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BIBLIOGRAFIA:
ASSMANN, Jan. Religión y memoria cultural. Diez estudios. Trad. de Marcelo G. Burello
e Karen Saban. Buenos Ayres: Lilmod, Libros de la Araucaria, 2008.
BENJAMIN, Walter. Experiência e pobreza. In: Obras escolhidas: magia e técnica, arte e
política. Vol. 1. São Paulo: Brasiliense, 1985.
BENJAMIN, Walter. O narrador. Considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In: ___.
Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1985.
ETTE, Ottmar. O caso Jauss. A compreensão a caminho de um futuro para a filologia.
Goiânia: Caminho, 2018 [no prelo]
FREUD, Sigmund. Além do princípio do prazer. In: ___. Obras psicológicas de Sigmund
Freud. Escritos sobre a Psicologia do Inconsciente. Rio de Janeiro: Imago, 2006. V. II.
FREUD, Sigmund. Luto e melancolia. In: ___. Obras psicológicas de Sigmund Freud.
FREUD, Sigmund. Moisés e o monoteísmo. Trad. de Maria Aparecida Moraes Rego. Rio de
Janeiro: Imago, 2001.
FRIEDLANDER, Saul (Org.). En torno a los límites de la representación. Bernal:
Universidad Nacional de Quilmes Editorial, 2007.
GUMBRECHT, Hans Ulrich. Depois de 1945. Latência como origem do presente.
Tradução de Ana Isabel Soares. São Paulo: Unesp, 2014.
LaCAPRA, Dominick. Representar el Holocausto. Historia, teoría, trauma. Buenos Aires:
Prometeo, 2008.
LE GOFF, Jacques. História e memória. Lisboa: Ed. 70, 2000. V. 2.
LÉVI-STRAUSS, Claude. O pensamento selvagem. São Paulo: Papirus, 1989.
PEASE, Donald E. New Americanists: Revisionist Interventions into the Canon. In:
VEESER, H. Aran (Ed.). The Nwe Historicism. New York and London: Routledge, 1994. p.
141-160.
RICOEUR, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Campinas: Ed. Unicamp, 2007.
SCHWARCZ, Lilia Moritz; GOMES, Flávio dos Santos. Dicionário da escravidão e
liberdade: 50 textos críticos. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
STARLING, Heloísa. Ser republicano no Brasil colônia. A história de uma tradição
esquecida. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
WESTEMEIER, Jens. Hans Robert Jauss: Jugend, Krieg und Internierung. Konstanz:
Universitäet Konstanz, 2015.
ZILBERMAN, Regina. Memórias de tempos sombrios. Estudos de Literatura Brasileira
Contemporânea, n. 52 (2017). p. 9-30. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/2316-4018521.
Disciplina: MEMÓRIA CULTURAL E NARRATIVA
Nº de Créditos: 4 créditos
Professor: Regina Zilberman
Semestre: 2009-2
SÚMULA:
Memória cultural é o modo como a sociedade assegura sua continuidade cultural, preservando o
conhecimento coletivo de uma geração a outra. Essa transmissão dá-se por meio de paradigmas
mnemônicos, entre os quais figura o diegético, de que são expressão os gêneros narrativos da
literatura. A partir dos estudos de Jan Assmann, Hanna Arendt, Sigmund Freud e Giorgio Agamben,
examinar-se-ão obras, documentos e monumentos constituientes da memória cultural no Brasil,
especialmente.
OBJETIVOS:
a) definir conceitualmente a memória cultural e suas relações com a narrativa, a escrita e a
literatura;
b) estudar as relações entre memória, esquecimento, trauma e culpa coletiva;
c) examinar obras literárias, documentos e monumentos em que se corporifica a memória
cultural enquanto transmissão de um conhecimento, apagamento e olvido.
PROGRAMA:
1. Memória cultural e mnenohistória
a) Mnemohistória
b) Memória cultural e trauma
c) Políticas de esquecimento e recordação
2. Memória cultural, trauma e culpa coletiva
a) o Holocausto
b) a Guerra de Canudos
c) Rebeliões de escravos
3. Comemoração e identidade nacional
a) A fundação do Rio Grande do Sul
b) O período Vargas
c) Monumentos da identidade nacional
PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS:
a) exposição das bases teóricas;
b) exposição das questões de ordem histórica;
c) seminário sobre os textos de estudo.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
AGAMBEN, Giorgio. O que resta de Auschwitz. O arquivo e a testemunha. Homo Sacer III. Trad. de
Selvino J. Assmann. São Paulo: Boitempo, 2008.
