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DIR 345

- Direito Processual Civil V -

- Tutela Cautelar e Procedimentos


Especiais -
Isabella Sousa P. Cançado

------------------------------------------------------------------------------------------------- Aula 07/08/2018

Aulas:
Terça-feira → 08:00 – 10:00
Quinta-feira → 08:00 – 10:00

Livro III e IV do CPC/73.


NCPC voltou artigos, colocou no meio do Código. Procedimentos especiais é
procedimento como qualquer outro, processo de conhecimento.
Tutela cautelar – jogaram para teoria geral do processo civil.
Na terça-feira vamos falar de procedimentos especiais, e na quinta-feira sobre tutela
provisória…
--------------------------------------------------------------------------------- Aula 07/08/2018 (terça-feira)

TUTELA DE Declaratórias COMUM


CONHECIMENTO FP, FS, FI, FD
Constitutivas ESPECIAIS J. CONTENCIOSA
P. Cognitivos que
por peculiaridades - Consignação em
se afastam do P. pagamento.
Comum: no todo; - Exigir contas.
em parte. - Possessórias.
Motivos: - Divisão e
- Direito material. demarcação.
- Direito - Dissolução parcial
processual. da sociedade.
- Tradição. - Inventário e
partilha.
- Ações de família.
- Homologação do
penhor legal.
- Monitória.
Condenatórias J. VOLUNTÁRIA
- Teoria Geral.
- Especiais.
Poucos artigos.
Tutela executiva PC – CS →
Sincrético
Tutela provisória -Tutela de Urgência:
~ Cautelar
(conservativa);
~ Antecipada
(satisfativa).
- Tutela de
evidência –
satisfativa,
antecipada.

Você tem que dividir a tutela de conhecimento. Tutela executiva e tutela provisória.
Você diz o direito, você efetiva o direito. Mas leva tempo. As vezes precisa de remédio, de
salário, resguardar patrimônio. Tutela provisória resguarda os males do tempo. Você
precisa da tutela provisória.

Esse conhecimento são demandas declaratórias (usucapião), são demandas


constitutivas (separação, você modifica situação jurídica), são demandas condenatórias (é
o que mais ocorre). Para dar esse bem da vida, ela pode ocorrer por dois procedimentos:
procedimento comum e procedimentos especiais.
O procedimento comum é aquele que é ordinário, para pesquisar os direitos do
litigante leva tempo: tem fase postulatória, tem fase saneamento, tem fase instrutória, tem
fase decisória.
Existem procedimentos cognitivos que por sua peculiaridade se afastam do
comum. Consignação em pagamento, quem propõe é o devedor. Inventário, na primeira
coisa já fala que Fulano de Tal morreu, não deixou testamento… se está brigado com
parentes, fala que deixou como companheira Fulano, e filhos Fulano, Beltrano e Ciclano e
tem que citá-los para comparecer. Nomeia inventariante. Faz nomeação de bens…
Demarcatória, precisa de pedido… Se afastam no todo ou em parte. Possessória…
Por questões de direito material (consignação em pagamento). Interdição (faz
petição e juiz faz interrogatório do réu, depois que vem fase para defender). Situações
estanques, não consegue adequar sistema.
Motivos de direito processual, você não está nos autos pleiteando direito que foi
arrancado de você, mas está lutando, habilitação de herdeiros, restauração de autos.
A tradição. Possessória não precisa de procedimento especial. Depois de tutela
antecipada “segue o baile”. A tradição da possessória vem de Roma, ninguém tira do
sistema processual como procedimento especial, ninguém desafia Roma. Tiraram ação
de depósito, usucapião. Algumas situações, pela tradição, continuam como
procedimentos especiais.
Esses procedimentos especiais são de jurisdição contenciosa (aqueles que tem
litígio) – art. 5391. Consignação em pagamento, exigir contas, possessórias, a divisão e
demarcação, dissolução parcial da sociedade (nova, estabeleceram apuração de haveres,
por causa da função social da empresa tem que mantê-la a qualquer custo), inventário e
partilha (90% do procedimento que vamos estudar serve apenas para 5% dos casos,
geralmente os brothers são brothers, se dão bem, já deixa ele pronto em uma petição…
diz que cara morreu, quem são herdeiros, quais são os bens, qual a forma de divisão),
ações de família (divórcio, dissolução de união estável – são técnicas de conciliação e
mediação), homologação do penhor legal (para penhor ser legal, precisa da
homologação, ocorre em hotéis, hospedarias, reter bens da pessoa), ação monitória,
regulação de avaria grossa (CPC/39) (navio quando pega fogo) (fazer levantamento da
avaria para depois responsabilizar… carga...), restauração de autos…
1 Art. 539. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia
ou da coisa devida. § 1 o Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o valor ser depositado em estabelecimento bancário,
oficial onde houver, situado no lugar do pagamento, cientificando-se o credor por carta com aviso de recebimento, assinado o
prazo de 10 (dez) dias para a manifestação de recusa. § 2 o Decorrido o prazo do § 1 o, contado do retorno do aviso de
recebimento, sem a manifestação de recusa, considerar-se-á o devedor liberado da obrigação, ficando à disposição do credor a
quantia depositada. § 3o Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento bancário, poderá ser proposta, dentro
de 1 (um) mês, a ação de consignação, instruindo-se a inicial com a prova do depósito e da recusa. § 4o Não proposta a ação no
prazo do § 3o, ficará sem efeito o depósito, podendo levantá-lo o depositante.
Tem a jurisdição voluntária. Interdição (interrogatório). Tem teoria geral… Alvará
judicial, a homologação do acordo extrajudicial. E tem aqueles que são especiais.
Notificação e interpelação; alienação judicial; divórcio e separação (consensual);
testamentos e codicilos; alteração e regime de bens; herança jacente; bens dos ausentes;
coisa vaga; interdição; curatela; fiscalização das fundações. Só que são poucos artigos. E
o que a gente faz? Se socorre à teoria geral.
Algumas ações do procedimento especiais foram extintas. Usucapião de terras
particulares, acabou como procedimento especial, continua tendo usucapião no nosso
sistema. CPC trouxe 2 situações, jogou parte dos editais na citação. Usa procedimento
comum e artigo para parte das citações. E usucapião extrajudicial. Ação de títulos ao
portador foi extinto – antigamente existiam títulos do Banco do Brasil, Eletrobrás, que
eram ao portador. Ação de depósito era clássica, ela acabou, é procedimento comum.
Umas mudaram: Prestação de contas; nunciação de obra nova (pessoa estava
construindo errado, jogava pedra; depois nunciação de obra nova para interromper… mas
nada mais é do que uma tutela antecipada); separação consensual.

Os procedimentos especiais tem uma coisa. Graças aos procedimentos especiais


antigos, temos NCPC diferenciado. Porque não tutela antecipada. Pegaram algumas
coisas e jogaram para tutela provisória… Quase todos, já executava nos mesmos autos.
Aí aproveitaram…

Tutela executiva – título executivo judicial ou extrajudicial, se for judicial: processo


de conhecimento e cumprimento de sentença – sincrético.
Tutela provisória. Temos dois sistemas: tutela de urgência, que pode ser cautelar
ou antecipado; e a tutela de evidência, que nada mais é que satisfativa e antecipada
também.
Tutela cautelar é conservativa, conserva para no futuro você utilizar. Range Rover.
Falece pai da pessoa, não tem mãe mais. Tem Range Rover (300) e apartamento (300).
dois irmãos. Um irmão andando para cima e para baixo com carro. E irmã que pensa que
vai ficar sem herança. Entra com cautelar e tira carro de circulação, conserva Range
Rover. Porque aí no dia que foi fazer inventário (600), consegue ficar com apartamento e
passar carro para irmão.
Antecipada. Já satisfaz.
Se colocasse só tutela de urgência e de evidência, sem fazer divisão, facilitava.
Mas isso ficou.
-------------------------------------------------------------------------------- Aula 09/08/2018 (quinta-feira)

NCPC
Tutela Tutela de urgência Cautelar Conservativa Antecedente →
provisória Eq.P..
Incidente
Antecipada Satisfativa Antecedente
Incidente
Tutela de evidência Satisfativa Incidente

Tutela de urgência: você precisa dessa medida rápido.


Cautelar: conservativa, protege o futuro direito.
Satisfativa: já adianta o mérito da ação.

Depois da cautelar antecedente, faz pedido principal.


Depois da antecipada antecedente, faz o pedido final.

Estabilização de tutela antecipada: Trabalhava em região de fronteira. Chegavam


com arga de cebola, atravessava balsa, quando chegava no Brasil, Receita Federal.
Produtos tem que ter inspeção sanitária. Juiz dava liminar e eles ‘vazavam’. Depois eles
tinham que fazer pedido principal. Ou AGU contestar, ia fazer o quê, se caminhão já
estava na Bahia. Se você passou caminhão de cebola, União pensou ‘f***-se’. Nesse caso
não faz mais nada, deixa como está.
Região de fronteira, caminhão com batata e cebola, receita federal em greve.
Entram com cautelar, juiz deixava passar, mas depois tinha que fazer o pedido principal.
Com a antecipada, pode estabilizar, não precisa fazer o pedido e julgar de novo. Não
fazia mais sentido. O caminhoneiro já estava lá na Bahia.
Justificativa da diferença entre cautelar e antecipada pela possibilidade de
estabilização na antecipada.
Seria suficiente?
Lucas falou.

Antecedente: faz sem saber como emendar petição. Incidente: nos próprios autos.
Incidente: formula bonitinho ou depois da contestação surgiu fato novo (processo
de divórcio e cara passou a bater na mulher).
Tutela de evidência existia sob forma de tutela antecipada.
Tutela antecipada antecedente e uma possibilidade de estabilização dessa tutela
antecipada antecedente. É isso que tem de novo.

Como surgiu tudo isso é o que vamos falar agora.

1) HISTÓRICO.

73.
L1 – P. conhecimento.
L2 – P. execução.
L3 – P. cautelar.
L4 – Proc. especiais.

Processo cautelar Inominadas PCP → Tutela cautelar


Nominadas Genuínas Arresto → 301
AC – PC – MC
Sequestro → 301
Autônomo: A; I Produção antecipada de
provas → 381
Arrolamento de bens →
301; 381
Procedimento de Homologação de penhor
jurisdição contenciosa legal → JC
Protesto e apreensão de
títulos → TA
Procedimento de Justificação → 381
jurisdição voluntária Interpelação → JV
Posse em nome de
nascituro → (?)
Satisfativas Outras medidas
provisionais (guarda,
visita, separação de
corpo, busca e
apreensão) → AF… TA
Não sei Atentado → 77,V
Caução
Exibição de documentos
→ TA, TC, PAP
CPC/73.
Criou o Livro I (processo de conhecimento), livro II (processo de execução), livro III
(processo cautelar). Tinha livro IV (procedimentos especiais).
Em 1973, existia tão somente o processo cautelar. Existia o processo cautelar.
Tinha antecipada, evidência? A princípio não).
Um processo autônomo para não esbarrar no outro. Processo cautelar era
processo autônomo, com petição inicial… e juiz dava medida cautelar. Era autônomo.
Antecedente e incidental (preparatório). No meio do processo principal surgia
necessidade de urgência cautelar, parte tinha que fazer petição inicial e protocolar, ia ser
apensado…

Cautelares podiam ser INOMINADAS ou NOMINADAS.


INOMINADAS eram aquelas situações em que juiz, em poder geral de cautela,
definia medida cautelar que não estava no rol: sustação de protesto, protesto contra
alienação de bens… medida que não estava no rol clássico das cautelares. Tinha
procedimento cautelar padrão.
NOMINADAS: tinham as nominadas { GENUÍNAS (verdadeiras cautelares):
ARRESTO (geralmente quando acontece em execução por quantia certa – R não paga
bem, está se aposentando e vai para Rio Grande do Sul, coloca anúncio vendendo bens,
tem dívida grande com L, L pensa que vai ficar sem nada, vai entrar com arresto e
bloquear bens, entra com arresto e propõe a execução, mas está lá garantido, arresto
cautelar); SEQUESTRO (pessoa discute questão da entrega de coisa – tem um bem que
outra pessoa está circulando, ou vai se separar, pega e faz bloqueio de bens para depois
garantir divórcio, inventário); PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVAS (esse era o maior
exemplo que dava de cautelar conservativa – Tancredo, mãe estava em estado terminal
de câncer, ele tinha 30 anos, mãe falou que pai dele era Fulano, precisava propor
investigação de paternidade, quando fosse ouvir detalhes ela já estaria morta, foi proposta
produção antecipada de provas, foi ouvida mãe… e ela contou que mulher do T ia para
fazenda limpar casa e eles ficavam juntos e ela morreu. Mas se foi feita produção
antecipada de provas para garantir efetividade do processo principal… lá no principal ia
juntar essa documentação comprovando os fatos); ARROLAMENTO DE BENS (trocou
mulher, pegou jatinho, homem caiu, companheira não, as filhas foram lá na casa e
começaram a carregar algumas coisas e mulher no hospital – mãe da mulher descobriu e
entraram com arrolamento de bens – fizeram descrição de tudo o que havia na casa e
lacrou casa e tudo o que elas tinham carregado apreenderam – vai garantir no futuro o
processo de inventário do empresário). Existiam também aquelas que eram
PROCEDIMENTO DE JURISDIÇÃO CONTENCIOSA: HOMOLOGAÇÃO DO PENHOR
LEGAL (falamos na última aula); PROTESTO E APREENSÃO DE TÍTULOS (quer
apreender título antes que ele circule). Também tinha PROCEDIMENTO DE JURISDIÇÃO
VOLUNTÁRIA: JUSTIFICAÇÃO; INTERPELAÇÃO; POSSE EM NOME DO NASCITURO
(isso servia para amante - cara pulava cerca, só amigos sabiam, família não – cara morre
e amante estava grávida – entra como investigação de paternidade? Criança não nasceu.
Alimentos gravídicos? Ela chegava e falava que estava grávida e que filho era do falecido,
que quando abrisse inventário, tinha que preservar quinhão… ). Tinha também as
SATISFATIVAS (aquelas que eram satisfativas, cautelares satisfativas): as OUTRAS
MEDIDAS PROVISIONAIS (GUARDA; VISITA; SEPARAÇÃO DE CORPOS; ALIMENTOS
PROVISIONAIS [estrada dos provisórios é mais próxima que dos provisionais até os
alimentos definitivos – filhos reconhecidos, esposa é mais fácil do que filho que tem
investigação de paternidade]; BUSCA E APREENSÃO). E tem aquelas NÃO SEI:
ATENTADO; CAUÇÃO, EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS.

O PROCEDIMENTO CAUTELAR PADRÃO foi lá para TUTELA CAUTELAR.


Arresto, sequestro e parte do arrolamento de bens foram para rol exemplificativo do
art. 3012. Agora faz de acordo com o PCP.
A produção antecipada de provas ficou lá nas provas (381) 3.
Arrolamento de bens ficou no 381.
Justificação jogou para o 381.
Homologação de penhor legal – juridição contenciosa.
Apreensão – Tutela antecipada.
Interpelação – jurisdição voluntária.

2 Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro,
arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para
asseguração do direito.
3 Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que: I - haja fundado receio de
que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação de certos fatos na pendência da ação; II -
a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio adequado de
solução de conflito; III - o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de
ação. § 1o O arrolamento de bens observará o disposto nesta Seção quando tiver por finalidade apenas
a realização de documentação e não a prática de atos de apreensão. § 2 o A produção antecipada da
prova é da competência do juízo do foro onde esta deva ser produzida ou do foro de domicílio do réu. §
3o A produção antecipada da prova não previne a competência do juízo para a ação que venha a ser
proposta. § 4o O juízo estadual tem competência para produção antecipada de prova requerida em face
da União, de entidade autárquica ou de empresa pública federal se, na localidade, não houver vara
federal. § 5o Aplica-se o disposto nesta Seção àquele que pretender justificar a existência de algum fato
ou relação jurídica para simples documento e sem caráter contencioso, que exporá, em petição
circunstanciada, a sua intenção.
Posse em nome do nascituro - (?).
Outras medidas provisionais foram para ações de família.
Atentado (inovação ilícita – irmão tinha dois tratores da mesma marca, oficial de
justiça penhorou um, ele tinha outro trabalhando, que começou a estragar e ele começou
a tirar peças do que havia sido penhorado) – 77, V 4.
Exibição de documentos pode ser tutela antecipada, tutela cautelar, produção
antecipada de provas.

73/1994

“Tutelas cautelares satisfativas”

Depois de 73, pedia liminar… até que julgue aposentadoria, quer ficar recebendo.
Isso não é cautelar. É uma tutela antecipada. É satisfativa.
Sofreu acidente em serviço, está com joelho ruim, e colocaram como ‘apto para
serviço militar’. Quer que pague tratamento e salário e que depois seja reformado…
Pediam TUTELAS CAUTELARES SATISFATIVAS.
Não pode entregar para pessoa dinheiro que ele vai pegar no futuro sem devido
processo legal.

1994

Tutela antecipada “genérica”.

Incidente.

Surgiu em 1994 a TUTELA ANTECIPADA GENÉRICA. Ela era tão somente


incidente.
Processualistas inventaram a teoria da tutela de urgência.

4 Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer
forma participem do processo: V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou
profissional onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou
definitiva;
2002

Fungibilidade - 273, §7º5.


Tutela de evidência – 273, §6º6.

Começou a acontecer o seguinte: dúvida se isso é tutela cautelar ou tutela


antecipada.
Criaram a fungibilidade. Com essa fungibilidade, pedia tutela cautelar incidente
sem abrir processo, acabou matando processo cautelar autônomo, principalmente
incidental. Criaram tutela de evidência, em situações de prova incontroversa…

Nós temos cautelares tradicionais… Umas vão ser tutela antecipada, outras
perdidas no meio do código. E se criou tutela antecipada satisfativa. E como tinham
situações de grande evidência… 273, §6º.

5 § 7o Se o autor, a título de antecipação de tutela, requerer providência de natureza cautelar, poderá o


juiz, quando presentes os respectivos pressupostos, deferir a medida cautelar em caráter incidental do
processo ajuizado.
6 § 6o A tutela antecipada também poderá ser concedida quando um ou mais dos pedidos cumulados, ou
parcela deles, mostrar-se incontroverso.
--------------------------------------------------------------------------------- Aula 14/08/2018 (terça-feira)

Pagamento por consignação


Pagamento em consignação (CC).
Ação de consignação em pagamento (CPC).

O que é ação de consignação em pagamento?


Parte tem direito e dever de cumprir suas obrigações. A maioria é cumprida através
do pagamento livre, espontâneo. Existem outras maneiras de extinção da obrigação…
Dentro das modalidades tem consignação em pagamento.
Alguns autores dizem que ‘são ações de direito material’. Tudo envolve direito
material, em tese. Essa tem ligação mais estreita com direito material, mas todo processo
tem ligação com direito material.
Se pessoa quer realizar pagamento de uma dívida e credor se recusa a receber,
você não tem outro meio que não seja consignar em juízo.

1) PAGAMENTO POR CONSIGNAÇÃO


PAGAMENTO EM CONSIGNAÇÃO (CC)
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO (CPC)

a) Introdução.
Sentido: modalidade de extinção das obrigações que consiste no depósito
judicial ou extrajudicial da coisa devida.
Ou seja, o direito de se libertar do devedor. O autor é o devedor. Ele tenta extinguir
obrigações e vai lá fazer depósito judicial da coisa devida para ver se o outro pega a
grana e ele se libera da coisa devida. Pode entregar cavalo… É possível fazer isso para
extinguir obrigações.
Legislação aplicável: […] CC traz várias situações. CPC traz artigos. E na
legislação extravagante também. Lei dos alugueis fala um pouco, mas é um pouco
diferente, prazo de 24 horas… Na Fazenda Nacional, CTN, no fisco tem algumas
situações… Lei da desapropriação, pode consignar o valor devido. Justiça do Trabalho
também pode ocorrer; não sabe pra quem pagar (exemplo: verba trabalhista, depositaram
para espólio). Compra casa própria, pessoa vê que vendeu barato e não quer receber, a
outra pessoa vai lá e deposita em juízo...
Classificação: extrajudicial (CPC; tem resolução do BACEN que explica como
funciona depósito, requisitos para fazer consignação extrajudicial) ou judicial.

a) INTRODUÇÃO
Sentido: modalidade de extinção das obrigações que consiste
no depósito judicial ou extrajudicial da coisa devida.
Legislação Aplicável:
a) Código Civil: 334-3457;
b)CPC: 539-5498.

7 Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida,
nos casos e forma legais. Art. 335. A consignação tem lugar: I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o
pagamento, ou dar quitação na devida forma; II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição
devidos; III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso
perigoso ou difícil; IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento; V - se pender litígio
sobre o objeto do pagamento. Art. 336. Para que a consignação tenha força de pagamento, será mister concorram, em relação às
pessoas, ao objeto, modo e tempo, todos os requisitos sem os quais não é válido o pagamento. Art. 337. O depósito requerer-se-á
no lugar do pagamento, cessando, tanto que se efetue, para o depositante, os juros da dívida e os riscos, salvo se for julgado
improcedente. Art. 338. Enquanto o credor não declarar que aceita o depósito, ou não o impugnar, poderá o devedor requerer o
levantamento, pagando as respectivas despesas, e subsistindo a obrigação para todas as conseqüências de direito. Art. 339.
Julgado procedente o depósito, o devedor já não poderá levantá-lo, embora o credor consinta, senão de acordo com os outros
devedores e fiadores. Art. 340. O credor que, depois de contestar a lide ou aceitar o depósito, aquiescer no levantamento, perderá
a preferência e a garantia que lhe competiam com respeito à coisa consignada, ficando para logo desobrigados os co-devedores e
fiadores que não tenham anuído. Art. 341. Se a coisa devida for imóvel ou corpo certo que deva ser entregue no mesmo lugar
onde está, poderá o devedor citar o credor para vir ou mandar recebê-la, sob pena de ser depositada. Art. 342. Se a escolha da
coisa indeterminada competir ao credor, será ele citado para esse fim, sob cominação de perder o direito e de ser depositada a
coisa que o devedor escolher; feita a escolha pelo devedor, proceder-se-á como no artigo antecedente. Art. 343. As despesas com
o depósito, quando julgado procedente, correrão à conta do credor, e, no caso contrário, à conta do devedor. Art. 344. O devedor
de obrigação litigiosa exonerar-se-á mediante consignação, mas, se pagar a qualquer dos pretendidos credores, tendo
conhecimento do litígio, assumirá o risco do pagamento. Art. 345. Se a dívida se vencer, pendendo litígio entre credores que se
pretendem mutuamente excluir, poderá qualquer deles requerer a consignação.
8 Art. 539. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia
ou da coisa devida. § 1o Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o valor ser depositado em estabelecimento bancário,
oficial onde houver, situado no lugar do pagamento, cientificando-se o credor por carta com aviso de recebimento, assinado o
prazo de 10 (dez) dias para a manifestação de recusa. § 2 o Decorrido o prazo do § 1o, contado do retorno do aviso de
recebimento, sem a manifestação de recusa, considerar-se-á o devedor liberado da obrigação, ficando à disposição do credor a
quantia depositada. § 3o Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento bancário, poderá ser proposta, dentro
de 1 (um) mês, a ação de consignação, instruindo-se a inicial com a prova do depósito e da recusa. § 4 o Não proposta a ação no
prazo do § 3o, ficará sem efeito o depósito, podendo levantá-lo o depositante. Art. 540. Requerer-se-á a consignação no lugar do
pagamento, cessando para o devedor, à data do depósito, os juros e os riscos, salvo se a demanda for julgada improcedente. Art.
541. Tratando-se de prestações sucessivas, consignada uma delas, pode o devedor continuar a depositar, no mesmo processo e
sem mais formalidades, as que se forem vencendo, desde que o faça em até 5 (cinco) dias contados da data do respectivo
vencimento. Art. 542. Na petição inicial, o autor requererá: I - o depósito da quantia ou da coisa devida, a ser efetivado no prazo de
5 (cinco) dias contados do deferimento, ressalvada a hipótese do art. 539, § 3 o; II - a citação do réu para levantar o depósito ou
oferecer contestação. Parágrafo único. Não realizado o depósito no prazo do inciso I, o processo será extinto sem resolução do
mérito. Art. 543. Se o objeto da prestação for coisa indeterminada e a escolha couber ao credor, será este citado para exercer o
direito dentro de 5 (cinco) dias, se outro prazo não constar de lei ou do contrato, ou para aceitar que o devedor a faça, devendo o
juiz, ao despachar a petição inicial, fixar lugar, dia e hora em que se fará a entrega, sob pena de depósito. Art. 544. Na
contestação, o réu poderá alegar que: I - não houve recusa ou mora em receber a quantia ou a coisa devida; II - foi justa a recusa;
III - o depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do pagamento; IV - o depósito não é integral. Parágrafo único. No caso do
inciso IV, a alegação somente será admissível se o réu indicar o montante que entende devido. Art. 545. Alegada a insuficiência do
depósito, é lícito ao autor completá-lo, em 10 (dez) dias, salvo se corresponder a prestação cujo inadimplemento acarrete a
rescisão do contrato. § 1o No caso do caput, poderá o réu levantar, desde logo, a quantia ou a coisa depositada, com a
consequente liberação parcial do autor, prosseguindo o processo quanto à parcela controvertida. § 2 o A sentença que concluir
pela insuficiência do depósito determinará, sempre que possível, o montante devido e valerá como título executivo, facultado ao
credor promover-lhe o cumprimento nos mesmos autos, após liquidação, se necessária. Art. 546. Julgado procedente o pedido, o
juiz declarará extinta a obrigação e condenará o réu ao pagamento de custas e honorários advocatícios. Parágrafo único.
Proceder-se-á do mesmo modo se o credor receber e der quitação. Art. 547. Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente
receber o pagamento, o autor requererá o depósito e a citação dos possíveis titulares do crédito para provarem o seu direito. Art.
548. No caso do art. 547: I - não comparecendo pretendente algum, converter-se-á o depósito em arrecadação de coisas vagas; II
- comparecendo apenas um, o juiz decidirá de plano; III - comparecendo mais de um, o juiz declarará efetuado o depósito e extinta
a obrigação, continuando o processo a correr unicamente entre os presuntivos credores, observado o procedimento comum. Art.
549. Aplica-se o procedimento estabelecido neste Capítulo, no que couber, ao resgate do aforamento.
c)Legislação Extravagante: Lei 8.245/91, 67 9; CTN, 16410; DL
3365/41, arts. 33 e 3411; Justiça Trabalho: CPC subsidiário.
Classificação: Extrajudicial: § 1º ao 4º do art. 539 e Res. Bacen
2.814/2001; Judicial: Demais artigos.

b) Admissibilidade – 335 CC12.


