Sei sulla pagina 1di 4

Filho de Francisco Vaz e de Marcelina Nunes, Carlos Seixas estudou com o pai e cedo o

substituiu como organista da Sé de Coimbra, cargo de grande responsabilidade que


exerceu durante dois anos. Aos 16 anos partiu para Lisboa, altura em que a corte
portuguesa era das mais dispendiosas da Europa. Foi muito solicitado como professor de
música de famílias nobres da corte, nomeado organista da Sé Patriarcal e
da Capela Real (sendo o Mestre desta Domenico Scarlatti estabeleceram certamente
colaborações proveitosas). Carlos Seixas gozava da fama de ser músico
e professor excelente. Na capital impôs-se como organista, cravista e compositor. Com o
seu trabalho sustentou a mulher, que desposara aos 28 anos, e os cinco filhos, dois filhos
e três filhas, e adquiriu algumas casas nas vizinhanças da Sé. Em 27 de abril de 1736 foi
eleito Almotacé de Lisboa. [1] Carlos Seixas morreu a 25 de agosto de 1742, de febre
reumática, já sendo Mestre da Capela Real.[2]

Obra[editar | editar código-fonte]


No que diz respeito à composição, Carlos Seixas foi um dos maiores compositores
portugueses para a música de tecla.[3] Fez escola em Portugal criando um estilo seu
(apesar da influência italiana e francesa que se constatam em algumas das suas obras)
que foi imitado durante algum tempo após a sua morte.
No século XVIII era exigido aos compositores que a sua música fosse fiel aos
pensamentos e ideais estéticos do meio. A composição era, de certa forma, limitada a um
rol de características previamente definidas, facto que devemos levar em conta quando
analisamos a obra dos compositores.
A obra de Seixas é, em grande parte, resultado dos ambientes em que compôs. Como
organista da Capela da Sé Patriarcal tinha a possibilidade de tocar, antes e depois
da missa, um trecho a solo que poderia ser uma tocata ou uma sonata (ritual comum em
todas as catedrais de prática Católica). Para este efeito, havia uma preferência pelas
peças de carácter vistoso e brilhante. Noutras partes da cerimónia, o organista podia ainda
tocar em alturas que admitissem um solo instrumental. Desta forma, os compositores
aproveitavam para dar a conhecer as suas composições ou improvisações. Por certo que
as sonatas de Seixas foram tocadas na Igreja, pelo menos as de carácter religioso. Carlos
Seixas acompanhava ao cravo os saraus de música nos paços reais ou no solar de
algumas casas nobres. Nestes eventos tinha também a oportunidade de tocar
como solista, aproveitando, provavelmente, para tocar as suas sonatas compostas com o
objetivo de ser reconhecido como concertista e compositor.
Para além da Capela Real e da Corte, apenas se dedicava ao ensino de música. Esta
faceta obrigava-o a ter material didático diversificado, variando de aluno para aluno,
consoante o grau e as capacidades de cada um, dos cravos ou clavicórdios que possuíam.
Apesar de fortemente sujeita a um vasto rol de condicionantes, a obra de Seixas não deixa
de parte a qualidade e a originalidade do seu estilo pessoal.
Nunca se deixou levar pelos estilos importados em Portugal, nem deixou que a sua obra
se confundisse com a dos seus contemporâneos estrangeiros. A presença do
temperamento lusitano é uma constante das suas composições. A evolução da estrutura
bipartida da sonata para tecla, para a estrutura tripartida está presente nas sonatas de
Carlos Seixas, sendo uma antecipação da forma da sonata clássica.
Até agora não são conhecidos versos de Seixas. O mais provável é terem-se perdido uma
vez que é pouco credível que Seixas tenha usado sempre versos alheios nas suas
composições.

Coral[editar | editar código-fonte]


 Tantum ergo;
 Ardebat vincentius;
 Conceptio gloriosa;
 Gloriosa virginis Mariae;
 Hodie mobis caelorum;
 Sicut cedrus;
 Verbum caro;
 Dythyrambus in honorem et laudem Div. Antonii Olissiponensis.
Instrumental:

 Abertura em Ré;
 Concerto em Lá;
 Sinfonia em Si bemol;
 cerca de 100 sonatas próprias e cerca de 89 atribuídas.
As criações de Carlos Seixas possuem elegância, leveza, suavidade, inspiração melódica.
O seu fraseado é de carácter irregular e assimétrico e a sua linguagem harmónica é
simples. As suas obras encontram-se na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra,
na Biblioteca Nacional de Lisboa e na Biblioteca do Palácio Nacional da Ajuda.

