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26/08/2016 | Congregação Israelita Nazarena Beyt Bene Avraham

MAIS UMA NOVA HERESIA: O SÁBADO LUNAR

MAIS UMA NOVA HERESIA: O SÁBADO LUNAR

Introdução:

Na  parábola  do  joio  e  do  trigo  ditas  por  Yeshua,  percebemos  como  o  adversário
sempre  está  a  arruinar,  atrapalhar,  deturpar  e  enganar  com  toda  sorte  de  artifícios,
artimanhas  e  heresias  destruidoras  a  obra  do  Messias  na  terra.  Desde  que  a
mensagem de Restauração começou a ser proclamada, primeiramente por Yeshua e
depois por seus talmidim, o adversário tem se colocado ao derredor(ver I Pedro 5:8), 
procurando  minar  todo  esforço  dos  discípulos  do  Mestre  com  falsos  ensinos,  sendo
que  os  talmidim  já  sabiam  disso(ver  Atos  20:29),  hoje  a  obra  da  Restauração  do
Eterno  está  constantemente  ameaçada  por  terríveis  heresias  destruidoras,  como  se
não  bastasse  o  paganismo  trinitário  inserido  no  mundo  cristão,  falsos  nazarenos
ressuscitaram o antigo dogma unicista criado por alguns pais da igreja romana, como
também  os  ditos  messiânicos  tentando  de  todas  as  formas  introduzir  crenças  cristãs
nas  mensagens  de  Yeshua,  e  para  completar  o  engano  satânico  aparecem  os  tais
sabatistas lunares com mais uma heresia para desviar os incautos.

O que é sabatismo lunar?

Há  um  grupo  religioso  evangélico  dissidentes  da  igreja  Adventista  do  Sétimo  Dia
chamado  World’s  Last  Chance  (WLC),  eles  proclamam  que  o  calendário  lunar  foi
estabelecido por D’us e o calendário gregoriano, pela Igreja Católica com o objetivo de
mudar  os  tempos  e  as  leis,    é  um  movimento  religioso  verificado  no  ceio  do
cristianismo atual, portanto, não tem NADA A VER com judaísmo, podemos comprovar
isto ao perceber que NENHUMA corrente judaica oficial dentre as quais as correntes
massort, a ortodoxa­haredim, a reformista, a nazarena, a karaíta e até mesmo os ditos
messiânicos, nenhuma destas embarcaram nesta canoa furada, simplesmente porque
esta  teoria  NÃO  TEM  BASE  escriturística,  muito  embora  este  grupo  apresente
algumas supostas "provas", porém, ao analisarmos de acordo com os textos em sua
língua original, tudo não passa de FALÁCIAS.

Essas pessoas afirmam que o Shabat não é o sétimo dia do ciclo semanal da criação
do Eterno, mas o sétimo dia do “calendário lunissolar” proposto por eles, sendo que o
primeiro  dia  do  mês  (“lua  nova”)  e  o  último  dia  do  mês  precedente,  caso  este  tenha
tido  30  dias,  são  considerados  “não­dias”,  assim,  o  “sábado”  seria  sempre  o  8º,  15º,
22º e 29º dias do mês nesse calendário.
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As Controvérsias deste nova heresia:

Se  o  tempo  do  Shabat  fosse  determinado  pela  Lua,  então  o  Shabat  teria  que  ser
observado em dias diferentes durante o mês e não no sétimo dia de cada semana. O
Shabat  poderia  ser  qualquer  dia  da  semana,  baseando­se  no  horário  da  lua  nova.
Atentem para estas  seguintes observações:

1.  O  Calendário  Hebraico:  O  calendário  hebraico  é  lunisolar,  o  que  significa  que  o


tempo era medido pela lua nova (a rotação da Lua ao redor da Terra) e também do Sol
(a rotação da Terra ao redor do Sol). Um calendário lunar, de doze meses, é cerca de
onze dias mais curto que o calendário solar, que é de aproximadamente 365 dias. No
mundo  antigo,  isso  era  resolvido  com  o  acréscimo  de  um  mês  extra,  sete  vezes  em
dezenove  anos.  Na  Bíblia,  o  calendário  lunar  foi  utilizado  para  fixar  o  prazo  para  as
festas. Por exemplo, 14 dias após a lua nova era a Páscoa (ver Números 28:16). Por
isso, algumas pessoas argumentam que o Shabat deve ser observado sete dias após
o primeiro dia do mês.

2. O Shabat e a Lua: No princípio do século XX, a conexão entre o sábado e a Lua era
proposta  e  defendida  por  um  bom  número  de  estudiosos.  Eles  rejeitaram  a  origem
bíblica  do  Shabat  e  sugeriam  que  sua  origem  estava  relacionada  a  vários  “dias
satânicos” no calendário babilônico, incluindo o dia de lua cheia, durante o qual o povo
pagão  descansava.  Tratava­se  de  uma  seqüência  não  composta  de  sete  dias,
primeiro,  sétimo,  décimo  quarto,  décimo  nono,  vigésimo  primeiro  e  vigésimo  oitavo
dias do mês. Essa teoria não vingou e foi, então, abandonada.

3. Gênesis 1 e o Shabat:  A  origem  do  Shabat  bíblico  está  definitivamente  conectada


com a semana da criação. O Shabat foi instituído por D’us três dias depois da criação
da Lua (ver Gênesis 1:14; 2:2), não o sétimo dia após o primeiro dia do mês. Era para
funcionar independente do mês em uma seqüência específica de dias desconectados
da Lua e do Sol, mas fundamentado tão­somente no poder do Eterno sobre o tempo.
O lugar sétimo do Shabat está relacionado com a passagem do tempo, desde o início
da atividade criativa de D’us no planeta Terra, até seu final. Com certeza, esse é um
ato  divino  singular,  ou  seja,  a  fragmentação  do  tempo  numa  seqüência  de  sete  dias
exclusivamente fixada e governada pelo próprio Eterno.

4.  O  Shabat  e  as  Festas  Bíblicas:  Finalmente,  o  descanso  sabático  era  diferente  do
descanso requerido durante as Festas do Eterno. Levítico 23:3 declara que, durante o
sábado,  os  israelitas  não  deveriam  fazer  “nenhuma  obra”.  Mas  durante  o  tempo  das
santas convocações, o povo não deveria fazer “nenhum trabalho regular” (ver Levítico
23:8, 21, 25, 35, 36,). Isso indica que havia um tipo de trabalho que era permitido fazer
durante as Festas e que eram proibidos durante o Shabat semanal.

Embora, creio eu, possa ser boa a intenção dos que defendem o sábado lunar, devem
estar atentos para o fato de que estão introduzindo e promovendo, involuntariamente,
creio eu, o descanso sabático diferente do descanso sabático bíblico.

A visão sabática lunar na prática:

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Adonai criou o Shabat no 7º dia e a lua no 4º dia, segundo os sabatistas lunares a lua
nova marca o 1º dia do mês e que contado 7 dias se chegará a um sábado, vejamos o
exemplo: 1º dia lua nova + 7 dias é igual ao 8º dia que para eles é um sábado.
Agora vamos usar este cálculo na criação, como não sabemos que tipo de fase a lua
fez no dia em que ela foi criada, vamos nos basear nas suas quatro fases que igual a
29,5 cada fase tem um período de 7,375 dias entre uma fase e outra. 4º dia primeira
fase, 11º dia segunda fase, 18º dia terceira fase, 25º dia quarta fase, digamos que uma
destas fases foi lua nova e vamos acrescentar mais 7 dias para saber que dia vai ser
um sábado. 
4º dia primeira fase + 7= dia 11 11º dia segunda fase + 7= dia 18 18º dia terceira fase 
+ 7= dia 25 25º dia quarta fase + 7= dia 2 (mês de 30 dias) 25º dia quarta fase + 7= dia
3 (mês de 29 dia).

