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A PEDAGOGIA SOCIAL E SEU PAPEL EM UMA INSTITUIÇÃO DE LONGA


PERMANÊNCIA PARA IDOSOS

RESUMO

O presente estudo visa refletir sobre o papel do Pedagogo Social e suas possibilidades de
atuação transformadora com idosos residentes em Instituições de Longa Permanência para
Idosos, a partir da experiência de convívio com os idosos no Lar Vicentino Valdemar Bertoldo
Trigueiro. Nesses espaços, a Pedagogia Social ganha espaço ao devolver aos idosos uma
formação cidadã, resgatando seus princípios morais, bem como possibilitando sua associação e
unificação cultural e social à vida da comunidade. A prática da Pedagogia Social nessas
instituições ganha maior fundamentação em virtude do observado aumento da população idosa
no país levando a um aumento na demanda de vagas para essas instituições. Esse estudo foi
realizado por meio de um estudo teórico bibliográfico que teve como objetivo descrever as
possíveis contribuições de um pedagogo social atuando nas entidades de longa permanência
para idosos. A partir do levantamento bibliográfico, é possível inferir que embora a discussão
sobre a atuação do pedagogo nos espaços de educação não formal tenha ganhado força, ao
avaliar-se sobre o ponto de vista da sua real aplicação nesses contextos observa-se ainda uma
fragilidade nas pesquisas na área. O estudo possibilitou ainda considerar que há uma grande
necessidade de ampliar as discussões sobre de que forma o idoso possa usufruir de uma vida
digna com qualidade em instituições. Para tanto o trabalho do pedagogo no abrigo deve
promover um melhor desenvolvimento, nos mais diversos aspectos desses indivíduos, seja
físico, cognitivo, social, cultural, psicológico entre outros aspectos da vida do idoso.

Palavras-chave: Pedagogia Social. Assistência do Idoso. Instituições de Longa Permanência


para Idosos.

ABSTRACT

This study aims to reflect on the role of the Social Educator and its transformative possibilities of
action with elderly living in long-stay institutions for the elderly, from the convivial experience
with seniors in the Lar Vicentino Valdemar Bertoldo Trigueiro. In these spaces, the Social
Pedagogy gaining ground in returning the elderly a citizen training, rescuing their moral principles
as well as enabling their association and cultural and social unification of community life. The
practice of social pedagogy in these institutions earn more fundamentally due to the observed
increase in the elderly population in the country leading to an increase in demand of places for these
institutions. This study was conducted by means of a bibliographic theoretical study that aimed to
describe the possible contributions of a social pedagogue working in long-stay institutions for the
elderly. From the literature, you can infer that although the discussion of the role of the teacher in
non-formal education spaces have gained strength, to be assessed on the point of view of its actual
application in these contexts is observed still a weakness in research in the area. The study made it
possible to consider that there is a great need to expand discussions on how the elderly can enjoy a
decent life with quality institutions. Therefore the work of the teacher in the shelter should promote
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better development in various aspects of these individuals, whether physical, cognitive, social,
cultural, psychological and other aspects of life of the elderly.

Keywords: Social Pedagogy. Elderly Assistance. Long-stay institutions for the elderly.

1. INTRODUÇÃO

O presente estudo tem como objetivo refletir sobre o papel do Pedagogo Social e suas
possibilidades de atuação transformadora com idosos residentes em Instituições de Longa
Permanência para Idosos. Esse interesse surgiu a partir da oportunidade de presidir o Conselho
Municipal do Idoso do município de Varjão de Minas – MG. Este conselho é um órgão
partidário com função consultiva, deliberativa, controladora e fiscalizadora da política de defesa
dos direitos do idoso, tendo por finalidade congregar e conjugar esforços dos órgãos públicos,
entidades privadas e grupos organizados, que tenham em seus objetivos o atendimento de
pessoas idosas, estabelecendo as diretrizes e a definição da Política Municipal dos Direitos do
Idoso no Município de Varjão de Minas.
Através do Conselho Municipal do Idoso, passei a conhecer o Lar Vicentino Valdemar
Bertoldo Trigueiro, que é uma Instituição de Longa Permanência para Idosos, fundada e gerida
pela Sociedade São Vicente de Paulo. Por meio das visitas à instituição, pude observar as
inúmeras possibilidades de atuação do Pedagogo Social naquele contexto, bem como a sua
importância para a melhoria da qualidade de vida dos idosos residentes na instituição.
A Pedagogia Social constitui um procedimento pelo qual “se forma o homem como
cidadão, resgatando seus princípios morais, parte integrante do seu ser e da sua essência,
proporcionando-lhe a possibilidade de se associar e unificar cultural e socialmente à vida da
comunidade”.
Sua prática acontece em espaços de educação não-formais, tais como em instituições de
acolhimento de idosos, sendo esses locais muitas vezes esquecidos pelas políticas públicas e
direcionadas aos indivíduos que estão a margem da sociedade, em condições de risco. Logo, a
Pedagogia Social compreende a situação dos sujeitos e sua condição, atuando de modo a
diminuir as suas necessidades fundamentais (LIMA, SILVA e MELO, 2015).
A prática da Pedagogia Social em instituições para idosos ganha maior fundamentação
na medida em que se observa um crescente aumento da população idosa no país e,
consequentemente, um aumento na demanda de vagas para essas instituições.
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Acrescenta-se ainda que o aumento na expectativa média e vida tem feito com que os
idosos permaneçam por um período maior nessas instituições, o que exige a adoção de práticas
que melhorem a qualidade de vida desses indivíduos.
Levando em consideração as mudanças sociais dos dias atuais, a população idosa tem
se sentido cada vez mais excluída da sociedade. Assim, por meio do trabalho pedagógico nesses
ambientes não formais, espera-se reverter a ideia de que o idoso não faz mais parte da sociedade,
resgatando sua dignidade, cidadania e, muitas vezes, sua vontade de viver.
Assim, o campo de atuação da Pedagogia Social serviu de motivação para atuar como
voluntária naquela instituição, bem como no aprofundamento dos conceitos através de um
estudo bibliográfico sobre o tema.
Diante desse contexto, o presente estudo teve como objetivo compreender quais eram
as possibilidades de atuação de um Pedagogo Social no contexto de uma Instituição de Longa
Permanência para Idosos – ILPI, bem como entender a forma como poderia esses profissionais
podem contribuir para melhoria na qualidade de vida dos idosos residentes nessas instituições.
O presente estudo objetiva-se ainda a fazer uma articulação entre os principais conceitos
sobre o Pedagogo Social com o trabalho que desenvolvido na instituição como voluntaria.
Para tanto, o presente estudo foi realizado por meio de um estudo teórico bibliográfico
cujo objetivo é descrever as possíveis contribuições de um pedagogo social atuando nas
entidades de longa permanência para idosos.
Paulo Freire, um dos principais nomes da Pedagogia Social no país fez sua constituição
para uma Pedagogia Social que revitalize a relação educador-social e educando (PINEL,
SILVA e DOMINGOS, 2013). Buscou-se traçar um histórico da Pedagogia Social apontando
possíveis relações com a Educação Popular em Paulo Freire e a importância do pensamento
Freiriano na relação educador social e educando principalmente no que diz respeito à
conscientização crítica do educando e tem como principal base teórica a psicologia analítica.
Desse modo, é possível perceber uma possível aproximação da Pedagogia Social com o
pensamento de Paulo Freire, uma vez que este lutava em favor dos menos favorecidos em busca
de uma educação que atendesse a todas as camadas populares.
Por fim, destaca-se que a metodologia dessa investigação procurou responder as
perguntas norteadoras a partir das reflexões sobre o trabalho desenvolvido na instituição; do
diálogo sobre o surgimento da Pedagogia Social e seu campo de atuação; cem como as
possibilidades de ação transformadora do Pedagogo Social em instituições de longa
permanência para idosos, os quais serão tratados adiante.
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2. DESENVOLVIMENTO

