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PONTA GROSSA
2019
LEONARDO BESSA BARROS FERREIRA
LETÍCIA DE SOUZA JUST
SARA SCEPANIK
WILLY ANDERSON PENTEADO FRANCO JUNIOR
PONTA GROSSA
2019
LISTA DE SIGLAS
ASTM American Society for Testing and Materials.
DSC Calorimetria Exploratória Diferencial.
PP Polipropileno.
PS Poliestireno.
LISTA DE SÍMBOLOS
Tc Temperatura de cristalização.
Tg Temperatura de transição vítrea.
Tm Temperatura de fusão cristalina.
T inicial Temperatura inicial da variação na curva de DSC.
T pico Temperatura do pico na curva de DSC.
T final Temperatura final da variação na curva de DSC.
T meio Temperatura do meio da variação na curva de DSC.
X Porcentagem de cristalinidade.
△Hf Entalpia de fusão da amostra.
△Hf0 Entalpia de fusão de um polímero 100% cristalino.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1- Apresentação de uma curva DSC ................................................................ 7
Figura 2 - Mero do polipropileno................................................................................ 11
Figura 3 - Curvas referente ao DSC para o PP com corpo transparente .................. 12
Figura 4 - Curva referente ao DSC para o PP com corpo verde ............................... 14
Figura 5 - Mero do poliestireno.................................................................................. 15
Figura 6 - Curva referente ao DSC para o PS ........................................................... 16
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Dados obtidos para temperatura de fusão para o PP (copo transparente)
.................................................................................................................................. 12
Tabela 2 - Dados obtidos para a temperatura de cristalização do PP (copo
transparente) ............................................................................................................ 13
Tabela 3 - Dados obtidos para a temperatura de fusão do PP (copo verde) ........... 14
Tabela 4 - Dados obtidos para a temperatura de cristalização do PP (copo verde).. 15
Tabela 5 - Dados obtidos para a temperatura de transição vítrea do PS .................. 17
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 7
2 OBJETIVOS ..................................................................................................... 9
3 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................. 10
3.1 MATERIAIS .................................................................................................... 10
3.2 MÉTODOS ..................................................................................................... 10
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................... 11
4.1 POLIPROPILENO TRANSPARENTE............................................................. 11
4.2 POLIPROPILENO VERDE ............................................................................. 13
4.3 POLIESTIRENO ............................................................................................. 15
5 CONCLUSÃO ................................................................................................ 18
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 19
7
1 INTRODUÇÃO
Os materiais poliméricos, de uma maneira geral, são muito sensíveis à
temperatura, ou seja, suas propriedades variam consideravelmente conforme se
muda a temperatura em que são medidas. Esse fato se dá, principalmente, pela
mobilidade das cadeias poliméricas, pois é ela que determina as características físicas
do material, e é diretamente afetada pela ação da temperatura, devido a agitação dos
átomos e das moléculas. Portanto, é fundamental determinar as características físico-
químicas inerentes de um polímero, para se ter conhecimento completo de seu
comportamento termomecânico. (1)
Para poder verificar o comportamento dos materiais mediante a ação da
temperatura são utilizadas análises térmicas. As principais técnicas realizadas em
polímeros são: termogravimetria (TG), termogravimetria derivada (DTG), análise
térmica diferencial (DTA), calorimetria exploratória diferencial (DSC), análise
termomecânica (TMA) e análise térmica dinâmico-mecânica (DMTA).
Por meio da técnica de Calorimetria Exploratória Diferencial, DSC, é possível
medir diferenças de fluxo de calor entre uma amostra e um material dito como
referência, sendo que, ambos são sujeitos a um programa controlado de aquecimento
ou resfriamento . (1)
O equipamento gera um termograma do fluxo de calor em função do tempo ou
da temperatura, como mostra a figura 1.
Fonte: (2).
8
2 OBJETIVOS
Determinar as transições térmicas e o grau de cristalinidade em três amostras
de material polimérico, por meio da técnica de Calorimetria Exploratória Diferencial
(DSC).
10
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 MATERIAIS
Foram analisadas amostras dos materiais poliméricos PS, PP transparente e
PP verde, em equipamento DSC-60 Shimadzu, armazenadas em cápsulas de
alumínio. Para auxílio do procedimento foram utilizadas também balança de precisão
e pinça para manuseio das amostras.
3.2 MÉTODOS
Para realização do procedimento, as amostras poliméricas foram retiradas em
forma de filmes, a partir de copos descartáveis. O analito foi então pesado em uma
balança de precisão, com auxílio de uma pinça para manuseio, chegando em valores
de 3,1 mg para o PP verde, 3,8 mg para o PP transparente e 7,6 mg para o PS. As
amostras foram depositadas em cápsulas de alumínio, considerando que as
temperaturas de fusão de polímeros são satisfatoriamente atingidas sem o
comprometimento do metal. Em seguida, as cápsulas foram lacradas e prensadas
para o fechamento.
