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SUPERINTENDENTE
Sérgio Augusto Soares Mattos
CONSELHO EDITORIAL
Alexandre Américo Almassy Júnior
Celso Luiz Borges de Oliveira
Geovana da Paz Monteiro
Jeane Saskya Campos Tavares
Josival Santos Souza
Rubens da Cunha
Sérgio Augusto Soares Mattos (presidente)
Silvana Lúcia da Silva Lima
Wilson Rogério Penteado Júnior
SUPLENTES
Carlos Alfredo Lopes de Carvalho
Robério Marcelo Ribeiro
Rosineide Pereira Mubarack Garcia
EDITORA FILIADA À
CARLOS ADRIANO DA SILVA OLIVEIRA
PREFÁCIO ................................................................................................11
PREFÁCIO II.............................................................................................17
REFERÊNCIAS....................................................................................... 167
1- René François Ghislain Magritte (1898 - 1967) foi um dos principais artistas
surrealistas belgas.
2- Utilizamos a escrita em primeira pessoa em diversos momentos desta seção
para apresentar o lugar de fala.
OS ENCANTOS E O PECADO DA MAÇÃ 23
afirma que tudo o que vemos esconde outra coisa, e nós queremos
sempre ver o que está escondido pelo que vemos (LACERDA, 2011).
O que vemos? Como vemos? E especialmente, a partir
de que lugar, vemos? Fazendo referência a figura, vale dizer
que as interpretações que se seguem estão atreladas a uma
análise observacional (WILLIANS, 1992) de elementos sociais em
obras de arte, e os efeitos da leitura subjetiva dialogam com a
caminhada acadêmica e os desígnios do texto. Esse destaque
deve-se à necessidade de não aliar a interpretação da obra de
arte a anacronismos e justificar atitudes frente à relação entre
forma e conteúdo presentes na interpretação da tela.
Dessa maneira, em diálogo com a tela de Magritte,
refletimos sobre a representação da face coberta pela
maçã. O pecado da maça. Consideramos que as imposições
construídas socialmente exibem o filho do homem com a face
embranquecida, independente de sua matriz ancestral ou
conformação cultural. Nessa interpretação, a maçã é o desejo, é a
pulsão do branqueamento, expresso pela aspiração imperialista
de privilegiar um grupo em detrimento da exclusão/exploração
de outros. Esses privilégios são tensionados e negociados nas
relações do tecido social e explicitam uma circunscrição de
enunciados e projetos.
As tensões e negociações são atravessadas no movimento/
modelo instituído nesse contexto – o capitalismo. Esse movimento
envereda-se por um padrão econômico, político, ideológico e
cultural que tem como base a globalização e o neoliberalismo,
projetando as desigualdades, exclusão e imposição de valores de
um grupo privilegiado. Ao analisar esse cenário, Milton Santos
(2008) reitera a vertigem de um mundo confuso e confusamente
percebido, afirmando a globalização como o ápice do processo
de internacionalização do mundo capitalista, uma fábrica de
perversidades.
24 Carlos Adriano Da Silva Oliveira
2- GRUPPI (1978).
OS ENCANTOS E O PECADO DA MAÇÃ 65
1- Importante salientar que esse tratamento de que o/a negro/a não era civilizável
se estendia para as populações indígenas.
OS ENCANTOS E O PECADO DA MAÇÃ 71
NÍVEIS/MODALIDADES DA EDUCAÇÃO
Ensino Fundamental - 1ª a 8ª séries
Educação do Campo - 1ª a 4ª séries
Educação Infantil
Educação de Jovens e Adultos
Fonte: Plano Municipal de Educação (AMARGOSA, 2007, p.24).
REESCREVER É PRECISO
NEGOCIAÇÃO E RESPONSABILIDADES
CAMINHAR E TRANSFORMAR
DOCUMENTOS
ISBN 978-85-5971-076-2