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Sumário

RESUMO

INTRODUÇÃO

Justificativa
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
Metodologia

Capítulo 1

1 LOGÍSTICA REVERSA
1.1 Motivos para o uso da Logística Reversa de Pós-consumo
1.2 Logística Reversa de Pós-consumo
1.3 Objetivo econômico na Logística Reversa de Pós-consumo
1.4 Descartabilidade
1.5 Pós-venda

Capítulo 2

2 SUSTENTABILIDADE
2.1 Impacto do lixo no Meio Ambiente
2.2 A embalagem de Vidro e o Meio Ambiente
2.3 Conscientização da sociedade
2.4 As Leis Ambientais
Capítulo 3

3 O VIDRO: COLETA E SEUS BENEFÍCIOS


3.1 A Coleta Seletiva
3.2 Benefícios promovidos pela logística reversa do vidro
3.2.1 A Preservação do Meio Ambiente
3.2.2 A Geração de Empregos
3.2.3 A Viabilidade Econômica
3.3 O vidro reintegrado na cadeia produtiva
3.4 Logística reversa: área de atuação e etapas reversas

Capítulo 4

4 O PROJETO
4.1 A Proposta
4.2 O incentivo à coleta
4.3 A divulgação
4.4 O canal reverso
4.5 Resultado pretendido

CONCLUSÃO

BIBLIOGRAFIA
Introdução
A questão ambiental passou a ter importância fundamental nos processos de
produção, comercialização e consumo, alterando substancialmente as vantagens
competitivas de vários segmentos econômicos em todos os países. De acordo com
LEITE (2009), a globalização trouxe mudanças radicais na maneira de interação
entre as empresas e o mercado.

As indústrias de vidros procuram aperfeiçoar os processos de reciclagem do


vidro pós-consumo para crescer de modo competitivo e sustentável, adequando-se
aos novos padrões de produção e comercialização na tentativa de conquistar e
manter um maior espaço no mercado. Isso ocorre porque as empresas estão cada
vez mais preocupadas com o meio ambiente, já que seus clientes exigem esse tipo
de postura.

O mesmo autor afirma que o acelerado desenvolvimento tecnológico permite a


introdução constante de novas tecnologias e de novos materiais que contribuem
para a melhoria do desempenho da cadeia produtiva das empresas. O uso de
material reciclado como matéria-prima reduz o custo na produção, diminui a
extração de recursos naturais, ajuda na preservação do meio ambiente e eleva a
imagem corporativa da empresa no mercado global pelo fato de fabricar produtos de
forma ecologicamente correta.

A sociedade, o governo e as empresas têm se preocupado com o equilíbrio


ecológico e com a grande quantidade de lixo descartado de forma irregular no meio
ambiente, e o maior motivo se deve a falta de conscientização de muitas pessoas
que não têm o hábito de reciclar o lixo que produz e de canais de distribuição
reversos estruturados e organizados, para que as indústrias possam resgatar a
maior quantidade possível de material reciclável e reutilizá-lo no processo produtivo.
Atualmente o Brasil gera milhões de toneladas de lixo, esse fato que exige uma
maior atenção por parte das empresas, do governo e da sociedade para desenvolver
um tratamento eficiente deste material através da logística reversa contribuindo com
a sustentabilidade ambiental e com a responsabilidade empresarial.

A problemática do lixo no meio urbano abrange alguns aspectos relacionados à


sua origem e produção. De acordo com (LIMA, 1995) o lixo é conseqüência da
atividade diária do ser humano em sociedade, e os principais fatores que contribuem
para sua formação estão ligados ao aumento populacional e a intensidade da
industrialização.

O aumento populacional exige maior incremento na produção de


alimentos e bens de consumo direto. A tentativa de atender esta demanda
faz com que o homem transforme cada vez mais matérias-primas em
produtos acabados, gerando, assim, maiores quantidades de resíduos
que, dispostos inadequadamente, comprometem o meio ambiente. (LIMA,
1995 – pág.9)

O principal problema enfrentado pelas indústrias é resgatar o vidro pós-


consumo que é descartado em locais irregulares e reutilizá-lo como matéria-prima
na fabricação de novos produtos.

O baixo valor pago pelo caco de vidro, a dificuldade para transportá-lo devido
ao peso, volume e periculosidade, bem como a exigência do tipo de vidro específico
para fabricação de determinado produto, são os principais motivos da falta de
interesse dos catadores e das empresas que trabalham com recolhimento de
materiais recicláveis, e por isso, preferem coletar outros materiais que são mais
fáceis de transportar e que oferecem maior valor como, por exemplo, o alumínio, o
plástico, papelão e o ferro.
Não existe um valor mínimo digno para que torne viável aos catadores a coleta
desse material. O quilo pago ao sucateiro pelo tipo de vidro mais caro (o vidro
branco) é de R$0,03 o quilo, o que é insignificante se comparado ao ferro que custa
até R$0,25 o quilo.

A reciclagem de resíduo pós-consumo é atualmente um dos maiores problemas


da sociedade e as consequências da disposição inadequada do lixo está cada vez
mais visível com o aparecimento de problemas ambientais que afetam á saúde
humana e a natureza.