Vejam que, usando os mesmos cálculos usados por eles o Shabat não cai nos dias 8,
15, 22 e 29, sem falar que temos aqui um problema: Se no 7º dia foi sábado então o
dia zero teria que ser uma lua nova pois, contando 0+7= 8 dias, como sabemos que
não existe o dia zero e nem a lua pois, a mesma foi criada  a partir do 4º dia. Sendo
assim,  em  vez  de  se  estar  guardando  o  7º  dia,  na  verdade  estariam  guardando  o
primeiro dia(domingo ­ dia do sol).
Resumindo tudo: Assim, com base na criação vemos que esta doutrina é anti­bíblica,
herética  e  leva  os  incautos  a  adorar  não  somente  o  ”venerável  dia  do  sol”  de
Constantino como também a violar a Torah Sagrada.

Os sabatistas lunares criaram uma ilusão que absolutamente nega o ciclo de sete dias
de nosso Criador. O ciclo de sete dias foi escolhido pelo Eterno, a fim de distinguir uma
vez por todas o verdadeiro dia de descanso. Não importa  qual  calendário é usado, se
juliano, gregoriano, chinês, etc... O ciclo de sete dias será o mesmo, e se deu quase
6000 anos desde a criação da Terra.
O rito do sábado lunar, segundo os sabatistas lunares funciona da seguinte maneira: A
primeira  lua  nova  é  o  primeiro  sábado.  Em  seguida,  sete  dias  depois,  um  segundo
sábado, que é dia 8 do mês, em seguida, outro sábado dia 15, então outro dia 22 e o
último sábado do mês dia 29, mas aí vem o problema, a lua orbita em torno da Terra
em 29,5 dias, o ciclo de sete dias, portanto, não pode ser derivada a partir da lua.

Lua  faz  uma  órbita  completa  ao  redor  da  Terra  uma  vez  a  cada  29,530588.  Por  este
motivo,  não  podem  ser  vinculados  a  um  ciclo  de  sete  meses.  Para  ser  ligado  a  um
ciclo de sete meses teria de circular por todo o país no mês passado, 28 dias. Isso tem
contornado os adeptos do sábado lunar neste fato de que cada sábado  começa com
o primeiro crescente lunar de um novo mês.
É matemática básica, o número de 29,5 não pode ser dividido por 7 para produzir um
número inteiro. Adonai Eterno não é um D’us de confusão, mas de  ordem e paz(ver I
Coríntios 14:33), seria algo estranho que um D’us de ordem nos desse um complexo
sistema de descanso semanal que causaria tamanha confusão para ser observado.

Falácias sobre falácias:

A World’s Last Chance (WLC) apresenta uma série de pressuposições que na verdade
são  falsas.  Logo  no  início  de  suas  argumentações  em  favor  do  sábado  lunar,  é  dito
que “o primeiro dia da festa dos pães ázimos era no dia 15 [do mês de abibe], que era
um sábado”. A WLC afirma que esse era um sábado semanal, e a única “prova” que
apresentam  disso  é  o  argumento  de  que  nesse  dia  havia  uma  “santa  convocação”.
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Ora,  esse  argumento  não  tem  validade  nenhuma,  porque  havia  “santa  convocação”
não  só  no  Shabat  semanal,  mas  em  todos  os  Shabatot  festivos.  Assim,  havia  santa
convocação  também  no  sétimo  dia  da  festa  dos  pães  ázimos  (ver  Levítico  23:8),  na
festa  das  primícias  ou  Pentecostes  (ver  Levítico  23:20,  21),  na  festa  das  Trombetas
(ver Levítico 23:24), no Yon Kipur (ver Levítico 23:27), e no primeiro e último dias da
Festa dos Sukot/Tabernáculos (ver Levítico 23:34­36). Destes, eles consideram que o
dia  15  do  primeiro  mês  e  os  dias  15  e  22  do  sétimo  mês  eram  sábados  semanais.
Baseados em quê???

Para sustentar suas pressuposições, dizem ainda que “Yisrael saiu do Egito na noite
de 15 de abibe” (já que consideram que o dia 15 era um sábado). A Torah diz:

  “Aconteceu  que,  ao  cabo  dos  quatrocentos  e  trinta  anos,  nesse  mesmo  dia,
todas as hostes do Eterno saíram da terra do Egito. Esta noite se observará ao
Eterno,  porque,  nela,  os  tirou  da  terra  do  Egito;  esta  é  a  noite  de  Adonai,  que
devem  todos  os  filhos  de  Yisrael  comemorar  nas  suas  gerações.  Disse  mais
Adonai  a  Moisés  e  a  Arão:  Esta  é  a  Mitzvá  da  Páscoa:  nenhum  estrangeiro
comerá dela”(Êxodo 12:41­43)

A Torah é clara em dizer que os israelitas saíram nesse mesmo dia. Que dia? Ora, o
dia 15 de abibe. Se tivessem saído à noite, já não seria dia 15 de abibe, mas 16 (já
que  o  novo  dia  se  inicia  ao  pôr­do­sol).  E  que  noite  é  essa,  em  que  a  Torah  diz  que
D’us “os tirou da terra do Egito”? A noite que “se observará a Adonai”, e, portanto, a
noite  do  dia  15,  em  que  o  povo  comeu  a  Páscoa,  e  não  a  do  dia  16.  Não  há  como
escapar ao fato de que os israelitas saíram em sua jornada no dia 15 e, portanto, que
esse dia não poderia ser um sábado.

Outras “provas” são acrescentadas que absolutamente não são provas. Por exemplo,
o argumento de que o manah cessou no dia 16 de abibe e que, portanto, o dia anterior
seria um sábado semanal em que o manah não caiu. Qual a lógica desse argumento?
Nenhuma. O manah cessou no dia 16 porque no dia 15 eles já comeram pães ázimos
feitos com o fruto da terra.

Outra “prova”, retirada do livro de Ester, diz que “o 15º dia do 12º mês foi um dia de
descanso, o que torna o 8º, 22º e 29º dias, dias de descanso também”. O que a Bíblia
diz é que uma parte dos judeus fez do dia 14 um dia de banquetes e de alegria pela
vitória sobre seus inimigos, e que os judeus de Susã fizeram isso no dia 15. Assim:

“Mordecai  [...]  enviou  cartas  a  todos  os  judeus  que  se  achavam  em  todas  as
províncias do rei Assuero, [...] ordenando­lhes que comemorassem o dia catorze
do mês de adar e o dia quinze do mesmo, todos os anos, como os dias em que
os judeus tiveram sossego dos seus inimigos” (Ester 9:20­22)

Dois dias foram instituídos como feriados, e isso não tem nada a ver com o sábado.
O  calendário  hebraico  era  realmente  lunissolar,  mas  esse  calendário  seguia  o  ciclo
semanal  normalmente  e  não  havia  nenhum  dia  considerado  “não­dia”  da  semana.  O
mês  começava  quando  a  estreita  faixa  de  lua  nova  era  avistada;  os  meses  eram
lunares,  de  29  ou  30  dias.  Como  isso  perfazia  apenas  cerca  de  354  dias  no  ano,  ou
seja, deixava o ano cerca de 11 dias mais curto, a fim de manter o ano em harmonia
com as estações, um mês adicional era intercalado cada vez que a cevada ainda não

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estava  madura  para  a  Páscoa.  Assim,  o  calendário  lunar  era  mantido  em  harmonia
com o ano solar, e, portanto, o calendário era lunissolar.
Os sabatistas lunares estão divididos quanto ao que fazer nos dias 30 de um mês e 1º
do mês seguinte, que são os dias da “festa da lua nova”. Alguns descansam nesses
dias, considerando­os uma extensão do sábado do dia 29; outros se abstêm apenas
de  atividades  comerciais  e  emprego  remunerado,  mas  podem  realizar  outras  tarefas
comuns. Então, na última semana do mês, (1) no primeiro caso, trabalham seis dias e
descansam três (em vez de um); (2) no segundo caso, trabalham sete ou oito dias (em
vez  de  seis),  antes  de  descansar  um  dia.  Com  qualquer  dos  dois  métodos,  o
mandamento do Eterno de que se trabalhasse seis dias e se descansasse no sétimo é
sumariamente violado

O sábado lunar sobre a ótica das Escrituras:

Toda  teoria  deste  grupo  de  pseudos  guardadores  do  sábado  se  baseiam  em  três
afirmações falaciosas que são:

1ª  Afirmação:  “O  Sábado  do  sétimo  dia  caía  em  cada  8º,  15º,  22º  e  29º  dia  do  mês
lunar.”

