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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ
DEPARTAMENTO DE PROCESSOS INDUSTRIAIS
COORDENAÇÃO DO CURSO TÉCNICO DE MECÂNICA

1. SISTEMAS DE VENTILAÇÃO INDUSTRIAL E VENTILADORES

1.1. Classificação, Princípios e Aplicações:

1.1.1. Tipos de Ventilação:

(a) Ventilação Natural ou Livre: é o tipo representado pelo deslocamento do ar


através de uma edificação aproveitando suas aberturas e frestas, estando
umas (aberturas e frestas) funcionado como entradas e outras como saídas
(ver figura 01 abaixo), em função de seus posicionamentos na construção. Tem
como função renovar o ar dos ambientes, propositando a manutenção de bons
níveis da qualidade do ar com relação a garantia da saúde dos seus
ocupantes, assim como colaborando nos índices de conforto térmico.

Figura 01

Com relação aos critérios existentes em sua aplicação, temos:


(1) A manutenção do suprimento de taxas de oxigênio adequadas ao ambiente,
assim como o favorecimento da desconcentração de gás carbônico,
principalmente quando este se origina da realização de processos produtivos;
(2) O favorecimento da desconcentração de outros gases e vapores deletérios
a saúde humana;
(3) A remoção de gradientes de temperatura elevados dos ambientes.
Com relação aos fatores que afetam a ventilação natural, temos:
(1) Ação dos Ventos;
(2) Efeito Chaminé: Em cumeeiras abertas com cobertura, podem ser feitas as
seguintes adaptações, considerando as medidas padrão identificadas na figura
02 a seguir;
(3) Ambos simultaneamente (mais comum).

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Figura 02

Temos que ter em mente o seguinte: O fluxo de ar que entra ou sai de um


edifício por ventilação natural ou infiltração depende da diferença de pressão
entre as partes interna e externa e da resistência ao fluxo fornecido pelas
aberturas (ver figura 03 abaixo). A diferença de pressões exercida sobre o
edifício pelo ar pode ser causada pelo vento ou pela diferença de densidade de
ar fora e dentro do edifício. O efeito de diferença de densidade, conhecido
como "efeito de chaminé", é freqüentemente o principal fator. Quando a
temperatura no interior de um determinado ambiente é maior que a
temperatura externa, produz-se uma pressão interna negativa e um fluxo de ar
entra pelas partes inferiores, o que causa uma pressão interna positiva, e um
fluxo de ar sai nas partes superiores do edifício.

Figura 03

(b) Ventilação Mecânica ou Forçada: é o tipo representado pela utilização de


dispositivos especiais (ventiladores ou exaustores) que requerem energia e que
proporcionam diferenças de pressão criadas forçadamente. Pode ser
denominada de ventilação mecânica diluidora (sistema de ventilação de
pressão positiva) e ventilação mecânica exaustora (sistema de ventilação de
pressão negativa).

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(b.1) Sistema de Ventilação Mecânica de Pressão Positiva: Os ventiladores


forçam o ar externo para dentro da construção ou edificação, aumentando a
pressão do ar, o que por sua vez movimenta o ar interno para fora. O ar da
ventilação é misturado com ar viciado do ambiente, gerando a “ação diluidora”;
pode ser do tipo lateral (ver figura 04) ou do tipo túnel (ver figura 05).

Figura 04

Figura 05

(b.2) Sistema de Ventilação Mecânica de Pressão Negativa: O ar é retirado por


exaustores, criando um vácuo parcial na edificação ou construção, e esta
diferença de pressão entre o exterior e o interior determina que o ar externo
seja succionado para o interior da edificação (ver figura 06).

Figura 06
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1.1.2. Estudo do Sistema de Ventilação Local Exaustora:

(a) Conceituação: A ventilação local exaustora tem como objetivo principal


captar os poluentes de uma fonte (gases, vapores ou poeiras tóxicas) antes
que os mesmos se dispersem no ar do ambiente de trabalho, ou seja, antes
que atinjam a zona de respiração do trabalhador. A ventilação de operações,
processos e equipamentos, dos quais emanam poluentes para o ambiente, é
uma importante medida de controle de riscos (ver figura 07).

Figura 07

(b) Equipamentos Constituintes:


(1) CAPTORES: É o dispositivo instalado junto à fonte geradora dos poluentes,
responsável pela captação do ar que contém o contaminante, no qual, pela
diferença de pressões entre o ar ambiente e o existente no captor, estabelece
uma corrente de ar para o interior do mesmo. Os mesmos devem ser
instalados o mais próximo possível da fonte poluidora, pois promoverá melhor
captação a uma vazão menor (menor custo operacional). O dimensionamento é
realizado após definir o tipo do captor, a sua geometria, o seu posicionamento
em relação à fonte poluidora, a determinação da vazão a ser exaurida, além da
obtenção da velocidade de captura necessária para arrastar o contaminante
para seu interior e a energia necessária para movimentar os gases poluentes
para dentro do mesmo (perda de carga).

