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O QUE É PROLEGÔMENA
“A palavra prolegômenas pode ser traduzida como ‘prefácio’ – em outras palavras, aquelas
coisas que devem ser ditas antes de iniciar o estudo da teologia (MACGRATH, 2005, 9.
187)”1
A palavra é derivada de um particípio grego que significa “as coisas que são ditas antes”. A
Prolegômena tem sido usada como introdução a um estudo mais particular de qualquer ciência. É
uma espécie de estudo preparatório para que se possa compreender melhor o assunto numa
exploração posterior.2
1
Alester E. McGrath, Teologia Sistemática, Histórica e Filosófica, 1ª edição, Editora Shedd
Publicações, São Paulo, 2005, p. 187.
2
Heber Carlos de Campos, Prolegômena à Teologia. Apostila, p 9.
3
Opt cit, p. 9.
4
Opt cit. P. 9.
5
Herman Bavinck, Dogmática Reformada – Prolegômena, vol. 1, 1ª edição, Editora Cultura Cristã,
São Paulo-SP, 2012, p. 207.
são trinitários: O Pai, através do Filho como Logos, se comunica com suas criaturas no
Espirito.”6
Principio do Conhecimento
Prolegômena
“A palavra prolegômena pode ser traduzida como ‘prefácio’ – em outras palavras, aquelas
coisas que devem ser ditas antes de iniciar o estudo da teologia (MACGRATH, 2005, 9.
187)”9
2. O QUE É TEOLOGIA
6
Herman Bavinck, Dogmática Reformada – Prolegômena, vol. 1, 1ª edição, Editora Cultura Cristã,
São Paulo-SP, 2012, p. 207.
7
Herman Bavinck, Dogmática Reformada – Prologômena, vol. 1, 1ª edição, Editora Cultura Cristã,
São Paulo-SP, 2012, p. 207.
8
Herman Bavinck, Dogmática Reformada – Prologômena, vol. 1, 1ª edição, Editora Cultura Cristã,
São Paulo-SP, 2012, p. 207.
9
Alester E. McGrath, Teologia Sistemática, Histórica e Filosófica, 1ª edição, Editora Shedd
Publicações, São Paulo, 2005, p. 187.
“[...] ela é usada pelos autores de três maneiras: (1) amplamente; (2) estritamente; (3)
segunda a genuína extensão de sua significação. Na primeira maneira, ela se acomoda à
metafísica10. Na segunda maneira, os pais designam particularmente aquela parte da ciência
cristã que trata da divindade de Cristo pela palavra ‘teologia’. No terceiro e mais
apropriado sentido, ela indica ‘um sistema ou corpo de doutrina concernente a Deus e às
coisas divinas reveladas por ele, para sua própria glória e a salvação dos homens’
(TURRETINI, I, 1,8, 2001, p. 40-41).”
“A doutrina sagrada é ciência. Mas existem dois tipos de ciência. Algumas procedem de
princípios que são conhecidos à luz natural do intelecto, como a aritmética, a geometria
etc. Outras procedem de princípios conhecidos à luz de uma ciência superior; tais como a
perspectiva, que se apóia nos princípios tomados à geometria; e a música, nos princípios
elucidados pela aritmética. É desse modo que a doutrina sagrada é ciência; ela procede de
princípios conhecidos à luz de uma ciência superior, a saber, a ciência de Deus e dos bem-
aventurados. E como a música aceita os princípios que lhe são passados pelo aritmético,
assim também a doutrina sagrada aceita os princípios revelados por Deus.”11
“Em toda ciência há dois fatores: fatos e idéias; ou, os fatos e a mente. Ciência é mais que
conhecimento. Conhecimento é a persuasão do que é verdadeiro sobre evidência adequada
(HODGE, 2001, p. 1)”14
“se, pois, a teologia é uma ciência, então ela deve incluir algo mais do que o mero
conhecimento de fatos. Deve abranger uma exibição da relação interna desses fatos, um
com o outro, e cada um com o todo. Deve ser capaz de demonstrar que, se um for
admitido, os outros não podem ser negados (HODGE, 2001, p. 1).”15
12
Afonso Trujillo Ferrari, Metodologia da Ciência, 2ª edição (Rio de Janeiro, Kennedy, 1974), p. 8,
citado por Eva Maria Lakatos, Sociologia Geral, 4ª edição, Editora Atlas, São Paulo-SP, 1982, p. 22.
13
Eva Maria Lakatos, Sociologia Geral, 4ª edição, Editora Atlas, São Paulo-SP, 1982.
14
Charles Hodge, Teologia Sistemática, 1ª edição, Editora Hagnos, São Paulo-SP, 2001, p.1.
15
Charles Hodge, Teologia Sistemática, 1ª edição, Editora Hagnos, São Paulo-SP, 2001, p.1.
