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A CRIANÇA QUE TEMOS E A CRIANÇA QUE QUEREMOS: desafios


de uma formação ética e cidadã

RESUMO

A sociedade contemporânea tem exigido a cada dia mais a formação de um aluno


com os conhecimentos e habilidades que o possibilite atuar como verdadeiro cidadão.
A formação integral da criança torna-se assim um importante desafio tanto para a
escola como para a família. Neste sentido, nota-se que muitas vezes a família tem
delegado a escola a responsabilidade pela formação de valores éticos e morais,
omitindo-se de sua própria responsabilidade na formação da criança. Nessa
perspectiva, o presente estudo teve como objetivo analisar os desafios e obstáculos
existentes no processo educacional, tanto no âmbito escolar como familiar, que tem
impedido a formação da criança para uma atuação mais cidadã dentro da sociedade.
Também buscou-se compreender as principais teorias do desenvolvimento infantil
com vistas a reconhecer as suas fases e características principais que marcam cada
período. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de revisão de literatura, com a
respectiva coleta e seleção de livros, artigos científicos e demais materiais
acadêmicos como trabalhos de conclusão de curso, teses e dissertações que tratavam
da temática do estudo. A partir dessa pesquisa, verificou-se que a formação das
crianças para uma atuação cidadã ainda constitui um grande desafio a ser superado
pela educação, tanto em nível escolar como familiar. Para que a criança que queremos
seja efetivamente aquela que temos, irá demandar de um esforço conjunto dos mais
diversos atores envolvidos no processo de formação dessa criança. Para tanto, faz-
se necessário que a própria sociedade, através do exemplo dado às crianças pelos
adultos, consolidem valores como o respeito, a solidariedade, a dignidade humana,
entre tantos outros que tem sido esquecidos na sociedade contemporânea.

Palavras-chave: Educação para a Cidadania. Educação Escolar. Participação da


Família.

1. INTRODUÇÃO

A sociedade contemporânea tem evidenciado que a formação das crianças,


seja na escola e, principalmente, na família, não tem proporcionado os valores
necessários para o desenvolvimento de um adulto consciente de suas
responsabilidades e de seu papel enquanto cidadão.
Atualmente, encontramos claramente definidos aquilo que esperamos em
termos de formação para as crianças, contudo ainda tem se constituído um grande
10

desafio a consolidação de valores éticos e morais para uma formação integral desses
sujeitos.
A crise vivida pela instituição familiar tem apresentado repercussão sobre
o processo de educação familiar oferecida as crianças, de mdo que progressivamente
tem se atribuído a escola responsabilidades que originalmente competem a família.
Essas crianças, carentes de uma formação básica familiar, oferecem a escola um
grande desafio de proporcionar a eles essa bagagem de valores e conhecimentos que
muitas vezes não lhes foi oferecida de forma adequada em seu contexto familiar.
Conforme afirmam Del Prette e Del Prette (2001) a família compreende a
primeira instância mediadora entre o homem e a cultura. Isso a torna a unidade
dinâmica das relações afetiva, sociais e cognitivas das crianças. Isso faz dela a matriz
da aprendizagem humana, que apresenta significados e práticas culturais específicas
e que produzem modelos de relação interpessoal e de construção individual e
coletiva.
Além disso, é necessário reconhecer que a própria escola necessita
diariamente superar os seus próprios desafios e obstáculos, fruto sobretudo da falta
de estrutura e desvalorização da importância da educação para a sociedade. A
delegação de novas atribuições e responsabilidades para a escola torna-se assim
mais um desafio a ser enfrentado pelo já sofrido sistema educacional do país.
Os efeitos e as consequências deste processo podem ser facilmente vistos
dentro da sociedade atual, uma vez que problemas como a violência, o preconceito,
entre tantos outros problemas que tem caracterizado a sociedade contemporânea e
que são passíveis de serem combatidos com uma educação cidadã de qualidade,
parecem fugir do controle.
Nesse contexto, formar cidadãos conhecedores de seus direitos e,
principalmente, de suas responsabilidades diante da sociedade, capazes de
transformar a realidade em que vivem e de melhorá-la se torna não só um desafio
mas um grande compromisso a ser assumido não apenas pela escola mas também
pela família. Esse paradigma, imposto a família como forma de resgate ao seus papel
formativo, busca uma formação autônoma e integral de todos os indivíduos desde a
infância.
Tal proposta vai de encontro com as ideias de inúmeros teóricos da
educação que creditam a educação o papel de uma formação humana para a
sociedade. Isso faz com que a formação do sujeito ocorra como forma de integrá-lo
11

