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Nome da Disciplina: LEITURAS DIRIGIDAS

Tema: Literatura, Tecnologia e Barbárie


Semestre: 2012-2; nº de Créditos: 4 créditos
Professor Responsável: Regina Zilberman
SÚMULA:
Modernidade e progresso tecnológico parecem caminhar juntos; contudo, provavelmente a
primeira das tecnologias produzidas pela humanidade foi a escrita, que remonta aos
sumérios, na Antiguidade. Na época moderna, a escrita converteu-se em ferramenta de
dominação, de que é testemunho a conquista da América por espanhóis e portugueses. A
tecnologia resulta igualmente do avanço científico, de que resultaram experiências no
campo da Medicina, a cultura de massa, a administração despersonalizada. Pensadores,
como Giorgio Agamben, Hanna Arendt, Jürgen Habermas, Max Horkheimer, Max Weber,
Theodor W. Adorno, Walter Benjamin, Walter Mignolo, refletiram sob os diferentes ângulos
dessas questões, que aparece na condição de matéria narrativa nas obras de Aldous Huxley,
Art Spiegelman, Darcy Ribeiro, Elie Wiesel, Franz Kafka, Gonçalo M. Tavares, Imre
Kertesz, Kazuo Ishiguro, Machado de Assis, Primo Levi.
Programa:
1. A conquista da América – escrita e dominação
Walter Mignolo e a cultura letrada do Renascimento
Textos e obras de Manuel da Nóbrega; José de Anchieta; Fernão Cardim; Darcy
Ribeiro
2. A hegemonia da ciência
Walter Benjamin e a obra de arte na época de sua reprodução mecânica
Max Horkheimer, Theodor W. Adorno e a dialética do Iluminismo
Jürgen Habermas – Técnica e ciência como ideologia
Textos e obras de Aldous Huxley (Admirável mundo novo); Franz Kafka (“Na
colônia penal”); Gonçalo M. Tavares (O reino: Jerusalém; Um homem: Klaus Klump; A
máquina de Joseph Walser; Aprender a rezar na era da técnica); Kazuo Ishiguro (Não me
abandone jamais); Machado de Assis (“O alienista”).
3. A administração despersonalizada
Max Weber e a a burocracia
Hanna Arendt e as origens do totalitarismo
Estudo dos romances de Franz Kafka (O processo; O castelo)
4. A banalização do mal
Hanna Arendt e a banalidade do mal
Adorno, Agamben e a filosofia pós-Auschwitz
Textos e obras de Art Spiegelman (Maus); Elie Wiesel (A noite); Imre Kertesz
(Kadish, por uma criança não nascida); Primo Levi (Os afogados e os sobreviventes).
Bibliografia:
ADORNO, Theodor W. Después de Auschwitz. In: ___. Dialéctiva negativa. Madri:
Taurus, 1975.
AGAMBEN, Giorgio. O que resta de Auschwitz. O arquivo e a testemunha. São Paulo:
Boitempo, 2008.
ANCHIETA, José de. Cartas, informações, fragmentos historicos e sermões. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 1933.
ARENDT, Hannah. As origens do totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
ARENDT, Hannah. Eichmann em Jerusalém. Um relato sobre a banalidade do mal. São
Paulo: Companhia das Letras, 1999.
ARENDT, Hannah. Franz Kafka: uma reavaliação. In: ___. Compreender. Formação, exílio
e totalitarismo. Ensaios (1930-1954). Org. de Jerome Kohn. São Paulo: Companhia das
Letras; Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2008.
ASSIS, Machado de. O alienista. In: ___. Papéis avulsos. São Paulo: Companhia das
Letras, 2011.
BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. In: ___. Obras
escolhidas: Mágia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1985.
BENJAMIN, Walter. Pequena história da fotografia. In: : ___. Obras escolhidas: Mágia e
técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1985.
CARDIM, Fernão. Tratados da terra e gente do Brasil. Lisboa: Comissão Nacional para as
Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 1997.
