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MAIS UMA NOVA HERESIA: O SÁBADO LUNAR
MAIS UMA NOVA HERESIA: O SÁBADO LUNAR
Introdução:
Na parábola do joio e do trigo ditas por Yeshua, percebemos como o adversário
sempre está a arruinar, atrapalhar, deturpar e enganar com toda sorte de artifícios,
artimanhas e heresias destruidoras a obra do Messias na terra. Desde que a
mensagem de Restauração começou a ser proclamada, primeiramente por Yeshua e
depois por seus talmidim, o adversário tem se colocado ao derredor(ver I Pedro 5:8),
procurando minar todo esforço dos discípulos do Mestre com falsos ensinos, sendo
que os talmidim já sabiam disso(ver Atos 20:29), hoje a obra da Restauração do
Eterno está constantemente ameaçada por terríveis heresias destruidoras, como se
não bastasse o paganismo trinitário inserido no mundo cristão, falsos nazarenos
ressuscitaram o antigo dogma unicista criado por alguns pais da igreja romana, como
também os ditos messiânicos tentando de todas as formas introduzir crenças cristãs
nas mensagens de Yeshua, e para completar o engano satânico aparecem os tais
sabatistas lunares com mais uma heresia para desviar os incautos.
O que é sabatismo lunar?
Há um grupo religioso evangélico dissidentes da igreja Adventista do Sétimo Dia
chamado World’s Last Chance (WLC), eles proclamam que o calendário lunar foi
estabelecido por D’us e o calendário gregoriano, pela Igreja Católica com o objetivo de
mudar os tempos e as leis, é um movimento religioso verificado no ceio do
cristianismo atual, portanto, não tem NADA A VER com judaísmo, podemos comprovar
isto ao perceber que NENHUMA corrente judaica oficial dentre as quais as correntes
massort, a ortodoxaharedim, a reformista, a nazarena, a karaíta e até mesmo os ditos
messiânicos, nenhuma destas embarcaram nesta canoa furada, simplesmente porque
esta teoria NÃO TEM BASE escriturística, muito embora este grupo apresente
algumas supostas "provas", porém, ao analisarmos de acordo com os textos em sua
língua original, tudo não passa de FALÁCIAS.
Essas pessoas afirmam que o Shabat não é o sétimo dia do ciclo semanal da criação
do Eterno, mas o sétimo dia do “calendário lunissolar” proposto por eles, sendo que o
primeiro dia do mês (“lua nova”) e o último dia do mês precedente, caso este tenha
tido 30 dias, são considerados “nãodias”, assim, o “sábado” seria sempre o 8º, 15º,
22º e 29º dias do mês nesse calendário.
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As Controvérsias deste nova heresia:
Se o tempo do Shabat fosse determinado pela Lua, então o Shabat teria que ser
observado em dias diferentes durante o mês e não no sétimo dia de cada semana. O
Shabat poderia ser qualquer dia da semana, baseandose no horário da lua nova.
Atentem para estas seguintes observações:
2. O Shabat e a Lua: No princípio do século XX, a conexão entre o sábado e a Lua era
proposta e defendida por um bom número de estudiosos. Eles rejeitaram a origem
bíblica do Shabat e sugeriam que sua origem estava relacionada a vários “dias
satânicos” no calendário babilônico, incluindo o dia de lua cheia, durante o qual o povo
pagão descansava. Tratavase de uma seqüência não composta de sete dias,
primeiro, sétimo, décimo quarto, décimo nono, vigésimo primeiro e vigésimo oitavo
dias do mês. Essa teoria não vingou e foi, então, abandonada.
4. O Shabat e as Festas Bíblicas: Finalmente, o descanso sabático era diferente do
descanso requerido durante as Festas do Eterno. Levítico 23:3 declara que, durante o
sábado, os israelitas não deveriam fazer “nenhuma obra”. Mas durante o tempo das
santas convocações, o povo não deveria fazer “nenhum trabalho regular” (ver Levítico
23:8, 21, 25, 35, 36,). Isso indica que havia um tipo de trabalho que era permitido fazer
durante as Festas e que eram proibidos durante o Shabat semanal.
Embora, creio eu, possa ser boa a intenção dos que defendem o sábado lunar, devem
estar atentos para o fato de que estão introduzindo e promovendo, involuntariamente,
creio eu, o descanso sabático diferente do descanso sabático bíblico.
A visão sabática lunar na prática:
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Adonai criou o Shabat no 7º dia e a lua no 4º dia, segundo os sabatistas lunares a lua
nova marca o 1º dia do mês e que contado 7 dias se chegará a um sábado, vejamos o
exemplo: 1º dia lua nova + 7 dias é igual ao 8º dia que para eles é um sábado.
Agora vamos usar este cálculo na criação, como não sabemos que tipo de fase a lua
fez no dia em que ela foi criada, vamos nos basear nas suas quatro fases que igual a
29,5 cada fase tem um período de 7,375 dias entre uma fase e outra. 4º dia primeira
fase, 11º dia segunda fase, 18º dia terceira fase, 25º dia quarta fase, digamos que uma
destas fases foi lua nova e vamos acrescentar mais 7 dias para saber que dia vai ser
um sábado.
4º dia primeira fase + 7= dia 11 11º dia segunda fase + 7= dia 18 18º dia terceira fase
+ 7= dia 25 25º dia quarta fase + 7= dia 2 (mês de 30 dias) 25º dia quarta fase + 7= dia
3 (mês de 29 dia).
Vejam que, usando os mesmos cálculos usados por eles o Shabat não cai nos dias 8,
15, 22 e 29, sem falar que temos aqui um problema: Se no 7º dia foi sábado então o
dia zero teria que ser uma lua nova pois, contando 0+7= 8 dias, como sabemos que
não existe o dia zero e nem a lua pois, a mesma foi criada a partir do 4º dia. Sendo
assim, em vez de se estar guardando o 7º dia, na verdade estariam guardando o
primeiro dia(domingo dia do sol).
Resumindo tudo: Assim, com base na criação vemos que esta doutrina é antibíblica,
herética e leva os incautos a adorar não somente o ”venerável dia do sol” de
Constantino como também a violar a Torah Sagrada.