2.1. A HISTÓRIA E CONCEITO DA PRÁTICA DA PEDAGOGIA SOCIAL

2.1.1 Aspectos históricos

Antes de se estabelecer enquanto disciplina, a pedagogia social teve como precursores


a ação caritativa do cristianismo e em pedagogistas como Pestalozzi e Froebel. Esse termo teve
sua origem na Alemanha, sendo utilizado inicialmente por K. F. Magwer em 1844, na
"Padagogische Revue", e posteriormente foi utilizado por Diesterweg, em 1850 e Natorp no
ano de 1898. Suas origens remontam das problemáticas sociais que emergiram na era da
industrialização, a partir da metade do século XIX, especialmente na Alemanha, o que veio a
motivar sua sistematização enquanto ciência e disciplina (CALIMAN, 2006).
Neste sentido, além de representar um dos marcos do início do período contemporâneo,
a Revolução industrial constituiu um período de grande importância em aspectos como os
direitos e sua legitimação, a representatividade das massas e a democracia.
De acordo com Cambi (1999), o desenvolvimento industrial com o advento das fábricas,
do mercado mundial e da produção em larga escala, implicou numa série de profundas
mudanças sociais, tais como o nascimento do proletariado e um acelerado processo de explosão
demográfica.
No campo social, o autor cita como um dos principais desdobramentos da revolução, a
transformação nas condições de vida nos países industriais quando comparados aos outros
países da época, tendo ocorrido uma mudança progressiva das necessidades de consumo da
população conforme novas mercadorias vinham sendo produzidas.
Foi exatamente nesse cenário que o pedagogo alemão Adolfo Diesterweg postulou as
terminologias da Educação Social e da Pedagogia Social. Diesterweg tinha como área de
atuação acadêmica a didática, a organização escolar e as políticas educacionais, sendo que na
época também teve uma relevante atuação política, ocupando cargos públicos, articulando
organizações de professores e sendo candidato pelo Partido Progressista (CABANAS, 1997).
De acordo com Cabanas (1997) os pesquisadores alemães vinculam a aparição da
prática da Pedagogia Social ao surgimento da sociedade industrial, uma vez que o processo de
industrialização da sociedade provocou um acúmulo de problemas que vieram atingir os grupos
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humanos da época. Fatores como as imigrações, greves, aglomerações urbanas, entre outros,
constituem problemas que desestruturam a vida humana, exigindo a atuação da educação social
a partir desses problemas.
Na Alemanha, esses problemas emergiram com maior intensidade durante o período da
primeira guerra mundial e com suas consequências no período pós-guerra. Para Cabanas (1997),
pode-se descrever historicamente a época do nascimento e consolidação da Pedagogia Social
alemã que corresponde à República de Weimar (1919-1933). Nesse período, Paul Natorp, um
dos mais importantes pesquisadores na área da Pedagogia, distinguiu a Pedagogia Social da
individual em dois aspectos: que quem educa não são os educadores concretos, mas sim a
comunidade, e que essa educação é a favor de uma coletividade e não apenas do indivíduo.
Natorp publica no ano de 1899 a obra “Pedagogia Social”, publicação em que argumenta
que a pedagogia de quem o precedeu foi, em quase sua totalidade, uma pedagogia individual, a
qual se contrapunha ao conceito da então descrita pedagogia social. Ele considerava que a
origem das tensões sócio-políticas seriam resultado do individualismo, tendo levado o povo
alemão à perda de sua grandeza. Em sua obra, Natorp apresentava três conceitos-chaves: o
conceito de comunidade, o conceito de que o homem chega a ser homem, somente através da
vivência comunitária e o que diz respeito à vontade (CAMBI, 1999).
Cabanas (1997) afirma ainda que nesse período aconteceram movimentos pedagógicos
que favoreceram a ideia de uma Pedagogia Social. A existência de lugares educativos no campo,
as escolas voltadas para preparar jovens para o mundo do trabalho e as universidades populares
configuravam o cenário educativo dessa época. Entretanto, o autor relata também que o período
pós-guerra favoreceu o aparecimento da delinquência juvenil, levando ao surgimento de leis e
instituições para controlar essa nova realidade.
É nesse contexto que tem destaque o pedagogo Herman Nohl (1879-1960), considerado
o criador da Pedagogia Social na Alemanha. Nohl era professor de pedagogia em Jena e seus
discípulos incentivaram-no a dar lições referentes à Pedagogia Social, que naquele período era
confundida com a educação popular, no sentido de uma educação voltada para a população em
geral. Foi assim que Nohl fundou a Universidad Popular em Jena, sendo que a época conturbada
do pós-guerra o colocou em contato com os verdadeiros temas da Pedagogia Social. Proferiu
um seminário onde discutiu os problemas que afetavam a muitos jovens e orientou a atenção
social necessária aos mesmos por meio de um trabalho interdisciplinar com enfoques
educativos, estabelecendo interlocuções com a área jurídica, a psiquiatria e o trabalho social.
Essa foi a estruturação inicial da Pedagogia Social, sendo Nohl o responsável por sua
organização, sendo que também tentou buscar meios para considerá-la uma área profissional,
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mas acabou por elaborar apenas a fundamentação teórica da área da Pedagogia Social,
produzindo um grande número de escritos sobre o tema (CABANAS, 1997)
Para Cambi (1999), a proposta de Pedagogia Social de Nohl é uma autêntica “pedagogia
da necessidade”, que buscava revitalizar a Alemanha, tão cheia de necessitados: jovens, presos,
trabalhadores, mulheres, crianças e marginalizados de todos os tipos.
De acordo com Souza Neto, Silva e Moura (2009) a Pedagogia Social do início do século
XX foi fortemente influenciada pela Antropologia Filosófica, cuja principal ideia era a de
desenvolver uma teoria holística voltada para educar por meio da sociedade e da comunidade.
Essa abordagem significa uma compreensão do indivíduo e de suas circunstâncias em sua
totalidade.
No Brasil, segundo Machado (2014), primeiro aspecto a ser considerado a respeito do
entendimento sobre o desenvolvimento histórico da Pedagogia Social/ Educação Social
relaciona-se à institucionalização da área, processo que permite compreender o movimento que
está estruturando a Educação Social como um campo de trabalho profissional, em que o
Educador ou Educadora Social aparecem como sujeitos principais nesse contexto.
Tal como ocorreu em outros países, por meio do acesso aos conhecimentos históricos a
respeito do atendimento à infância e à adolescência no país, é possível afirmar que a origem das
práticas educativas sociais estão profundamente relacionadas ao cuidado e/ou atendimento
educativo de crianças e adolescentes pobres, com experiências de vida marcadas pelo abandono,
falta da garantia dos seus direitos, expostos às violências de todos os tipos, entre tantas outras
questões que explicam a condição de seres invisíveis e marginalizados (MACHADO, 2014).
No trilhar histórico da Pedagogia Social do Brasil, Okraska (2013) destaca o nome de
Paulo Freire e o seu método de Educação Popular desenvolvido para educar e alfabetizar adultos
na década de 1960. Para o autor, embora sua Pedagogia não seja denominada de Pedagogia
Social, ela teve grande difusão, além de influenciar programas de alfabetização e de educação
espalhados pelo país, além de diversos países Europa e América Latina.
Sua Pedagogia, descrita como “não autoritária”, também difundida como a Pedagogia
do Oprimido, tem como objetivo principal o ato de aquisição de consciência como condição
maior para garantir uma transformação social.
Saul e Silva (2009) fazem referência a Paulo Freire, na forma de precursor da Educação
Social, que, associando suas práticas à postura de educador social, pregava e agia a favor da
emancipação do educando, buscando suas bases na realidade do mesmo. Considerado entre os
estudiosos da Educação Popular um sistematizador das práticas socioeducativas, Freire é uma
referência sempre presente nos escritos sobre Pedagogia Social, embora de nunca ter usado este
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termo em seus textos. Todo o debate que realiza em torno da educação o coloca em lugar de
destaque no que se refere ao embasamento das questões sociais na necessidade de tomada de
consciência das relações entre opressores e oprimidos, bem como a possibilidade de se fazer
isso através da educação para a emancipação.
Por suas postulações, portanto, Paulo Freire constitui um dos mais respeitáveis
precursores da Pedagogia Social brasileira, sendo que sua obra tem reconhecimento
internacional.