no modo social vigente, conduzindo-o a aceitar e buscar prioritariamente os fins


coletivos em detrimento de benefícios individuais. (PINTO, 2005)
Esse processo, reconhecido como uma transmissão de consciência, busca
uma educação que possibilite a modificação da personalidade, através da formação
humana com vistas as demandas da sociedade, seguindo a finalidade de atendimento
aos seus interesses. Isso busca garantir a formação de cidadãos que compreendam
os principais problemas existentes na sociedade, capacitando-os para atuar no
combate a tais problemas.
Nessa perspectiva, o presente estudo fundamentou-se no objetivo principal
de analisar os desafios e obstáculos existentes no processo educacional, tanto no
âmbito escolar como familiar, que tem impedido a formação da criança para uma
atuação mais cidadã dentro da sociedade.
De forma complementar, também foram definidos como objetivos
específicos a este estudo, compreender as principais teorias do desenvolvimento
infantil com vistas a reconhecer as suas fases e características principais que marcam
cada período.
Para atingir aos objetivos propostos, o estudo foi conduzido na forma de
uma revisão bibliográfica que, segundo Gil (2008) é um método de pesquisa que
coloca o pesquisador diante das diversas publicações existentes sobre o tema
proposto, permitindo que este aprofunde seu conhecimento, estabelecendo seu ponto
de vista em relação ao tema pesquisado.
A consecução desta metodologia ocorreu através da pesquisa de livros,
artigos científicos e demais materiais acadêmicos como trabalhos de conclusão de
curso, teses e dissertações para a coleta de materiais relevantes à realização deste
estudo. Para tanto, todo o material pesquisado foi previamente consultado e
selecionado somente aqueles que estivessem dentro da temática definida para o
estudo.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 A CRIANÇA E O DESENVOLVIMENTO INFANTIL


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O desenvolvimento humano é um fenômeno complexo e multifatorial,


estando associado ao contato com o ambiente e a respectiva interação com outras
pessoas e situações, fazendo com que a criança desenvolva sua capacidade
cognitiva, afetiva, autoestima, sensibilidade, pensamento e linguagem. (CRAIDY e
KAERCHER, 2001)
Para que se possa entender a relação da criança com o mundo que a cerca
é necessário compreender a maneira pela qual se dá o seu desenvolvimento desde o
nascimento. O desenvolvimento infantil já foi caracterizado por diversos teóricos, cada
um apresentando as fases e as características que marcam cada uma delas. Para
composição deste estudo, será utilizado o conceito de Jean Piaget acerca do
desenvolvimento infantil.
Segundo seu conceito, o desenvolvimento humano ocorre através de
estágios ou fases, a qual todos os indivíduos com desenvolvimento normal passam,
seguindo sempre uma mesma ordem e com variações somente na idade pela qual se
processam. (PIAGET, 2003).
No conceito de desenvolvimento para Piaget, ele defende que o
desenvolvimento cognitivo e psíquico inicia-se logo após o nascimento, descrevendo
diversas fases até uma estabilização na vida adulta. (PIAGET, 2003).

2.1.1 De 0 a 2 anos – período sensório motor

A fase composta pela criança com idade de 0 a 2 anos, definida por Piaget
como período sensório motor, tem como característica a conquista do mundo pela
criança, a partir do aumento de sua percepção e habilitada na realização de
movimentos. Nesta fase, o recém-nascido limita-se em reagir com reflexos aos
estímulos recebidos pelo meio externo. (PIAGET, 2003)
Assim, segundo essa teoria da psicologia do desenvolvimento, o estágio
inicial de desenvolvimento ocorre muito antes que a criança adquira a capacidade da
linguagem. De acordo com Inhelder e Piaget (2003) por não possuir ainda uma fanção
simbólica, a criança não possui uma forma de afetividade e construção do
pensamento relacionada à representação que permita chamar objetos ou pessoas em
sua ausência.
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Segundo este conceito, a inteligência pode ser entendida como um


