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12/10/2019 OIT, o antes e o depois

OIT, o antes e o depois


– A esperança reside nas nossas lutas

por George Mavrikos [*]

Caros amigos,
colegas,
senhoras e
senhores,

Completou-se
este ano o
centenário da
fundação da
Organização
Internacional
do Trabalho (OIT), e esta é uma oportunidade para fazer uma
avaliação objetiva, a partir da perspetiva da Classe Operária
Mundial. Para tirar as verdadeiras conclusões, por parte do
movimento sindical militante. Para avaliar os resultados.

Acreditamos que a história da OIT está dividida em dois períodos


principais. Da sua fundação até 1990 e de 1990 até hoje. No
primeiro período, desempenhou, em geral, um papel positivo e
muitas vezes funcionou como um mecanismo de proteção dos
direitos dos trabalhadores. As correlações de forças
internacionais beneficiaram e apoiaram o papel da OIT, com a
ação decisiva da União Soviética, da República Popular da
China, de muitos outros países socialistas e do movimento dos
países não alinhados. Essas favoráveis correlações tiveram do
seu lado um importante aliado. O movimento sindical militante,
com papel de liderança, na altura, da Federação Sindical
Mundial. Tinham também do seu lado as grandes lutas de classe
de todos os trabalhadores.

Os sucessos na institucionalização de notáveis conquistas, como


acordos coletivos de trabalho, previdência social, gastos sociais,
melhores salários e condições de trabalho das mulheres
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trabalhadoras, tempo de trabalho, aumentos salariais, progresso


das liberdades democráticas e sindicais, foram o resultado
dessas circunstâncias. Os sindicatos desenvolveram-se em
todos os cantos do planeta.

Não importa a tinta que está a ser derramada pelos modernos


caluniadores, sempre a verdade brilhará.

Após as derrotas de 1989-1991 e das mudanças ocorridas, a


situação e o papel da OIT, assim como de todas as organizações
internacionais, também mudaram.

Nestes dias, aqui, na Conferência anual, ministros e primeiros


ministros chegaram, usaram palavras grandiloquentes e
promessas vazias e tentaram apresentar uma imagem virtual da
realidade.

Antes de 1990, os patrões não queriam ouvir falar da OIT. Agora,


consideram-na sua aliada e amiga. Porquê? Todos devem
pensar e, por si próprios, dar a resposta.

Mas, sejam quais forem as palavras de algumas pessoas, a


verdade está nos locais de trabalho, onde os trabalhadores
sofrem com a violência e o autoritarismo do Estado, com o
desemprego e os despedimentos, com o trabalho negro, com as
privatizações, com a pobreza e a barbárie capitalista. A verdade
está no mar Mediterrâneo, onde mães e crianças estão a ser
afogadas no seu esforço para escapar da agressão imperialista.

Esta imagem também é o resultado do papel desempenhado


pela OIT e da situação atual nas lideranças do movimento
sindical.

Desde 1960, o bloqueio contra Cuba continua. O que fizeram as


organizações internacionais?

Em Soma, na Turquia, em 13 de maio de 2014, 301


trabalhadores foram mortos. O que fizeram as organizações
internacionais?
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Na fábrica de Rana Plaza, no Bangladesh, em 24 de abril de


2013, 1.132 meninas e mulheres foram assassinadas. O que fez
a OIT?

Na Colômbia, nos últimos três anos, 600 militantes sindicais


foram assassinados. Quem foi punido por esses crimes?

No Chile, o governo mina, com métodos antidemocráticos, o


funcionamento independente do CAT. O que fez o gabinete
responsável da OIT?

O que fizeram as organizações internacionais para proteger os


trabalhadores da Palestina, da Síria, do Iraque e do Iémen dos
imperialistas? Só palavras. É este o quadro.

Hoje, os Chefes de Estado vieram aqui e disseram-nos que o


preto é branco. O Sr. Macron –, que ataca e agride os
manifestantes; que despede 1.000 trabalhadores da Central de
carvão de Gardanne; cujo deputado do seu partido, o Sr.
Mohamed Laqhila, ameaça fechar o funcionamento do Centro
Sindical da UD CGT 13 –, veio aqui há alguns dias e apresentou-
nos uma falsa realidade. O Sr. Macron e a Sra Merkel veem hoje
a OIT como um mecanismo ideológico a favor das suas políticas.
Esta é a verdade. Esta é a imagem real. Ao mesmo tempo,
fortalecem os fenómenos do neofascismo e da xenofobia com as
suas políticas antitrabalhadores.

Este quadro só pode, e deve, ser mudado pelos trabalhadores de


hoje, com as suas lutas unitárias de classe. Fortalecendo os
sindicatos na base. Melhorando a democracia sindical. A
esperança está nas nossas lutas.

04/Outubro/2019

[*] Secretário-Geral da Federação Sindical Mundial (FSM).


Intervenção na 108.ª Sessão Plenária da Organização
Internacional do Trabalho

O original encontra-se em www.wftucentral.org/... e a


https://www.resistir.info/varios/oit_04out19.html 3/4
12/10/2019 OIT, o antes e o depois

tradução em
pelosocialismo.blogs.sapo.pt/intervencao-na-108-a-sessao-
plenaria-da-77565

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .


07/Out/19

https://www.resistir.info/varios/oit_04out19.html 4/4

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