2.1.2 Aspectos Conceituais

Pedagogia Social pode ser entendida como uma ação teórico-prática e socioeducativa,
realizada por educadores ou agentes sociais. Assim, ela pode ser compreendida como um campo
de estudo onde a conexão entre educação e a sociedade acontecem de maneira prioritária, numa
esfera de atividades que ocorrem em diferentes espaços não formais de educação e que
combatem e amenizam os problemas sociais por meios de ações educacionais (MORAES,
2011).
Arroyo (2012) destaca que devido ao fato de estar relacionada aos espaços não formais
de educação, a Pedagogia Social não funciona norteada por currículos ou exigências formativas
oficiais. Ela atua para responder de maneira mais apropriada e diligente às necessidades da
população em desvantagem social.
Assim sendo, a Pedagogia Social insere-se na esfera da educação social, bem como da
educação da sociedade, na sociedade e para a sociedade. Tal situação é conceituada por Arroyo
(2012) como fronteiras de produção de desigualdade, em que os indivíduos postos à margem
pela circunstância social excludente podem ter acesso às condições básicas de humanização.
Outo conceito é apresentado por Caliman (2006, p.3) o qual define e interpreta a
Pedagogia Social “como uma ‘ciência’ prática, social e educativa, não formal, que justifica e
compreende em termos mais amplos, a tarefa da socialização”, e de forma particular a
prevenção e a recuperação no âmbito das deficiências da socialização e da falta de satisfação
das necessidades fundamentais.
Caliman (2010) interpreta a Pedagogia Social como ciência enquanto esta sugere
elucidar um setor ou dimensão da realidade que se depara como problemática e necessita de
soluções para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, em especial dos grupos em situação
de risco.
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Por sua vez, Ortega (1999), entende a Pedagogia Social como uma ciência pedagógica
de caráter teórico-prático e que esta faz referência à socialização do sujeito, quer seja a partir
de uma perspectiva normalizada, assim como aos aspectos do trabalho social. O autor entende
que todo indivíduo se socializa não apenas dentro das instituições escolares, mas também fora
delas e por isso a Pedagogia e a Educação Social devem efetuar-se em todos os contextos nos
quais se desenvolve a vida do ser humano.
Ortega (1999) afirma ainda que a Pedagogia Social “[...] é ou seria fundamentalmente a
dinamização ativa das condições educativas da cultura, da vida social e dos seus indivíduos, e
a compensação, normalização ou, até, a reeducação da dificuldade e do conflito social”
(ORTEGA, 1999, p. 100).
Luzuriaga (1960) enfatiza duas características fundamentais da Pedagogia Social que
são: uma de cunho descritivo e explicativo que estuda a educação na realidade social sem
assumir o compromisso de modificá-la, e outra axiológica e normativa que revela o ideal de
educação nesta mesma sociedade. Tais características, apesar de indissociáveis, podem ser
separadas e cognominadas de Pedagogia Sociológica e Pedagogia Social, respectivamente.
Uma questão importante em relação a Pedagogia Social é a sua localização no campo
das ciências pedagógicas. De acordo com Vieira (2007), a maioria dos pedagogos alemães
defendiam uma pedagogia individualista, com as exceções de autores como Pestalozzi, Fröbel
e Diesterweg. Para Natorp, a Pedagogia Social não é uma parcela ou ramo da pedagogia, e não
se pensa em outra que não seja ela própria, em essência.
Caliman (2006), acrescenta ainda que a Pedagogia Social também visa provocar o
autoconhecimento na relação com o outro, reconhecendo principalmente que a educação se dá
pela participação social, podendo ser alcançada nas práticas coletivas de organização da
comunidade.