ARENDT, Hanna. Eichmann em Jerusalém. Um relato sobre a banalidade do mal. Trad. de José
Rubens Siqueira São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
___. Compreender. Formação, exílio e totalitarismo. Ensaios (1930-1954). Org. de Jerome Kohn.
São Paulo: Companhia das Letras; Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2008.
ARINOS, Afonso. Os jagunços. In: ___. Obra completa. Org. sob a direção de Afrânio Coutinho. Rio
de Janeiro: Nova Aguilar; Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1969.
ASSIS, Machado de. A Semana. São Paulo: Mérito, 1959. V. 4.
ASSMANN, Jan. Moses the Egiptian. The Memory of Egypt in Western Monotheism. Cambridge,
Mass; London: Harvard University Press, 1998.
ASSMANN, Jan. Religión y memoria cultural . Diez estudios. Trad. de Marcelo G. Burello e Karen
Saban. Buenos Ayres: Lilmod, Libros de la Araucaria, 2008.
BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política . São Paulo: Brasiliense, 1985.
BERNSTEIN, Richard J. Freud e o legado de Moisés. Rio de Janeiro: Imago, 2000.
BILAC, Olavo. Vossa Insolência (Crônicas). Org. de Antonio Dimas. São Paulo: Cia. das Letras,
1996.
CUNHA, Euclides da. Canudos e outros temas. Edição comemorativa dos 90 anos de publicação de
Os sertões. 3. ed. revista e ampliada. Brasília: Subsecretaria de Edições Técnicas, Casa de
Pernambuco, 1994.
CUNHA, Euclides da. Os sertões. Campanha de Canudos. 27. ed. Brasília: Editora Universidade de
Brasília, 1963.
DERRIDA, Jacques. Mal de arquivo. Uma impressão freudiana. Trad. de Cláudia de Moraes Rego.
Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 2001.
FREUD, Sigmund. Moisés e o monoteísmo. Rio de Janeiro: Imago, 2001.
HALL, S. Da diáspora: identidades e mediações culturais. L. Sovik (org.). Trad. A. Resende et al.
Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2003.
RICOEUR, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Campinas: UNICAMP, 2007.
SCHLINK, Bernhard. O leitor. Trad. de Pedro Sussekind. Rio de Janeiro: Record, 2009.
VERISSIMO, Erico. O Continente. São Paulo: Companhia das Letras, 2004. 2v.
WEINRICH, Harald. Lete. Arte e crítica do esquecimento . Trad. Lya Luft. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2001.
YERUSHALMI, Yosef Hayim. El Moises de Freud. Judaismo terminable e interminable. Trad. de
Horacio Pons. Buenos Aires: Nueva Vision, 1996.
ZILBERMAN, Regina et alii. As pedras e o arco : fontes primárias, teoria e história da literatura. Belo
Horizonte: Ed. da UFMG, 2004.
Nome da Disciplina: A Literatura e os Povos Modernos: Cafres, Mouros, Judeus
Nº de Créditos: 4 créditos
Professor Responsável: Regina Zilberman
Semestre: 2008-2
SÚMULA:
As grandes navegações colocaram os europeus perante povos até então ignorados ou conhecidos
unicamente por intermédio da literatura. Esses povos foram compulsoriamente integrados aos
projetos de exploração das regiões ocupadas por via militar. Outros grupos étnicos, que igualmente
não descendiam dos europeus, mas que eram familiares a esses últimos, foram descartados do
projeto de colonização, recaindo sobre eles o peso da exclusão e da perseguição. Expressões
literárias do século XVI cooperaram para forjar mitos que justificavam o procedimento adotado pela
política européia. Esses mitos reaparecem na literatura brasileira dos séculos XIX e XX por
intermédio de posicionamentos variados, que se estendem da reduplicação dos preconceitos à sua
denúncia crítica e à proposição de modos alternativos de representação.
PROGRAMA:
A LITERATURA E OS POVOS MODERNOS: CAFRES, MOUROS, JUDEUS
1. Os cafres
- Luís de Camões: o circuito da África entre cafres e infiéis
- Jerônimo Corte Real: África sob suspeita
- Mia Couto: o pluralismo das vozes e das etnias
2. De cafres a escravos
- a escravidão no mundo moderno: África entre Europa e América
- escravas e escravos na literatura brasileira do século XIX: Maria Firmina dos Reis;
José de Alencar; Castro Alves; Bernardo Guimarães; Machado de Assis; Joaquim
Manuel de Macedo; Luiz Gama; José de Patrocínio; Aluísio Azevedo.
3. Mouros e judeus
- William Shakespeare entre estereótipos, de Veneza ao Novo Mundo: O mercador
de Veneza; Otelo, o mouro de Veneza; A tempestade
- Sigmund Freud e Edward Said: judeus entre Oriente e Ocidente
- Mouros e judeus na literatura brasileira: Gonçalves de Magalhães; José de Alencar;
Castro Alves; Moacyr Scliar; Ana Miranda; Milton Hatoum.