Media[editar | editar código-fonte]


?
Sonata

Discografia[editar | editar código-fonte]


 Strauss/Portugalsom – 860002/PS. Carlos Seixas, Concerto para cravo e orquestra -
Sinfonia - Abertura , János Sebestyén, Orquestra de Câmara Ferenc List, János Rolla;
Discoteca Básica Nacional, 1986.
 Amon Ra - CD-SAR 43. Carlos Seixas, Harpsichord Sonatas, Robert Woolley (cravo
histórico de Joaquim José Antunes, Lisboa, 1785, Londres, Finchcocks Collection),
1988
 Strauss/Portugalsom - 870023/PS. Carlos Seixas, Sonatas para Cravo, Cremilde
Rosado Fernandes (cravo histórico de Joaquim José Antunes, Lisboa, 1758,
Lisboa, Museu da Música), 1991 (primeira gravação discográfica do cravo Antunes de
1758).
 Virgin Veritas. Carlos Seixas, Harpsichord Concerto - Sinfonia - Sonatas, Ketil
Haugsand (cravo histórico de Joaquim José Antunes, Lisboa, 1758, Lisboa, Museu da
Música), Norwegian Baroque Orchestra, 1994.
 Virgin Veritas. Carlos Seixas, Missa - Dixit Dominus - Tantum Ergo - Organ
Sonatas, Ketil Haugsand, Ana Ferraz, Alexandra do Ó, Manuel Brás da Costa, Luís
Madureira, António Wagner Diniz, Coro de Câmara de Lisboa, Norwegian Baroque
Orchestra, 1994.
 Philips 528 574-2. Carlos Seixas, 12 Sonatas para Cravo, Rui Paiva (cravo histórico
de Joaquim José Antunes, Lisboa, 1758, Lisboa, Museu da Música), 1995.
 Naxos. Carlos Seixas, Harpischord Sonatas, Débora Halász.
 Portugaler. Carlos Seixas, Concerto / Sonatas, José Luis González Uriol (cravo
histórico de Joaquim José Antunes, Lisboa, 1758, Lisboa, Museu da Música), Segréis
de Lisboa, Manuel Morais, 2002.
 Portugaler. Carlos Seixas, Música Sacra, Segréis de Lisboa, Coral Lisboa
Cantat, Manuel Morais, 2004.
 Chandos. Alessandro Scarlatti, Carlos Seixas: Harpsichord Works, Sophie Yates.
 Numérica. Carlos Seixas, Sonatas, Cremilde Rosado Fernandes (pianoforte de Denzel
Wright, segundo o original de Bartolomeo Cristofori, ca. 1720), 2007.
 Melographia Portugueza. Carlos Seixas, Sonatas para Cravo (Integral da obra para
tecla, vol. I), José Carlos Araújo (cravo histórico de Joaquim José Antunes, Lisboa,
1758: Tesouro Nacional, Lisboa, Museu da Música), edição MPMP - Movimento
Patrimonial pela Música Portuguesa, 2012.
 Melographia Portugueza. Carlos Seixas, Sonatas para Órgão (Integral da obra para
tecla, vol. II), José Carlos Araújo (órgão histórico do Mosteiro de São Bento da Vitória
(Fr. Manuel de São Bento, 1719), Porto), edição MPMP - Movimento Patrimonial pela
Música Portuguesa, 2012 (primeira gravação discográfica do órgão histórico do
Mosteiro de São Bento da Vitória).
 Melographia Portugueza. Carlos Seixas, Sonatas para Cravo (Integral da obra para
tecla, vol. III), José Carlos Araújo (cravo histórico de Joaquim José Antunes, Lisboa,
1758: Tesouro Nacional, Lisboa, Museu da Música), edição MPMP - Movimento
Patrimonial pela Música Portuguesa, 2013.
 Melographia Portugueza. Carlos Seixas, Sonatas para Cravo (Integral da obra para
tecla, vol. IV), José Carlos Araújo (cravo), edição MPMP - Movimento Patrimonial pela
Música Portuguesa, 2013.
 Melographia Portugueza. Carlos Seixas, Sonatas para Pianoforte (Integral da obra
para tecla, vol. V), José Carlos Araújo (pianoforte histórico de Henrique van Casteel,
Lisboa, 1763: Tesouro Nacional, Lisboa, Museu da Música), edição MPMP -
Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa, 2013.
 Melographia Portugueza. Carlos Seixas, Sonatas para Órgão (Integral da obra para
tecla, vol. VI), José Carlos Araújo (órgão histórico do Mosteiro de Arouca, D. Manuel
Bento Gomes de Herrera, 1739), edição MPMP - Movimento Patrimonial pela Música
Portuguesa, 2014.
 Melographia Portugueza. Carlos Seixas, Sonatas para Cravo (Integral da obra para
tecla, vol. VII), José Carlos Araújo (cravo histórico de Joaquim José Antunes, Lisboa,
1758: Tesouro Nacional, Lisboa, Museu da Música), edição MPMP - Movimento
Patrimonial pela Música Portuguesa, 2014.