Foram levadas ao forno a cápsula contendo o polímero e uma cápsula vazia
para referência. O sistema foi submetido ao aquecimento, partindo de 30ºC até 215ºC
para as amostras de PP e 150°C para a amostra de PS, utilizando uma taxa de
10°C/min, permanecendo nessa temperatura durante três minutos e sendo resfriado
sob a mesma taxa. O ciclo é então repetido, considerando que o primeiro aquecimento
e resfriamento tem como objetivo apagar a história térmica do material, visto que as
amostras foram retiradas de materiais já processados.
A partir da curva gerada pelo software, é possível, seguindo as orientações da
norma ASTM D3418, determinar as temperaturas de início, máxima e final de fusão e
cristalização, determinando assim a faixa de temperatura que definem essas
transições. (4)
Com o auxílio da norma ASTM D3417, obtêm-se os parâmetros necessários
para o cálculo da entalpia de fusão, valor utilizado para determinar-se a porcentagem
de cristalinidade do polímero em questão. (3)
11
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Na análise térmica por calorimetria diferencial de varredura (DSC) foram
utilizadas amostras de polipropileno, uma de um copo transparente e outra de um
copo verde e, poliestireno. Neste realizou-se dois ciclos onde para o polipropileno
aqueceu-se de 30°C a 215°C, com uma isoterma de três minutos e resfriamento até
30°C com uma taxa de 10°C/minuto. Para o poliestireno realizou um aquecimento de
30°C a 150°C, as demais características se mantiveram idênticas ao polipropileno.
O primeiro ciclo térmico tem como funcionalidade apagar qualquer histórico
térmico do polímero, e assim no segundo ciclo, o polímero poderá ser analisado
termicamente.
Fonte: (1).
Fonte: Os autores.
T ínicio 158,43
T pico 165,99
T final 168,94
Fonte: Os autores.
fora do intervalo fornecido pela literatura, entre 160 a 165°C. Tal distanciamento pode
estar relacionado com a calibração do equipamento. (3)
A tabela 2 apresenta os valores para temperaturas T inicial, T pico eT final para a
temperatura de cristalização do PP. Estes também foram determinados de acordo
com a norma ASTM D 3417. (2, 3)
T inicio 130,89
T pico 126,71
T final 122,83
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
T inicial 154,36
T pico 161,09
T final 164,17
Fonte: Os autores.
T inicial 128,22
T pico 123,95
T final 119,94
Fonte: Os autores.
4.3 POLIESTIRENO
O poliestireno é um polímero termoplástico, que, devido a presença de um anel
aromático em seu mero, conforme mostra a figura 5, possui estrutura essencialmente
amorfa, e sua temperatura de transição vítrea é 100°C, não possuindo temperatura
de fusão cristalina e nem temperatura de cristalização determinadas. (1)
Fonte: (1).
16
Fonte: Os autores.
T inicial 94,88
T meio 98,17
T final 106,34
Fonte: Os autores.
5 CONCLUSÃO
Com a realização da técnica DSC em dois polímeros diferentes, sendo eles o
poliestireno e o polipropileno, obtiveram-se dados sobre as transições térmicas
desses polímeros, como a temperatura de fusão (Tm) e de cristalização (Tc), além das
entalpias relacionadas a esses fenômenos. Analisando as temperaturas máximas nos
picos, verificou-se que o PP transparente apresentou temperatura de fusão de
165,99°C, o PP verde 161,09°C, essa diferença se deve, principalmente à presença
de corantes na amostra de PP verde. O PS não apresentou temperatura de fusão
devido ao fato de ser um polímero essencialmente amorfo, porém, foi possível
determinar que sua temperatura de transição vítrea (T g) era de 98,17°C.
A partir dos valores de entalpia de fusão fornecidos pela análise de DSC, foi
possível determinar a cristalinidade das duas amostras de polipropileno, foi
determinado que o PP transparente possuía maior porcentagem de cristalinidade,
cerca de 48,06%, já o PP verde apresentou porcentagem de cristalinidade de 38,21%.
19
REFERÊNCIAS
1 CANEVAROLO Jr., S. V. Ciência dos Polímeros: um texto básico para
tecnólogos e engenheiros. 2ª Ed. São Paulo: Artliber Editora, 2002.
2 CANEVAROLO Jr., S. V. Técnicas de Caracterização de Polímeros. São
Paulo: Artliber Editora, 2003.
3 ASTM D3417. Standard Test Method for Enthalpies of Fusion and
Crystallization of Polymers by Differential Scanning Calorimetry (DSC).
4 ASTM D3418. Standard Test Method for Transition Temperatures and
Enthalpies of Fusion and Crystallization of Polymers by Differential Scanning
Calorimetry.