elemento prático, construído na infância através um complexo sistema de esquemas,
assimilação e organização do real, utilizando como base as percepções e movimentos
sem a utilização do pensamento organizado.
Para Bessa (2008), durante o período sensório-motor a criança passa a
conhecer o mundo a partir de ações motoras ocorridas de forma involuntária, ou seja,
por uma ação reflexa, através de movimentos e assimilações que a levam a perceber
o mundo externo.
É um período onde o desenvolvimento da criança ocorre de forma
acelerado, com a constante aquisição de novas habilidades e capacidades como
olhar, segurar, apontar, entre outras. Todas essas ações vão sendo adquiridas a partir
de sua necessidade de interação com o meio.
No período sensório-motor, o processo de desenvolvimento da inteligência
acontece de forma gradual, não sendo possível perceber, na maioria das vezes, o
exato momento em que ocorre. Contudo, gradualmente a criança vai sofrendo uma
progressão parcial e que se consolida com o tempo. (INHELDER; PIAGET, 2007).
De acordo com Piaget (2003) com o passar do tempo, os reflexos vão
sendo substituídos de forma progressiva por esquemas e passam a receber a
influência de símbolos lúdicos. Isso caracteriza o início de processo em que a criança
passa a diferenciar o seu eu e o mundo externo, no que se refere as questões afetivas,
com as emoções primárias.
Ao mesmo tempo, ela começa a desenvolver a organização das suas
atividades em relação ao ambiente, construindo mecanismos de organizar as
informações recebidas dos sentidos. Isso permite a ela a aprendizagem formada pelo
processo de tentativa e erros na resolução de seus problemas.
Aproximadamente ao final do segundo ano a criança começa a desenvolver
a função simbólica, com o aparecimento de habilidades características da inteligência
sensório-motora, além de apresentar uma maior interação com o mundo externo.
Ainda nesta fase, a criança passa a reconhecer suas próprias características físicas,
o que irá contribuir para a construção de sua identidade. (PIAGET, 2003).

2.1.2 De 2 a 7 anos – período pré-operatório


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Na faixa etária compreendida entre a idade de 2 a 7 anos de idade, a


criança passa por um estágio definido por Piaget como pré-operatório. Ela é
caracterizada pelo surgimento da linguagem oral, onde a criança, além da inteligência
prática adquirida no estágio anterior, desenvolve uma ação interiorizada, definida
como esquemas representativos ou simbólicos. O pensamento pré-operatório
demonstra o desenvolvimento da inteligência seguida de ações. (PIAGET, 2003).
No estágio pré-operatório a criança adquire então a capacidade simbólica,
o que reduz a sua dependência de diversas sensações que até então serviam para
modular sua reação reflexiva. , bem como de suas ações motoras. Outra característica
é o egocentrismo, quando o pequeno ainda não tem condições de colocar-se na
perspectiva do outro. O pensamento nesta etapa é estático e rígido, onde são
captados estados momentâneos, sem integrá-los num conjunto. Há uma
predominância de acomodações e, pela irreversibilidade, a criança demonstra não
entender os fenômenos reversíveis. O conceito de reversibilidade refere-se a quando
são realizadas transformações, onde existe a possibilidade de restaurá-las, fazendo
voltar ao estágio original. A capacidade de reversibilidade será adquirida somente no
final deste período.
Lewis e Wolkmar (1993) colocam que o estágio pré-operatório é separado
em dois momentos: o pré-conceitual, onde ainda existe algum tipo de incapacidade
de pensamento lógico e o intuitivo, onde se inicia a descentração. É importante
destacar que no período pré-operatório ocorre a passagem do plano da ação para o
plano da representação, o que é caracterizado pelas primeiras condutas simbólicas.
Neste estágio ocorre o aparecimento da linguagem, da brincadeira simbólica e da
imitação que se dá na ausência do modelo.
Biaggio (1976) destaca que no momento da aparição da linguagem, a
criança se acha às voltas, não apenas com o universo físico como antes, mas com
dois mundos novos: o mundo social e o das representações interiores. Durante esse
período a criança continua bastante egocêntrica, devido a ausência de esquemas
conceituais e de lógica, a criança mistura a realidade com fantasia, tornando um
pensamento lúdico. O egocentrismo é caracterizado como uma visão da realidade que
parte do próprio eu, isto é, a criança se confunde com objetos e pessoas. Nessa fase
a criança desenvolve noções a respeito de objetos que serão utilizados na próxima
fase, para formar, a criança está sujeita a vários erros.
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De acordo com Piaget (2003), a partir do momento em que a criança