(2) DUTOS: Os sistemas de dutos são equipamentos responsáveis pela


condução do ar contaminado até a entrada do ventilador e desse ao exterior ou
aos equipamentos de controle ambiental. Podem ser divididos em dutos
secundários (também chamados de tramos) e duto principal, que se interliga
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aos tramos e em sua extremidade final a chaminé. Convém salientar que


podem possuir diferentes áreas transversais e formatos que variam de
paralelepípedos ou circulares, além de serem constituídos por acessórios do
tipo curvas ou cotovelos, junções e expansões. A linha de dutos a ser instalada
em um sistema de ventilação local exaustora, deverá ser a de menor
comprimento possível, sendo instalado mais próximo dos pontos de captação,
assim, minimizando a perda de carga no sistema e conseqüentemente,
consumindo menos energia. É desaconselhável o uso de tubos com secção
retangular para sistemas de exaustão, pois os mesmos apresentam cantos
vivos, que facilitam a acumulação de matérias poluentes, exigindo um motor de
maior potência para manter a eficiência necessária. A ACGIH e demais
literaturas a respeito possuem toda a informação necessária para o cálculo das
perdas de carga, expressas em milímetros ou polegadas de coluna de água.
Por conveniência, podem ser adotados:
(a) tubos: secção circular;
(b) cotovelos: 90º;
(c) conexões: 30º;
(d) raios de curvatura: r = 2d (duas vezes o diâmetro do duto).
(3) EQUIPAMENTOS DE CONTROLE DE POLUIÇÃO DO AR: Os elementos
estranhos à composição normal do ar, uma vez captados e conduzidos em
dutos pela ação dos ventiladores, devem ser coletados, eliminados do ar,
recolhidos e tratados de modo com que o ar purificado possa ser liberado na
atmosfera. Desta forma, podemos utilizar uma série de equipamentos
específicos, que podem tratar simultaneamente de particulados e gases,
dependendo exatamente dos agentes que estarão presentes na composição
dos poluentes (ver figuras de 08 a 10). Na escolha do tipo de equipamento de
controle a ser instalado no sistema de ventilação local exaustora, devem-se
levar em consideração, alguns pontos importantes, como: concentração e
tamanho das partículas, custos de investimento (instalação, manutenção e
funcionamento), o grau de purificação exigida e as características do ar ou gás
transportador do poluente. No mercado existem diversos tipos de
equipamentos para o controle de poluição do ar. Os principais que realizam os
objetivos de separar, coletar e dar uma destinação aos poluentes são: câmaras
gravitacionais, ciclones, coletores úmidos ou lavadores de gás, precipitadores
eletrostáticos e filtros de mangas.

Figura 08
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Figura 09

Figura 10

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(4) CONJUNTO MOTOR-VENTILADOR: é o componente do sistema que


juntos operando, permitem fornecer ao sistema, a energia necessária para
movimentar os poluentes, vencendo todas as perdas de carga nele existentes.
Os ventiladores são turbomáquinas geratrizes ou operatrizes, que se destinam
a produzir o deslocamento dos gases e permitem criar um diferencial de
pressão através do sistema, que faz o ar fluir através do mesmo. Basicamente
os ventiladores são classificados em função da direção de movimentação do
fluxo, através do rotor. Os ventiladores podem ser classificados em função de
vários critérios, sendo os mais usuais:
- O nível energético que estabelecem: baixa pressão (até 200 mmH2O), média
pressão (entre 200 e 800 mmH2O), alta pressão (entre 800 e 2.500 mmH2O) e
altíssima pressão (entre 2.500 e 10.000 mmH2O).
- A modalidade construtiva: centrífugos, helicoidais (pouco aplicado) e axiais
(ver figura 11 abaixo):

Figura 11

- A forma das pás: radiais retas, inclinadas para trás, inclinadas para frentes,
curvas de saída lateral.
- O número de entradas de aspiração no rotor: simples aspiração e dupla
aspiração.
- O número de rotores: de simples estágio (um rotor) e de duplo estágio (dois
rotores).
(5) CHAMINÉS: é a parte extrema ou final do sistema, cuja finalidade é o
lançamento dos poluentes e o ar carreado inicialmente, já tratados, na
atmosfera. Para referenciá-la em termos de projeto, devemos considerar
algumas recomendações, a saber:
- Altura mínima de 2,5 (dois e meio) vezes a altura da cumeeira do prédio que
contém a chaminé ou dela contíguo, ou seja, a altura da chaminé não deve ser
inferior a (H + 1,5L), onde H é a maior altura das edificações e estruturas
próximas à chaminé e L a altura ou largura (a menor das duas) das edificações
e estruturas próximas à chaminé;

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- A velocidade de saída do fluxo gasoso de 1,5 (um e meio) vezes a velocidade


do vento. Em geral uma velocidade de saída dos gases na faixa de 18 a 21
m/s atende este requisito, em grande parte do tempo;
- A saída dos gases deverá ser na vertical, não se recomendando a utilização
de cotovelos ou chapéu chinês;
- A recomendação de altura da chaminé mencionada acima é de caráter geral
e deverá ser utilizada com bom senso para fontes de pouco significado ou
mesmo para aquelas cuja emissão seja de produtos da combustão de
combustíveis gasosos. Nestes casos, dever-se-á obedecer à recomendação de
altura mínima de 02 (dois) a 05 (cinco) metros acima da cumeeira do prédio;
- Uma outra maneira de determinar a altura necessária para a chaminé é
através da aplicação de modelos de dispersão atmosférica.