Os sabatistas lunares criaram uma ilusão que absolutamente nega o ciclo de sete dias
de nosso Criador. O ciclo de sete dias foi escolhido pelo Eterno, a fim de distinguir uma
vez por todas o verdadeiro dia de descanso. Não importa qual calendário é usado, se
juliano, gregoriano, chinês, etc... O ciclo de sete dias será o mesmo, e se deu quase
6000 anos desde a criação da Terra.
O rito do sábado lunar, segundo os sabatistas lunares funciona da seguinte maneira: A
primeira lua nova é o primeiro sábado. Em seguida, sete dias depois, um segundo
sábado, que é dia 8 do mês, em seguida, outro sábado dia 15, então outro dia 22 e o
último sábado do mês dia 29, mas aí vem o problema, a lua orbita em torno da Terra
em 29,5 dias, o ciclo de sete dias, portanto, não pode ser derivada a partir da lua.
Lua faz uma órbita completa ao redor da Terra uma vez a cada 29,530588. Por este
motivo, não podem ser vinculados a um ciclo de sete meses. Para ser ligado a um
ciclo de sete meses teria de circular por todo o país no mês passado, 28 dias. Isso tem
contornado os adeptos do sábado lunar neste fato de que cada sábado começa com
o primeiro crescente lunar de um novo mês.
É matemática básica, o número de 29,5 não pode ser dividido por 7 para produzir um
número inteiro. Adonai Eterno não é um D’us de confusão, mas de ordem e paz(ver I
Coríntios 14:33), seria algo estranho que um D’us de ordem nos desse um complexo
sistema de descanso semanal que causaria tamanha confusão para ser observado.
Falácias sobre falácias:
A World’s Last Chance (WLC) apresenta uma série de pressuposições que na verdade
são falsas. Logo no início de suas argumentações em favor do sábado lunar, é dito
que “o primeiro dia da festa dos pães ázimos era no dia 15 [do mês de abibe], que era
um sábado”. A WLC afirma que esse era um sábado semanal, e a única “prova” que
apresentam disso é o argumento de que nesse dia havia uma “santa convocação”.
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Ora, esse argumento não tem validade nenhuma, porque havia “santa convocação”
não só no Shabat semanal, mas em todos os Shabatot festivos. Assim, havia santa
convocação também no sétimo dia da festa dos pães ázimos (ver Levítico 23:8), na
festa das primícias ou Pentecostes (ver Levítico 23:20, 21), na festa das Trombetas
(ver Levítico 23:24), no Yon Kipur (ver Levítico 23:27), e no primeiro e último dias da
Festa dos Sukot/Tabernáculos (ver Levítico 23:3436). Destes, eles consideram que o
dia 15 do primeiro mês e os dias 15 e 22 do sétimo mês eram sábados semanais.
Baseados em quê???
Para sustentar suas pressuposições, dizem ainda que “Yisrael saiu do Egito na noite
de 15 de abibe” (já que consideram que o dia 15 era um sábado). A Torah diz:
“Aconteceu que, ao cabo dos quatrocentos e trinta anos, nesse mesmo dia,
todas as hostes do Eterno saíram da terra do Egito. Esta noite se observará ao
Eterno, porque, nela, os tirou da terra do Egito; esta é a noite de Adonai, que
devem todos os filhos de Yisrael comemorar nas suas gerações. Disse mais
Adonai a Moisés e a Arão: Esta é a Mitzvá da Páscoa: nenhum estrangeiro
comerá dela”(Êxodo 12:4143)
A Torah é clara em dizer que os israelitas saíram nesse mesmo dia. Que dia? Ora, o
dia 15 de abibe. Se tivessem saído à noite, já não seria dia 15 de abibe, mas 16 (já
que o novo dia se inicia ao pôrdosol). E que noite é essa, em que a Torah diz que
D’us “os tirou da terra do Egito”? A noite que “se observará a Adonai”, e, portanto, a
noite do dia 15, em que o povo comeu a Páscoa, e não a do dia 16. Não há como
escapar ao fato de que os israelitas saíram em sua jornada no dia 15 e, portanto, que
esse dia não poderia ser um sábado.
Outras “provas” são acrescentadas que absolutamente não são provas. Por exemplo,
o argumento de que o manah cessou no dia 16 de abibe e que, portanto, o dia anterior
seria um sábado semanal em que o manah não caiu. Qual a lógica desse argumento?
Nenhuma. O manah cessou no dia 16 porque no dia 15 eles já comeram pães ázimos
feitos com o fruto da terra.
Outra “prova”, retirada do livro de Ester, diz que “o 15º dia do 12º mês foi um dia de
descanso, o que torna o 8º, 22º e 29º dias, dias de descanso também”. O que a Bíblia
diz é que uma parte dos judeus fez do dia 14 um dia de banquetes e de alegria pela
vitória sobre seus inimigos, e que os judeus de Susã fizeram isso no dia 15. Assim:
“Mordecai [...] enviou cartas a todos os judeus que se achavam em todas as
províncias do rei Assuero, [...] ordenandolhes que comemorassem o dia catorze
do mês de adar e o dia quinze do mesmo, todos os anos, como os dias em que
os judeus tiveram sossego dos seus inimigos” (Ester 9:2022)
Dois dias foram instituídos como feriados, e isso não tem nada a ver com o sábado.
O calendário hebraico era realmente lunissolar, mas esse calendário seguia o ciclo
semanal normalmente e não havia nenhum dia considerado “nãodia” da semana. O
mês começava quando a estreita faixa de lua nova era avistada; os meses eram
lunares, de 29 ou 30 dias. Como isso perfazia apenas cerca de 354 dias no ano, ou
seja, deixava o ano cerca de 11 dias mais curto, a fim de manter o ano em harmonia
com as estações, um mês adicional era intercalado cada vez que a cevada ainda não
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estava madura para a Páscoa. Assim, o calendário lunar era mantido em harmonia
com o ano solar, e, portanto, o calendário era lunissolar.
Os sabatistas lunares estão divididos quanto ao que fazer nos dias 30 de um mês e 1º
do mês seguinte, que são os dias da “festa da lua nova”. Alguns descansam nesses
dias, considerandoos uma extensão do sábado do dia 29; outros se abstêm apenas
de atividades comerciais e emprego remunerado, mas podem realizar outras tarefas
comuns. Então, na última semana do mês, (1) no primeiro caso, trabalham seis dias e
descansam três (em vez de um); (2) no segundo caso, trabalham sete ou oito dias (em
vez de seis), antes de descansar um dia. Com qualquer dos dois métodos, o
mandamento do Eterno de que se trabalhasse seis dias e se descansasse no sétimo é
sumariamente violado
O sábado lunar sobre a ótica das Escrituras:
Toda teoria deste grupo de pseudos guardadores do sábado se baseiam em três
afirmações falaciosas que são:
1ª Afirmação: “O Sábado do sétimo dia caía em cada 8º, 15º, 22º e 29º dia do mês
lunar.”