Mora do credor: recusa ou inércia do credor; sem justa causa. Credor se
recusa a receber, ou inércia...
Motivos alheios à vontade do devedor: credor impossibilitado de receber
(está saindo daqui, sofre acidente, fica em coma, daqui uns dias vence nota promissória,
vai pagar para quem, se paga para esposa e porventura tem filho de outro casamento, se
pagar paga mal); desconhecido (pessoa jurídica que fechou, quem é dono da pessoa
jurídica); residente em lugar incerto; acesso difícil ou perigoso; dúvida sobre quem
deva receber o pagamento; credor declarado ausente; pendência de litígio sobre o
objeto do pagamento (alguém querendo para si… Municípios de Porto Alegre e Canoas
brigando para saber até onde ia cidade, cidadão recebeu dois carnês de IPTU, vai pagar
para quem) (tem divórcio).
9 Art. 67. Na ação que objetivar o pagamento dos aluguéis e acessórios da locação mediante consignação, será observado o
seguinte: I - a petição inicial, além dos requisitos exigidos pelo art. 282 do Código de Processo Civil, deverá especificar os
aluguéis e acessórios da locação com indicação dos respectivos valores; II - determinada a citação do réu, o autor será intimado
a, no prazo de vinte e quatro horas, efetuar o depósito judicial da importância indicada na petição inicial, sob pena de ser extinto o
processo; III - o pedido envolverá a quitação das obrigações que vencerem durante a tramitação do feito e até ser prolatada a
sentença de primeira instância, devendo o autor promover os depósitos nos respectivos vencimentos; IV - não sendo oferecida a
contestação, ou se o locador receber os valores depositados, o juiz acolherá o pedido, declarando quitadas as obrigações,
condenando o réu ao pagamento das custas e honorários de vinte por cento do valor dos depósitos; V - a contestação do locador,
além da defesa de direito que possa caber, ficará adstrita, quanto à matéria de fato, a: a) não ter havido recusa ou mora em
receber a quantia devida; b) ter sido justa a recusa; c) não ter sido efetuado o depósito no prazo ou no lugar do pagamento; d} não
ter sido o depósito integral; VI - além de contestar, o réu poderá, em reconvenção, pedir o despejo e a cobrança dos valores objeto
da consignatória ou da diferença do depósito inicial, na hipótese de ter sido alegado não ser o mesmo integral; VII - o autor poderá
complementar o depósito inicial, no prazo de cinco dias contados da ciência do oferecimento da resposta, com acréscimo de dez
por cento sobre o valor da diferença. Se tal ocorrer, o juiz declarará quitadas as obrigações, elidindo a rescisão da locação, mas
imporá ao autor-reconvindo a responsabilidade pelas custas e honorários advocatícios de vinte por cento sobre o valor dos
depósitos; VIII - havendo, na reconvenção, cumulação dos pedidos de rescisão da locação e cobrança dos valores objeto da
consignatória, a execução desta somente poderá ter início após obtida a desocupação do imóvel, caso ambos tenham sido
acolhidos. Parágrafo único. O réu poderá levantar a qualquer momento as importâncias depositadas sobre as quais não penda
controvérsia.
10 Art. 164. A importância de crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos: I - de recusa de
recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória;
II - de subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem fundamento legal; III - de exigência, por
mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador. § 1º A consignação só pode
versar sobre o crédito que o consignante se propõe pagar. § 2º Julgada procedente a consignação, o pagamento se reputa
efetuado e a importância consignada é convertida em renda; julgada improcedente a consignação no todo ou em parte, cobra-se o
crédito acrescido de juros de mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis.
11 Art. 33. O depósito do preço fixado por sentença, à disposição do juiz da causa, é considerado pagamento prévio da indenização.
§ 1º O depósito far-se-á no Banco do Brasil ou, onde este não tiver agência, em estabelecimento bancário acreditado, a critério do
juiz. § 2º O desapropriado, ainda que discorde do preço oferecido, do arbitrado ou do fixado pela sentença, poderá levantar até
80% (oitenta por cento) do depósito feito para o fim previsto neste e no art. 15, observado o processo estabelecido no art. 34. Art.
34. O levantamento do preço será deferido mediante prova de propriedade, de quitação de dívidas fiscais que recaiam sobre o
bem expropriado, e publicação de editais, com o prazo de 10 dias, para conhecimento de terceiros. Parágrafo único. Se o juiz
verificar que há dúvida fundada sobre o domínio, o preço ficará em depósito, ressalvada aos interessados a ação própria para
disputá-lo.
12 Art. 335. A consignação tem lugar: I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o
pagamento, ou dar quitação na devida forma; II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no
lugar, tempo e condição devidos; III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado
ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil; IV - se ocorrer dúvida sobre quem
deva legitimamente receber o objeto do pagamento; V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento.
b) ADMISSIBILIDADE – 335 CC
MORA DO CREDOR – recusa ou inércia do credor; sem justa
causa.
MOTIVOS ALHEIOS À VONTADE DO DEVEDOR: Credor
impossibilitado de receber; desconhecido; residente em lugar
incerto, acesso difícil ou perigoso; dúvida sobre quem deva
receber o pagamento; credor declarado ausente; pendência de
litígio sobre o objeto do pagamento.

c) Consignação extrajudicial.
3.1) Introdução: histórico; facultatividade. Isso surgiu em 1994. Possibilidade de fazer
a consignação extrajudicial. Quando o Brasil resolveu trazer meios alternativos de
resolução de conflito (monitória, juizados especiais, arbitragem).
3.2) Requisitos:
a) Legitimidade.
b) Objeto (dinheiro; apenas dinheiro?; alugueis e seus encargos?). Pode consignar
cavalo? Acha que não. E joias na Caixa Econômica Judicial? Sim. Alugueis é possível?
Lei fala do judicial. Tem jurisprudência que fala que sim, que é possível depositar
extrajudicial.
c) Local do depósito. Local do pagamento.
d) Beneficiário certo, capaz e solvente. Tem que saber quem é. Tem que ter
capacidade de receber. Tem que ser solvente para poder dar quitação.
e) Endereço inequívoco do domicílio do credor. Banco vai mandar um AR para eles,
para domicílio do credor.
f) Inexistência de demanda discutindo o objeto da prestação devida.

c) CONSIGNAÇÃO EXTRAJUDICIAL
3.1) Introdução: histórico; facultatividade;
3.2)Requisitos:
a)Legitimidade;
b)Objeto (dinheiro; apenas dinheiro?; aluguéis e seus
encargos?)
c)Local do depósito;
d)Beneficiário certo, capaz e solvente;
e)Endereço inequívoco do domicílio do credor;
f) Inexistência de demanda discutindo o objeto da prestação
devida.

Procedimento:
Depósito em estabelecimento bancário (oficial, onde houver); Obs.: Comarca;
Quantia em conta com correção monetária. Se entender que pessoa é de Cajuri, pode
depositar em banco oficial da comarca de Viçosa. Normalmente pequenas cidades tem
cooperativa de crédito, é possível.
Conteúdo da notificação – carta com AR de mão própria para em 10 dias
recusar (contado do retorno do aviso de recebimento – 539, §2º).
Vai ao banco e fala que quer fazer consignação em pagamento extrajudicial, que
credor é Fulano… banco manda AR.
Comportamento do credor: levantamento da quantia (pagou dívida, acabou);
inércia (vai dar como pago); recusa ao banco (pode ser motivada); (vai fazer recusa
formal que não está recebendo $); pode receber com ressalva? (R está com dificuldade
financeira, credor sabe e deve 5 mil reais e vai lá e deposita 3 mil porque sabe que ele vai
pegar dinheiro, por isso jurisprudência aceitou receber com ressalva, paga 3 mas fala que
pessoa deve 5).
Manifestação de recusa – comunicação ao depositante; propor a ACP em 1
mês; pode levantar o dinheiro – perde o efeito e a chance de evitar a mora.
Recebimento com ressalvas.

PROCEDIMENTO
Depósito em estabelecimento bancário (oficial, onde houver);
Obs: Comarca; Quantia em conta com correção monetária.
Conteúdo da notificação – Carta com AR de mão própria para
em 10 dias recusar (contado do retorno do aviso de
recebimento – 539, § 2º)13.

13 Art. 539. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a
consignação da quantia ou da coisa devida. § 1 o Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o valor
ser depositado em estabelecimento bancário, oficial onde houver, situado no lugar do pagamento,
cientificando-se o credor por carta com aviso de recebimento, assinado o prazo de 10 (dez) dias para a
manifestação de recusa. § 2o Decorrido o prazo do § 1o, contado do retorno do aviso de recebimento,
sem a manifestação de recusa, considerar-se-á o devedor liberado da obrigação, ficando à disposição
do credor a quantia depositada. § 3 o Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento
bancário, poderá ser proposta, dentro de 1 (um) mês, a ação de consignação, instruindo-se a inicial com
a prova do depósito e da recusa. § 4o Não proposta a ação no prazo do § 3 o, ficará sem efeito o
depósito, podendo levantá-lo o depositante.
* Comportamento do credor: levantamento da quantia; inércia;
recusa ao Banco (pode ser motivada); pode receber com
ressalva?
* Manifestação de recusa – comunicação ao depositante; propor
a ACP em 1 mês (539, § 3º); pode levantar o dinheiro (539, § 4º) –
Perde o efeito e a chance de evitar a mora.

Recebimento com ressalvas


CONSIGNAÇÃO EXTRAJUDICIAL. CREDOR QUE LEVANTA A
QUANTIA DEPOSITADA, OPONDO RESSALVAS QUANTO AO
MONTANTE DO DÉBITO. INEXISTÊNCIA DE EXTINÇÃO DA
DÍVIDA, PODENDO A DIFERENÇA RECLAMADA SER DISCUTIDA
EM VIA PRÓPRIA. O levantamento da quantia depositada pelo
credor, com ressalvas, não significa, por si só, extinção do total
da dívida. É possível ao credor discutir, em via própria, a
diferença por ele alegada. (STJ, REsp 189.019/SP/2004). Já
incorporado na doutrina.

d) Consignação judicial.
LA: devedor, seus sucessores ou terceiro juridicamente interessado ou não
interessado. Terceiro pode ir lá, quitar dívida e se sub-roga. Terceiro não tem que ser
juridicamente interessado. Juridicamente interessado em pagar dívida, consignar, é o
devedor. Terceiro juridicamente interessado é fiador... Regel com dívida do filho, não tem
nada a ver com dívida mas resolve pagar…
LP: credor ou representante.
Questões que podem surgir na LP: 1) Disputa / dúvida pelo bem consignado: todos
que disputam o bem devem figurar como réus (litisconsórcio passivo necessário);
2) Réu desconhecido (incerto) – citação por edital e curador especial.

d) CONSIGNAÇÃO JUDICIAL
LA: devedor, seus sucessores ou terceiro (juridicamente
interessado ou não interessado) (539 c/c 304 do CC14);
LP: Credor ou representante.
14 Art. 304. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se opuser, dos
meios conducentes à exoneração do devedor. Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro não
interessado, se o fizer em nome e à conta do devedor, salvo oposição deste.
Questões que podem surgir na LP: 1) Disputa/dúvida pelo bem
consignado: todos os que disputam o bem devem figurar como
réus (litisconsórcio passivo necessário); 2) Réu desconhecido
(incerto) - citação por edital e curador especial.

Competência: 540 – lugar do pagamento.


Isso vai decidir qual foro…
a) 341 do CC (fim 891, p. ú., CPC. b) Foro de eleição. c) QUESÍVEL – regra –
pagamento no domicílio do devedor – competência do domicílio do autor / devedor.
PORTÁVEL – pagamento no domicílio do credor – competência domicílio do réu /
credor (coincidência com a regra comum.

Competência: 54015 - lugar do pagamento:


a) 341 do CC16 (fim 891, p. único CPC17);
b) eleição;
c) QUESÍVEL - regra (327, 1ª parte do CC18) - pagamento no
domicílio do devedor = competência domicílio do
autor/devedor; PORTÁVEL – pagamento no domicílio do credor
= competência domicílio do réu/credor (coincidência com a
regra comum).

15 Art. 540. Requerer-se-á a consignação no lugar do pagamento, cessando para o devedor, à data do
depósito, os juros e os riscos, salvo se a demanda for julgada improcedente.
16 Art. 341. Se a coisa devida for imóvel ou corpo certo que deva ser entregue no mesmo lugar onde está,
poderá o devedor citar o credor para vir ou mandar recebê-la, sob pena de ser depositada.
17 Parágrafo único. Considera-se vil o preço inferior ao mínimo estipulado pelo juiz e constante do edital, e, não tendo sido fixado
preço mínimo, considera-se vil o preço inferior a cinquenta por cento do valor da avaliação.
18 Art. 327. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem
diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias.
Parágrafo único. Designados dois ou mais lugares, cabe ao credor escolher entre eles.
Procedimento.
PI: requisitos genéricos + 542.
Causa petendi: [indicação da coisa ou valor do depósito + o motivo] + [fundamento:
CC, 545].
Obs. para os requerimentos: Depósito da quantia ou coisa devida (salvo se já foi
feito na forma extrajudicial); citação para LEVANTAR O DEPÓSITO ou oferecer
contestação.
Valor da causa = valor da coisa depositada. Depósito de prestações sucessivas:
292, §2º (soma um ano de prestações e coloca no valor da causa; somar 12 prestações).

PROCEDIMENTO
PI – requisitos genéricos + 54219.
Causa petendi: [Indicação da coisa ou valor do depósito + o
motivo] + [fundamento: CC, 33520].
OBS p/ os requerimentos: Depósito da quantia ou coisa devida
(salvo se já foi feito na forma extrajudicial) – 542,I; citação para
levantar o depósito ou oferecer contestação – 542,II.
Valor da causa - 1) Valor da causa = Valor da coisa depositada.
2) Depósito de prestações sucessivas: 292, § 2º 21.

Despacho positivo:
- deferimento para o autor realizar o depósito (5 dias) sob pena de extinção. Em 5
dias você tem que fazer o depósito sob pena de extinção. No caso do aluguel são 24
horas.
- ver 541 (p. sucessivas). Ir depositando todo mês.

19 Art. 542. Na petição inicial, o autor requererá: I - o depósito da quantia ou da coisa devida, a ser
efetivado no prazo de 5 (cinco) dias contados do deferimento, ressalvada a hipótese do art. 539, § 3 o; II
- a citação do réu para levantar o depósito ou oferecer contestação. Parágrafo único. Não realizado o
depósito no prazo do inciso I, o processo será extinto sem resolução do mérito.
20 Art. 335. A consignação tem lugar: I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o
pagamento, ou dar quitação na devida forma; II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no
lugar, tempo e condição devidos; III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado
ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil; IV - se ocorrer dúvida sobre quem
deva legitimamente receber o objeto do pagamento; V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento.
21 § 2o O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tempo
indeterminado ou por tempo superior a 1 (um) ano, e, se por tempo inferior, será igual à soma das
prestações.
Despacho positivo:
- deferimento para o autor realizar o depósito (5 dias) sob pena
de extinção (542, p. único)22
“O DEPÓSITO É PRESSUPOSTO INDISPENSÁVEL AO
REGULAR PROCESSAMENTO DA AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM
PAGAMENTO, DEVENDO PRECEDER, INCLUSIVE, A PRÓPRIA
CITAÇÃO DA PARTE RÉ” (TJ/RS).
- ver 541 (p. sucessivas)23;

Condutas do réu:
- Inércia (vai dar quitação); levantar o depósito (pode pegar e receber para dar
quitação ou pode dizer que valor está incompleto e aí vem contestação).
- Contestação: matérias do 544, I, II e III; alegação de insuficiência: 544, IV e p.
único e 545.
Natureza dúplice. Juiz pode dizer na sentença que você tem direito. Prestação de
contas, você exige que preste contas e vê que sujeito deu a mais (seriam 5 mil e pagou 6
mil).
Você está em mora mas não está com inadimplemento absoluto. Depositar os
maquinários para show, mas show aconteceu ontem. Se ocorrer inadimplemento absoluto
não pode fazer isso.
O depósito não é integral. E aí vai discutir o valor. Tem ônus de indicar o valor: “o
depósito não é integral, mas você me deve X”.
- Depois segue o proc. comum.
Tem mais uma situação: 545: alegada a insuficiência do depósito, é lícito completar
em 10 dias.
A alegação de insuficiência diz quanto é; autor pode em 10 dias depositar a
diferença. Se não depositar vai se discutir e enquanto isso réu pode pegar dinheiro, dar
quitação parcial.

Especial: devedor entrou com ação; vai depositar. Se pessoa levantar acabou. Se
contestar aí segue procedimento comum, vai ter provas para ver se valo é 300 ou 500.

22 Parágrafo único. Não realizado o depósito no prazo do inciso I, o processo será extinto sem resolução
do mérito.
23 Art. 541. Tratando-se de prestações sucessivas, consignada uma delas, pode o devedor continuar a
depositar, no mesmo processo e sem mais formalidades, as que se forem vencendo, desde que o faça
em até 5 (cinco) dias contados da data do respectivo vencimento.
Condutas do réu:
-inércia; levantar o depósito (546, p. único)24.
- Contestação: matérias do 544, I, II e III) 25; alegação de
insuficiência: (544, IV e p. único e 545)26.
- Depois segue o proc. comum

Sentença de mérito.
- Declaratória positiva: quando reconhece a procedência da pretensão do autor –
devedor.
- Declaratória negativa.
- Pode também: Condenatória: quando acolhe a alegação de insuficiência do
depósito apresentado pelo réu-credor … sentença será TEJ, permitindo ao réu-
credor exigir o pagamento do valor ainda devido pelo autor-devedor nos mesmos
autos…

* Sentença de mérito
Declaratória positiva - Quando reconhece a procedência da
pretensão do autor-devedor.
Declaratória negativa - Quando julga improcedente a pretensão
do autor-devedor.
Pode também Condenatória - Quando acolhe a alegação de
insuficiência do depósito apresentada pelo réu-credor com base
no CPC, 544, IV. Neste caso, essa sentença será título executivo
judicial, permitindo ao réu-credor exigir o pagamento do valor
ainda devido pelo autor-devedor nos mesmos autos (CPC, 545,

24 Art. 546. Julgado procedente o pedido, o juiz declarará extinta a obrigação e condenará o réu ao
pagamento de custas e honorários advocatícios. Parágrafo único. Proceder-se-á do mesmo modo se o
credor receber e der quitação.
25 Art. 544. Na contestação, o réu poderá alegar que: I - não houve recusa ou mora em receber a quantia
ou a coisa devida; II - foi justa a recusa; III - o depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do
pagamento;
26 IV - o depósito não é integral. Parágrafo único. No caso do inciso IV, a alegação somente será
admissível se o réu indicar o montante que entende devido.
Art. 545. Alegada a insuficiência do depósito, é lícito ao autor completá-lo, em 10 (dez) dias, salvo se
corresponder a prestação cujo inadimplemento acarrete a rescisão do contrato. § 1 o No caso do caput,
poderá o réu levantar, desde logo, a quantia ou a coisa depositada, com a consequente liberação parcial
do autor, prosseguindo o processo quanto à parcela controvertida. § 2o A sentença que concluir pela
insuficiência do depósito determinará, sempre que possível, o montante devido e valerá como título
executivo, facultado ao credor promover-lhe o cumprimento nos mesmos autos, após liquidação, se
necessária.
§ 2.°). Reflexo da natureza dúplice da consignação. Nesse caso
o autor é condenado aos honorários(DA).

Dúvida quanto a titularidade do crédito (547 e 548).


- Desconhece qual é o credor (paga mal paga duas vezes); litígio sobre quem é o
titular do crédito (dúvida presumida( divórcio, inventário).
- Requer o depósito e a citação dos possíveis titulares para provar seu direito…
~ Não comparece nenhum: libera o autor – converte em arrecadação de
coisas vagas (!).
~ Comparece apenas um: prova (se aceita - libera o devedor); não prova
(libera o devedor – converte em arrecadação).
~ Comparecem 2 ou mais credores: há de se estabelecer uma distinção –
réus não impugnam o depósito – libera o devedor e o exclui do processo; o
processo corre entre eles pelo rito comum; réus impugnam o depósito = a) se
discute a pertinência do depósito, b) apura quem tem direito à coisa depositada.

Dúvida qto a titularidade do crédito (547 e 548) 27


* Quais são as dúvidas: desconhece qual é o credor (paga mal
paga duas vezes); litígio sobre quem é o titular do crédito
(dúvida presumida).
* Procedimento: Requer o depósito e a citação dos possíveis
titulares do crédito para provarem seu direito (547).

Dúvida qto a titularidade do crédito (547 e 548)


* Não comparece nenhum - libera o autor - converte em
arrecadação de coisas vagas (CPC/73 – arrecadação de bens de
ausentes)- 548, I
* comparece apenas um – prova (se aceita – libera o devedor);
não prova (libera o devedor – converte em arrecadação). - 548,
II.

27 Art. 547. Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o pagamento, o autor requererá o
depósito e a citação dos possíveis titulares do crédito para provarem o seu direito.
Art. 548. No caso do art. 547: I - não comparecendo pretendente algum, converter-se-á o depósito em
arrecadação de coisas vagas; II - comparecendo apenas um, o juiz decidirá de plano; III -
comparecendo mais de um, o juiz declarará efetuado o depósito e extinta a obrigação, continuando o
processo a correr unicamente entre os presuntivos credores, observado o procedimento comum.
* comparecem 2 ou mais credores: há de se estabelecer uma
distinção – réus não impugnam o depósito – libera o devedor e
o exclui do processo; o processo corre entre eles pelo rito
comum – 548,III; Réus impugnam o depósito – a) se discute a
pertinência do depósito b) apura quem tem direito à coisa
depositada.

Outras situações.
Art. 543. se o objeto da prestação for coisa indeterminada.
Art. 549. É cabível, no que couber, no aforamento e enfiteuse.

4.5. Outras situações


Art. 543. Se o objeto da prestação for coisa indeterminada e a
escolha couber ao credor, será este citado para exercer o direito
dentro de 5 (cinco) dias, se outro prazo não constar de lei ou do
contrato, ou para aceitar que o devedor a faça, devendo o juiz,
ao despachar a petição inicial, fixar lugar, dia e hora em que se
fará a entrega, sob pena de depósito.
Art. 549. Aplica-se o procedimento estabelecido neste Capítulo,
no que couber, ao resgate do aforamento.

Objeto da demanda.
No passado fazia consignação já em ação pelo procedimento comum, duas ações
caminhando juntas, apensadas… Mas não é possível discutir junto, de forma mais
complexa? Efetividade do direito.

Objeto da Demanda
Discussão simples: sempre que o devedor não consegue
realizar o pagamento, resistência ou obstáculo. Pedido
meramente declaratório para dizer que o depósito é correto e
suficiente. Decorre de documentos líquidos e certos.
Discussão complexa: ação de consignação em pagamento para
o depósito de prestações oriundas de inadimplemento
contratual ou da anulação do negócio jurídico, em especial
quando o devedor entende dever menos do que o valor
apontado no contrato. Sendo pacífico o entendimento do STJ
no sentido de permitir a revisão incidental de cláusulas
contratuais no âmbito da demanda de consignação em
pagamento.(cuidado nos casos do art 330, § 2º e § 3º do cpc) 28.

28 § 2o Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de empréstimo, de
financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar na petição
inicial, dentre as obrigações contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor
incontroverso do débito. § 3o Na hipótese do § 2o, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago no
tempo e modo contratados.
--------------------------------------------------------------------------------- Aula 21/08/2018 (terça-feira)

2) “AÇÃO” DE EXIGIR CONTAS

* O dever de prestar contas.

Bens Alheios
Administra Valores
Interesses

Fato
Situações Contratuais
Legais

Aquele que administra bens, valores, interesses alheios, tem o dever de prestar
contas.
Tem situações de fato, tem situações contratuais, tem situações legais.

SITUAÇÕES DE FATO. Cônjuge separado de fato, divórcio de fato, ainda não fez a
separação propriamente dita mas cada um foi para o seu canto, um está administrando os
bens… Situações de mãcomunhão: situação que ocorre entre o divórcio e a partilha.
Condomínio irregular. Sociedade de fato. Gestor de negócio alheio, art. 168 e seguintes
do CC. Essas pessoas tem o dever de prestar contas, e se não prestar vai ter ação de
exigir contas.
CONTRATUAIS. Sócios gerentes. Contrato de parceria agrícola, um entra com
terra, outro com semente, outro planta. Quantas sacas de café colheu, quanto gastou na
plantação, qual foi despesa. Mandato ad negocia, procuração ad negocia. Mandato ad
judicia, tem que prestar contas para cliente. Consórcio. Conta corrente: posso entrar com
prestação de contas da conta corrente; Súmula 259 de 2002 do STJ 29 (mas não pode
fazer revisão de cláusula de juros; pode fazer revisão dos lançamentos, se está em
ordem); Súmula 477 de 2012 do STJ 30 (prazo para exigir essas contas… prescrição
tradicional do CC)
29 A ação de prestação de contas pode ser proposta pelo titular de conta-corrente bancária.
30 A decadência do art. 26 do CDC não é aplicável à prestação de contas para obter esclarecimentos
sobre cobrança de taxas, tarifas e encargos bancários.
LEGAIS. Demandas na justiça. O inventariante tem que prestar contas para os
demais. O leiloeiro. O tutor. Curador. O administrador da falência. Os pais, se filho exigir, o
MP… se vai vender bem do menor, pede para juiz autorização para vender, tem que
prestar contas…

Sentido de prestação de contas..


O que é prestar contas?
“Significa fazer alguém a outrem, pormenorizadamente, parcela por parcela, a
exposição dos componentes de débito e crédito resultantes de determinada relação
jurídica. Concluindo pela apuração aritmética do saldo credor ou devedor ou até de sua
inexistência.” Adroaldo Furtado Fabrício.

E se pessoa não presta as contas, vai acontecer a ação de exigir contas.


O NCPC mudou em relação ao CPC/73. No CPC/73 tinha ação de prestação de
contas. Exigia prestar contas e dar contas (queria prestar contas e parte não recebia, já
estava gastando mais dinheiro dele para administrar do que o que parte teria direito,
entrava com ação para que ele pudesse prestar contas…
Pode dar as contas pelo procedimento comum…

* A “ação”.

→ Sentido.
STJ: “Tem por objetivo obrigar aquele que administra patrimônio alheio ou comum a
demonstrar em juízo, e de forma documentalmente justificada, a destinação de bens e
direitos. Visa sobretudo verificar saldos em favor de uma das partes ou mesmo ausência
de crédito e débito entre os litigantes.”
Ação de natureza dúplice. O réu pode ter título executivo a seu favor mas autor que
entrou com ação.

→ Cabimento.
- Proc. autônomo.
Art 550 a 55231. Situações que falamos antes, principalmente em situações de fato
e contratais.
- Incidente processual.
Art. 55332. prestação de contas dentro do processo judicial. Inventariante, curador.

→ Competência.
Art. 53, IV, “B”33.
O foro da administração dos bens.

→ Legitimidade.
Ativa: O titular do bem do direito de exigir contas.
Passiva: Aquele que está na administração dos bens.

→ A demanda.
Causa de pedir: Demonstrar a relação jurídica de prestar contas e a incerteza com
relação ao saldo.
Alimentos: Caso do jogador de futebol, pensão de R$70.000,00, querendo saber o
que mulher faz com dinheiro. STJ disse que ele não tem interesse de agir, principalmente
porque alimentos são irrepetíveis, no final da ação não vai ter direito de saldo positivo a

31 Art. 550. Aquele que afirmar ser titular do direito de exigir contas requererá a citação do réu para que as
preste ou ofereça contestação no prazo de 15 (quinze) dias. § 1 o Na petição inicial, o autor especificará,
detalhadamente, as razões pelas quais exige as contas, instruindo-a com documentos comprobatórios
dessa necessidade, se existirem. § 2 o Prestadas as contas, o autor terá 15 (quinze) dias para se
manifestar, prosseguindo-se o processo na forma do Capítulo X do Título I deste Livro. § 3 o A
impugnação das contas apresentadas pelo réu deverá ser fundamentada e específica, com referência
expressa ao lançamento questionado. § 4 o Se o réu não contestar o pedido, observar-se-á o disposto no
art. 355. § 5o A decisão que julgar procedente o pedido condenará o réu a prestar as contas no prazo de
15 (quinze) dias, sob pena de não lhe ser lícito impugnar as que o autor apresentar. § 6 o Se o réu
apresentar as contas no prazo previsto no § 5 o, seguir-se-á o procedimento do § 2o, caso contrário, o
autor apresentá-las-á no prazo de 15 (quinze) dias, podendo o juiz determinar a realização de exame
pericial, se necessário.
Art. 551. As contas do réu serão apresentadas na forma adequada, especificando-se as receitas, a
aplicação das despesas e os investimentos, se houver. § 1 o Havendo impugnação específica e
fundamentada pelo autor, o juiz estabelecerá prazo razoável para que o réu apresente os documentos
justificativos dos lançamentos individualmente impugnados. § 2 o As contas do autor, para os fins do art.
550, § 5o, serão apresentadas na forma adequada, já instruídas com os documentos justificativos,
especificando-se as receitas, a aplicação das despesas e os investimentos, se houver, bem como o
respectivo saldo.
Art. 552. A sentença apurará o saldo e constituirá título executivo judicial.
32 Art. 553. As contas do inventariante, do tutor, do curador, do depositário e de qualquer outro
administrador serão prestadas em apenso aos autos do processo em que tiver sido nomeado. Parágrafo
único. Se qualquer dos referidos no caput for condenado a pagar o saldo e não o fizer no prazo legal, o
juiz poderá destituí-lo, sequestrar os bens sob sua guarda, glosar o prêmio ou a gratificação a que teria
direito e determinar as medidas executivas necessárias à recomposição do prejuízo.
33 Art. 53. É competente o foro: IV - do lugar do ato ou fato para a ação: b) em que for réu administrador ou
gestor de negócios alheios;
favor dele. Pode fazer ação de fiscalização no procedimento comum e discutir revisão de
alimentos.
Cara vai lá no banco e faz empréstimo, parcela em 60 vezes, vai exigir prestação
de contas em relação a quê?
Tem que demonstrar direitinho causa de pedir.
Tem que ver se é realmente prestação de contas.