A Pedagogia Social no Brasil tende a ser concebida como uma ciência que pertence
ao rol das Ciências da Educação, uma ciência sensível à dimensão da sociabilidade
humana, ou seja, que se ocupa particularmente da educação social de indivíduos
historicamente situados. Uma educação que ocorre de modo particular lá onde as
agências formais de educação não conseguem chegar; nas relações de ajuda a pessoas
em dificuldade, especialmente crianças, adolescentes e jovens que sofrem pela escassa
atenção às suas necessidades fundamentais (CALIMAN. 2010, p.343).

Por fim, pode-se inferir que existem, dentro da conformação atual da Psicologia Social,
alguns âmbitos ela ocorre de forma mais evidente, sendo essas: a Educação de Adultos,
Educação de jovens em situação de risco, recuperação e reinserção social dos sujeitos
toxicodependentes, grupos populacionais sujeitos ao preconceito e a discriminação como
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idosos, e orientação escolar de alunos atingidos por fortes condicionamentos sociais (pobreza,
exclusão social, desagregação familiar).
Todas estas esferas da Pedagogia Social trabalham no propósito de desenvolver um
bem-estar social e a superação de condições de sofrimento e marginalidade, realizando o
exercício da cidadania e da promoção social.

2.2. ATUAÇÃO E CONTRIBUIÇÕES DO PEDAGOGO NA EDUCAÇÃO NÃO


FORMAL COM IDOSOS

2.2.1 A Pedagogia e a Educação Não-Formal

A educação é um processo contínuo que ultrapassa os limites do saber e a simples


aquisição do conhecimento. Dessa forma, ela não pode ser reduzida a um único espaço, nem
tampouco condicionada aos meios formais de educação. Nessa perspectiva, Libâneo (2004)
afirma não existir uma única forma ou um único modelo de educação, sendo que a escola, por
sua vez, não representa o único lugar onde a educação pode acontecer.
Ela possui uma função real e necessária da sociedade humana, pela qual se busca
desenvolver ou facilitar o desenvolvimento da vida do homem, introduzindo-o no mundo social
e cultural, apelando para sua própria atividade. A partir dessa visão, pode-se compreender que
a “educação significa a soma total de processos através dos quais uma comunidade ou grupo
social transmitem seus poderes e ideais adquiridos, com o fim de assegurar a própria existência
e crescimento” (COFFERRI e NOGARO, 2010, p. 10).
Assim, práticas educativas podem ser desenvolvidas nos mais distintos espaços, sejam
eles formais ou não formais e cabe ao pedagogo atuar nos mais diferentes espaços educativos.
Tal especificidade da Pedagogia tem sua base no seu desenvolvimento histórico enquanto
Ciência e o longo processo social que ampliou a abrangência da Pedagogia, atingindo não
somente os espaços escolares, mas também se tornando fundamental no campo social, estando
direcionada ao indivíduo nos seus mais distintos aspectos (MIRANDA e COSTA, 2011).
Compreendendo que o ser humano se constitui a partir das relações que estabelece,
entende-se também que a educação não formal representa uma atividade importante ao processo
de formação do indivíduo, uma vez que favorece a socialização, através do convívio com
diferentes sujeitos em contextos distintos e auxilia também no processo de ensino-
aprendizagem, já que acontece por meio do compartilhar de experiências (GOHN, 2005).
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Nesse sentido, Tavares (2010) afirma que o pedagogo atua como um agente de
transformação, sendo responsável pela construção crítica do cidadão, podendo atuar em
múltiplos espaços, em diversos contextos e situações.
De acordo com Ferreira (2009), a inserção do pedagogo em espaços distintos às
instituições escolares, através da Pedagogia Social baseia-se na premissa de que é necessário
construir nos indivíduos, principalmente entre os excluídos sociais, o desejo de participação em
uma estrutura societária, compreendendo a sociedade como uma extensa rede de interações
sociais (grupo, comunidade, organização, instituições, categorias, sistemas).
Para Libâneo (2004) o pedagogo tem identidade própria, sendo que seu campo de ação
compreende a ação educativa e os processos de ensino e de aprendizagem. A inter-relação
existente ao longo do curso com diversas outras ciências o permite refletir e compreender as
questões relacionadas à sociedade e ao ser humano. Sua formação multidisciplinar confere-lhe
a possibilidade de implementar ações interdisciplinares.
As possibilidades de exercício profissional do pedagogo são amplas, visto que o objeto
principal do seu trabalho é o ato educativo, a aprendizagem humana. Aprender significa tomar
conhecimento, tornar-se apto ou capaz de fazer alguma coisa, em consequência de estudo,
observação, experiência. Projetos que estimulem aprendizagens são cada vez mais requisitados
nos locais de trabalho e podem representar uma mudança radical nas organizações e nas
relações que nela acontecem (SILVA, 2003).
Dessa forma, o pedagogo é um profissional que na sociedade atual pode atuar
profissionalmente em diversos espaços educacionais onde haja necessidade de organizar,
planejar, desenvolver e avaliar oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento de
habilidades.
Para Libâneo (2004) o mundo apresenta-se sob a forma de uma sociedade pedagógica e
por isso necessita de ações pedagógicas mais bem definidas e consistentes para dar conta de
todas essas transformações que a cada dia acontecem na sociedade. Assim, o campo de atuação
do pedagogo não pode estar ligado somente à docência, é importante considerar que a docência
faz parte da Pedagogia, mas não é a sua única identidade.
Esse novo cenário educativo ao qual a sociedade atual está inserida deixa claro que o
processo educativo, ou melhor, as práticas educativas não estão mais restritas à formalidade,
isto é, ao espaço escolar. O espaço educativo é um espaço aberto, que se estende além dos
muros da escola, é um espaço que alcança também e principalmente o contexto social de cada
educando e isso possibilita ao pedagogo sua inserção e atuação nos mais diferentes segmentos
e áreas da sociedade.
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Assim, um dos principais desafios para esse profissional atualmente é poder atuar em
diversas áreas que necessitem de um trabalho educativo ou pedagógico, porém, para atuar
nesses diversificados espaços educativos, é necessário mais do que uma formação em
Pedagogia. É necessário buscar outros conhecimentos não só como forma de se diferenciar no
mercado de trabalho, mas como forma de desenvolver um trabalho coerente de acordo com uma
prática pedagógica que seja adequada aos denominados espaços de educação não-formal.
O que deve ficar claro é que essas diversificadas áreas de atuação, além da escola, têm
muitas semelhanças com o trabalho desenvolvido por ela. Mas, ao mesmo tempo, elas diferem
das práticas escolares, especialmente por serem desenvolvidas em espaços diferentes, em
tempos diferentes, com metodologias diferentes, e requerem um processo de refletir
continuamente sobre seu trabalho, buscando atualização não só de conhecimentos específicos
da área educacional, mas sobre a área em que está atuando.

