Lei nº 8.171 fixa no artigo terceiro, em quinze incisos, o
que deve ser alcançado e quem será beneficiado pelas políticas agrícolas.
Para finalizar o Capítulo I da Lei nº 8.171, que trata dos Princípios Fundamentais, fica determinado
que os instrumentos de política agrícola deverão orientar-se por planos plurianuais e que as
ações e os instrumentos de política agrícola devem se referir a:
• I - planejamento agrícola;
• V - defesa da agropecuária;
• VI - informação agrícola;
• XI - crédito rural;
Nos próximos tópicos, vamos detalhar as ações mais pertinentes e que têm recebido maior
atenção do Estado.
Com vigência de julho a junho do ano seguinte, esses dois planos contemplam um conjunto
de medidas que visam orientar os investimentos na agricultura empresarial e na agricultura
familiar durante o período referente ao calendário agrícola anual.
Na prática
1. Valores 2015/2016
Para a safra 2015/2016, o crédito disponibilizado para financiamento da agricultura empresarial
no Plano Agrícola e Pecuário foi de R$ 187,7 bilhões. Já para a agricultura familiar, o governo
anunciou o montante de R$ 28,9 bilhões. Os recursos definidos no Plano Agrícola e Pecuário e no
Plano Safra da Agricultura Familiar aumentaram cerca de 20% em relação à safra 2014/2015.
Recursos
2014/2015 2015/2016 Variação (%)
(em bilhões de R$)
Fonte: Plano Agrícola e Pecuário 2015 – PAP e Plano Safra da Agricultura Familiar 2015 – PSAF.
• zoneamento agrícola;
• seguro rural;
• comercialização;
Fonte: Shutterstock
Documento oficial que traz as normas aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional – CMN e
aquelas divulgadas pelo Banco Central do Brasil referentes ao crédito rural.
Entre os beneficiários do crédito rural estão, basicamente, produtores rurais (pessoas físicas 37
ou jurídicas) e cooperativas de produtores rurais. Entretanto, pode ainda ser beneficiária do
crédito rural aquela pessoa física ou jurídica que, mesmo não sendo produtor rural, dedique-
se a uma das seguintes atividades:
38 Vale ressaltar que não podem ser beneficiários do crédito rural, de acordo com as
Dentre as instituições financeiras públicas que operam no Sistema Nacional de Crédito Rural,
destacam-se o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, o Banco
do Brasil – BB, o Banco da Amazônia – Basa, o Banco do Nordeste do Brasil – BNB e, mais
recentemente, a Caixa Econômica Federal – CEF.
Os financiamentos por esses bancos oficiais federais continuam a prevalecer no país, apesar do
crescimento da participação de instituições financeiras privadas no crédito rural, principalmente
de cooperativas de crédito e bancos privados (Sicoob, Cresol, Sicredi, Bradesco, entre outros).
Para o ano agrícola 2015/2016, o crédito disponibilizado para financiamento da safra brasileira
foi de R$ 187 bilhões, preservando-se a expansão gradual do crédito iniciada em 1996. Em
um período de 20 anos (de 1996 a 2015), o montante total do financiamento à agropecuária
cresceu mais de 700%, fato que comprova que o governo vem estimulando a expansão da
produção agropecuária por meio de financiamentos.
160
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1969
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2001
2003
2005
2007
2009
2011
Ano
Fonte: BUAINAIN et al., 2014.
Fonte: Shutterstock
39
O Moderfrota é operado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES
nas operações diretas e por instituições financeiras por ele credenciadas nas operações indiretas.
Informações Extras
O
ao Médio Produtor Rural – Pronamp e 90% nos demais casos.
• Prazo de reembolso: até oito anos para itens novos e até quatro anos para
itens usados.
40 Juntamente com o Moderfrota, esse programa é conhecido como um dos pilares da recuperação
do ciclo de investimento que viabilizaram o crescimento dos últimos anos do agronegócio.
Informações Extras
41
O Programa ABC tem por objetivo incentivar, por meio do crédito rural ofertado em condições
especiais, práticas que envolvam a produção e resultem em menores emissões de gases de
efeito estufa oriundas das atividades agropecuárias. São beneficiários produtores rurais e
suas cooperativas, inclusive para repasse a associados.