Pedido: Condenar a prestar contas + a condenação ao saldo devedor.

Requerimento: Art. 550 - para que preste as contas ou ofereça a contestação.

→ Reações possíveis.

a) CONTESTAÇÃO SEM A APRESENTAÇÃO DAS CONTAS.

Bifásico. Vai ter duas fases. 1a fase vai discutir se tem que apresentar contas e 2 a
fase em que vai apresentar contas.

~ 1a fase.

1) Contestar. Vai contestar dizendo que não tem obrigação de prestar contas.
2) Impugnação do autor.
3) “Decisão” do juiz – Art. 550, §5º34. É decisão de mérito, cabe agravo de
instrumento… Alguns falavam que era sentença. Enunciado 177 do Fórum de
Processualistas35 diz que é decisão. É uma decisão – agravo.

Resolveu, juiz disse que vai prestar contas.

~ 2a fase.

34 § 5o A decisão que julgar procedente o pedido condenará o réu a prestar as contas no prazo de 15
(quinze) dias, sob pena de não lhe ser lícito impugnar as que o autor apresentar.
35 177 → (arts. 550, § 5º e 1.015, inc. II) A decisão interlocutória que julga procedente o pedido para
condenar o réu a prestar contas, por ser de mérito, é recorrível por agravo de instrumento. (Grupo:
Procedimentos Especiais)
Juiz vai condenar para que apresente as contas em 15 dias. Apresenta as contas
em 15 dias. Ele tem que apresentar as contas de forma específica e detalhada. Art. 551 36.
O autor se manifesta em 15 dias. Aí o autor se manifesta em 15 dias, e tem que
rebater de forma específica e detalhada.
Volta o réu, art. 551, §1º. Volta ao 551, §1º.
Segue os 354 ao 357 (550, §2º)37. Julgamento conforme o estado do processo.

Não apresenta as contas.


O autor apresenta as contas. Art. 550, §5º; 550, §6º.
O juiz pode pedir uma perícia (550, §6º, final) 38.
Vai ter a sentença, que vai virar um título executivo judicial, que pode ser a favor
do réu (natureza dúplice).

2a fase
Apresenta as contas em 15 dias. Não apresenta as contas.
O autor se manifesta em 15 dias. O autor apresenta.
Volta ao 551, §1º. Juiz pode pedir uma perícia - 550, §6º,
final).
Segue os 354 ao 357 (550, §2º).
Sentença
TEJ

b) OMISSO.
O réu é omisso.
- Decisão. O juiz decide.
- Pula direto para a 2a fase.

36 Art. 551. As contas do réu serão apresentadas na forma adequada, especificando-se as receitas, a
aplicação das despesas e os investimentos, se houver. § 1 o Havendo impugnação específica e
fundamentada pelo autor, o juiz estabelecerá prazo razoável para que o réu apresente os documentos
justificativos dos lançamentos individualmente impugnados. § 2 o As contas do autor, para os fins do art.
550, § 5o, serão apresentadas na forma adequada, já instruídas com os documentos justificativos,
especificando-se as receitas, a aplicação das despesas e os investimentos, se houver, bem como o
respectivo saldo.
37 § 2o Prestadas as contas, o autor terá 15 (quinze) dias para se manifestar, prosseguindo-se o processo
na forma do Capítulo X do Título I deste Livro.
38 § 6o Se o réu apresentar as contas no prazo previsto no § 5 o, seguir-se-á o procedimento do § 2 o, caso
contrário, o autor apresentá-las-á no prazo de 15 (quinze) dias, podendo o juiz determinar a realização
de exame pericial, se necessário.
c) SÓ APRESENTA AS CONTAS.
- Direto para a 2a fase.

PRESTAÇÃO DE CONTAS DO ADMINISTRADOR JUDICIAL.


- 55339.
Inventariante; tutor; curador; depositário ou qualquer outro administrador. Existe a
prestação do administrador judicial.
- Competência.
Competência funcional que tramita o processo.
- Legitimidade.
Qualquer um dos sujeitos do processo pode pedir.
Isso vai acontecer no inventário. Juiz, MP, pessoa que pediu na jurisdição
voluntária…
O artigo fala “em apenso’”. Mas na prática não ocorre isso, só atravessa petição
nos autos.
- Consequências: 553, p. único.
Consequências se não prestar contas.
Destituir… Sequestrar bens sobre bens sob sua guarda… Tirar prêmio, gratificação
a que administrador teria direito…. Recomposição dos prejuízos.
Qualquer situação que é feita aqui é em desrespeito ao juiz, ao judiciário, ao
processo que está em andamento.

AVARIA GROSSA.

Navio está pegando fogo… Comandante tem que sacrificar muitas mercadorias….
Esse procedimento estava no CPC/39 como procedimento especial… Não veio no
CPC/73. E apareceu no CPC/2015.
Tem que ter procedimento para apurar as avarias.
Slides.

39 Art. 553. As contas do inventariante, do tutor, do curador, do depositário e de qualquer outro


administrador serão prestadas em apenso aos autos do processo em que tiver sido nomeado. Parágrafo
único. Se qualquer dos referidos no caput for condenado a pagar o saldo e não o fizer no prazo legal, o
juiz poderá destituí-lo, sequestrar os bens sob sua guarda, glosar o prêmio ou a gratificação a que teria
direito e determinar as medidas executivas necessárias à recomposição do prejuízo.
Isso tem a ver com direito marítimo. Normas internacionais e Código Comercial, art.
761 e seguintes.
Dano causado ao navio ou carga, bem como as despesas para preservação de
ambos, ditas extraordinárias.
Avarias simples ou particulares. Não tem intenção, ocorre por culpa – imprudência,
imperícia, negligência. Estragou contêiner, apodreceu comida, gerador estragou… devia
ter mantido refrigeração em dia.
Avarias comuns ou grossas. Navio começa a pegar fogo ou afundar. Comandante
pensa que se desfazer de 3 toneladas… joga tudo no mar. Proprietários tem que ser
indenizados, todo mundo vai ser responsável – por perdas algumas salvou o resto.
Pode ser extrajudicial ou judicial (nomear perito).
Legitimidade: armador, donos das cargas e seguradoras.
Competência: juiz de direito do primeiro porto onde o navio houver chegado (707).
Juiz nomeia regulador (perito). O regulador, verificando que é avaria grossa exige
garantia para liberação da carga para os interessados sob pena de alienação…

Regulação de Avaria Grossa – 707/71140


Direito Marítimo – Normas Internacionais e Código Comercial,
art. 761 e sgts.
Avaria (dano): dano causado ao navio ou carga, bem como as
despesas para preservação de ambos, ditas extraordinárias.
Avarias simples ou particulares falta a vontade humana agindo
na proteção ao navio ou carga, ou seja, os prejuízos sofridos
40 Art. 707. Quando inexistir consenso acerca da nomeação de um regulador de avarias, o juiz de direito
da comarca do primeiro porto onde o navio houver chegado, provocado por qualquer parte interessada,
nomeará um de notório conhecimento. Art. 708. O regulador declarará justificadamente se os danos são
passíveis de rateio na forma de avaria grossa e exigirá das partes envolvidas a apresentação de
garantias idôneas para que possam ser liberadas as cargas aos consignatários. § 1 o A parte que não
concordar com o regulador quanto à declaração de abertura da avaria grossa deverá justificar suas
razões ao juiz, que decidirá no prazo de 10 (dez) dias. § 2 o Se o consignatário não apresentar garantia
idônea a critério do regulador, este fixará o valor da contribuição provisória com base nos fatos narrados
e nos documentos que instruírem a petição inicial, que deverá ser caucionado sob a forma de depósito
judicial ou de garantia bancária. § 3o Recusando-se o consignatário a prestar caução, o regulador
requererá ao juiz a alienação judicial de sua carga na forma dos arts. 879 a 903. § 4 o É permitido o
levantamento, por alvará, das quantias necessárias ao pagamento das despesas da alienação a serem
arcadas pelo consignatário, mantendo-se o saldo remanescente em depósito judicial até o encerramento
da regulação. Art. 709. As partes deverão apresentar nos autos os documentos necessários à regulação
da avaria grossa em prazo razoável a ser fixado pelo regulador. Art. 710. O regulador apresentará o
regulamento da avaria grossa no prazo de até 12 (doze) meses, contado da data da entrega dos
documentos nos autos pelas partes, podendo o prazo ser estendido a critério do juiz. § 1 o Oferecido o
regulamento da avaria grossa, dele terão vista as partes pelo prazo comum de 15 (quinze) dias, e, não
havendo impugnação, o regulamento será homologado por sentença. § 2 o Havendo impugnação ao
regulamento, o juiz decidirá no prazo de 10 (dez) dias, após a oitiva do regulador. Art. 711. Aplicam-se
ao regulador de avarias os arts. 156 a 158, no que couber.
pelo navio, carga ou frete decorrem de fatos ordinários da
navegação, não envolvendo a intenção do homem. Sua origem
remonta a casos de imprudência, imperícia ou negligência do
comandante, funcionários do navio ou terceiros, caso fortuito e
força maior. É importante salientar que, nesta modalidade de
avaria, o princípio básico é de que os prejuízos decorrentes do
dano sofrido ficarão ao encargo do proprietário da coisa
lesionada, sendo-lhe assegurado o direito de regresso contra o
causador do dano, dano este que será considerado
isoladamente, ou seja, ao navio ou à carga.
Avarias comuns ou grossas verifica-se a participação efetiva da
vontade humana com o de preservar o bem comum diante de
perigo ou desastre imprevisto, mesmo que implique em
sacrifício de interesses particulares. Por esse motivo, serão
indenizados todos os interessados na expedição do navio, bem
como, todos contribuirão para o pagamento da indenização,
criando, assim uma relação simultânea de direito e de
obrigação. As avarias grossas são também chamadas de
comuns porque são suportadas por todos os interessados na
expedição marítima - são comuns a todos.

Procedimento
* Extrajudicial: nomeação de regulador (Perito) de comum
acordo para a verificação da avaria (empresas, associações e
cooperativas especializadas) para levantar os prejuízos.
* Judicial: falta consenso para a nomeação de um regulador das
avarias.
* Legitimidade: armador, donos das cargas e seguradoras.
* Competência: Juiz de Direito do primeiro porto onde o navio
houver chegado (707)41
* Juiz nomeia um regulador (Perito [considerado auxiliar da
justiça, art. 149]42) de notório conhecimento (707).

41 Art. 707. Quando inexistir consenso acerca da nomeação de um regulador de avarias, o juiz de direito
da comarca do primeiro porto onde o navio houver chegado, provocado por qualquer parte interessada,
nomeará um de notório conhecimento.
42 Art. 149. São auxiliares da Justiça, além de outros cujas atribuições sejam determinadas pelas normas
de organização judiciária, o escrivão, o chefe de secretaria, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o
* O regulador verificando que é avaria grossa exige garantia
para liberação da carga para os interessados sob pena de
alienação judicial de sua carga (708 e §§§) 43.
* As partes poderão complementar os documentos
apresentados na inicial (709)44.
* O regulador deve apresentar o levantamento em 12 meses,
que pode ser impugnado pelas partes, para posteriormente ser
homologado pelo juiz (710)45

administrador, o intérprete, o tradutor, o mediador, o conciliador judicial, o partidor, o distribuidor, o


contabilista e o regulador de avarias.
43 Art. 708. O regulador declarará justificadamente se os danos são passíveis de rateio na forma de avaria
grossa e exigirá das partes envolvidas a apresentação de garantias idôneas para que possam ser
liberadas as cargas aos consignatários. § 1o A parte que não concordar com o regulador quanto à
declaração de abertura da avaria grossa deverá justificar suas razões ao juiz, que decidirá no prazo de
10 (dez) dias. § 2o Se o consignatário não apresentar garantia idônea a critério do regulador, este fixará
o valor da contribuição provisória com base nos fatos narrados e nos documentos que instruírem a
petição inicial, que deverá ser caucionado sob a forma de depósito judicial ou de garantia bancária. § 3 o
Recusando-se o consignatário a prestar caução, o regulador requererá ao juiz a alienação judicial de
sua carga na forma dos arts. 879 a 903. § 4 o É permitido o levantamento, por alvará, das quantias
necessárias ao pagamento das despesas da alienação a serem arcadas pelo consignatário, mantendo-
se o saldo remanescente em depósito judicial até o encerramento da regulação.
44 Art. 709. As partes deverão apresentar nos autos os documentos necessários à regulação da avaria
grossa em prazo razoável a ser fixado pelo regulador.
45 Art. 710. O regulador apresentará o regulamento da avaria grossa no prazo de até 12 (doze) meses,
contado da data da entrega dos documentos nos autos pelas partes, podendo o prazo ser estendido a
critério do juiz. § 1o Oferecido o regulamento da avaria grossa, dele terão vista as partes pelo prazo
comum de 15 (quinze) dias, e, não havendo impugnação, o regulamento será homologado por
sentença. § 2o Havendo impugnação ao regulamento, o juiz decidirá no prazo de 10 (dez) dias, após a
oitiva do regulador.
-------------------------------------------------------------------------------- Aula 23/08/2018 (quinta-feira)

2) TUTELA DEFINITIVA E TUTELA PROVISÓRIA.

→ TUTELA DEFINITIVA.

* Sentido 1.

Didier: A tutela definitiva é aquela obtida mediante cognição exauriente com


profundo debate acerca do objeto da decisão.

* Sentido 2.

Humberto Teodoro Júnior: A tutela principal corresponde ao provimento que


compõe o conflito de direito material de modo exauriente e definitivo.

Tutela principal, tutela satisfativa, tutelas comuns. Quando Didier fala em tutela
satisfativa não está falando daquela antecipada, mas porque deu decisão lá na frente.

Nem toda a tutela definitiva é exauriente. O sentido que seria correto seria: A tutela
principal corresponde ao provimento que compõe o conflito de direito material de modo
definitivo (pegar conceito de Humberto Teodoro Júnior e tirar a palavra ‘exauriente’. Nem
tudo é debatido de modo definitivo. Existem as chamadas sumariedades substanciais.
Pensar nas chamadas sumariedades substanciais: onde se compõe o direito de modo
definitivo, mas não é de modo exauriente, com ampla defesa: por exemplo, Mandado de
Segurança… Juizados Especiais… execução (cognição rarefeita). Nem toda tutela
definitiva é exauriente.

→ O TEMPO E O PROCESSO.

O ônus do tempo: Perecer; perder a coisa.


Quanto mais tempo perde em tutela definitiva, mais risco de perecimento ou o
próprio perecimento da coisa ou objeto pretendido vai correr. Quanto mais tempo leva,
mais risco ao perecimento do objeto vai acontecer. O ônus do tempo pode ocorrer o
perecimento, risco de perecimento, deterioração da coisa.
Tutela definitiva leva tempo, e se leva tempo a pessoa pode perder a coisa, o que
pode fazer com que perca o próprio objeto.

Situações normais: O próprio devido processo legal. Fazer petição inicial, juiz
despachar, o outro contestar, … O devido processo legal através do contraditório acarreta
muito tempo para o processo. O procedimento contraditório. As etapas mortas do
processo: é o tempo que está na pilha do juiz; chega processo na distribuição, chega na
secretaria, depois pilha, depois estagiário pega folha para marcar x e diz se petição está
correta, depois despacho…

Situações anormais: É a crise do judiciário. Muita demanda… É uma demanda


em prol de justiça que não para; juízes não dão conta; as partes só buscam parte litigiosa.
A crise da lei, as leis hoje são ‘minotauros’, metade jurídica, metade política. Má-fé de
advogados e partes…

Qual a solução para isso? Qual a solução que código trouxe para evitar
perecimento, para evitar injustiça? A tutela provisória.

→ TUTELA PROVISÓRIA.

* Sentido 1.

Humberto Teodoro Júnior e Didier: A tutela provisória é antecipação PROVISÓRIA


dos efeitos da tutela definitiva para não colocar em risco a efetividade do processo e
assim abrandar os males do tempo, combatendo os riscos de injustiça ou de dano.

* Sentido 2.

Marinoni: É o provimento que pode, desde logo, viabilizar a realização e a fruição


do direito pela parte (tutela antecipada satisfativa) ou pode apenas assegurar que essa
fruição tenha condições de eventual e futuramente ocorrer (tutela cautelar, tutela
conservativa).

Didier fala que o ônus do tempo seja repartido entre as partes.

3) CLASSIFICAÇÃO.

* QUANTO ÀS ESPÉCIES.

→ TUTELA DE URGÊNCIA.

- Sentido.
São as tutelas voltadas para combater o perigo de dano que possa advir do tempo
necessário para o desenvolvimento processual. São aquelas em que o risco da
efetividade são muito grandes. Periculum in mora e fumaça do bom direito.

- Podem ser:

~~ CAUTELAR (conservativas).
São as conservativas.
- Exemplos.
Tuberculose. Lopes da Costa veio para Minas Gerais. Muita gente mudava
para MG para se curar. Ele era jurista…. Fez diferença entre tutela cautelar e
antecipada através de um exemplo. A tutela cautelar seria os andaimes da
construção (ferros para não cair, para pintar, depois retira andaimes e você
conservou o prédio). Era uma ação conservativa para garantir a efetividade de um
processo principal.
1) Protesto contra alienação de bens e o próprio arresto. Pessoa está se
desfazendo de todos os seus bens. Pessoa quer entrar com ação… Sujeito começa
a fraudar credores… O que vai fazer? Protesto contra alienação de bens e arresto.
Você vai lá e tenta bloquear bens da pessoa para garantir que no futuro tenha como
receber na ação de cobrança, na execução. Garantir que vai poder propor ação,
discutir processo principal e ele vai ser frutífero.
2) Sequestro de bens. Exemplo da Range Rover e apartamento. Vai fazer
sequestro da Range Rover para que depois, no inventário, possa garantir aos
herdeiros repartir os bens. Vai garantir efetividade de um processo principal,
inventário…
3) O arrolamento de bens cautelar. Pessoa começa a se desfazer… Acidente
do avião, empresário faleceu, mulher foi para hospital e filhas entraram na casa para
tirar quadros… Entrou com arrolamento de bens, oficial de justiça faz relação de
todos os bens que tem e lacra casa. Se não fizesse isso perderia direito. Cautelar
conservativa.
- Sentidos.
1) Uma medida conservativa para garantir a efetividade de um pedido de
tutela definitiva, de tutela principal.
2) Calamandrei: A cautelar é o instrumento do instrumento – instrumento 2. A
cautelar é o instrumento – visa conservar o bem para que no futuro o outro
instrumento (que é a tutela principal definitiva) seja efetivo, seja garantido.
3) Didier: O direito à cautela para outro direito que se acautela.
4) Alexandre Freitas Câmara: É não satisfativa mas tutela de urgência para
proteger a capacidade do processo produzir resultados úteis.
5) Marignoni: Proteger o perigo de infrutuosidade do processo. Se não tiver
mais frutos ao final qual a razão de ser do processo?
6) Olvídio Batista: Medida de segurança para a execução.

~~ ANTECIPADA (satisfativa de urgência).


É uma satisfativa de urgência.
- Exemplos.
1) Transfusão de sangue de testemunhas de Jeová. Depois que foi o sangue
já era… Pedido principal é receber o sangue, tutela antecipada satisfativa é receber
o sangue antes…
2) Pessoa que precisa de remédios. Medicamento. O que você quer no
futuro? Medicamento. O que você você quer agora? Medicamento.
3) Plano de saúde – cirurgia.
4) Aposentadoria – INSS. Você quer aposentar, encaminha aposentadoria,
INSS indefere, você entra na justiça pedindo aposentadoria. Você quer salário ao
final e vai receber salário antes. O salário que vai receber antes vai receber depois.
5) Militares sofriam acidentes no quartel. Entravam na justiça e pediam tutela
antecipada satisfativa para receber soldo enquanto quartel dá tratamento e junto
aproveitam e pedem para serem reformados.
Doença de chagas… Iam dor sangue e descobriam…
Esquizofrenia – estourou quando estava no quartel…
- Sentidos.
1) Provimento imediato que de forma provisória lhe assegure, no todo ou em
parte, a usufruição do bem jurídico correspondente a prestação do direito material
reclamada como objeto da relação jurídica em discussão.
2) Olvídio Batista: É uma medida de execução para a segurança.
3) Marinoni: Realiza imediata pretensão.
4) Humberto Teodoro Júnior: Antecipam provisoriamente resultados materiais
do direito disputado em juízo.
Andaimes da construção… Cabana do desbravador: coloca cabana e lá já fica
e não sai mais. Aquilo que quero agora é aquilo que vou querer no futuro.

→ TUTELA DE EVIDÊNCIA (satisfativa).


Onde a urgência não é relevante, mas a injustiça está em jogo.
Está na seara da justiça. É satisfativa de evidência.
- Exemplos.
É cristalino.
Ou tem súmula vinculante.
O manifesto protelatório do réu. Exemplo do sujeito que tinha ação de investigação
de paternidade, ele pediu que fossem ouvidas pessoas na Argentina e Uruguai...
- Sentido.
1) Ela protege provisoriamente situações jurídicas substanciais reveladoras da
existência de direitos subjetivos reconhecíveis primae facie.
2) Art. 273, §6º, CPC/7346: A tutela antecipada poderá ser concedida quando um ou
mais pedidos cumulados, ou parcela deles, se mostrar incontroverso.
Aquelas incontroversas, que tem alta probabilidade de chance, relacionadas à
injustiça.
A urgência é irrelevante. Está relacionado com a injustiça.

46 § 6o A tutela antecipada também poderá ser concedida quando um ou mais dos pedidos cumulados, ou
parcela deles, mostrar-se incontroverso.
* QUANTO AO MOMENTO DE POSTULAÇÃO.
→ OBS.: 1 PROCESSO.
→ INCIDENTAL.
- Sentido.
- Situações.
- Aplicabilidade.
→ ANTECEDENTE.
- Sentido.
- Justificativa.
- Aplicabilidade.
- Obs.
- Quadro resumo.

4) CARACTERÍSTICAS.
* SUMARIEDADE DA COGNIÇÃO.
* PROVISORIEDADE.
* PRECARIEDADE.
--------------------------------------------------------------------------------- Aula 28/08/2018 (terça-feira)

4 – AÇÕES POSSESSÓRIAS.

Não confundir possessória e petitória.


Sai de férias, quando volta tem pessoal na casa dele fazendo churrasco e
acampado. Vai entrar com ação mostrando título de propriedade e querendo casa de
volta, ou mostra que tem posse, mostra contas de água, luz e o título de propriedade?
Discute se posse foi lesada ou não. Essa é a finalidade da possessória.

1) INTRODUÇÃO.

- Sentido.

Marignoni: “As ações possessórias competem a quem pretender proteger a posse


de seus bens sem discutir o domínio sobre os mesmos.”

A. Possessórias → ius possessiones → direito de posse → independe de uma RJ.


Ac. Petitórias → ius possidendi → direito à posse → demonstra uma RJ anterior.

A ação possessória é chamada de ius possessiones, que você tem o direito de


posse, que independe de uma relação jurídica anterior. É o poder de fato sobre a coisa.
Pessoa está com suas terras. Movimento dos sem terras estão lá por perto.
Quando você vê você perde sua posse. Você vai discutir que está com posse, que área
dele é produtiva e quer ela de volta.
Saiu de férias, tem posse, quer permanecer nessa posse.

Amigo de G falou que ia construir prédio (amigo, pai, mãe, irmãos). Perguntou se G
queria entrar também no empreendimento. G deu dinheiro para eles, fizeram base do
prédio… Não tinha condição de ficar com primeiro andar todo. Queria metade. Se mudou
para lá. Fizeram o 2º, 3º, 4º andar. No primeiro andar tinha áreas que G não podia
comprar, parte ficaria como área comum. G usava, todo mundo usava. Certo dia, prédio
pronto, quando ele chegou para entrar na área comum tinha corrente e cadeado. Ele
meteu o pé, desforço imediato. Eles entraram com reintegração de posse contra ele. Eles
levaram? Não. O que se discute é a posse e G tinha a posse. Sujeitos colocaram causa
em R$20.000,00 e depois tiveram que pagar R$4.000,00 para advogado de G.

Ações possessórias não se confundem com as ações petitórias. Que é o ius


possidendi, em que a pessoa discute o direito à posse, porque ela demonstra uma relação
jurídica anterior, um negócio jurídico subjacente.

Pai de G comprou lote em loteamento. Certo dia passou e tinha pessoas ocupando.
Ele nunca usou, só comprou e deixou lá, nunca tomou posse. Não poderia entrar com
ação possessória. Poderia entrar com ação petitória, ação reivindicatória, onde
proprietário sem a posse entra contra aquele que tem a posse mas não é proprietário.
Fizeram acordo e contrato de comodato. Se sujeito não estivesse lá recentemente,
poderia alegar exceção de usucapião.
Outro exemplo de petitória é ação de imissão na posse. Compra bem de uma
pessoa e alienante não entrega coisa. Para entrar a primeira vez no bem, mostra título,
que comprou bem…

2) PREVISÃO LEGAL.

CC: 1210 a 121347. Casos de ameaça, turbação e esbulho.

NCPC: 554 a 56848.


47 Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e
segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado. § 1 o O possuidor turbado, ou esbulhado,
poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço,
não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse. § 2 o Não obsta à manutenção ou
reintegração na posse a alegação de propriedade, ou de outro direito sobre a coisa. Art. 1.211. Quando mais de
uma pessoa se disser possuidora, manter-se-á provisoriamente a que tiver a coisa, se não estiver manifesto que a
obteve de alguma das outras por modo vicioso. Art. 1.212. O possuidor pode intentar a ação de esbulho, ou a de
indenização, contra o terceiro, que recebeu a coisa esbulhada sabendo que o era. Art. 1.213. O disposto nos artigos
antecedentes não se aplica às servidões não aparentes, salvo quando os respectivos títulos provierem do possuidor
do prédio serviente, ou daqueles de quem este o houve.
48 Art. 554. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz conheça do pedido e
outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos estejam provados. § 1 o No caso de ação
possessória em que figure no polo passivo grande número de pessoas, serão feitas a citação pessoal dos
ocupantes que forem encontrados no local e a citação por edital dos demais, determinando-se, ainda, a intimação
do Ministério Público e, se envolver pessoas em situação de hipossuficiência econômica, da Defensoria Pública. §
2o Para fim da citação pessoal prevista no § 1o, o oficial de justiça procurará os ocupantes no local por uma vez,
citando-se por edital os que não forem encontrados. § 3o O juiz deverá determinar que se dê ampla publicidade da
existência da ação prevista no § 1o e dos respectivos prazos processuais, podendo, para tanto, valer-se de
anúncios em jornal ou rádio locais, da publicação de cartazes na região do conflito e de outros meios. Art. 555. É
lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de: I - condenação em perdas e danos; II - indenização dos frutos.
Parágrafo único. Pode o autor requerer, ainda, imposição de medida necessária e adequada para: I - evitar nova
turbação ou esbulho; II - cumprir-se a tutela provisória ou final. Art. 556. É lícito ao réu, na contestação, alegando
que foi o ofendido em sua posse, demandar a proteção possessória e a indenização pelos prejuízos resultantes da
Regel entende que essa demanda não precisaria estar no Código mais… Situação
de tutela… Não teria porque manter um procedimento todo para isso. Ações que tem
razão histórica de existir.

Para não acabarem com ela inventaram a ação possessória coletiva. Mantiveram
procedimento que veremos e criaram procedimento novo relacionado às ocupações /
invasões de terra. Pensaram procedimento diferente sobre isso.

3) OS INTERDITOS POSSESSÓRIOS.

Esbulho → ARP (ação de reintegração de posse).