Afirmação MENTIROSA: Todos os Shabatot Festivos foram determinados para certas
datas. A Pêsach no décimo quarto dia do primeiro mês (ver Lev. 23:5); a Festa dos
Matzot ou “Pão Sem Fermento” no décimo quinto dia do primeiro mês (ver Lev. 23:6);
a “Festa das Primícias” (Primeiros Frutos) no décimo sexto dia do primeiro mês (ver
Lev. 23:10 a 11); a Festa de Shavuôt ou Pentecostes, 50 dias depois da Festa das
Primícias (ver Lev. 23:16); a Festa dos Shofarim ou Yom Teruá no primeiro dia do
sétimo mês (ver Lev. 23:24); o Yom Kipur no décimo dia do sétimo mês (ver Lev.
23:27); a Festa de Sucôt ou dos Tabernáculos no décimo quinto dia do sétimo mês
(ver Lev. 23:34).
Adonai ligou cada Shabat Festivo a um dia em particular. Se Ele quisesse que cada
Shabat semanal fosse celebrado no 8º, 15º, 22º e 29º dia do mês, então por que não
existe um só verso na Torah Sagrada dizendo aos Israelitas que o Shabat deveria ser
observado nestes dias???? O Shabat semanal não seria mais importante que os
Sábados anuais????
2ª Afirmação: “O Senhor ordenou três classes distintas e separadas de dias que
ocorreriam mensalmente: os dias de Lua Nova, seis dias de trabalho, e os Sábados do
sétimo dia.” Em adição, o 30º dia que também não é contado como parte dos seis dias
da semana.”
Afirmação MENTIROSA: * De acordo com Gênesis 1 a 2:3, Adonai criou apenas duas
classes de dias: os seis dias de trabalho e o Shabat. Isto é confirmado nas 10 Palavras
em Êxodo 20 e Deuteronômio 5. “Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas
o sétimo dia é o Shabat do Eterno, teu D'us; não farás nenhum trabalho.” (Êxodo
20:9 e 10)
** Na Torah, no entanto, a celebração da Rosh Rodesh ou Lua Nova não é
mencionada até o tempo de Moisés. A única legislação concernente à Lua Nova no
Tanach hebraico está na prescrição de uma oferta queimada em Números 28:14.
Enquanto em Amós 8:5 parece indicar que nenhum trabalho deveria ser feito no dia de
Rosh Rodesh, outros textos mostram que ele não era um dia de descanso. Por
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exemplo, Yisrael deixou o Egito no dia primeiro do mês (ver Números 33:3); Foi dito a
Moisés para edificar o tabernáculo no primeiro dia do mês (ver Êxodo 35:2); Esdras
começou sua jornada para Jerusalém no primeiro dia do mês (ver Esdras 7:9).
William Hallo diz:
“Somente o primeiro dia de Tishri tinha um caráter especial de dia santificado, e
mesmo aqui o texto bíblico, como é bem sabido, nem cita o termo ‘Rosh Hashana’,
cabeça do ano.”
E tem mais, as semanas no Tanach hebraico eram ciclos contínuos sem interrupção
pela Lua Nova, isto é mostrado em Levítico 23:15 e 16.
“Contareis para vós outros desde o dia imediato ao sábado, desde o dia em que
trouxerdes o molho da oferta movida; sete semanas inteiras serão. Até ao dia
imediato ao sétimo sábado, contareis cinquenta dias; então, trareis nova oferta
de manjares ao Senhor.”
Sete Sábados são 49 dias e o dia depois do último sábado é o 50º dia. Isto só pode
ocorrer se as semanas forem contadas como ciclos ininterruptos de sete dias. Isto é
confirmado pela linha de tempo do Dilúvio. De acordo com Gênesis 7:24 “as águas
durante cento e cinquenta dias predominaram sobre a terra”. Começou a chover
“no ano seiscentos da vida de Noé, aos dezessete dias do segundo mês” (ver
Gênesis 7:11). A arca descansou no Monte Ararate cinco meses mais tarde “no dia
dezessete do sétimo mês” (ver Gênesis 8:4). Esta é uma clara evidência que o mês
bíblico tem 30 dias; portanto, 150 dias são cinco meses, sem interrupções por dias de
Lua Nova.
3ª Afirmação: “Os Judeus foram forçados a desistir de seu calendário lunar e aceitar o
calendário pagão romano"
Afirmação MENTIROSA: Vestígios de sete dias semanais podem ser encontrados
entre as primeiras civilizações do Oriente Médio. Os astrólogos da Mesopotâmia
designavam um dia para cada dos sete mais proeminentes objetos no céu – o Sol, a
Lua, e os cinco maiores planetas visíveis a olho nu. Os Israelitas sempre ativeramse
aos sete dias semanais como indicado claramente em Gênesis 1 a 2:3 e Levítico 23:15
e 16. Outras nações tinham semanas de diferentes durações.
O calendário romano de oito dias foi mudado para o calendário de sete dias ainda no
período imperial, não no tempo de Constantino. Agora, se os Judeus foram forçados a
desistir de seu Sábado do calendário lunar e em troca adotar o calendário pagão
Juliano nos dias posteriores a 70 e.c. ou desde o tempo de Constantino, deveria haver
enorme quantidade de evidências hoje, de que esta mudança tivesse ocorrido, porém,
NADA nos é apresentado.
Os Judeus sempre foram muito persistentes e fiéis na observância do Shabat. Se eles
acreditassem que D'us tivesse dado a eles o sábado lunar, eles não desistiriam sem
uma grande batalha. Haveriam escritos relatando em algum lugar da história sobre a
resistência dos Judeus na mudança do seu método de guardar o Sábado, porém, NÃO
HÁ.