Atualmente o vidro é considerado o pior material para reciclagem. O motivo


está no baixo valor pago pelo caco do vidro, o alto custo com o transporte em
relação ao retorno do investimento, o difícil trabalho para movimentar o produto
devido ao peso, à impossibilidade de compactá-lo para transportar e a
periculosidade.

Outro fator que impede o recolhimento do produto em grande escala está


ligado ao fato de que o material é descartado totalmente sujo, misturado com outros
tipos de vidros de outras cores e de outras composições químicas, o que dificulta o
serviço de coleta das empresas recicladoras tornando a atividade torna-se lenta e
pouco rentável.

Com isso, as indústrias optam por extrair a matéria-prima do meio ambiente


porque a produção torna-se menos trabalhosa, afinal todo o material é obtido em
grande quantidade para a manufatura e livre de qualquer tipo de poluentes que
possam afetar o processo produtivo, e as pequenas empresas que atuam no
segmento preferem comprar o refugo da produção das grandes indústrias porque
também é menos trabalhoso devido ao estado em que o material é obtido.
Diante desse contexto, a solução para este problema é aumentar e desenvolver
os postos de coleta seletiva, através das empresas recicladoras, pois a reciclagem é
um segmento que auxilia os projetos de preservação do meio ambiente por se tratar
de uma importante atividade que gerencia o tratamento de resíduo pós-consumo,
bem como o apoio do governo com projetos de conscientização social, para que a
população crie o hábito de descartar corretamente o lixo que produz, e programas
de incentivo fiscal para todas as empresas que utilizarem processos de reciclagem
para a captação de resíduo pós-consumo para uso na cadeia produtiva.

Objetivo Geral

Este trabalho tem como objetivo apresentar um projeto a uma determinada


empresa visando ampliar e otimizar a coleta do vidro pós-consumo para a
reutilização como matéria-prima na cadeia produtiva, e com isso tornar a empresa
mais competitiva no mercado e promover benefícios à sociedade e ao meio
ambiente com a diminuição do descarte de lixo em local inadequado.

Objetivos Específicos

1. Expor a importância do processo de reciclagem do vidro pós-consumo para a


preservação do meio ambiente e na economia da indústria.

2. Verificar os canais de distribuição reversa de pós-consumo do vidro que se


encontram mais próximos da empresa adotada no projeto.

3. Apresentar soluções para as principais deficiências nos canais reversos.


4. Mostrar vantagens na reutilização do vidro como matéria-prima na cadeia
produtiva das empresas e os benefícios proporcionados à sociedade.

5. Apresentar propostas para viabilizar o transporte do material pós-consumo para


o local apropriado.

Metodologia

Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa que apresenta um estudo


exploratório e descritivo dos processos de logística reversa de pós-consumo do
vidro, tendo como referência o método utilizado para a realização da coleta seletiva.

Serão realizadas pesquisas documentais e bibliográficas bem como visitas


técnicas, com o objetivo de verificar a estrutura dos canais de distribuição reversos
de pós-consumo do vidro, temos ainda o intuito de identificar suas principais
deficiências e, com isso, apresentar uma proposta de melhoria, visando a benefícios
para empresas do segmento, sociedade e meio ambiente.
Capítulo 1

Logística Reversa
A Logística Reversa, também conhecida como reversível, é a área da logística
que trata, genericamente, do fluxo físico de produtos, embalagens ou outros
materiais, desde o ponto de consumo até o local de origem.

Para Ballou (2010), embora seja fácil pensar em logística como gerenciamento
do fluxo de produtos dos pontos de aquisição até os clientes, para muitas empresas
há canal logístico reverso que deve ser gerenciado também. A vida de um produto,
do ponto de vista logístico, não termina com sua entrega ao cliente.

Segundo Leite (2009), a Logística Reversa é um termo bastante genérico e


significa em seu sentido mais amplo, todas as operações relacionadas com a
reutilização de produtos e materiais, englobando todas as atividades logísticas de
coletar, desmontar e processar produtos, materiais e peças usadas a fim de
assegurar uma recuperação sustentável (amigável ao meio ambiente).

Os primeiros estudos sobre logística reversa são encontrados nas décadas de


1970 e 1980, tendo seu foco principal relacionado ao retorno de bens a serem
processados em reciclagem de materiais, denominados e analisados como canis de
distribuição reversos. A partir da década de 1990, o tema tornou-se mais visível no
cenário empresarial.

Nos ambientes globalizados e de alta competitividade em que vivemos, as


empresas modernas reconhecem cada vez mais que, além da busca pelo lucro em
suas transações, é necessário atender uma variedade de interesses sociais,
ambientais e governamentais, garantindo seus negócios e sua lucratividade ao longo
do tempo.