Afirmação MENTIROSA: Todos os Shabatot Festivos foram determinados para certas
datas.  A  Pêsach  no  décimo  quarto  dia  do  primeiro  mês  (ver  Lev.  23:5);  a  Festa  dos
Matzot ou “Pão Sem Fermento” no décimo quinto dia do primeiro mês (ver Lev. 23:6);
a  “Festa  das  Primícias”  (Primeiros  Frutos)  no  décimo  sexto  dia  do  primeiro  mês  (ver
Lev.  23:10  a  11);  a  Festa  de  Shavuôt  ou  Pentecostes,  50  dias  depois  da  Festa  das
Primícias  (ver  Lev.  23:16);  a  Festa  dos  Shofarim  ou  Yom  Teruá  no  primeiro  dia  do
sétimo  mês  (ver  Lev.  23:24);  o  Yom  Kipur  no  décimo  dia  do  sétimo  mês  (ver  Lev.
23:27);  a  Festa  de  Sucôt  ou  dos  Tabernáculos  no  décimo  quinto  dia  do  sétimo  mês
(ver Lev. 23:34).
Adonai  ligou  cada  Shabat  Festivo  a  um  dia  em  particular.  Se  Ele  quisesse  que  cada
Shabat semanal fosse celebrado no 8º, 15º, 22º e 29º dia do mês, então por que não
existe um só verso na Torah Sagrada dizendo aos Israelitas que o Shabat deveria ser
observado  nestes  dias????  O  Shabat  semanal  não  seria  mais  importante  que  os
Sábados anuais????

2ª  Afirmação:  “O  Senhor  ordenou  três  classes  distintas  e  separadas  de  dias  que
ocorreriam mensalmente: os dias de Lua Nova, seis dias de trabalho, e os Sábados do
sétimo dia.” Em adição, o 30º dia que também não é contado como parte dos seis dias
da semana.”

Afirmação MENTIROSA: * De acordo com Gênesis 1 a 2:3, Adonai criou apenas duas
classes de dias: os seis dias de trabalho e o Shabat. Isto é confirmado nas 10 Palavras
em Êxodo 20 e Deuteronômio 5. “Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas
o sétimo dia é o Shabat do Eterno, teu D'us; não farás nenhum trabalho.” (Êxodo
20:9 e 10)

**  Na  Torah,  no  entanto,  a  celebração  da  Rosh  Rodesh  ou  Lua  Nova  não  é
mencionada  até  o  tempo  de  Moisés.  A  única  legislação  concernente  à  Lua  Nova  no
Tanach  hebraico  está  na  prescrição  de  uma  oferta  queimada  em  Números  28:14.
Enquanto em Amós 8:5 parece indicar que nenhum trabalho deveria ser feito no dia de
Rosh  Rodesh,  outros  textos  mostram  que  ele  não  era  um  dia  de  descanso.  Por
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exemplo, Yisrael deixou o Egito no dia primeiro do mês (ver Números 33:3); Foi dito a
Moisés  para  edificar  o  tabernáculo  no  primeiro  dia  do  mês  (ver  Êxodo  35:2);  Esdras
começou sua jornada para Jerusalém no primeiro dia do mês (ver Esdras 7:9). 
William Hallo diz: 

“Somente  o  primeiro  dia  de  Tishri  tinha  um  caráter  especial  de  dia  santificado,  e
mesmo  aqui  o  texto  bíblico,  como  é  bem  sabido,  nem  cita  o  termo  ‘Rosh  Hashana’,
cabeça do ano.” 

E  tem  mais,  as  semanas  no  Tanach  hebraico  eram  ciclos  contínuos  sem  interrupção
pela Lua Nova, isto é mostrado em Levítico 23:15 e 16.

“Contareis para vós outros desde o dia imediato ao sábado, desde o dia em que
trouxerdes  o  molho  da  oferta  movida;  sete  semanas  inteiras  serão.  Até  ao  dia
imediato ao sétimo sábado, contareis cinquenta dias; então, trareis nova oferta
de manjares ao Senhor.”

Sete Sábados são 49 dias e o dia depois do último sábado é o 50º dia. Isto só pode
ocorrer  se  as  semanas  forem  contadas  como  ciclos  ininterruptos  de  sete  dias.  Isto  é
confirmado  pela  linha  de  tempo  do  Dilúvio.  De  acordo  com  Gênesis  7:24  “as  águas
durante cento e cinquenta dias predominaram sobre a terra”. Começou a chover
“no  ano  seiscentos  da  vida  de  Noé,  aos  dezessete  dias  do  segundo  mês”  (ver
Gênesis  7:11).  A  arca  descansou  no  Monte  Ararate  cinco  meses  mais  tarde  “no  dia
dezessete  do  sétimo  mês”  (ver  Gênesis  8:4).  Esta  é  uma  clara  evidência  que  o  mês
bíblico tem 30 dias; portanto, 150 dias são cinco meses, sem interrupções por dias de
Lua Nova.

3ª Afirmação: “Os Judeus foram forçados a desistir de seu calendário lunar e aceitar o
calendário pagão romano"

Afirmação  MENTIROSA:  Vestígios  de  sete  dias  semanais  podem  ser  encontrados
entre  as  primeiras  civilizações  do  Oriente  Médio.  Os  astrólogos  da  Mesopotâmia
designavam um dia para cada dos sete mais proeminentes objetos no céu – o Sol, a
Lua, e os cinco maiores planetas visíveis a olho nu. Os Israelitas sempre ativeram­se
aos sete dias semanais como indicado claramente em Gênesis 1 a 2:3 e Levítico 23:15
e 16. Outras nações tinham semanas de diferentes durações.
O calendário romano de oito dias foi mudado para o calendário de sete dias ainda no
período imperial, não no tempo de Constantino. Agora, se os Judeus foram forçados a
desistir  de  seu  Sábado  do  calendário  lunar  e  em  troca  adotar  o  calendário  pagão
Juliano nos dias posteriores a 70 e.c. ou desde o tempo de Constantino, deveria haver
enorme quantidade de evidências hoje, de que esta mudança tivesse ocorrido, porém,
NADA nos é apresentado.
Os Judeus sempre foram muito persistentes e fiéis na observância do Shabat. Se eles
acreditassem que D'us tivesse dado a eles o sábado lunar, eles não desistiriam sem
uma grande batalha. Haveriam escritos relatando em algum lugar da história sobre a
resistência dos Judeus na mudança do seu método de guardar o Sábado, porém, NÃO
HÁ.
Como  os  Judeus  se  espalharam  por  muitas  nações  do  mundo  seria  necessário  um
exército  de  missionários  indo  a  toda  parte  para  convencer  e  reforçar  a  mudança  de
sua maneira de guardar o Shabat do método lunar para o ciclo semanal. Deveria haver
grupos  de  Judeus  pelo  mundo  ferozmente  apegados  ao  modo  antigo  que  D'us  havia
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dado  a  eles  e  muitos  grupos  Judeus  ainda  deveriam  estar  guardando  o  tal  Sábado
lunar até hoje, porém, NÃO HÁ.
Mas  exatamente  o  oposto  é  que  é  verdadeiro,  a  história  é  absolutamente  NEGA  de
que  alguma  coisa  como  esta  tenha  ocorrido.  Não  existem  leis  que  ordenaram  a
mudança  do  ciclo  do  lunar  para  o  Sábado  semanal,  e  os  Judeus,  hoje,  em  torno  do
mundo guardam o Shabat no sétimo dia da semana.
Quando diferenças surgem entre os grupos judaicos, existe sempre uma brecha, com
alguns crendo de uma maneira e outros crendo de outra maneira. Com uma mudança
tão  conflitante  na  estrutura  da  fé  Judaica,  seria  óbvio  ver  essa  brecha,  essa  ruptura,
entre nós. É verdade q/ existe uma divisão entre grupos judaicos, mas não é sobre a
teoria  do  Sábado  lunar,  é  a  divisão  entre  os  Judeus  Massort,  Ortodoxos,  Karaítas,
Notzerim que era principalmente, sobre o modo de calcular os dias de festas, tradições
e costumes, mas NUNCA sobre a celebração do Shabat.