16
Alester E. McGrath, Teologia Sistemática, Histórica e Filosófica, 1ª edição, Editora Shedd
Publicações, São Paulo, 2005, p. 175.
17
Karl Rahner, citado por Alester E. McGrath em: Teologia Sistemática, Histórica e Filosófica, 1ª
edição, Editora Shedd Publicações, São Paulo, 2005, p. 177.
2.2 Teologia na História
“A palavra ‘teologia’ não é de origem bíblica, vindo a ser usada, porém, ocasionalmente no
inicio do período patrística, pelos menos com relação a alguns dos aspectos das crenças
cristã. Assim Clemente de Alexandria, escrevendo no final do século II, contrastava a
teologia cristã com a mitologia dos escritores pagãos, entendendo claramente o termo
‘teologia’ como referencia às ‘verdades cristãs acerca de Deus’, que poderiam ser
contrastadas com as histórias falsas da mitologia pagã (MACGRATH, 2005, p. 177).”18
“A palavra ‘teologia’ (de origem grega) foi transferida das escolas gentílicas para o uso
sacro, justamente como os vasos dos egípcios foram apropriados pelos israelitas para
propósito santo (TURRETINI, I, 1,4, 2001, p. 40).”
“É evidente que a palavra ‘teologia’ foi usada pelos gentios. Aqueles que discursavam
sobre a sublimidade de Deus, ou estabeleciam o culto dos desuses, ou comunicavam seus
aniversários, casamentos, descendência, domínio e realizações eram chamados ‘teólogos’,
e sua ciência, ‘teologia’ (TURRETINI, I, 1,6, 2001, p. 40).”19
“Contudo, parece que a palavra não era utilizada em relação a todo conjunto do
pensamento cristão, mas somente quanto àqueles aspectos que se relacionavam
diretamente a Deus (MACGRATH, 2005, p. 177).”20
“[...] devemos enfrentar a opinião dos que não a apreciam, em virtude do fato de que ela
não ocorre na Escritura e é usada para indicar o falso sistema dos pagãos, e que julgam ser
preferível usar outros termos extraídos da Escritura (TURRETINI, I, 1,1, 2001, p. 39)”21
18
Alester E. McGrath, Teologia Sistemática, Histórica e Filosófica, 1ª edição, Editora Shedd
Publicações, São Paulo, 2005, p. 177.
19
François Turretini, Compêndio de Teologia Apologética, 1ª edição, Editora Cultura Cristã, São
Paulo-SP, 2011, p. 40.
20
Alester E. McGrath, Teologia Sistemática, Histórica e Filosófica, 1ª edição, Editora Shedd
Publicações, São Paulo, 2005, p. 177.
21
François Turretini, Compêndio de Teologia Apologética, 1ª edição, Editora Cultura Cristã, São
Paulo-SP, 2011, p. 39.
“embora não seja lícito formar quaisquer doutrinas que não estejam na Escritura, é lícito às
vezes usar palavras que não se encontrem nela, se estão numa forma que nos capacite a
explicar as coisas divinas ou evitar os erros (TURRETINI, I, 1,2, 2001, p. 39).
“Embora os pagãos às vezes abusem dessa palavra para designar seu falso sistema,
podemos aplicar à nossa ciência genuína e salvífica o que foi erroneamente chamado por
eles (falsamente denominado [psudonymo]) de teologia (TURRETINI, I, 1,4, 2001, p.
39).”
“Parte da tarefa dos primeiros escritores cristãos parece ter sido distinguir o Deus dos
cristãos dos outros deuses que havia no contexto religioso (MACGRATH, 2005, p. 175)”22
“E assim a Bíblia contêm as verdades que o teólogo precisa coligir, autenticar, organizar e
demonstrar em sua relação natural uma com as outras. Isso constitui a diferença entre a
teologia bíblica e a teologia sistemática. A função da primeira é asseverar e declarar os
fatos das Escrituras. A função da segunda é tomar esses fatos, determinar sua relação entre
si e com as outras verdades cognatas, bem como vindicá-las e mostrar sua harmonia e
consistência (HODGE, 2001, p. 12).”24
3. A TEOLOGIA SISTEMÁTICA
22
Alester E. McGrath, Teologia Sistemática, Histórica e Filosófica, 1ª edição, Editora Shedd
Publicações, São Paulo, 2005, p. 175.
23
Alester E. McGrath, Teologia Sistemática, Histórica e Filosófica, 1ª edição, Editora Shedd
Publicações, São Paulo, 2005, p. 176.
24
Charles Hodge, Teologia Sistemática, 1ª edição, Editora Hagnos, São Paulo-SP, 2001, p.1.