Como os Judeus se espalharam por muitas nações do mundo seria necessário um
exército de missionários indo a toda parte para convencer e reforçar a mudança de
sua maneira de guardar o Shabat do método lunar para o ciclo semanal. Deveria haver
grupos de Judeus pelo mundo ferozmente apegados ao modo antigo que D'us havia
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dado a eles e muitos grupos Judeus ainda deveriam estar guardando o tal Sábado
lunar até hoje, porém, NÃO HÁ.
Mas exatamente o oposto é que é verdadeiro, a história é absolutamente NEGA de
que alguma coisa como esta tenha ocorrido. Não existem leis que ordenaram a
mudança do ciclo do lunar para o Sábado semanal, e os Judeus, hoje, em torno do
mundo guardam o Shabat no sétimo dia da semana.
Quando diferenças surgem entre os grupos judaicos, existe sempre uma brecha, com
alguns crendo de uma maneira e outros crendo de outra maneira. Com uma mudança
tão conflitante na estrutura da fé Judaica, seria óbvio ver essa brecha, essa ruptura,
entre nós. É verdade q/ existe uma divisão entre grupos judaicos, mas não é sobre a
teoria do Sábado lunar, é a divisão entre os Judeus Massort, Ortodoxos, Karaítas,
Notzerim que era principalmente, sobre o modo de calcular os dias de festas, tradições
e costumes, mas NUNCA sobre a celebração do Shabat.
Conclusão:
Os pseudos guardadores dos sábados lunares afirmam que o calendário lunisolar é o
verdadeiro calendário bíblico, no qual o sábado cai sempre no 8º, 15º, 22º e 29º dia do
mês. Além do mais, a Lua Nova e o 30º dia do mês não são contados como parte da
semana. Eles ainda afirmam que os Judeus sob o Império Romano foram forçados a
abandonar o calendário lunar e aceitar o calendário Juliano com seu contínuo ciclo de
sete dias semanais, tudo uma MENTIRA.
Assim, concluise que, todos os argumentos dos sabatistas lunares se reduzem a
NADA se D'us conectou o Shabat ao calendário lunar, como Ele fez com as festas, ou
se Ele estabeleceu um ciclo semanal na Criação para o Shabat e o preservou até os
nossos dias. Não existe evidência conclusiva nas Escrituras que apontam para o
Shabat sendo conectado com a lua. Ao contrário, a Bíblia é clara mostrando que a
semana tem um ciclo recorrente de sete dias terminando com o Sábado. Isto é
apoiado pelas afirmações do Tanach hebraico, pela Torah Sagrada e pela História,
agora, embarca nessa CANOA FURADA quem quiser.
Rosh: Marlon Troccolli
Postado por Congregação Israelita Nazarena Beyt Bene Avraham às 12:44 0 comentários
segundafeira, 10 de fevereiro de 2014
A FARSA DA TEOLOGIA DA SUBSTITUIÇÃO
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26/08/2016 | Congregação Israelita Nazarena Beyt Bene Avraham
A FARSA DA TEOLOGIA DA SUBSTITUIÇÃO
Introdução:
A Teologia da Substituição é um enfoque sistemático enganoso que se utiliza da Bíblia
para fomentar ódio e desprezo ao povo do Eterno, que não apenas tem desviado
milhões de gentios ao longo dos anos, mas tem também originado o mal nas mais
terríveis proporções. Essa teologia teve sua participação na perseguição aos Judeus
pela igreja cristã através dos séculos, incluindo o Holocausto, e foi também o
pensamento teológico que pairava por trás do pesadelo do apartheid.
Objetivos:
* Desmascarar a farsa teológica desta teoria cristãgrecoromana.
* Expor as terríveis consequências na vida do povo judeu.
* Provar como o Eterno nunca e jamais abandonou ou abandonará o seu povo que
antes o elegeu.
* Desfazer as ideias antisemitas oriundas desta teologia.
* Mostrar a verdadeira relação de amor fraternal entre judeus e gentios crentes no
Messias.
O que é a teologia da substituição:
A Teologia da Substituição declara que Yisrael, tendo falhado com D’us, foi substituída
pela igreja cristã. O cristianismo é agora o verdadeiro Yisrael de D’us e o destino
nacional de Yisrael está para sempre perdido. A restauração do moderno Estado de
Yisrael é, assim, um acidente, sem nenhuma credencial bíblica. Os cristãos que creem
que tal restauração é um ato de D’us, em fidelidade à sua aliança estabelecida com
Abraão cerca de 4000 anos atrás são considerados enganados e muitas vezes
taxados de dispensacionalistas. Esta é a posição básica dos adeptos dessa teologia.
Erros teológicos e escriturísticos:
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26/08/2016 | Congregação Israelita Nazarena Beyt Bene Avraham
Veremos agora como esta farsa se desenvolve teologicamente e os erros
escriturísticos utilizados para lhe dar respaldo, é válido ressaltar que o contexto usado
pelos defensores desta teologia é o contexto grecoromano.
a) O método de interpretação alegórico: a Teologia da Substituição efetivamente mina
a autoridade da Palavra de D’us pelo fato de que ela repousa sobre o método
alegórico de interpretação, isto é, o leitor da Palavra de D’us decide espiritualizar o
texto mesmo que o seu contexto seja puramente literal, isto efetivamente rouba a
Palavra de D’us de sua própria autoridade e o significado do texto fica inteiramente
dependente do leitor. A Palavra de D’us pode assim ser manipulada para dizer
qualquer coisa! Assim, a Teologia da Substituição apoiase na falsa base da
interpretação bíblica.
b) Entendimento equivocado da Aliança do Eterno: a Teologia da Substituição é
apenas sustentada por aqueles que não entenderam apropriadamente a natureza da
Aliança abraâmica, esta Aliança é primeiramente mencionada em Gênesis 12:14 e
depois disso repetidamente asseverada e confirmada aos patriarcas. Essa Aliança é a
Aliança da ChesedMisericórdia pois ela inclui a intenção de D’us de redimir o mundo
todo. D’us diz a Abraão: "Em ti todas as nações do mundo serão benditas." A Aliança
Abraâmica é uma Aliança com três elementos vitais:
1 Ela declara a estratégia de alcançar o mundo através da nação de Yisrael.
2 Ela lega uma terra(Êretz) como uma possessão eterna à Yisrael.
3 Ela promete abençoar aqueles que abençoarem a Yisrael, e amaldiçoar aqueles
que o amaldiçoarem.