Turbação → AMP (ação de manutenção de posse).
Ameaça → AIP (ação de interdito proibitório).

turbação ou do esbulho cometido pelo autor. Art. 557. Na pendência de ação possessória é vedado, tanto ao autor
quanto ao réu, propor ação de reconhecimento do domínio, exceto se a pretensão for deduzida em face de terceira
pessoa. Parágrafo único. Não obsta à manutenção ou à reintegração de posse a alegação de propriedade ou de
outro direito sobre a coisa. Art. 558. Regem o procedimento de manutenção e de reintegração de posse as normas
da Seção II deste Capítulo quando a ação for proposta dentro de ano e dia da turbação ou do esbulho afirmado na
petição inicial. Parágrafo único. Passado o prazo referido no caput, será comum o procedimento, não perdendo,
contudo, o caráter possessório. Art. 559. Se o réu provar, em qualquer tempo, que o autor provisoriamente mantido
ou reintegrado na posse carece de idoneidade financeira para, no caso de sucumbência, responder por perdas e
danos, o juiz designar-lhe-á o prazo de 5 (cinco) dias para requerer caução, real ou fidejussória, sob pena de ser
depositada a coisa litigiosa, ressalvada a impossibilidade da parte economicamente hipossuficiente. Seção II:
Da Manutenção e da Reintegração de Posse → Art. 560. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso
de turbação e reintegrado em caso de esbulho. Art. 561. Incumbe ao autor provar: I - a sua posse; II - a turbação ou
o esbulho praticado pelo réu; III - a data da turbação ou do esbulho; IV - a continuação da posse, embora turbada,
na ação de manutenção, ou a perda da posse, na ação de reintegração. Art. 562. Estando a petição inicial
devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de
reintegração, caso contrário, determinará que o autor justifique previamente o alegado, citando-se o réu para
comparecer à audiência que for designada. Parágrafo único. Contra as pessoas jurídicas de direito público não será
deferida a manutenção ou a reintegração liminar sem prévia audiência dos respectivos representantes judiciais. Art.
563. Considerada suficiente a justificação, o juiz fará logo expedir mandado de manutenção ou de reintegração. Art.
564. Concedido ou não o mandado liminar de manutenção ou de reintegração, o autor promoverá, nos 5 (cinco)
dias subsequentes, a citação do réu para, querendo, contestar a ação no prazo de 15 (quinze) dias. Parágrafo
único. Quando for ordenada a justificação prévia, o prazo para contestar será contado da intimação da decisão que
deferir ou não a medida liminar. Art. 565. No litígio coletivo pela posse de imóvel, quando o esbulho ou a turbação
afirmado na petição inicial houver ocorrido há mais de ano e dia, o juiz, antes de apreciar o pedido de concessão da
medida liminar, deverá designar audiência de mediação, a realizar-se em até 30 (trinta) dias, que observará o
disposto nos §§ 2o e 4o. § 1o Concedida a liminar, se essa não for executada no prazo de 1 (um) ano, a contar da
data de distribuição, caberá ao juiz designar audiência de mediação, nos termos dos §§ 2o a 4o deste artigo. § 2o O
Ministério Público será intimado para comparecer à audiência, e a Defensoria Pública será intimada sempre que
houver parte beneficiária de gratuidade da justiça. § 3o O juiz poderá comparecer à área objeto do litígio quando
sua presença se fizer necessária à efetivação da tutela jurisdicional. § 4o Os órgãos responsáveis pela política
agrária e pela política urbana da União, de Estado ou do Distrito Federal e de Município onde se situe a área objeto
do litígio poderão ser intimados para a audiência, a fim de se manifestarem sobre seu interesse no processo e
sobre a existência de possibilidade de solução para o conflito possessório. § 5 o Aplica-se o disposto neste artigo ao
litígio sobre propriedade de imóvel. Art. 566. Aplica-se, quanto ao mais, o procedimento comum. Seção III:
Do Interdito Proibitório → Art. 567. O possuidor direto ou indireto que tenha justo receio de ser molestado na
posse poderá requerer ao juiz que o segure da turbação ou esbulho iminente, mediante mandado proibitório em que
se comine ao réu determinada pena pecuniária caso transgrida o preceito. Art. 568. Aplica-se ao interdito proibitório
o disposto na Seção II deste Capítulo.
Esbulho: Pessoa perde a totalidade ou parte da sua posse. “Quando injustamente
desapossado da coisa ou pelo menos parte dela.” → Ação de reintegração de posse.
Turbação: É quando pessoa enche o saco. “Alguém contra a vontade do possuidor
pratica atos que embora não impliquem perda da coisa, importem em diminuição da sua
utilidade .(?)”. Vizinho arrebentou cerca e passava gados dele para o terreno de Regel.
Estava lá perturbando a posse. → Ação de manutenção de posse.
Ameaça → “Embora ainda não ocorrida violação da posse o possuidor possui
fundado receio de que venha a ocorrer.” → Ação de interdito proibitório.

4) FUNGIBILIDADE.

- 55449.

E se você erra ação? Vem figura da fungibilidade. Prevista no art. 554.


as vezes entende que pode ser manutenção mas é reintegração, juiz dá a
fungibilidade.
Fundamento: em função da posse e a sua proteção, o equívoco não pode servir de
empecilho.
As vezes não é possível identificar com clareza….
Após ajuizada demanda, pode haver alteração.
Entra com interdito, nisso sujeito entra e precisa de reintegração de posse.

5) PROCEDIMENTO ADEQUADO NA POSSESSÓRIA DE BENS IMÓVEIS.

1. Juizados – art. 3, IV (9099)50.


49 Art. 554. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz conheça do
pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos estejam provados. § 1 o
No caso de ação possessória em que figure no polo passivo grande número de pessoas, serão feitas a
citação pessoal dos ocupantes que forem encontrados no local e a citação por edital dos demais,
determinando-se, ainda, a intimação do Ministério Público e, se envolver pessoas em situação de
hipossuficiência econômica, da Defensoria Pública. § 2 o Para fim da citação pessoal prevista no § 1 o, o
oficial de justiça procurará os ocupantes no local por uma vez, citando-se por edital os que não forem
encontrados. § 3o O juiz deverá determinar que se dê ampla publicidade da existência da ação prevista
no § 1o e dos respectivos prazos processuais, podendo, para tanto, valer-se de anúncios em jornal ou
rádio locais, da publicação de cartazes na região do conflito e de outros meios.
50 Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas
cíveis de menor complexidade, assim consideradas: I - as causas cujo valor não exceda a quarenta
vezes o salário mínimo; […] IV - as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente ao
fixado no inciso I deste artigo.
Os juizados tem artigo que fala que pode entrar com possessória no Juizado.
Desde que fique adequado ao valor. Tanto pela lei, desde que se encontre dentro dos
valores dos Juizados Especiais.

2. AFN (ação de força nova) (558)51 – segue o proc. especial (560/566) com o PETS
(poder especial de tutela satisfativa).
Ação de força nova: dentro do prazo de 1 ano e 1 dia.
Pessoa, dentro do prazo de 1 ano e 1 dia vai entrar com ação de força nova…
Segue rito do 560 ao 566. Juiz vai dar poder especial de tutela satisfativa. Graças a isso
foram criadas tutelas antecipadas…

3. AFV (ação de força velha) – é possessória (558, p. único) 52. Segue rito comum –
PGTS.
O CPC diz que é uma possessória (558). depois de 1 ano e 1 dia, ela continua
sendo possessória mas a demanda é pelo procedimento comum. Pode dar uma liminar,
juiz tem poder geral de dar tutela satisfativa. Alguns autores falam que é tutela de
evidência. Poderia ser de urgência (apesar de que depois de 1 ano e 1 dia é complicado).

Obs.: Bens móveis?


9099 – até o valor.
AFN.
Existe possessória de bens móveis. Era um procedimento sumário, o procedimento
sumário acabou. Se utiliza procedimento comum ou procedimento possessória. Na
jurisprudência se vê algumas possessórias de carros…
Se conseguir enquadrar dentro de posse, do esbulho… entende que é possível…
entende ser melhor entrar com busca e apreensão…
Regel entende ser possível fazer, mas acha difícil visualizar.
9099 – até o valor.
Ação de Força Nova.

51 Art. 558. Regem o procedimento de manutenção e de reintegração de posse as normas da Seção II


deste Capítulo quando a ação for proposta dentro de ano e dia da turbação ou do esbulho afirmado na
petição inicial. Parágrafo único. Passado o prazo referido no caput, será comum o procedimento, não
perdendo, contudo, o caráter possessório.
52 Parágrafo único. Passado o prazo referido no caput, será comum o procedimento, não perdendo,
contudo, o caráter possessório.
6) A DEMANDA DA AFN (ação de força nova).

- PI.
Vai ter uma petição inicial normal.

- Foro competente.
Se for de bem imóvel – o da coisa.
Se for bem móvel – segue regra geral.
Se se tratar de bens imóveis, competência é local da coisa, competência absoluta.
Art. 4753. De bens imóveis é competência absoluta do local da coisa.
Se for bens móveis, regra geral, competência territorial, local do domicílio do réu.

- Legitimidade.
Esposa ou marido não precisa participar. Cônjuge não precisa participar.
O réu, se houver composse, precisa ser chamado.

- Causa de pedir. 56154.


A causa de pedir é o mais importante, o essencial.
Incumbe ao autor provar: a sua posse (nota fiscal de compras, quanto tempo você
tem a posse, vacinação dos bois que você tem lá dentro, comprou pela internet e qual o
endereço de entrega); a turbação e o esbulho praticado pelo réu; a data da turbação ou
do esbulho; a continuação da posse embora turbada na ação de manutenção e a perda
da posse na ação de esbulho. Tem que provar a ius possessiones.

- Pedidos. 55555.
É lícito ao autor cumular o pedido. Enquadrar 561 no 555.

53 Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa.
§ 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre
direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra
nova. § 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem
competência absoluta.
54 Art. 561. Incumbe ao autor provar: I - a sua posse; II - a turbação ou o esbulho praticado pelo réu; III - a
data da turbação ou do esbulho; IV - a continuação da posse, embora turbada, na ação de manutenção,
ou a perda da posse, na ação de reintegração.
55 Art. 555. É lícito ao autor cumular ao pedido possessório o de: I - condenação em perdas e danos; II -
indenização dos frutos. Parágrafo único. Pode o autor requerer, ainda, imposição de medida necessária
e adequada para: I - evitar nova turbação ou esbulho; II - cumprir-se a tutela provisória ou final.
Fazer pedido de tutela possessória. Pode cumular pedidos como indenização por
perdas e danos, indenização dos frutos, pedido inibitório (inibição de novo esbulho e
turbação) (se acontecer juiz pode fixar astreintes).

7) A TUTELA LIMINAR DA POSSE.

- Cognição sumária (562)56.


Juiz vai dar liminar inaudita altera pars, com audiência de justificação prévia. Na
audiência de justificação pode chamar réu, ele não pode levar testemunhas mas pode
contraditar testemunhas.
É deferida a liminar ou não.

- Contra PJDP (pessoas jurídicas de direito público) (562, p. único)57.


Contra pessoas de direito público. Se poder público pratica esbulho ou turbação,
tem que chamar a pessoa jurídica de direito público. Não pode dar liminar inauditera
altera partes sem chamar pessoa jurídica de direito público. Depois disso juiz pode dar a
liminar.
União tinha terreno para construir Justiça do Trabalho… Juiz não deu liminar…

- Caução. 55958.
O réu diz que tem esse direito a posse. Os dois vão discutir a melhor parte. Vai
pedir uma caução ao autor para que comprove idoneidade.

8) CITAÇÃO E CONTESTAÇÃO.

- Deferida ou indeferida a liminar (564)59.

56 Art. 562. Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do
mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário, determinará que o autor justifique
previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que for designada. Parágrafo
único. Contra as pessoas jurídicas de direito público não será deferida a manutenção ou a reintegração
liminar sem prévia audiência dos respectivos representantes judiciais.
57 Parágrafo único. Contra as pessoas jurídicas de direito público não será deferida a manutenção ou a
reintegração liminar sem prévia audiência dos respectivos representantes judiciais.
58 Art. 559. Se o réu provar, em qualquer tempo, que o autor provisoriamente mantido ou reintegrado na
posse carece de idoneidade financeira para, no caso de sucumbência, responder por perdas e danos, o
juiz designar-lhe-á o prazo de 5 (cinco) dias para requerer caução, real ou fidejussória, sob pena de ser
depositada a coisa litigiosa, ressalvada a impossibilidade da parte economicamente hipossuficiente.
59 Art. 564. Concedido ou não o mandado liminar de manutenção ou de reintegração, o autor promoverá,
nos 5 (cinco) dias subsequentes, a citação do réu para, querendo, contestar a ação no prazo de 15
(quinze) dias. Parágrafo único. Quando for ordenada a justificação prévia, o prazo para contestar será
contado da intimação da decisão que deferir ou não a medida liminar.
Se deferida a liminar sem audiência de justificação ou indeferida liminar, autor deve
providenciar citação em 5 dias, para que o réu conteste em 15.

- Caso marcada audiência de justificação (562 c/c p. único 564) 60.


Caso marcada audiência de justificação: o réu é citado para comparecer à
audiência e prazo contado da intimação que defere ou não a liminar. O certo é deferir na
audiência…

9) CONTEÚDO DA CONTESTAÇÃO E DEMAIS PROCEDIMENTOS.

Proibição de cessão de domínio. Você não vai alegar o melhor título.


É uma ação dúplice de natureza processual em que o réu pode demandar a
pretensão possessória na própria contestação também.
Ação dúplice de natureza processual é quando você demanda por força do próprio
Código, você pede a seu favor e juiz vai dar a seu favor no final; a de natureza material é
quando verifica no curso do processo que você tem direito… Pesquisar Alexandre Freitas
Câmara sobre isso..
Depois segue o procedimento comum.

10) O INTERDITO PROIBITÓRIO.


567/56861.

É ameaça. Pessoa está dizendo que vai tomar posse. Está colocando carro há
mais de 20 anos, mas não vai deixar mais.
Tutela preventiva para evitar que ameaça se torne efetiva…
Multa ou obrigação de não fazer.
Na dúvida se socorre ao procedimento de manutenção de posse...

60 Art. 562. Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do
mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso contrário, determinará que o autor justifique
previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que for designada. Parágrafo
único. Contra as pessoas jurídicas de direito público não será deferida a manutenção ou a reintegração
liminar sem prévia audiência dos respectivos representantes judiciais. Art. 564 […] Parágrafo único.
Quando for ordenada a justificação prévia, o prazo para contestar será contado da intimação da decisão
que deferir ou não a medida liminar.
61 Art. 567. O possuidor direto ou indireto que tenha justo receio de ser molestado na posse poderá
requerer ao juiz que o segure da turbação ou esbulho iminente, mediante mandado proibitório em que
se comine ao réu determinada pena pecuniária caso transgrida o preceito. Art. 568. Aplica-se ao
interdito proibitório o disposto na Seção II deste Capítulo.
Tutela preventiva. Juiz vai dar uma decisão para não fazer, com multa se fazer.

Súmula Vinculante 2362.

11) A POSSESSÓRIA COLETIVA.

Situação nova no CPC.


Foi a única justificativa por ter mantido esse procedimento tradicional no CPC.
Qual finalidade dos sem terras? Querem chamar atenção para o movimento,
davam entrevistas. Recortavam jornais para ter legitimidade contra quem vai entrar….
Oficial citava 3 e diziam que estavam todos citados… Não tinha regra.
Juiz defere liminar. Como faz para tirar pessoas de lá? Começa conciliação.
Chamava todo mundo…
CPC pensou procedimento para isso.
Criou a possessória coletiva. Dentro de 1 ano e 1 dia segue regra geral. Citação
dos que encontrarem, citando por edital os que não forem encontrados. Art. 554, §§ 1º, 2º,
3º. Ampla publicidade para que pessoa não alegue falta de contraditório.
Art. 55463 e 56564. Possessórias depois de ano e dia, que já se perpetua. Juiz não
pode deferir liminar, tem que fazer MEDIAÇÃO com os envolvidos. Chamar MP e DP.
Depois de frustradas mediações juiz pode decidir. Mas antes tem que negociar.

62 A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência
do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada.
63 Art. 554. A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz conheça do pedido e
outorgue a proteção legal correspondente àquela cujos pressupostos estejam provados. § 1 o No caso de ação
possessória em que figure no polo passivo grande número de pessoas, serão feitas a citação pessoal dos
ocupantes que forem encontrados no local e a citação por edital dos demais, determinando-se, ainda, a intimação
do Ministério Público e, se envolver pessoas em situação de hipossuficiência econômica, da Defensoria Pública. §
2o Para fim da citação pessoal prevista no § 1o, o oficial de justiça procurará os ocupantes no local por uma vez,
citando-se por edital os que não forem encontrados. § 3o O juiz deverá determinar que se dê ampla publicidade da
existência da ação prevista no § 1o e dos respectivos prazos processuais, podendo, para tanto, valer-se de
anúncios em jornal ou rádio locais, da publicação de cartazes na região do conflito e de outros meios.
64 Art. 565. No litígio coletivo pela posse de imóvel, quando o esbulho ou a turbação afirmado na petição inicial houver
ocorrido há mais de ano e dia, o juiz, antes de apreciar o pedido de concessão da medida liminar, deverá designar
audiência de mediação, a realizar-se em até 30 (trinta) dias, que observará o disposto nos §§ 2 o e 4o. § 1o
Concedida a liminar, se essa não for executada no prazo de 1 (um) ano, a contar da data de distribuição, caberá ao
juiz designar audiência de mediação, nos termos dos §§ 2o a 4o deste artigo. § 2o O Ministério Público será
intimado para comparecer à audiência, e a Defensoria Pública será intimada sempre que houver parte beneficiária
de gratuidade da justiça. § 3 o O juiz poderá comparecer à área objeto do litígio quando sua presença se fizer
necessária à efetivação da tutela jurisdicional. § 4 o Os órgãos responsáveis pela política agrária e pela política
urbana da União, de Estado ou do Distrito Federal e de Município onde se situe a área objeto do litígio poderão ser
intimados para a audiência, a fim de se manifestarem sobre seu interesse no processo e sobre a existência de
possibilidade de solução para o conflito possessório. § 5o Aplica-se o disposto neste artigo ao litígio sobre
propriedade de imóvel.
-------------------------------------------------------------------------------- Aula 30/08/2018 (quinta-feira)

3) …

* QUANTO AO MOMENTO DE POSTULAÇÃO.

→ OBS.: 1 PROCESSO.
Só vai existir apenas 1 processo para tramitar tutela provisória e definitiva. Se pedir
só antecedente, vai ter como se fosse emenda, nos mesmos autos pede tutela definitiva.
Vai pedir tutela provisória e tutela definitiva nos mesmos autos. Vai evitar duas demandas.

→ INCIDENTAL.
- Sentido.
“É aquela requerida dentro do processo em que se pede a inicial ou já se pediu no
curso do processo a tutela definitiva.”
é pedida quando já tem demanda de tutela definitiva em andamento.
- Situações.
Petição inicial; manifestação do MP; recurso; depois de uma audiência; de uma
forma oral. Normalmente é pedida junto com a petição inicial.
- Aplicabilidade.
Aplicável para qualquer tipo de tutela, tanto de urgência como de evidência.
Inclusive, tutela de evidência é só incidental.
Aplicável para qualquer tipo de tutela provisória, tanto de urgência como de
evidência.

→ ANTECEDENTE.
Trouxe inovação.
Grande inovação com relação à tutela provisória em si, que é questão da tutela
antecipada antecedente.
- Sentido.
“É aquela que deflagra o processo em que se pretende no futuro pedir a tutela
definitiva (tutela principal no final), aquela requerida em juízo antes de se pleitear a tutela
definitiva ou final.”
- Justificativa.
É o tempo. Como a tutela é de urgência as vezes pessoa não tem tempo de pensar
qual o pedido de tutela definitiva final ou qual pedido principal em relação às cautelares…
Vai dar norte para juiz, mas não tem tempo de elaborar. Precisa fazer cirurgia, transfusão
de sangue, passar carga de batata na fronteira. Se quer só cirurgia, só vai pedir cirurgia,
se pessoa não agravar depois, situação vai estabilizar, não vai precisar fazer pedido final.
Você não tem tempo para elaborar, você precisa da urgência…
você não tem tempo, mas tem urgência. Vai pedir só tutela provisória e no futuro
pede tutela definitiva.
Situação de urgência.
- Aplicabilidade.
Urgência.
- Obs.
Nós vamos estudar separadamente a tutela antecipada antecedente e a tutela
cautelar antecedente.
- Quadro resumo.
I
TA (Sat.)
Incidental
Tutela antecipada A
TU Satisfativa
TP Antecedente
Tutela de urgência
Tutela provisória I
TC (C.)
Incidental
Tutela cautelar A
Conservativa
Antecedente
TE (Sat.) I

Tutela de evidência Satisfativa Incidente

A tutela provisória é uma tutela de urgência, que pode ser uma tutela antecipada
(satisfativa) ou uma tutela cautelar (conservativa). Essa tutela de urgência por ser
incidental, antecedente. Também tem tutela de evidência (satisfativa), que é tão somente
incidente.
4) CARACTERÍSTICAS.

* SUMARIEDADE DA COGNIÇÃO.
Como o juiz decide uma tutela provisória? Ele decide com base no perigo da
demora (se for tutela de urgência) e fumaça do bom direito. Se tem aparência de direito…
se der inaudita altera pars faz juízo de aparência, fumaça da fumaça…
Cognição sumária. Não é análise perfunctória. Se analisa de forma mais restrita.
Humberto Teodoro chama de sumariedade processual.
Por isso é provisória.
Faz diferença entre sumariedade material, sumariedade substancial e sumariedade
processual.

* PROVISORIEDADE.
Não duram para sempre:
Substituídas.
Confirmadas.
As tutelas provisórias não duram apara sempre. Podem ser tanto substituídas ou
confirmadas. Por isso chamam elas de remédios interinais.
A própria cautelar é substituída por outra.
Por isso se chama de tutela provisória.
Antes, tutela antecipada seria tutela provisória e tutela cautelar seria temporária (?).

* PRECARIEDADE.
Art. 296, p. único65.
Regra: concede – conserva, inclusive na suspensão do processo - desde que
regus sic stantibys..
A regra: o juiz concede a tutela e ela conserva seus efeitos, inclusive na suspensão
do processo, desde que regus sic stantibys (assim estando as coisas).
Exceção: modificar ou revogar.
Excepcionalmente o juiz poderá modificar ou até revogar, quando alterar situação
de fato ou de direito. Vai modificar: você pede para evitar sustação no processo e até juiz
deferir já foi protestado o título, juiz vai mandar cancelar protesto. Revogar quando juiz
verificar que não está dentro dos requisitos pelo qual foi concedida – susta processo e

65 Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer
tempo, ser revogada ou modificada. Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela
provisória conservará a eficácia durante o período de suspensão do processo.
depois na hora da contestação fala que o que ele está falando é de um outro título que
ainda não venceu…
É precária, conserva seus efeitos, inclusive quando processo está suspenso, desde
que assim estejam as coisas, porque se ocorrer modificação da situação de fato ou de
direito, juiz poderá modificar ou revogar...

5) REGRAS COMUNS.

* CABIMENTO.

- Todos os procedimentos.
Cabe em todo e qualquer procedimento.
Pode ser utilizada tanto no processo de conhecimento, processo sincrético,
processo de execução, procedimentos especiais, em qualquer legislação extravagante.
Pode ser concedida em qualquer situação, em qualquer procedimento.
Antes, era só no processo de conhecimento.
Em todo e qualquer procedimento cabe a medida.
Por isso saiu da parte final do código e foi para parte inicial, da teoria geral do
processo civil.

* LEGITIMIDADE.

- Na antecedente.
Só a parte autora pode na tutela antecedente. Você não fez pedido definitivo…
você está pedindo urgência. Só autor pode pedir.

- Na incidente.
Qualquer das partes pode pedir tutela.
Na incidente, qualquer das partes.
Natureza dúplice da ação; reconvenção.
O réu pode pedir na incidente.
Na incidente pode o autor, o réu, pode MP, pode qualquer parte fazer o
requerimento da tutela na incidental.
* COMPETÊNCIA.

- 299 e p. único66.
Juiz Juiz da causa
ou da causa principal.
Tribunal Originária
Recursal Mérito

Quando for juiz: juiz da causa; ou juiz competente para causa a principal. .
Tribunal: competência originária; recursal órgão competente para analisar o mérito.

- Críticas ao 299.
Propor antecedente onde vai efetivar e a principal no foro competente…
Exemplo do cunhado que sequestrou crianças… cartas precatórias…
Se está tramitando propõe onde está tramitando, se vai tramitar, propõe onde vai
tramitar. Mas por que não propor onde vai efetivar? Regra que poderia ser no local da
efetivação…

* AS CUSTAS PROCESSUAIS.

- Na incidental – 29567 - Dispensa.


Independe do pagamento de custas. Há dispensa.

- Na antecedente – Paga as custas pensando na TF ou P.


Paga as custas já pensando na tutela final ou principal.
Vai fazer tutela antecipada antecedente – fazer cirurgia e depois pensar em
indenização – pensar qual valor dá causa vai dar na tutela definitiva. Já vai pagar as
custas, já pensando no que vem depois. E se não vem o depois com a estabilização?
Caminhonete – para não circular. Inventário será depois. Vai pagar custas do
inventário?

66 Art. 299. A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente, ao juízo
competente para conhecer do pedido principal. Parágrafo único. Ressalvada disposição especial, na
ação de competência originária de tribunal e nos recursos a tutela provisória será requerida ao órgão
jurisdicional competente para apreciar o mérito.
67 Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de custas.
Poderia ter falado que paga custas relacionadas ao pedido antecedente e depois,
quando fizer pedido principal complementa.

- 303, §4º68 e 30869.

* O PODER GERAL DE TUTELA PROVISÓRIA.

68 Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode
limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição
da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo. §
1o Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo: I - o autor deverá aditar a petição
inicial, com a complementação de sua argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação
do pedido de tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar; II - o réu será
citado e intimado para a audiência de conciliação ou de mediação na forma do art. 334; III - não
havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335. § 2 o Não
realizado o aditamento a que se refere o inciso I do § 1 o deste artigo, o processo será extinto sem
resolução do mérito. § 3o O aditamento a que se refere o inciso I do § 1 o deste artigo dar-se-á nos
mesmos autos, sem incidência de novas custas processuais. § 4 o Na petição inicial a que se refere o
caput deste artigo, o autor terá de indicar o valor da causa, que deve levar em consideração o pedido de
tutela final. § 5o O autor indicará na petição inicial, ainda, que pretende valer-se do benefício previsto no
caput deste artigo. § 6o Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o
órgão jurisdicional determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser
indeferida e de o processo ser extinto sem resolução de mérito.
69 Art. 308. Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30
(trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela
cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas processuais. § 1 o O pedido principal pode
ser formulado conjuntamente com o pedido de tutela cautelar. § 2 o A causa de pedir poderá ser aditada
no momento de formulação do pedido principal. § 3 o Apresentado o pedido principal, as partes serão
intimadas para a audiência de conciliação ou de mediação, na forma do art. 334, por seus advogados ou
pessoalmente, sem necessidade de nova citação do réu. § 4 o Não havendo autocomposição, o prazo
para contestação será contado na forma do art. 335.
--------------------------------------------------------------------------------- Aula 04/09/2018 (terça-feira)

5) AÇÃO DE DIVISÃO E DEMARCAÇÃO DE TERRAS.

I – GENERALIDADES.

A demarcação é quando há alteração dos limites…


Divisória é divisão condomínio…

1) DEMARCAÇÃO.

É operação por meio da qual se fixa ou delimita linha divisória entre dois terrenos,
assinalando-as em seguida com elementos materiais sobre o solo.
Você delimita linha divisória entre dois terrenos e depois marca com elementos
materiais sobre o solo.

2) DIVISÃO.

É um meio do condomínio fazer cessar o estado de comunhão, fazendo a partilha


em quinhões.

3) NÃO CONFUNDIR COM A AÇÃO DISCRIMINATÓRIA, NEM COM OUTRAS


PETITÓRIAS.

Ação discriminatória é prevista na Lei 6383/76. Ação demarcatória das terras


devolutas da União.

Não confundir com outras petitórias. Não confundir com imissão na posse, não
confundir com ação reivindicatória (já sabe seus limites, só quer entrar na terra), não
confundir com denunciação de obra nova...

4) GLOSSÁRIO.
- Marcos.
Aquilo que geralmente pessoas tiram. As estacas, a pedra, a marcação.
Não pode confundir cerca com marco. Normalmente cerca está onde estão os
marcos.

