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Índice

Resumo:................................................................................................................................................3
Deficiência e Direitos Humanos........................................................................................................4
Administração Publica apenas contratou 46 pessoas com deficiencia em 8 anos!...................9
As Primeiras Manifestações.............................................................................................................13
Critica:.................................................................................................................................................19
Referencias bibliográficas................................................................................................................20

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Índice de Figuras

Figura 1 02/10/2012 Manifestação pelo direito a uma vida independente...............................14


Figura 2 Vigilia na Assembleia da Republica...........................................................................14
Figura 3 Vigilia na Assembleia da Republica...........................................................................14
Figura 4 08/06/2011 Marcha pela Igualdade/ Rossio...............................................................15
Figura 5 08/06/2011 Marcha pela Igualdade/ Rossio...............................................................15
Figura 6 07/02/2013 Ministério das Finanças...........................................................................16
Figura 7 07/02/2013 Ministério das Finanças...........................................................................17
Figura 8.....................................................................................................................................17

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Resumo:

Ao longo deste trabalho vamos verificar, que muitos foram as evoluções na


área da deficiência, e nos direitos humanos para com a pessoa com deficiência.
Tempos de revolução na procura de respostas, talvez de forma involuntária ou não,
alguns dos estigmas, valores e ideologias dos antigos e dos povos tribais se
mantiveram, evoluímos na tecnologia, na ciência, mas continuamos a olhar para o
deficiente como o ausente, como o incapaz, como o socialmente não aceite, porque
se em pleno século XXI continuamos a falar em inclusão é porque existe a exclusão,
a necessidade de incluir. Analisando os conceitos de deficiência dentro do campo da
diversidade, faz-se imperativo esclarecer que a diversidade será considerada neste
trabalho, um foco específico, as características que distingue pessoas, comunidades
e sociedades e que ofereciam e oferecem a justificação para suas posições sociais
diferenciadas.

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Deficiência e Direitos Humanos

Muito se continua a discutir duma forma critica, ainda pouco educativa e


elucidativa, sobre o tema deficiência na contemporaneidade.

Fala-se de inclusão, das pessoas com deficiência, fala-se sobre acessibilidade, fala-
se no socialmente aceite.

Mas o que é a deficiência? O que significa dizer que pessoas são deficientes?
Qual é o conceito de deficiência, e em que é contextualizado quando é
apresentada? Será que as pessoas questionam o conceito e os discursos sobre a
deficiência?

E de onde surge este ponto de vista que vê nas pessoas a deficiência?

A relação da sociedade com a pessoa com deficiência varia de cultura para


cultura e refletem valores, ideologias e crenças que, materializadas em práticas
sociais, estabelecem modos diferenciados de relacionamentos entre esta e outras
pessoas, com ou sem deficiências .

Estes comportamentos são também influenciados por diversos fatores,


incluindo questões culturais e sociais ao longo da história.

