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DIREITO PROCESSUAL CIVIL I

PROCEDIMENTO DE CONHECIMENTO

Também conhecido com procedimento de acertamento. Tem como objetivo


acertar quem é o titular do direito na demanda. Visa também analisar qual o tipo de
procedimento é o adequado ao caso. Possui 4 etapas/fases: Ex.: dação em pagamento não serve para

divorciar ninguém.

1. Postulatória: fase na qual as partes alegam as suas versões (alegações); análise


prévia da petição inicial; conciliação e mediação.
2. Saneatória: fase na qual são analisados se foram respeitados os aspectos
formais, as regras, sanar os vícios.
3. Instrutória: analisar as provas, produção probatória. Compreender o caso
concreto pelas provas.
4. Decisória: discutir a sentença.

PROCEDIMENTO

I. FORMAÇÃO DA DEMANDA
Considera-se formada a demanda quando a petição inicial é protocolada. Art.

312 do NCPC.

→ ​Estabilidade da demanda: a estabilidade da demanda é um princípio que dispõe


que após a citação, o autor não poderá alterar o pedido ou a causa de pedir.Importante
ressaltar que após o saneamento não há mais nenhuma possibilidade de alteração na causa de
pedir e no pedido. Art. 329 do NCPC

“Ajuizada a ação e citado o réu, o objeto litigioso, por força da lei, se estabiliza, não
podendo o autor alterá-lo livremente. No entanto, havendo aquiescência do réu, é
permitido ao ator, até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido ou a
causa de pedir (art. 329, II, do CPC/2015). Antes da citação, os aditamentos e
alterações do pedido são livres (art. 329, I, do CPC/2015). Em qualquer caso, haverá
de assegurar ao demandado, frente à inovação, o contraditório e ampla defesa.”
(JÚNIOR, Humberto Theodoro).
→ ​Impulso oficial: nesta parte do procedimento é aberto às partes um tempo para
a prática de atos e ao término desse tempo ocorre a preclusão. E assim sucessivamente.
“Preclusão é, no direito processual, a perda do direito de agir nos autos em face da
perda da oportunidade, conferida por certo prazo. Assim, se a parte processual não
recorre da sentença, da decisão ou não realiza qualquer ato processual o qual
poderia ou deveria realizar no prazo legal ou judicial, seu direito de agir sofre o
fenômeno processual da preclusão.” (WIKIPEDIA).

II. SUSPENSÃO
É a paralisação temporária do procedimento. Art. 313 do NCPC - rol exemplificativo

Os atos considerados urgentes não tem paralisação. Art. 314 do NCPC

Se a resolução do mérito do processo depender de verificação de fato criminal, o


juiz suspenderá o processo por 3 meses para que seja proposta ação penal, caso não seja,
cessará o efeito da suspensão e o juiz cível ficará incumbido do julgamento. Caso seja
proposta, o juiz suspenderá o processo pelo prazo de 1 ano, e se ao fim do prazo não houver a
conclusão da ação penal, o juiz cível ficará incumbido do julgamento. Art. 315 do

NCPC

III. EXTINÇÃO
Ler como sentença. Existem duas espécies:
1. Sentença terminativa (processual): não há a análise do mérito → gera coisa
julgada formal. Art. 485 do NCPC

2. Sentença definitiva: há a análise do mérito → gera coisa julgada material. ​Art.


487 do NCPC

Obs.: definitiva não significa imutabilidade, pois há como recorrer da


sentença.

Jurisprudência defensiva ⇒ Primazia do julgamento de mérito


(erros anulam tudo) NCPC (erros podem ser consertados)

PETIÇÃO INICIAL
É a petição mais importante. Devem estar presentes os elementos configurativos
da ação1. Deve ser respeitado o princípio da correlação:
“O princípio da correlação, também chamado de princípio da relatividade ou da
congruência da condenação com a imputação ou ainda da correspondência entre o
objeto da ação e o objeto da sentença, representa uma das mais relevantes garantias
do direito de defesa, pois assegura ao réu a certeza de que não poderá ser condenado
sem que tenha tido oportunidade de, prévia e pormenorizadamente, ter ciência dos
fatos criminosos que lhe são imputados, podendo, assim, defender-se amplamente
da acusação.” (IBRAJUS).
Requisitos legais da petição inicial: Art. 319 do NCPC