consegue realizar jogos sensórios motor desligado do seu contexto o esquema
simbólico ela já garante a superação da ação pela pura representação. Assim, torna
possível que a criança adquira meios para a assimilação do elemento real.
Ainda segundo Piaget (2003), a função simbólica resulta uma diferenciação
entre significantes e significados nos quais os símbolos ou sinais, permitem evocar
objetos ou situações não percebidas até então, o que constitui o começo da
representação. A representação apresenta dois aspectos principais: o aspecto
figurativo do pensamento, em posição as transformações, e guiado pela percepção e
sustentado pela imagem mental, e o aspecto operativo, que é relativo às
transformações e se dirige a tudo que modifica o objeto, a partir da ação até as
operações. (PIAGET, 2003)
A partir dessa faixa etária, passa ocorrer o desenvolvimento do
pensamento simbólico, o que torna possível o estabelecimento de alguns avanços
importantes do estágio pré-operacional. Dessa forma, não será mais necessária a
indicação sensorial para que a criança possa pensar em elementos. Ela pode se
recordar de algum objeto que caracterize função simbólica, por meio da imitação.
Assim, o símbolo favorece a criança pensar e a falar sobre produto e suas qualidades
mesmo que não esteja presente como elemento concreto. (HERMIDA, 2009)

2.1.3 De 6 a 12 anos – período operatório concreto

É o período compreendido pela segunda infância, aproximadamente na


faixa etária de 6 a 12 anos de idade. Nesse período, as crianças tornam-se capazes
de realizar operações mentais, ações internalizadas que se ajustam a um sistema
lógico. O pensamento operatório, característica desse período, possibilita que a
criança realize combinações mentais, além da separação, ordenamento e
transformação de objetos e ações. O nome operações concretas é atribuído porque
são realizadas na presença de objetos e eventos sobre os quais se está pensando.
(PIAGET, 2003)
Para Coutinho (1992), durante este estágio a criança adquire uma grande
quantidade de conhecimentos, destes destaca-se a habilidade de consolidar as
conservações de número, através da conservação física como peso e volume, além
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da constituição do espaço, através da compreensão da conservação de elementos


como o comprimento, superfície, etc. Também caracterizam essa fase a constituição
do tempo e do movimento (coordenação entre tempo e velocidade).
Também nesse estágio, a criança desenvolve a capacidade de estabelecer
e coordenar pontos de vista distintos, integrando-os de forma lógica e coerente, além
de interiorizar ações. Isso permite à criança a construção de raciocínios dentro de uma
coerência lógica. (PIAGET, 2003)
Wadsworth (1996) afirma que este estágio nota-se que a criança passa a
ser menos egocêntrica, tornando-se cada vez mais um ser social no uso de sua
linguagem. Com isso, ela passa a utilizar cada vez mais a fala como uma forma efetiva
de comunicação, tornando-se assim alguém verdadeiramente social.

2.1.4 De 12 a 16 anos – período operatório formal

No período operatório formal tem seu início por volta dos 12 anos e segue
durante a vida. Nesta fase as estruturas cognitivas do indivíduo estão mais maduras
e seu pensamento não está ligado às experiências diretas. O pensamento também
atinge seu grau máximo quando as operações formais se desenvolvem
completamente e o pensamento passa a ser formalizado. (PIAJET, 2003)
Neste período, de acordo com Piaget (2003) ocorre o desenvolvimento das
operações de raciocínio abstrato. Desta forma, ela passa a ter representações
abstratas do domínio concreto. Esta fase também se caracteriza pelo
desenvolvimento da sua própria identidade, podendo ocorrer problemas existenciais
e dúvidas entre o certo e o errado. Ela passa a defender o seu ponto de vista através
de seus próprios valores e naquilo que acredita.
Para Balestra (2007) este estágio se caracteriza pela consolidação das
estruturas formadas nos estágios anteriores, possibilitando a integração das
operações formais a partir da ordem de sucessão das aquisições dos períodos
anteriores.
O sujeito nessa fase apresenta facilidade em elaborar teorias abstratas. A
mudança para o pensamento formal torna o raciocínio hipotético-dedutivo, ou seja,
torna capaz de deduzir conclusões de puras hipóteses e não apenas por uma
observação real. . (PIAGET, 2003)
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2.2 O PAPEL DA ESCOLA NA FORMAÇÃO DA CRIANÇA

