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Embargante:ILAURO DA SILVA RIBEIRO
Advogado  :Dr. Ricardo Pinto do Amaral
Embargado   :CIA   URBANIZADORA   DA   NOVA   CAPITAL   DO
BRASIL ­ NOVACAP
Advogada  :Dra. Lorena Fernanda Fernandes Silva

EMP/sm
D E C I S Ã O

A 5ª Turma desta Corte negou provimento ao recurso
de revista do reclamante.
Contra   esta   decisão,   a   parte   interpõe   embargos   à
SDI­1, com base no art. 894, II, da CLT.
Sem impugnação. 
É o relatório.  

FUNDAMENTAÇÃO 

O recurso é tempestivo, está subscrito por advogado
regularmente   habilitado   e   o   preparo   é   dispensado,   razão   pela   qual
prossigo no exame de admissibilidade. 
A Egrégia 5ª Turma, por maioria, negou provimento
ao   recurso   de   revista   do   reclamante   com   base   nos   seguintes
fundamentos, sintetizados na ementa: 

RECURSO DE REVISTA. ACÓRDÃO PUBLICADO NA


VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.467/2017. ART. 896-A DA CLT. HORAS
EXTRAS. JORNADA SEMANAL DE 40 HORAS. DIVISOR 220.
PREVISÃO EM NORMA COLETIVA. TRANSCENDÊNCIA JURÍDICA
RECONHECIDA EM RAZÃO DE DECISÕES DÍSPARES NO ÂMBITO
DO TST. Discute-se a aplicabilidade da Súmula nº 431 do TST à hipótese
em que existente negociação coletiva estipulando jornada de 40 horas
semanais, com manutenção do divisor 220. Examinando os precedentes que
deram ensejo à edição da Súmula nº 431 desta Corte, vê-se que apenas dois
refletem a existência de norma coletiva, porém não foram apreciados sob o
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prisma da validade dessa negociação, mas apenas sobre o enfoque de que o


cumprimento de carga semanal de 40 horas, por liberalidade empresarial,
atrai a aplicação do divisor 200 para o cálculo do salário-hora. Portanto, não
há como aplicar o entendimento consubstanciado na Súmula nº 431 do TST
para o caso em exame, pois o verbete não abarca a hipótese de existência de
norma coletiva prevendo divisor. No caso em apreço, não obstante o módulo
semanal seja de 44 horas, as partes, de forma convencionada, negociaram
que os empregados não trabalhariam aos sábados, fixando, dessa forma,
uma jornada de 40 horas semanais, com a manutenção do divisor 220, que
corresponde não às horas efetivamente trabalhadas, mas as remuneradas
pelo salário mensal. Percebe-se que a intenção do empregador não é a de
considerar o dia de sábado não trabalhado como de repouso semanal, pois
isso implicaria aumento salarial, mas sim, apenas redução da carga de
trabalho, com concessão de folga ao sábado, permanecendo o divisor
inalterado. Isto é, a pactuação da jornada em 40 horas não promove
automaticamente a redução do divisor, visto que importaria aumento salarial
não negociado entre as partes. Tal entendimento emana do julgamento do
IRR-849-83.2013.5.03.0138. Aqui, se invoca a inaplicabilidade da Súmula
431 desta Corte, notadamente porque este verbete não se refere à existência
de acordo ou convenção coletiva, mas apenas em linhas gerais, e nesse caso,
a jornada de 40 horas implicaria a aplicação do divisor 200, tal como sugere
o verbete sumular. Entendimento diverso afronta o artigo 7º, XXVI, da
Constituição da República, visto que está sendo desprestigiada a negociação
coletiva, em sua integralidade. Recurso de revista conhecido e desprovido.

O   reclamante   aduz   que   há   divergência   válida   e


específica a viabilizar o impulso oficial dos embargos aviados. Em
síntese,   sustenta   que   a   decisão   atacada,   ao   manter   o   divisor   220
para o cálculo do salário hora, aos trabalhadores submetidos a uma
jornada de 40 horas semanais, divergiu do entendimento proferido por
outras Turmas e pela própria SBDI­1. Indica contrariedade à Súmula
nº 431 do TST. Colaciona arestos ao dissenso de teses.
À análise.
O recurso de embargos foi interposto sob a égide da
Lei nº 13.015/2014, do Novo Código de Processo Civil/2015 e da Lei
nº 13.467/2017.  
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Inicialmente,   imperioso   ressaltar   que,   nos   termos


do art. 894, II, da CLT, com a redação da Lei nº 13.015/2014, não se
presta   ao   conhecimento   do   recurso   de   embargos   a   indicação   de
violação  a  dispositivos  legais  e/ou  constitucionais,  pois  o  artigo
condiciona   o   cabimento   do   recurso   à   demonstração   de   divergência
jurisprudencial   entre   Turmas   do   TST   ou   entre   estas   e   a   SBDI   e   a
contrariedade   à   Súmula   ou   Orientação   Jurisprudencial   do   TST   ou
Súmula Vinculante do STF.
Quanto ao tema, a decisão embargada consignou que
“não obstante o módulo semanal seja de 44 horas, as partes, de forma
convencionada,   negociaram   que   os   empregados   não   trabalhariam   aos
sábados, fixando, dessa forma, uma jornada de 40 horas semanais, com
a   manutenção   do   divisor   220,   que   corresponde   não   às   horas
efetivamente trabalhadas”, de modo a não se aplicar a Súmula nº 431
do TST, ao fundamento de que o verbete sumular não se aplica quando
existe norma coletiva.
Assim,   o   paradigma   trazido   ao   cotejo   de   teses,
proveniente   da   SBDI­1,   fls.   367/368   do   recurso   de   embargos,   (TST­
Ag­E­RR­1362­15.2013.5.09.0678), que atende às exigências da Súmula
nº 337 do TST, demonstra a aparente divergência jurisprudencial, ao
entender   pela   nulidade   de   cláusula   prevista   em   norma   coletiva,
determinando   o   divisor   220   e   não   200   para   os   trabalhadores
submetidos   a   uma   jornada   de   40   horas   semanais,   sob   pena   de
contrariedade à Súmula nº 431 do TST.
Desta feita, resta configurada, em primeira análise, a divergência 
jurisprudencial apta a viabilizar o processamento do recurso, na 
forma do art. 894, II, da CLT.

CONCLUSÃO

Em face  do exposto  e, com  fundamento no  art. 93,


VIII do RITST, ADMITO o recurso de embargos.
Intime­se   a   parte   embargada   para,   querendo,
apresentar sua respectiva impugnação no prazo legal.
Publique­se.
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Brasília, 22 de novembro de 2018.

Firmado por assinatura digital (MP 2.200­2/2001)
Emmanoel Pereira
Ministro Presidente da Quinta Turma

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