No período que compreende os anos de 1200 até 1940, pessoas com


deficiência eram submetidas a diversos procedimentos que em muitos casos
levavam à morte. O culto ao corpo útil e aparentemente saudável pela sociedade
contemporânea entra em rota de colisão com aqueles que são portadores de uma
deficiência, pois estes lembram a fragilidade que se busca negar. Sendo assim, a
condição das pessoas com deficiência é um terreno fértil para o preconceito em
razão de um distanciamento em relação aos padrões físicos e intelectuais que se
definem em função do que se considera como ausência ou impossibilidade. Fixa-se
apenas num aspeto ou atributo da pessoa, tornando a diferença uma exceção. Por
outro lado, o corpo marcado pela deficiência, por ser fora dos padrões concebidos,
lembra a imperfeição humana, o não normal.
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Alguns dos povos primitivos, não se preocupavam com as pessoas
deficientes em termos de vida ou de morte, mas tomavam atitudes discriminatórias
contra elas, como nos casos ainda hoje verificados dos habitantes da ilha de Bali.
Os nativos da ilha de Bali, na Indonésia, estão tradicionalmente impedidos de
manter contactos amorosos com pessoas muito diferentes do normal, ou seja,
albinas, e em geral com pessoas portadoras de deficiências físicas ou problemas
mentais.
Por vezes, no entanto, é a pressão pela sobrevivência que determina certas
tomadas de posição quanto às pessoas idosas, doentes ou deficientes.
Já os índios Chiricoa que habitam as matas colombianas, abandonam as pessoas
idosas, incapacitadas ou fragilizadas por doenças, sempre que a exigência pela
sobrevivência da tribo os faz estarem em constantes mudanças de território. Essas
pessoas deficientes, idosos e doentes terminam os seus dias abandonadas nos
antigos sítios de morada da tribo, por não se poderem movimentar ou por não serem
consideradas como fundamentais para a sobrevivência do grupo.
Em alguns casos, o abandono e a morte por opção da própria pessoa, idoso,
doente ou portador de deficiência séria, para benefício da tribo ou mesmo da raça,
também acontecem.
Há vários casos de eliminação de idosos ou de deficientes devido à
ignorância das causas dos males, considerados como misteriosos, ou por medo das
divindades vingativas e feitiçarias que poderiam estar envolvidas, nos fenomenos
dessas fragilidades.
No entanto muito raramente a rejeição ou a morte ocorriam devido a atitudes de
discriminação intencional que, segundo nos parece, são produtos de civilizações
mais sofisticadas.
Na Grécia Antiga, demonstram elas também uma posição já enraizada no
seio do povo grego de que as crianças com “defeitos” de nascimento não deveriam
sobreviver, sendo obrigação dos pais não as deixar viver, tomando por tanto
medidas práticas, para que os ditos “defeitos” (deficiências) não passassem para as
futuras gerações.
Para muitos pensadores e políticos gregos, competia ao Estado proteger os
pobres, os miseráveis e, quase sempre no meio deles, os portadores de
deficiências, independentemente da causa, fossem eles de nascença, de doenças
congénitas, adquiridas ou amputados.

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Na Grécia Antiga existiam três tipos de pessoas com deficiências:
– Os mutilados ou deficientes devido a ferimentos ou a acidentes de guerra.
– Os prisioneiros de guerra com deficiências físicas.
– Criminosos civis, cuja mutilação ou deficiência era causada por uma pena ou
castigo.

Com todas estas controvérsias, mesmo tendo os gregos como ideologia que a
figura física deficiente seria inaceitável nas elites, foram promulgadas leis que
favoreciam as pessoas deficientes e que nomeadamente ofereciam vantagens aos
soldados feridos/incapacitados e suas famílias. Os soldados feridos gravemente
passavam a ser alimentados pelo estado o que favorecia as pessoas incapacitadas
de auferirem do seu sustento.
Na História Grega existem citações relativas à assistência destinada a pessoas
deficientes. "Uper tou Adunatou" (Em favor do deficiente)
Esse beneficio foi aos poucos sendo aplicado a outras pessoas portadoras de
deficiências ou de incapacidade para o trabalho, independentemente de qual a
causa de doença ou incapacidade, abrangendo em alguns casos os pobres em
geral.
De maneira geral, ainda que ao longo dos séculos o deficiente começou a ser
ativamente participativo da vida social, ainda que muitas vezes, em oficios aonde
não eram valorizados nem tidos em conta, mas sujeitos a esses trabalhos como
meio de subsistencia, desde que sua condição não fosse limitante para tal.

Este é apenas um pequeno processo para ajudar a compreender algumas


das bases que sustentam certos pré-julgamentos e comportamentos discriminatórios
contra o deficiente. O fator mais interessante, recai na forte possibilidade de que
contrariamente ao que o senso comum nos indica a exclusão social do deficiente ao
longo da história não é uma norma, é a modificação na forma como o deficiente
passou a ser encarado pela sociedade, persistindo até os dias de hoje.

Estima-se que em Portugal, serão cerca de 1milhão de pessoas com algum


tipo de deficiência ou incapacidades várias, segundo a Associação Portuguesa dos

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Deficientes, sendo que a ultima informação especifica seja datada de 2011, através
do Censos.