Conclusão:

Os pseudos guardadores dos sábados lunares afirmam que o calendário luni­solar é o
verdadeiro calendário bíblico, no qual o sábado cai sempre no 8º, 15º, 22º e 29º dia do
mês. Além do mais, a Lua Nova e o 30º dia do mês não são contados como parte da
semana. Eles ainda afirmam que os Judeus sob o Império Romano foram forçados a
abandonar o calendário lunar e aceitar o calendário Juliano com seu contínuo ciclo de
sete dias semanais, tudo uma MENTIRA.

Assim,  conclui­se  que,  todos  os  argumentos  dos  sabatistas  lunares  se  reduzem  a
NADA se D'us conectou o Shabat ao calendário lunar, como Ele fez com as festas, ou
se Ele estabeleceu um ciclo semanal na Criação para o Shabat e o preservou até os
nossos  dias.  Não  existe  evidência  conclusiva  nas  Escrituras  que  apontam  para  o
Shabat  sendo  conectado  com  a  lua.  Ao  contrário,  a  Bíblia  é  clara  mostrando  que  a
semana  tem  um  ciclo  recorrente  de  sete  dias  terminando  com  o  Sábado.  Isto  é
apoiado  pelas  afirmações  do  Tanach  hebraico,  pela  Torah  Sagrada  e  pela  História,
agora, embarca nessa CANOA FURADA quem quiser.

Rosh: Marlon Troccolli
Postado por Congregação Israelita Nazarena Beyt Bene Avraham às 12:44 0 comentários 

segunda­feira, 10 de fevereiro de 2014

A FARSA DA TEOLOGIA DA SUBSTITUIÇÃO

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A FARSA DA TEOLOGIA DA SUBSTITUIÇÃO

Introdução:

A Teologia da Substituição é um enfoque sistemático enganoso que se utiliza da Bíblia
para  fomentar  ódio  e  desprezo  ao  povo  do  Eterno,  que  não  apenas  tem  desviado
milhões  de  gentios  ao  longo  dos  anos,  mas  tem  também  originado  o  mal  nas  mais
terríveis  proporções.  Essa  teologia  teve  sua  participação  na  perseguição  aos  Judeus
pela  igreja  cristã  através  dos  séculos,  incluindo  o  Holocausto,  e  foi  também  o
pensamento teológico que pairava por trás do pesadelo do apartheid.

Objetivos:

* Desmascarar  a farsa teológica desta teoria cristã­greco­romana.

* Expor  as terríveis consequências na vida do povo judeu.

*  Provar  como  o  Eterno  nunca  e  jamais  abandonou  ou  abandonará  o  seu  povo  que
antes o elegeu.

* Desfazer as ideias anti­semitas oriundas desta teologia.

*  Mostrar  a  verdadeira  relação  de  amor  fraternal  entre  judeus  e  gentios  crentes  no
Messias.

O que é a teologia da substituição:

A Teologia da Substituição declara que Yisrael, tendo falhado com D’us, foi substituída
pela  igreja  cristã.  O  cristianismo  é  agora  o  verdadeiro  Yisrael  de  D’us  e  o  destino
nacional  de  Yisrael  está  para  sempre  perdido.  A  restauração  do  moderno  Estado  de
Yisrael é, assim, um acidente, sem nenhuma credencial bíblica. Os cristãos que creem
que  tal  restauração  é  um  ato  de  D’us,  em  fidelidade  à  sua  aliança  estabelecida  com
Abraão  cerca  de  4000  anos  atrás  são  considerados  enganados  e  muitas  vezes
taxados de dispensacionalistas. Esta é a posição básica dos adeptos dessa teologia.

Erros teológicos e escriturísticos:

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Veremos  agora  como  esta  farsa  se  desenvolve  teologicamente  e  os  erros
escriturísticos utilizados para lhe dar respaldo, é válido ressaltar que o contexto usado
pelos defensores desta teologia é o contexto greco­romano.

a) O método de interpretação alegórico: a Teologia da Substituição efetivamente mina
a  autoridade  da  Palavra  de  D’us  pelo  fato  de  que  ela  repousa  sobre  o  método
alegórico  de  interpretação,  isto  é,  o  leitor  da  Palavra  de  D’us  decide  espiritualizar  o
texto  mesmo  que  o  seu  contexto  seja  puramente  literal,  isto  efetivamente  rouba  a
Palavra  de  D’us  de  sua  própria  autoridade  e  o  significado  do  texto  fica  inteiramente
dependente  do  leitor.  A  Palavra  de  D’us  pode  assim  ser  manipulada  para  dizer
qualquer  coisa!  Assim,  a  Teologia  da  Substituição  apoia­se  na  falsa  base  da
interpretação bíblica.

b)  Entendimento  equivocado  da  Aliança  do  Eterno:  a  Teologia  da  Substituição  é
apenas sustentada por aqueles que não entenderam apropriadamente a natureza da
Aliança  abraâmica,  esta  Aliança  é  primeiramente  mencionada  em  Gênesis  12:1­4  e
depois disso repetidamente asseverada e confirmada aos patriarcas. Essa Aliança é a
Aliança da Chesed­Misericórdia pois ela inclui a intenção de D’us de redimir o mundo
todo. D’us diz a Abraão: "Em ti todas as nações do mundo serão benditas." A Aliança
Abraâmica é uma Aliança com três elementos vitais:

1­ Ela declara a estratégia de alcançar o mundo através da nação de Yisrael.

2­ Ela lega uma terra(Êretz) como uma possessão eterna à Yisrael.

3­  Ela  promete  abençoar  aqueles  que  abençoarem  a  Yisrael,  e  amaldiçoar  aqueles
que o amaldiçoarem.