HABERMAS, Jürgen. Técnica e ciência como “ideologia”. In: BENJAMIN, Walter;
HORKHEIMER, Max; ADORNO, Theodor W.; HABERMAS, Jürgen. Textos escolhidos.
São Paulo: Abril, 1975 (Col. Os Pensadores, v. XLVIII)
HORKHEIMER, Max; ADORNO, Theodor W. Conceito de Iluminismo. In: BENJAMIN,
Walter; HORKHEIMER, Max; ADORNO, Theodor W.; HABERMAS, Jürgen. Textos
escolhidos. São Paulo: Abril, 1975 (Col. Os Pensadores, v. XLVIII)
HUXLEY, Aldous. Admirável mundo novo. São Paulo: Globo, 2009.
ISHIGURO, Kazuo. Não me abandone jamais. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
KAFKA, Franz. Na colônia penal. In: ___. O veredicto; Na colônia penal. São Paulo:
Companhia das Letras, 1998.
KAFKA, Franz. O castelo. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
KAFKA, Franz. O processo. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
KERTESZ, Imre. Kadish, por uma criança não nascida. Rio de Janeiro: Imago, 2002.
LEVI, Primo. Os afogados e os sobreviventes. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004.
MIGNOLO, Walter D. The Darker Side of the Renaissance: Colonization and the
Discontinuity of the Classical Tradition. In: Renaissance Quarterly, Vol. 45, No. 4. (Winter,
1992), pp. 808-828.
MIGNOLO, Walter. The Darker Side of the Renaissance. Literacy, Territoriality, and
Colonization. 4. ed. Ann Arbor: The University of Michigan Press, 1998.
NÓBREGA, Manuel da. Cartas do Brasil e mais escritos. Introdução e notas históricas e
críticas de Serafim Leite, S.J. Coimbra: Universidade, 1955. [869.63 N754C]
RIBEIRO, Darcy. Maíra. Rio de Janeiro: Record, 2007.
RIBEIRO, Darcy. Uirá sai à procura de Deus: ensaios de etnologia e indigenismo. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1980.
SPIEGELMAN, Art. Maus. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
TAVARES, Gonçalo M. A máquina de Joseph Walser. São Paulo: Companhia das Letras,
2010.
TAVARES, Gonçalo M. Aprender a rezar na era da técnica. São Paulo: Companhia das
Letras, 2008.
TAVARES, Gonçalo M. Jerusalém. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
TAVARES, Gonçalo M. Um homem: Klaus Klump. 2007.
WEBER, Max. A instituição estatal e os modernos partidos políticos e parlamentos
(Sociologia do Estado). In: ___. Economia e sociedade. Brasília: UnB, 2009. V. II.
WIESEL, Elie. A noite. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006.
Nome da Disciplina: Formas Literárias e Processo Histórico – Prosa
Tema: Trauma e Negacionismo
Semestre: 2018-2
Nº de Créditos: 4 créditos
Professor Responsável: Regina Zilberman
Súmula:
Em “História e Dialética”, Claude Lévi-Strauss debate a parcialidade da História, incapaz,
por sua natureza, de dar conta da totalidade dos fatos passados. Enquanto narrativa, a
História escolhe ângulos e recortes, indicindo em lacunas, que podem permanecer latentes
ou esquecidas. Podem corresponder igualmente a negações, pois apontam para questões
traumáticas para um grupo, segmento ou classe social, que prefere ignorar o que as lacunas
escondem. Na história brasileira relativa ao período colonial, a trajetória de homens e
mulheres escravizados/as ou liberto/as, ficou obscurecida por muito tempo; na história da
sociedade portuguesa, o período representado pela ocupação de povos provindos da Arábia
permaneceu ignorado ou rejeitado enquanto parte da construção da identidade lusitana. De
modo similar, os detentores do poder silenciaram vozes discortantes, nem sempre
recuperadas pelo discurso dominante. São essas expressões que, quando expostas pelas
manifestações artísticas, se procura estudar.
Programa:

0. História, trauma e negação


- A parcialidade da História
- O caso Jauss
Obras de estudo e bibliografia:
ETTE, Ottmar. O caso Jauss. A compreensão a caminho de um futuro para a filologia.
Goiânia: Caminho, 2018 [no prelo]
GUMBRECHT, Hans Ulrich. Depois de 1945. Latência como origem do presente.
Tradução de Ana Isabel Soares. São Paulo: Unesp, 2014.
LÉVI-STRAUSS, Claude. História e Dialética. In: ___. O pensamento selvagem. São
Paulo: Papirus, 1989.
ZILBERMAN, Regina. Memórias de tempos sombrios. Estudos de Literatura Brasileira
Contemporânea, n. 52 (2017). p. 9-30. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2316-4018521.
1. A Negação do Brasil – História dos negros: período colonial
- Rosa Egipcíaca – “a santa africana no Brasil”
- Os quatro Tiradentes
- Da revolução pernambucana de 1817 ao Levante Malê em 1835
Obras de estudo:
A NEGAÇÃO DO BRASIL. - https://www.youtube.com/watch?v=PrrR2jgSf9M
CAYMMI, Dori; LAGO, Mario. Foru 4 Tiradentes na conjuração baiana. (CD)
MARANHÃO, Heloísa. Rosa Maria Egipcíaca da Vera Cruz. Rio de Janeiro: Record; Rosa
dos Ventos, 1997.
MOTT, Luiz. Rosa Egipcíaca: Uma Santa Africana no Brasil. São Paulo: Bertrand Brasil,
1993.
SANTOS, Joel Rufino. Crônica de indomáveis delírios. Rio de Janeiro: Rocco, 1991.
2. Trauma, esquecimento, negativismo
- A guerra e o trauma do esquecimento
- Traumas coletivos e memória cultural
- História, memória e esquecimento; negacionismo.
Obras de estudo e bibliografia:
ASSMANN, Jan. Religión y memoria cultural. Diez estudios. Trad. de Marcelo G. Burello
e Karen Saban. Buenos Ayres: Lilmod, Libros de la Araucaria, 2008.
BENJAMIN, Walter. Experiência e pobreza. In: Obras escolhidas: magia e técnica, arte e
política. Vol. 1. São Paulo: Brasiliense, 1985.
BENJAMIN, Walter. O narrador. Considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In: ___.
Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1985.
FREUD, Sigmund. Além do princípio do prazer. In: ___. Obras psicológicas de Sigmund
Freud. Escritos sobre a Psicologia do Inconsciente. Rio de Janeiro: Imago, 2006. V. II.
FREUD, Sigmund. Luto e melancolia. In: ___. Obras psicológicas de Sigmund Freud.
Escritos sobre a Psicologia do Inconsciente. Rio de Janeiro: Imago, 2006. V. II.
FREUD, Sigmund. Moisés e o monoteísmo. Trad. de Maria Aparecida Moraes Rego. Rio de
Janeiro: Imago, 2001.
FRIEDLANDER, Saul (Org.). En torno a los límites de la representación. Bernal:
Universidad Nacional de Quilmes Editorial, 2007.
LaCAPRA, Dominick. Representar el Holocausto. Historia, teoría, trauma. Buenos Aires:
Prometeo, 2008.
LE GOFF, Jacques. História e memória. Lisboa: Ed. 70, 2000. V. 2.
PEASE, Donald E. New Americanists: Revisionist Interventions into the Canon. In:
VEESER, H. Aran (Ed.). The Nwe Historicism. New York and London: Routledge, 1994. p.
141-160.
RICOEUR, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Campinas: Ed. Unicamp, 2007.
3. O papel do revisor
- O revisor que diz não
- Excluídos e excluídas
Obras de estudo:
HERCULANO, Alexandre. Eurico, o prestíbero. São Paulo: Ática, 1998.
SARAMAGO, José. História do cerco de Lisboa. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
MIRANDA, Ana de. Desmundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
4. Memórias dos regimes totalitários
- Os formalistas na Rússia pós-revolucionária
- Os intelectuais no Brasil das ditaduras
Obras de estudo:
CHKLÓVSKI, Viktor. Viagem sentimental. São Paulo: Editora 34, 2018.
LAGO, Mario. Reminiscências do sol quadrado. São Paulo: Cosac & Naify, 2001.
MORAES, Eneida de. Aruanda. Rio de Janeiro: José Oympio, 1957.