Como procedimento logístico diz respeito ao fluxo de materiais que voltam à


empresa por algum motivo, seja como retorno de embalagens ou devoluções dos
clientes. Em abandono ao seu caráter voltado ao custo e não ao lucro, as
organizações não dão o mesmo grau de importância que dão à logística tradicional.
Atualmente tornou-se impossível ignorar os reflexos que o retorno de
quantidades de produtos de pós-consumo e de pós-venda causam nas operações
empresariais. Por outro lado, e não menos importante, as crescentes quantidades de
produtos de pós-consumo, ao esgotar os sistemas tradicionais de disposição final,
se não equacionadas, provocam poluição por contaminação ou por excesso.
Legislações ambientais, visando à redução desse impacto, desobrigam os governos
e responsabilizam as empresas pelo equacionamento dos fluxos reversos dos
produtos de pós-consumo. A falta desse equacionamento pode se constituir em um
risco à imagem da empresa.

Ainda para Leite (2009), exemplos mostram a importância da Logística


Reversa, em alguns setores, como por exemplo, em empresas varejistas, onde as
mesmas obtiveram 25% de seus lucros derivados de um melhor gerenciamento de
sua Logística Reversa.

1.1 Motivos para uso da Logística Reversa

De acordo com Leite (2009), a primeira razão para o incentivo à Logística


Reversa estaria relacionada às questões ambientais, onde se percebem clientes e
consumidores finais mais atentos e preocupados quanto ao impacto dos processos
das organizações no ambiente em que estão inseridas.

Assim sendo, muitas organizações utilizam isso como artifício para agregarem
valor ao seu produto, providenciando formas de comunicar aos consumidores que
seus produtos não agridem o ambiente, que utilizam matéria prima proveniente de
fontes renováveis e embalagens reaproveitáveis.
Além dos fatores com razões para o incentivo à logística reversa, existem
outros fatores como: razões competitivas e diferenciação por serviço; limpeza do
canal de distribuição; proteção de margem de lucro; recaptura de valor e
recuperação de ativos.

1.2 Logística Reversa de Pós-consumo

A Logística Reversa de pós-consumo é de forma geral, uma área dentro da


estratégia da logística reversa que consiste em administrar e operacionalizar fluxos
físicos e informações que são descartados e que retorna ao ciclo produtivo, tendo
como propósito a agregação de valor ao mesmo, dando condições de uma possível
e valorosa reutilização.

A vida útil de um bem é entendida como o tempo decorrido desde sua produção
original até o momento em que o primeiro possuidor desembaraça dele. Esse
desembaraço pode se dar pela extensão de sua vida útil, quando existe o interesse
ou a possibilidade de prolongar sua utilização, ou pela sua disponibilização por
outras vias, como a coleta de lixo urbano, as coletas seletivas, as coletas informais,
entre outras, passando-o à condição de bem de pós-consumo.

Segundo Leite (2009), atualmente, verifica-se uma forte tendência do


crescimento da logística reversa de pós-consumo, pois tem se verificado um
aumento demasiado no lançamento de novos produtos, como também o uso de
outras fontes de materiais constituintes dos produtos.
A vida útil de um bem é entendida como o tempo decorrido desde sua
produção original até o momento em que o primeiro possuidor desembaraça
dele. Esse desembaraço pode se dar pela extensão de sua vida útil, quando
existe o interesse ou a possibilidade de prolongar sua utilização, ou pela sua
disponibilização por outras vias, como a coleta de lixo urbano, as coletas
seletivas, as coletas informais, entre outras, passando-o à condição de bem
de pós-consumo. (LEITE, 2010 - pág. 38).

Neste último verifica-se a substituição de metais por plásticos, onde no setor


automobilístico e de tecnologia da informação tem se percebido um crescimento
demasiado na produção de acessórios e periféricos para os mesmo.

Conclui-se que existem inúmeros motivos para que as organizações adotem e


implementem a logística reversa de pós-consumo, motivos esses de ordem
econômica, ecológica, legal, tecnológica, entre outros, que diferem em intensidade e
sentido de empresa para empresa.

A utilização da estratégia como forma de limpeza de canal de distribuição e


recaptura de valor e recuperações de ativos são feitas por um novo segmento
empresarial que são as empresas do setor de reciclagem de lixo. Nessas
organizações são produzidos embalagens retornáveis e o reaproveitamento de
material descartado como matéria prima reciclável, trazendo ganhos para os
fabricantes destes produtos.

Com essa definição, os produtos fabricados pelo homem possuem durações de


vida útil que se estendem desde alguns dias até algumas décadas.

De acordo com Leite (2009), para o efeito da abordagem da logística reversa e


dos canais reversos de pós-consumo dos materiais, são consideradas três grandes
categorias de bens produzidos: os bens descartáveis, os bens semiduráveis e os
bens duráveis.
 Bens descartáveis: são bens que apresentam duração média de vida útil
média de algumas semanas. Constituem-se tipicamente de produtos de
embalagens, brinquedos, materiais para escritório, artigos cirúrgicos, entre
outros.

 Bens duráveis: são os bens que apresentam duração média de vida útil
variando de alguns anos a algumas décadas. Fazem parte dessa categoria os
automóveis, eletrodomésticos, máquinas e equipamentos industriais, entre
outros.

 Bens semiduráveis: são os bens que apresentam duração média de vida útil
de alguns meses, raramente superior a dois anos. São bens como baterias de
veículos, óleos lubrificantes, baterias de celulares, entre outros.