Para a safra 2015/2016, o governo federal anunciou a disponibilidade de R$ 3 bilhões com prazos
de pagamento de até 15 anos e com taxa efetiva de juros de 8% ao ano e 7,5% ao ano quando o
beneficiário se enquadrar no Pronamp (leia mais sobre o Pronamp no próximo parágrafo).
Informações Extras
I. tenha, no mínimo, 80% de sua renda bruta anual originária da atividade agropecuária ou
extrativa vegetal;
Para a safra 2015/2016, o governo federal anunciou a disponibilidade de R$ 18,9 bilhões, o que
corresponde a um aumento de 17% em relação à safra passada, com encargos financeiros de
7,75% ao ano para custeio e 7,5% ao ano para investimento.
Atualmente, o Pronaf tem por finalidade estimular a geração de renda e melhorar o uso da mão
de obra familiar por meio do financiamento de atividades e serviços rurais (agropecuários e não
agropecuários) desenvolvidos em estabelecimento rural ou em áreas comunitárias próximas.
R$ 25
R$ 20
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R$ 5
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Fonte: Bacen/Derop/Sicor (2014)
• ter no mínimo 50% da renda bruta familiar originada da exploração agropecuária e não
agropecuária do estabelecimento;
• ter obtido renda bruta familiar nos últimos 12 meses de produção normal, que antecedem
à solicitação da DAP, de até R$ 360.000,00, excluídos os benefícios sociais e os proventos
previdenciários decorrentes de atividades rurais;
Módulo fiscal
Módulo fiscal é uma unidade de medida de área (expressa em hectares) fixada diferentemente para
cada município, uma vez que leva em conta particularidades locais, como (art. 50, Lei nº 4.504/64):
• outras explorações existentes no município que, embora não predominantes, sejam expressivas
em função da renda ou da área utilizada;
O módulo fiscal corresponde, portanto, à área mínima necessária a uma propriedade rural
para que sua exploração seja economicamente viável. O tamanho do módulo fiscal para cada
município está fixado por meio de Instruções Especiais – IE expedidas pelo Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária – Incra.
Quando falamos em unidades familiares, a legislação (em nível federal) define um limite de
área máximo de quatro módulos fiscais para que uma unidade familiar esteja em condições de
adquirir a Declaração de Aptidão ao Pronaf – DAP e, consequentemente, poder ser classificada
como “agricultura familiar”.
c Você conhece alguém que atenda a esses requisitos? No AVA você pode achar um link
direto para o Manual de Crédito Rural, disponível no site do Banco Central do Brasil.
Confira, também, na Biblioteca do AVA, a Declaração de Aptidão ao Pronaf – DAP.
Podemos concluir, então, que nem todo pequeno produtor rural é um agricultor familiar. Só
será agricultor familiar aquele pequeno produtor rural que tiver enquadramento, ou seja,
possuir DAP e atender a todos os requisitos exigidos.
Vale ressaltar ainda que, desde sua criação, o Pronaf vem sendo aperfeiçoado. Exemplo disso
é a ampliação do público beneficiário e de suas linhas de financiamento. Atualmente, existe
uma série de beneficiários do Pronaf mediante apresentação de DAP:
• pescadores artesanais;
• aquicultores;
• silvicultores que cultivem florestas nativas ou exóticas;
• extrativistas que exerçam o extrativismo artesanalmente no meio rural (excluídos os
garimpeiros e os faiscadores);
• integrantes de comunidades quilombolas rurais;
• povos indígenas;
• demais povos e comunidades tradicionais.
Conclui-se, desse modo, que o termo “agricultura familiar” é muito mais abrangente do que
se imagina e que precisa ser tecnicamente mais bem compreendido pelos agentes envolvidos
na agropecuária.
Entre os vários fatores que podem afetar a atividade agropecuária estão as adversidades climá-
ticas, que podem gerar significativas perdas de produção, levando o produtor rural ao endivida-
mento, ou à diminuição da sua capacidade de investimento, e até à sua saída da atividade rural.
