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Sexo tântrico, sem nenhum mistério

Os hindus ensinam: na hora do amor, música suave, perfumes, flores, petiscos, tudo à luz de velas...E
mais: há exercícios milenares que prometem ajudar você a extrair o máximo de sua noite de amor.
Quer um conselho? Leia a dois.

O êxtase amoroso, a verdadeira porta para encontrar o divino: na tradição tântrica da Índia antiga, a
energia sexual era vista como uma ferramenta para o desenvolvimento humano. Daí nasceram
técnicas supersofisticadas com o obejtivo de extrair o máximo de prazer na vida sexual. Técnicas,
diga-se de passagem, repetidas e imitadas até hoje.

Nos anos 1950, o médico americano Arnold Kegel fez uma releitura das técnicas tântricas, adaptando-
as para nossa visão ocidental. Desta abordagem nasceram os exercícios conhecidos como Kegel, cujo
objetivo é melhorar o funcionamento do músculo pélvico, chamado pubococcygeus, o PC.

O bom funcionamento deste músculo, segundo o médico de Los Angeles, além de melhorar o
desempenho sexual, facilita o orgasmo e, no caso das mulheres, ajuda a fortalecer a musculatura do
períneo depois do parto. Hoje, na esteira de Kegel, muitos terapeutas usam alguns dos princípios e
lições dos antigos mestres tântricos para tratar desajustes sexuais bem modernos – frigidez,
ejaculação precoce, traumas psicológicos, diferenças de ritmo entre os parceiros, entre outros. Por
outro lado, não dá para deixar de observar que os ensinamentos desta filosofia milenar foram
bastante banalizados. E os requintados textos hindus sobre o assunto acabaram virando reles manuais
de posturas sexuais.

Na verdade, esta verdadeira Arte do Sexo vem sendo praticada há milhares de anos não apenas na
Índia, mas na China e no Tibet. E seus ensinamentos vão muito além dos aspectos sexuais, incluindo
inúmeros outros aspectos de vida psíquica e espiritual dos seres humanos. É bom que se saiba, a
ênfase dos rituais e exercícios não era colocada no orgasmo, ao contrário do que poderíamos pensar.
Muitas das técnicas tinham como objetivo justamente retardar (e até mesmo reter) a ejaculação, de
modo a intensificar e fazer durar por um tempo indeterminado o êxtase. Sofisticações do Oriente que
vêm inspirando muitos de nós, na cama, aqui no Ocidente...

O sexo é uma meditação a dois e qualquer ato sexual, um acontecimento sagrado. Durante o ritual
tântrico de amor, a mulher se transforma na deusa Shakti e o homem, em Shiva, seu consorte.
Juntos, eles se misturam à energia do universo. A deusa Shakti é o coração do Tantra. Ela é o poder e
a intensa energia feminina que conduz ao êxtase e à iluminação. Identificada com a Grande Mãe ou
Mãe Divina, é ela que apóia todas as formas de vida -- mental, afetiva, biológica -- do planeta.

Prepare o seu corpo: Os ensinamentos tântricos não deixam escapar nenhum detalhe na hora de
fazer do amor uma arte. Isto começa pela higiene pessoal. Unhas cortadas e lixadas para não
provocar arranhões e enfeites e perfumes no corpo são parte importante do ritual.

Prepare o ambiente: Os tantrismo acredita que a energia erótica nasce de vários tipos de estímulo.
Os mais diretos, relacionados ao ato sexual propriamente dito, e aqueles mais sutis, como música
suave, perfumes, alguma bebida excitante (talvez), flores (sempre), e frutas e outras comidinhas.
Tudo isto arrumado com carinho, cria o cenário ideal para usufruir do amor. Não esqueça também de
providenciar para que o lugar tenha uma luz agradável, mas jamais forte. O ritual tântrico nunca é
praticado no escuro. Mesmo porque perceber o belo e suas formas é um elemento fundamental do
Tantra. A luz deve de preferência vir de velas, mas lâmpadas coloridas podem ser utilizadas: vermelha
para ativar a sexualidade masculina; violeta, para estimular o desejo feminino.

Antes de começar: os parceiros devem ficar em silêncio, relaxando e visualizando o aspecto divino
um do outro. Nos rituais tântricos, isto é feito sobre uma mandala ou um yantra, que são símbolos
propícios para a meditação e para o encontro com o divino. Lembre-se de que o corpo é considerado
sagrado. Isto não tem nada a ver com a atenção meio idólatra que nós ocidentais dedicamos a ele.
Para o Tantra, o corpo é um instrumento para a elevação espiritual.