Ainda nos dias de hoje, a deficiência, pelas suas características pouco familiares,
pode ser concebida dentro da categoria de estranho, isto é, como oposto ao que é
familiar, o não conhecido e, dentro dos fenómenos considerados estranhos,
causando ao leigo um sentimento de desconforto, de estranheza, em casos mais
extremos, de medo ou de repulsa. A forma como vivenciamos e educamos de forma
diferenciada a nossa sociedade para com a diversidade, faz com que tenhamos
comportamentos distintos na forma como processamos esta realidade.

Neste sentido, os conceitos de deficiência são formas de pensamento


construídos ao longo da história, não sendo necessariamente fundados em
informações e conhecimentos racionais, que oferecem os elementos utilizados para
a qualificação das pessoas com deficiência e as justificativas para as ações em
relação a elas.

Em julho de 1994, a cidade espanhola de Salamanca recebeu a conferência


internacional sobre necessidades educativas especiais, organizada pelo governo
espanhol em cooperação com a UNESCO.

Este evento contou com 300 participantes de 92 países e 25 organizações


internacionais, onde o principal assunto foram os princípios, as políticas e as
práticas na área das necessidades especiais e a definição de um quadro de
atuação.

A declaração de Salamanca, como ficou conhecida, teve seu pilar de apoio na


ideia “escolas para todos”, onde:

Instituições que incluam todas as pessoas, aceitem as diferenças, apoiem a


aprendizagem e respondam às necessidades individuais.
Como tal, constituem uma importante contribuição ao programa que visa a
Educação para Todos e a criação de escolas com maior eficácia educativa
(Declaração de Salamanca, 1994).

Em 2005, a Assembleia Mundial de Saúde, instância máxima da Organização


Mundial de Saúde (OMS), adotou uma resolução na qual instiga os estados

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membros a promover os direitos e a dignidade das pessoas com deficiência, a
apoiar os programas e modelos comunitários de reabilitação e a incluir esta
realidade nas suas políticas e programas nacionais de saúde.

Com esta iniciativa a OMS compromete-se assim a apoiar os estados


membros nesta tarefa de forma a reunirem dados mais fiáveis sobre todos os
aspetos relacionados com a deficiência de forma a obterem resultados e respostas
mais eficazes.

No mundo, são cerca de 600 milhões de pessoas que vivem com algum tipo
de deficiência, é notória a necessidade mundial ao nível de necessidades com a
saúde e reabilitação, e a exclusão destas pessoas da sociedade tem um custo
elevadíssimo.

Segundo números da OMS 80% das pessoas com deficiência, em particular a


população infantil, vivem em países de baixos recursos, a pobreza inviabiliza mais
ainda os serviços básicos de saúde e a necessidade da reabilitação.

Existe um crescimento rápido das pessoas com deficiência, consequência do


crescimento da população que envelhece, do aumento das doenças crónicas, da
degradação ambiental, das patologias raras, acidentes, etc....

São já muitos os países, onde existem programas especiais e avançados


para fazer fase às necessidades das pessoas com deficiência .

No entanto em Portugal, a nível da atenção, da reabilitação, do ensino,da


proteção social e dos cuidados de saúde, existem ainda imensas lacunas para que
sejam programas transversais e inclusivos.

Na prespectiva do desenvolvimento inclusivo é necessário criar estratégias


de ações especificas ou que dupliquem as já existentes.

A Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência constitui um marco


histórico na garantia e promoção dos direitos humanos de todos os cidadãos e em
particular das Pessoas com Deficiência.

A adoção de uma Convenção sobre direitos humanos no início deste século


resultou do consenso generalizado da comunidade internacional (Governos, ONG e
cidadãos) sobre a necessidade de garantir efetivamente o respeito pela integridade,
dignidade e liberdade individual das pessoas com deficiência e de reforçar a

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proibição da discriminação destes cidadãos através de leis, políticas e programas
que atendam especificamente às suas características e promovam a sua
participação na sociedade.