TEXTOS DE ESTUDO:
ALENCAR, José de. Senhora. Obra completa. V. 1. Rio de Janeiro: Aguilar, 1964.
ALENCAR, José. As minas de prata. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1964, V. II.
ALENCAR, José de. O demônio familiar. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1964, V. IV.
ALVES, Castro. Poesias completas. Rio de Janeiro: Tecnoprint, s. d.
ASSIS, Machado de. Contos: uma antologia. Seleção de John Gledson. São Paulo: Companhia das
Letras, 1998.
AZEVEDO, Aluísio. O mulato. São Paulo: Martins, 1964.
CAMÕES, Luís de. Os Lusíadas. São Paulo: Jackson, 1956.
CORTE REAL, Jerônimo. Naufrágio de Sepúlveda. In: ___. Obras. Introdução e revisão de M. Lopes
de Almeida. Porto: Lello & Irmãos, 1979.
COUTO, Mia. O outro pé da sereia. São Paulo: Cia. das Letras, 2006.
FREUD, Sigmund. Moisés e o monoteísmo. Trad. de Maria Aparecida Moraes Rego. Rio de Janeiro:
Imago, 2001.
GAMA, Luiz. Trovas burlescas e escritos em prosa. São Paulo: Edições Cultura, 1944.
GUIMARÃES, Bernardo. A escrava Isaura. São Paulo: Ática, 1998.
HATOUM, Milton. Relato de um certo Oriente. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
MACEDO, Joaquim Manuel de. As vítimas-algozes. Quadros da escravidão. São Paulo: Scipione;
Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 1991.
MAGALHÃES, Gonçalves de. Antônio José ou o poeta e a inquisição . Tragédias. São Paulo: Martins
Fontes, 2005.
MIRANDA, Ana de. Desmundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
PATROCÍNIO, José do. Os retirantes. São Paulo: Ed. Três, 1973. 2v.
REIS, Maria Firmina dos. A escrava. In: ___. Úrsula. Florianópolis: Ed. Mulheres, 2004.
SAID, Edward W. Freud e os não-europeus. Trad. de Arlene Clemesha. São Paulo: Boitempo, 2004.
SCLIAR, Moacyr. Os vendilhões do templo. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
SHAKESPEARE, William. A tempestade. Porto Alegre: L&PM, 2002.
______. O mercador de Veneza. Porto Alegre: L&PM, 2007.
______. Otelo, o mouro de Veneza. Rio de Janeiro: Lacerda, 1999.
PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS:
d) exposição das bases teóricas;
e) exposição das questões de ordem histórica;
f) seminário sobre os textos de estudo.
BIBLIOGRAFIA:
ANDERSON, Benedict. Nação e consciência nacional. São Paulo: Ática, 1989.
BAUMAN, Zygmunt. Identidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004
BERND, Zilá. Introdução à literatura negra. São Paulo: Brasiliense, 1988.
BHABHA, Homi K. “Cultural Diversity and Cultural Differences”. The Post Colonial Studies Reader.
Ed. Bill ASHCROFT, Gareth Griffiths, and Helen Tiffin. London, New York: Routledge, 1995. 206-09.
BRAUDEL, Fernand. Mediterrâneo e o mundo mediterrâneo na época de Felipe II
BROOKSHAW, David. Race and color in Brazilian Literature . Metuchen & London: The Scarecrow
Press, 1986.
FREUD, Sigmund. O Moisés de Michelangelo. Trad. de Walderedo Ismael de Oliveira e Órizon
Carneiro Muniz. Rio de Janeiro: Imago, 1997.
SAÏD, Edward. Orientalismo. Trad. de Rosaura Eichenberg. São Paulo: Companhia das Letras,
2007.
SOUZA, Laura de Mello e. O diabo e a Terra de Santa Cruz . 5. reimpressão. São Paulo: Cia. das
Letras, 1995.
VIEIRA, Nelson. Jewish Voices in Brazilian Literature : A Prophetic Discourse of Alterity. Gainesville:
UP of Florida, 1995.
WALDMAN, Berta. Entre passos e rastros. Presença judaica na literatura brasileira contemporânea.
São Paulo: Perspectiva, 2003.
ZILBERMAN, Regina. Moisés: A personagem bíblica, do Êxodo a Sigmund Freud. Arquivo Maaravi.
Revista Digital de Estudos Judaicos da UFMG, V. 2, 2008.
http://www.ufmg.br/nej/am/modules/content/index.php?id=99. ISSN: 1982-3053.