2.2.2 O idoso e as instituições de longa permanência

A instituição de longa permanência é considerada um sistema social organizacional que


desempenha uma função social determinada em sociedades complexas. A manutenção de
relacionamentos significativos é considerada uma necessidade básica da sobrevivência humana
e, portanto, é atribuída à esse tipo de instituição o papel de manter os vínculos familiares e a
integração dos residentes (CREUTZBERG et al., 2007).
Assim, as instituições de longa permanência que abrigam idosos (ILPI) são “instituições
governamentais ou não governamentais, de caráter residencial destinadas ao domicílio coletivo
de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar, em condição
de liberdade, dignidade e cidadania” (BRASIL, 2005, p. 1).
Segundo o regulamento técnico para o funcionamento das ILPI (BRASIL, 2005), elas
devem propiciar o exercício dos direitos humanos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais
e individuais de seus residentes.
Por seu caráter social, a ILPI tem como papel agir como facilitadora do processo de
envelhecimento, promovendo atividades que possibilitem satisfação pessoal e estímulo aos
residentes. Para atingir tais objetivos, é necessário que ela envolva os próprios idosos no
planejamento de atividades, priorizando aquelas que lhes agradam e atendem aos seus objetivos
individuais. Acrescenta-se ainda que essas instituições devem minimizar os prejuízos da
institucionalização aos idosos, tais como as perdas da autonomia e identidade e a segregação
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social, além de promover a qualidade de vida e as oportunidades de crescimento pessoal de seus


residentes (TOMASINI e ALVES, 2007).
De acordo com Graeff (2005), existem diversos aspectos do universo simbólico do asilo
que o diferenciam da generalização das instituições totais. A experiência de envelhecer no asilo
está relacionada à ocupação dos espaços sociais e às relações afetivas estabelecidas no
momento.
Para o autor, existem aspectos da cultura asilar que não podem ser interpretados como
instituições totais, o que define como as carreiras da velhice, que são as maneiras de viver e
ressignificar a condição de asilamento; os ritmos cotidianos que conformam temporalidades
próprias na cultura asilar; e as narrativas dos idosos que realizam um esforço sistemático em
dar sentido às suas experiências.
O ingresso em um asilo para o imaginário dos idosos residentes na comunidade, segundo
Silva e Vasquez-Garnica (2008), significa uma perda simbólica e ameaça a sua identidade.
Esses autores propõem a necessidade de considerar as normas culturais e interpretações dos
idosos, bem como suas crenças e preferências no desenvolvimento das ações institucionais.
Deste modo, é possível considerar que a atribuição de características de um cuidado familiar
nessas instituições favorece o melhor desempenho de sua função social.
Dentro da modalidade de atendimento asilar são classificados dois grupos principais de
Instituições de Longa Permanência para Idosos, o primeiro das Instituições
Gerontólogico/Geriátricas privadas e as ILPI em sua maioria filantrópicas.
Segundo Almeida (2005) as primeiras instituições filantrópicas voltadas para os
cuidados da população idosa teve sua fundação pelos cristãos no Império Bizantino, no século
V. O primeiro asilo foi fundado pelo Papa Pelágio II (520-590) que instituiu esse tipo de
instituição ao transformar sua casa em um hospital para idosos.
No Brasil, a primeira instituição asilar foi criada no Rio de Janeiro, no ano de 1782,
tendo sido criado pela Ordem Terceira da Imaculada Conceição. Pode-se perceber que desde
seu surgimento os asilos tinham a finalidade caritativa, permanecendo até hoje. Ao longo do
século XIX essas instituições foram se disseminando no Brasil, tendo como objetivo abrigar
mendigos, doentes mentais e crianças abandonadas, sendo que ao longo do tempo passaram a
cuidar apenas de idosos. Assim, os asilos tinham uma função social de receber pessoas
segregadas socialmente que que se tornavam incômodas à sociedade. (ARAÚJO, 2003).
As Instituições de Longa Permanência para Idosos, no Brasil, são em sua maioria
filantrópicas ou ligadas a congregações religiosas, cerca de 500 pertencem à Sociedade São
Vicente de Paulo (CAMARANO, 2006).
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O descaso com a população idosa asilada é tanto que não se sabe ao certo quantas ILPI
existem no Brasil, tampouco o número certo de idosos que nelas residem. Estima-se que 113
mil idosos moravam em domicílios coletivos na condição individual, destes 6,1 mil
trabalhavam em atividades religiosas, de alojamento e serviços sociais. Obtendo então o numero
aproximado de 107 mil idosos restantes residentes em ILPI, que representam 0,8% da
população de acordo com o Censo Demográfico de 2000 (CAMARANO, 2006).
As instituições de longa permanência para idosos são conhecidas, atualmente, por uma
diversidade de nomes, tais como: chalé, recanto, lar, casa, sociedade, comunidade, núcleo; tais
nomenclaturas visam substituir os antigos nomes já estigmatizados: abrigo, asilo, dispensário e
hospital (NOVAES, 1997).
Para Born e Boechat (2006) existem diferentes modalidades de ILPI que variam
conforme o grau de dependência dos idosos que atendem. A Portaria SAS 73/01 estabeleceu
três modalidades de instituições/setores especializados no atendimento aos idosos, conforme
apresentado por Watanabe e Di Giovanni (2009, p. 70):

 Modalidade I - destinada a idosos independentes para as atividades da vida


diária. Aí estão incluídos, também, aqueles que necessitam de utilizar algum
equipamento de auto-ajuda;

 Modalidade II - dirigida a idosos dependentes e independentes que


necessitem de ajuda e cuidados especializados, com acompanhamento e
controle adequado de profissionais da área da saúde e;

 Modalidade III - voltada para idosos dependentes que necessitem de


assistência total em, pelo menos, uma atividade da vida diária.