É importante que notemos aqui que se um elemento da aliança falhar então todos os
elementos também falharão. Assim, se as promessas de D’us para Yisrael já tiverem
falhado, então igualmente devem ter falhado as promessas dEle de abençoar o
mundo. Se o destino nacional de Yisrael foi perdido através de sua desobediência,
então a dita igreja cristã também está arruinada! A desobediência da igreja tem sido
tão grande quanto a de Yisrael nos últimos 2000 anos. Ninguém pode negar isto! O
autor do livro de Hebreus enfatiza este mesmo ponto quando ele escreve:
"E digo isto: Uma aliança já anteriormente confirmada por D’us, a lei, que veio
quatrocentos e trinta anos depois, não a pode abrogar, de forma que venha a
desfazer a promessa. Porque, se a herança provém de lei, já não decorre de
promessa; mas foi pela promessa que D’us a concedeu gratuitamente a
Abraão." (Gálatas 3:1718)
De acordo com alguns teólogos da substituição esta Aliança foi “anulada”, outros
porém, afirmam que todas as promessas de Restauração para Yisrael e a manutenção
da Aliança eram “condicionais”, ou seja, caso Yisrael cumprisse sua parte na Aliança,
ele seria o povo eleito para sempre, mas como Yisrael falhou por diversas vezes, a
promessa de Restauração também falhou, pois estava subordinada condicionalmente
a fidelidade de Yisrael. Somente uma compreensão equivocada e superficial da
Aliança pode levar à tal conclusão enganosa e falaciosa.
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As promessas à Yisrael nacional são constantemente reafirmadas pelo Eterno aos
profetas. Desta forma, Ele enfatiza a natureza de seu caráter e confirma a Aliança
abraâmica. Um exemplo disto é Jeremias 31:3537 que declara em alto e bom som:
"Assim diz o Adonai, que dá o sol para a luz do dia, e as Leis Fixas da lua e das
estrelas para a luz da noite, que agita o mar e faz bramir as suas ondas; Adonai
dos Exércitos é o seu nome. Se falharem estas Leis Fixas diante de Mim, diz o
Eterno, então deixará também a descendência de Yisrael de ser uma nação
diante de Mim PARA SEMPRE. Assim diz o Eterno: Se puderem ser medidos os
céus lá em cima, e sondados os fundamentos da terra cá em baixo, então
também eu rejeitarei toda a descendência de Yisrael, por tudo quanto fizeram,
diz o Adonai"
Assim, novamente, o fato de que o sol, a lua e as estrelas ainda estejam conosco, só
isto confirma a contínua validade da Aliança abraâmica e, como resultado, o destino
nacional de Yisrael. Para que a teologia da substituição seja válida, o sol e a lua
devem também ser apagados ou deixar de existir, palavras do Eterno. Desta maneira,
percebemos que a teologia da substituição ZOMBA do caráter do Eterno pois ela
repousa sobre a premissa de que se você falhar com D’us de qualquer maneira, Ele irá
te descartar… mesmo que inicialmente Ele tenha te asseverado que a Sua Aliança
com você é eterna. Isto soa como uma resposta tipicamente humana e perversa, e não
como a de um D’us amoroso e misericordioso, o D’us das Escrituras.
Histórico da teologia da substituição:
Veremos agora como se originou esta perversa teologia, os chamados “pais da igreja”
na tentativa de apagar as raízes judaicas da fé cristã, desenvolveram uma feroz
perseguição intelectual aos povo judeu, esta animosidade é visivelmente refletida nos
escritos destes primeiros pais da Igreja cristã. Vejamos:
Justino Martir (160 E.C.) falando a um Judeu disse: "As escrituras não pertencem a
vocês, mas a nós." Se Justino Martir tivesse lido as carta aos romanos, não teria feito
esta afirmação, veja o que Paulo diz em Romanos 3:1 e 2
“Que vantagem, pois, tem o Judeu? Ou qual a utilidade da circuncisão? Muita,
em todos os sentidos; primeiramente, porque aos judeus foram confiados os
Oráculos do Eterno”
Ou seja, TODA as Escrituras Sagradas.
Irineu bispo de Lyon (177 E.C.) declarou: "Os Judeus foram deserdados da graça de
Deus."
Tertuliano (160230 E.C.), em seu tratado "contra os Judeus", anunciou que D’us
havia rejeitado os Judeus em favor dos Cristãos.
Eusébio, nos primórdios do 4º século escreveu: que as promessas das Escrituras
hebraicas eram para os Cristãos e não para os Judeus, e as maldições para os
Judeus, ele afirmou que a igreja cristã era a continuação do “Velho Testamento”,
apenas lembrando que não existe este termo: “velho testamento” nos originais da
Bíblia, o termo correto é Tanach se referindo à 1ª Aliança, e assim, desta forma
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substituía o Judaísmo. A igreja cristã declarava ser a verdadeira Yisrael, ou "Yisrael
Espiritual", herdeira das promessas divinas. Eles achavam essencial desacreditar o
"Yisrael segundo a carne" para provar que Adonai havia rejeitado Seu povo e
transferido Seu amor para os cristãos.
A B’rit Chadashá fala do relacionamento dos gentios convertidos com Yisrael e suas
alianças como sendo "enxertados" (ver Romanos 11:1724), "aproximados" (ver
Efésios 2:13), "descendência de Abraão pela fé" (ver Romanos 4:16), e "participantes"
(ver Romanos. 15:27), e nunca usurpadores da Aliança ou substitutos do Yisrael físico,
pois, os crentes gentios, são UNIDOS ao que Adonai tinha estado fazendo em Yisrael
e Adonai JAMAIS quebrou Suas promessas com Yisrael (ver Romanos. 11:29).
Dentre vários textos existentes, basta um texto das Escrituras para provar que essa
teologia é falsa, se essas pessoas, que fizeram estas declarações tivessem um
pequeno conhecimento da Palavra do Eterno não teriam feito tais declarações, porém
não são somente eles, nos nossos dias existem várias pessoas que creem na teologia
da substituição e a mesma ainda é ensinada em alguns cursos teológicos cristãos.