Desta forma, seguem todos estes componentes deste tipo de sistema, assim
distribuídos em seqüência encontrada, normalmente, nas instalações típicas
(ver figura 12):

Figura 12

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Exercícios de Fixação 01:

1) Considere a instalação típica de um sistema de exaustão, conforme a figura


abaixo:

Para cada componente apontado acima, indique uma observação importante:


* COIFA: ______________________________________________________
______________________________________________________________

* TUBULAÇÃO:_________________________________________________
______________________________________________________________

* SISTEMA DE CONTROLE: _______________________________________


______________________________________________________________

* VENTILADOR: _________________________________________________
______________________________________________________________

2) O que você entende por insuflação mecânica?

3) O que você entende por efeito chaminé?

4) Quais os objetivos de um sistema de ventilação geral diluidora?

5) Quais os fatores técnicos que você consideraria no dimensionamento e


escolha correta de um ventilador para um sistema de exaustão?

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1.2. VENTILADORES
1.2.1. IMPORTÂNCIA
O conjunto ventilador-motor fornece a energia necessária para movimentar o
fluído e vencer todas as perdas de carga (resistência) do sistema.
O ventilador é o coração de qualquer sistema de ventilação. Ele cria um
diferencial de pressão através do sistema que faz o ar fluir através do mesmo.
A seleção do ventilador adequado a sua performance é vital para o correto
funcionamento de todo o sistema.
1.2.2. CLASSIFICAÇÃO DOS VENTILADORES
Os ventiladores são usualmente classificados de acordo com a direção de
movimentação de fluxo através do rotor. Assim têm-se os ventiladores
centrífugos e os axiais, os quais estão ilustrados, em diferentes tipos, no
conjunto de figuras apontadas como 13. Os centrífugos são destinados a
movimentação de ar numa ampla faixa de vazão e pressão enquanto as axiais
se restringem aplicações de baixa e média pressão (até 150 mmca
aproximadamente). Em ventilação, os ventiladores mais utilizados são os
centrífugos, os quais estão disponíveis em quatro tipos, segundo as
características de rotor, ou seja, de pás radiais; de pás para trás; de pás
curvadas para frente e o "radial tip".
(a) VENTILADORES CENTRÍFUGOS DE PÁS RADIAIS
São ventiladores robustos, para trabalho pesado e destinados a movimentar
fluido com grande carga de poeira, partículas pegajosas e corrosivas.
Apresentam eficiência baixa, da ordem de 60% e nível de ruído mais alto e
podem trabalhar a altas temperaturas, com pressões razoavelmente elevadas
(até cerca de 500 mmca). É o tipo mais simples em termos construtivos,
possuem alta resistência mecânica e são mais fáceis de serem reparados em
caso de avarias. Em contrapartida, estas características funcionais o elevam a
serem bastante ruidosos, que é um demérito ao equipamento.
(b) VENTILADORES CENTRÍFUGOS DE PÁS CURVADAS PARA TRÁS
São ventiladores de alta eficiência chegando a atingir eficiências maiores que
80% e seu funcionamento é nível de ruído mais baixo. Uma importante
característica desse ventilador é a auto-limitação de potência, característica
essa, importante quando a perda de carga do sistema é variável, evitando
assim a sobrecarga do motor. Possuem dois tipos de pás: as aerodinâmicas e
as planas. As primeiras são de grande rendimento pois permitem uma corrente
mais uniforme. São empregados nos casos de grandes vazões e pressões
médias sendo que a economia de potência chega a compensar o maior custo
de aquisição. Já os de pás planas podem ser utilizados para transportar ar sujo
já que apresentam a característica de serem auto limpantes, no entanto
apresentam eficiência menor que os de pás aerodinâmicas. Chegam a atingir
eficiências da ordem de 80%. Possuem em geral de 10 a 16 pás.

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(c) VENTILADORES CENTRÍFUGOS DE PÁS CURVADAS PARA FRENTE


Esses ventiladores requerem menor espaço para sua instalação, apresentam
baixa velocidade periférica e são silenciosos. Eles são usados para pressões
baixas e moderadas. Devido à forma os rotores de pás para frente não são
recomendados para movimentar fluidos com poeiras e fumos que possam
aderir às mesmas e causar desbalanceamento do rotor e conseqüentemente
vibração. A sua curva característica apresenta zona de instabilidade na qual o
ventilador não deve trabalhar. Além disso, não apresenta auto-limitação de
potência podendo sobrecarregar o motor. A eficiência desses ventiladores é
menor que os de pás curvadas para trás. São recomendados para sistemas de
ventilação geral e de ar condicionado onde a carga de poeiras e outras
partículas são muito baixas. Utilizado com sucesso em ventilação geral
diluidora. Chamado de ventilador SIROCCO, utilizado em condicionadores de
ar compacto, em unidades de tratamento de ar. Apresenta grandes variações
da vazão e da potência em função da pressão.
(d) VENTILADORES "RADIAL TIP"
São ventiladores de pás planas inclinas para trás, porém com pontas que se
curvam até chegarem a ser radiais. Isso ocasiona uma queda na eficiência,
porém proporciona maiores vazões. São utilizados em fornos de cimento,
fábricas de celulose e papel, etc.
Figura 13: Tipos de Ventiladores e Rotores

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1.2.3. CURVA OU TABELA CARACTERÍSTICA