É importante que notemos aqui que se um elemento da aliança falhar então todos os
elementos também falharão. Assim, se as promessas de D’us para Yisrael já tiverem
falhado,  então  igualmente  devem  ter  falhado  as  promessas  dEle  de  abençoar  o
mundo.  Se  o  destino  nacional  de  Yisrael  foi  perdido  através  de  sua  desobediência,
então  a  dita  igreja  cristã  também  está  arruinada!  A  desobediência  da  igreja  tem  sido
tão  grande  quanto  a  de  Yisrael  nos  últimos  2000  anos.  Ninguém  pode  negar  isto!  O
autor do livro de Hebreus enfatiza este mesmo ponto quando ele escreve: 

"E  digo  isto:  Uma  aliança  já  anteriormente  confirmada  por  D’us,  a  lei,  que  veio
quatrocentos  e  trinta  anos  depois,  não  a  pode  ab­rogar,  de  forma  que  venha  a
desfazer  a  promessa.  Porque,  se  a  herança  provém  de  lei,  já  não  decorre  de
promessa;  mas  foi  pela  promessa  que  D’us  a  concedeu  gratuitamente  a
Abraão." (Gálatas 3:17­18)

De  acordo  com  alguns  teólogos  da  substituição  esta  Aliança  foi  “anulada”,  outros
porém, afirmam que todas as promessas de Restauração para Yisrael e a manutenção
da Aliança eram “condicionais”, ou seja, caso Yisrael cumprisse sua parte na Aliança,
ele  seria  o  povo  eleito  para  sempre,  mas  como  Yisrael  falhou  por  diversas  vezes,  a
promessa de Restauração também falhou, pois estava subordinada condicionalmente
a  fidelidade  de  Yisrael.  Somente  uma  compreensão  equivocada  e  superficial  da
Aliança pode levar à tal conclusão enganosa e falaciosa.

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As  promessas  à  Yisrael  nacional  são  constantemente  reafirmadas  pelo  Eterno  aos
profetas.  Desta  forma,  Ele  enfatiza  a  natureza  de  seu  caráter  e  confirma  a  Aliança
abraâmica. Um exemplo disto é Jeremias 31:35­37 que declara em alto e bom som: 

"Assim diz o Adonai, que dá o sol para a luz do dia, e as Leis Fixas da lua e das
estrelas para a luz da noite, que agita o mar e faz bramir as suas ondas; Adonai
dos  Exércitos  é  o  seu  nome.  Se  falharem  estas  Leis  Fixas  diante  de  Mim,  diz  o
Eterno,  então  deixará  também  a  descendência  de  Yisrael  de  ser  uma  nação
diante de Mim PARA SEMPRE. Assim diz o Eterno: Se puderem ser medidos os
céus  lá  em  cima,  e  sondados  os  fundamentos  da  terra  cá  em  baixo,  então
também  eu  rejeitarei  toda  a  descendência  de  Yisrael,  por  tudo  quanto  fizeram,
diz o Adonai"

Assim, novamente, o fato de que o sol, a lua e as estrelas ainda estejam conosco, só
isto  confirma a contínua validade da Aliança abraâmica e, como resultado, o destino
nacional  de  Yisrael.  Para  que  a  teologia  da  substituição  seja  válida,  o  sol  e  a  lua
devem também ser apagados ou deixar de existir, palavras do Eterno.  Desta maneira,
percebemos  que  a  teologia  da  substituição  ZOMBA  do  caráter  do  Eterno  pois  ela
repousa sobre a premissa de que se você falhar com D’us de qualquer maneira, Ele irá
te  descartar…  mesmo  que  inicialmente  Ele  tenha  te  asseverado  que  a  Sua  Aliança
com você é eterna. Isto soa como uma resposta tipicamente humana e perversa, e não
como a de um D’us  amoroso e misericordioso, o D’us das Escrituras.

Histórico da teologia da substituição:

Veremos agora como se originou esta perversa teologia, os chamados “pais da igreja”
na  tentativa  de  apagar  as  raízes  judaicas  da  fé  cristã,  desenvolveram  uma  feroz
perseguição intelectual aos povo judeu, esta animosidade é visivelmente refletida  nos
escritos destes primeiros pais da Igreja cristã. Vejamos:

Justino Martir (160 E.C.) falando a um Judeu disse: "As escrituras não pertencem a
vocês, mas a nós." Se Justino Martir tivesse lido as carta aos romanos, não teria feito
esta afirmação, veja o que Paulo diz em Romanos 3:1 e 2 

“Que  vantagem,  pois,  tem  o  Judeu?  Ou  qual  a  utilidade  da  circuncisão?  Muita,
em  todos  os  sentidos;  primeiramente,  porque  aos  judeus  foram  confiados  os
Oráculos do Eterno” 

Ou seja, TODA as  Escrituras Sagradas.

Irineu bispo de Lyon (177 E.C.) declarou: "Os Judeus foram deserdados da graça de
Deus."

Tertuliano  (160­230  E.C.),  em  seu  tratado  "contra  os  Judeus",  anunciou  que  D’us
havia rejeitado os Judeus em favor dos Cristãos.

Eusébio,  nos  primórdios  do  4º  século  escreveu:  que  as  promessas  das  Escrituras
hebraicas  eram  para  os  Cristãos  e  não  para  os  Judeus,  e  as  maldições  para  os
Judeus,  ele  afirmou  que  a  igreja  cristã  era  a  continuação  do  “Velho  Testamento”,
apenas  lembrando  que  não  existe  este  termo:  “velho  testamento”  nos  originais  da
Bíblia,  o  termo  correto  é  Tanach  se  referindo  à  1ª  Aliança,  e  assim,  desta  forma
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substituía  o  Judaísmo.  A  igreja  cristã  declarava  ser  a  verdadeira  Yisrael,  ou  "Yisrael
Espiritual",  herdeira  das  promessas  divinas.  Eles  achavam  essencial  desacreditar  o
"Yisrael  segundo  a  carne"  para  provar  que  Adonai  havia  rejeitado  Seu  povo  e
transferido Seu amor para os cristãos.

Desta  forma,  encontramos  o  princípio  da  TEOLOGIA  DA  SUBSTITUIÇÃO,  a  qual


colocou  a  igreja  triunfante  sobre  Yisrael  e  o  vencido  Judaísmo.  Esta  teoria  se  tornou
uma das principais fundações sobre as quais o anti­semitismo cristão se baseou, até
mesmo nos dias de hoje.

A  B’rit  Chadashá  fala  do  relacionamento  dos  gentios  convertidos  com  Yisrael  e  suas
alianças  como  sendo  "enxertados"  (ver  Romanos  11:17­24),  "aproximados"  (ver
Efésios 2:13), "descendência de Abraão pela fé" (ver Romanos 4:16), e "participantes"
(ver Romanos. 15:27), e nunca usurpadores da Aliança ou substitutos do Yisrael físico,
pois, os crentes gentios, são UNIDOS ao que Adonai tinha estado fazendo em Yisrael
e Adonai JAMAIS quebrou Suas promessas com Yisrael (ver Romanos. 11:29).

Dentre  vários  textos  existentes,  basta  um  texto  das  Escrituras  para  provar  que  essa
teologia  é  falsa,  se  essas  pessoas,  que  fizeram  estas  declarações  tivessem  um
pequeno conhecimento da Palavra do Eterno não teriam feito tais declarações, porém
não são somente eles, nos nossos dias existem várias pessoas que creem na teologia
da substituição e a mesma ainda é ensinada em alguns cursos teológicos cristãos.