A Convenção reafirma os princípios universais (dignidade, integralidade,


igualdade e não discriminação) em que se baseia e define as obrigações gerais dos
Governos relativas à integração das várias dimensões da deficiência nas suas
políticas, bem como as obrigações específicas relativas à sensibilização da
sociedade para a deficiência, ao combate aos estereótipos e à valorização das
pessoas com deficiência.

Com o objetivo de se garantirem com maior eficácia os direitos das pessoas


com deficiência, é criado o Comité dos Direitos das Pessoas com Deficiência, no
âmbito das Nações Unidas.

A Convenção integra também o Protocolo Opcional anexo à Convenção sobre


os Direitos das Pessoas com Deficiência que reconhece, de forma inovadora, o
direito de os indivíduos ou grupo de indivíduos apresentarem queixas individuais ao
Comité dos Direitos das Pessoas com Deficiência.

Portugal subscreve integralmente a abordagem dos direitos humanos das


pessoas com deficiência defendida pela Convenção e participou ativamente na
negociação multilateral da Convenção, quer ao nível das Nações Unidas quer ao
nível da União Europeia. As associações das pessoas com deficiência e suas
famílias participaram também nesta negociação através das suas representantes
europeias e internacionais.

“Portugal subscreveu a abordagem dos direitos humanos das pessoas com


deficiência e participou ativamente, ou seja deveriam estar assegurados os direitos
da pessoa com deficiência a viver com dignidade, assistência e cuidados de saúde,
acessibilidade e programas de empregabilidade.”

Ainda assim:

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Administração Publica apenas contratou 46 pessoas com
deficiencia em 8 anos!
O risco de pobreza e exclusão é vivido sobretudo em agregados de pessoas
com deficiências graves (36,5%), que vivem com baixa ou nenhuma, intensidade
laboral, e consequentemente com menores rendimentos, não havendo diferenças
expressivas entre homens e mulheres, foi divulgado no relatório do Observatório da
Deficiência e Direitos Humanos (ODDH) no corrente mês de Dezembro de 2017.
O risco acrescido de pobreza poderá ser explicado por diversos fatores, como
os menores níveis de educação, menores taxas de emprego, menores rendimentos
de trabalho e sucessivamente as exorbitantes despesas com cuidados de saúde
mais elevadas das pessoas com deficiência em comparação com as pessoas sem
deficiência, adianta.
O relatório, apresentado no II Encontro do ODDH — Deficiência, Cidadania e
Inovação Social, que decorreu em Lisboa, destaca ainda o aumento de 58%, entre
2005 e 2016, do número de beneficiários da bonificação do abono de família, "o que
pode ser visto como um indicador de empobrecimento destas famílias".

Já na área da discriminação, é referido a existência de um aumento de


queixas por práticas discriminatórias contra pessoas com deficiência entre 2012 e
2015, mas que baixou em 2016.

No ano passado, foram realizadas 284 queixas de discriminação com base na


deficiência, das quais 199 foram recebidas pela Provedoria de Justiça, 14 pelo
Instituto Nacional para a Reabilitação (INR) e 71 por outras entidades.
De acordo com o relatório do Observatório, do Instituto Superior de Ciências
Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa (ISCSP-ULisboa), a maior parte dos
processos foi arquivada por resolução, falta de indícios de prática discriminatória, e
desistência.
A acessibilidade continua a ser a área que motiva o maior número de queixas,
seguida da educação e da saúde, sendo que a deficiência é o segundo motivo mais
apontado para a discriminação em Portugal e é aquele onde se regista notoriamente
maior diferença em relação à média da União Europeia.
O relatório analisou ainda a disponibilidade das respostas sociais no âmbito
da deficiência, revelando que as residências autónomas permanecem uma resposta

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residual, ficando muito aquém, mesmo nos grandes centros urbanos face à
capacidade instalada de lares residenciais.
Apesar de se verificar uma redução global do desemprego, essa melhoria não
se mostrou significativa nem se alargou às pessoas com deficiência, registando-se
inclusivamente um agravamento do número de pessoas inscritas nos centros de
emprego.
De destacar pela positiva, o aumento que tem vindo a acontecer de
trabalhadores com deficiência na administração pública, tendo em conta que
persistem múltiplas barreiras ao exercício de direitos humanos dos cidadãos
portugueses com deficiência.
Em relação à educação, Portugal tem dado alguns passos importantes para a
concretização do paradigma da escola inclusiva no decurso da escolaridade
obrigatória, que permitiram que 86% destes alunos frequentem a escola pública.