Atualmente existem muitas instituições particulares prestando assistência aos idosos,


sendo que essas instituições apresentam-se de forma relativamente bem preparada para atender
esse grupo populacional. Ainda assim, conforme afirmam Costa e Mercadante (2003), elas
apresentam uma condição em que se articula a ideia de abandono à velhice. As instituições
públicas, vinculadas ao Estado e as que vivem de doações públicas e/ou privadas, lidam com
uma realidade muito ligada à situação financeira e um fator em comum implicado com a ideia
de abandono.
Essa ideia de abandono é percebida pela população em geral, que faz com que as
pessoas, ao falarem em asilo, abrigo ou casa de repouso, pensem em uma realidade bem distante
delas, ainda que esta seja uma realidade que, a cada ano, se evidencia com mais destaque,
fazendo prever que, num futuro próximo, muito mais velhos estarão habitando tais moradas
coletivas.
21

Tal informação é corroborada por dados do IPEA que estima um crescimento na


demanda por modalidade de residência coletiva que atenda tanto idosos independentes em
situação de carência de renda e/ou de família, bem como aqueles que necessitem de cuidados
prolongados devido às dificuldades para o desempenho das atividades diárias. Assim, é
prudente verificar se as ILPI estão adequadamente preparadas para atender a demanda por
cuidados prolongados aos idosos brasileiros (IPEA, 2011).
Diante desse panorama, pode-se considerar que é baixa a oferta de residência coletiva
para idosos no país, assim como ainda é baixo o número de residentes em ILPI. Possivelmente,
os principais fatores que contribuem para isso são motivados pela cultura brasileira de cuidar
de seus próprios familiares idosos, pelo estereótipo negativo quanto ao asilamento da pessoa
idosa, pelo padrão de qualidade da ILPI e também pelo alto custo do cuidado institucional
(IPEA, 2011).

2.2.3 O Pedagogo e sua Atuação na Educação Não-formal com Idosos

O pedagogo lida durante a sua prática educativa com diversas modalidades e


manifestações. Dessa forma, o trabalho pedagógico não se limita ao trabalho escolar e docente,
pois a base da identidade profissional do educador é a ação pedagógica e não apenas a ação
docente.
Conforme afirma Ferreira (2009) a lógica da Educação Social por meio da Pedagogia
Social em espaços não-escolares pressupõe a noção da ênfase na socialização transformadora
dos indivíduos.
Um dessas possibilidades de atuação do pedagogo social, a qual apresenta inúmeras
possibilidades diz respeito ao grupo de idosos. A intervenção pedagógica com idosos é
caracterizada como educação não formal e em ambientes não escolares, estando diretamente
atrelada à Pedagogia Social que se define com um organismo de conscientização da mudança
social, uma vez que procura organizar e preparar a população a apropriar-se de seus direitos de
cidadania (SOUSA et al, 2014).
Nos últimos anos, é notório o acentuado crescimento do grupo populacional de pessoas
na terceira idade, o que tem mudado o panorama demográfico do mundo (CRESPO, 2011).
Esse panorama tem levado a adoção de diversas políticas voltadas para a integração do idoso
na sociedade, as quais vêm sendo implantadas de maneira gradativa. Porém, as pessoas idosas
ainda sofrem algum tipo de preconceito, são olhadas numa perspectiva de perda, de menos
valia, por não conseguirem manter a mesma capacidade funcional nesta fase da vida.
22

Pensar em envelhecimento pressupõe refletir sobre um processo biológico que envolve


a deterioração progressiva das condições de saúde, e este resultando na diminuição da
capacidade funcional do indivíduo. Mas, esta diminuição não depende apenas do avanço da
idade, como também das características individuais, dos estilos de vida e das condições de
trabalho (CAMARANO e PASINATO, 2008, p.7).
O processo de envelhecimento pressupõe modificações gradativas no indivíduo, as quais
não significam impossibilidade ou até a invalidez. Tais transformações ocorrem no organismo,
nas relações sociais e nos aspectos psicológicos durante toda vida. Há progressivamente uma
diminuição nas capacidades vitais, provenientes do envelhecer, porém a pessoa não se torna
incapaz, a menos que tenha alguma patologia que acarrete algum comprometimento orgânico
(FURTADO, 1997).
Segundo Oliveira (1999) a sociedade coloca o velho numa situação típica de
marginalização social, na proporção em que ergue contra ele inúmeras barreiras sociais e
desenvolve atitudes de preconceitos e discriminação social. Percebe-se, então, que o idoso não
tem um espaço de ação, nem mesmo na sociedade, onde ele se encontra cada vez mais excluído.
A sociedade impõe imperativos de produção, agilidade e modernidade. O idoso, por questões
biológicas, pode apresentar algumas limitações ou dificuldades, mas isso não significa a
incapacidade de realizar tarefas. Porém, na perspectiva atual, o idoso é considerado muitas
vezes como incômodo, por não atuar na velocidade e na maneira em que os jovens julgam mais
correta ou mais adequada.
O respeito e a valorização do idoso emerge na sociedade contemporânea como
necessidade premente na distribuição mais equitativa do poder, o que permite uma perspectiva
de rompimento com a discriminação generalizada atribuída a este grupo etário. O poder e seu
exercício cotidiano assumem conceito central nos processos de transformação,
desenvolvimento e promoção da cidadania dos indivíduos (OLIVEIRA, OLIVEIRA e
SCORTEGAGNA, 2010). Para que tais processos possam ser estimulados, a Pedagogia Social
assume um papel de grande importância, sobretudo num contexto de institucionalização do
idoso em instituições de longa permanência.
De acordo com Oliveira e Rozendo (2014), em decorrência do aumento do número de
idosos e da longevidade da população, aliando-se as dificuldades socioeconômicas e culturais
envolvendo os idosos e seus familiares e/ou cuidadores, o comprometimento da saúde do idoso
e da família, a ausência de cuidador no domicílio e os conflitos familiares, a demanda por
instituições de longa permanência para idosos tem apresentado um importante crescimento nos
últimos anos.
23