Vejamos o texto:

Jeremias 31: 35 a 37 assim declara:

"Assim diz o Eterno, que dá o sol para luz do dia, e as ordenanças da lua e das
estrelas para luz da noite, que agita o mar, bramando as suas ondas; Adonai dos
Exércitos  é  o  seu  nome.  Se  falharem  estas  LEIS  FIXAS  de  diante  de  Mim,  diz  o
Eterno,  também  deixará  a  descendência  de  Yisrael  de  ser  a  Minha  nação  para
sempre.    Assim  diz  o  Eterno:  Se  puderem  ser  medidos  os  céus  lá  em  cima,  e
sondados os fundamentos da terra cá em baixo, então também eu rejeitarei toda
a linhagem de Yisrael, por tudo quanto eles têm feito, diz o Adonai”

Pergunta: o sol continua iluminando o dia e a lua e as estrelas iluminando a noite? Já é
possível medir os céus ou sondar os fundamentos da terra? Portanto, a linhagem de
Yisrael não foi rejeitada por D’us ou substituída.
Vejamos mais uma vez esta declaração de Shaul haShaliach(Paulo) em Romanos 11:
17 e 18:

“E  se  alguns  dos  ramos  foram  quebrados,  e  tu,  sendo  zambujeiro  bravo,  foste
enxertado no meio deles e feito participante da Raiz e da Seiva da Oliveira, não
te glories contra os ramos; e, se contra eles te gloriares, não és tu que sustentas
a Raiz, mas a Raiz a ti.”

Paulo está falando aos gentios crentes que estavam começando a idealizar a teologia
da substituição, lembrando a eles que eles são ramos enxertados e que não são eles
que  sustentam  a  Raiz  que  é  Yisrael,  mas  sim  a  Raiz(Yisrael)  que  os  sustenta.  Mas
alguém  pode  argumentar  que  a  Oliveira  citada  por  Paulo  não  seja  Yisrael  mas  o

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Messias Yeshua, neste caso deixemos a própria Bíblia responder a estes equivocados:

“O Eterno te chamou de Oliveira verde, formosa por seus deliciosos frutos, mas
agora  à  voz  de  um  grande  tumulto  acendeu  fogo  ao  redor  dela  e  alguns  ramos
foram    quebrados.....Porque    Adonai  dos  Exércitos  que  te  plantou......casa  de
Yisrael e da casa de Judá....” (Jeremias 11:16­17)

Notamos que o apóstolo Paulo usou a mesma representação e a mesma situação que
o  Eterno  usou,  isto  é,  chamou  Yisrael  de  Oliveira  Santa  e  ainda  cita  que  alguns  dos
seus  ramos  foram  cortados,  simbolizando  que  o  endurecimento  de  uma  parte  de
Yisrael não pode ser responsável pela rejeição de sua  totalidade, Paulo chama para
os  ramos  que  foram  poupados  e  permaneceram  em  sua  própria  árvore  de
Remanescentes eleitos segundo a Graça.(ver Romanos 11:5)

Há alguma base bíblica para a tal teologia da substituição?

Os modernos adeptos da teologia da substituição pretendem apoiar­se em apenas um
único verso mal interpretado de Paulo em Gálatas 6:16, então vamos ao texto grego
para tirarmos todas as dúvidas:

και οσοι τω κανονι τουτω στοιχησουσιν ειρηνη επ αυτους και ελεος και επι τον ισραηλ
του θεου  ­ Gálatas 6:16

kai osoi to kanoni touto stoichisousin eirini ep aftous kai eleoskai epi ton israil tou theou
– Gálatas 6:16

“E a todos os que pautam sua conduta por esta norma, paz e misericórdia sobre
eles e sobre o Yisrael de D’us”(Gálatas 6:16)

Acima está o texto em 3 versões, no grego original, sua transliteração e sua tradução
pela Bíblia de Jerusalém, o texto é simples e claro. A primeira parte do versículo 16: "E
a  todos  os  que  pautam  sua  conduta  por  esta  norma",  refere­se  à  norma  recém
mencionada por Paulo no versículo 15: "Pois nem a circuncisão é coisa alguma, nem a
incircuncisão,  mas  o  ser  nova  criatura".  Esta  é  uma  categoria  espiritual  que  engloba
todos  os  gentios  crentes,    para  os  quais  Paulo  pronuncia  uma  bênção:  "paz  e
misericórdia  sejam  sobre  eles(os  gentios  crentes)".  A  ela  segue­se  seu  comentário
adicional: "e sobre o Yisrael de D’us".
O  estudioso  S.  Lewis  Johnson  examina  as  diferentes  sugestões  para  a  tradução  da
palavra grega "kai" em Gálatas 6.16 (normalmente traduzida por "e"). Johnson afirma:
"Na  ausência  de  fortes  razões  de  ordem  exegética  e  teológica,  deveríamos  evitar  as
estruturas  gramaticais  mais  raras  quando  a  comum  faz  bom  sentido".  Ele  demonstra
que  não  há  razão  exegética  ou  teológica  para  não  entender  o  "e"  em  seu  sentido
normal nessa passagem. Johnson conclui:

Se a intenção de Paulo fosse identificar "eles" como "o Yisrael de D’us", então, por que
não  eliminou  simplesmente  o  "e"  ("kai")  após  o  "eles"?  O  resultado  seria  muito  mais
apropriado,  caso  Paulo  estivesse  identificando  o  pronome  "eles",  ou  seja,  a  igreja
cristã,  com  o  termo  "Yisrael".  Nesse  caso,  o  versículo  seria  traduzido  da  seguinte
forma:  "E  a  todos  os  que  pautam  sua  conduta  por  esta  norma,  paz  e  misericórdia
sejam sobre eles, o Yisrael de D’us"... Entretanto, Paulo não eliminou o "kai", “e”.

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Johnson está dizendo que não há base textual ou exegética para a crença da teologia
da substituição, de acordo com a qual Gálatas 6.16 ensinaria que "o Yisrael de D’us"
inclui a Igreja cristã ou os gentios crentes. A "teologia da substituição" que evoca um
“israel espiritual” não tem base neste texto bíblico de Gálatas. Quem crer assim deve
estar  tão  cego  por  causa  das  exigências  da  falsa  teologia,  a  ponto  de  continuar
insistindo  em  tal  interpretação  da  Bíblia  e  na  teologia  desnorteada  que  daí  resulta.
Juntamente  com  o  estudioso  Lewis  Johnson,  eu  me  pergunto  por  que,  "apesar  da
assombrosa  evidência  em  contrário,  continua  a  haver  persistente  apoio  à  concepção
de que o termo Yisrael de D’us pode referir­se com propriedade a um “israel espiritual”
formado unicamente de crentes dentre os povos gentios na época presente".

A  conclusão  lógica  é,  a  epístola  de  Gálatas  refere­se  a  gentios  crentes  que
procuravam  alcançar  a  salvação  por  meio  da  circuncisão.  Eles  estavam  sendo
enganados pelo segmento farisaico que havia crido no Messias(ver Atos 15:5), eram
eles que exigiam a adesão à circuncisão. Para estes, um gentio tinha de converter­se
primeiro  ao  judaísmo  da  época  a  fim  de  ser  qualificado  para  a  salvação  por  meio  do
Messias. No versículo 15, Paulo afirma que o importante para a salvação é a Emunah­
Fé,  que  tem  como  conseqüência  o  ser  nova  criatura.  A  seguir,  ele  pronuncia  uma
bênção  sobre  dois  grupos  de  pessoas  que  deveriam  seguir  essa  regra  da  salvação
unicamente pela Fé. O primeiro grupo, referido na passagem pelo pronome "eles", é o
grupo  dos  gentios  crentes  no  Messias,  a  quem  ele  havia  dedicado  a  maior  parte  da
epístola. O segundo grupo é denominado de "o Yisrael de D’us". Nesse caso, trata­se
dos judeus nazarenos que, em contraste com os judeus não crentes, seguiam a regra
da  salvação  unicamente  pela  Fé,  os  quais  Paulo  declarou  serem  os  Remanescentes
eleitos segundo a Graça.(ver Romanos 11:5 e Isaías 10:22)

Consequências da teologia da substituição:

A falta de conhecimento bíblico aliada a uma aceitação cega das afirmações dos pais
da  igreja  cristã,  levaram  as  mais  desastrosas  ideias  sobre  o  povo  judeu,  por  conta
disso,  os  cristãos  vêm  perseguindo  barbaramente  o  povo  de  Yisrael,  homens  como
Marcião, Crisóstomo, Agostinho, Justino mártir, Cipriano, Jerônimo entre outros foram
os mais cruéis perseguidores dos judeus, e não importava se eram judeus comuns ou
nazarenos(judeus  crentes),  bastava  ser  judeu  para  ser  considerado  digno  de  morte,
observem o que estes "homens de Deus" deixaram escrito:

* Marcião (144 e.c.), pregava que qualquer cristão que usasse algum símbolo judaico
ou  mesmo,    nomes,  ou  celebrasse  alguma  festa  Bíblica,  seria  julgado  cúmplice  da
morte do Jesus.