Embora não possa ser definida como a única instituição responsável pela
formação da criança, a escola tem um papel fundamental em todo o processo
educativo. Além de oferecer ao aluno a aquisição de uma gama de conhecimentos
técnicos e científicos, indispensáveis para a vida escolar, profissional e social das
pessoas, ela deve oferecer uma formação cidadã, que prepare o aluno para a vida
adulta, através da orientação para uma conduta socialmente equilibrada e saudável.
(GÓMEZ, 1998)
Essa tem sido uma das grandes preocupações da sociedade
contemporânea, onde a degradação de valores e comportamentos tem contribuído
para a criação de jovens e adultos despreparados para atuar de forma crítica e
construtiva no contexto de uma sociedade em constante transformação.
Sabe-se que a instrução para a cidadania corresponde uma
responsabilidade das distintas instituições que permeiam a condição humana como a
família, a religião, entre outros. Contudo, a situação atual da sociedade, os problemas
da instituição familiar e o isolamento social de muitas crianças e jovens têm feito com
que a escola receba uma parcela maior da responsabilidade de promover a formação
para a cidadania e a responsabilidade social. (ARANTES, 2003)
Assim, conforme afirma Turra (1998), embora a família e a comunidade
representem importantes agentes para uma formação cidadã, é notório que nos
últimos anos essa responsabilidade passou a ser, quase que em sua totalidade, a
cargo da escola. Esse novo patamar fez com que o ambiente escolar passasse a
oferecer mais do que os conteúdos tradicionais aos alunos. Criou-se uma exigência
de que as instituições de ensino passassem a ensinar valores para o desenvolvimento
moral dos alunos, por meio da definição de conteúdos e metodologias que
promovessem este tipo de formação.
É, portanto, indispensável esperar que a escola exerça esse papel de
formação social, contribuindo para que esses alunos tornem-se sujeitos capacitados
e interessados para envolver-se em determinadas funções na sociedade. Isso faz com
que o processo educativo desempenhado pela escola extrapole o simples
conhecimento formal, focado em determinados conteúdos e disciplinas específicas,
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passando a formar sujeitos para exercer com cidadania a prática cotidiana. (MINASI,
1997)
Neste sentido, é esperado que a escola possa desenvolver a qualificação
para a cidadania, indo além da simples qualificação formal e abrangendo uma
qualificação que permita ao sujeito defendes os seus interesses. (MELLO, 2005)
A este respeito, Cury (2003) afirma que além de preparar os alunos para
terem condições de ingressar em boas faculdades, o que se tem exigido é que ela
proporcione a construção de sujeitos preparados para a vida, com a formação de
indivíduos que valorizem princípios como a solidariedade, o respeito às diferenças, a
autonomia e a harmonia social. Assim, independentemente das escolhas e caminhos
profissionais e acadêmicos trilhados por esses sujeitos, sabe-se que ele levará
consigo uma valiosa carga de habilidades e conhecimentos morais e de cidadania
adquiridos na escola.
Libâneo (2002) ainda complementa ao afirmar que a escola passa a ser
exigida como espaço de formação de seus alunos a partir de uma perspectiva ético-
valorativa, onde valores humanos fundamentais como a honestidade, a justiça e o
respeito façam parte da formação de seus alunos.
Na perspectiva de uma formação integral, a escola deve capacitar o aluno
a compreender a realidade socioeconômica, política e cultural, o que vai habilitar o
indivíduo a participar do processo de construção da sociedade, a partir das demandas
e exigências da contemporaneidade. (VEIGA, 1991)
A este respeito, Araújo (2003) afirma que a escola tem o papel de promover
o desenvolvimento de elementos que ofereçam aos jovens e crianças todas as
condições físicas, cognitivas e psíquicas, além da necessária formação cultural e
política, tão importante para uma vida digna e saudável. Através da capacitação
nesses elementos, o indivíduo se torna capaz de possuir uma vida tanto no contexto
pessoal como político e social efetivos, atuando nesses espaços de forma crítica e
autônoma.
Um importante defensor desta concepção de educação foi o educador
Paulo Freire. Ele defendia que a escola constitui um espaço que deve tornar os
cidadãos mais conscientes e críticos, capazes de modificar a condição que vivem e
provocar sua libertação e mudança social. (FREIRE, 1980)
Arantes (2003) pontua que a demanda pela formação cidadã parte da
própria sociedade, uma vez que esta tem sofrido os efeitos e as consequências pela
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falha no processo de formação do sujeito. Esse demanda reforça a necessidade de