Cada tipo de ventilador apresenta características próprias de variação de
pressão, potência e eficiência em função da vazão que são apresentadas
através de curvas características ou tabelas características as quais são
importantes para estabelecer a região ótima de trabalho bem como para se
saber o comportamento do ventilador quando um parâmetro é alterado como,
por exemplo, a resistência do sistema. Aumento de resistência (perda de
carga) significa queda da vazão a qual pode ser obtida na curva ou tabela
característica do ventilador. Todo ventilador, portanto, deveria vir acompanhado
de sua curva ou tabela característica.
Na figura 14 estão mostradas as curvas características típicas para
ventiladores centrífugos, de acordo com o tipo das pás do rotor. Uma tabela
característica típica é apresentada na figura 15.
Figura 14: Curva Característica de Ventiladores Centrífugos

Pás para Trás

Pás para Frente

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Pás Radiais

OBSERVAÇÕES:
1) Note que a curva característica do ventilador centrífugo de pás voltadas para
trás mostra que a curva de potência aponta o seu valor máximo ocorrendo em
um ponto operacional equivalente a 70% a 80% da vazão máxima.
2) Note que a curva característica do ventilador centrífugo de pás voltadas para
frente mostra que a potência cresce constantemente com o aumento da vazão,
porém apresenta o ramo instável da curva característica, na faixa das baixas
vazões.
3) Note que a curva característica do ventilador centrífugo de pás radiais é
“bem-comportada” uma vez que a potência desse rotor sempre é crescente
com a vazão e que sua eficiência máxima ocorre para valores relativamente
baixos (< 50% da vazão máxima).

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Figura 15: Curva Característica Real de um Ventilador

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1.2.4. DIMENSIONAMENTO DE VENTILADORES

(A) Propriedades do ar atmosférico:

A.1. Viscosidade Cinemática (ν): como a maioria das aplicações são a


pressões próximas à atmosférica, bem abaixo das pressões críticas, a
viscosidade pode ser considerada como independente das variações de
pressão, sendo função somente da temperatura.

Logo,
  13  0,1.T .10 6 , onde:

 = viscosidade cinemática (m2/s)


T = temperatura do ar (ºC)

A.2. Massa Específica (ρ):


p
 , onde:
R.T
T = temperatura absoluta do ar (K)
p = pressão absoluta do ar (Pa)
ρ = massa específica do ar (kg/m3)
R = constante particular do gás (ar) = 287 J/Kg.K

A.3. Viscosidade Absoluta (μ):


   . , onde:

 = viscosidade absoluta (kg/m.s)


ρ = massa específica do ar (kg/m3)
 = viscosidade cinemática (m2/s)

A.4. Condições Padrão do Ar: à temperatura de 20ºC a pressão atmosférica


ao nível do mar é de 101.300 Pa (≈ 100kPa), a massa específica do ar é de 1,2
kg/m3 e a viscosidade cinemática de 1,5.10-5 m2/s.

Exemplo 01: Um ventilador deve trabalhar com ar a temperatura de 45⁰ sendo


aspirado a pressão atmosférica. Determine:
(a) A Massa específica
(b) A Viscosidade dinâmica
(c) A Viscosidade absoluta

Calculamos a viscosidade cinemática, inicialmente:

ν = (13+0,1.45).10-6 = (13+4,5).10-6 = 17,5. 10-6 m2/s

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Já a massa específica sai como se segue:


101300

287.(273  45)
ρ = 1,11 kg/m3

Finalizando a viscosidade absoluta:


 = 1,11.17,5.10-6
 = 1,9425.10-5 kg/m.s ou
 = 1,9425.10-5 Pa.s

(B) Considerações sobre a Energia:

B.1. Equação de Bernoulli:


Antes de quantificar as trocas energéticas que ocorrem neste equipamento,
será feita uma rápida revisão da equação de Bernoulli, para dar as bases para
usar tal equação na forma mais apropriada a gases.

A equação de Bernoulli pode ser obtida a partir da aplicação da 2ª lei de


Newton a uma partícula se movendo ao longo de uma linha de corrente,
considerando:
* Fluido Invíscido:  = 0
* Condutibilidade Térmica k = 0
* Forças que agem sobre o fluido: gravidade e pressão
* Regime permanente
* Fluido incompressível
* Avaliado sobre uma linha de corrente

Aplicando a 2ª lei de Newton a uma partícula de fluido se deslocando sobre


uma linha de corrente, sujeito a forças de pressão e do campo gravitacional,
chega-se à equação de Bernoulli, dada por:
1
V 2  Z  cons tan te
p
2
O primeiro termo da equação é a pressão estática (p), tal pressão tem este
nome por ser considerada como se fosse medida por um observador que se
move com o escoamento. Representado na figura 16, pela coluna “h” de fluido,
a pressão estática no ponto “1” é dada por “p1 = patm + γ.h”. O segundo termo
da equação é a pressão dinâmica. E finalmente o terceiro termo está
relacionado à pressão hidrostática. A soma de todas estas pressões é
chamada de pressão total, dada por:

1
pT  p  V 2  Z
2

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Ou seja, a equação de Bernoulli indica que a pressão total é constante


para a partícula fluida que se desloca sobre uma linha de corrente, em
escoamento invíscido, regime permanente, fluido incompressível e sem ganho
ou perda de energia.