Durante o maithuna (coito) tântrico: o foco da atenção não é a ejaculação, ao contrário, a idéia é
retardar este momento o máximo possível. Segundo os adeptos não só do Tantra, mas também de
algumas teorias mais modernas referentes à sexualidade, a ejaculação, de certa forma, “mata” o
amor, fazendo o homem não desejar mais qualquer proximidade com a mulher e impedindo o
prolongamento do prazer. No Tantra, o orgasmo é descrito como um estado abençoado de expansão
da consciência, muito parecido ao êxtase religioso. Deve, portanto, ser lenta e cuidadosamente
preparado e usufruído.

No Tantra, o homem-Shiva “não copula com uma vagina, mas se une a um ser total, à mulher física,
psíquica e cósmica, ou seja, a encarnação da Shakti”. A energia sexual deve sair dos órgãos sexuais e
percorrer todo o corpo, cada célula deve vibrar e, assim, despertar a serpente Kundalini que dorme na
base da nossa coluna vertebral, segundo a visão hindu. Para os hindus, Kundalini é a energia criativa
que está na base da nossa consciência (por isso a imagem de que ela dorme enroscada na base da
nossa espinha). Quando estamos impregnados desta energia criativa, então estamos vivendo
plenamente nosso potencial. Esta é a base do Yoga Tântrico. Não admira que o êxtase sexual seja
considerado um estado alterado de consciência!

“O maithuna é uma dança, na qual cada Shiva desposa o ritmo da sua Shakti”. O truque aqui é
concentrar-se e manter o foco nas sensações. Parece simples, mas não é tanto assim. Nossa mente
vive escapando do momento presente, vagueando por vários outros assuntos. A lição tântrica é: tente
manter o foco naquilo que está acontecendo. Se você está acariciando as costas da sua mulher-
Shakti, então perceba, sinta, experimente cada movimento. E se outros pensamentos passarem por
sua mente, não se aborreça e volte sua atenção de novo para o gesto, a sensação, o instante. Por isto
se diz que o sexo tântrico é uma meditação a dois. Isto fará com que os homens-Shiva possam estar
mais receptivos ao ritmo de suas parceiras e a relação, afirmam os estudiosos, ganha novas
dimensões.

Dois exercícios clássicos para você praticar todos os dias e fortalecer os músculos pélvicos, e que
também funcionam para estimular o desejo. Nesse caso, experimente fazer a dois, durante seu ritual
de amor.

1- Exercício Kegel
A primeira coisa que você deve fazer antes de começar o exercício é localizar na sua pélvis o tal do
músculo pubococcyneus, o PC, responsável por boa parte dos movimentos nessa região do corpo.
Imagine que ele é uma fita entre suas pernas, que vai dos genitais até o ânus (ajuda se você pensar
que é o assoalho pélvico do seu corpo). O músculo que vai ser treinado, tente percebê-lo assim, é
aquele que você usa para interromper o fluxo de urina. Mas atenção: ao tentar interromper o fluxo de
urina, verifique se não está usando os músculos abdominais ou os dos esfíncteres. Use apenas o
músculo pélvico.

Os homens podem treinar em frente ao espelho, fazendo seu pênis se mover para cima e para baixo a
cada contração do PC. As mulheres podem inserir delicadamente o dedo na vagina e contrair o
músculo. A vagina vai fazer um movimento de “engolir” o dedo.

Fortaleça o músculo fazendo 20 contrações de 20 segundos cada. Você pode treinar uma ou duas
vezes por dia. O ideal é que você chegue a fazer sem esforço 75 contrações duas vezes por dia.

2-Exercício tântrico: o mûla bandha


Este exercício também pode ser praticado por homens e por mulheres. Deitada(o) ou
sentada (o), coloque seu pensamento na região anal. Respire com tranqüilidade. Depois de
alguns minutos tentando manter a concentração, contraia delicadamente o primeiro
esfíncter do ânus, o mais externo. Depois, apertando um pouco mais, dirija sua
concentração para o segundo anel muscular; enfim, contraia o eretor do ânus, levando
assim os dois esfíncteres anais para dentro e para cima.

Lenta e gradualmente, distinguem-se bem estes três níveis, mesmo na primeira tentativa.
Depois, aperte com toda a força que puder até fazer vibrar toda a região anal. Mantenha
esta contração ao máximo, retendo o fôlego, por no mínimo 6 segundos. Depois relaxe,
mantendo a concentração. Repita no mínimo 5 vezes seguidas. (exercício extraído do livro
Tantra, o culto da feminilidade, de André Van Lysebeth)

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