Vejamos o texto:
Jeremias 31: 35 a 37 assim declara:
"Assim diz o Eterno, que dá o sol para luz do dia, e as ordenanças da lua e das
estrelas para luz da noite, que agita o mar, bramando as suas ondas; Adonai dos
Exércitos é o seu nome. Se falharem estas LEIS FIXAS de diante de Mim, diz o
Eterno, também deixará a descendência de Yisrael de ser a Minha nação para
sempre. Assim diz o Eterno: Se puderem ser medidos os céus lá em cima, e
sondados os fundamentos da terra cá em baixo, então também eu rejeitarei toda
a linhagem de Yisrael, por tudo quanto eles têm feito, diz o Adonai”
Pergunta: o sol continua iluminando o dia e a lua e as estrelas iluminando a noite? Já é
possível medir os céus ou sondar os fundamentos da terra? Portanto, a linhagem de
Yisrael não foi rejeitada por D’us ou substituída.
Vejamos mais uma vez esta declaração de Shaul haShaliach(Paulo) em Romanos 11:
17 e 18:
“E se alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo zambujeiro bravo, foste
enxertado no meio deles e feito participante da Raiz e da Seiva da Oliveira, não
te glories contra os ramos; e, se contra eles te gloriares, não és tu que sustentas
a Raiz, mas a Raiz a ti.”
Paulo está falando aos gentios crentes que estavam começando a idealizar a teologia
da substituição, lembrando a eles que eles são ramos enxertados e que não são eles
que sustentam a Raiz que é Yisrael, mas sim a Raiz(Yisrael) que os sustenta. Mas
alguém pode argumentar que a Oliveira citada por Paulo não seja Yisrael mas o
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Messias Yeshua, neste caso deixemos a própria Bíblia responder a estes equivocados:
“O Eterno te chamou de Oliveira verde, formosa por seus deliciosos frutos, mas
agora à voz de um grande tumulto acendeu fogo ao redor dela e alguns ramos
foram quebrados.....Porque Adonai dos Exércitos que te plantou......casa de
Yisrael e da casa de Judá....” (Jeremias 11:1617)
Notamos que o apóstolo Paulo usou a mesma representação e a mesma situação que
o Eterno usou, isto é, chamou Yisrael de Oliveira Santa e ainda cita que alguns dos
seus ramos foram cortados, simbolizando que o endurecimento de uma parte de
Yisrael não pode ser responsável pela rejeição de sua totalidade, Paulo chama para
os ramos que foram poupados e permaneceram em sua própria árvore de
Remanescentes eleitos segundo a Graça.(ver Romanos 11:5)
Há alguma base bíblica para a tal teologia da substituição?
Os modernos adeptos da teologia da substituição pretendem apoiarse em apenas um
único verso mal interpretado de Paulo em Gálatas 6:16, então vamos ao texto grego
para tirarmos todas as dúvidas:
και οσοι τω κανονι τουτω στοιχησουσιν ειρηνη επ αυτους και ελεος και επι τον ισραηλ
του θεου Gálatas 6:16
kai osoi to kanoni touto stoichisousin eirini ep aftous kai eleoskai epi ton israil tou theou
– Gálatas 6:16
“E a todos os que pautam sua conduta por esta norma, paz e misericórdia sobre
eles e sobre o Yisrael de D’us”(Gálatas 6:16)
Acima está o texto em 3 versões, no grego original, sua transliteração e sua tradução
pela Bíblia de Jerusalém, o texto é simples e claro. A primeira parte do versículo 16: "E
a todos os que pautam sua conduta por esta norma", referese à norma recém
mencionada por Paulo no versículo 15: "Pois nem a circuncisão é coisa alguma, nem a
incircuncisão, mas o ser nova criatura". Esta é uma categoria espiritual que engloba
todos os gentios crentes, para os quais Paulo pronuncia uma bênção: "paz e
misericórdia sejam sobre eles(os gentios crentes)". A ela seguese seu comentário
adicional: "e sobre o Yisrael de D’us".
O estudioso S. Lewis Johnson examina as diferentes sugestões para a tradução da
palavra grega "kai" em Gálatas 6.16 (normalmente traduzida por "e"). Johnson afirma:
"Na ausência de fortes razões de ordem exegética e teológica, deveríamos evitar as
estruturas gramaticais mais raras quando a comum faz bom sentido". Ele demonstra
que não há razão exegética ou teológica para não entender o "e" em seu sentido
normal nessa passagem. Johnson conclui:
Se a intenção de Paulo fosse identificar "eles" como "o Yisrael de D’us", então, por que
não eliminou simplesmente o "e" ("kai") após o "eles"? O resultado seria muito mais
apropriado, caso Paulo estivesse identificando o pronome "eles", ou seja, a igreja
cristã, com o termo "Yisrael". Nesse caso, o versículo seria traduzido da seguinte
forma: "E a todos os que pautam sua conduta por esta norma, paz e misericórdia
sejam sobre eles, o Yisrael de D’us"... Entretanto, Paulo não eliminou o "kai", “e”.
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Johnson está dizendo que não há base textual ou exegética para a crença da teologia
da substituição, de acordo com a qual Gálatas 6.16 ensinaria que "o Yisrael de D’us"
inclui a Igreja cristã ou os gentios crentes. A "teologia da substituição" que evoca um
“israel espiritual” não tem base neste texto bíblico de Gálatas. Quem crer assim deve
estar tão cego por causa das exigências da falsa teologia, a ponto de continuar
insistindo em tal interpretação da Bíblia e na teologia desnorteada que daí resulta.
Juntamente com o estudioso Lewis Johnson, eu me pergunto por que, "apesar da
assombrosa evidência em contrário, continua a haver persistente apoio à concepção
de que o termo Yisrael de D’us pode referirse com propriedade a um “israel espiritual”
formado unicamente de crentes dentre os povos gentios na época presente".