- Estremar.
É demarcar por estrema. Ou seja, isolar local, demarcar, distinguir…

- Linde.
É a divisa, o limite.
“A demarcatória serve para estremar a linde a assim colocar os marcos por meio da
geodésia.”
A linde é a divisa.

- Geodésia.
É um ramo da matemática que cuida dos métodos para dividir terras.
Por isso que é chamado agrimensor, normalmente é agrimensor que faz.
Topógrafo, agrônomo…

- Georreferenciamento.
Imagem ou mapa ou outra forma de informação geográfica para conhecer as
coordenadas de um dado sistema.
Esse georreferenciamento vai evitar utilização da geodésia. À medida que registros
de imóveis… tirar foto por satélite e fazer foto separar conforme registro de imóveis, sabe
qual a linha original… na hora de ver se pessoa invadiu ou não, só pegar foto ou outra
forma de georreferenciamento e vê que tem alguma coisa errada.

- Constituir.
É não há e nunca houve a fixação da linha demarcanda. Passa uma corda e mais
ou menos era aquilo a área de cada um. Situação de fato que nunca foi constituída no
dinheiro. É possível constituir.

- Avivenhar.
Foi removido ou alterado. Precisa aviventar para reestabelecer a verdadeira linha.
- Reavivar.
Geralmente marcos antigos eram paus de madeira, que vão apodrecendo. Ação do
tempo e possível identificação, foi destruído… Está desaparecido ou destruído...

5) PODE EM CARTÓRIO.
- Art. 57170.

Poderão ser realizados por escritura pública. Se partes estão de acordo em


reavivar, constituir ou extinguir condomínio é possível fazer em cartório.
É caro.

6) A ESPECIALIDADE.

Tem as orientações técnicas de como se faz a demarcação ou divisão.


Além disso pode ter duas sentenças – uma sentença na 1 a fase e uma sentença na
2a fase.

7) DOIS PROCEDIMENTOS EM UM MESMO CAPÍTULO – 57071.

pode fazer os dois procedimentos em um mesmo capítulo.


Primeiro fazer demarcação, tem que fixar linde, divisa, coloca marcos, e depois
divide.

8) AÇÕES IMPRESCRITÍVEIS.

Essas ações são imprescritíveis. É um direito potestativo... você pode, a qualquer


momento, realizar o pedido de demarcação ou de divisão.
Não se fala em prescrição extintiva. Não há prazo para exercício.
Art. 320, CC72.

70 Art. 571. A demarcação e a divisão poderão ser realizadas por escritura pública, desde que maiores,
capazes e concordes todos os interessados, observando-se, no que couber, os dispositivos deste
Capítulo.
71 Art. 570. É lícita a cumulação dessas ações, caso em que deverá processar-se primeiramente a
demarcação total ou parcial da coisa comum, citando-se os confinantes e os condôminos.
72 Art. 320. A quitação, que sempre poderá ser dada por instrumento particular, designará o valor e a
espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do
pagamento, com a assinatura do credor, ou do seu representante. Parágrafo único. Ainda sem os
requisitos estabelecidos neste artigo valerá a quitação, se de seus termos ou das circunstâncias resultar
haver sido paga a dívida.
Pode ocorrer a prescrição aquisitiva. Quando sujeito fala que já tem direito de
usucapião, na hora de contestar diz que tem direito aquisitivo, usucapião sobre isso, que
pessoa demorou 70 anos para reivindicar marco e família já está há 30 anos.

9) FORO COMPETENTE.

É competência absoluta.
Art. 57, §1º73.
É o local do imóvel.

10) LEGITIMIDADE (574/575)74.

Ativa: Art. 574. Qualquer proprietário. Geralmente é o proprietário, aquele que tem
o domínio sobre a coisa. Qualquer proprietário pode propor.
Vem turma do deixa disso e diz que nu proprietário, usufrutuário, co proprietário,
espólio, promitente comprador.
Humberto Teodoro Junior diz até que possuidor com posse ad usucapione.

Passivos: Confinantes (na demarcatória) e os condôminos (na divisória).

Companheiro e cônjuge sempre tem que estar no polo ativo e no polo passivo.
Art. 7375.

73 Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo
relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão
necessariamente reunidas.
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa.
§ 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre
direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra
nova. § 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem
competência absoluta.
74 Art. 574. Na petição inicial, instruída com os títulos da propriedade, designar-se-á o imóvel pela situação
e pela denominação, descrever-se-ão os limites por constituir, aviventar ou renovar e nomear-se-ão
todos os confinantes da linha demarcanda.
Art. 575. Qualquer condômino é parte legítima para promover a demarcação do imóvel comum,
requerendo a intimação dos demais para, querendo, intervir no processo.
75 Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito real imobiliário,
salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens. § 1o Ambos os cônjuges serão
necessariamente citados para a ação: I - que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o
regime de separação absoluta de bens; II - resultante de fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou de ato
praticado por eles; III - fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da família; IV - que tenha por
objeto o reconhecimento, a constituição ou a extinção de ônus sobre imóvel de um ou de ambos os cônjuges. § 2 o
Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu somente é indispensável nas hipóteses de
composse ou de ato por ambos praticado. § 3o Aplica-se o disposto neste artigo à união estável comprovada nos
autos.
11) NATUREZA DÚPLICE.

Se por acaso no dia que agrimensor fizer trabalho de campo verificar que quem
invadir foi autor e não o réu… Por ser ação de direito material em que vai ser realizado
trabalho de agrimensor, juiz dá para réu procedência e demarcar da forma que réu acha
que é…

II – AÇÃO DEMARCATÓRIA.

1) SENTIDO - 569, I76.

Para estremar os respectivos prédios e reviventar se foram apagados.

2) REQUISITOS.

1. Possuir direito real sobre a coisa demarcanda. Direitos reais imobiliários.


Exceção: posse ad usucapione.
2. Prédios (porção de terra) tem que ser contíguos, parcial ou total.
3. Confusão e incerteza quanto à extensão das propriedades. Quer saber qual o
correto, onde fica seu marco e restituir o que foi invadido.

3) 1a FASE.

PI com os doc. 57477.


Petição com os documentos. Vai ter que anexar títulos de propriedades. Escrever
limites que quer constituir, aviventar ou reavivar. Nomear todos os confinantes.

Valor da causa – 292, IV78.

76 Art. 569. Cabe: I - ao proprietário a ação de demarcação, para obrigar o seu confinante a estremar os
respectivos prédios, fixando-se novos limites entre eles ou aviventando-se os já apagados; II - ao
condômino a ação de divisão, para obrigar os demais consortes a estremar os quinhões.
77 Art. 574. Na petição inicial, instruída com os títulos da propriedade, designar-se-á o imóvel pela situação
e pela denominação, descrever-se-ão os limites por constituir, aviventar ou renovar e nomear-se-ão
todos os confinantes da linha demarcanda.
78 Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será: IV - na ação de divisão,
de demarcação e de reivindicação, o valor de avaliação da área ou do bem objeto do pedido;
Pessoa vai discutir tudo? Não. Colocar o valor da causa aquilo que está sendo
discutido. Só o que está sub judice.

Citação – 57679.
Faz citação por todo mundo.

Contestação – 57780.
Prazo comum de 15 dias. Não tem prazo em dobro se tem dois réus. Lei fala em
prazo comum.

Segue o P. comum – 57881.


Segue o procedimento comum depois.

Perito – 579 e 58082.


Vai nomear perito e perito vai ver o que aconteceu. Nomear perito para levantar
traçado da linha demarcanda. Concluído estudos, perito vai apresentar laudo…

Dispensa do perito (573)83.


Se já for imóvel georreferenciado esse trabalho não precisa mais ser feito, o
satélite já foi lá e fez o desenho. Pode juiz dispensar a realização da prova pericial. Mas já
tem que ser georreferenciado e registrado…
Se é georreferenciado dispensa o perito.

Sentença.
A sentença vai ser declaratória e divisória. Declarar, traçar limite da linha
demarcanda… vai determinar o traçado. E, se for o caso, a restituição da área invadida.
Juiz pode fixar de clara a demarcação, determinar o traçado e restituir área que foi
invadida.
Declaratória, condenatória.
79 Art. 576. A citação dos réus será feita por correio, observado o disposto no art. 247. Parágrafo único.
Será publicado edital, nos termos do inciso III do art. 259.
80 Art. 577. Feitas as citações, terão os réus o prazo comum de 15 (quinze) dias para contestar.
81 Art. 578. Após o prazo de resposta do réu, observar-se-á o procedimento comum.
82 Art. 579. Antes de proferir a sentença, o juiz nomeará um ou mais peritos para levantar o traçado da
linha demarcanda.
Art. 580. Concluídos os estudos, os peritos apresentarão minucioso laudo sobre o traçado da linha
demarcanda, considerando os títulos, os marcos, os rumos, a fama da vizinhança, as informações de
antigos moradores do lugar e outros elementos que coligirem.
83 Art. 573. Tratando-se de imóvel georreferenciado, com averbação no registro de imóveis, pode o juiz
dispensar a realização de prova pericial.
Art. 58184.

Apelação duplo efeito.


Vai ter apelação com duplo efeito.

TJ.
transitou em julgado acabou? Não. Vai para 2 a fase.

4) 2a FASE.

- Trabalhos de demarcação (582 a 585)85.


A execução material pelos peritos. Começar a colocar marcos para reestabelecer
divisa antiga.
Na 1a fase juiz fala qual é o traçado, aqui é o trabalho de campo.

- Manifestação das partes (586)86.

- Auto de demarcação e homologação (587)87. 2a sentença.


Assinado auto pelos peritos em juiz, vai ser proferida sentença…
Constitutiva.

84 Art. 581. A sentença que julgar procedente o pedido determinará o traçado da linha demarcanda.
Parágrafo único. A sentença proferida na ação demarcatória determinará a restituição da área invadida,
se houver, declarando o domínio ou a posse do prejudicado, ou ambos.
85 Art. 582. Transitada em julgado a sentença, o perito efetuará a demarcação e colocará os marcos
necessários. Parágrafo único. Todas as operações serão consignadas em planta e memorial descritivo
com as referências convenientes para a identificação, em qualquer tempo, dos pontos assinalados,
observada a legislação especial que dispõe sobre a identificação do imóvel rural. Art. 583. As plantas
serão acompanhadas das cadernetas de operações de campo e do memorial descritivo, que conterá: I -
o ponto de partida, os rumos seguidos e a aviventação dos antigos com os respectivos cálculos; II - os
acidentes encontrados, as cercas, os valos, os marcos antigos, os córregos, os rios, as lagoas e outros;
III - a indicação minuciosa dos novos marcos cravados, dos antigos aproveitados, das culturas
existentes e da sua produção anual; IV - a composição geológica dos terrenos, bem como a qualidade e
a extensão dos campos, das matas e das capoeiras; V - as vias de comunicação; VI - as distâncias a
pontos de referência, tais como rodovias federais e estaduais, ferrovias, portos, aglomerações urbanas
e polos comerciais; VII - a indicação de tudo o mais que for útil para o levantamento da linha ou para a
identificação da linha já levantada. Art. 584. É obrigatória a colocação de marcos tanto na estação
inicial, dita marco primordial, quanto nos vértices dos ângulos, salvo se algum desses últimos pontos for
assinalado por acidentes naturais de difícil remoção ou destruição. Art. 585. A linha será percorrida pelos
peritos, que examinarão os marcos e os rumos, consignando em relatório escrito a exatidão do
memorial e da planta apresentados pelo agrimensor ou as divergências porventura encontradas.
86 Art. 586. Juntado aos autos o relatório dos peritos, o juiz determinará que as partes se manifestem
sobre ele no prazo comum de 15 (quinze) dias. Parágrafo único. Executadas as correções e as
retificações que o juiz determinar, lavrar-se-á, em seguida, o auto de demarcação em que os limites
demarcandos serão minuciosamente descritos de acordo com o memorial e a planta.
87 Art. 587. Assinado o auto pelo juiz e pelos peritos, será proferida a sentença homologatória da
demarcação.
- Recurso / efeito devolutivo (1012, §1º , I)88.

III – AÇÃO DIVISÓRIA.

1) SENTIDO – 569, II89.

Condomínio.
Cabe ao condômino ação de divisão para obrigar demais consortes a estremar os
quinhões.
Ninguém é obrigado a ficar em condomínio.
Quando está pro indiviso, ninguém possui posse com exclusividade.

2) REQUISITO.
Que o único imóvel seja divisível.
Estatuto da terra prevê algumas situações que não pode dividir.

3) APLICAÇÃO REGRAS DEMARCATÓRIAS (598 e 589)90.


Aplicação subsidiárias das regras demarcatórias.

4) 1a FASE.

PI + 58891.
Petição inicial.
Indicação da origem da comunhão.
Nome, estado civil e profissão de todos os condôminos.

88 Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo. § 1 o Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a
produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que: I - homologa divisão ou
demarcação de terras;
89 Art. 569. Cabe: […] II - ao condômino a ação de divisão, para obrigar os demais consortes a estremar os
quinhões.
90 Art. 598. Aplica-se às divisões o disposto nos arts. 575 a 578.
Art. 589. Feitas as citações como preceitua o art. 576, prosseguir-se-á na forma dos arts. 577 e 578.
91 Art. 588. A petição inicial será instruída com os títulos de domínio do promovente e conterá: I - a
indicação da origem da comunhão e a denominação, a situação, os limites e as características do
imóvel; II - o nome, o estado civil, a profissão e a residência de todos os condôminos, especificando-se
os estabelecidos no imóvel com benfeitorias e culturas; III - as benfeitorias comuns.
Benfeitorias comuns…

Citação (589)92.
Citação, contestação, prazo comum de 15 dias...

Sentença declaratória.
Juiz só vai declarar que existe condomínio. Sentença declaratória dizendo que
existe condomínio. Não te

5) 2a FASE.

Nomeação dos peritos que vão fazer levantamento preliminar.


Impugnações.
Depois peritos vão demarcar os quinhões.
Peritos vão realizar memorial descritivo… depois de briga para decidir quem fica
com o que,… juiz vai fixar… efetuar a divisão, realização do memorial descritivo, realizar
auto de discrição e dar folha de pagamento para cada condômino, que é escritura… Leva
a registro… e aí homologou.

92 Art. 589. Feitas as citações como preceitua o art. 576, prosseguir-se-á na forma dos arts. 577 e 578.
-------------------------------------------------------------------------------- Aula 06/09/2018 (quinta-feira)

* O PODER GERAL DE TUTELA PROVISÓRIA.

Antigamente existia poder geral de cautela, que eram as cautelares. Poder geral de
cautela do juiz - cautelares eram inominados e nominados.
Depois ganhou tanta ênfase, que mesmo fora da lei, juiz poderia conceder tutela…
Hoje não dá pala se falar em poder geral de cautela. Fala em poder geral de tutela
provisória.

→ Cláusulas gerais processuais.

Didier que criou essa terminologia. Pegou do direito civil, cláusulas gerais, e jogou
para dentro do código que juiz também pode.
O juiz pode fazer aquilo que achar necessário porque tem cláusulas gerais insertas,
e dentro delas podem fazer e acontecer.

→ Juiz livre:

- Conceder.
O juiz é livre tanto para conceder… Ele pode conceder, revogar,
conceder de forma diferente do que foi pedido (pessoa pede para derrubar
prédio e ele fala em interditar).

- Efetivar.
Ele também é livre para colocar qual a melhor medida para efetivação.

→ É possível conceder de ofício (incidentes).

É possível ele conceder de ofício uma tutela? Essa é a grande discussão.

- Regra: Não.
Olhando doutrina, jurisprudência, eles entendem que não pode conceder de ofício,
por mais que tenha poder geral de cautela, teria que ter um pedido, isso fere princípio da
demanda, princípio dispositivo, seria extra petita.
Pessoa pediu para tirar página do Facebook do ar, pediu danos morais. Fez pedido
de desfazer de danos morais no futuro. Juiz deferiu tutela provisória para que retire
imediatante da internet, sob pena de astreinte de R$1.000,00 por dia. Facebook recorreu
e TJSP revogou tutela.
Em regra, pensando em extra petita, princípio dispositivo, princípio da demanda,
que tem requerimento, não tem porque. Mas não há previsão expressa no CPC.
Alguns artigos levam a entender que tem que ter requerimento.
Art. 29993: ‘requerida’. Art. 29594: ‘ a tutela provisória requerida em caráter
incidental’. Art. 30395: ‘requerimento de tutela antecipada’.
Por isso em regra juiz não pode conceder de ofício.
Tribunais tem entendido que em situações excepcionais dentro do poder geral de
cautela juiz poderia de ofício conceder tutela provisória de ofício.

- Exceção: sim exceção.


Poder judiciário como protetor da própria vida. A vida, a dignidade da pessoa
humana, próprio conceito….
Em situações excepcionais, dentro do poder de cautela, o juiz pode deferir de
ofício.
Para proteção de direitos fundamentais (vida, etc).
Doutrina e jusrisprudência falam isso.
Procedimentos tem caráter mandamental de tutela provisória.

- Lei: de ofício.
Na lei existem algumas situações que juiz possa dar de ofício.
Por exemplo: Lei Maria da Penha, juiz dá e depois manda avisar a parte e o
Ministério Público. Criança e adolescente, vai lá e tira crianças dos pais e depois avisa…
Na Justiça Federal acontecem situações previdenciárias. Velhinho tem todas as
condições para se aposentar, não vai dar porque não pediu?

93 Art. 299. A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente, ao juízo
competente para conhecer do pedido principal. Parágrafo único. Ressalvada disposição especial, na
ação de competência originária de tribunal e nos recursos a tutela provisória será requerida ao órgão
jurisdicional competente para apreciar o mérito.
94 Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de custas.
95 Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode
limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição
da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo.
[...]
A regra é que não, tem que pedir, mas analisando dentro do poder geral, alguns
autores falam que sim.

→ E a revogação e modificação. Pode de ofício?

- Dúvidas.
Juiz deu tutela provisória, a parte contestou, juiz percebe besteira que fez…
Marignoni fala que tem que requerer…
Imagina se troca de juiz e ele começa a revogar tudo, não traz insegurança
jurídica?
Falam que não pode.
Mas, se existirem situações fáticas e jurídicas e elementos para tal, como é
cognição sumária, juiz poderia revogar ou modificar de ofício.
Segredo é analisar poder geral de tutela provisória e dentro de uma razoabilidade
analisar.
Mas a gente pensa sempre que não. Mas se são situações de família,
previdenciária, violência doméstica…

- ≠ Sentença.
Na sentença juiz vai analisar de forma exauriente e faz o que quiser… Alguns
autores falam que pode revogar na sentença, porque vai analisar profundamente, pode
conceder, modificar, revogar. Porque ali que ele realmente sentou para analisar de forma
exauriente.

- Revoga devolve $?
Seria mais para responsabilidade processual…
Juiz deu situação precária, pessoa estava recebendo, lá na frente revogou. Durante
todo esse período a parte recebeu. Em tese tem que devolver. Mas foram criando tese, de
que se recebeu de boa-fé não teria que devolver…
Previdenciário, juiz deu de ofício mas pensando no bem da pessoa.
Alimentos é irrepetível, então não devolve…
Responsabilidade processual, você pediu você é responsável. Mas se juiz deu de
ofício a responsabilidade é de quem?
→ Medidas para a efetivação da tutela.

- Cumprimento.
Essa sim juiz pode fazer e acontecer. Quando fala em efetivação é o cumprimento
da tutela provisória.

- 297 e 30196.
Trouxe não o procedimento em si do arresto, mas que aquela medida de efetivação
é possível utilizar dentro desse poder geral, que juiz é livre para efetivar, no que couber.

- Como? “No que couber”.


Geralmente obrigação de fazer… vai utilizar regras da execução provisória.
No que couber: atos executivos iniciais da execução provisória…
Busca e apreensão, entrega de coisa, força policial, arrombamento… aquilo que for
adequado para poder buscar.
As regras da execução provisória, no que couber. Parte inicial da execução
provisória. Agora efeitos suspensivos não…

Falam que é decisão mandamental…. Não tem nada a ver uma coisa com a outra.

* DECISÃO FUNDAMENTADA.

- Redundante.
Fala que isso é redundante. Art. 298. A decisão que conceder… ‘juiz motivará seu
convencimento…’
Juiz falavam ‘ presentes os pressupostos defiro a tutela antecipada’ ‘ausentes os
pressupostos indefiro’. Vai ter que fundamentar… contar história para poder deferir.
Tem que fundamentar, não só na sentença, em qualquer tempo.

- 298 c/c 489 c/c 93, IX da CF97.

96 Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela
provisória. Parágrafo único. A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes ao
cumprimento provisório da sentença, no que couber.
Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro,
arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para
asseguração do direito.
97 Art. 298. Na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, o juiz motivará seu
convencimento de modo claro e preciso.
- Enunciado 16 TJMG (Estudos do CPC)98.
‘A tutela provisória, por não ser exauriente, poderá ser fundamentada de forma
sucinta.’

* RECURSO.

- Interlocutória.
Agravo de instrumento.
Art. 1015, I99.

- Sentença.
Art. 1012, §1§, V100, Apelação.
Pessoa vai apelar e nessa apelação não tem efeito suspensivo.

- Outros momentos.

Art. 489. São elementos essenciais da sentença: I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a
identificação do caso, com a suma do pedido e da contestação, e o registro das principais ocorrências
havidas no andamento do processo; II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e
de direito; III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe
submeterem. § 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória,
sentença ou acórdão, que: I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem
explicar sua relação com a causa ou a questão decidida; II - empregar conceitos jurídicos
indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso; III - invocar motivos que se
prestariam a justificar qualquer outra decisão; IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no
processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador; V - se limitar a invocar
precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar
que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos; VI - deixar de seguir enunciado de súmula,
jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em
julgamento ou a superação do entendimento. § 2 o No caso de colisão entre normas, o juiz deve justificar
o objeto e os critérios gerais da ponderação efetuada, enunciando as razões que autorizam a
interferência na norma afastada e as premissas fáticas que fundamentam a conclusão. § 3 o A decisão
judicial deve ser interpretada a partir da conjugação de todos os seus elementos e em conformidade
com o princípio da boa-fé.
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da
Magistratura, observados os seguintes princípios: IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder
Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei
limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes,
em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o
interesse público à informação.
98 Enunciado 16 – (art. 298) A tutela provisória, por não ser exauriente, poderá ser fundamentada de forma
sucinta.
99 Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: I - tutelas
provisórias; [...].
100Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo. § 1 o Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a
produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que: V - confirma, concede ou revoga
tutela provisória;
Tribunal – agravo interno… Art. 1021101.

6) TUTELA DE URGÊNCIA – DISPOSIÇÕES GERAIS.

Cautelar antecipada.

* REQUISITOS PARA A CONCESSÃO.

→ Introdução.

- Mudanças com o NCPC.


No antigo CPC para conceder tutela provisória existiam 2 situações: tutela cautelar
– perigo de dano e fumaça de direito. Tutela antecipada, por adiantar bem da vida, tinha
requisitos mais pesados. Existiam requisitos diferenciados.
NCPC generalizou. Os mesmos requisitos para concessão, periculum in mora e
fumaça do bom direito serve para as duas. Fez a união dos requisitos para as duas
tutelas.

- Como ficou.
Hoje são os mesmos requisitos.
São análises sumários de quadros incompletos.

→ Perigo de demora – periculum in mora.

- Sentido.

101 Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado,
observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal. § 1 o Na petição de agravo
interno, o recorrente impugnará especificadamente os fundamentos da decisão agravada. § 2 o O agravo será
dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final
do qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta. § 3o
É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada para julgar improcedente o
agravo interno. § 4o Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente em
votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante a pagar ao agravado multa
fixada entre um e cinco por cento do valor atualizado da causa. § 5 o A interposição de qualquer outro recurso está
condicionada ao depósito prévio do valor da multa prevista no § 4o, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário
de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final.
“É o risco da demora da prestação jurisdicional quer como risco de dano ao direito
material da parte (tutela antecipada), quer como risco potencial de que o direito material
discutido no processo não seja útil (tutela cautelar).” Marignoni, Olvídio Batista.
É o risco da demora, é o que dá urgência.
Cara bateu mas vai matar. E podem ocorrer outras situações.
Pessoa está passando fome. Transfusão. Se cebola não passar na alfândega,
apodrece…

- Risco objetivo.
Esse risco é um risco objetivo, tem que ser concreto.
Gritou com mulher, ela vai entrar com separação de corpos, de que tem perigo que
a mate? Agora se cara bateu na mulher é risco objetivo.
A cebola vai podrecer. Se não sacrificar bois eles vão contaminar os outros. Não
pode ser subjetivo? Será que todos os bois estão doentes?
Risco tem que ser objetivo, concreto, próximo, iminente, senão não tem perigo da
demora.
Mãe que cria sozinha filho deficiente, está com requisitos para pedir benefício
assistencial, LOAS, não faz sentido sacrificar filho…
Às vezes pode esperar cognição exauriente, mas em algumas situações tem que
ser rápido por causa do risco de dano ser objetivo, concreto, próximo, iminente
--------------------------------------------------------------------------------- Aula 11/09/2018 (terça-feira)

AÇÃO DE DISSOLUÇÃO PARCIAL DE SOCIEDADE

1) INTRODUÇÃO.

* Dissolução total.
1939 – dissolução, liquidação, extinção..
1973 (1218)102.
NCPC (1046, §3º)103.

Dissolução total existia no CPC de 1939. Tudo levava à dissolução, a liquidação e a


extinção da sociedade.
1973 (1218). Remeteu para CPC 1939.
O NCPC acabou a dissolução total de sociedade e jogou para procedimento
comum por força do 1046, §3º.

Hoje dissolução total se está inativa, se há desvio de finalidade, se há briga imensa


entre sócios e sócios não querem mais.
Sócios não querem mais.
Está inativa mas está com patrimônio.
Ou por questões judiciais.
As outras situações que levavam à dissolução total foram mudando. Por exemplo:
morte do sócio, afectio societatis, filho quer entrar e não pode… vai fazer dissolução
parcial. Ou sócio quer sair, não vai extinguir por causa disso. Ou sociedade quer se livrar
do cara, não vai acabar sociedade por causa disso. Nesses casos que existe dissolução
parcial, onde ao mesmo tempo você preserva empresa e dá ao sujeito aquilo que é dele.

102 Art. 1.218. Continuam em vigor até serem incorporados nas leis especiais os procedimentos regulados pelo
Decreto-lei nº 1.608, de 18 de setembro de 1939, concernentes: (Vide Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência) I - ao
loteamento e venda de imóveis a prestações (arts. 345 a 349); II - ao despejo (arts. 350 a 353); III - à renovação de
contrato de locação de imóveis destinados a fins comerciais (arts. 354 a 365); IV - ao Registro Torrens (arts. 457 a
464); V - às averbações ou retificações do registro civil (arts. 595 a 599); Vl - ao bem de família (arts. 647 a 651); Vll
- à dissolução e liquidação das sociedades (arts. 655 a 674); Vlll - aos protestos formados a bordo (arts. 725 a 729);
IX - à habilitação para casamento (arts. 742 a 745); X - ao dinheiro a risco (arts. 754 e 755); Xl - à vistoria de
fazendas avariadas (art. 756); XII - à apreensão de embarcações (arts. 757 a 761); XIII - à avaria a cargo do
segurador (arts. 762 a 764); XIV - às avarias (arts. 765 a 768); XVI - às arribadas forçadas (arts. 772 a 775).
103 § 3o Os processos mencionados no art. 1.218 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, cujo procedimento ainda
não tenha sido incorporado por lei submetem-se ao procedimento comum previsto neste Código.
* Dissolução parcial.
1970.
Tribunais.
CC – Princípio preservação empresa; função social da empresa.
Ação de resolução parcial da sociedade. Procedimento especial. Jurimetria.
Ação de dissolução parcial de sociedade.

1970.
Depois tribunais disseram que não era pra extinguir.
Depois veio CC e ele falou em dissolução parcial. Princípio da preservação da
empresa. E função social da empresa.

Ação de resolução parcial da sociedade. Ulhoa: Resolução parcial da sociedade é


forma de resolver conflitos entre sócios sem comprometer a existência da sociedade e em
consequência garantir a preservação da atividade econômica da empresa por ela
explorada.
Ação de resolução parcial da sociedade. É a demanda para reconhecer a
resolução parcial da sociedade e ou restituir o valor da cota daquele que perde o vínculo
com a sociedade.