Para os autores, essas instituições apresentam “aspectos singulares e determinam,


mediante normas institucionais vigentes e práticas decorrentes de costumes historicamente
institucionalizados, condutas e comportamentos próprios” (OLIVEIRA e ROZENDO, 2014, p.
774).
Na maioria dessas instituições, todas as atividades são realizadas em um mesmo
ambiente e sob uma única autoridade, com a rotina é praticamente igual para todos, ignorando
diferenças individuais e a história de vida de cada indivíduo. Esse contexto faz com que, em
muitos casos, o idoso passe a perder a sua identidade e autonomia, transformando-se num
sujeito passivo, convivendo em um ambiente estranho.
Por essa razão, esse espaço constitui um celeiro de oportunidades e práticas pedagógicas
que se objetivam estimular a cidadania e o desenvolvimento geral dos idosos. Tal abordagem,
bem como suas limitações e potencialidades serão discutidas adiante.

2.3. O PEDAGOGO SOCIAL E SUAS POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO


TRANSFORMADORA EM ISTITUIÇÕES DE LONGA PERMANENCIA PARA
IDOSOS

Conforme afirma Pires e Lima (2007), o pedagogo, em sua prática educativa lida com
várias modalidades e manifestações. Logo, sua atuação pedagógica não se reduz ao trabalho
escolar e docente, uma vez que a base da identidade profissional do educador é a ação
pedagógica e não apenas a ação docente.
Neste contexto, o importante é que a proposta de educação não-formal funcione como
espaço social. Assim, as atividades de educação não-formal necessitam ser vivenciadas em local
agradável, que permita expandir-se, movimentar-se, oportunizando a troca de experiências.
A atuação do pedagogo nos espaços não escolares vem ganhando a cada dia mais
importância, de modo que as novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de
Pedagogia, ainda trazem como base de atuação profissional a docência, entretanto é possível
notar a abrangência da formação proposta, abrindo um leque de possibilidades de atuação
profissional para o pedagogo em contextos escolares e não escolares.
As aptidões requeridas do profissional da Pedagogia encontram-se descritas no art. 4.º,
incisos de I a III da Resolução CNE/CP n.º 01/2006, conforme descrito abaixo:

[...]
Art. 4º - O curso de Licenciatura em pedagogia destina-se à formação de professores
para exercer funções de magistério na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino
24

Fundamental, nos cursos de Ensino Médio, na modalidade Normal, de Educação


Profissional, na área de serviços e apoio escolar e em outras áreas nas quais sejam
previstos conhecimentos pedagógicos.
Parágrafo único. As atividades docentes também compreendem participação na
organização e gestão de sistemas e instituições de ensino, englobando:
I - planejamento, execução, coordenação, acompanhamento e avaliação de tarefas
próprias do setor da Educação;
II - planejamento, execução, coordenação, acompanhamento e avaliação de projetos
e experiências educativas não-escolares;
III - produção e difusão do conhecimento científico-tecnológico do campo
educacional, em contextos escolares e não-escolares (CONSELHO NACIONAL DE
EDUCAÇÃO, 2006, p. 2).

Assim, existe no país o desafio de formar para atuar no contexto não escolar, demanda
da sociedade atual, que necessita da atuação desse profissional em outras diversas áreas.
De acordo com Barreto (2008, p. 215), o curso de Pedagogia “[...] ainda incorpora, em
suas práticas, uma formação integrada entre a docência, a gestão de processos educativos
(escolares e não escolares) e a produção do conhecimento por meio da pesquisa em educação”.
Nesse sentido, falar da atuação do pedagogo em contextos não escolares, é
imprescindível discutir sobre a Pedagogia Social e suas possibilidades pedagógicas nos mais
diversos contexto. Para o presente estudo, o espaço de atuação definido foram as instituições
de acolhimento de idosos, as Instituições de Longa Permanência para idosos.
Mesmo diante de tantas adversidades, pode-se afirmar que o pedagogo tem conquistado
espaço em diversas instituições de cuidado aos idosos, aliando seu trabalho ao de outros
profissionais, com a finalidade de contribuir com o desenvolvimento dos idosos, considerando
a dimensão da aprendizagem e seus impactos sobre a vida destas pessoas e sobre a sociedade
(PIRES e LIMA, 2007).
O desenvolvimento da prática pedagógica tem demonstrado que a atuação do pedagogo
no trabalho com idosos não é promovendo uma dinâmica pedagógica nos eixos para a formação
para a cidadania. Neste sentido, Pires e Lima (2007, p. 405) definem algumas funções para o
pedagogo social em ILPI:

• pesquisar e analisar necessidades de vivências dos idosos;


• criar, adaptar e aperfeiçoar instrumentos didáticos pedagógicos;
• motivar, dirigir e assessorar atividades de dinâmicas de grupo;
• proferir palestras sobre diversos temas sociais, políticos e educacionais;
• analisar resultados obtidos em cada etapa das atividades visando seu
aperfeiçoamento.

De acordo com Sousa et al (2014), os projetos voltados para a terceira idade devem ter
como objetivo permitir a inserção social dos mesmos. Através de processos educativos não
formais, os quais baseiam-se nos princípios da Pedagogia Social, de modo que os idosos
25

adquirem novas possibilidades de atividades, atualização de conhecimentos, valorização,


