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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-

REI
Engenharia Química
Laboratório de Engenharia Química II

Trocadores de calor

João Paulo P. dos Santos, Juan M. S. Vivas, Letícia R. N. Antunes, Rauny S. Lima, Renato C. Gazolla.

Resumo
RESUMO - O trocador de calor é um equipamento que busca realizar a troca térmica entre fluidos sem que ocorra a mudança
de fases. Através de um trocador de placas em contracorrente buscou-se calcular a eficiência térmica do equipamento e
comparar os dados obtidos experimentalmente com aqueles fornecidos pelo fabricante.

Palavras-chave: trocador de calor, placas, contracorrente.

Experimental Em um trocador de calor, a diferença de temperatura


No experimento, foi realizada a troca térmica entre água varia com a posição dos fluidos no equipamento, sendo
necessário determinar um valor médio para os cálculos.
em temperatura ambiente e água quente em um trocador de
placas e um trocador de casco e tubos, ambos com fluxo 𝑄 = 𝑈𝐴𝛥𝑇𝑚𝑙
em contracorrente., cuja área fornecida pelo fabricante é de
0.3m2 e XXm2. Algumas considerações devem ser feitas para o cálculo
Inicialmente, aqueceu-se a água a ser utilizada em uma em trocadores de correntes paralelas:
caldeira elétrica e após alguns minutos, foi dado início da ● Condução coaxial ao longo dos tubos desprezível;
passagem de vapor na tubulação. Primeiramente foram ● Variação das energias potencial e cinética
feitos os experimentos no trocador de calor de placas e desprezíveis;
anotados as temperaturas de entrada e saída tanto do vapor, ● Capacidades caloríficas constantes;
quanto da água de resfriamento para cálculos posteriores. ● U constante;
Finalizado o experimento no trocador de placas, abriu-se ● Trocador isolado termicamente da vizinhança.
as válvulas para passagem dos fluidos do trocador de casco Para um balanço de energia tem-se que:
e tubos, fechou-se as válvulas correspondentes ao primeiro
equipamento e, enfim, deu-se início ao experimento. 𝑑𝑄 = −𝑚𝑞. 𝐶𝑝𝑞. 𝑑𝑇𝑞 = −𝐶𝑞. 𝑑𝑇𝑞
O experimento foi realizado com variação na vazão de
água quente, o que culminou na alteração de vazão da água 𝑑𝑄 = 𝑚𝑓. 𝐶𝑝𝑓. 𝑑𝑇𝑓 = 𝐶𝑓. 𝑑𝑇𝑓
de resfriamento. Foram realizadas três variações, em que
dados de vazão e temperatura para ambos os fluidos foram Onde Cq e Cf são as capacidades caloríficas.
obtidos e estão dispostos na Tabela 1. Durante os O calor varia com a distância percorrida pelo o fluido,
experimentos utilizou-se de um balde, previamente tarado consequentemente variando com a área, logo:
na balança, para cálculo da vazão mássica de saída do
equipamento durante o tempo de 60s. As massas dos baldes 𝑑𝑄 = 𝑈𝑑𝐴𝛥𝑇
foram de 358g para o experimento no trocador de placas e
de 232g para o experimento no trocador de casco e tubos. Diferenciando a equação ΔT = Tq - Tf e substituindo nas
Os valores das vazões de cada trocador e cada experimento equações do balanço de energia, encontra-se:
estão dispostos na Tabela 2. 𝑑𝑇𝑞 = −𝑑𝑞/𝐶𝑞