Pensaram em colocar dissolução como procedimento especial. Autores que


ajudaram foram Marcelo Guedes Nunes, Ulhoa e Instituto Mineiro de Advogados e
utilizaram a jurimetria para fazer isso. Jurimetria é o uso da estatística para ver qual a
melhor solução. Começaram a pegar acórdãos dos tribunais… começaram a analisar
casos de justiça e injustiça…. Questão da legitimidade passiva, de quem demanda em
juízo… existe possibilidade de concordar e não paga honorários… pedido de
compensação… qual o critério de apuração dos haveres… e como vai se vai dar esse
critério… nomeação dos peritos…. Liquidação diferenciada.
Trouxeram dissolução parcial para dentro do procedimento especial e trouxeram
todas as dúvidas que se discutia no procedimento ordinário para dar norte para que juiz
fixe….
E veio ação de dissolução parcial de sociedade.
2) OBJETO – 599104.

Você pode pedir a resolução parcial da sociedade e somente ela, porque as vezes
você já acertou apuração dos haveres.
Apuração dos haveres. As vezes concordam em fazer a dissolução parcial mas
entregam cheque e sujeito percebe que não é aquele valor que quer.
E dissolução da sociedade cumulada com a apuração dos haveres.

Só resolução. Só apuração. Resolução cumulada com apuração.

3) HIPÓTESES – 599 E CC.

* Monte do sócio – 1028 CC105.


Sócio falecido. Os demais sócios impedem ingresso dos herdeiros ou herdeiros
não querem entrar na sociedade.
Liquidar-se cota, salvo se estipulado diferente.

* Exclusão.
A expulsão do sócio. Pessoa está aprontando na empresa, concorrência desleal…
- Judicial – 1030106.
- Extrajudicial – 1085107.
Sócios se reúnem para expulsar pessoa.

104Art. 599. A ação de dissolução parcial de sociedade pode ter por objeto: I - a resolução da sociedade
empresária contratual ou simples em relação ao sócio falecido, excluído ou que exerceu o direito de
retirada ou recesso; e II - a apuração dos haveres do sócio falecido, excluído ou que exerceu o direito
de retirada ou recesso; ou III - somente a resolução ou a apuração de haveres. § 1 o A petição inicial
será necessariamente instruída com o contrato social consolidado. § 2 o A ação de dissolução parcial de
sociedade pode ter também por objeto a sociedade anônima de capital fechado quando demonstrado,
por acionista ou acionistas que representem cinco por cento ou mais do capital social, que não pode
preencher o seu fim.
105Art. 1.028. No caso de morte de sócio, liquidar-se-á sua quota, salvo: I - se o contrato dispuser
diferentemente; II - se os sócios remanescentes optarem pela dissolução da sociedade; III - se, por
acordo com os herdeiros, regular-se a substituição do sócio falecido.
106Art. 1.030. Ressalvado o disposto no art. 1.004 e seu parágrafo único, pode o sócio ser excluído
judicialmente, mediante iniciativa da maioria dos demais sócios, por falta grave no cumprimento de suas
obrigações, ou, ainda, por incapacidade superveniente. Parágrafo único. Será de pleno direito excluído
da sociedade o sócio declarado falido, ou aquele cuja quota tenha sido liquidada nos termos do
parágrafo único do art. 1.026.
107 Art. 1.085. Ressalvado o disposto no art. 1.030, quando a maioria dos sócios, representativa de mais da metade do
capital social, entender que um ou mais sócios estão pondo em risco a continuidade da empresa, em virtude de
atos de inegável gravidade, poderá excluí-los da sociedade, mediante alteração do contrato social, desde que
prevista neste a exclusão por justa causa. Parágrafo único. A exclusão somente poderá ser determinada em reunião
ou assembléia especialmente convocada para esse fim, ciente o acusado em tempo hábil para permitir seu
comparecimento e o exercício do direito de defesa.
* Direito de retirada.
- Imotivada – 1029108.
Desligamento unilateral do sócio. Apenas notifica. Venceu prazo ou não está a fim
de continuar mais. Nos 30 dias subsequentes à notificação podem optar pela dissolução
da sociedade.

* Direito de recesso.
- Motivada – 1077109.
Dissidência. Fez incorporação e o outro fala que é empresa familiar...

* Obs.: Cônjuge ou ue.


600, p. único CPC110.
Separação, divórcio.
No caso de divórcio,
homem estava se separando, chegou na empresa, falou que era dono da metade
da cota da esposa… Ele podia entrar na justiça e tentar fazer o que jurimetria achou…
Você faz apuração de haveres, tira parte dela, entrega e sociedade continua. Requerer
apuração de haveres, para não passar a perna no cônjuge…

4) APLICAÇÃO EM QUE TIPO SOCIETÁRIO?

* 599, I; 599, §2º111.

108Art. 1.029. Além dos casos previstos na lei ou no contrato, qualquer sócio pode retirar-se da sociedade;
se de prazo indeterminado, mediante notificação aos demais sócios, com antecedência mínima de
sessenta dias; se de prazo determinado, provando judicialmente justa causa. Parágrafo único. Nos trinta
dias subseqüentes à notificação, podem os demais sócios optar pela dissolução da sociedade.
109Art. 1.077. Quando houver modificação do contrato, fusão da sociedade, incorporação de outra, ou dela
por outra, terá o sócio que dissentiu o direito de retirar-se da sociedade, nos trinta dias subseqüentes à
reunião, aplicando-se, no silêncio do contrato social antes vigente, o disposto no art. 1.031.
110 Art. 600. A ação pode ser proposta: I - pelo espólio do sócio falecido, quando a totalidade dos sucessores não ingressar na
sociedade; II - pelos sucessores, após concluída a partilha do sócio falecido; III - pela sociedade, se os sócios sobreviventes não
admitirem o ingresso do espólio ou dos sucessores do falecido na sociedade, quando esse direito decorrer do contrato social; IV -
pelo sócio que exerceu o direito de retirada ou recesso, se não tiver sido providenciada, pelos demais sócios, a alteração
contratual consensual formalizando o desligamento, depois de transcorridos 10 (dez) dias do exercício do direito; V - pela
sociedade, nos casos em que a lei não autoriza a exclusão extrajudicial; ou VI - pelo sócio excluído. Parágrafo único. O
cônjuge ou companheiro do sócio cujo casamento, união estável ou convivência terminou poderá
requerer a apuração de seus haveres na sociedade, que serão pagos à conta da quota social titulada
por este sócio.
111 Art. 599. A ação de dissolução parcial de sociedade pode ter por objeto: I - a resolução da sociedade
empresária contratual ou simples em relação ao sócio falecido, excluído ou que exerceu o direito de
retirada ou recesso; e […] § 2o A ação de dissolução parcial de sociedade pode ter também por objeto a
sociedade anônima de capital fechado quando demonstrado, por acionista ou acionistas que
representem cinco por cento ou mais do capital social, que não pode preencher o seu fim.
Sociedade empresária, contratual, simples.
Pode sociedade anônima de capital fechado.
As comanditas também podem. Em nome coletivo.

* Obs.: Cooperativas: Não.

Alguns autores falam que cooperativa entra. Mas cooperativa não entra. Sócio só
tem direito às suas cotas sociais quando se retira e sobras quando trabalhou…

5) PROCEDIMENTO → 1a fase.

* PI – 319 c/c 599, §1º, mais ………..112


A petição inicial será necessariamente instruída com contrato social.
Você tem que dizer o que você quer…
A petição tem que ser olhada de acordo com demais circunstâncias que ocorrem
no procedimento.

Petição – prova OAB: a) a procedência do pedido; b) a apuração dos haveres; c) a


indenização compensável; d) a fixação da data da resolução; e) a definição do critério de
apuração dos haveres; f) fixação da data; nomeação do perito; condenação do réu ao
pagamento das custas e honorários caso não haja concordância.

* Competência – 53, III, a)113.


A competência é de onde está a sede.

* Legitimidade.
112 Art. 319. A petição inicial indicará: I - o juízo a que é dirigida; II - os nomes, os prenomes, o estado civil,
a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do
réu; III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; IV - o pedido com as suas especificações; V - o
valor da causa; VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; VII -
a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. § 1 o Caso não
disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz
diligências necessárias a sua obtenção. § 2 o A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta
de informações a que se refere o inciso II, for possível a citação do réu. § 3 o A petição inicial não será
indeferida pelo não atendimento ao disposto no inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações
tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.
Art. 599. […] § 1o A petição inicial será necessariamente instruída com o contrato social consolidado.
113 Art. 53. É competente o foro: III - do lugar: a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa
jurídica;
- Ativa – 600114.
- Passiva – 601115. Todos os demais sócios que estão na sociedade. A sociedade não
será citada se todos os sócios forem, mas sofre efeitos, efeitos vão recair sobre
sociedade.

* Contestar – 601116. Pode fazer contestação.


ou
Concordar – 603117; 603, §1º. Havendo manifestação expressa e unânime sobre
dissolução, juiz já passa para fase de apuração, e não haverá condenação de honorários
e custas de acordo com participação nas cotas da sociedade.

* Pedido de compensação.
- 602118. Ver 1033 CC119.
A sociedade pode… indenização compensável.
Sócio fez empréstimo, tem desvio… tem algum débito perante a sociedade e vai
fazer compensação.

114 Art. 600. A ação pode ser proposta: I - pelo espólio do sócio falecido, quando a totalidade dos
sucessores não ingressar na sociedade; II - pelos sucessores, após concluída a partilha do sócio
falecido; III - pela sociedade, se os sócios sobreviventes não admitirem o ingresso do espólio ou dos
sucessores do falecido na sociedade, quando esse direito decorrer do contrato social; IV - pelo sócio
que exerceu o direito de retirada ou recesso, se não tiver sido providenciada, pelos demais sócios, a
alteração contratual consensual formalizando o desligamento, depois de transcorridos 10 (dez) dias do
exercício do direito; V - pela sociedade, nos casos em que a lei não autoriza a exclusão extrajudicial; ou
VI - pelo sócio excluído. Parágrafo único. O cônjuge ou companheiro do sócio cujo casamento, união
estável ou convivência terminou poderá requerer a apuração de seus haveres na sociedade, que serão
pagos à conta da quota social titulada por este sócio.
115 Art. 601. Os sócios e a sociedade serão citados para, no prazo de 15 (quinze) dias, concordar com o
pedido ou apresentar contestação. Parágrafo único. A sociedade não será citada se todos os seus
sócios o forem, mas ficará sujeita aos efeitos da decisão e à coisa julgada.
116 Art. 601. Os sócios e a sociedade serão citados para, no prazo de 15 (quinze) dias, concordar com o pedido ou apresentar
contestação. Parágrafo único. A sociedade não será citada se todos os seus sócios o forem, mas ficará sujeita aos efeitos da
decisão e à coisa julgada.
117 Art. 603. Havendo manifestação expressa e unânime pela concordância da dissolução, o juiz a
decretará, passando-se imediatamente à fase de liquidação. § 1 o Na hipótese prevista no caput, não
haverá condenação em honorários advocatícios de nenhuma das partes, e as custas serão rateadas
segundo a participação das partes no capital social. § 2 o Havendo contestação, observar-se-á o
procedimento comum, mas a liquidação da sentença seguirá o disposto neste Capítulo.
118 Art. 602. A sociedade poderá formular pedido de indenização compensável com o valor dos haveres a
apurar.
119 Art. 1.033. Dissolve-se a sociedade quando ocorrer: I - o vencimento do prazo de duração, salvo se, vencido este e
sem oposição de sócio, não entrar a sociedade em liquidação, caso em que se prorrogará por tempo
indeterminado; II - o consenso unânime dos sócios; III - a deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na
sociedade de prazo indeterminado; IV - a falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de cento e
oitenta dias; V - a extinção, na forma da lei, de autorização para funcionar. Parágrafo único. Não se aplica o
disposto no inciso IV caso o sócio remanescente, inclusive na hipótese de concentração de todas as cotas da
sociedade sob sua titularidade, requeira, no Registro Público de Empresas Mercantis, a transformação do registro
da sociedade para empresário individual ou para empresa individual de responsabilidade limitada, observado, no
que couber, o disposto nos arts. 1.113 a 1.115 deste Código.
* Segue o comum – 603, §2º120.
Mais para poder juntar documentos, impugnações.

* Sentença com dissolução e apuração dos haveres.


- Determina o depósito da parte incontroversa – 604, §1º 121.
- Fixa a data da resolução da sociedade – 604, 605, 607 e 608 122.
Muito importante, nisso que vai dar valor.
Falecimento do sócio: do óbito… Retirada imotivada, sujeito notificou, depois de 60
dias…
- Fixa o critério de apuração dos haveres – 606 123.
Aqui está a grande decisão de trazer isso para CPC. Em caso de omissão do
contrato social → valor apurado em balanço de determinação, tomando por referência
data da resolução…
Quando sócio saía fazia balanço patrimonial, vê o que tem de ativo, de passivo,
patrimônio, capital de giro… Mas não é só isso que vale em sociedade. E marca, e
clientes, a quantidade de clientes que tem, as patentes? Nesses casos vai fixar pelo
balanço de determinação, STF chama de fluxo de caixa descontado. Vai entrar todo o
patrimônio da sociedade, que envolve marcas, clientes...

120§ 2o Havendo contestação, observar-se-á o procedimento comum, mas a liquidação da sentença


seguirá o disposto neste Capítulo.
121§ 1o O juiz determinará à sociedade ou aos sócios que nela permanecerem que depositem em juízo a
parte incontroversa dos haveres devidos.
122Art. 604. Para apuração dos haveres, o juiz: I - fixará a data da resolução da sociedade; II - definirá o
critério de apuração dos haveres à vista do disposto no contrato social; e III - nomeará o perito. § 1 o O
juiz determinará à sociedade ou aos sócios que nela permanecerem que depositem em juízo a parte
incontroversa dos haveres devidos. § 2o O depósito poderá ser, desde logo, levantando pelo ex-sócio,
pelo espólio ou pelos sucessores. § 3 o Se o contrato social estabelecer o pagamento dos haveres, será
observado o que nele se dispôs no depósito judicial da parte incontroversa.
Art. 605. A data da resolução da sociedade será: I - no caso de falecimento do sócio, a do óbito; II - na
retirada imotivada, o sexagésimo dia seguinte ao do recebimento, pela sociedade, da notificação do
sócio retirante; III - no recesso, o dia do recebimento, pela sociedade, da notificação do sócio dissidente;
IV - na retirada por justa causa de sociedade por prazo determinado e na exclusão judicial de sócio, a
do trânsito em julgado da decisão que dissolver a sociedade; e V - na exclusão extrajudicial, a data da
assembleia ou da reunião de sócios que a tiver deliberado.
Art. 607. A data da resolução e o critério de apuração de haveres podem ser revistos pelo juiz, a pedido
da parte, a qualquer tempo antes do início da perícia.
Art. 608. Até a data da resolução, integram o valor devido ao ex-sócio, ao espólio ou aos sucessores a
participação nos lucros ou os juros sobre o capital próprio declarados pela sociedade e, se for o caso, a
remuneração como administrador. Parágrafo único. Após a data da resolução, o ex-sócio, o espólio ou
os sucessores terão direito apenas à correção monetária dos valores apurados e aos juros contratuais
ou legais.
123Art. 606. Em caso de omissão do contrato social, o juiz definirá, como critério de apuração de haveres, o
valor patrimonial apurado em balanço de determinação, tomando-se por referência a data da resolução
e avaliando-se bens e direitos do ativo, tangíveis e intangíveis, a preço de saída, além do passivo
também a ser apurado de igual forma. Parágrafo único. Em todos os casos em que seja necessária a
realização de perícia, a nomeação do perito recairá preferencialmente sobre especialista em avaliação
de sociedades.
- Nomeia o perito – 606, p. único124.
Tem que nomear um perito que entenda. Preferencialmente especialista em
avaliação de sociedades.

Regel entende que 1a fase termina aqui.


Muitos livros falam que a 1 a fase termina com juiz determinando dissolução da
sociedade.

2a fase – Trabalho do perito.


Vai pegar, juntar todos os documentos… e marca x. Partes impugnam…
E juiz fixa valor.
Decisão do valor apurar.

3a fase – Pagamento ou execução de sentença – 609 125.


Uma vez apurado, conforme disciplina…
Se não pagar, a execução de sentença.

124Parágrafo único. Em todos os casos em que seja necessária a realização de perícia, a nomeação do
perito recairá preferencialmente sobre especialista em avaliação de sociedades.
125Art. 609. Uma vez apurados, os haveres do sócio retirante serão pagos conforme disciplinar o contrato
social e, no silêncio deste, nos termos do § 2o do art. 1.031 da Lei n o 10.406, de 10 de janeiro de 2002
(Código Civil).
-------------------------------------------------------------------------------- Aula 13/09/2018 (quinta-feira)

6) TUTELA DE URGÊNCIA.

→ REQUISITOS PARA CONCESSÃO.

* Introdução.
- Art. 300126.

*Perigo da demora.
- Risco objetivo.

*Probabilidade do direito..
- Sentido.
Plausibilidade jurídica.
Possibilidade da existência do direito amparado na pretensão final ou principal do
requerente da medida.
- Probabilidade lógica.
A narração dos fatos corresponde à plausibilidade do direito.
Você tem que ter um vestígio.
Maior grau de confirmação e menor grau de refutação desses elementos. Estou
pedindo agora mas tenho maior grau de confirmação lá no final, existe um vestígio do
bom direito.

→ POSSIBILIDADE DE CAUÇÃO.

Pede uma liminar para pegar um bem, receber um dinheiro… Juiz olha e se sente
um pouco inseguro. Vai pedir caução.
Sustação de protesto. Juiz chegou para parte e falou para dar caução que sustava
processo. Para proteger o demandado dos efeitos. Para garantir a responsabilidade
processual.

126Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade
do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. § 1 o Para a concessão da tutela
de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os
danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte
economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. § 2 o A tutela de urgência pode ser concedida
liminarmente ou após justificação prévia. § 3 o A tutela de urgência de natureza antecipada não será
concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.
Existe a possibilidade da caução.

Caução que demandado oferece e caução substitutiva (que próprio demandado vai
oferecer caução). Irmão que usava caminhonete, mas usava para trabalhar, pergunta se
podia oferecer caução substitutiva para poder usar caminhonete… Art. 300, §1º fala disso.

* 300, §1º127 → “outra parte”.


Englobou parte final do 804 e parte inteira do 805 do CPC/73.
Juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea, para
ressarcir os danos que outra parte possa vir a sofrer… Pode tanto demandado como
demandante… Quer liberar o bem é dá alguma garantia..
Traz que pode; que conforme o caso; diz os tipos de caução, real ou fidejussória;
que pode ser tanto para um como para outro; e fala da questão da dispensa, que pode ser
dispensada.

* Sentido.
Caução é a garantia dada a alguém com a finalidade de protegê-lo contra dano
eventual e futuro. O próprio caução é também o ato que se cncede referido a garantia.
É o próprio ato e serve como garantia.

~ Contracautela.
~ Caução substitutiva.

Pode ser prestado tanto pelo demandado... Marignoni chama de contracautela. A


caução é uma cautela contra a cautela que é a tutela de urgência. Se for o demandante
que oferece. E existe a caução substitutiva, que é o próprio demandado que pode
oferecer.
Pode ser prestada tanto para demandado (contracautela – caução contra tutela de
urgência) ou para demandante (caução substitutiva) (prestada pelo demandado).

* Espécies.
- Real.

127§ 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou
fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser
dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
Pessoa oferece bem imóvel ou móvel, que pode ser hipoteca, penhor ou
anticrese.
Pessoa presta um bem. Oferece bem imóvel ou móvel. Pode ser hipoteca, penhor
ou anticrese.
- Fidejussória.
Fiança subsidiária.

* Obs.:
Pode. Lei fala ‘pode’. Juiz não está vinculado.
Podendo dispensar. Fala ‘podendo dispensar’. Se pessoa é carente, pode dispensar…

→ O PERIGO DE IRREVERSIBILIDADE.

* Regra: 300, §3º128.


A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver
perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão. Se tiver perigo de não retornar status
quo ante, juiz não pode dar. Ver que não tem reversibilidade, que não vai voltar ao status
quo, juiz vai dar indeferimento genérico.

* Críticas.
Marignoni fez crítica. Disse que esse artigo vai na contramão da lógica do provável.
Seria sacrificar direito provável….

* Exceção:
Relativização → Casos de irreversibilidade recíproca → Ponderação dos valores em
jogo.
Existem casos de irreversibilidade recíproca. Prejuízo vai ser tanto para um quanto
para outro. Alimentos. Se autor não receber alimentos vai morrer de fome. Se réu pagar
não vai receber de volta. Se for fazer transfusão de sangue, se pessoa não realizar vai
morrer, se realizar já era, está feito.
Ponderação dos valores em jogo. Em cima disso juiz vai conceder tutela
antecipada irreversível.
Direito à vida e segurança jurídica. Qual pesa mais na balança?

128§ 3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de
irreversibilidade dos efeitos da decisão.
Os direitos fundamentais estão em choque… Vivemos hoje em modelo processual
constitucional…
Lênio fala em grau de proporcionalidade entre os dois riscos, em bilateralidade do
risco irreparável.

→ PODE SER CONCEDIDA LIMINAR.

- O que é liminar?
É aquela que é dada no início do processo, inaudita altera pars, sem ouvir a outra
parte…. Dada antes do contraditório.
Calmon de Passos: “Liminar é o nome que damos a toda providência judicial
determinada ou deferida initio litis, isto é, antes de efetivado o contraditório, o que pode
ocorrer sem a citação do réu ou com a sua ciência para acompanhar a justificação exigida
para apreciação da liminar. A liminar portanto não é liminar em função do seu conteúdo e
sim em decorrência do momento do seu deferimento.”
Conceito verdadeiro: Dado no começo do processo, sem ouvir a outra parte.mas
na prática em vários casos / momentos..

- Motivo.

- Como: 300, §2º129.


A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou…
Se dá sem ouvir a parte contrária ou no máximo com justificação prévia… Juiz
intimar réu para contraditar testemunha. Juiz se sente inseguro e faz audiência de
justificação, intima réu para contraditar testemunha, ele não vai se defender…

→ RESPONSABILIDADE PROCESSUAL.

- Sentido.
Calamandrei dizia que a responsabilidade é o preço da prontidão. Se você vai pedir
liminar, tutela de urgência, tutela antecipada, tem que se responsabilizar se ela for
revogada, modificada, e se acontecer isso você tem que indenizar outra parte pelo seu
erro.

129§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
Responsabilidade pelos prejuízos que a efetivação da tutela causar à parte
adversa.
A tutela de urgência é sempre praticada pela conta e risco do requerente…

- Tipos.
~ Objetiva.
Basta só demanda e dano, só o fato de ter demandado em juízo, se causar
prejuízo.
~ Subjetiva.
Já existe elemento intenção de causar dano.

- Requisitos.
Prejuízo efetivo. Foi revogada, foi alterada, mas causou dano… Não vai ter
responsabilidade só pelo fato de ter desconforto. Tem que ter prejuízo efetivo para a
execução.
Tem que ter sido prejuízo… tem que se apurar o quantum….
Prejuízo. Quantum apurado.

- Hipóteses.
Art. 302130.
responde pelo prejuízo que causar à parte adversa.
Reparação por dano processual…
Sentença for desfavorável. Art. 302, I e IV.
302, II. Ganha liminar e depois fica parado, responde… Não fornece endereço, não
paga custas, etc. Mas não entra se for por causa de etapas mortas do processo.
302, III. Ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal.

- Liquidação.
Liquidação ato ($) ou liquidação procedimento de liquidação (comum;
arbitramento).
Liquidação ato: só faz os cálculos aritméticos.

130Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a
efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se: I - a sentença lhe for desfavorável; II -
obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários para a citação
do requerido no prazo de 5 (cinco) dias; III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer
hipótese legal; IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor.
Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida, sempre
que possível.
Liquidação procedimento de liquidação: por artigos… procedimento comum…. Por
arbitramento.

- Execução nos mesmos autos.


Se tem caução já resolve tudo…

→ A FUNGIBILIDADE ENTRE AS TUTELAS ANTECEDENTES.

Art. 305, p. único.

- Sentido.
É a substituição da tutela de urgência requerida de forma antecedente pela mais
apropriada ao caso concreto (fungibilidade),com a consequente adaptação procedimental
(convertibilidade).

- Fungibilidade progressiva: 305, p. único 131. Mão única?


É a única que está legislada de forma expressa.
Você pede tutela cautelar e é antecipada.
Você pede a menor e juiz vai dar a maior, que é mais agressiva, pede cautelar e
juiz dá antecipada.
Isso chama fungibilidade de mão única. Pediu cautelar e juiz deu antecipada.
E o inverso? Não está subentendida essa interpretação extensiva?

- Fungibilidade regressiva: o inverso.


Pediu tutela antecipada e dá a menor, que é a cautelar…

- Conclusão: F. De mão dupla.


Hoje existe no nosso sistema a fungibilidade de mão dupla.

- Procedimento.
Juiz concede fungibilidade e converte, intima parte contrária para se manifestar...
131Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente
indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de
dano ou o risco ao resultado útil do processo. Parágrafo único. Caso entenda que o pedido a que se
refere o caput tem natureza antecipada, o juiz observará o disposto no art. 303.
Com fungibilidade, aplica o procedimento da que for dar.

- Curiosidade: regressiva. Antes só existia a regressiva.

- Obs.: E nas incidentais.


Isso serve nas incidentais. Foi criada na tutela incidental… 90% da prática vai
ocorrer nas incidentais, embora artigo legislou nas antecedentes.
--------------------------------------------------------------------------------- Aula 18/09/2018 (terça-feira)

7) AÇÕES DE FAMÍLIA.

Art. 693 a 699132.

Não são ações de família. São técnicas. São técnicas envolvendo as ações de
família, o divórcio litigioso, a investigação de paternidade… Técnicas que CPC pensou
para se resolverem os problemas de família.

Mediação é diferente de conciliação. Conciliação: é como se tivesse moldura


menor que quadro e começa a recortar foto para caber… isso que acontece em decisão
judicial em família. Mediação visa colocar toda a família para dentro da moldura, e não
empurrar alguns pedaços para baixo do tapete. Busca resolver o problema de forma
permanente.

1) SENTIDO.

Ações de família consiste na adoção de técnicas alternativas consensuais para


tentar resolver o conflito familiar em procedimentos contenciosos.
132Art. 693. As normas deste Capítulo aplicam-se aos processos contenciosos de divórcio, separação,
reconhecimento e extinção de união estável, guarda, visitação e filiação. Parágrafo único. A ação de
alimentos e a que versar sobre interesse de criança ou de adolescente observarão o procedimento
previsto em legislação específica, aplicando-se, no que couber, as disposições deste Capítulo.
Art. 694. Nas ações de família, todos os esforços serão empreendidos para a solução consensual da
controvérsia, devendo o juiz dispor do auxílio de profissionais de outras áreas de conhecimento para a
mediação e conciliação. Parágrafo único. A requerimento das partes, o juiz pode determinar a
suspensão do processo enquanto os litigantes se submetem a mediação extrajudicial ou a atendimento
multidisciplinar.
Art. 695. Recebida a petição inicial e, se for o caso, tomadas as providências referentes à tutela
provisória, o juiz ordenará a citação do réu para comparecer à audiência de mediação e conciliação,
observado o disposto no art. 694. § 1 o O mandado de citação conterá apenas os dados necessários à
audiência e deverá estar desacompanhado de cópia da petição inicial, assegurado ao réu o direito de
examinar seu conteúdo a qualquer tempo. § 2 o A citação ocorrerá com antecedência mínima de 15
(quinze) dias da data designada para a audiência. § 3 o A citação será feita na pessoa do réu. § 4o Na
audiência, as partes deverão estar acompanhadas de seus advogados ou de defensores públicos.
Art. 696. A audiência de mediação e conciliação poderá dividir-se em tantas sessões quantas sejam
necessárias para viabilizar a solução consensual, sem prejuízo de providências jurisdicionais para evitar
o perecimento do direito.
Art. 697. Não realizado o acordo, passarão a incidir, a partir de então, as normas do procedimento
comum, observado o art. 335.
Art. 698. Nas ações de família, o Ministério Público somente intervirá quando houver interesse de
incapaz e deverá ser ouvido previamente à homologação de acordo.
Art. 699. Quando o processo envolver discussão sobre fato relacionado a abuso ou a alienação
parental, o juiz, ao tomar o depoimento do incapaz, deverá estar acompanhado por especialista.
Art. 693 a 699.