Comentário do Autor
Além das complicações de safra causadas pelo clima, o seguro rural também
Entretanto, Buainain (2014) lista alguns fatores que caracterizam como “muito altos” o risco e
os custos do negócio de seguro rural:
• possui alta incidência de eventos negativos;
A concessão da subvenção ao seguro rural tem por objetivo diminuir os custos pagos pelo
produtor rural, possibilitando uma ampliação do acesso ao seguro rural no país. O governo
fornece um auxílio financeiro pagando parte dos custos com a taxa de prêmio (taxa de
aquisição ou custo do seguro rural), e o produtor arca com a parte restante.
4. aquícola: seguro por morte e/ou outros riscos inerentes a animais aquáticos (peixes,
crustáceos etc.) em consequência de acidentes e doenças.
Iniciadas no final de 2005, as operações do PSR beneficiaram oito culturas (algodão, arroz
irrigado, feijão, milho, soja, trigo, maçã e uva). Foram contratadas 849 apólices, garantindo
recursos da ordem de R$ 126 milhões e utilizando R$ 2,3 milhões em subvenção. Já em 2013,
foram contratadas 101.850 apólices, garantindo recursos da ordem de R$ 16,8 bilhões e
utilizando R$ 557 milhões em subvenção.
Apólice
O marco fundamental das novas políticas de pesquisa para o campo foi a criação, em 26 de
abril de 1973, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, com o objetivo
de desenvolver um modelo de agricultura e pecuária tropical para superar as barreiras de
produção de alimentos, fibras e energia no Brasil.
Presente em quase todos os estados brasileiros, a Embrapa atua por intermédio de unidades de
pesquisa e serviços, e unidades administrativas, com foco de pesquisa nas áreas de agricultura,
agroenergia, agroindústria, tecnologia de alimentos, biotecnologia, nanotecnologia, produção
animal, floresta e silvicultura. A Embrapa se constitui no maior exemplo mundial de sucesso 49
no desenvolvimento e na difusão de tecnologias agropecuárias para ambientes tropicais e
subtropicais fora do hemisfério norte.
Comentário do Autor
Dessa forma, Vieira Filho (2012) aponta que o SNPA tem papel fundamental
Fonte: Embrapa
Fonte: Shutterstock
Vale ressaltar que a primeira Acar foi criada no Estado de Minas Gerais em 1948, considerada
por muitos como o marco da história da Ater no Brasil. Até 1974, já tinham sido criadas mais
22 Acars, que eram coordenadas pela Associação Brasileira de Crédito e Assistência Rural –
Abcar. Em 1974, foi instituída a Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural
– Embrater com o objetivo de formular e executar políticas de assistência técnica e extensão
rural visando à difusão de conhecimentos científicos de naturezas técnica, econômica e
social de modo integrado com as ações da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária –
Embrapa. A lei de criação da Embrater (Lei nº 6.126/1974) a autorizava a dar apoio financeiro
às instituições estaduais oficiais que atuassem em Ater e pesquisa agropecuária.
Comentário do Autor
1. Deliberações políticas
Em 1988, a Ater foi inserida no art. 187º da Constituição, determinando que a Assistência
Técnica e Extensão Rural deve ser levada em conta no planejamento e na execução da política
agrícola brasileira.
A extinção da Embrater pelo governo Collor (de 1990 a 1992) representou um duro golpe para
a Ater no Brasil. Segundo Peixoto (2008), o desmonte do Sistema Brasileiro de Assistência
Técnica e Extensão Rural – Sibrater provocou uma desorganização em todo o sistema oficial
de Ater, resultando em extinções, fusões, mudanças de regime jurídico, sucateamentos
e, principalmente, perda de organicidade e de articulação entre as diversas instituições
executoras dos serviços de Ater nos estados.
Em 1991, a lei que instituiu as diretrizes para a política agropecuária nacional (Lei nº 8.171/1991)
incluiu a Ater no rol dos instrumentos da ação governamental. Em capítulo específico, a
referida lei define que a Ater busca viabilizar, com o produtor rural (proprietário ou não),
suas famílias e organizações, soluções adequadas a seus problemas de produção, gerência,
beneficiamento, armazenamento, comercialização, industrialização, eletrificação, consumo,
bem-estar e preservação do meio ambiente. 53
Já em 2010, o governo federal instituiu a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão
Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária – Pnater e o Programa Nacional de
Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária – Pronater.