implementação de uma proposta educativa que contemple a cidadania, de modo que
os alunos possam desenvolver competências para lidar de forma mais consciente,
democrática, crítica e autônoma com o mundo contemporâneo.
Neste sentido, deve-se reforçar a necessidade de efetivar uma educação
que privilegie a capacitação nas dimensões afetiva, cognitiva, afetiva, interpessoal e
sociocultural das relações humanas. Para tanto, esses elementos devem ser
considerados no momento de elaboração do planejamento curricular e nos projetos
político-pedagógicos das escolas. (ARANTES, 2003)
Logo, para que a escola possa desenvolver esse papel, ela deverá contar
com uma proposta curricular que definam os conteúdos a serem trabalhados dentro
da temática da formação cidadã.
Em face da inclusão da formação cidadã e o papel da escola, verifica-se
que as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental - DCNEF
estabelece em seu texto o tipo de homem pela qual a escola deve empenhar-se para
formar, conforme especificado em seu Art. 3º:

I - As escolas deverão estabelecer como norteadores de suas ações


pedagógicas:
a. Os princípios éticos de autonomia, da responsabilidade, da
solidariedade e do respeito ao bem comum;
b. Os princípios de Direitos e Deveres da Cidadania, do exercício da
criticidade e do respeito à ordem democrática;
c. Os princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade e da
diversidade de manifestações artísticas e culturais. (BRASIL, 1998, p.
4)

Neste mesmo texto, fica definido que a escola deve oferecer uma proposta
curricular que contemple as relações com sua comunidade, tendo em vista a
necessidade de interação entre a educação fundamental e a vida cidadã do aluno.
Desta formo, espera-se a construção de sujeitos com identidade cidadã, que atuem
como protagonistas de ações responsáveis, solidárias e autônomas, tanto no que se
refere a a si próprio, como também em relação às suas famílias e a sociedade em que
vive. (BRASIL, 1998)
Outro importante marco legal da educação brasileira, os Parâmetros
Curriculares Nacionais – PCN’s definem que temas de interesse sociais e
fundamentais para a formação cidadã, tal como a violência, o uso de drogas, entre
outros, sejam trabalhados a partir da ideia de que a construção de cidadania exija da
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prática educativa uma formação que promova a compreensão da realidade social,


bem como os direitos e responsabilidades de cada um, tanto nas questões da vida
pessoal como na coletiva.
Desta forma, Turra (1998) reafirma o papel e a responsabilidade da escola
enquanto instituição que oferece aos alunos uma condição de conscientizar-se frente
a questões sociais, políticas, entre outras, ou seja, possibilitar aos alunos uma
verdadeira capacitação para exercer a cidadania.
Todos os educadores reconhecem a necessidade de estimular atitudes
positivas, desenvolver apreciações e fortalecer valores, mas o sucesso do aluno é
geralmente determinado pelas aprovações obtidas em exames tradicionais ou provas
objetivas ou pelas colocações conseguidas através da apresentação de diplomas. Os
sistemas educacionais, na realidade, concedem prioridade ao domínio cognitivo.
Assim, a proposta de uma educação renovadora deve embasar-se numa
perspectiva de rompimento aos tradicionais paradigmas do sistema de ensino, num
processo de integração que levem os alunos a reconhecer sua responsabilidade e
tornar-se sabedores que se tratam de agentes de transformação social.
(FERNANDES, 2015)