Figura 16

O ponto “2” da figura 16 indica um ponto de estagnação. Considera-se que o


fluido que passar pelo ponto “1” será levado à velocidade zero no ponto “2”.
Comparando o manômetro em “1” ao manômetro em “2” pode-se ver que há
diferença de pressões, se a pressão em “1” é denominada pressão estática, em
”2” será dita pressão de estagnação e será obtida utilizando Bernoulli. Supondo
o fluido seguindo uma linha de corrente entre “1” e “2” e sendo desacelerado
até V = 0 no ponto “2” (V2 = 0), então:

1 1 1
p1  1V1 2  Z 1  p 2   2V2 2  Z 2  p 2  p1  1V1 2
2 2 2
Logo:
p2 = pressão de estagnação;
p1 = pressão estática;
1
 1V1 2 = pressão dinâmica
2

Se em determinado ponto do escoamento a parcela relativa à pressão


hidrostática é zero, então neste ponto a pressão total é igual à pressão de
estagnação. A figura 17 mostra como podem ser medidas as pressões estática,
total (ou estagnação) e dinâmica.

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Figura 17

B.2. Modelamento em uma Instalação de Referência:


As equações obtidas para os ventiladores terão como referência a figura 18,
onde as câmaras podem representar salas, câmaras frigoríficas, ou a própria
atmosfera, tendo assim uma determinada pressão absoluta.

Figura 18

(a) Vazão: A vazão de um ventilador é o volume de ar deslocado na unidade de


tempo.
(b) Altura de elevação (H), ou variação de pressão total (ΔPT), ou pressão total
do ventilador(PTV): A altura de elevação (H) é a diferença entre as energias do
ar na saída e a na entrada do ventilador. Usando o trinômio de Bernoulli, temos
que:

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1  1 
 p3  V3  Z 3    p 2  V2  Z 2   H  PT SAÍDA  PT ENTRADA
1 1
H
2 2

 2   2 

Ou seja, a altura de elevação é a variação da pressão total, ΔP T, entre a


entrada e a saída do ventilador.

As pressões usadas são as pressões absolutas, quer sejam:

 1   1 
PT   p3  p ATM 3  V3  Z 3    p 2  p ATM 2  V2  Z 2 
2 2

 2   2 
 2  2
PT   p3  V3    p 2  V2    p ATM 3  p ATM 2    Z 3  Z 2 
1 1
 2   2 

A relação entre as pressões atmosféricas em dois pontos é dada pela


hidrostática por:
p ATM 3  p ATM 2   Z 2  Z 3   p ATM 3  p ATM 2   Z 2  Z 3   p ATM 3  p ATM 2   Z 3  Z 2 

Resultando para a equação e variação da pressão total:


 1 2  1 2
PT   p3  V3    p 2  V2 
 2   2 

Para o caso específico da admissão do ventilador estar aberta para a


atmosfera, considerando a velocidade de admissão nula e a pressão
atmosférica também nula (manométrica), então:
 2
PT   p3  V3   0  0   PT  ( PT SAÍDA
1
 2 

Designada pressão total do ventilador. A pressão total, por definição, é a soma


da pressão estática na saída do ventilador com a pressão dinâmica também na
seção de descarga do ventilador. Pode ser expressa em comprimento de
coluna de água (milímetro ou metro, mm.c.a ou m.c.a), se:

 11 2
 p3   AR(CNPT )V3 
PT 
 ÁGUA  2 
A pressão total, considerada no formato da equação acima representa a
quantidade de energia específica que o ventilador transfere ao fluido de
trabalho, sob certas condições de referência. Tais condições de referência
aplicam-se ao fluido de trabalho e à instalação do ventilador. O fluido de
trabalho padrão é o ar, à pressão de 101.300 N/m 2 (cerca de 01 atmosfera), à
temperatura de 20ºC, que tem a densidade de 1,2 kg/m 3. A condição de
instalação impõe que a energia cinética na entrada no ventilador seja nula (V2 =
0). Note que, ao impor uma energia cinética nula na entrada do ventilador, a
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pressão total define a máxima energia possível que o ventilador transfere ao


fluido de trabalho.

Conclui-se então que:


1) A pressão total é a energia específica, obtida a partir da equação da energia,
se as condições de referência são atendidas (energia cinética na entrada nula,
pressão absoluta na entrada p2 = 101.300 N/m2 e massa específica do ar de
1,2 kg/m3) e se a compressão do ar no ventilador ocorre para um fluido de
trabalho que pode ser modelado como incompressível;
2) A curva que representa a relação entre a pressão total e a vazão
descarregada, quando o ventilador opera em rotação constante, é denominada
curva característica do ventilador.

É importante observar que devido a compressibilidade dos fluidos com os quais


os ventiladores trabalham, a massa específica pode variar de uma seção para
outra. Os fatores que influenciam nesta variação são a temperatura e a
velocidade.

B.3. Pressão de velocidade do ventilador (PVV)


É a pressão dinâmica na saída do ventilador, considerando sua velocidade
média. Dada por:
1
PVV  V32
2

B.4. Pressão estática do ventilador (PEV)


É a diferença entre a pressão total do ventilador e a pressão de velocidade do
ventilador. É dada por:
PEV  PTV  PVV

B.5. Altura de carga estática (HPE)


Também chamada de carga estática, pressão estática, ou ainda pressão
manométrica total. Representa o ganho de energia de pressão do fluido desde
a entrada até a saída do ventilador. É dada por:
p p
H PE  3  2
 

B.6. Altura de carga dinâmica (HV)


Também chamada de carga dinâmica ou pressão dinâmica. Representa o
ganho de energia cinética do fluido desde a entrada até a saída do ventilador.
É dada por:
V2 V2
HV  3  2
2g 2g

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B.7. Perda Hidráulica (Jh)


São as perdas que ocorre dentro do ventilador por atrito e turbilhonamento.
Jh  Ht  H