2) CABIMENTO.

→ Contenciosos de família – 693133.

Nos contenciosos de família. Art. 693 trouxe rol exemplificativo. Divórcio,


separação, reconhecimento e dissolução de união estável, guarda, investigação e
negatória de paternidade…. Demandas contenciosas de direito de família….

→ Obs.1: Quando tem legislação própria – 693, p. único.

Alimentos e ECA. Maria da Penha

Quando tem legislação própria não se enquadra.


Alimentos e questões do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) não se
enquadram porque tem procedimentos próprios. Maria da Penha.

→ Obs.2: Jurisdição voluntária.

Nas ações de jurisdição voluntária também não se aplicam. Dissolução amigável,


de separação, não há razão de se utilizar esse procedimento.
Esse procedimento é usado como subsidiário. Subsidiariamente pode ser utilizado
nos dois…

3) PROCEDIMENTO.

* O juiz recebe a PI com litígios de família – 695 134.

133Art. 693. As normas deste Capítulo aplicam-se aos processos contenciosos de divórcio, separação,
reconhecimento e extinção de união estável, guarda, visitação e filiação. Parágrafo único. A ação de
alimentos e a que versar sobre interesse de criança ou de adolescente observarão o procedimento
previsto em legislação específica, aplicando-se, no que couber, as disposições deste Capítulo.
134Art. 695. Recebida a petição inicial e, se for o caso, tomadas as providências referentes à tutela
provisória, o juiz ordenará a citação do réu para comparecer à audiência de mediação e conciliação,
observado o disposto no art. 694. § 1 o O mandado de citação conterá apenas os dados necessários à
audiência e deverá estar desacompanhado de cópia da petição inicial, assegurado ao réu o direito de
examinar seu conteúdo a qualquer tempo. § 2 o A citação ocorrerá com antecedência mínima de 15
(quinze) dias da data designada para a audiência. § 3 o A citação será feita na pessoa do réu. § 4o Na
audiência, as partes deverão estar acompanhadas de seus advogados ou de defensores públicos.
Vai ver cabimento, representatividade, competência, se é cabimento daquele
procedimento mesmo.
Dando despacho favorável vai tomar medidas provisórias cabíveis.

* Toma as medidas provisórias cabíveis – 695 135 (Ver 888 CPC/73136) + o fim do art.
696137.

Essas medidas provisórias cabíveis, como acabaram cautelares antigas e com


cautelar com satisfativa, coloca só medidas provisórias cabíveis na situação concreta.

Entrega de bens de uso pessoal do cônjuge e dos filhos. A posse provisória dos
filhos, guarda provisória. Afastamento do menor autorizado a contrair casamento.
Depósito de menor incapaz castigado imoderadamente. Separação de corpos. Guarda e
educação dos filhos.

Fim do art. 696 – evitar o perecimento do direito. Separação de corpos; bem…

* Determina a citação para a audiência de mediação e conciliação.

Vai determinar a audiência de mediação… com auxílio de profissionais de outras


áreas.

→ Obrigatória (não se aplica o 334, §5º) – 695 138.

135Art. 695. Recebida a petição inicial e, se for o caso, tomadas as providências referentes à tutela
provisória, o juiz ordenará a citação do réu para comparecer à audiência de mediação e conciliação,
observado o disposto no art. 694. § 1 o O mandado de citação conterá apenas os dados necessários à
audiência e deverá estar desacompanhado de cópia da petição inicial, assegurado ao réu o direito de
examinar seu conteúdo a qualquer tempo. § 2 o A citação ocorrerá com antecedência mínima de 15
(quinze) dias da data designada para a audiência. § 3 o A citação será feita na pessoa do réu. § 4o Na
audiência, as partes deverão estar acompanhadas de seus advogados ou de defensores públicos.
136 Art. 888. O juiz poderá ordenar ou autorizar, na pendência da ação principal ou antes de sua propositura: I - obras de conservação
em coisa litigiosa ou judicialmente apreendida; II - a entrega de bens de uso pessoal do cônjuge e dos filhos; III - a posse
provisória dos filhos, nos casos de separação judicial ou anulação de casamento; IV - o afastamento do menor autorizado a
contrair casamento contra a vontade dos pais; V - o depósito de menores ou incapazes castigados imoderadamente por seus pais,
tutores ou curadores, ou por eles induzidos à prática de atos contrários à lei ou à moral; Vl - o afastamento temporário de um dos
cônjuges da morada do casal; VII - a guarda e a educação dos filhos, regulado o direito de visita que, no interesse da criança ou
do adolescente, pode, a critério do juiz, ser extensivo a cada um dos avós; (Redação dada pela Lei nº 12.398, de 2011) Vlll - a
interdição ou a demolição de prédio para resguardar a saúde, a segurança ou outro interesse público.
137Art. 696. A audiência de mediação e conciliação poderá dividir-se em tantas sessões quantas sejam
necessárias para viabilizar a solução consensual, sem prejuízo de providências jurisdicionais para evitar
o perecimento do direito.
138Art. 334. […] § 5o O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição, e o
réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da
audiência.
É obrigatório, juiz tem que marcar a audiência de conciliação e
mediação. Juiz tem que marcar nas ações de família essas audiências. Não
basta o advogado falar que parte não tem interesse na audiência de
conciliação. Tem que fazer audiência.

→ Antecedência de 15 dias – 695, §2º139.

Tem que ter antecedência de 15 dias.

→ Pessoal – 695, §3º140.

Intimação tem que ser pessoal.

→ O mandado de citação (695, §1º)141.

O mandado de citação deverá conter apenas os dados necessários…


não vai receber mandado completo, vai dizer que tem demanda contra ele… só
tem mandado falando que vai ter audiência. Mas pessoa pode ir lá olhar. Não
vai constar os termos da petição inicial.
Comparecer a audiência de conciliação, apenas os dados necessários
da audiência….
A citação ocorrerá com antecedência mínima de 15 dias e será pessoal.

* A audiência.

→ Acompanhamento de procuradores – 695, §4º142.


Art. 695. Recebida a petição inicial e, se for o caso, tomadas as providências referentes à tutela
provisória, o juiz ordenará a citação do réu para comparecer à audiência de mediação e conciliação,
observado o disposto no art. 694. § 1 o O mandado de citação conterá apenas os dados necessários à
audiência e deverá estar desacompanhado de cópia da petição inicial, assegurado ao réu o direito de
examinar seu conteúdo a qualquer tempo. § 2 o A citação ocorrerá com antecedência mínima de 15
(quinze) dias da data designada para a audiência. § 3 o A citação será feita na pessoa do réu. § 4o Na
audiência, as partes deverão estar acompanhadas de seus advogados ou de defensores públicos.
139§ 2o A citação ocorrerá com antecedência mínima de 15 (quinze) dias da data designada para a
audiência.
140 § 3o A citação será feita na pessoa do réu.
141§ 1o O mandado de citação conterá apenas os dados necessários à audiência e deverá estar
desacompanhado de cópia da petição inicial, assegurado ao réu o direito de examinar seu conteúdo a
qualquer tempo.
142 § 4o Na audiência, as partes deverão estar acompanhadas de seus advogados ou de defensores
públicos.
Devem estar acompanhados de procuradores.
Normalmente vão sozinhos, ou chama advogado para acompanhar.

→ Acompanhamento de profissionais de outras áreas (694 e fim do


695)143.

Auxílio de profissionais de outras áreas para realização de mediação…


Psicólogos, assistente social.

→ Pode dividir a audiência (696)144:


~ Concordância.
~ Não pode intimidação.

Se vê que vai dar mediação, vai dividir audiência, pode suspender o


processo e dividir audiência em quantas forem necessárias para resolver o
problema.

Para dividir tem que ter concordância. Tem enunciados do fórum de


processualistas que falam que para dividir audiência tem que ter concordância.
A primeira é obrigatória, depois não.

Não pode haver intimidação.

Enunciados 577 e 187 do fórum de processualistas… 145

* O juiz pode suspender o processo – 694, p. único146.

143Art. 694. Nas ações de família, todos os esforços serão empreendidos para a solução consensual da
controvérsia, devendo o juiz dispor do auxílio de profissionais de outras áreas de conhecimento para a
mediação e conciliação. Parágrafo único. A requerimento das partes, o juiz pode determinar a
suspensão do processo enquanto os litigantes se submetem a mediação extrajudicial ou a atendimento
multidisciplinar.
144Art. 696. A audiência de mediação e conciliação poderá dividir-se em tantas sessões quantas sejam
necessárias para viabilizar a solução consensual, sem prejuízo de providências jurisdicionais para evitar
o perecimento do direito.
145Enunciado 577: (arts. 166, § 4º; 696; art. 2º, II e V da Lei 13.140/2015) A realização de sessões
adicionais de conciliação ou mediação depende da concordância de ambas as partes. (Grupo: Mediação
e conciliação (CPC e Lei 13.140/2015))
Enunciado 187: (arts. 649, 165, § 2º, 166) No emprego de esforços para a solução consensual do litígio
familiar, são vedadas iniciativas de constrangimento ou intimidação para que as partes conciliem, assim
como as de aconselhamento sobre o objeto da causa. (Grupo: Procedimentos Especiais)
146Parágrafo único. A requerimento das partes, o juiz pode determinar a suspensão do processo enquanto
os litigantes se submetem a mediação extrajudicial ou a atendimento multidisciplinar.
* Resposta réu a proc. comum (697)147.
O réu vai fazer resposta e vai virar procedimento comum.

* Obs.1: MP – 698148.

O Ministério Público tem que participar quando envolve incapaz… Deverá ser
ouvido previamente à homologação do acordo.

* Obs.2: Depoimento de incapaz – 699149.

Fato relacionado a abuso ou alienação parental, ao ouvir incapaz, juiz deve estar
acompanhado por especialista.

8) HOMOLOGAÇÃO DO PENHOR LEGAL.


Slides.

Para penhor ser legal tem que ser homologado.

I – PENHOR LEGAL.
Significado: direito real de garantia que permite ao credor, nas hipóteses previstas
lei, exercer autotutela para apreender bens móveis do devedor inadimplente, desde
que suscetíveis de alienação.

Você pode pegar bens móveis da pessoa desde que seja suscetíveis de alienação.

Hipóteses restritivas: CC, art. 1647, I e II. Art. 31, da Lei 6533/78.

147Art. 697. Não realizado o acordo, passarão a incidir, a partir de então, as normas do procedimento
comum, observado o art. 335.
148Art. 698. Nas ações de família, o Ministério Público somente intervirá quando houver interesse de
incapaz e deverá ser ouvido previamente à homologação de acordo.
149Art. 699. Quando o processo envolver discussão sobre fato relacionado a abuso ou a alienação
parental, o juiz, ao tomar o depoimento do incapaz, deverá estar acompanhado por especialista.
Art. 1467150.
Hospedeiros, hotel, pensão, podem pegar as coisas de quem não paga. Quem
aluga.
Hospedarias. Alugueis.
Profissionais – equipamento de propriedade do empregador – vai fazer espetáculo,
sujeito não paga, carrega equipamentos. Faz show, pessoa fala que não vai poder pagar,
encosta caminhão para levar caixas de som.

Obs.: Art. 176, do Código Penal.

I - PENHOR LEGAL
* Significado: direito real de garantia que permite ao credor, nas
hipóteses previstas lei, exercer autotutela para apreender bens
móveis do devedor inadimplente, desde que suscetíveis de
alienação.
* Hipóteses restritivas: Código Civil, art. 1467, inciso I e II 151; Art.
31, da Lei 6.533/78152
* Obs: Art. 176, do Código Penal153.

Requisitos: apossar-se de montante suficiente (não pode pegar mais); dar relação
dos bens apossados; no caso de hospedarias e congêneres, o preço deverá ser
conforme tabela ostensivamente exposta na casa.

Em ato contínuo, propor o procedimento de homologação do penhor legal.


Qual o prazo? Não tem prazo. Usam prazo das cautelares de 30 dias.
Eventuais consequências do não ajuizamento da demanda.
Esbulho… Se for pegar tem que entrar com ação, senão dá dano moral…
150Art. 1.467. São credores pignoratícios, independentemente de convenção: I - os hospedeiros, ou
fornecedores de pousada ou alimento, sobre as bagagens, móveis, jóias ou dinheiro que os seus
consumidores ou fregueses tiverem consigo nas respectivas casas ou estabelecimentos, pelas
despesas ou consumo que aí tiverem feito; II - o dono do prédio rústico ou urbano, sobre os bens
móveis que o rendeiro ou inquilino tiver guarnecendo o mesmo prédio, pelos aluguéis ou rendas.
151 Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da
separação absoluta: I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis; II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou
direitos;
152Art . 31 - Os profissionais de que trata esta Lei têm penhor legal sobre o equipamento e todo o material
de propriedade do empregador, utilizado na realização de programa, espetáculo ou produção, pelo valor
das obrigações não cumpridas pelo empregador.
153Art. 176 - Tomar refeição em restaurante, alojar-se em hotel ou utilizar-se de meio de transporte sem
dispor de recursos para efetuar o pagamento: Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa.
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação, e o juiz pode, conforme as
circunstâncias, deixar de aplicar a pena.
PENHOR LEGAL
* Requisitos: apossar-se de montante suficiente (1.469)154; dar
relação dos bens apossados (1.470) 155; no caso de hospedarias
e congêneres, o preço deverá ser conforme tabela
ostensivamente exposta na casa (1.468)156.
* Providências: em ato contínuo propor o procedimento de
homologação do penhor legal (1.471 do CC 157 c/c 703 CPC158.
Qual é o prazo?
* Eventuais consequências do não ajuizamento da demanda.

II – HOMOLOGAÇÃO DO PENHOR LEGAL.


Significado: procedimento especial com o objetivo de assegurar a garantia
pignoratícia e assim ter a posse dos objetos retidos para eventual execução…
Se você entrar com procedimento penhor vai ser legal. Vai garantir posse dos bens
para que no futuro possa fazer execução.
CPC 73 X NCPC: CPC/73 (rol das cautelares nominadas) NCPC: procedimento
especial cognitivo.
Petição inicial.
a) Requisitos do 339 (deve anexar: contrato de locação ou conta própria…
[…]

154Art. 1.469. Em cada um dos casos do art. 1.467, o credor poderá tomar em garantia um ou mais objetos
até o valor da dívida.
155Art. 1.470. Os credores, compreendidos no art. 1.467, podem fazer efetivo o penhor, antes de
recorrerem à autoridade judiciária, sempre que haja perigo na demora, dando aos devedores
comprovante dos bens de que se apossarem.
156Art. 1.468. A conta das dívidas enumeradas no inciso I do artigo antecedente será extraída conforme a
tabela impressa, prévia e ostensivamente exposta na casa, dos preços de hospedagem, da pensão ou
dos gêneros fornecidos, sob pena de nulidade do penhor.
157Art. 1.471. Tomado o penhor, requererá o credor, ato contínuo, a sua homologação judicial.
158Art. 703. Tomado o penhor legal nos casos previstos em lei, requererá o credor, ato contínuo, a
homologação. § 1o Na petição inicial, instruída com o contrato de locação ou a conta pormenorizada das
despesas, a tabela dos preços e a relação dos objetos retidos, o credor pedirá a citação do devedor
para pagar ou contestar na audiência preliminar que for designada. § 2 o A homologação do penhor legal
poderá ser promovida pela via extrajudicial mediante requerimento, que conterá os requisitos previstos
no § 1o deste artigo, do credor a notário de sua livre escolha. § 3 o Recebido o requerimento, o notário
promoverá a notificação extrajudicial do devedor para, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar o débito ou
impugnar sua cobrança, alegando por escrito uma das causas previstas no art. 704, hipótese em que o
procedimento será encaminhado ao juízo competente para decisão. § 4 o Transcorrido o prazo sem
manifestação do devedor, o notário formalizará a homologação do penhor legal por escritura pública.
II - HOMOLOGAÇÃO DO PENHOR LEGAL
* Significado: procedimento especial com o objetivo de
assegurar a garantia pignoratícia e assim ter a posse dos
objetos retidos para a eventual execução.
“Constitui providência que visa a outorgar legitimidade ao
penhor realizado de mão-própria” (M).
* CPC/73 x NCPC: CPC/73 (rol das cautelares nominadas; NCPC:
procedimento
especial cognitivo. Pequenas modificações.
* Petição Inicial:
a) requisitos do 339159 (deve anexar: contrato de locação ou a
conta pormenorizada das despesas, tabela de preços e relação
dos objetos retidos – 703, § 1º)160;
b) a citação será para pagar ou contestar em audiência
preliminar que for designada (703, § 1º)161;
c) caso não efetuado o pagamento, a procedência da “ação”
com a homologação do penhor legal com a consequente posse
sobre o(s) objeto(s) apossado(s).

Matéria de defesa. 704, I a III; 704, IV. Pode excesso (1469 CC).
Segue o procedimento comum (705). E juiz vai decidir.
Decisão.
Procedente: homologação do penhor legal com efeito ex tunc, dando a posse dos
bens para a garantia na execução autônoma de título extrajudicial.
Improcedente: devolução dos bens ao requerido (salvo extinção da obrigação
poderá o autor cobrar pelo procedimento comum).
Recurso: 706, §2º.

159 Art. 339. Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo da relação jurídica discutida sempre que tiver
conhecimento, sob pena de arcar com as despesas processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de
indicação. § 1o O autor, ao aceitar a indicação, procederá, no prazo de 15 (quinze) dias, à alteração da petição inicial para a
substituição do réu, observando-se, ainda, o parágrafo único do art. 338. § 2 o No prazo de 15 (quinze) dias, o autor pode optar por
alterar a petição inicial para incluir, como litisconsorte passivo, o sujeito indicado pelo réu.
160§ 1o Na petição inicial, instruída com o contrato de locação ou a conta pormenorizada das despesas, a
tabela dos preços e a relação dos objetos retidos, o credor pedirá a citação do devedor para pagar ou
contestar na audiência preliminar que for designada.
161§ 1o Na petição inicial, instruída com o contrato de locação ou a conta pormenorizada das despesas, a
tabela dos preços e a relação dos objetos retidos, o credor pedirá a citação do devedor para pagar ou
contestar na audiência preliminar que for designada.
HOMOLOGAÇÃO DO PENHOR LEGAL
* Matéria de Defesa: 704, inciso I a III (CPC/73 – 875, I a III 162);
704, inciso IV (novo)163. Pode excesso (1469 CC)164
* Segue o procedimento comum: 705165
* Decisão-
➔ Procedente: homologação do penhor legal com efeito ex
tunc, dando a posse dos bens para a garantia na execução
autônoma de título extrajudicial (706; ver 784,V)166;
➔ Improcedente: devolução dos bens ao requerido (salvo
extinção da obrigação poderá o autor cobrar pelo proced.
Comum). (706, § 1º)167
➔ Recurso: 706, § 2º168.

III – HOMOLOGAÇÃO EXTRAJUDICIAL DO PENHOR LEGAL (novo – 703, §§2º ao 4º).


Pode fazer pelo cartório.
Requerimento do credor ao notário de livre escolha e instruindo com documentos
do 703, §31º.
O notário notifica o devedor para pagar em 5 dias ou para impugnar a cobrança por
escrito alegando as matérias previstas no CPC.
Atitudes do devedor: Pagar. Impugnar, nesse caso, o notário encaminha para o juiz
competente. Ficar omisso…

162 CPC/73: Art. 875. A defesa só pode consistir em: I - nulidade do processo; II - extinção da obrigação; III - não estar a
dívida compreendida entre as previstas em lei ou não estarem os bens sujeitos a penhor legal.
163Art. 704. A defesa só pode consistir em: I - nulidade do processo; II - extinção da obrigação; III - não
estar a dívida compreendida entre as previstas em lei ou não estarem os bens sujeitos a penhor legal;
IV - alegação de haver sido ofertada caução idônea, rejeitada pelo credor.
164Art. 1.469. Em cada um dos casos do art. 1.467, o credor poderá tomar em garantia um ou mais objetos
até o valor da dívida.
165Art. 705. A partir da audiência preliminar, observar-se-á o procedimento comum.
166Art. 706. Homologado judicialmente o penhor legal, consolidar-se-á a posse do autor sobre o objeto. §
1o Negada a homologação, o objeto será entregue ao réu, ressalvado ao autor o direito de cobrar a
dívida pelo procedimento comum, salvo se acolhida a alegação de extinção da obrigação. § 2 o Contra a
sentença caberá apelação, e, na pendência de recurso, poderá o relator ordenar que a coisa permaneça
depositada ou em poder do autor.
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais: […] V - o contrato garantido por hipoteca, penhor,
anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução; [...]
167§ 1o Negada a homologação, o objeto será entregue ao réu, ressalvado ao autor o direito de cobrar a
dívida pelo procedimento comum, salvo se acolhida a alegação de extinção da obrigação.
168§ 2o Contra a sentença caberá apelação, e, na pendência de recurso, poderá o relator ordenar que a
coisa permaneça depositada ou em poder do autor.
III - HOMOLOGAÇÃO EXTRAJUDICIAL DO PENHOR LEGAL
(novo – 703, §§ 2º ao 4º)169
● Requerimento do credor ao notário de livre escolha e
instruindo com os documentos do 703, § 1º170 (# de uma PI).
● O notário notifica o devedor para pagar em 5 dias ou para
impugnar a cobrança por escrito alegando as matérias previstas
no CPC.
● Atitudes do devedor:
- pagar
- Impugnar, nesse caso, o notário encaminha para o juiz
competente.
- ficar omisso, nesse caso, o notário formalizará a homologação
do penhor legal, por escritura pública.

169§ 2o A homologação do penhor legal poderá ser promovida pela via extrajudicial mediante requerimento,
que conterá os requisitos previstos no § 1 o deste artigo, do credor a notário de sua livre escolha. § 3 o
Recebido o requerimento, o notário promoverá a notificação extrajudicial do devedor para, no prazo de 5
(cinco) dias, pagar o débito ou impugnar sua cobrança, alegando por escrito uma das causas previstas
no art. 704, hipótese em que o procedimento será encaminhado ao juízo competente para decisão. § 4 o
Transcorrido o prazo sem manifestação do devedor, o notário formalizará a homologação do penhor
legal por escritura pública.
170§ 1o Na petição inicial, instruída com o contrato de locação ou a conta pormenorizada das despesas, a
tabela dos preços e a relação dos objetos retidos, o credor pedirá a citação do devedor para pagar ou
contestar na audiência preliminar que for designada.
-------------------------------------------------------------------------------- Aula 20/09/2018 (quinta-feira)

7) TAA (tutela antecipada antecedente).

SE (sem estabilização).
CE (com estabilização) → Estabilizada → 2anos [prazo revisão]→ superestabilizada.

Slides.

Depois que fez transfusão de sangue; que já passou caminhão de cebola e elas já estão
até no mercado, vai discutir mais o quê?

Na maioria dos casos não vai ocorrer a estabilização.

7) TUTELA ANTECIPADA ANTECEDENTE.

Sentido: quando no momento da propositura da ação, o requerente cinge-se


tão somente ao pedido de tutela antecipada, deixando, se for o caso, para mais
tarde a realização do pedido final.
Justificativa: extrema urgência (“contemporânea à propositura da ação”) e
sem tempo para estruturar a causa petendi para o pedido final.
Classificação: TTA com ou sem intenção de estabilização.

Casos de extrema urgência que você não tem tempo de realizar pedido final, tem
extrema urgência, faz pedido de TTA, faz pedido satisfativo.
Só quer que juiz defira cirurgia.
MP, tem dano ambiental, faz tutela satisfativa para parar de derrubar. Depois vai
ver reflorestamento, dano ambiental, mas agora única coisa que quer é que parem de
derrubar aquelas áreas.
Remédio. Mulher precisava pedir injeção no olho senão ficaria cega… tinha laudo
do médico… alguns casos são de extrema urgência, a causa de pedir é complexa…
Exército. Estava com perna quebrada, braço quebrado, ia dar baixa no outro dia,
sente que vão dar baixa mesmo, dizer que está apto ao serviço militar, cara não está apto,
aí entram pedindo uma tutela antecipada de extrema urgência, e vai pedir para continuar
no quartel, recebendo soldo, alimentação, no pedido final vai explicar causa de pedir, falar
que foi acidente de trabalho, que não está apto… mas não tem tempo para idealizar
pedido final…
Caso da prima que era baixinha e conseguiu liminar para fazer curso…

Por que falou “se for o caso”? Porque pode ter vontade de estabilização…

Se não tem extrema urgência vai pedir incidentalmente…


Para tirar nome da SERASA existe extrema urgência? Não.

Injeção no olho; transfusão de sangue; reintegração no serviço militar; sustação de


protesto…

7.1) TUTELA ANTECIPADA ANTECEDENTE SEM A INTENÇÃO DE ESTABILIZAÇÃO.

O legislador colocou menos do que tinha que ser.

Obs.: O procedimento o juiz vai adequar. Os cenários dos procedimentos ideal...

Vai falar do cenário.

DEMANDA.
a) Elementos comuns da petição inicial (303).
Todos elementos de uma petição.
b) Expor o “mérito” da tutela antecipada (303).
Você está discutindo a urgência e o perigo da demora, o mérito da tutela
antecipada e a fumaça do bom direito e o periculum in mora.
Está machucado, se demorar não tem mais vínculo...
c) Indicar o pedido que será formulado como tutela final (303).
Se continuar tutela final, indicar pedido. Vai pedir no caso do reflorestamento….
Quer que pare de derrubar árvores, pedido final vai ser reflorestamento e danos
materiais… Militar vai pedir para ser reformado.
d) Declarar que a tutela é antecedente e que não pretende a estabilização
(sugestão).
Na estabilização da tutela antecipada você tem que dizer que quer estabilização;
aqui você fala que vai ter pedido final, que vai pedir reforma do serviço do exército, que
seja reflorestado, que depois do treinamento seja efetivada, agora a sustação do protesto
e depois vai discutir título e que não deve para o outro…
e) Pedir a tutela antecipada.
f) Indicar o valor da causa considerando o pedido de tutela definitiva que pretende
formular (§4ª do 303).
Crítica: se é com vontade de estabilizar não vai ter nem pedido final… valor da
causa relacionado à tutela antecipado… mas legislador trouxe diferente.

TUTELA DEFERIDA.
Juiz deferiu.
a) O demandado será citado para integrar a relação processual (238) e intimado da
decisão da tutela antecipada (lei não fala – deveria ser).
Vão ter que expedir mandado de intimação e para isso tem que expedir mandado
de citação…
b) O autor deverá aditar a petição nos mesmos autos em 15 dias (ou outro fixado
pelo juiz) com o pedido de tutela final (complementa a causa de pedir; confirma o
pedido de tutela definitiva; junta novos documentos), sem a incidência de novas
custas (303, §1§, I c/c 303, §3º); O não aditamento implica na extinção do processo
sem resolução de mérito (303, §2ª).
Vai emendar petição inicial. Se você não aditou vai morrer tudo..
c) Aditada a petição inicial, o réu será “citado” e intimado para audiência de
conciliação ou de mediação (303, §1ª, II).
Entra para procedimento comum.
d) Não havendo acordo, correrá o prazo para oferecimento de contestação (303, §1º,
III); depois saneamento; instrução e julgamento.
Depois da audiência abre prazo nos termos do código… depois saneamento,
instrução e julgamento.

TAA – TA – Aditar 15 dias TF → Sem acordo, segue o comum.


São duas etapas.

TUTELA INDEFERIDA.
a) Intimação do autor para a “emenda” da petição inicial em 5 dias (303, §6ª), para
que complemente a causa de pedir e faça pedido de tutela definitiva.
Intimação do autor para aditar petição inicial em 5 dias. Termo correto seria
“aditamento”.
Se juiz defere TAA tem prazo de 15 dias. Aqui, se tutela for indeferida, só tem 5
dias para fazer aditamento.
Ver o que errou lá no começo e tentar pedir novamente. Fazer o pedido final.
b) Segue os demais passos anteriores (citação, intimação para tentativa de acordo
e eventual contestação – 303, §1º, I, II e III); saneamento, instrução e julgamento.

7.2) TUTELA ANTECIPADA ANTECEDENTE COM A INTENÇÃO DE ESTABILIZAÇÃO.