“A expressão ‘teologia sistemática’ veio a ser entendida como ‘a organização sistemática
da teologia’. Mas o que significa a expressão ‘sistemática’? Surgiram duas correntes
principais em relação ao significado desse termo. Conforme a primeira corrente, o termo
significa ‘algo organizado com base em interesses educacionais ou explicativos’. Em
outras palavras, significa a preocupação fundamental de apresentar uma visão clara e
organizada dos principais temas da fé cristã, normalmente conforme o modelo do credo
apostólico. De acordo com a segunda corrente, o termo pode significar ‘algo organizado
com base em pressupostos metodológicos’. Isto é, as idéias filosóficas acerca de como
adquirir conhecimento determinam a forma como o material está organizado
MACGRATH, 2005, p. 181).”25
“E assim a Bíblia contêm as verdades que o teólogo precisa coligir, autenticar, organizar e
demonstrar em sua relação natural uma com as outras. Isso constitui a diferença entre a
teologia bíblica e a teologia sistemática. A função da primeira é asseverar e declarar os
fatos das Escrituras. A função da segunda é tomar esses fatos, determinar sua relação entre
si e com as outras verdades cognatas, bem como vindicá-las e mostrar sua harmonia e
consistência (HODGE, 2001, p. 1).”26
25
Alester E. McGrath, Teologia Sistemática, Histórica e Filosófica, 1ª edição, Editora Shedd
Publicações, São Paulo, 2005, p. 181.
26
Charles Hodge, Teologia Sistemática, 1ª edição, Editora Hagnos, São Paulo-SP, 2001, p.1.
27
John Murray, “Systematic Theology”, Westminster Teheological Journal, vol. 25. 1962-63, article 1,
p. 133; citado por Heber Carlos de Campos, Texto de Prolegômena à Teologia Sistemática, Seminário
Teológico Presbiteriano JMC, São Paulo-SP, 1998.
3.3.3 Tarefa Critica
“os dois grande métodos abrangentes são a priori e o a posteriori. Um argumenta da causa
para o o efeito; o outro do efeito para causa (HODGE, 2001, p. 3).”28
Metodo Especulativo
Método Indutivo
“A Escritura sempre deve ser primazia no estudo da teologia [...] Ela é a fonte
primária e final no julgamento da teologia [...] De acordo com a teologia reformada o
campo de pesquisa e a norma de teologia, portanto é a Escritura”29
28
Charles Hodge, Teologia Sistemática, 1ª edição, Editora Hagnos, São Paulo-SP, 2001, p.3.
29
Heber Carlos de Campos. Texto de Prolegômena à Teologia Sistemática, Seminário Teológico
Presbiteriano JMC, São Paulo-SP, 1998.
“A tradição é um conceito válido e importante, e um meio necessário para ser
consultado e empregado ao se fazer teologia. A tradição deve ser ouvida e consultada como
contexto e não como conteúdo. Nenhum cristão individual poderia jamais viver somente de
conteúdo da Escritura registrada ou de qualquer outro corpo de informação e instrução
limitado ou fixo”30
4. DEUS
30
H.O.J. Brown, “On Method end Means in Theology”, Doing Theology in Today’s World, edited by
John Woodbridge,(Zondervan, 1991, p. 154; citado por Heber Carlos de Campos, Texto de Prolegômena à
Teologia Sistemática, Seminário Teológico Presbiteriano JMC, São Paulo-SP, 1998.
31
Heber Carlos de Campos. Texto de Prolegômena à Teologia Sistemática, Seminário Teológico
Presbiteriano JMC, São Paulo-SP, 1998.
4.1.1 Vontade Decretiva e Vontade Perceptiva
[...] Surgiram varia distinções da vontade de Deus. A primeira distinção, e a principal delas,
é a da vontade decretiva e perceptiva. A primeira significa aquilo que Deus quer fazer ou
permitir-se fazer; a segunda, o que ele quer que façamos. A primeira se relaciona com a
futurição e a concretização das coisas, e pertence à esfera dos atos externos de Deus; a
segunda se preocupa com os preceitos e promessas, e pertence à esfera das nossas ações. À
primeira não se pode resistir e sempre se cumpre: “Pois quem jamais resistiu à sua
vontade?” (Rm. 9.19). A segunda é às vezes violada pelos homens: “Quantas vezes quis eu
reunir teus filhos, como a galinha ajunta seus pintinhos debaixo das asas, e vós não
quisestes!” (Mt. 23.37). (TURRETINI, I, 14,2, 2001, p. 298).
5. BIBLIOGRAFIAS
CAMPOS, Heber Carlos de, Texto de Prolegômena à Teologia Sistemática, Seminário Teológico
Presbiteriano JMC, São Paulo-SP, 1998.
HODGE, Charles, Teologia Sistemática, 1ª edição, Editora Hagnos, São Paulo-SP, 2001.