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PROCEDIMENTO DE CONHECIMENTO
divorciar ninguém.
PROCEDIMENTO
I. FORMAÇÃO DA DEMANDA
Considera-se formada a demanda quando a petição inicial é protocolada. Art.
312 do NCPC.
“Ajuizada a ação e citado o réu, o objeto litigioso, por força da lei, se estabiliza, não
podendo o autor alterá-lo livremente. No entanto, havendo aquiescência do réu, é
permitido ao ator, até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido ou a
causa de pedir (art. 329, II, do CPC/2015). Antes da citação, os aditamentos e
alterações do pedido são livres (art. 329, I, do CPC/2015). Em qualquer caso, haverá
de assegurar ao demandado, frente à inovação, o contraditório e ampla defesa.”
(JÚNIOR, Humberto Theodoro).
→ Impulso oficial: nesta parte do procedimento é aberto às partes um tempo para
a prática de atos e ao término desse tempo ocorre a preclusão. E assim sucessivamente.
“Preclusão é, no direito processual, a perda do direito de agir nos autos em face da
perda da oportunidade, conferida por certo prazo. Assim, se a parte processual não
recorre da sentença, da decisão ou não realiza qualquer ato processual o qual
poderia ou deveria realizar no prazo legal ou judicial, seu direito de agir sofre o
fenômeno processual da preclusão.” (WIKIPEDIA).
II. SUSPENSÃO
É a paralisação temporária do procedimento. Art. 313 do NCPC - rol exemplificativo
NCPC
III. EXTINÇÃO
Ler como sentença. Existem duas espécies:
1. Sentença terminativa (processual): não há a análise do mérito → gera coisa
julgada formal. Art. 485 do NCPC
PETIÇÃO INICIAL
É a petição mais importante. Devem estar presentes os elementos configurativos
da ação1. Deve ser respeitado o princípio da correlação:
“O princípio da correlação, também chamado de princípio da relatividade ou da
congruência da condenação com a imputação ou ainda da correspondência entre o
objeto da ação e o objeto da sentença, representa uma das mais relevantes garantias
do direito de defesa, pois assegura ao réu a certeza de que não poderá ser condenado
sem que tenha tido oportunidade de, prévia e pormenorizadamente, ter ciência dos
fatos criminosos que lhe são imputados, podendo, assim, defender-se amplamente
da acusação.” (IBRAJUS).
Requisitos legais da petição inicial: Art. 319 do NCPC
6. Indicação de provas;
7. Manifestação a respeito da audiência3;
8. Informações sobre procurador. Art. 105, § 2º do NCPC
PEDIDO
- Núcleo da petição inicial;
- Princípio da congruência;
- dividido em imediato (tutela jurisdicional) e mediato (bem jurídico)
I. REQUISITOS DO PEDIDO
1. Devem ser certos, claros e expressos. Porém o código prevê quatro exceções: Art.
322 do NCPC
a. Correção monetária;
1
Partes, causa de pedir e pedido.
2
Mesmo se o valor econômico não for imediato e só puder ser dado posteriormente. Quando se tratar de obrigação
alternativa será dado o valor da maior prestação.
3
Podem as partes dizer que não querem audiência na petição inicial. Caso qualquer uma queira, acontecerá a audiência
independente da outra parte não querer.
b. Juros legais4;
c. Sucumbência;
d. Prestações periódicas5. Art. 323 do NCPC
2. Devem ser determinados. Porém o código prevê pedidos genéricos: Art. 324 do NCPC
a. nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados;
b. quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do
fato;
c. quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato
que deva ser praticado pelo réu.
3. Congruência: correlação com a causa de pedir. Art. 330 do NCPC
b. Imposição de multa.
2. Pedido alternativo: são aqueles em que há a possibilidade de cumprimento da
prestação de mais de uma forma. Nessa espécie, qualquer uma das prestações satisfaz
de igual forma a obrigação. Art. 325 do NCPC
3. Pedido subsidiário: são aqueles em que há um pedido principal, mas o autor prevendo
o pior acrescenta pedidos subsidiários, que só serão examinados caso seja rejeitado o
principal. Sendo lícito formular mais de um pedido subsidiário. Art. 326 do NCPC
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Se forem contratuais ou maiores que os legais devem ser expressos.
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Como por exemplo prestações de alimentos.
3. Adequação do procedimento6.
Obs.: o valor da causa nesse caso será o somatório de todos os pedidos.
TUTELAS PROVISÓRIAS
- Não é requisito da petição inicial;
- É diferente de liminar7.
“Tutela provisória é o mecanismo processual pelo qual o magistrado antecipa a
uma das partes um provimento judicial de mérito ou acautelatório antes da prolação da
decisão final, seja em virtude da urgência ou da plausibilidade do direito” (CONJUR).
Existem dois tipos: de urgência e evidência.