aumento da perspectiva de vida, elevação da autoestima, desenvolvimento pessoal e autonomia
em suas atividades cotidianas, além da conscientização política e social.
Assim, o pedagogo tem um papel fundamental neste processo, uma vez que cabe a
responsabilidades do encaminhamento pedagógico, objetivando adequar a aprendizagem de
melhor forma possível, em que as necessidades dos idosos sejam supridas e proporcione o bem-
estar dos educando.
Cabe a pedagogia, portanto, “resgatar esse sujeito apontando novos caminhos, dando
outro significado às suas vidas com novas descobertas, conquista de novos espaços sociais,
dando base e desenvolvendo ações que proporcione o bem-estar e uma melhor qualidade de
vida aos idosos” (SOUSA et al, 2014, p. 2).
Os autores destacam a importância das atividades educativas para esse grupo, uma vez
que instigam a capacidade cognitiva, motora e relação sócio-cultural, exercitando a habilidade
intelectual o tornando mais ativo, além de despertar, desenvolver e estimular as suas
capacidades, suas aptidões muitas das vezes adormecidas, a fim de torná-los sujeitos capazes
de entender a velhice, fazendo com que eles sejam reconhecidos e respeitados como cidadãos
que possuem de direitos e deveres.
Há de se ressaltar ainda que no que se refere ao processo de ensino-aprendizagem, é
necessário compreender que ritmo da população da terceira idade é mais lento em decorrência
da idade, esse deve ser um fator sempre a ser considerado, exigindo do profissional mais
paciência no trabalho com os alunos, respeitando o tempo de cada um, suas dificuldades e
estimulando cada passo da atividade.
É importante o desenvolvimento de atividades que contemplem o trabalho, a
independência e a autonomia, visto que estes fatores foram apontados como valores importantes
para as pessoas idosas. A ausência de trabalho na ILPI coloca as residentes em situação de falta
do que fazer e essa desocupação traz a ruptura entre o passado produtivo e o presente ocioso.
A ociosidade pode levar a falta de perspectivas para a vida e o futuro, aborrecimento, melancolia
e agravamento de doenças e dependência (RIBEIRO e SCHUTZ, 2007).
Numa pesquisa realizada por Graeff (2005) que tinha como objetivo observar e
descrever os aspectos do cotidiano de idosos que vivem seu processo de envelhecer na
instituição. As festas, os jogos, o lazer e a sociabilidade são relatados como momentos de
efervescência social que extravasam os hábitos e as rotinas diárias. Os idosos tendem a
desenvolver táticas para reinventar o seu cotidiano, lutar pela humanização do seu espaço
habitado e pela manutenção de sua identidade, apesar das regras e proibições institucionais. O
26

autor op. cit. considera três elementos como signos estruturantes da cultura asilar, as táticas que
ultrapassam as estratégias institucionais, as legitimações das práticas e saberes cotidianos
através das narrativas e a reinvenção das trajetórias sociais.
Antes do ingresso na ILPI, muitos idosos vivem um processo de perda dos seus
principais papéis sociais e da capacidade produtiva para o trabalho. A descontinuidade dos
relacionamentos familiares é outra realidade presente entre esses idosos, o que eles podem
eximir-se de falar para evitar o sofrimento. O asilo constitui-se em local de acolhimento para
pessoas idosas em condições de pobreza e de abandono. A fase inicial de adaptação poderá ser
marcada pela dificuldade do idoso em estabelecer novas relações interpessoais, pela atitude
passiva e o isolamento defensivo (SANTOS, 2007).
Outra forma de desenvolvimento do trabalho pedagógico nas ILPI’s pode ser encontrada
ao considerar que, nesses espaços, a prática educativa de pedagogos deve se desenvolver de
acordo com concepções, princípios, conceitos pedagógicos e que podem ser executados através
de atividades que despertem na equipe do abrigo a necessidade de rever as rotinas diárias dos
idosos.
Desse modo, conforme afirma Gohn (2005), o pedagogo poderá atuar como agente na
criação de novos conhecimentos, despertando a criatividade humana, por meio do
desenvolvimento de atividades diversificadas e que permitam o resgate da autoestima de cada
idoso, através de um trabalho integrado com todos os idosos e seus respectivos cuidadores na
instituição.
De acordo com Graeff (2005), o risco da invalidez traz angústia para alguns idosos
residentes em ILPI e eles poderão buscar o prolongamento da existência ou viver da melhor
maneira possível. O sentimento de proximidade da morte poderá levá-los a recusar-se a
cuidados institucionais, como higiene, alimentação equilibrada, redução do fumo e outros
relacionados ao cuidado de si.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nos últimos anos, tem se tornado cada vez mais frequente a discussão e o
reconhecimento da educação enquanto instrumento de inserção, de participação e de ascensão
dos sujeitos numa sociedade que sofre constantes e profundas mudanças na atualidade. É sabido
também que a educação tem se expandido para muito além do ambiente escolar e do contexto
27

estritamente educacional. Nesse contexto de mudança de paradigmas, destaca-se o papel da


Pedagogia Social.
Embora a Pedagogia Social represente uma ciência cujo conceito encontra-se
estabelecido há muitos anos e suas práticas estejam consolidadas em todo o mundo, a
investigação bibliográfica demonstrou que no campo das Instituições de Longa Permanência
para Idosos a inserção do Pedagogo Social é ainda bastante insipiente no Brasil.
Mesmo verificando que a discussão sobre a atuação do pedagogo nos espaços de
educação não formal tem ganhado força, ao avaliar-se sobre o ponto de vista da sua real
aplicação nesses contextos e sobretudo a fragilidade nas pesquisas na área, percebe-se que a
Pedagogia Social ainda possui um extenso caminho a ser percorrido para sua ampla aplicação
nos mais diversos ambientes, entre eles nas instituições para idosos.
O estudo permite também considerar que há uma grande necessidade de ampliar as
discussões sobre de que forma o idoso possa usufruir de uma vida digna com qualidade em
instituições. Nesse sentido o trabalho do pedagogo no abrigo deve promover um melhor
desenvolvimento, nos mais diversos aspectos desses indivíduos, seja físico, cognitivo, social,
cultural, psicológico entre outros, de modo com que esses se sentissem melhor a cada dia,
podendo desempenhar suas atividades diárias com mais qualidade, favorecendo seu
desenvolvimento humano.
Pode-se concluir, a partir do material bibliográfico consultado, que o papel do pedagogo
social vai muito além da mera orientação educacional, pautada num contexto formal de
educação. Cabe então a esse profissional desenvolver ações de intervenções que objetivam
modificar a realidade imediata e a mais ampla dos indivíduos atendidos.
Há de se ressaltar que a vivência na instituição permitiu a compreensão das inúmeras
necessidades dos idosos, mesmo se tratando de uma instituição que fornece um ambiente
organizado e bem estruturado, fica evidenciada a necessidade de desenvolvimento de atividades
que favoreçam a autoestima e a qualidade de vida dos idosos.
Numa sociedade em que o envelhecimento da população já se constitui uma realidade,
criar condições e oferta atividades que promovam o bem estar de idosos que residem em
instituições de longa permanência torna-se de fundamental importância, sendo o pedagogo
social um dos principais atores desse processo.

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