BIBLIOGRAFIA:
ASSMANN, Jan. Religión y memoria cultural. Diez estudios. Trad. de Marcelo G. Burello
e Karen Saban. Buenos Ayres: Lilmod, Libros de la Araucaria, 2008.
BENJAMIN, Walter. Experiência e pobreza. In: Obras escolhidas: magia e técnica, arte e
política. Vol. 1. São Paulo: Brasiliense, 1985.
BENJAMIN, Walter. O narrador. Considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In: ___.
Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1985.
ETTE, Ottmar. O caso Jauss. A compreensão a caminho de um futuro para a filologia.
Goiânia: Caminho, 2018 [no prelo]
FREUD, Sigmund. Além do princípio do prazer. In: ___. Obras psicológicas de Sigmund
Freud. Escritos sobre a Psicologia do Inconsciente. Rio de Janeiro: Imago, 2006. V. II.
FREUD, Sigmund. Luto e melancolia. In: ___. Obras psicológicas de Sigmund Freud.
FREUD, Sigmund. Moisés e o monoteísmo. Trad. de Maria Aparecida Moraes Rego. Rio de
Janeiro: Imago, 2001.
FRIEDLANDER, Saul (Org.). En torno a los límites de la representación. Bernal:
Universidad Nacional de Quilmes Editorial, 2007.
GUMBRECHT, Hans Ulrich. Depois de 1945. Latência como origem do presente.
Tradução de Ana Isabel Soares. São Paulo: Unesp, 2014.
LaCAPRA, Dominick. Representar el Holocausto. Historia, teoría, trauma. Buenos Aires:
Prometeo, 2008.
LE GOFF, Jacques. História e memória. Lisboa: Ed. 70, 2000. V. 2.
LÉVI-STRAUSS, Claude. O pensamento selvagem. São Paulo: Papirus, 1989.
PEASE, Donald E. New Americanists: Revisionist Interventions into the Canon. In:
VEESER, H. Aran (Ed.). The Nwe Historicism. New York and London: Routledge, 1994. p.
141-160.
RICOEUR, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Campinas: Ed. Unicamp, 2007.
SCHWARCZ, Lilia Moritz; GOMES, Flávio dos Santos. Dicionário da escravidão e
liberdade: 50 textos críticos. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
STARLING, Heloísa. Ser republicano no Brasil colônia. A história de uma tradição
esquecida. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
WESTEMEIER, Jens. Hans Robert Jauss: Jugend, Krieg und Internierung. Konstanz:
Universitäet Konstanz, 2015.
ZILBERMAN, Regina. Memórias de tempos sombrios. Estudos de Literatura Brasileira
Contemporânea, n. 52 (2017). p. 9-30. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2316-4018521.
Disciplina: MEMÓRIA CULTURAL E NARRATIVA
Nº de Créditos: 4 créditos
Professor: Regina Zilberman
Semestre: 2009-2

SÚMULA:
Memória cultural é o modo como a sociedade assegura sua continuidade cultural, preservando o
conhecimento coletivo de uma geração a outra. Essa transmissão dá-se por meio de paradigmas
mnemônicos, entre os quais figura o diegético, de que são expressão os gêneros narrativos da
literatura. A partir dos estudos de Jan Assmann, Hanna Arendt, Sigmund Freud e Giorgio Agamben,
examinar-se-ão obras, documentos e monumentos constituientes da memória cultural no Brasil,
especialmente.

OBJETIVOS:
a) definir conceitualmente a memória cultural e suas relações com a narrativa, a escrita e a
literatura;
b) estudar as relações entre memória, esquecimento, trauma e culpa coletiva;
c) examinar obras literárias, documentos e monumentos em que se corporifica a memória
cultural enquanto transmissão de um conhecimento, apagamento e olvido.