Resultados e Discussão 𝑑𝑇𝑓 = 𝑑𝑞/𝐶𝑓


Cálculos do delta Tml 𝑑𝑄 𝑑𝑄 1 1
𝑑(𝛥𝑇) = − − = −𝑑𝑄 ( + )
𝐶𝑞 𝐶𝑓 𝐶𝑞 𝐶𝑓
𝑑(𝛥𝑇) = −𝑈𝛥𝑇𝑑𝐴 (
1
+
1
) Calcula-se as quantidades de calor fornecido pelo vapor, e
𝐶𝑞 𝐶𝑓 recebido pela água, em cada tipo de equipamento e os resultados
estão agrupados na Tabela 3.
Integrando de Te a Ts e de 0 a A obtém-se a equação do Tabela 3: Quantidade de calor fornecido e calor recebido
calor com delta Tml: pelos fluidos nos trocadores.
(𝛥𝑇𝑠 −𝛥𝑇𝑒)
𝑄 = 𝑈𝐴 Qs1 Qs2 Qs Qw
𝑙𝑛 (𝛥𝑇𝑠/𝛥𝑇𝑒)
Trocador (Kcal.h-1) (Kcal.h-1) (Kcal.h-1) (Kcal.h-1)
Onde ΔTe = Tqe - Tfe e ΔTs = Tqs - Tfs. Placas 1563,14 177,69 1740,83 486
Porém, essa dedução não é aplicável para trocadores
reais, sendo necessário a aplicação de um fator de correção 1420 159,55 1580,25 693
para a obtenção de um delta Tml verdadeiro. O fator de 1425,79 159,11 1584,9 816
correção pode ser obtido graficamente.
A análise gráfica necessita de dois cofatores: Casco e 6684,33 28,38 6712,71 2406
Tubos
6043,69 16,74 6060,43 3870
𝑇𝑐𝑒 − 𝑇𝑐𝑠
𝑧 =
𝑇𝑡𝑠 − 𝑇𝑡𝑒 6292,82 13,94 6306,75 5400
e
𝑇𝑡𝑠 − 𝑇𝑟𝑒
𝑝 =
𝑇𝑐𝑒 − 𝑇𝑡𝑒 Pode-se observar que há uma diferença entre os valores de
calor fornecido e calor recebido entre os fluidos, o que
pode ser explicado à perda de energia para o ambiente, ou
Os resultados obtidos na prática estão dispostos nas por por possíveis incrustações no equipamento de forma a
Tabelas 1 e 2, para os trocadores de calor casco e tubos e reduzir a eficiência do trocador.
placas planas. A partir, calcula-se os coeficientes de transferência de
calor para cada vazão em cada tipo de trocador. Os
Tabela 1: Apresentação das medições feitas durante o resultados estão dispostos na Tabela 4.
experimento.
Tabela 4: Coeficiente global de transferência de calor para
Medições Placas Casco e Tubos
cada trocador.
TE(quente) 93,7 94,5 94,7 95,4 95,6 95,6
(°C) 𝛥𝑡1 U
Trocador Vazão 𝛥𝑡2 DTML
Ts(frio) 23,5 24,7 25,4 27,2 27,4 28 (°C) (Kcal.h-
(Kg.h- (°C) (°C)
(°C) 1
1

) m °C-1)
-2
TS(quente) 32 33,6 34,2 93,1 94,1 94,4
(°C) Placas 60 62,1 8,5 26,95 30,05
TS(frio) 31,3 32,4 32,2 67,3 70,4 73
(°C) 90 62,1 8,9 27,38 42,18
Vazão 1 1,5 2 2 1,5 1 120 62,5 8,8 27,39 48,65
(LPM)
Casco e 60 28,1 65,9 44,34 542,55
Tubos
90 25,2 66,7 42,63 907,70
Tabela 2: Vazões de vapor condensado calculadas para os
trocadores de calor casco e tubos e placas planas. 120 22,6 66,4 40,64 1328,74
Massa (g) Vazão Vazão
(LPM) mássica De acordo com literatura, a variação do
(Kg/h)
coeficiente geral de transferência de calor é dada pela
Placas 48 1 2,88 variação da vazão de ambos os fluidos. À medida que a
vazão aumenta, aumenta a turbulência que faz que com
44 1,5 2,62
aumente a transferência de calor por convecção.
38 2 2,63
Casco e 206 2 12,34
Conclusões
Tubos
186 1,5 11,16 Analisando os resultados de coeficiente global de
194 1 11,62 transferência de calor para ambos os trocadores, os dados
experimentais obtidos estão, majoritariamente, de acordo
com a literatura em relação ao aumento de vazão e o
consequente aumento de troca térmica.

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Laboratório de Engenharia Química I – 2º semestre/2018
Pôde-se perceber, uma diferença muito
significativa entre a troca térmica ocorrida nos dois
trocadores de calor. A diferença entre as temperaturas de
entrada e saída da água no trocador de calor de casco e
tubos é maior do que essa mesma diferença no trocador de
placas paralelas, o que significa que o calor recebido pela
água neste é maior, apesar das maiores perdas de energia e
fatores que podem reduzir a eficiência durante o
funcionamento do equipamento, conferindo um maior
coeficiente global de transferência de calor.
A área de troca térmica, que é inversamente
proporcional ao coeficiente global de transferência de
calor, também é um fator que contribui para essa diferença
entre os dois trocadores, onde a área do trocador de placas
paralelas é maior que a do trocador de casco e tubos.

Referências

1. INCROPERA, F. P.; et al. Fundamentos de


transferência de calor e massa. 6.ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2008. 643 p.

2. FOUST, A. S.; et al. Princípios das operações


unitárias. 2.ed. Rio de Janeiro: LTC, 1982. 670p.

3. Apema, Trocadores de calor - linha TST, Disponível


em:<http://www.apema.com.br/wp-
content/uploads/2014/04/Linha_TST.pdf> Acesso
em: Set. 2019.

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