*  João  Crisóstomo(344  e.c.),  disse  que  as  sinagogas  eram  "lugar  de  blasfêmia,  asilo
do diabo e castelo de Satanás", "zona de meretrício", também considerava todo judeu
culpado de "deicídio"(crime de ter assassinado o próprio Deus)

* Agostinho(354 e.c.), dizia "deixem os judeus viverem em nosso meio mas os façam
sofrer e serem humilhados continuamente"

*  Justino mártir(160 e.c.), condenou os judeus como "filhos de meretrizes".

*  Cipriano(250e.c.), escreveu: "O diabo é o pai dos judeus".

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*  Agostinho  de  Hipona(415  e.c.),  escreveu  que  os  judeus  carregam  eternamente  a
culpa  pela  morte  do  Jesus,  em  decorrência,  o  monge  Barzauma  instigou  uma
perseguição aos judeus em Yisrael, quando inúmeras sinagogas foram destruídas.

*  São  Jerônimo(418  e.c.),  que  criou  a  tradução  Vulgata  da  Bíblia  escreveu  sobre  as
sinagogas:  "se  você  chamar  a  sinagoga  de  bordel,  um  antro  de  vício,  o  refúgio  do
diabo,  fortaleza  de  satanás,  um  lugar  de  depravação  da  alma,  um  abismo  de  todo
desastre concebível, ou qualquer outra coisa mais que você disser, você ainda estará
dizendo menos do que do que ela merece".

E  foi  com  estes  "homens  de  Deus"  que  a  religião  cristã  cresceu  e  se  desenvolveu,
mais  tarde  na  idade  média  o  grande  fundador  do  protestantismo  evangélico,  o  ex
padre Martinho Lutero também escreveu as mesmas coisas a respeito dos judeus.

*  Martinho  Lutero(1543  e.c.),  "Em  primeiro  lugar,  suas  sinagogas  deveriam  ser
queimadas...  Em  segundo  lugar,  suas  casas  também  deveriam  ser  demolidas  e
arrasadas... Em terceiro, seus livros de oração, suas Bíblias e Talmudes deveriam ser
confiscados... Em quarto, os rabinos deveriam ser proibidos de ensinar, sob pena de
morte...  Em  quinto  lugar,  os  passaportes  e  privilégios  de  viagem  deveriam  ser
absolutamente vetados aos judeus... Em sexto, eles deveriam ser proibidos de praticar
a agiotagem... Em sétimo lugar, os judeus e judias jovens e fortes deveriam pôr a mão
na debulhadeira, no machado, na enxada, na pá, na roca e no fuso para ganhar o seu
pão no suor do seu rosto... Deveríamos banir os vis preguiçosos de nossa sociedade
... Portanto, fora com eles...Resumindo, caros príncipes e nobres que têm judeus em
seus domínios, se este meu conselho não vos serve, encontrai solução melhor, para
que vós e nós possamos nos ver livres dessa insuportável carga infernal".

Ficamos nós a perguntar, por que a religião cristã fez tanta questão de se separar do
povo  de  Yisrael  chegando  a  propor  a  sua  extinção  total  do  planeta???  Será  que  os
verdadeiros seguidores do Messias de Yisrael agiam assim??? O conselho de Yeshua
foi o seguinte: 

"Nisto conhecerão que sois meus discípulos se tiverdes AMOR uns para com os
outros" (João 13:35) 

Será que os judeus não teriam reconhecido Yeshua em maior número se os cristãos
seguissem  realmente  ao  que  o  verdadeiro  Messias  judeu  lhes  ensinou???  As
declarações anti­semitas dos pais da igreja cristã originou a terrível “santa inquisição”,
centenas de judeus foram mortos queimados vivos, decapitados, enforcados, expulsos
de  suas  propriedades,  tiveram  seus  bens  confiscados  e  seus  filhos  vendidos  como
escravos. Sem falar no genocídio que foi o holocausto nazista.

Conclusão:

Se  a  igreja  cristã,  veio  substituir  ou  tomar  o  lugar  do  povo  de  Yisrael,  como  o  “israel
espiritual”, ou o “israel de Deus” espalhado pela terra, então por que Paulo afirma em
Romanos 9:1­8  o seguinte:

“No  Messias  digo  a  verdade,  não  minto  (dando­me  testemunho  a  minha


consciência no Espírito Santo): Que tenho grande tristeza e contínua dor no meu
coração.  Porque  eu  mesmo  poderia  desejar  ser  anátema  do  Messias,  por  amor
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de  meus  irmãos,  que  são  meus  parentes  segundo  a  carne;  Pois  são  israelitas,
dos quais pertence­lhes a adoção de Filhos, e a Glória, e as Alianças, e a Torah,
e o Culto, e as Promessas; Deles são os Patriarcas, e também deles descendo o
Messias segundo a carne, o qual é sobre todos. Bendito seja D’us eternamente.
Amém. Não que a palavra de D’us haja falhado, porque nem todos os que são de
Yisrael são israelitas; Nem por serem descendência de Abraão são todos filhos;
mas: Em Isaque será chamada a tua descendência. Isto é, não são os filhos da
carne  que  são  filhos  de  D’us,  mas  os  filhos  da  Promessa  são  contados  como
descendência.”

Ora,  se  a  igreja  cristã  tivesse  substituído  Yisrael,  Paulo  estaria  completamente
consolado, não estaria tendo grande tristeza e contínua dor no seu coração pelo povo
de Yisrael, que em parte, endureceu seu coração ao Messias. E Paulo é enfático em
declarar:  “pertence­lhes  a  adoção  de  Filhos...”,  o  verbo  está  no  presente  “pertence­
lhes”  significando  que  ainda  pertence  e  não  no  passado:  “pertenceu­lhes”
simplesmente  porque  os  Dons  e  a  Vocação  de  D’us  são  IRREVOGÁVEIS  (ver
Romanos 11:29). Todavia, a promessa a Yisrael permanece, isto é, ao Remanescente
profetizado em Isaías 10:22:

“Porque ainda que o teu povo, ó Yisrael, seja tão numeroso como a areia do mar,
o  Remanescente  desse  povo  se  Converterá;  uma  destruição  está  determinada,
transbordando em justiça.”

E,  ao  final  do  Grande  Tempo  de  angústia  de  Jacó,  Yisrael  em  sua  totalidade
reconhecerá  Yeshua como o Messias verdadeiro:

“Mas  sobre  a  casa  de  David,  e  sobre  os  habitantes  de  Jerusalém,  derramarei  o
Espírito de Graça e de súplicas; e olharão para aquele a quem traspassaram; e
pranteá­lo­ão  sobre  ele,  como  quem  pranteia  pelo  filho  unigênito;  e  chorarão
amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito.” (Zacarias
12:10)

Bendito seja o nosso grande D'us Adonai Eterno que jamais falhou e nunca falhará em
todas as suas preciosas promessas.