As alturas de elevação (H) e teórica (Ht), para número finito de pás pode ser
relacionadas pelo rendimento hidráulico, quer seja:
H
h 
Ht

B.8. Altura Motriz de Elevação (HM)


Nem toda energia fornecida pelo motor ao eixo do rotor é transferida para o
fluido (altura teórica de elevação). Uma parte dela é perdida, mecanicamente,
nos mancais, transmissão por correias, e outras. Essa perda é denominada
perda mecânica (JM). A altura motriz de elevação (HM) é dada por:
H M  Ht  J M

As alturas motriz de elevação (HM) e a teórica (Ht), para número finito de pás,
podem ser relacionadas pelo rendimento mecânico, quer seja:
H
M  t
HM

B.9. Rendimento Volumétrico (ηV)


O rendimento volumétrico é dado por:
Q
V  onde,
Q  qi

Q = vazão produzida pela ação do ventilador


qi = vazão do gás que fica circulando no interior do duto, devido a diferenças de
pressão que geram recirculação interna do gás, denominada de vazão de
fugas.

B.10. Potência Hidráulica


N h
  .Q.H  Q.( PV )

B.11. Potência Efetiva


Também chamada de potência motriz, mecânica, ou ainda, brake horse-power
(BHP), é a potência fornecida pelo motor ao eixo do rotor do ventilador. Se
relaciona com a potência hidráulica através do rendimento total (ηT).
N
N EFETIVA  h
T

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Sendo que em sua aplicação prática, teremos que

 .Q.H MAN
N EFETIVA 
T
Resumo: Primeiramente temos a altura teórica sem perdas ou altura motriz de
elevação (HM). Depois, acontecem as perdas mecânicas e temos a altura
teórica para número finito de pás (Ht). No final, temos as perdas hidráulicas e
ficamos com a altura manométrica (HU ou HMAN).

Exemplo 02: Qual a potência motriz de um ventilador com pressão efetiva ou


absoluta de 36 mm.c.a com uma vazão de 5 m 3/s de ar com peso específico Ɣ
= 1,2 kgf/m3, admitindo um rendimento total de 70%?

Resolução:
Considerando 36 mm.c.a correspondentes a 36 kgf/cm 2 e que Ɣ = 1,2
kgf/m3, temos que H em metros de coluna de ar:

p 36
H   30m (coluna de ar)
 1,2
Assim,

 .Q.H MAN
N EFETIVA 
T
1,2.5.30
N EFETIVA   3,43 CV
75.0,70

Exemplo 03: Um ventilador trabalha com ar a 20º C com uma vazão de 20.000
m3/h. Determine a potência hidráulica sabendo que a altura de elevação é
igual a 50 mm.c.a:

Resolução:
Considerando a vazão da ordem de 20.000 m3/h, iremos transformar
para m3/s, ou seja, 20.000 / 3.600 = 5,56 m3/s.
O peso específico será entendido pelo produto Ɣ = ρ.g, quer seja:
Ɣ = 1,2 (kg/m3) . 9,81 (m/s2)
Ɣ = 11,77 N/m3 ou
Ɣ ≈ 12 N/m 3

Considerando 50 mm.c.a correspondentes a 50 kgf/cm 2 e que Ɣ = 1,20


kgf/m3, temos que H em metros de coluna de ar:

p 50
H   41,67m (coluna de ar)
 1,2

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Aplicando a equação da potência hidráulica:

N m3 N .m J
N h   .Q.H  3
m s
. .m 
s
  Watts
s

N h
  .Q.H  12.5,56.41,67  2.780 Watts

Exemplo 04: Num ventilador centrífugo é medida a pressão estática na


entrada da boca de aspiração registrando-se uma pressão igual a -127 mm.c.a
(negativo). A pressão estática na saída da boca de insuflamento é medida
sendo igual a 10 mm.c.a. A pressão dinâmica na entrada do ventilador é igual a
25 mm.c.a e a pressão dinâmica na boca de saída do ventilador é igual a 25
mm.c.a. Determinar a pressão total do ventilador:

Resolução: A pressão total, por definição, é a soma da pressão estática na


saída do ventilador com a pressão dinâmica também na seção de descarga do
ventilador, quer seja:
  
∆ PTV  PEV  PVV SAÍDA  PEV  PVV ENTRADA 
Como as pressões dinâmicas na entrada e saída das bocas do
ventilador são iguais, temos que a expressão acima fica:

∆ PTV  PEV SAÍDA  PEV ENTRADA


Logo,
∆ PTV  10  (127)  137 mm.c.a

Exemplo 05: Um duto com vazão igual a 5000 m3/h apresenta uma pressão
estática igual a 50 mm.c.a. Determine a pressão total no duto, considerando
que o mesmo apresenta diâmetro igual a 300 mm:

Resolução: Sabemos que PEV  PTV  PVV ; logo:


PTV = a calcular
PEV = 50 mm.c.a
1
PVV  V 2 (precisamos calcular a velocidade)
2
Q = 5.000 m3/h = 1,39 m3/s
D = 300 mm = 0,3 m

Como o duto é circular, calcularemos a velocidade pela equação:


 .D 2 4.Q 4.1,39
Q  A.V  .V  V    19,66 m/s
4  .D 2
 .(0,30) 2
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1
Assim, PVV  .1,2.(19,66) 2  231,91 Pa
2
Desta forma, vamos determinar a pressão estática igualmente em
Pascal (Pa), ou seja:
PEV = Ɣ.HPE = 1,2.9,81.(50/1,2) = 490,54 Pa