A conclusão lógica é, a epístola de Gálatas referese a gentios crentes que
procuravam alcançar a salvação por meio da circuncisão. Eles estavam sendo
enganados pelo segmento farisaico que havia crido no Messias(ver Atos 15:5), eram
eles que exigiam a adesão à circuncisão. Para estes, um gentio tinha de converterse
primeiro ao judaísmo da época a fim de ser qualificado para a salvação por meio do
Messias. No versículo 15, Paulo afirma que o importante para a salvação é a Emunah
Fé, que tem como conseqüência o ser nova criatura. A seguir, ele pronuncia uma
bênção sobre dois grupos de pessoas que deveriam seguir essa regra da salvação
unicamente pela Fé. O primeiro grupo, referido na passagem pelo pronome "eles", é o
grupo dos gentios crentes no Messias, a quem ele havia dedicado a maior parte da
epístola. O segundo grupo é denominado de "o Yisrael de D’us". Nesse caso, tratase
dos judeus nazarenos que, em contraste com os judeus não crentes, seguiam a regra
da salvação unicamente pela Fé, os quais Paulo declarou serem os Remanescentes
eleitos segundo a Graça.(ver Romanos 11:5 e Isaías 10:22)
Consequências da teologia da substituição:
A falta de conhecimento bíblico aliada a uma aceitação cega das afirmações dos pais
da igreja cristã, levaram as mais desastrosas ideias sobre o povo judeu, por conta
disso, os cristãos vêm perseguindo barbaramente o povo de Yisrael, homens como
Marcião, Crisóstomo, Agostinho, Justino mártir, Cipriano, Jerônimo entre outros foram
os mais cruéis perseguidores dos judeus, e não importava se eram judeus comuns ou
nazarenos(judeus crentes), bastava ser judeu para ser considerado digno de morte,
observem o que estes "homens de Deus" deixaram escrito:
* Marcião (144 e.c.), pregava que qualquer cristão que usasse algum símbolo judaico
ou mesmo, nomes, ou celebrasse alguma festa Bíblica, seria julgado cúmplice da
morte do Jesus.
* João Crisóstomo(344 e.c.), disse que as sinagogas eram "lugar de blasfêmia, asilo
do diabo e castelo de Satanás", "zona de meretrício", também considerava todo judeu
culpado de "deicídio"(crime de ter assassinado o próprio Deus)
* Agostinho(354 e.c.), dizia "deixem os judeus viverem em nosso meio mas os façam
sofrer e serem humilhados continuamente"
* Justino mártir(160 e.c.), condenou os judeus como "filhos de meretrizes".
* Cipriano(250e.c.), escreveu: "O diabo é o pai dos judeus".
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* Agostinho de Hipona(415 e.c.), escreveu que os judeus carregam eternamente a
culpa pela morte do Jesus, em decorrência, o monge Barzauma instigou uma
perseguição aos judeus em Yisrael, quando inúmeras sinagogas foram destruídas.
* São Jerônimo(418 e.c.), que criou a tradução Vulgata da Bíblia escreveu sobre as
sinagogas: "se você chamar a sinagoga de bordel, um antro de vício, o refúgio do
diabo, fortaleza de satanás, um lugar de depravação da alma, um abismo de todo
desastre concebível, ou qualquer outra coisa mais que você disser, você ainda estará
dizendo menos do que do que ela merece".
E foi com estes "homens de Deus" que a religião cristã cresceu e se desenvolveu,
mais tarde na idade média o grande fundador do protestantismo evangélico, o ex
padre Martinho Lutero também escreveu as mesmas coisas a respeito dos judeus.
* Martinho Lutero(1543 e.c.), "Em primeiro lugar, suas sinagogas deveriam ser
queimadas... Em segundo lugar, suas casas também deveriam ser demolidas e
arrasadas... Em terceiro, seus livros de oração, suas Bíblias e Talmudes deveriam ser
confiscados... Em quarto, os rabinos deveriam ser proibidos de ensinar, sob pena de
morte... Em quinto lugar, os passaportes e privilégios de viagem deveriam ser
absolutamente vetados aos judeus... Em sexto, eles deveriam ser proibidos de praticar
a agiotagem... Em sétimo lugar, os judeus e judias jovens e fortes deveriam pôr a mão
na debulhadeira, no machado, na enxada, na pá, na roca e no fuso para ganhar o seu
pão no suor do seu rosto... Deveríamos banir os vis preguiçosos de nossa sociedade
... Portanto, fora com eles...Resumindo, caros príncipes e nobres que têm judeus em
seus domínios, se este meu conselho não vos serve, encontrai solução melhor, para
que vós e nós possamos nos ver livres dessa insuportável carga infernal".
Ficamos nós a perguntar, por que a religião cristã fez tanta questão de se separar do
povo de Yisrael chegando a propor a sua extinção total do planeta??? Será que os
verdadeiros seguidores do Messias de Yisrael agiam assim??? O conselho de Yeshua
foi o seguinte:
"Nisto conhecerão que sois meus discípulos se tiverdes AMOR uns para com os
outros" (João 13:35)
Será que os judeus não teriam reconhecido Yeshua em maior número se os cristãos
seguissem realmente ao que o verdadeiro Messias judeu lhes ensinou??? As
declarações antisemitas dos pais da igreja cristã originou a terrível “santa inquisição”,
centenas de judeus foram mortos queimados vivos, decapitados, enforcados, expulsos
de suas propriedades, tiveram seus bens confiscados e seus filhos vendidos como
escravos. Sem falar no genocídio que foi o holocausto nazista.
Conclusão:
Se a igreja cristã, veio substituir ou tomar o lugar do povo de Yisrael, como o “israel
espiritual”, ou o “israel de Deus” espalhado pela terra, então por que Paulo afirma em
Romanos 9:18 o seguinte:
de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne; Pois são israelitas,
dos quais pertencelhes a adoção de Filhos, e a Glória, e as Alianças, e a Torah,
e o Culto, e as Promessas; Deles são os Patriarcas, e também deles descendo o
Messias segundo a carne, o qual é sobre todos. Bendito seja D’us eternamente.
Amém. Não que a palavra de D’us haja falhado, porque nem todos os que são de
Yisrael são israelitas; Nem por serem descendência de Abraão são todos filhos;
mas: Em Isaque será chamada a tua descendência. Isto é, não são os filhos da
carne que são filhos de D’us, mas os filhos da Promessa são contados como
descendência.”
Ora, se a igreja cristã tivesse substituído Yisrael, Paulo estaria completamente
consolado, não estaria tendo grande tristeza e contínua dor no seu coração pelo povo
de Yisrael, que em parte, endureceu seu coração ao Messias. E Paulo é enfático em
declarar: “pertencelhes a adoção de Filhos...”, o verbo está no presente “pertence
lhes” significando que ainda pertence e não no passado: “pertenceulhes”
simplesmente porque os Dons e a Vocação de D’us são IRREVOGÁVEIS (ver
Romanos 11:29). Todavia, a promessa a Yisrael permanece, isto é, ao Remanescente
profetizado em Isaías 10:22:
“Porque ainda que o teu povo, ó Yisrael, seja tão numeroso como a areia do mar,
o Remanescente desse povo se Converterá; uma destruição está determinada,
transbordando em justiça.”