No Brasil os recipientes utilizados para receber materiais recicláveis seguem o


seguinte padrão: Verde para o vidro; Amarelo para o metal; Vermelho para o
plástico; Azul para o papel ou papelão e o Cinza para os resíduos que geralmente
não recicláveis, misturados ou contaminados, não sendo possível a separação.

1. Fonte:
www. Setorreciclgem.com.br
Figura 1

1.3 Objetivo econômico na Logística Reversa de Pós-consumo

Segundo Leite (2009) objetivo econômico da logística reversa pode ser


entendido como a motivação para a obtenção de resultados financeiros por meio de
economias de matérias primas secundárias, provenientes dos canis reversos de
manufatura ou de reciclagem, ou de revalorizações mercadológicas nos canais
reversos de reuso.

O principal objetivo de um canal reverso de reciclagem é reintegrar os materiais


constituintes dos bens de pós-consumo, sejam como substitutos de matéria prima
primária na fabricação de outras matérias-primas – como sucata de vidro que entra
na fabricação de copos e embalagens.

Preços menores de matérias primas ou recicladas reintegradas ao ciclo


produtivo, reduções de consumo de insumos de processo e de diferenciais de
investimentos permitem que as empresas obtenham economias suficientes para
garantir rentabilidade aos agentes comerciais e industriais em todas as etapas dos
canis reversos.

O objetivo econômico da implementação da logística reversa de pós-consumo


é entendido como a possibilidade de revalorização do produto de pós-consumo por
meio de reaproveitamento de seus materiais constituintes e das economias vindas
de sua utilização. A economia nos canais de reciclagem provém da substituição de
matéria-prima virgem por matéria-prima secundária ou reciclada, que normalmente
apresentam preços menores e exigem menos quantidade de insumos energéticos
para sua fabricação.

De acordo com Leite (2009), o preço de um material reciclado é formado pela


soma de diversos custos somados e dos lucros respectivos dos diversos agentes
que intervêm nas etapas do canal reverso, desse a primeira posse do pós-consumo
até a reintegração ao ciclo produtivo.
A substituição de matérias primas virgens por recicladas permite, além da
economia obtida pelo diferencial dos preços entre elas, a obtenção de uma série de
outras economias como, energia elétrica.

1.4 Descartabilidade

O mesmo autor menciona que, o acelerado desenvolvimento tecnológico


experimentado pela humanidade permitiu a introdução constante, e com velocidade
crescente, de novas tecnologias e de novos materiais que contribuem para a
melhoria do desempenho técnico para a redução de preços e dos ciclos de vida útil
de grande parcela dos bens de consumo duráveis e semiduráveis.
A tendência de descartabilidade e o crescimento das quantidades dos fluxos
logísticos diretos e reversos exigem maior eficiência no equacionamento de retorno
de produtos de pós-venda e de pós-consumo e, assim, a implementação de
sistemas mais eficientes na logística reversa.

1.5 Pós-venda

De acordo com Leite (2009), a logística reversa de pós-venda conceitua-se


como área específica que encarrega do equacionamento e operacionalização do
fluxo físico e das informações referentes aos bens de pós-venda, sem uso ou com
pouco uso, que por motivos diversos retornam aos diferentes elos da cadeia de
distribuição.
A logística reversa de pós-venda, de acordo como mesmo autor (2009), tem
como objetivo central e estratégico, a agregação de valor ao produto logístico
devolvido, por razões comerciais, erros no processamento dos pedidos, garantia
dada pelo fabricante, defeitos ou falhas de funcionamento no produto, acidentes no
transporte, entre outros. Assim, dependendo do objetivo estratégico ou motivo do
seu retorno, este fluxo se estabelecerá entre os diversos elos da cadeia de
distribuição.

Logística Reversa de pós-venda é a área específica da Logística Reversa


que se ocupa do planejamento, da operação e do controle do fluxo físico e
das informações logísticas correspondentes de bens de pós-venda, sem uso
ou com pouco uso, que por diferentes motivos retornam pelos elos da
cadeia de distribuição direta. (LEITE, 2010, p.186).

Existem várias razões para o produto logístico de pós-venda retorne pela


cadeia de suprimentos, tais como: defeito, falta de atendimento às expectativas, erro
de pedidos, excesso de estoque, danificação do produto.
Capítulo 2

Sustentabilidade
O lixo é um tema que, há anos, desafia governantes e ambientalistas na busca
de soluções eficazes para as graves consequências causadas pelo descarte
inadequado.

Menciona Calderoni (1998), que a produção do lixo é inevitável e os elevados


níveis de fabricação de bens e alimentos, provocados pelo aumento do consumo da
sociedade, faz com que os recursos naturais sejam cada vez mais extraídos e
utilizados como matéria-prima na fabricação de diversos produtos. Além disso, o
processo produtivo gera resíduos de duas formas distintas: em um primeiro
momento, como conseqüência do próprio ato de produzir, e posteriormente o lixo
que é produzido em decorrência do consumo dos produtos.

A questão da Sustentabilidade tem sido um dos assuntos mais comentados na


política empresarial mundial nas últimas décadas e os temas relacionados às
mudanças climáticas têm sido cada vez mais comuns nas conferências ambientais
mundiais.