PROGRAMA:
1. Memória cultural e mnenohistória
a) Mnemohistória
b) Memória cultural e trauma
c) Políticas de esquecimento e recordação
2. Memória cultural, trauma e culpa coletiva
a) o Holocausto
b) a Guerra de Canudos
c) Rebeliões de escravos
3. Comemoração e identidade nacional
a) A fundação do Rio Grande do Sul
b) O período Vargas
c) Monumentos da identidade nacional
PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS:
a) exposição das bases teóricas;
b) exposição das questões de ordem histórica;
c) seminário sobre os textos de estudo.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
AGAMBEN, Giorgio. O que resta de Auschwitz. O arquivo e a testemunha. Homo Sacer III. Trad. de
Selvino J. Assmann. São Paulo: Boitempo, 2008.
ARENDT, Hanna. Eichmann em Jerusalém. Um relato sobre a banalidade do mal. Trad. de José
Rubens Siqueira São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
___. Compreender. Formação, exílio e totalitarismo. Ensaios (1930-1954). Org. de Jerome Kohn.
São Paulo: Companhia das Letras; Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2008.
ARINOS, Afonso. Os jagunços. In: ___. Obra completa. Org. sob a direção de Afrânio Coutinho. Rio
de Janeiro: Nova Aguilar; Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1969.
ASSIS, Machado de. A Semana. São Paulo: Mérito, 1959. V. 4.
ASSMANN, Jan. Moses the Egiptian. The Memory of Egypt in Western Monotheism. Cambridge,
Mass; London: Harvard University Press, 1998.
ASSMANN, Jan. Religión y memoria cultural . Diez estudios. Trad. de Marcelo G. Burello e Karen
Saban. Buenos Ayres: Lilmod, Libros de la Araucaria, 2008.
BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política . São Paulo: Brasiliense, 1985.
BERNSTEIN, Richard J. Freud e o legado de Moisés. Rio de Janeiro: Imago, 2000.
BILAC, Olavo. Vossa Insolência (Crônicas). Org. de Antonio Dimas. São Paulo: Cia. das Letras,
1996.
CUNHA, Euclides da. Canudos e outros temas. Edição comemorativa dos 90 anos de publicação de
Os sertões. 3. ed. revista e ampliada. Brasília: Subsecretaria de Edições Técnicas, Casa de
Pernambuco, 1994.
CUNHA, Euclides da. Os sertões. Campanha de Canudos. 27. ed. Brasília: Editora Universidade de
Brasília, 1963.
DERRIDA, Jacques. Mal de arquivo. Uma impressão freudiana. Trad. de Cláudia de Moraes Rego.
Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 2001.
FREUD, Sigmund. Moisés e o monoteísmo. Rio de Janeiro: Imago, 2001.
HALL, S. Da diáspora: identidades e mediações culturais. L. Sovik (org.). Trad. A. Resende et al.
Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2003.
RICOEUR, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Campinas: UNICAMP, 2007.
SCHLINK, Bernhard. O leitor. Trad. de Pedro Sussekind. Rio de Janeiro: Record, 2009.
VERISSIMO, Erico. O Continente. São Paulo: Companhia das Letras, 2004. 2v.
WEINRICH, Harald. Lete. Arte e crítica do esquecimento . Trad. Lya Luft. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2001.
YERUSHALMI, Yosef Hayim. El Moises de Freud. Judaismo terminable e interminable. Trad. de
Horacio Pons. Buenos Aires: Nueva Vision, 1996.
ZILBERMAN, Regina et alii. As pedras e o arco : fontes primárias, teoria e história da literatura. Belo
Horizonte: Ed. da UFMG, 2004.
Nome da Disciplina: A Literatura e os Povos Modernos: Cafres, Mouros, Judeus
Nº de Créditos: 4 créditos
Professor Responsável: Regina Zilberman
Semestre: 2008-2

SÚMULA:
As grandes navegações colocaram os europeus perante povos até então ignorados ou conhecidos
unicamente por intermédio da literatura. Esses povos foram compulsoriamente integrados aos
projetos de exploração das regiões ocupadas por via militar. Outros grupos étnicos, que igualmente
não descendiam dos europeus, mas que eram familiares a esses últimos, foram descartados do
projeto de colonização, recaindo sobre eles o peso da exclusão e da perseguição. Expressões
literárias do século XVI cooperaram para forjar mitos que justificavam o procedimento adotado pela
política européia. Esses mitos reaparecem na literatura brasileira dos séculos XIX e XX por
intermédio de posicionamentos variados, que se estendem da reduplicação dos preconceitos à sua
denúncia crítica e à proposição de modos alternativos de representação.

PROGRAMA:
A LITERATURA E OS POVOS MODERNOS: CAFRES, MOUROS, JUDEUS
1. Os cafres
- Luís de Camões: o circuito da África entre cafres e infiéis
- Jerônimo Corte Real: África sob suspeita
- Mia Couto: o pluralismo das vozes e das etnias
2. De cafres a escravos
- a escravidão no mundo moderno: África entre Europa e América
- escravas e escravos na literatura brasileira do século XIX: Maria Firmina dos Reis;
José de Alencar; Castro Alves; Bernardo Guimarães; Machado de Assis; Joaquim
Manuel de Macedo; Luiz Gama; José de Patrocínio; Aluísio Azevedo.
3. Mouros e judeus
- William Shakespeare entre estereótipos, de Veneza ao Novo Mundo: O mercador
de Veneza; Otelo, o mouro de Veneza; A tempestade
- Sigmund Freud e Edward Said: judeus entre Oriente e Ocidente
- Mouros e judeus na literatura brasileira: Gonçalves de Magalhães; José de Alencar;
Castro Alves; Moacyr Scliar; Ana Miranda; Milton Hatoum.

