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Aluno: Marlus Pinho Oliveira Santos

Profa: Hilda Maria Ferreira de Carvalho Amitay

Teorias Linguísticas Contemporâneas – LETA26. 2019.2

RESENHA.

GRAMÁTICA DE USOS DO PORTUGUÊS: METALINGUAGEM EM FUNÇÃO

As obras escritas por Maria Helena de Moura Neves evidenciam que a gramática tem sito
um centro de sua dedicação quanto à sua atuação de pesquisadora. Entre as obras da
autora está uma Gramática de usos do português.

Existe, na obra de Maria Helena, uma perfeita convivência entre os livros que tratam de
gramática e a própria Gramática de sua autoria. A gramática de Maria Helena é
interessante na medida em que via explorar as narrativas dos gramáticos, analisando o
tema por meio de contrapontos e análises críticas.

A autora ao analisar a Gramática de usos do português utiliza-se tanto do texto quanto


dos seus conhecimentos anteriores sobre o assunto, conforme ela mesma o diz. A autora
informa que Maria Helena de Moura Neves começou a trabalhar na GUP a partir de um
convite de Francisco da Silva Borba que era seu colega professor na Unesp de Araraquara.
Os autores montaram um corpus sobre o qual se debruçariam para realizar a elaboração
de um dicionário de de uma gramática com base em usos coletados e textos escritos. Para
tanto eles se utilizariam de literatura, jornalismo, oratória, dramaturgia e obras técnico-
didáticas.

A ideia dos autores, segundo Lagres, é de que a GUP e o dicionário saíssem


simultaneamente, mas não conseguiram realizar o feito como imaginaram fazer em 1990.
Todavia, em 2000 era publicada a primeira edição da GUP pela editora da Unesp; o
dicionário de usos do português aconteceria em 2002, pela editora Ática.

Lagres ressalta que o processo de desenvolvimento de ambos os livros se dá em um


contexto do campo da língua portuguesa que é o da percepção de que a gramática tem de
ser prescritiva, advoga ele que essa visão é datada da renascença.

A GUP já começa por tratar da sua visão sobre o que seria gramática. Primeiramente
destacando a gramática como aquele operador de um jogo que equilibra o sistema, ou
seja, um jogo entre os limites e as escolhas. Estas que se encontram no modo da atividade
linguística, assim como em sua função, e também em suas condições de produção, seus
estratagemas, seus procedimentos, seu cuidado formal.

Maria Helena Neves vê a gramática como “funcionamento”, uma organizadora de


relações, um construtor de significações. Desse modo a linguagem seria uma ativação de
processos. Para ela, falar de gramática seria como falar da “produção de sentido e de
efeitos”.

Diante dessas palavras da autora da GUP, é possível verificar, conforme o texto


comentador, que ela apresenta uma visão de gramática mais especializada se comparada
com outras gramáticas tradicionais. Para Neves, gramática é o que se fala e escreve, por
assim dizer. Por isso é importante dizer que a GUP não é simplesmente uma gramática,
e sim uma gramática de usos. É sempre algo monumental descrever os usos de uma
comunidade de pessoas que falam, ainda mais em se tratando do Brasil. Essa empreitada
deixa logo claro uma diferença entre a GUP e outras gramáticas, a saber, que nela não há
invenção de frases para fundamentar exemplos, ela se coloca diante da língua viva, de
como as pessoas realmente falam ou para estar o mais próximo dessa realidade vivida e
vívida.

A GUP se debruça sobre a atividade verbal em relação, relacional, em funcionamento. É


dizer, a gramática é o uso da língua, da maneira como foi analisada por Maria Helena
Neves. Além disso a GUP tem um permanente diálogo com as gramáticas normativas
tradicionais ora para demonstrar como o uso da língua por vezes caminha naquele
movimento, mas também aponta quando os usos da língua delas se distanciam.

A GUP apresenta algumas ausências importantes, algumas exemplificações não são


suficientes para dar conta de determinados aspectos de fenômenos da língua, como no
quando das explicações dos Nomes valenciais abstratos. Mas, tirando um ou outro
momento assim, a gramática de Maria Helena Neves é bastante importante e contribui de
maneira importante para o campo da reflexão da língua portuguesa.

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