A inclusão da questão ecológica na arena do debate público, ao longo de


já quase três décadas, produziu uma considerável elevação no grau de
consciência sobre o tema, como demonstrou a própria Conferência
Mundial de 1992 no Rio de Janeiro. [...] Embora o caminho já percorrido
tenha sido imenso, é inquestionável que o que resta ainda por fazer
representa uma tarefa gigantesca. (CALDERONI, 1998 – pág.31-32).

Segundo o relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas


(IPCC – Intergovernmental Painel on Climate Change) da Organização das Nações
Unidas (ONU), as temperaturas no planeta poderão aumentar entre 1,4°C e 5,8°C.
Aparentemente parece pouco, porém as consequências desse aquecimento global
podem provocar aumento do nível do mar, ondas de calor, seca, extinção de
espécies animais e outras catástrofes.
Ademais, a poluição ambiental decorrente das inadequações na
disposição final do lixo conduz o planeta no sentido, a princípio apenas de
graves desequilíbrios e imensos danos á saúde pública, e, como tendência
de longo prazo, ou talvez até mesmo de médio prazo, à inviabilidade da
vida como hoje a conhecemos. (CALDERONI, 1998 – pág.25).

Em função do desequilíbrio ambiental cada vez mais evidente, muitas


empresas brasileiras e estrangeiras, dos mais diversos segmentos, passaram a
implementar projetos de responsabilidade ambiental em suas diretrizes. A
preocupação com o impacto gerado na natureza pelas atividades industriais é
crescente, principalmente por causa da situação do clima do planeta ser
considerada crítica pelos profissionais da área.

Fonte: www.cntdespoluir.org.br/Imagens
Figura 2
Diante desse contexto, a conscientização da sociedade é de fundamental
importância, afinal estamos todos envolvidos neste processo e somos diretamente
responsáveis por proporcionar condições para a melhoria desse cenário e assegurar
melhores condições de vida às gerações futuras.

De acordo com Calderoni (1998), a reciclagem é de fundamental importância


tanto para manter a boa qualidade do meio ambiente quanto para a viabilidade
econômica nos processos produtivos das indústrias e dos municípios.

A reciclagem do vidro no Brasil apresentou um crescimento significativo desde


o início dos anos 80 até o final dos anos 90, mas com o aumento e desenvolvimento
das indústrias de embalagens de plástico e de embalagens tetra park, o vidro foi
substituído e com isso teve o seu valor reduzido ao menor de todos os materiais
recicláveis.

Sendo assim, as empresas se concentram em resgatar e reciclar os materiais


mais utilizados em sua linha de produção, que no caso seriam na maioria o plástico, o
alumínio, o papelão e o metal (fato que aumentou a lucratividade da reciclagem destes
materiais), e como o vidro é pouco usado nas embalagens e o custo do seu transporte
não agrega valor ao produto devido ao seu baixo preço, as organizações não se
empenham para recuperar o vidro pós-consumo para uso em sua cadeia produtiva.

As empresas que utilizam o vidro como matéria-prima em seus processos


compram a sucata em grande quantidade de outras indústrias do mesmo segmento
com o objetivo de obter a maior quantidade possível do material que já é adquirido
limpo e selecionado de acordo com o tipo e cor. As grandes indústrias.
2.1 Impacto do Lixo no Meio Ambiente

O lixo é um grande problema que afeta as grandes cidades em todo o planeta.


De acordo com Bennett (1992), devido ao fato de ser inesgotável, se torna algo de
difícil controle para os órgãos responsáveis pela limpeza pública se levarmos em
consideração o volume de resíduos que são descartados no meio ambiente
diariamente.

O mesmo autor afirma que as maiores dificuldades enfrentadas para


solucionar a situação do lixo urbano estão relacionadas à escassez de recursos
técnicos, financeiros e, principalmente, ao fator cultural da população relacionado à
reciclagem de materiais pós-consumo; pois grande parte das pessoas ainda não
dispõe de uma consciência ambiental futurista.

A modernização das embalagens gerou um grande preconceito


em relação às embalagens de vidro. O plástico foi o escolhido
para substituir o antiquado vidro, o que parecia muito prático e
econômico seria o primeiro passo para uma catástrofe ambiental.
(ALVES – site: www.portalsaofrancisco.com.br).

Existem vários motivos para a adoção do processo de reciclagem do vidro pós-


consumo em virtude de benefícios revertidos para a sociedade e para o meio
ambiente, dentre eles o vidro pode é:

 O material é 100% reciclável, portanto reduz quantidade de matéria-prima


utilizada na produção, ou seja, para produzir 1 tonelada de vidro seria
necessário 1,2 tonelada de matéria-prima, ao passo que, com apenas 1
tonelada de caco é possível produzir a mesma quantidade.

 Menor volume de vidro nos aterros diminuindo custos para os municípios e


reduzindo a poluição no meio ambiente.
 A inclusão de caco no processo de fabricação do vidro reduz o gasto com
energia e água, afinal para cada 10% de caco na mistura é possível
economizar até 4% de energia para a fusão nos fornos industriais, e também
existe uma redução de até 9,5% de água na manufatura.