1. Endereçamento: para qual órgão a petição se destina;


2. Qualificação: quem é autor e quem é réu;
3. Causa de pedir;
4. Pedido: núcleo;
5. Valor da causa: toda petição inicial deve ter o valor da causa, valor do
conteúdo econômico do pedido2; Art. 291 do NCPC

6. Indicação de provas;
7. Manifestação a respeito da audiência3;
8. Informações sobre procurador. Art. 105, § 2º do NCPC

PEDIDO
- Núcleo da petição inicial;
- Princípio da congruência;
- dividido em imediato (tutela jurisdicional) e mediato (bem jurídico)

I. REQUISITOS DO PEDIDO
1. Devem ser certos, claros e expressos. Porém o código prevê quatro exceções: Art.

322 do NCPC

a. Correção monetária;

1
​Partes, causa de pedir e pedido.
2
Mesmo se o valor econômico não for imediato e só puder ser dado posteriormente. Quando se tratar de obrigação
alternativa será dado o valor da maior prestação.
3
Podem as partes dizer que não querem audiência na petição inicial. Caso qualquer uma queira, acontecerá a audiência
independente da outra parte não querer.
b. Juros legais4;
c. Sucumbência;
d. Prestações periódicas5. Art. 323 do NCPC

2. Devem ser determinados. Porém o código prevê pedidos genéricos: ​Art. 324 do NCPC
a. nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados;
b. quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do
fato;
c. quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato
que deva ser praticado pelo réu.
3. Congruência: correlação com a causa de pedir. Art. 330 do NCPC

II. MODALIDADES DE FORMULAÇÃO


1. Pedido cominatório: são aqueles que tenham por objetivo fixar uma medida judicial
que force o réu a cumprir a sentença. Há duas maneiras forçar o cumprimento do réu
legalmente;
a. Pagamento com sub-rogação; Art. 346 do CC

b. Imposição de multa.
2. Pedido alternativo: são aqueles em que há a possibilidade de cumprimento da
prestação de mais de uma forma. Nessa espécie, qualquer uma das prestações satisfaz
de igual forma a obrigação. Art. 325 do NCPC

3. Pedido subsidiário: são aqueles em que há um pedido principal, mas o autor prevendo
o pior acrescenta pedidos subsidiários, que só serão examinados caso seja rejeitado o
principal. Sendo lícito formular mais de um pedido subsidiário. Art. 326 do NCPC

III. CUMULAÇÃO DE PEDIDOS


É lícita a cumulação de pedidos, o que promove a economia processual, onde
cada pedido representa uma lide, sendo que os pedidos não precisam ser conexos entre si.
Mas existem três requisitos: Art. 327 do NCPC

1. Compatibilidade: os pedidos não podem conflitar entre sí;


2. Competência: o órgão deve ser competente para julgar todos os pedidos;

4
Se forem contratuais ou maiores que os legais devem ser expressos.
5
Como por exemplo prestações de alimentos.
3. Adequação do procedimento6.
Obs.: o valor da causa nesse caso será o somatório de todos os pedidos.

TUTELAS PROVISÓRIAS
- Não é requisito da petição inicial;
- É diferente de liminar7.
“Tutela provisória é o mecanismo processual pelo qual o magistrado antecipa a
uma das partes um provimento judicial de mérito ou acautelatório antes da prolação da
decisão final, seja em virtude da urgência ou da plausibilidade do direito” (CONJUR).
Existem dois tipos: de urgência e evidência.

I. TUTELA DE URGÊNCIA
É o instrumento processual que possibilita à parte pleitear a antecipação do
pedido de mérito com fundamento na urgência. Possui dois requisitos legais: Art. 300 do

NCPC

1. Fumus boni juris​: elevado grau do que aquilo que o autor alega será
concretizado no final do processo.
2. Periculum in mora​: é a ocorrência de dano grave irreparável se o judiciário
demorar no julgamento.