E, ao final do Grande Tempo de angústia de Jacó, Yisrael em sua totalidade
reconhecerá Yeshua como o Messias verdadeiro:
“Mas sobre a casa de David, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o
Espírito de Graça e de súplicas; e olharão para aquele a quem traspassaram; e
pranteáloão sobre ele, como quem pranteia pelo filho unigênito; e chorarão
amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito.” (Zacarias
12:10)
Bendito seja o nosso grande D'us Adonai Eterno que jamais falhou e nunca falhará em
todas as suas preciosas promessas.
Rosh: Marlon Troccolli
Postado por Congregação Israelita Nazarena Beyt Bene Avraham às 23:28 9 comentários
sábado, 4 de janeiro de 2014
GÁLATAS 2:19 – Porque tu, pela lei, estas morto para a lei, para
viver para Deus?
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26/08/2016 | Congregação Israelita Nazarena Beyt Bene Avraham
“Porque eu, pela lei, estou morto para a lei, para viver para Deus.”
Gálatas 2:19, versão JFA CRF1
Shaul haShalíach (Paulo, o Emissário/Apóstolo) quis dizer o que com esta afirmação? Nesta
breve discussão não entrarei no mérito dos vários posicionamentos acerca da Lei (como Torah;
Chumash – Pentateuco), ou sobre a validade da tradição aramaica dos escritos da Brit Chadasháh
(vulgo Novo Testamento), me aterei somente àquela que creio ser a mensagem almejada por Páulos
através dos manuscritos semitas.
Codex Khabouris2
אחא דלאלהא מיתת לנמוסא בנמוסא גיר אנא
Peshitta3
.ֶחא
א א
ִָהָ
ַאל
דּל .יתת
ֵמ א
ִָמוֹס
ָ לנ ָמוֹסא
ָ בּנ ֵיר
ג ָא
ֶאנ
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ָ בּנ (BENAMOSA). Junção da preposição Bet (ב – em, no, por, para etc) com o substantivo
* ָמוֹסא
masculino Namosa (נמוסא – lei, costume). Literalmente: Na lei. Namosa se constitui como um
problema do ponto de vista semântico, pois pode ser entendido como Toráh (Instrução –
Pentateuco), Halacháh (Lei Judaica, em sentido mais abrangente), Taqanáh (decreto rabínico) entre
outras coisas4, 5 – há uma palavra específica para Torah em aramaico: יתּא
ָאוֹר (Oráyta), mencionada
ָ
apenas 3 vezes na Brit Chadasháh (Mateus 11:13; 12:5; 22:40).
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ָ לנ (LENAMOSA). Junção da preposição Lámed (ל – para, a, de, para o etc) com o
** ָמוֹסא
substantivo masculino Namosa (נמוסא – lei, costume). Literalmente: Para a Lei. A expressão “Para a
Namosa estou morto” pode ser compreendida de duas maneiras, de forma favorável à Lei, ou de
forma desfavorável. 1º Para a lei estou morto, em descrédito à lei, desprezandoa: quebrandoa. 2º
Para a lei estou morto, em consideração a ela como se estivesse morto, fazendo o que ela requer,
exige: guardandoa.
*** Expressão literal: Na lei. Pode ser entendida como “em conformidade com a lei” ou
“pela/mediante a/por intermédio da/através da lei”, como na expressão de Shemot (Nomes –
“Êxodo”) 9.35: Beiad Moshê – por intermédio de Moisés.
**** Na forma presente, o verbo היה (ser/estar) não é pronunciado. Exemplo: Ani yehudi, Ani miBrazil
– Eu (sou) judeu e Eu (sou) do Brasil, respectivamente.
Há duas formas básicas de tradução: Literal e Parafraseada. A Literal consiste na transcrição
exata dos vocábulos empregados na elaboração da mensagem escrita; a paráfrase é: “em outras
palavras”, uma forma de melhor se fazer entender – visto que, em muitos casos, não há
correspondência exata entre vocábulo, palavra, e sentido, isto nas traduções.
Tradução literal:
Eu, porque, na lei, para a lei (sou/estou) morto, para D’us viver.
Paráfrases possíveis:
Porque eu, em conformidade com a lei, para a lei estou morto, a fim de viver para D’us.
Porque eu, em conformidade com a lei, pela lei estou morto, a fim de viver para D’us.
Porque eu, por intermédio da lei, para a lei estou morto, a fim de viver para D’us.
Porque eu, por intermédio da lei, pela a lei estou morto, a fim de viver para D’us.
Temos, assim, aproximandonos da versão JFA CRF: “Porque eu, na lei, estou morto pela lei,
para viver para Deus”, cujo entendimento deve ser:
“Porque eu, em conformidade com a lei, a fim de guardar a lei, já não importa minha própria vontade
– como se estivesse morto –, para viver para D’us.”
Gálatas 2:19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[2] Silver, S. P. Khabouris Codex, transcription. 2006. Disponível em: http:
<//www.dukhrana.com/khabouris/> Acesso em: 03/07/2013.
[3] THE NEW COVENANT ARAMAIC PESHITTA TEXT WITH HEBREW TRANSLATION חדתא קימא
החדשה הברית. Jerusalem: The Bible Society in Israel and the Aramaic Scriptures Research Society in
http://www.judaismonazareno.com/search?updatedmax=20140430T20:08:0007:00&maxresults=7&start=10&bydate=false 17/18
26/08/2016 | Congregação Israelita Nazarena Beyt Bene Avraham
Israel, 1986.
[4] Comprehensive Aramaic Lexicon Project. Search the CAL lexical and textual
databases/BROWSE THE LEXICON/initial letters:/nmws.Disponível em: http:<//cal1.cn.huc.edu/>
Acesso em: 03/07/2013.
[5] Jastrow, Marcus. Dictionary of the Targumim, the Talmud Babli and Yerushalmi, and the
Midrashic Literature. Hendrickson Publishers, 2006. Disponível em: http:
<//www.tyndalearchive.com/tabs/jastrow/> Acesso em: 04/07/2013.
Bibliografia auxiliar
Berezin, Rifka. Dicionário Hebraico – Português. 1. ed. São Paulo: Universidade de São Paulo,
1995.
Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 2002.
Autor: Caio M. F. Rodrigues
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