A reciclagem de uma embalagem de vidro pós-consumo é muito conveniente,


gera economia por que pode ser reaproveitada infinitamente sem perder suas
qualidades, além de não impactar na qualidade ou pureza do produto.

Se fosse para produzir uma garrafa utilizando a extração de matérias-primas


virgens (minérios), somado ao custo de energia no processo de obtenção, teríamos
um gasto muito maior do que com o reaproveitamento de cacos de vidro. O
processo de reciclagem exige menos energia e a matéria original é reaproveitada.

Se o vidro for descartado no meio ambiente não poluirá porque suas


propriedades não se degradam, porém pode ser nocivo por causar cortes por meio
de seus cacos e também comporta imenso espaço por não ser compactado como o
papel ou plástico.

Afirma Calderoni (1998) que os resíduos acumulados constituem uma fonte de


poluição e grande risco à saúde da população. O vidro pós-consumo faz parte
destes resíduos, pois se trata de um lixo não biodegradável que é descartado
freqüentemente em locais inadequados como córregos, rios e até jogados nas ruas
e calçadas causando enchentes e provocando a proliferação de bactérias que
causam doenças.
2.2 A Embalagem de Vidro e o Meio Ambiente

Reduzir, Reutilizar e Reciclar são as palavras-chave para quem quer ser um


defensor do meio ambiente.
Reduzir o consumo excessivo de produtos que necessitam de matéria-prima
retirada a partir da exploração dos recursos naturais do meio ambiente.

Reutilizar, quando possível, recipientes, potes e frascos de produtos


consumidos para outra finalidade, evitando o descarte de materiais na natureza de
modo a causar danos ambientais.

Reciclar objetos pós-consumo para ajudar na sustentabilidade do planeta e


desenvolvimento de um tempo inovador, dessa forma haverá uma maior qualidade
de vida para todas as pessoas.

Figura 3
De 1991 para 2007, o índice de reciclagem de embalagens de vidro no Brasil
cresceu de 15% para 47% (Tabela 1). Essa mudança foi possível depois que a
reciclagem começou a fazer parte da pauta das indústrias, dos políticos e do
cidadão comum.

Índice de reciclagem de embalagem


de vidro no Brasil
1991 15%
1992 18%
1993 25%
1994 33%
1995 35%
1996 37%
1997 39%
1998 40%
1999 40%
2000 41%
2001 42%
2002 44%
2003 45%
2004 45%
2005 45%
2006 46%
2007 47%
Tabela 1
Fonte:Ambividro
2.3 Conscientização da sociedade

Possuir comunicação cuidadosa e clara com a comunidade é indispensável


para um programa de reciclagem bem-sucedido. Segundo Reinfield (1994), se o
processo de planejamento estimular a participação pública, provavelmente a
comunidade irá ter uma idéia sobre o programa de reciclagem proposto,
anteriormente que ele de fato se inicie.

Existem vários motivos pelos quais as pessoas reciclam. Alguns os fazem por
razões econômicas, outros são motivados a limpar o meio ambiente; e há também
aquelas pessoas que acham que é um dever cívico.

A maior parte dos programas de reciclagem comunitária apela ao interesse dos


cidadãos por um meio ambiente ecologicamente correto e a vontade que as pessoas
possuem de contribuir com a melhoria de sua comunidade. Crianças se envolvem na
reciclagem por meio de programas em suas escolas, ou através da participação em
projetos de reciclagem, patrocinados por organizações juvenis.

Fonte: www.vidadeadolescente.com figura 4


De modo geral, a população acredita que a reciclagem é uma boa idéia, porém,
nem todos têm disposição para reciclar; o costume de descartar as coisas no lixo é
difícil de ser quebrado. As pessoas precisam perceber boas razões para reciclarem,
em outras palavras, devem entender totalmente o programa de reciclagem e este
deve ser conveniente.

2.4 As Leis Ambientais

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305 de 02 de agosto de 2010)


estabelece os princípios, objetivos e diretrizes para a gestão e gerenciamento dos
resíduos sólidos e define a responsabilidade de cada elo no ciclo de cada produto.
De acordo com Chagas, esta lei amplia a responsabilidade do produtor e também do
consumidor, que deve alocar de forma adequada seu lixo para posterior
recolhimento.

A Constituição Federal, por exemplo: determina a competência comum da


União dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios para proteger o meio
ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas (art. 23, inciso VI, cf.).

Releva ainda a destacar o art. 225 da Carta Magna segundo o qual “todos tem
direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e o dever de
defendê-lo e preservá-lo para os presentes e futuras gerações”.

A competência para o tratamento do lixo é tipicamente municipal, entretanto a


abordagem moderna da questão dos resíduos sólidos exige muito mais que a
implantação de um eficiente sistema de coleta, tratamento e disposição do lixo.
É preciso incentivar a redução e o aumento do aproveitamento dos resíduos
sólidos, o que requer responsabilidades aos fabricantes pelo ciclo de vida do
produto, incluindo a obrigação de recolher após o uso do consumidor ou tributação
diferenciada por tipo de produto.