TEXTOS DE ESTUDO:
ALENCAR, José de. Senhora. Obra completa. V. 1. Rio de Janeiro: Aguilar, 1964.
ALENCAR, José. As minas de prata. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1964, V. II.
ALENCAR, José de. O demônio familiar. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1964, V. IV.
ALVES, Castro. Poesias completas. Rio de Janeiro: Tecnoprint, s. d.
ASSIS, Machado de. Contos: uma antologia. Seleção de John Gledson. São Paulo: Companhia das
Letras, 1998.
AZEVEDO, Aluísio. O mulato. São Paulo: Martins, 1964.
CAMÕES, Luís de. Os Lusíadas. São Paulo: Jackson, 1956.
CORTE REAL, Jerônimo. Naufrágio de Sepúlveda. In: ___. Obras. Introdução e revisão de M. Lopes
de Almeida. Porto: Lello & Irmãos, 1979.
COUTO, Mia. O outro pé da sereia. São Paulo: Cia. das Letras, 2006.
FREUD, Sigmund. Moisés e o monoteísmo. Trad. de Maria Aparecida Moraes Rego. Rio de Janeiro:
Imago, 2001.
GAMA, Luiz. Trovas burlescas e escritos em prosa. São Paulo: Edições Cultura, 1944.
GUIMARÃES, Bernardo. A escrava Isaura. São Paulo: Ática, 1998.
HATOUM, Milton. Relato de um certo Oriente. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
MACEDO, Joaquim Manuel de. As vítimas-algozes. Quadros da escravidão. São Paulo: Scipione;
Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 1991.
MAGALHÃES, Gonçalves de. Antônio José ou o poeta e a inquisição . Tragédias. São Paulo: Martins
Fontes, 2005.
MIRANDA, Ana de. Desmundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
PATROCÍNIO, José do. Os retirantes. São Paulo: Ed. Três, 1973. 2v.
REIS, Maria Firmina dos. A escrava. In: ___. Úrsula. Florianópolis: Ed. Mulheres, 2004.
SAID, Edward W. Freud e os não-europeus. Trad. de Arlene Clemesha. São Paulo: Boitempo, 2004.
SCLIAR, Moacyr. Os vendilhões do templo. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
SHAKESPEARE, William. A tempestade. Porto Alegre: L&PM, 2002.
______. O mercador de Veneza. Porto Alegre: L&PM, 2007.
______. Otelo, o mouro de Veneza. Rio de Janeiro: Lacerda, 1999.

PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS:
d) exposição das bases teóricas;
e) exposição das questões de ordem histórica;
f) seminário sobre os textos de estudo.

BIBLIOGRAFIA:
ANDERSON, Benedict. Nação e consciência nacional. São Paulo: Ática, 1989.
BAUMAN, Zygmunt. Identidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004
BERND, Zilá. Introdução à literatura negra. São Paulo: Brasiliense, 1988.
BHABHA, Homi K. “Cultural Diversity and Cultural Differences”. The Post Colonial Studies Reader.
Ed. Bill ASHCROFT, Gareth Griffiths, and Helen Tiffin. London, New York: Routledge, 1995. 206-09.
BRAUDEL, Fernand. Mediterrâneo e o mundo mediterrâneo na época de Felipe II
BROOKSHAW, David. Race and color in Brazilian Literature . Metuchen & London: The Scarecrow
Press, 1986.
FREUD, Sigmund. O Moisés de Michelangelo. Trad. de Walderedo Ismael de Oliveira e Órizon
Carneiro Muniz. Rio de Janeiro: Imago, 1997.
SAÏD, Edward. Orientalismo. Trad. de Rosaura Eichenberg. São Paulo: Companhia das Letras,
2007.
SOUZA, Laura de Mello e. O diabo e a Terra de Santa Cruz . 5. reimpressão. São Paulo: Cia. das
Letras, 1995.
VIEIRA, Nelson. Jewish Voices in Brazilian Literature : A Prophetic Discourse of Alterity. Gainesville:
UP of Florida, 1995.
WALDMAN, Berta. Entre passos e rastros. Presença judaica na literatura brasileira contemporânea.
São Paulo: Perspectiva, 2003.
ZILBERMAN, Regina. Moisés: A personagem bíblica, do Êxodo a Sigmund Freud. Arquivo Maaravi.
Revista Digital de Estudos Judaicos da UFMG, V. 2, 2008.
http://www.ufmg.br/nej/am/modules/content/index.php?id=99. ISSN: 1982-3053.

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