I. TUTELA DE URGÊNCIA
É o instrumento processual que possibilita à parte pleitear a antecipação do
pedido de mérito com fundamento na urgência. Possui dois requisitos legais: Art. 300 do
NCPC
1. Fumus boni juris: elevado grau do que aquilo que o autor alega será
concretizado no final do processo.
2. Periculum in mora: é a ocorrência de dano grave irreparável se o judiciário
demorar no julgamento.
301 do NCPC
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Quando para cada matéria são realizados procedimentos específicos diferentes. Ex.: cobrança e execução, não há como
fazer os dois ao mesmo tempo. Primeiro deve-se cobrar, e se a cobrança não tiver resultados deve-se executar.
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É uma justificação prévia. São pedidos que ocorrem somente antes da citação do réu, após a citação do réu não existe mais
a possibilidade de liminar. Gera efeitos mesmo após a suspensão do processo. Ocorre o deferimento sem a citação do réu, em
casos de extrema urgência. Nem sempre possuirá todos os documentos necessários, neste caso ocorrerá depoimentos de
testemunhas. Terá audiência de justificação prévia.
Tanto a antecipada quanto a cautelar podem ser divididas em antecedentes e
incidentes:
Antecedente Incidente
Possibilidade de caução. Caso onde o juiz só irá deferir a tutela se o autor prestar
caução em juízo, que em caso de reversão do pedido será convertida em ressarcimento ao réu.
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Diz-se da ação em que o autor reclama um bem ou direito que lhe pertence, mas que não consta de seu patrimônio.
ANÁLISE DA PETIÇÃO INICIAL
Na análise da petição inicial, esses são os resultados que podem acontecer:
I. Despacho positivo: deferimento; Art. 334 do NCPC
II. Emenda: vícios sanáveis, onde o juiz suspende o processo pelo período de 15 dias
para que a parte autora faça as devidas correções;
III. Indeferimento: sentença terminativa, onde é julgada sem resolução de mérito. Art.
330 do NCPC
NCPC
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Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas visa a uniformização de decisões em lides semelhantes.
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Incidente de Assunção de Competência é o julgamento de recurso, de remessa necessária ou de processo de competência
originária que envolver relevante questão de direito, com grande repercussão social, sem repetição em múltiplos processos.
AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO/MEDIAÇÃO
A audiência de conciliação ou de mediação no limiar do processo visa a estimular
a autocomposição em fase processual em que os ânimos ainda não estejam tão acirrados, que
ocorre não perante o juiz, mas, sim, perante conciliador11/mediador12, em ambiente menos
formal e intimidador e mais propício ao desarme de espíritos.
Necessita ter:
1. Prazo mínimo de 30 dias após o deferimento da inicial para a realização da
audiência; Art. 334 do NCPC
2. Prazo mínimo de 20 dias antes da audiência para a citação do réu. Art. 334 do
NCPC
DEFESA DO RÉU
A defesa do réu será realizada por meio da contestação no prazo de 15 dias após a
audiência14. Após a citação do réu ele poderá tomar três atitudes: Art. 335 do NCPC
1. Dar a resposta;
2. Permanecer inerte (inércia);
3. Reconhecer o pedido.
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Para conflitos pontuai, que apresentam relações não duradouras.
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Para conflitos duradouros, visa restabelecer canais de comunicação entre as partes. Foca nas relações e não nos problemas
em sí.
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Não deve-se colocar como procurador o próprio advogado da audiência. Lei 8.906/94
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Termo inicial. Na contagem exclui-se o termo inicial e se conta os 15 dias.
Caso a audiência não ocorra, o prazo para a apresentação da contestação
começará da data do protocolo do pedido do cancelamento da audiência apresentado pelo réu.
Caso ocorra litisconsórcio passivo15 a data será diferente para cada um e será baseada da data
do protocolo do pedido do cancelamento da audiência apresentado por cada réu.
Obs.: Se não for realizada de nenhuma das duas formas acima será aplicado o Art. 231 do
NCPC.
NCPC
NCPC
I. DA CONTESTAÇÃO
É a principal peça que o réu tem no procedimento. É nela que ele irá apresentar
toda a sua defesa, pois não terá outras peças para isso. Ela não pode ser modificada, mas
existem exceções: Art. 342 do NCPC
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Vários réus.
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Para saber quando será processual basta comparar o art. 337 do NCPC com o art. 485 do NCPC
1. ocorrência de fato superveniente à contestação. Ex.: compensação
2. passíveis de conhecimento de ofício
3. matérias de ordem pública
Toda boa contestação segue duas regras: Art. 336 do NCPC e seguintes
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Na totalidade, defesa da negativa geral. Significa dizer: “nego tudo aquilo que o autor apresentou”. Somente a defensoria
pública, curador especial, advogado dativo podem alegá-la. Art. 341, § 1°, do NCPC