2.3 A FAMÍLIA E SUAS CONTRIBUIÇÕES NA FORMAÇÃO DA CRIANÇA

Embora tenha sido atribuída uma grande parcela da responsabilidade pela


formação dos indivíduos para a escola, a família mesmo diante de suas
transformações nas últimas décadas, continua sendo uma das principais responsáveis
pelo processo de formação da criança.
As constantes mudanças sociais e econômicas que caracterizam o mundo
contemporâneo tem favorecido a ocorrência de uma verdadeira transformação na
estrutura familiar, o que tem afetado a elaboração do conhecimento e ainda as
maneiras de interação entre os membros da família. Esse cenário por sua vez,
influencia nos relacionamentos e na interação com os filhos e o processo educacional.
(DESSEN e POLÔNIA, 2007)
Para Ackerman (1986), essa realidade tem provocado uma nova
configuração na dinâmica da vida familiar, levando ao rompimento de padrões
estabelecidos entre o indivíduo, a família e a sociedade. Essa nova constituição de
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espaços e as características na interação entre os indivíduos têm exposto as pessoas


a um conflito, sendo necessária uma nova visão no que se refere às relações
estabelecidas entre o homem a sociedade.
Para Tedesco (2002), escola e família permanecem como instituições que
desempenham um importante espaço de formação, devendo ser repensada a sua
ação formadora, devendo encontrar-se capacitados para lidar com os conflitos
inerentes a nova condição da sociedade. Contudo, é notório que o distanciamento da
família desse papel formativo, faz como que a família delegue exclusivamente à
escola o papel de promover o desenvolvimento da personalidade e do caráter da
criança, eximindo-se muitas vezes dessa responsabilidade.
De acordo com Lacasa (2004) tanto a escola como a família deve ser
entendidos como instituições educacionais responsáveis pelo desenvolvimento
humano. Dessa forma, tanto a escola como a família compreende espaços de
formação, sendo formados por pessoas que desempenham papéis específicos e
realizam determinadas funções formativas.
Sabe-se que o processo de ensino-aprendizagem tem seu início muito
antes da criança iniciar efetivamente no ambiente escolar. Logo, são as convivências
e experiências ocorridas no contexto familiar é que marcam o desenvolvimento das
características sociais, éticas e morais do indivíduo. Assim, pode-se verificar que a
família é um elemento indispensável no processo formativo da criança pois seu papel
começa a ser exercido muito antes da criança chegar ao convívio escolar.
Isso faz com que a criança seja o reflexo da convivência entre os membros
da família, visto que quando esse ambiente oferece segurança, carinho, afeto, entre
outras condições favoráveis, a criança vai apresentar na escola plenas condições de
enfrentar os desafios da convivência em sociedade. Por outro lado, quando a família
oferece apenas um ambiente negativo a criança, esta vai desenvolver conflitos, medos
e desconfianças que irão acarretar em problemas no seu desenvolvimento educativo,
tornando mais difícil para a escola cumprir o seu papel nessas condições. (TEDESCO,
2002)

Pelo papel desempenhado no desenvolvimento humano, pode-se afirmar


então que a família constitui um elemento essencial na formação do sujeito, visto que
é nela que ocorre o desenvolvimento das primeiras habilidades e ensinamentos. Isso
faz com que a educação familiar represente um importante papel na formação de
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aspectos como o respeito e a convivência com limites, regras e normas. (WALSH,