Referências
1. ↑ AHL,BL.-2.A.007.04.04
2. ↑ Kastner, Macario Santiago (1947), Carlos de Seixas. Coimbra, Coimbra Editora.
3. ↑ Kastner, Macario Santiago (ed.), (1965), Carlos Seixas: 80 Sonatas para Instrumentos de
Tecla (2 vols.). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, (2.ª ed. 1992). Kastner, Macario
Santiago e João Valeriano (ed.), (1985) Carlos Seixas: 25 Sonatas para Instrumentos de
Tecla. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]


 Bernardes, J. M. R. e Bernardes, I. R. S. (2003), Uma Discografia de Cds da
Composição Musical em Portugal: Do Século XIII aos Nossos Dias, INCM, pp. 222-
234. [Contém 45 referências discográficas].
 Cruz, Maria Antonieta de Lima (1943), Carlos de Seixas, Lisboa, Parceria António
Maria Pereira.
 Doderer, Gerhard e Alvarenga, João Pedro (1992), Comemorações Seixas -
Bomtempo, Lisboa, Secretaria de Estado da Cultura, Direcção Geral dos Espectáculos
e das Artes.
 Heimes, K. F. (1967), Carlos Seixas’s Keyboard Sonatas, diss., Univ. África do Sul,
Policopiado.
 Heimes, K. F. (1973), ‘Carlos Seixas’s Keyboard Sonatas: The Question of D.
Scarlatti’s Influence’, Congresso A Arte em Portugal no Século XVIII, Braga, pp. 447–
471.
 Kastner, Macario Santiago (1947), Carlos de Seixas, Coimbra, Coimbra Editora.
 Kastner, Macario Santiago (1988), "Carlos Seixas: Sus inquietudes entre lo barroco y
lo prerromántico", Barcelona, Separata de Anuário Musical, CSIC, n.º 43, pp. 163–187.
 Machado, Diogo Barbosa (1965-1967), Biblioteca Lusitana, 4 volumes, Coimbra,
Atlântida Editora.
 Mazza, José (1944-1945), Dicionário Biográfico de Músicos Portugueses, ed. e notas
de José Augusto Alegria, Ocidente, Lisboa, Tipografia da Editorial Império.
 Nery, Rui Vieira (1984), A Música no Ciclo da Bibliotheca Lusitana, Lisboa, Fundação
Calouste Gulbenkian.
 Pedrosa Cardoso, José Maria (Coord.), (2004), Carlos Seixas, de Coimbra, Coimbra,
Imprensa da Universidade.
 Ribeiro, Mário de Sampaio (1939), José António Carlos de Seixas, Coimbra, Coimbra
Editora, Separata de "Biblos", Volume 14.
 Sarrautte, Jean-Paul (1969), ‘Un compositeur portugais au XVIIIème siècle: Carlos
Seixas’, Arquivos do Centro cultural português, vol. I, pp. 236–249.
 Vasconcelos, Joaquim de (1870), Os Músicos Portuguezes: Biografia, Bibliografia, 2
volumes, Porto, Imprensa Portugueza.
 Vieira, Ernesto (2007/1900), Diccionario Biographico de Musicos Portuguezes, Lisboa,
Lambertini, Edição Facsimilada de Arquimedes Livros.

Edições Musicais (Partituras)[editar | editar código-fonte]


 Alvarenga, João Pedro (1995), Carlos Seixas: 12 Sonatas, Lisboa, Musicoteca.
 Doderer, Gerhard (1982), Organa Hispanica: Iberiche Musik des 16., 17. und 18.
Jahrunderts fur Tasteninstrumente, Carlos Seixas: Ausngewahlte Sonaten I-XV,
Volume 7, Heidelberg: Süddentscher Musikverlag.
 Doderer, Gerhard (1982), Organa Hispanica: Iberiche Musik des 16., 17. und 18.
Jahrunderts fur Tasteninstrumente, Carlos Seixas: Ausngewahlte Sonaten XVI-XXX,
Volume 8, Heidelberg: Süddentscher Musikverlag.
 Kastner, Macário Santiago (1935), Cravistas Portugueses, Mainz, B. Schott’s Söhne,
volume I.
 Kastner, Macário Santiago (1950), Cravistas Portugueses, Mainz, B. Schott’s Söhne,
volume II.
 Kastner, Macário Santiago (1965), Carlos Seixas: 80 Sonatas para Tecla, Portugaliae
Musica, vol. X. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
 Kastner, Macário Santiago e João Valeriano (1980), Carlos Seixas: 25 Sonatas para
Instrumentos de Tecla, Portugaliae Musica, vol. XXXIV, Lisboa: Fundação Calouste
Gulbenkian.
 Lourenço, José (ed.), (2007), 12 Toccatas: Carlos Seixas, Ava Musical Editions.
 Vasconcellos, Jorge Croner de e Fernandes, Armando José (1975), Carlos Seixas:
Tocatas e Minuetes, Lisboa, Biblioteca Nacional de Lisboa.

Potrebbero piacerti anche