2.4.1 Coleta Seletiva em Condomínios

A lei nº. 12.528, obriga a implantação da coleta seletiva em todo Estado de


São Paulo em shopping centers, grandes indústrias e condomínios. De acordo com
o artigo 4º a obrigatoriedade se aplica o condomínio com mais de 50 habitações. O
descumprimento da norma, que precisa ainda ser sancionada pelo governador José
Serra (PSDB), implicará em multa de 500 Ufesps (Unidade Fiscal do Estado de São
Paulo), o que equivale a R$ 6.965,00.

O próprio condomínio terá de arcar com as despesas relativas à instalação de


lixeiras e de infra-estrutura necessária, para que a coleta seletiva seja realizada,
como prevê o artigo 8º da lei: "As despesas com a execução desta lei correrão à
conta das dotações orçamentárias próprias".
Capítulo 3

O Vidro: a coleta e seus benefícios


O vidro é uma substância inorgânica, amorfa e fisicamente homogênea, obtida
por resfriamento de uma massa em fusão que endurece pelo aumento contínuo de
viscosidade até atingir a condição de rigidez, mas sem sofrer cristalização.

Industrialmente pode-se restringir o conceito de vidro aos produtos resultantes


da fusão, pelo calor, de óxidos ou de seus derivados e misturas, tendo em geral como
constituinte principal a sílica ou o óxido de silício (SiO²), que, pelo resfriamento,
endurecem sem cristalizar.Suas principais qualidades são a transparência e a dureza.

O vidro distingue-se de outros materiais por várias características: não é poroso


nem absorvente, é ótimo isolador, possui baixo índice de dilatação e condutividade
térmica, suporta pressões de 5.800 a 10.800 kg por cm2.

Composição Química do Vidro:

- Sílica (SiO) 72% (Matéria prima básica (areia), cuja função é vitrificante).

- Potássio (K2O) 0,3%

- Alumina (Al2O3) 0,7% (Aumenta a resistência mecânica).

- Sódio (Na2SO4) 14%

- Magnésio (MgO) 4% (Garante resistência ao vidro para suportar mudanças


bruscas de temperatura e aumenta a resistência mecânica).

- Cálcio (CaO) 9% (Proporciona estabilidade ao vidro contra ataques de agentes


atmosféricos).

A sucata de vidro, limpa e selecionada, é usada para auxiliar a fusão, vidros


coloridos são produzidos acrescentando-se as composições corantes como o
Selênio (Se), Óxido de Ferro (Fe2O3) e Cobalto (Co3O4) para atingir as diferentes
cores.
Fonte:www.vitribox.com.br

Gráfico 1

Principais Qualidade e Características

 Reciclabilidade;
 Transparência (permeável à luz);

 Dureza;

 Não absorvência;

 Ótimo isolador dielétrico;

 Baixa condutividade térmica;

 Recursos abundantes na natureza;

 Durabilidade.

3.1 Coleta Seletiva


De acordo com informações do site reviverde.org, o projeto de coleta seletiva
foi implantado em 1993, já atravessou diversas fases de ampliação e declínio. Tem
como objetivo a diminuição do impacto ambiental e a promoção da inclusão social e
geração de emprego e renda para os catadores.

Atualmente o grande problema encontrado pelos coletores é o preço da venda


do produto, o valor do vidro corresponde a R$0,03 o quilo, ou seja, para que o
coletor durante um dia de trabalho ganhe R$ 3,00 teria de coletar cerca de 100
quilos de vidro.

Na coleta informal se englobam os catadores de rua, dos lixões e são


organizados pelas associações ou cooperativas. O motivo para a baixa
representatividade do vidro, apontado pelas organizações está relacionado a alguns
problemas com o material, como o risco de acidentes durante o manuseio (catação e
separação) e desinteresse dos catadores em “catar” o material, devido ao baixo
preço de comercialização.

Mais de 80% do vidro é comercializado na forma de fragmentos, diretamente


com a indústria vidreira, que fabrica e recicla embalagens de vidro. Os 20%
restantes são comercializados na forma de garrafas inteiras, para fins de
reutilização, com os chamados “garrafeiros”.

Em visita técnica a uma empesa observou-se que algumas dificuldades para


fazer a coleta tais como: a separação do vidro, distância máxima de 5 km para
coleta desse vidro, uma quantidade mínima de 3 toneladas por dia e nem todo o tipo
de vidro é usado para fazer a reciclagem.

O processo de reciclagem é composto pelas etapas citadas abaixo:

Os cacos de vidro encaminhados para a reciclagem devem ser separados por


cor, para evitar alterações de padrão visual do produto final e reações que formam
espumas indesejáveis no forno.

 Não podem também conter pedaços de cristais, espelhos, lâmpadas e


vidro plano usado nos automóveis e na construção civil.
 Nos sistemas de reciclagem mais complexos, o vidro bruto estocado em
tambores é submetido a eletroímã para separação dos metais
contaminantes.

 O material é lavado em tanque com água, que após o processo precisa


ser tratada e recuperada para evitar desperdício e contaminação de
cursos de água.
 Depois, o material passa por uma esteira ou mesa destinada à catação
de impurezas, como restos de metais, pedras, plásticos e vidros
indesejáveis que não tenham sido retidos.