Rosh: Marlon Troccolli
Postado por Congregação Israelita Nazarena Beyt Bene Avraham às 23:28 9 comentários 

sábado, 4 de janeiro de 2014

GÁLATAS 2:19 – Porque tu, pela lei, estas morto para a lei, para
viver para Deus?

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“Porque eu, pela lei, estou morto para a lei, para viver para Deus.”
Gálatas 2:19, versão JFA CRF1

Shaul haShalíach (Paulo, o Emissário/Apóstolo) quis dizer o que com esta afirmação? Nesta
breve  discussão  não  entrarei  no  mérito  dos  vários  posicionamentos  acerca  da  Lei  (como  Torah;
Chumash – Pentateuco), ou sobre a validade da tradição aramaica dos escritos da Brit Chadasháh
(vulgo Novo Testamento), me aterei somente àquela que creio ser a mensagem almejada por Páulos
através dos manuscritos semitas.

Codex Khabouris2
‫אחא‬ ‫דלאלהא‬ ‫מיתת‬ ‫לנמוסא‬ ‫בנמוסא‬ ‫גיר‬ ‫אנא‬

Peshitta3
.‫ֶחא‬
‫א‬ ‫א‬
ִ‫ָה‬ָ
‫ַאל‬
‫דּל‬ .‫יתת‬
ֵ‫מ‬ ‫א‬
ִ‫ָמוֹס‬
ָ ‫לנ‬ ‫ָמוֹסא‬
ָ ‫בּנ‬ ‫ֵיר‬
‫ג‬ ‫ָא‬
‫ֶאנ‬

X by ads

ָ ‫בּנ‬  (BENAMOSA).  Junção  da  preposição  Bet  (‫ב‬  –  em,  no,  por,  para  etc)  com  o  substantivo
*  ‫ָמוֹסא‬
masculino  Namosa  (‫נמוסא‬  –  lei,  costume).  Literalmente:  Na  lei.  Namosa  se  constitui  como  um
problema  do  ponto  de  vista  semântico,  pois  pode  ser  entendido  como  Toráh  (Instrução  –
Pentateuco), Halacháh (Lei Judaica, em sentido mais abrangente), Taqanáh (decreto rabínico) entre
outras coisas4, 5 – há uma palavra específica para Torah em aramaico: ‫יתּא‬
ָ‫אוֹר‬ (Oráyta), mencionada
ָ
apenas 3 vezes na Brit Chadasháh (Mateus 11:13; 12:5; 22:40).  

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ָ ‫לנ‬  (LENAMOSA).  Junção  da  preposição  Lámed  (‫ל‬  –  para,  a,  de,  para  o  etc)  com  o
**  ‫ָמוֹסא‬
substantivo masculino Namosa (‫נמוסא‬ – lei, costume). Literalmente: Para a Lei. A expressão “Para a
Namosa  estou  morto”  pode  ser  compreendida  de  duas  maneiras,  de  forma  favorável  à  Lei,  ou  de
forma desfavorável. 1º Para a lei estou morto, em descrédito à lei, desprezando­a: quebrando­a. 2º
Para a lei estou morto, em consideração a ela como se estivesse morto, fazendo o que ela requer,
exige: guardando­a.   

***  Expressão  literal:  Na  lei.  Pode  ser  entendida  como  “em  conformidade  com  a  lei”  ou
“pela/mediante  a/por  intermédio  da/através  da  lei”,  como  na  expressão  de  Shemot  (Nomes  –
“Êxodo”) 9.35: Beiad Moshê – por intermédio de Moisés.

**** Na forma presente, o verbo ‫היה‬ (ser/estar) não é pronunciado. Exemplo: Ani yehudi, Ani miBrazil
– Eu (sou) judeu e Eu (sou) do Brasil, respectivamente.

Há duas formas básicas de tradução: Literal e Parafraseada. A Literal consiste na transcrição
exata  dos  vocábulos  empregados  na  elaboração  da  mensagem  escrita;  a  paráfrase  é:  “em  outras
palavras”,  uma  forma  de  melhor  se  fazer  entender  –  visto  que,  em  muitos  casos,  não  há
correspondência exata entre vocábulo, palavra, e sentido, isto nas traduções.

Tradução literal:
     Eu, porque, na lei, para a lei (sou/estou) morto, para D’us viver.

Paráfrases possíveis:
      Porque eu, em conformidade com a lei, para a lei estou morto, a fim de viver para D’us.
      Porque eu, em conformidade com a lei, pela lei estou morto, a fim de viver para D’us.

      Porque eu, por intermédio da lei, para a lei estou morto, a fim de viver para D’us.

      Porque eu, por intermédio da lei, pela a lei estou morto, a fim de viver para D’us.

Em caso de dúvida deve­se optar pelo sentido literal: na lei (par. 1 e 2,em  conformidade  com  a


lei), mesmo porque se estivermos “em conformidade” com a lei, seremos “por intermédio” da mesma.
Assim, pois, a não ser que a lei seja “auto­anulatória” (tratando­se da Toráh, não é o caso), deve­se
optar  pelo  sentido  favorável,  positivo,  “pela  lei”.  Ao  guardar­se  (cumprir­se)  a  Toráh  está­se  em
conformidade com esta (paráfrase 2).

Temos,  assim,  aproximando­nos  da  versão  JFA  CRF:  “Porque  eu,  na  lei,  estou  morto  pela  lei,
para viver para Deus”, cujo entendimento deve ser:

“Porque eu, em conformidade com a lei, a fim de guardar a lei, já não importa minha própria vontade
– como se estivesse morto –, para viver para D’us.”
Gálatas 2:19

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1]  Almeida  Corrigida  e  Revisada  Fiel.  Disponível  em:  http:<//www.bibliaonline.com.br/acf/gl/2>


Acesso em: 03/07/2013.

[2]  Silver,  S.  P.  Khabouris  Codex,  transcription.  2006.  Disponível  em:  http:
<//www.dukhrana.com/khabouris/> Acesso em: 03/07/2013.

[3] THE NEW COVENANT ARAMAIC PESHITTA TEXT WITH HEBREW TRANSLATION ‫ חדתא‬ ‫קימא‬
‫החדשה‬ ‫הברית‬. Jerusalem: The Bible Society in Israel and the Aramaic Scriptures Research Society in

http://www.judaismonazareno.com/search?updated­max=2014­04­30T20:08:00­07:00&max­results=7&start=10&by­date=false 17/18
26/08/2016 | Congregação Israelita Nazarena Beyt Bene Avraham

Israel, 1986.

[4]  Comprehensive  Aramaic  Lexicon  Project.  Search  the  CAL  lexical  and  textual
databases/BROWSE  THE  LEXICON/initial  letters:/nmws.Disponível  em:  http:<//cal1.cn.huc.edu/>
Acesso em: 03/07/2013.

[5]  Jastrow,  Marcus.  Dictionary  of  the  Targumim,  the  Talmud  Babli  and  Yerushalmi,  and  the
Midrashic  Literature.  Hendrickson  Publishers,  2006.  Disponível  em:  http:
<//www.tyndalearchive.com/tabs/jastrow/> Acesso em: 04/07/2013.

Bibliografia auxiliar

Hatzamri,  Abraham;  More­Hatzamri,  Shoshana.  Dicionário  Português  –  Hebraico  e  Hebraico  –


Português.   2. ed. São Paulo: Sêfer, 1995.

Berezin,  Rifka.  Dicionário  Hebraico  –  Português.  1.  ed.  São  Paulo:  Universidade  de  São  Paulo,
1995.

Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 2002.  

Autor: Caio M. F. Rodrigues

http://www.judaismonazareno.com/search?updated­max=2014­04­30T20:08:00­07:00&max­results=7&start=10&by­date=false 18/18

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