Entretanto, a Pnater reduziu a abrangência da Ater oficial aos assentados da reforma agrária,
aos povos indígenas, aos remanescentes de quilombos e aos demais povos e comunidades
tradicionais, bem como aos agricultores familiares ou empreendimentos familiares rurais,
excluindo, portanto, o médio e o grande produtor rural como público da referida política.
E você sabe o que é defesa agropecuária? O próximo tópico tratará sobre esse assunto.
Informações Extras
Comentário do Autor
Leitura complementar
todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
Comentário do Autor
Zoneamento agroecológico
Essa lei determina, ainda, que a fiscalização e o uso racional dos recursos naturais do meio
ambiente são também de responsabilidade dos proprietários, dos beneficiários da reforma
agrária e dos ocupantes temporários dos imóveis rurais.
• Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada
nos termos do art. 12, com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável
dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos
ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção
de fauna silvestre e da flora nativa.
Fonte: Shutterstock
Em termos de APPs, não houve grandes alterações referentes aos conceitos e às regras
do antigo código florestal, no entanto houve maior clareza nos textos que poderiam gerar
dúvidas. Consideraram-se APP as faixas marginais de qualquer curso d’água natural, perene e
intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular. Assim, quando
em seu texto determinou “curso d’água natural perene” e “borda da calha do leito regular”,
eliminaram-se as dúvidas existentes quanto à proteção dos regos (curso d’água não perene)
e dos canais artificiais, e à dificuldade de delimitação da APP pelo nível mais alto da margem
do curso d’água. Outras áreas de proteção foram mantidas como APPs, como é o caso da
proteção das encostas, dos topos de morros, das restingas, dos manguezais, das bordas de
tabuleiros e das chapadas.
Comentário do Autor
Ainda sobre APPs, o novo código florestal traz como novidade a determinação
da proteção das veredas, que não existia no antigo código florestal, como a faixa
De acordo com o novo código florestal, as áreas de Reserva Legal – RL continuam sendo
entendidas por uma obrigação legal do proprietário de preservar uma área de vegetação
nativa equivalente a um percentual da sua área total. Esse percentual depende da localização
e do bioma onde a propriedade está inserida, sendo de:
Na prática
Uma das grandes novidades do novo código florestal é a permissão para o uso das APPs no
cálculo da Reserva Legal. No entanto, a APP que será computada deve estar conservada ou
em processo de recuperação, e o proprietário deve ter requerido essa inclusão no Cadastro
Ambiental Rural – CAR.
Para a implementação de suas normas e a fiscalização dos seus cumprimentos, o novo código
florestal criou o Cadastro Ambiental Rural – CAR, registro público eletrônico (via internet) de
âmbito nacional, de dados ambientais das propriedades rurais, obrigatório para todos os imóveis
rurais, com a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses
rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamentos ambiental e
econômico, e combate ao desmatamento. Ficou estabelecido que o mês de maio de 2016 será
o prazo limite para que todos os imóveis rurais do país estejam cadastrados do CAR.
Conteúdo complementar
2. Plano ABC 61
Entre os programas de governo de grande visibilidade nas políticas agrícolas de proteção
ao meio ambiente está também o Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças
Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na
Agricultura (Plano ABC).
Segundo o Ministério da Agricultura, o Plano ABC tem por finalidade a organização e o planeja-
mento das ações de políticas ambientais a serem realizadas para a adoção das tecnologias de pro-
dução sustentáveis, selecionadas com o objetivo de responder aos compromissos de redução de
emissão de gases causadores de efeito estufa – GEE no setor agropecuário assumidos pelo país.
GEE
Termo que define os principais gases causadores do efeito estufa. Na agricultura, eles são
representados principalmente pelo gás carbônico (CO2), pelo metano (NH4) e pelo óxido nitroso (NH2).
• Programa ABC: tem por objetivo incentivar, por meio do crédito rural
ofertado em condições especiais, práticas que envolvam a produção e
resultem em menores emissões de gases de efeito estufa oriundas das
atividades agropecuárias.