Num discurso clínico, ainda assim convenceram-se aqueles que trabalham


com a educação, que a deficiência é uma condição humana, e como tal implica uma
maior logística, seja ela cognitivamente, fisicamente e etc. Fica claro que as escolas
não asseguram os cuidados básicos aos deficientes com patologias graves, não por
falta de vontade dos docentes,mas porque não se encontram preparados. Não lhes
foi dado uma formação para situações crónicas, formações práticas, técnicas, de
intervenção em situações de emergência, nem de meios de apoio auxiliar. O estado
limita-se a manter a obrigatoriedade escolar dos alunos com deficiências, graves ou
não, a obrigatoriedade é a mesma. Os familiares com dificuldades por vezes
inimagináveis e sem ajudas por parte do governo, vem-se obrigados a deixar de
trabalhar para cuidar dos seus entes, não os sujeitando ao descuidado de terceiros.
Muitos são os que, sem alternativas, são empurrados para a institucionalização. A
crise económica e as medidas de austeridade a que Portugal esteve sujeito tiveram
um impacto negativo nas condições de vida e na realização dos direitos das pessoas
com deficiência, é um facto, e a redução da despesa publica na área social teve um
maior impacto nas famílias/grupos mais vulneráveis.

Ainda assim, parece surreal, mas nos dias de hoje uma instituição recebe do
estado 1020€ por pessoa institucionalizada, mas um familiar que queira cuidar do
seu filho/pai/mãe, 24 horas por dia, o mesmo estado social paga a esse familiar e
cuidador 105€ por mês, por meio dessa prática de segregação social que nada mais

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é que um mediador caricato de um negócio paralelo, que apenas se preocupa com
números e não com a qualidade de vida ou com a dignidade do ser humano, se
percebe assim, o porquê de tantas situações de abandono em lares, hospitais e
instituições.

No ano de 2016, o Comité das Nações Unidas dos Direitos das Pessoas com
Deficiência dizia-se preocupado com Portugal, sobretudo no que diz respeito ao
reconhecimento legal das pessoas com deficiência, destacando que continuam a
existir casos de pessoas impedidas de votar. A falta de meios de acessibilidade aos
locais de voto, em algumas localidades, não estão ainda de acordo com a lei em
vigor. Existe igualmente a preocupação com o facto de ainda não haver um igual
reconhecimento perante a lei de todas as pessoas, mesmo que algumas pessoas
tenham um regime de incapacidade legal.

“Qualquer cidadão de Portugal tem de ter os seus direitos assegurados,


por exemplo, ao voto. Existem em Portugal muitas pessoas que por estarem
incapacitadas judicialmente ou por aparentemente mostrarem alguma
dificuldade para compreender o processo, é-lhes negado o direito ao sufrágio
universal"

Comité das Nações Unidas dos Direitos das Pessoas com Deficiencia

Afinal parece que estamos só a falar de questões temporais, porque o que se


pode notar é a atuação de uma política que instaura na sociedade, a normalidade
como princípio de verdade.

A deficiência pode assim, ser analisada de diversas formas, nos mais


variados contextos, sendo cada uma delas com potenciais de emancipação para as
pessoas com deficiência.

Na nossa sociedade a deficiência tem sido reduzida as incapacidades dos


corpos, da tragédia. Nesta forma de entendimento, as restrições e obstáculos que
são vividos pelas pessoas com deficiência, são resultado das suas supostas
limitações.

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Tais conceitos, têm criado uma imagem das pessoas com deficiência, como
indivíduos passivos e dependentes.