Assim, a pressão total do ar no duto será:

PEV  PTV  PVV

PTV  PEV  PVV = 490,54 + 231,91 = 722,45 Pa

1.2.5. INTERAÇÃO VENTILADOR-SISTEMA


A curva característica exibe a variação da vazão do ventilador com a pressão
contra a qual o mesmo está trabalhando. Por outro lado, cada vazão fluindo no
sistema significará uma determinada resistência (perda de carga) e
conseqüentemente uma pressão requerida, podendo-se então construir a curva
de variação com a vazão, chamada de curva do sistema. O ponto de interseção
entre duas curvas será o ponto de operação (pontos 1, 2 ou 3 na figura 19). O
que se procura obter na prática é um ponto de interseção que atenda às
condições de vazão e pressão requeridas pelo sistema.
Na prática muitas vezes não se consegue obter um ponto de operação
adequado, sendo necessário instalar dispositivos de controle de vazão, alterar
a rotação do ventilador ou mesmo substituí-lo por outro mais adequado ao
caso, ou mesmo utilizar ventiladores em série, para aumento da pressão
disponível, ou em paralelo, para aumento da vazão do sistema.
A alteração de vazão ou pressão pode ser conseguida pelos seguintes
métodos:
(a) ALTERAÇÃO DA VELOCIDADE DE ROTAÇÃO DO VENTILADOR
Essa providência altera a curva do ventilador. De acordo com as leis dos
ventiladores, a vazão variará proporcionalmente à variação da rotação, a
pressão estática variará com o quadrado da rotação, a potência variará com o
cubo da variação da rotação. Para se conseguir esse efeito, pode-se utilizar
transmissões variáveis e motores de velocidade variável.

(b) "DAMPERS" NA SAÍDA OU NA ENTRADA DO VENTILADOR


A introdução de uma resistência adicional no sistema altera sua curva e o
ponto de intersecção na curva do ventilador. Essa resistência adicional é
conseguida através da utilização de "dampers" (registro tipo veneziana), que é
o método mais utilizado devido ao seu baixo custo, fácil ajuste, pequeno
espaço requerido e manutenção pouco exigente. Os dampers podem ser
colocados tanto na entrada como na saída e podem ser do tipo abas paralelas
ou abas opostas (figura 20).

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(c) CONTROLE DE VOLUME DE AR NA ENTRADA DO VENTILADOR


A curva característica do ventilador pode ser modificada mudando-se a rotação
do ar na sucção do ventilador. Para tanto se usa um tipo de controle
denominado de IVC (tipo catavento) ou um damper na caixa de entrada. O
controle de volume na entrada do ventilador tem limitações em seu uso quando
estão expostos a corrosão e erosão pela presença de poluentes no caso de
ventiladores localizados antes do equipamento de controle de poluição do ar.
Também a exposição a alta temperaturas restringe o seu uso.
Cada solução para alteração da vazão ou pressão representará um ônus
adicional em termos de potência e, portanto, em termos de custo operacional.
O método que menos influencia a potência é o uso de motor de velocidade
variável, vindo a seguir a transmissão variável, o controle na entrada (IVC),
dampers na sucção e por último dampers na saída do ventilador (ver figura 21).

Figura 19: Interação Ventilador-Sistema

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Figura 20: Dampers e seus posicionamentos

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Figura 21: Influência dos Métodos de Controle de Vazão na Potência do Ventilador

1.2.6. SELEÇÃO DO VENTILADOR


Deve ser utilizado o ventilador que proporcione a vazão necessária com a
menor potência possível, que seja adequado para as características do fluido a
ser transportado (temperatura, corrosividade, abrasividade, adesividade, etc.) e
com curvas características (Q versus P) com maior curvatura, de forma que
haja pequena variação de vazão para uma dada variação de pressão. O ponto
de operação deverá estar à direita do ponto máximo da curva, um pouco
afastado desse ponto. Nunca deixe o ventilador funcionar em região instáveis
(vide figura 22).
Escolha um ventilador com tamanho adequado para o caso. Isso é conseguido
escolhendo-se um com ponto de operação não muito à direita do ponto máximo
da curva de pressão versus vazão.
Na seleção de ventiladores para operar em condições diferentes daquela em
que foi testado é importante ter em mente que o ventilador é uma máquina de
vazão voluntária que depende da rotação do mesmo. A mudança da densidade
do gás alterará a pressão e potência requerida, sendo que, se a rotação
permanecer constante, a vazão voluntária não alterará, mas a pressão e a
potência variarão diretamente proporcional à mudança de densidade.
Ressalta-se que a potência determinada da forma acima corresponde à
potência requerida nas condições normais de operação, não sendo suficiente
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para partida a frio. Para solucionar o problema, usa-se um motor que suporte a
partida a frio ou lança-se mão de um damper que será utilizado na partida a
frio, até que a temperatura do gás atinja o valor de projeto para controle da
vazão e da potência requerida.