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Fonte: Shutterstock
Essa intervenção, quando é feita pelo governo federal, dá-se por meio da Companhia Nacional
de Abastecimento – Conab, que é uma empresa pública vinculada ao Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento – MAPA. A Conab é encarregada de gerir as políticas agrícolas de
abastecimento visando assegurar o atendimento das necessidades básicas da sociedade e
preservando e estimulando os mecanismos de mercado.
• Aquisições do Governo Federal – AGF: é instrumento capaz de garantir, com base nos
preços mínimos, a aquisição de produtos agropecuários pelo governo federal;
1. PAA e PNAE
Em função da criação de mercados institucionais, a agricultura familiar utiliza outros dois
importantes instrumentos de comercialização: o Programa de Aquisição de Alimentos – PAA e
o Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE.
PAA PNAE
Encerramento do Tema
Neste tema, você pôde conhecer as principais políticas públicas da atualidade para o meio
rural. Como ponto de destaque, detalhamos os conceitos e o funcionamento dos principais
programas, instrumentos e ações de governo para o desenvolvimento e a proteção do setor
agropecuário nacional.
Atividade de Aprendizagem
1. Quais são os resultados efetivos da Embrapa para o agronegócio brasileiro?
4. Após conhecer o Brasil, o holandês Robben decidiu residir definitivamente no país e virar
produtor rural em Holambra-SP, cidade que tem forte influência da colonização holandesa.
Ao procurar um banco credenciado para operar crédito rural, teve o financiamento negado
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pelo gerente sob a alegação de que o Manual de Crédito Rural – MCR brasileiro proíbe
que qualquer estrangeiro seja beneficiário de crédito rural. Ao negar o financiamento ao
holandês Robben, o gerente cumpriu corretamente o que determina o MCR.
Certo ( ) Errado ( ). Por quê?
Lembre-se de que este conteúdo deve ser sempre atualizado, pois as políticas agrícolas, como
toda política pública, passam por atualizações de acordo com as demandas da sociedade e os
ideais políticos do governo.
Referências Bibliográficas
Referências Básicas
BACHA, C. J. C. Economia e política agrícola no brasil. São Paulo: Atlas, 2012.
Referências Complementares
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/
wps/portal/anvisa/home>. Acesso em: jun. 2015.
BATALHA, Mário O. (coord.). Gestão agroindustrial, volume 1, São Paulo: GEPAI, 1997.
BOBBIO, N.; MATTEUCCI, N.; PASQUINO, G.; coord. de trad. João Ferreira. Dicionário de Política,
volume 2. Brasília: Universidade de Brasília, 1998.
BUAINAIN, A. M.; SOUZA FILHO, H. M. Trajetória recente da política agrícola brasileira. Campinas,
SP: Unicamp, 1997. p. 77.
BUAINAIN, A. M.; SILVEIRA, J. M. F. J.; ARTES, R.; MAGALHÃES, M. M.; BRUNO, R. Avaliação preliminar
do programa Cédula da Terra. Convênio IE/Unicamp, NEAD-MDA, Banco Mundial, 1999.
BUAINAIN, A. M.; SANTANA, C. A. M.; SILVA, F. P.; GARCIA, J. R.; LOYOLA, P. O tripé da política
agrícola brasileira – crédito rural, seguro e Pronaf. In: BUAINAIN, A. M.; ALVES, E.; SILVEIRA, J.
M.; NAVARRO, Z. O mundo rural no Brasil do século 21 – a formação de um novo padrão agrário
e agrícola. Brasília, DF: Embrapa, 2014. p. 797-825.
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GOODMAN, David; SORJ, Bernard; WILKINSON, John. Da lavoura às biotecnologias – agricultura
e indústria no sistema internacional. Rio de Janeiro: Campus, 1990.
PEIXOTO, M. Extensão rural no Brasil – uma abordagem histórica da legislação. Brasília, DF:
Senado Federal, 2008. 50 p.
ROSENAU, James (Org.). Domestic Sources of Foreign Policy. Londres: Collier-Macmillan Limited,
1967.
SANCHEZ, M. R. et al. Política externa como política pública: uma análise pela regulamentação
brasileira (1967-1988). Revista Sociologia Política. Curitiba, nov. 2006, p. 125-143.