2012)
Logo, o mundo que rodeia as crianças exerce grande influência sobre o seu
jeito de ser, do seu comportamento e sua atitude diante dos problemas do seu
cotidiano. Esse comportamento diante da vida, adquirido desde o início de seu
desenvolvimento na infância, dificilmente será mudado na escola.
Kaloustian (1998), ao destacar o papel da família na formação da criança,
afirma que ela irá propiciar todo o aporte afetivo e material necessário para que a
criança tenha garantido o seu desenvolvimento e bem estar. Isso faz com que ela
desempenhe um papel decisivo tanto no processo de educação formal como informal.
No espaço familiar é que serão promovidos os conhecimentos em relação a valores
éticos e morais da criança, além de se iniciar uma conscientização frente a
solidariedade e responsabilidade social do sujeito. As vivências ocorridas no espaço
familiar vai possibilitar uma aprendizagem gradativa e sistematizada que serão
posteriormente reforçadas dentro do espaço escolar.
O ambiente familiar propicia diversas atividades que envolvem a criança
numa ação intencional, onde ocorrem trocas intersubjetivas que tornam-se mais
complexas ou que vão adquirindo intencionalidades específicas. Neste espaço,
diversas informações são repassadas as crianças, possibilitando o desenvolvimento
de sua identidade dentro do convívio familiar, promovendo suas habilidades cognitivas
e sociais e contribuindo para a formação de sua personalidade. Desta forma, a família
não se constitui apenas como um conjunto de relações entre seus membros, mas sim
um conjunto de papéis socialmente definidos, cuja função formativa deve ser
considerada como fundamental na formação da criança. (SZYMANSKI, 2009)
Desta forma, embora exista uma colaboração da escola, o processo de
orientação e instrução do sujeito em relação a aspectos como cidadania, caráter e
moral são de responsabilidade da família, não podendo ficar exclusivamente a cargo
da escola.
Assim, afirma Lacasa (2004) que o contexto família em que a criança se
encontra inserido irá contribuir grandemente para a sua formação e o desenvolvimento
de seus comportamentos. Baixa autoestima, mau comportamento, dificuldades no
cumprimento de regras, entre outros comportamentos típicos das crianças podem ser
minimizados quando as crianças contam com um adequado suporte de suas famílias.
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Por outro lado, crianças que recebem uma orientação adequada e uma
formação ética tendem a se sentir mais seguras e motivadas, tendendo a não
desenvolver problemas como a violência, sexualidade e outros assuntos que, na
atualidade, tem se tornado importantes desafios para uma formação humana.
Exercendo adequadamente o seu papel, a família pode contribuir muito na
formação da criança e proporcionar a ela um desenvolvimento equilibrado que terá
como consequência a formação de adultos responsáveis e conscientes de seu papel
na sociedade. (WALSH, 2012)
Dessa forma, pode-se afirmar que o processo de educação, iniciado desde
os primeiros dias de vida da criança, requer da família muita dedicação e cuidado,
devendo ser trabalhado continuamente no cotidiano do ambiente familiar, exigindo de
todos os membros uma observação e acompanhamento atento para que a formação
do indivíduo seja conduzida para um pleno desenvolvimento do sujeito. (ZORZO,
SILVA e POLENZ, 2004)

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme definido inicialmente, este estudo teve como objetivo analisar os


desafios e obstáculos existentes no processo educacional, tanto no âmbito escolar
como familiar, que tem impedido a formação da criança para uma atuação mais cidadã
dentro da sociedade.
A partir da realização da pesquisa bibliográfica e, consequentemente, das
principais ideias dos teóricos consultados, nota-se que a formação das crianças para
uma atuação cidadã ainda constitui um grande desafio a ser superado pela educação,
tanto em nível escolar como familiar.
Embora exista na base normativa da educação nacional o estabelecimento
de inclusão de temas ligados a cidadania e a participação social no currículo da
educação básica, a consolidação desses temas ainda necessita de um maior
aprofundamento das estratégias pedagógicas de aplicação.
Também verificou-se que a característica das famílias contemporâneas e a
crise vivenciada por essa instituição nos últimos anos, tem feito com que muitas de
suas responsabilidades e papéis a serem exercidos na formação da criança,
simplesmente tem sido transferidos para a escola.
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Isso tem agravado os problemas na formação escolar, uma vez que esses
alunos têm ingressado na escola sem que tenham a bagagem necessária no que diz
respeito a valores e aspectos éticos pela omissão da família, dificultando o processo
formativo oferecido pela escola.
Por fim, pode-se concluir que diante dos inúmeros desafios da educação,
fazer com que a criança que queremos seja efetivamente aquela que temos, irá
demandar de um esforço conjunto dos mais diversos atores envolvidos no processo
de formação dessa criança. Para tanto, faz-se necessário que a própria sociedade,
através do exemplo dado às crianças pelos adultos, consolidem valores como o
respeito, a solidariedade, a dignidade humana, entre tantos outros que tem sido
esquecidos na sociedade contemporânea.
Desta forma, não basta esperar que as gerações futuras apresentem um
comportamento distinto, se no presente as pessoas não apresentem uma iniciativa de
mudança nos seus comportamentos e ações e que servem de exemplo para as
crianças.
Uma educação transformadora somente pode ser estabelecida entre os
mais jovens desde que toda a sociedade compreenda a importância e principalmente
a urgência na consolidação de valores éticos e morais, sendo que estes somente
chegarão até as crianças se forem desenvolvidos desde os primeiros anos de vida.

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