A tutela de urgência é dividida em dois tipos:


1. Antecipada: possui resultado satisfativo. Visa conceder antecipadamente ao
requerente o que somente poderia ser obtido com uma sentença de
procedência de mérito. É obrigatório a possibilidade reversão, caso contrário
não será concedida. Art. 300, § 3, do NCPC

2. Cautelar: não possui resultado satisfativo. Tem por finalidade


assegurar/proteger o bem querido no resultado até o término do processo. Art.

301 do NCPC

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​Quando para cada matéria são realizados procedimentos específicos diferentes. Ex.: cobrança e execução, não há como
fazer os dois ao mesmo tempo. Primeiro deve-se cobrar, e se a cobrança não tiver resultados deve-se executar.
7
​É uma justificação prévia. São pedidos que ocorrem somente antes da citação do réu, após a citação do réu não existe mais
a possibilidade de liminar. Gera efeitos mesmo após a suspensão do processo. Ocorre o deferimento sem a citação do réu, em
casos de extrema urgência. Nem sempre possuirá todos os documentos necessários, neste caso ocorrerá depoimentos de
testemunhas. Terá audiência de justificação prévia.
Tanto a antecipada quanto a cautelar podem ser divididas em antecedentes e
incidentes:

Antecedente Incidente

● Na petição inicial ou após ● Art. 303 a 310 do NCPC;


● Não depende de pagamento ● Extrema urgência;
de custas. ● Incompleta por causa da
urgência, mas depois deverá
ser completada pelo
advogado;
● Pagamento de custas..

Possibilidade de caução. Caso onde o juiz só irá deferir a tutela se o autor prestar
caução em juízo, que em caso de reversão do pedido será convertida em ressarcimento ao réu.

II. TUTELA DA EVIDÊNCIA


É a modalidade de tutela em que direito do autor é evidente, a posição do autor
no processo é extremamente favorável, e ele se encontra em posição preponderantemente
superior ao réu. “Pode ser requerida independentemente da comprovação do perigo de dano
ou de risco ao resultado útil do processo”. (CONJUR) Art. 311 do NCPC

São quatro hipóteses para a concessão da tutela da evidência:


1. Abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte
(sancionatória);
2. Alegações de fato passíveis de comprovação apenas documentalmente e se
houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula
vinculante (jurisprudencial);
3. Pedido reipersecutório8 fundado em prova documental adequada do contrato
de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto
custodiado, sob pena de multa (contrato de depósito);
4. Petição inicial instruída com prova documental suficiente dos fatos
constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar
dúvida razoável (réu não conseguir contestar direito).
Obs.: nas hipóteses 2 e 3 o juiz poderá decidir liminarmente, nas outras não.

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Diz-se da ação em que o autor reclama um bem ou direito que lhe pertence, mas que não consta de seu patrimônio.
ANÁLISE DA PETIÇÃO INICIAL
Na análise da petição inicial, esses são os resultados que podem acontecer:
I. Despacho positivo: deferimento; Art. 334 do NCPC

II. Emenda: vícios sanáveis, onde o juiz suspende o processo pelo período de 15 dias
para que a parte autora faça as devidas correções;
III. Indeferimento: sentença terminativa, onde é julgada sem resolução de mérito. Art.

330 do NCPC

IV. Julgamento de improcedência liminar: é uma decisão que resolve o mérito da


demanda, nos casos em que a improcedência possa ser verificada desde já, mesmo
antes da citação do réu. São para situações que o pedido contrariar: Art. 332 do

NCPC

1. Súmulas proferidas pelo STF/STJ;


2. Acórdãos proferidos pelo STF/STJ em julgamento de recurso repetitivo;
3. Entendimento firmado em IRDR9 e IAC10;
4. Súmula do tribunal de justiça a respeito de direito local;
5. Situações em que forem verificadas a ocorrência de decadência e prescrição.

9
Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas visa a uniformização de decisões em lides semelhantes.
10
Incidente de Assunção de Competência é o julgamento de recurso, de remessa necessária ou de processo de competência
originária que envolver relevante questão de direito, com grande repercussão social, sem repetição em múltiplos processos.
AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO/MEDIAÇÃO
A audiência de conciliação ou de mediação no limiar do processo visa a estimular
a autocomposição em fase processual em que os ânimos ainda não estejam tão acirrados, que
ocorre não perante o juiz, mas, sim, perante conciliador11/mediador12, em ambiente menos
formal e intimidador e mais propício ao desarme de espíritos.