Figura 22: Seleção do Ventilador em função do Ponto de Operação

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1.2.7. USO DE VENTILADORES EM SÉRIES E EM PARALELO


Dois ou mais ventiladores podem ser utilizados em série ou em paralelo, caso
não haja condições de ser utilizado um só ventilador por insuficiência de
pressão ou de vazão. No caso de ventiladores em série, a vazão que passará
pelos diversos ventiladores é a mesma, aumentando-se a pressão disponível
necessária, sendo que a vazão total será a soma dos ventiladores em paralelo
utilizados.
A curva do sistema deverá interceptar a curva combinada dos ventiladores,
seja em série ou em paralelo. Para melhor eficiência e para apresentar menos
problemas operacionais recomenda-se o uso de ventiladores idênticos quando
em série ou em paralelo.
1.2.8. LOCALIZAÇÃO DO VENTILADOR
A localização do ventilador exerce papel importante na sua escolha. Um
ventilador localizado antes do equipamento de controle de poluição do ar (filtro)
estará sujeito a agressividade do material movimentado, como alta carga de
partículas. O seu uso após um equipamento de controle do tipo lavador tem
também desvantagem por estar movimentando ar com alta umidade
ocasionando problemas sérios de corrosão.
A vazão e a potência do ventilador também são funções do ponto em que o
mesmo está localizando no sistema, apesar de que, na maioria dos casos, a
localização do ventilador após o equipamento de controle não apresente
alteração tão significativa.
No caso de sistemas úmidos (lavadores) devem ser analisados os parâmetros
custo, vida útil e problemas de manutenção nas duas posições possíveis, para
a tomada de decisão.

1.2.9. INSTALAÇÃO
A instalação adequada do ventilador é um fator importante para que o
ventilador funcione sem vibrações, tenha vida útil dentro dos padrões
aceitáveis e não ofereça perigo às pessoas que trabalham nas suas
proximidades. Lembre-se que o ventilador é uma máquina rotativa com partes
que se movimentam a altas velocidades e, portanto, deve oferecer segurança
durante sua operação. Os limites de temperatura e rotação devem ser
observados.
Não consulte apenas as recomendações do fabricante, mas cumpra também
as normas de segurança industrial. Só use ventiladores industriais que tenham
sido previamente balanceados.
A instalação do ventilador deve ser feita por pessoas especializadas, de
preferência pelo fabricante, ou sob sua supervisão ou orientação. A instalação
deve ser precedida do transporte, recepção, inspeções, manuseio e
armazenagem adequados.
Para uma operação livre de problemas, utilize uma fundação.

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1.2.10. INTERLIGAÇÃO DO SISTEMA


A interligação do sistema deve seguir rigorosamente o projeto. Lembre-se que
a performance do ventilador poderá ser seriamente afetada por condições
inadequadas de entrada e saída do ventilador pela adição de resistência ao
sistema (perda de carga). As características do ventilador são sempre
determinadas para as condições boas de fluxo na entrada e saída. Verifique se
as condições de entrada e saída previstas em projetos foram consideradas na
seleção do ventilador.

Exercícios de Fixação 02:

1) Dadas as afirmações a seguir, assinale a alternativa falsa:


a) Os ventiladores são usualmente classificados de acordo com a direção de
movimentação de fluxo através do rotor.
b) Os ventiladores centrífugos não são destinados à movimentação de ar numa
ampla faixa de vazão e pressão. Os ventiladores axiais se restringem
aplicações de alta pressão.
c) Em ventilação, os ventiladores mais utilizados são os centrífugos, os quais
estão disponíveis em quatro tipos, segundo as características de rotor, ou seja:
de pás radiais; de pás para trás; de pás curvadas para frente e o "radial tip".
d) Para a correta seleção de um ventilador deve ser utilizado o ventilador que
proporcione a vazão necessária com a menor potência possível e que seja
adequado para as características do poluente a ser transportado (temperatura,
corrosividade, abrasividade, adesividade, etc.).
e) A vazão e a potência do ventilador são funções do ponto em que o mesmo
está localizando no sistema.
2) Dadas as afirmações a seguir, assinale a(s) alternativa(s) falsa(s):
a) Os ventiladores centrífugos de pás curvadas para frente requerem menor
espaço para sua instalação, apresentam baixa velocidade periférica e são
silenciosos.
b) Os ventiladores centrífugos de pás curvadas para frente são usados para
pressões baixas e moderadas.
c) Devido à forma, os rotores de pás para frente não são recomendados para
movimentar fluidos com poeiras e fumos que possam aderir às mesmas e
causar desbalanceamento do rotor e, conseqüentemente, vibração.
d) A curva característica dos ventiladores centrífugos de pás curvadas para
frente não apresenta zona de instabilidade na qual o ventilador não deve
trabalhar.
e) Na seleção de ventiladores para operar em condições diferentes daquela em
que foi testado não é importante ter em mente que o ventilador é uma máquina
de vazão voluntária que depende da rotação do mesmo.

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3) Dadas as afirmações a seguir, assinale a(s) alternativa(s) falsa(s):


a) Os ventiladores centrífugos de pás curvadas para frente apresentam
autolimitação de potência não podendo sobrecarregar o motor.
b) A eficiência dos ventiladores de pás para frente é maior que os de pás para
trás.
c) Os ventiladores de pás para frente são recomendados para sistema de
ventilação geral e de ar condicionado onde a carga de poeiras e outras
partículas é baixa.
d) A proteção tipo "chapéu chinês" não é recomendada, em casos em que há
necessidade de promover uma boa dispersão da emissão residual na
atmosfera e, como regra geral, não deve ser utilizada.
e) Ventiladores centrífugos de pá pra trás são ventiladores de baixa eficiência e
seu funcionamento causa ruídos intensos.

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