É pelo luta dos direitos humanos que hoje a pessoa com deficiência sai à rua
e luta pelos seus direitos, como qualquer cidadão duma sociedade que se diz
inclusiva, que fazem manifestações, que reivindicão melhorias, que reagem, que se
opõem a que sejam outros os condutores das suas vidas . Do discurso, que
materializa o conceito de que a deficiência é um defeito, uma marca de imperfeição,
uma deformidade, uma premissa de invalidez e desse modo os concebe como algo
essencialmente negativo.

Na contemporaneidade as evoluções relativamente à pessoa com deficiência,


aos seus direitos, valores, à luta pela sua dignidade e ao direito de qualidade de vida
foram muito significativas, e marcam alguns momentos históricos, nas lutas destas
pessoas.

Cabe a nós, elementos desta sociedade ativa, fazer valer os direitos e igualdades de
todos os cidadãos.

As Primeiras Manifestações

Foi como forma de manifestarem o seu desagrado que em 2012 se


começaram a formar os movimentos pelo Direito a Uma Vida Independente,
D'eficientes Indignados.

Com promessas vagas de esperança e de mudanças radicais, num sistema


que funciona de forma individualista, são silenciadas as vozes dos que lutam e
defendem uma mais justa aplicabilidade das politicas socias quanto às reais
necessidades das pessoas com deficiencia. Ainda assim,a importancia de se criarem
condições estruturais para a promoção dos direitos humanos das pessoas com
deficiencia atraves de legislações e politicas especificas, deixando de lado aquela
abordagem assistencial das pessoas dependentes, fez com que saíssem à rua os
rostos que promovem e influenciam a nossa sociedade, as figuras publicas
mediaticas. Desta forma deu-se assim uma maior sensibilização e notoriedade a

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nivel nacional e até internacional, dos reais problemas vivenciados por estas
pessoas. Dos problemas com a assistencia à saude, as barreiras arquitetonicas, da
procura por uma vida independente, com dignidade, com oportunidades de
empregabilidade e dos preconceitos sociais que promovem a exclusão. Cada vez
mais se começam a abrir caminhos à reflexam sobre esta realidade, de forma a
contribuir de uma forma mais analitica e pratica.
As várias formas de opressão e exclusão social vivenciados por estas
pessoas durante décadas, começam agora a mudar mentalidades e a construir
novos caminhos de emancipação.

Figura 1 02/10/2012 Manifestação pelo direito a uma vida independente

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Figura 2 Vigilia na Assembleia da


Republica Figura 3 Vigilia na Assembleia da Republica
Figura 4 08/06/2011 Marcha pela Igualdade/ Rossio

Figura 5 08/06/2011 Marcha pela Igualdade/ Rossio

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Figura 6 07/02/2013 Ministério das Finanças

Figura 7 07/02/2013 Ministério das Finanças

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Figura 8
Na figura 8: 1ªesq: Manuela Ralha/ Vereadora C.M Vila Franca de Xira (2017),
2º: Eduardo Jorge/ Assistente Social(2016). 3º: Jorge Falcato/Eleito Deputado Bloco
Esquerda (2015), 4º:Diogo Martins/ Presidente do CAVI (2017)Em pé à direita: Ana
Sofia Antunes / invisual/ Advogada/ Secretária de Estado para a Inclusão de
Pessoas com Deficiência.(2015)

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Critica:
O trabalho de implementação da Convenção dos Direitos das Pessoas com
Deficiência diz respeito a toda a sociedade e deveria de ser uma das prioridades das
autarquias (poder local) pela proximidade que tem com os cidadãos. Podemos até
resistir à doença, mas quase nunca ao envelhecimento, e esse sim, muitas vezes é
a razão pela qual perdemos as nossas faculdades. Todas as vitórias e progressos
destas pessoas hoje, serão as nossas dádivas amanhã.

"O estudo da antiguidade perde o valor, exceto quando se torna um


drama vivo, ou
quando lança luz em nosso viver contemporâneo" (Durant)

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Referencias bibliográficas

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