VIEIRA FILHO, J. E. R. Políticas públicas de inovação no setor agropecuário: uma avaliação dos
fundos setoriais. Rio de Janeiro: Ipea, 2012. 26 p.
Gabarito
Tema 1
Atividade de Aprendizagem
Questão 1:
Lembre-se de que:
“Antes da porteira” são atividades e tecnologias desenvolvidas para permitir a produção
agrícola, chamada de insumos.
“Dentro da porteira” são as atividades agropecuárias propriamente ditas, nas quais ocorre a
transformação dos insumos para as produções vegetal e animal.
“Depois da porteira” são atividades que transformam as matérias-primas vegetal e animal em
seus subprodutos e que dão suporte à sua comercialização.
Questão 2:
O conceito de “analyse de filières” segue uma lógica de encadeamento das atividades
semelhante à utilizada na CSA, diferindo, entretanto, quanto ao ponto de partida da análise,
neste caso, o produto final, e não a matéria-prima.
Questão 3:
Desenvolvimento agropecuário se refere exclusivamente às condições da produção agrícola,
como, por exemplo, área plantada e produtividade. Desenvolvimento agrário refere-se
a um campo mais amplo, estudando as mudanças sociais e econômicas no longo prazo.
Desenvolvimento rural trata-se de uma ação previamente articulada que induz mudanças em
um determinado ambiente rural.
Questão 5
Revolução verde: a partir do século XX, com o desenvolvimento da indústria química, países
desenvolvidos criaram um pacote tecnológico de desenvolvimento da agricultura. Revolução
agrícola: grande processo de industrialização e migração da população rural para zonas
urbanas (êxodo rural). Assim, os países tiveram que modernizar os seus sistemas produtivos,
introduzindo novas tecnologias mecânicas (implementos e máquinas agrícolas).
Tema 2
Atividade de Aprendizagem
Questão 1
A política pública é concebida como um conjunto de planos, programas, ações e atividades
desenvolvidos pelo Estado, nas escalas federal, estadual e municipal, com a participação de
entes públicos ou privados, que visam assegurar melhorias para a sociedade.
Questão 2
As políticas públicas visam responder às demandas da sociedade, ampliar e efetivar direitos
de cidadania, promover o desenvolvimento e regular conflitos.
Questão 3
Como é impossível atender a todas as demandas, pela abundância de problemas existentes e
pela escassez de recursos para solucioná-los, torna-se necessária a formação da agenda, em que
os agentes públicos estabelecem quais questões serão tratadas prioritariamente pelo governo.
69
Questão 4
Resposta “D”, pois o processo de monitoramento e avaliação é definido como a análise dos
impactos e das funções cumpridas pela política pública.
Questão 5
As políticas externas são um conjunto de objetivos políticos, comerciais, financeiros ou
tecnológicos que um país deseja alcançar nas suas relações com os demais países. São
planejadas para proteger os interesses nacionais, em especial nos âmbitos da segurança, da
economia e da cultura.
Questão 2
Resposta “D”. A defesa agropecuária tem por objetivos assegurar a sanidade das populações
vegetais, a saúde dos rebanhos animais, a idoneidade dos insumos e dos serviços utilizados
na agropecuária, a identidade e a segurança higiênico-sanitária, e a tecnológica dos produtos
agropecuários finais.
Questão 3:
Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural com a função
de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural,
auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos, e promover a conservação
da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa.
Questão 4:
Resposta: Errado.
Pois o Manual de Crédito Rural – MCR é taxativo quanto à proibição ao estrangeiro residente
no exterior em obter crédito rural. O estrangeiro que tenha residência fixa no Brasil, a
princípio, pode ter acesso aos recursos.
Questão 5:
Resposta: Errado.
A institucionalização efetiva de serviços de Ater no país se deu a partir da criação das
Associações de Crédito e Assistência Rural – Acar, ocorrida nas décadas de 1940 a 1970.
Embora a Constituição Federal de 1988 determine que a Ater deva ser levada em conta no
planejamento e na execução da política agrícola brasileira, ela não autorizou a criação da
Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural – Anater, que aconteceu somente
mais recentemente por meio da Lei nº 12.897, de 18 de dezembro de 2013.
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