Necessita ter:
1. Prazo mínimo de 30 dias após o deferimento da inicial para a realização da
audiência; Art. 334 do NCPC

2. Prazo mínimo de 20 dias antes da audiência para a citação do réu. Art. 334 do

NCPC

Em vias normais a audiências sempre irá acontecer, salvo:


1. O direito não admitir autocomposição;
2. As partes de mútuo consentimento não desejarem a audiência.
- Autor: na petição inicial
- Réu: em até 10 dias antes da audiência em uma petição

O não comparecimento na audiência acarretará multa de 2% do valor da causa.


Pode ser realizada por meio de procurador13. Poderá ser realizada por meio de
videoconferência. Terá intervalo na pauta de audiência de no mínimo 20 minutos.

DEFESA DO RÉU
A defesa do réu será realizada por meio da contestação no prazo de 15 dias após a
audiência14. Após a citação do réu ele poderá tomar três atitudes: Art. 335 do NCPC
1. Dar a resposta;
2. Permanecer inerte (inércia);
3. Reconhecer o pedido.

11
Para conflitos pontuai, que apresentam relações não duradouras.
12
Para conflitos duradouros, visa restabelecer canais de comunicação entre as partes. Foca nas relações e não nos problemas
em sí.
13
Não deve-se colocar como procurador o próprio advogado da audiência. Lei 8.906/94
14
Termo inicial. Na contagem exclui-se o termo inicial e se conta os 15 dias.
Caso a audiência não ocorra, o prazo para a apresentação da contestação
começará da data do protocolo do pedido do cancelamento da audiência apresentado pelo réu.
Caso ocorra litisconsórcio passivo15 a data será diferente para cada um e será baseada da data
do protocolo do pedido do cancelamento da audiência apresentado por cada réu.

Obs.: Se não for realizada de nenhuma das duas formas acima será aplicado o Art. 231 do
NCPC.

A defesa do réu poderá ser feita de duas formas:


1. Defesa processual16: quando a peça do autor apresentar algum vício, ou seja,
problema na petição inicial. Contém duas espécies: Art. 337 do

NCPC

a. Dilatória: não tem a capacidade de encerrar o desenvolvimento do


processo. Ex.: incompetência do órgão jurisdicional
b. Peremptória: tem a capacidade de encerrar o processo, gera sentença
terminativa. Ex.: ilegitimidade processual
Obs.: A defesa dilatória poderá se tornar peremptória quando houver inércia do autor.
2. Defesa de mérito: não tem a ver com a forma do processo, mas sim com o
direito que está sendo questionado pelas partes. Divide-se em: Art. 487 do

NCPC

a. Direta: negativa do fato constitutivo do direito do autor, ou seja, o réu


nega o direito do autor trazendo para este o ônus da prova.
b. Indireta: não há negativa do fato constitutivo do direito do autor, mas
sim a apresentação de novos fatos que irão modificar, impedir ou
extinguir o direito do autor. Traz para o réu o ônus da prova.

I. DA CONTESTAÇÃO
É a principal peça que o réu tem no procedimento. É nela que ele irá apresentar
toda a sua defesa, pois não terá outras peças para isso. Ela não pode ser modificada, mas
existem exceções: Art. 342 do NCPC

15
Vários réus.
16
​ Para saber quando será processual basta comparar o art. 337 do NCPC com o art. 485 do NCPC
1. ocorrência de fato superveniente à contestação. Ex.: compensação
2. passíveis de conhecimento de ofício
3. matérias de ordem pública

Toda boa contestação segue duas regras: Art. 336 do NCPC e seguintes

1. Princípio da eventualidade (concentração): o réu irá concentrar todos os seus


argumentos na contestação, do mais forte para o mais fraco, pois não poderá
modificá-la.
2. Ônus da defesa especificada: combater cada argumento apresentado pelo autor
com o objetivo de impugná-los, caso contrário eles se tornam incontroversos.
É defeso a defesa ​In Totum17.

17
Na totalidade, defesa da negativa geral. Significa dizer: “nego tudo aquilo que o autor apresentou”. Somente a defensoria
pública, curador especial, advogado dativo podem alegá-la. Art. 341, § 1°, do NCPC

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