Você faz pedido de tutela antecedente e diz que quer estabilização, que não vai
aditar petição inicial desde que demandado não recorra.
Chega caminhão com batata e cebola na fronteira. Qual o pedido final?
Transfusão de sangue? Qual o pedido final?
As vezes até remédio…
Frango que ficou preso… qual o pedido final?
Às vezes não tem.
Contra plano de saúde, cirurgia…
no passado, deferia e era tão satisfativa que não tem mais o que pedir depois e
quando era tutela cautelar e não tinha o que pedir depois… mas pedir o quê? Não quer
mais nada depois. Pedido final era confirmação da tutela antecipada.

Art. 304.

Sentido: técnica de monitorização, em que obtida a providência perseguida e


não havendo recurso, tudo está resolvido e satisfeito, extinguindo o processo; a
decisão antecipatória continuará produzindo efeitos enquanto não for ajuizada ação
autônoma para revisão, reforma ou invalidação (Didier cita Leonardo Crneiro da
Cunha)
Técnica de monitorização – monitória – tem documento, fala que pessoa está
devendo mas não é título eecutivo… se pessoa não contestar vira título executivo judicial.
Objetivo: autossatisfatividade; aguardar para mais tarde.

DEMANDA.
a) Elementos comuns da PI (303).
b) Expor o “mérito” da tutela antecipada (303).
c) Indicar o(s) pedido(s) que será(ão) eventualmente formulados como tutela final
(303).
porque eventualmente? Porque você tem intenção de estabilização.
d) Declarar que tutela antecipada é antecedente e pretensão da eventual
estabilização, ou seja, a autonomia da mesma caso o demandado não se manifeste
(§5º, 303).
tem que preparar demandado para ele não realizar recurso.
e) Pedir a tutela antecipada.
f) Indicar o valor da causa (§4º do 303).
g) Como se trata de desejo de estabilização, requerer, caso concedida a tutela
antecipada, a citação e intimação prévia do demandado da concessão da tutela
antecipada.
Para saber se tem que aditar petição inicial.
h) Requerer que a abertura do prazo para eventual aditamento da petição inicial seja
apenas após a intimação do eventual recurso da parte contrária.
Enunciado 19 – TJMG (arts. 303, §1§ e 304) – O autor do requerimento de uma
tutela antecipada antecedente concedida só estará obrigado a aditar a petição
inicial se houver a interposição de recurso.

- TA – est.
- Intima o demandado.
- Pode recorrer.
~ Se recorrer, vai aditar.
~ Se não recorrer, não vai aditar. E aí vai estabilizar.

DEFERIMENTO.
a) Citação e intimação do requerido para cumprimento.
b) Começa o prazo para o recurso (só o aravo de instrumento ???).
lei fala recurso. É só agravo de insturmento? É obirgado a recorrer? Se não
recorrer o que acontece? Tem que recorrer para que ação continue? Ou pode falar para
juiz que não concorda, que quer discutir lá na frente mérito?
Doutrina tem falado que ideal é: faz agravo de instrumento. Mas se não quer
reverter, fala que não concorda e que quer continuar com ação. Ideal é agravo mas pode
ser qualquer outra manifestação dentro do prazo recursal.
c) “Recurso” não interposto: estabilização dos efeitos da tutela antecipada e
extinção do feito (304 e §1º).
d) Qual decisão? 304, §6º A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada,
mas a estabilidade dos respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir,
reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das partes, nos termos
do §2ª deste artigo. 487, I ou 485, X? Juiz vai estabilizar julgando com mérito ou sem
mérito. Se é sumária não pode ser com mérito… vai ser sempre sem mérito? Dúvida.

“RECURSO” INTERPOSTO
a) Não será possível a estabilização.
b) Aditamento da petição inicial (303, §1º, I). O juiz pode ampliar prazo de
aditamento (Obs.: não realizado o aditamento corre a extinção do feito sem mérito
(303, §2º)).
c) “Citação” e intimação do requerido para a audiência de conciliação e mediação
(303, §1º, II).
d) Na ausência de autocomposição, a abertura do prazo para a contestação (303,
§1ª, III).
e) Saneamento, instrução e decisão.

Caminhoneiros bloquearam rodovia. Frangos começaram a comer uns aos outros. Pif Paf
entrou contra União…

INDEFERIMENTO DA TUTELA ANTECIPADA COM INTENÇÃO DE ESTABILIZAÇÃO.


a) Aditamento da petição inicial a fim de que o processo, em sendo o caso,
desenvolva-se regularmente sob pena de extinção do feito (303, §6º).
Obs.: O autor também poderá recorrer da decisão.
Obs.: Humberto Teodoro Junior – Se indeferida, a ação tem que ser extinta. Não; se
indeferir faz aditamento e segue normal.

TAA com intenção de estabilização.


PI – estabilizar.
Juiz vai dar tutela antecipada.
Requerido não vai recorrer.
Não vai ter aditamento.
Vai ocorrer a estabilização.
7.3) SUPERESTABILIZADA.
7.3) AÇÃO DE CONFIRMAÇÃO OU IMPUGNAÇÃO DA TUTELA ANTECIPADA
ESTABILIZADA.

Em prazo de 2 anos parte pode tentar rever estabilização, quer discutir o mérito da
ação. Se for autor que confirmar; se for réu quer impugnar, reversão da tutela
estabilizada.

* Sentido: 304, §2º.


Demanda que a outra parte interpõe com intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela
antecipada estabilizada…
* Competência: Mesmo juízo. 304, §4º.
* Como: Ação autônoma.
* Prazo: 2 anos. É um prazo decadencial. Se não fizer isso no prazo de 2 anos, vai
ocorrer a superestabilização e não se discute mais. 304, §5º.
- Não fizer: Superestabilização.

Ocorre coisa julgada? Não. Não ocorre coisa julgada em tutela provisória.

Cabe ação rescisória? Não. Porque ação rescisória é para decisão de mérito e aqui foi
decisão sumária…

DEMANDA DE CONFIRMAÇÃO OU REVERSÃO DA TUTELA ANTECIPADA


ESTABILIZADA.
304, §2º.
304, §3º.
304, §4ª.
304, 5º.

Com estabilização = Tutela antecipada concedida + desinteresse bilateral [não


recorrer, não aditar] → Estabilização.

Superestabilização = estabilização + transcurso do prazo bienal para revisão.


-------------------------------------------------------------------------------- Aula 27/09/2018 (quinta-feira)

TUTELA CAUTELAR ANTECEDENTE (305 a 310)

* INTRODUÇÃO.

Vai fazer uma demanda para a tutela cautelar que vai ter procedimento próprio,
garantir se bens estão bloqueados, disponíveis… e causa definitiva, inventário, onde no
futuro vai ser utilizado bem que está indisponível, bloqueado. Dois procedimentos, um
para discutir a cautelar em si e outro para discutir o pedido principal.
Quando for em caráter antecedente vai ocorrer isso que Código criou…

- Sentido.

“É o procedimento conservativo realizado com a finalidade de assegurar a futura


eficácia do direito postulado no processo principal.”

É um procedimento, mas como não se confunde com tutela antecipada, ele vai
conservar, para quando chegar no procedimento principal esteja conservado o bem da
vida. Quando chega no inventário esteja conservado bem. Que quando chegue na
execução, arresto, bem esteja conservado.

- Duplicidade de demandas.

São duas demandas. Dois procedimentos. Mas apenas um processo.


Vai chegar um momento que eles vão se misturar.

* PETIÇÃO INICIAL (305).

- Elementos comuns da PI – 319, I e II.

A quem é dirigida, qualificação das partes.

- Prévia da tutela definitiva.


O 305 tem redação que tem que ser analisada.
Indica a lide e seu fundamento, exposição sumária…
Quando fala ‘a lide’, está fazendo uma prévia da tutela definitiva, para demonstrar o
nexo de interdependência de uma com a outra.

- O “mérito” da cautelar.

Expôr o periculum in mora.


Fumus boni iuris.

- O pedido da tutela cautelar – 319, IV.

Exemplo: até o mínimo de’, não vai indisponibilizar todos os bens do sujeito. Manda
oficiar… e pede indisponibilidade dos bens, no futuro vai garantir a existência de bens….

- As provas que pretende produzir – 319, VI.

- Valor da causa.

Você tem que pensar, imaginar causa principal não dá. Como vai colocar valor total
do inventário, se não sabe valor…

* O PROCEDIMENTO DA TUTELA CAUTELAR.

a) Decisão do juízo.

Decisão do juiz de conceder ou não a tutela.


Vai deferir a liminar.

b) Efetivação, citação e intimação (306).

Fazer a efetivação, citação e intimação.


Vai intimar parte para poder fazer agravo de instrumento...
c) Eventual contestação em 5 dias (306 a 307).

Réu citado para no prazo de 5 dias contestar e apresentar provas que pretende
produzir.
Se a parte não contestar, fatos alegados pelo autor presumir-se-ão aceitos pelo réu
e juiz decidirá em 5 dias.

d) Segue o comum (307, único).

Depois segue o procedimento comum.


Réplica, algumas provas…

e) Decisão.

Juiz pode confirmar ou revogar cautela.

f) Obs.: 310.

* PROCEDIMENTO DO PRINCIPAL.

a) Aditar:
- Pedido principal (efetivação).
- Melhorar a causa de pedir.
> 308 e seu §2º.

Pedido principal formulado no prazo de 30 dias.


Lei fala da ‘efetivação’ e não da ‘concessão’.
Fazer pedido principal a partir da EFETIVAÇÃO.

308, §2º fala que há oportunidade para melhorar formulação da causa de pedir.
Concedeu a liminar, ela foi efetivada, prazo começou a contar… você tem 30 dias
para fazer pedido principal. Faz pedido principal e melhora a causa de pedir.
308, §1º: isso é tutela incidental? Ou vai fazer pedido dos dois juntos com
antecedente? Vamos pensar que é tutela incidental.

Efetivou começa trintídio. Feito aditamento…

E se não entrar nos 30 dias? Vai perder eficácia da tutela.

b) Intimação (308, §3º).

Apresentado pedido principal partes são intimadas para audiência de conciliação


ou mediação…

c) Contestação (308, §4º).

Não havendo conciliação, prazo para contestar…

d) Comum… Sentença.

E aí vai seguir o procedimento comum, até juiz chegar na sentença e condenar


parte ao pagamento, fazer partilha dos bens...

* CESSAÇÃO DA EFICÁCIA DA TUTELA CAUTELAR → Anômala.

- 309:
~ I. O autor não deduzir pedido principal no prazo legal… no trintídio legal… vai
cassar tutela…
Existia súmula falando que trintídio era se houvesse restrição de direito, mas se
não houvesse restrição de direito era flexibilizado pela jurisprudência.
~ II. Não for efetivada dentro de 30 dias. Só quando ocorre por culpa do autor.. não
juntou custas, não forneceu endereço… Mas se Poder Judiciário demorou 60 dias para
efetivar pessoa não tem culpa… demandante não pode ser condenado por coisa que não
tem culpa.
~ III. Juiz julgar improcedente… ou extinguir o processo sem resolução de mérito.
Caiu o principal, a cautelar também vai cair, porque é acessória, conservativa.
Isso quando é anômala. Porque normal da cautelar é conservar o que veio
proteger… bem que foi bloqueado no arresto vai ser utilizado na penhora… Normal da
tutela cautelar é atingir o seu objetivo… O que estamos vendo agora são as situações
annormais, não fez pedido, ficou inerte para efetivar...

- P. único do 309.

Obs.: 310.
diz que o indeferimento da tutela cautelar não obsta que parte faça pedido
principal… Se juiz indeferiu cautelar não vai deixar de fazer pedido principal. Mas se juiz
perceber que direito que vai pedir no principal está prescrito, ocorreu decadência, vai dar
decisão exauriente na cautelar… já tolhe direito de fazer o principal.

TCA → deferir – pedido principal…



Contesta...

Explicar o que seria arresto, sequestro…


Art. 301. Acabaram com tutelas cautelares nominadas, mas deixaram rol
exemplificativo de tutelas que juiz pode dar.

[ Slides ]

O PODER GERAL DE EFETIVAÇÃO.


Existiam as nominadas genuínas e não genuínas.
Art. 301.
rol manteve rol exemplificativo.
ARRESTO.
Medida para assegurar a execução por quantia certa. Consiste na apreensão de
bens penhoráveis indeterminados do devedor suficientes para o pagamento da dívida.
Assegura a futura penhora ou arrecadação ou resultado útil de falência, ou seja, ‘proteger
pretensões monetárias’.
Art. 813. arresto no 813. Regel quer ir para outra cidade, vai se aposentar, fez
muitos negócios em Viçosa; quando tenta ausentar furtivamente; contrai ou tenta contrair
dívidas extraordinárias.
Art. 814. Juiz deu sentença e parte começa a alienar bens. Parte pede arresto….

SEQUESTRO.
Em divórcio acontece muito situações de sequestro. Homem não quer ‘dar’ metade
dos bens para mulher. Começou a passar bens para amigos para na hora do divórcio não
partilhar com esposa. Finalidade da cautelar é conservar para que se tiver destino normal
no final possa ser feito divórcio e cada um receba aquilo que é seu.
Consiste na apreensão de um bem específico (determinado) litigioso. Protege a
execução para entrega da coisa….
Evita dissipação, ocultação, alienação… para salvar inventário, divórcio.
Art. 822. Trazia rol.

ARROLAMENTO DE BENS.
Art. 855.
Cautelar constritiva, consistente na especificação, apreensão judicial e depósito de
bens que integram uma universalidade, com a finalidade de evitar sua ocultação,
alienação ou deterioração.
Finalidade – aferir o real patrimônio e evitar perdas.
Exemplo do sujeito rico que avião caiu e filhas começaram a retirar bens, quadros
da casa… e segunda esposa estava hospitalizada no hospital.
Foi dividida.

REGISTRO DE PROTESTO CONTRA ALIENAÇÃO DE BENS.


Antigamente usava em situações…
dois tipos no CPC/73: nominado do 867 (passou para jurisdição voluntária [726-
729]) e outro inominado.

O DESTINO DE ALGUMAS CAUTELARES NOMINADAS.


Produção antecipada de provas e as justificações: 381 a 383, CPC. Ação
autônoma de jurisdição voluntária com procedimento próprio.
Atentado: 77, VI. Juiz dá bloqueio e pessoa viola. Penhora carro com vidro X, roda
Y, som…. Sujeito vai lá e tira som… Tinha dois tratores iguais, foi desmanchando um para
fazer o outro andar…
Prossegue com obra embargada...
Exibição de documentos desejados de forma antecedente: era ação
preparatória. Você queria entrar com ação contra banco, mas não tem documentos.
Entrava com cautelar e pedia para banco exibir, no prazo de 30 dias entrava com principal
que era revisão de cláusulas bancárias… Produção antecipada de provas? Tutela
provisória? Antecipada ou cautelar? Nenhum? Quer saber quem está ligando para
casa dele… mas depois não faz nada… é satisfativa…
--------------------------------------------------------------------------------- Aula 02/10/2018 (terça-feira)

OPOSIÇÃO (682 a 686).

João tem quadro famoso. Empresta quadro famoso para Pedro. Pedro dá uma
festa para inaugurar quadro famoso e coloca nas redes sociais. Mário olhando aquilo nas
redes sociais, fala que aquele quadro é dele. O Mário entra com ação contra o Pedro. Aí o
João, aquele que emprestou quadro para Pedro, entra contra Mário e Pedro para dizer
que quadro é dele, e essa ação vai se chamar oposição. Duas pessoas brigando por
alguma coisa e vem terceiro falando que coisa é dele.
Pode ocorrer em outras situações. Carro alienado fiduciariamente, réu não pagou
carro, a empresa entra contra réu para pegar carro de volta, mas réu passou carro para
terceiro de boa-fé. Vai entrar contra autor da alienação fiduciária e contra o réu de quem
está sendo cobrado carro.
Oposição em guarda, interdição. A quer tirar tutoria do B, mas C (avô) se considera
mais legítimo para pegar curatela….

Discutindo o mesmo direito, o mesmo objeto. É possível, por questões de


economia processual, de ter só uma sentença, é possível propor ação de oposição.

No CPC antigo ela era chamada intervenção de terceiros.


NCPC: copiaram da intervenção de terceiros e colaram nos procedimentos
especiais de jurisdição contenciosa.
Tem duas pessoas controvertendo sobre mesmo objeto que terceiro acha que é
dele, ele entra com ação…

→ SENTIDO.

Candido Regel Dinamarco: “É a demanda através da qual terceiro deduz em juízo


pretensão incompatível com os interesses conflitantes de autor e réu de um processo
cognitivo pendente.”

Art. 682.
→ REPRESENTAÇÃO GRÁFICA.

J
A R

J
Opoente (C) Opostos (A/R)

→ OBJETIVOS.

- Economia processual.
- Evitar decisões conflitantes.

É uma ação facultativa. Pode esperar para depois.


Litisconsórcio passivo necessário. Obrigatório incluir autor e réu.
Sentença unitária ou não? Não é unitária. Só um que vai perder o quadro.

→ REQUISITOS.

- Processo pendente sobre objeto que controvertem autor e réu.

Tem que ter um processo pendente. Se não existir processo pendente não é
oposição.

- Pretensão contra autor e réu ao mesmo tempo.

Para que juiz decida de quem é coisa.


Ad excludendum.

- Deduzida antes da sentença.

Tem que ser deduzida antes da sentença. Art. 682. Até ser proferida sentença pode
ser deduzida oposição… Tem que ser antes da sentença para propor oposição.
→ PROCEDIMENTO.

- PI – 683.
Requisitos da petição inicial. 683.

- Distribuição por dependência – 683, p. único.


Se não não teria sentido a oposição.

- Citação nas pessoas dos advogados.


Como já tem relação constituída, todo mundo qualificado… Art. 683, p. único.

- Prazo comum para defesa.


Prazo comum de 15 dias para defesa, para contestar. Art. 683, p. único.

- Ver 684.
Se um dos opostos reconhecer procedência do pedido, contra o outro pode
prosseguir…
A parte pode reconhecer a procedência do pedido.
Reconhecer a oposição. Pedro desistir, falar que só pegou emprestado mesmo e
os outros que se virem, fica Mário contra João…

J
A B

...
C BA

- Instrução.
685 e 685, p. único.

~ Oposição antes da audiência de instrução originária = Aguardar a instrução para


fazer conjunta.
Se a oposição é antes da audiência de instrução originária. Art. 685. Vai aguardar a
instrução para fazer conjunta.
~ Após início da instrução? 685, p. único.
Se for após o início da instrução o que vai acontecer?
> 1) 1a situação: Faz a produção de provas da ação originária e depois suspende o
processo para aguardar a instrução da oposição.
> 2) 2a situação: A imediata suspensão da ação originária afim de que a oposição
seja processada e alcance a etapa instrutória, ocasião em que as duas demandas serão
instruídas conjuntamente.

se a oposição oferecida após inicio da audiência de instrução, juiz faz produção de


orivas e suspende, ou suspende e aguarda oposiçao chegar em instrução…. Vai julgar
simultaneamente.

- Uma sentença – simultaneamente.


Vai julgar simultaneamente. Vai julgar a oposição em 1º lugar, para depois julgar a
ação. Uma é prejudicial em relação a outra.
Alguns falam que é declaratória para autor e condenatória para réu.
Juiz tem que dar uma única sentença para evitar decisões diferentes mas
reconhecer posição em 1º lugar porque ela é prejudicial.
-------------------------------------------------------------------------------- Aula 04/10/2018 (quinta-feira)

TUTELA DE EVIDÊNCIA

1) SENTIDO E IMPORTÂNCIA.

Sentido do Humberto Teodoro Junior:


“É a antecipação da tutela incidental concedida nas hipoteses de ficar evidenciado
de forma robusta o direito material da parte.”

Porque só de forma incidental? Normalmente pessoa já tem que fazer prova mais
substancial do seu direito. Precisa entrar com ela mais pronta. Questão do requisito, do
momento em que for deferida. Por isso legislador optou por tutela de evidência de fora
incidental.
Tem que entrar com prova melhor. Não existe pressupostos periculum in mora….
Art. 294, p. único. É tão somente de forma incidental.

Evidenciado de forma robusta o direito material da parte. Tem que ter prova
material mais robusta.

Importância.
Valorização do princípio do acesso à justiça, princípio do acesso à justiça como
acesso a ordem jurídica justa. Princípio da instrumentalidade.

Tutela satisfativa.

2) CPC/73 X NCPC.

CPC/73 no 273 e 273, §6º. Trouxeram para 311, I.


Quando um ou mais pedidos mostrar incontroverso.
No caput falava em prova inequívoca.

NCPC trouxe tutela de evidência como autônoma… explicitou de forma explícita já.
3) OUTRAS TÉCNICAS DE EVIDÊNCIA.

O mandado de segurança é uma técnica de direito de evidência, por causa do


direito líquido e certo, demostrado através de prova documental.

Monitória também dizem que é técnica de evidência.

Alguns dizem que possessória é técnica de direito evidência. Regel entende que
não.

Dizem que títulos executivos extrajudiciais.

Ação de despejo, embargos de terceiro, alienação fiduciária em garantia. Regel


não enxerga muito. Mandado de segurança ainda vai.

4) JUSTIFICATIVAS.

A 1a situação para ser evidência: Humberto Teodoro Junior diz: elementos de


convicção suficientes no estágio inicial do processo. Alguns autores dizem: alta
probabilidade, fumus extremado, muito provável… Alexandre Freitas Câmara fala
probabilidade máxima.
Outra que Marignoni fala: a noção de defesa inconsistente e provavelmente o será.
Tem prova suficiente e noção de defesa inconsistente.
Alexandre Freitas Câmara fala em inversão do ônus do tempo. Evitar que toda
carga resultante da duração do processo recaia sobre demandante que provavelmente
tem razão.

5) PRESSUPOSTO.
O código só traz fumaça do bom direito, fumus boni iuris. Mas tem que analisar
uma probabilidade maior, não um simples fumus boni iuris. Probabilidade quase absoluta,
mais chance de sucesso do autor do que do réu.
Perigo da demora até sai porque tutela de evidencia esta baseado em injustiça…
Código só fala em fumaça do bom direito e excluiu perigo da demora.

6) HIPÓTESES.
I: Tutela de evidência punitiva,
II, III, IV: Tutela de evidencia documentada.

1.
→ 311, I.
Tutela de evidência punitiva. Ficar caracterizado abuso de direito de defesa e
manifesto propósito protelatório…
→ ADO → dentro do processo.
Abuso de direito dentro do processo.
Recurso sem fundamento, não séria, provas infrutíferas, fornecer endereços
inexatos, tese bisonha.
→ MPP → fora do processo.
Manifesto propósito protelatório fora do processo.

Não cumpre decisões judiciais; ocultação de prova; retenção de autos; fraudes;


simular doenças. Tudo no curso do processo, com manifesto propósito protelatório. Regel
entende que manifesto propósito protelatório é o gênero.
→ Requisitos para conceder.
Inciso por si só não é suficiente. Entende que para conceder tem que ter alguns
requisitos. Juridicidade das alegações, robustez dos argumentos do autor +
comportamento inadequado do réu. Ela por si só não, tem que ter juridicidade. Inciso I por
s só não é elemento suficiente, é suficiente para conceder litigância de má-fé.

2.
→ 311, II.
As alegações de fato que puderem ser comprovadas apenas documentalmente e
houver tese firmada em julgamento de recursos repetitivos e súmulas vinculantes.
→ Requisitos para conceder.
Alegações de fato que puderem ser comprovadas apenas documentalmente.
Matéria sujeita a prova documental idônea, tem que ter prova documental pré constituída
idônea. + matéria oriunda de julgamento de recursos repetitivos. Será que só nessas
situações ou em situações de precedentes bons? Alguns autores acham que quando
envolver outras jurisprudências, indexadores jurisprudenciais poderia. Mas Código fala só
desse. Em prova fechada não falar de fazer amplitude.
Prova exclusivamente documental idônea e tese firmada em julgamento de
recursos repetitivos e súmulas vinculantes. Se tese foi jurídica, pacificada no tribunal, é
evidente que parte teria direito.

3.
→ 311, III.
Antiga ação de depósito.
Se tratar de pedido reipercusório (persegue coisa) fundado em prova documental
adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada ordem de entrega do
objeto… sob pena de multa.
→ Histórico: 902 CPC/73 para 498 c/c 311, III (NCPC).
No CPC/73 tinha ação de depósito em que parte perseguia coisa… Juiz mandava
entregar coisa sob pena de prisão, figura do depositário infiel.
Legislador acabou com ação de depósito e colocou no art. 498 como procedimento
comum, criou procedimento comum e deu tutela de evidência. Resolveu em parte questão
da ação de depósito.
→ Requisitos para conceder.
Depósito legal, depósito miserável…
Qual aqui? Depósito regular (escrito, documentado) (de coisas infungíveis) + o
desejo da tutela específica de receber a coisa.
No miserável se tiver prova, mas é difícil.
→ Pode multa.
Possibilidade de colocar multa.

4.
→ 311, IV.
A petição inicial for instruída com prova documental e que réu não oponha prova
capaz de gerar dúvida razoável.
→ Requisitos.
Matéria sujeita a prova exclusivamente documental + prova suficiente do autor +
contraprova insuficiente do requerido.
Não basta só uma prova documental… autor tem que ter prova suficiente. Mais
contraprova insuficiente do requerido. E juiz defere tutela de evidência. É uma regra muito
aberta e aqui vão se enquadrar muitas situações.
7) MOMENTO EM QUE PODE SER DEFERIDA.
- Liminarmente; 311, II e III; a partir da resposta: 311, I e IV.
311, p. único fala que o II e o III (depósito e repetitivo) podem ser concedidos
inaudita altera pars. Os demais, o I e o IV (direito de defesa e prova insuficiente do réu)
tão somente a partir da resposta.

Jurisprudência. A produção antecipada de provas.


Antecipava a prova para você usar no futuro processo principal. Pegava depoimento de
pessoa com cÂner em estado terminal para usar em processo principal.
Fungibilidade.
Jogou lá para as provas e criaram procedimento, tiraram das cautelares.
Juiz com relação ao Mineirão. Pediram tutela provisória antecipada em caráter
antecedente. Pediram provas mas entraram com cautelar antecipada antecedente, juiz
entendeu que era antecipação de provas… juiz deu fungibilidade… transformou tutela
antecipada antecedente em produção antecipada de provas.

-------------------------------------------------------------------------------- Aula 00/09/2018 (quinta-feira)

Monografia: Petitória no decorrer de possessória. 577.

Marcar qual é de natureza dúplice.

25/09 – prova → procedimentos especiais.

Prova: Auditório I, PVB

***

Prova: 25/10 – cautelar

Semana do 16 ao 19 não tem aula.


----------------------------------------------------------------------------------------------- Correção 1 a prova

1) Nenhuma alternativa correta (E).


a) Escolha não é feita aleatoriamente.
b) Necessariamente. Temos alguma relação que não tem relação com direito material…
c) Critério da exclusão.
d) Se afastam totalmente do procedimento comum. Na verdade apresenta diferença no
comum e depois segue comum… Dificilmente vai ter procedimento comum que vai ser
desde o início especial… o único que vai ser mais ou menos assim é o inventário…

2) Consignação em pagamento extrajudicial (C).


Consignação em pagamento é facultativa extrajudicial. É uma opção.
Bens móveis – Caixa Econômica Federal em joias. E admitido consignar títulos de crédito
no banco…
Se o credor for desconhecido não se admite consignação em pagamento extrajudicial.
Saber endereço e saber quem é.

3) Consignação em pagamento judicial (E).


Coisas vagas…
Antes era arrecadação dos bens dos ausentes, agora é coisas vagas.

4) Todas estão corretas (E).

5) Nenhuma está correta (E).

6) Exigir contas (C) e (E).


Corretas: Natureza dúplice. Quem se diz no direito de recebê-la. Não é cabível no caso de
alimentos. Se contestar sem apresentação de contas, procedimento será bifásico.
Abusividade de cláusulas bancárias. Incorreta.

7) (C).

8) (C).

9) Possessórias sobre bens imóveis perante Juizado Especial (C).


10) (D).
Alternativa falava em audiência de conciliação, mas é audiência de mediação.

11) (C). poderá fazer na própria contestação. Art. 555.

12) (D).

13) (D).

14) (C).

15) (B).

16) (E).

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