 Um triturador transforma as embalagens em cacos de tamanho


homogêneo, que são encaminhados para uma peneira vibratória.

 Outra esteira leva o material para um segundo eletroímã, que separa


metais ainda existentes nos cacos.
 O vidro é armazenado em silo ou tambores para abastecimento da
vidraria, que usa o material na composição de novas embalagens.

3.2 Benefícios promovidos pela Logística Reversa do vidro

A preocupação com o meio ambiente vem crescendo assim como a população


e a industrialização, sendo uma das grandes questões, a reciclagem de resíduos
sólidos. Ballou (2010), diz que, o grande crescimento no uso de embalagens e
produtos descartáveis evidência uma pouca preocupação quanto à reciclagem.
Geralmente é mais barato usar matéria-prima virgem do que material reciclado, pelo
pouco desenvolvimento dos canais de retorno, que são menos eficientes do que os
canais de distribuição dos produtos.
O mesmo autor acredita que isso deve mudar, pois o público em geral está
mais consciente do desperdício, a quantidade de resíduo sólido vem aumentando e
a matéria-prima original vem ficando mais cara e menos abundante, o que pode
gerar novas oportunidades para os especialistas em logística.

3.2.1 Preservação do meio ambiente

Segundo a Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro,


as embalagens de vidro podem ser totalmente reaproveitadas no ciclo produtivo,
sem nenhuma perda de material, sendo que a produção a partir do próprio vidro
consome menor quantidade de energia e emite resíduos menos particulados de
CO2.

Outro aspecto a se destacar é o menor descarte de lixo, que reduz os custos


de coleta urbana, e aumenta a vida útil dos aterros sanitários. O vidro é 100%
reciclável e pode ser reciclado inúmeras vezes, pois é feito de minerais como, areia,
barrilha, calcário e feldspato.

 10% de "cacos" > 4% ganho energético

 1 ton. de "cacos" > economia de 1,2 ton. de matérias-primas

 10% de "cacos" > reduzem em 5% a emissão de CO2 (Protocolo de Kyoto).


Fonte:www.vitribox.com.br -figura 5
3.2.2 Geração de empregos

A instalação de um processo de coleta de vidro, segundo Ballou (2010), gera


empregos, beneficiando camadas geralmente mais carentes da população. Logo,
além de ser uma atividade lucrativa, a reciclagem também tem grande caráter social.

3.2.3 Viabilidade Econômica

O autor ainda diz que a reciclagem do vidro, é uma atividade economicamente


viável. No Brasil a reciclagem ainda é vista como uma atividade marginal, de
subsistência e, carece de uma mentalidade empresarial. Dentro deste modelo, a
reciclagem é um nicho de mercado inexplorado, com grande potencial de
lucratividade.

3.3 O Vidro reintegrado na cadeia produtiva

De acordo com Calderoni (1998), o vidro soda-cal (vidro comum) é composto


por areia (sendo 58% do peso total); barrilha (19%); calcário (17%) e feldspato (6%).
E para que o vidro seja fabricado com matérias-primas virgens é necessário que o
forno da fábrica atinja a temperatura de 1500ºC, sendo que, se forem utilizados 30%
de cacos na composição, a temperatura de fusão será de 1300ºC, o que resulta
numa considerável economia de energia no processo.

O autor ainda afirma que para que se produza uma tonelada de vidro são
necessários 1200 kg de matéria prima virgem, sendo que para produzir uma
tonelada de vidro reciclado será necessária uma tonelada de cacos de vidro.

Logo, pode-se afirmar que a utilização do caco de vidro como matéria prima
reduz o custo financeiro para a empresa, diminui a quantidade da retirada de matéria
de reservas naturais do meio ambiente e também polui 20% menos o ar e 50%
menos a água.

3.3 industrial
Reciclagem Logística reversa: área de atuação e etapas reversas
Desmanche Industrial

Reuso

Consolidação

Coletas
Logística reversa Logística reversa de
de pós-consumo Cadeia de distribuição direta
pós-venda
Consumidor Seleção/Destino

Consolidação
Bens de pós-venda

Coletas

Bens de pós-consumo

Tabela 2

Capítulo 4
O Projeto

4.1 A Proposta

A criação de 01 Canal Reverso de lixo pós-consumo dentro de um condomínio


residencial, onde serão implantados os contêineres de coleta seletiva para uso dos
moradores do local.
Como o vidro é pouco valorizado e pouco descartado em relação aos outros
materiais e pelo fato do catador não coletar apenas vidro, serão implantados
contêineres para 4 tipos de resíduos, são eles: metal, papel, plástico e vidro.

4.2 O Local do Canal Reverso

Foi escolhido o Condomínio Residencial Parque Cecap localizado na cidade de


Guarulhos – SP, localizado a aproximadamente 7 km da empresa de reciclagem
Recitotal.

O motivo da escolha do local é devido a grande concentração de pessoas em


área residencial, bem como o fato do catador já possuir alguns estabelecimentos de
coleta bem próximos deste condomínio. Portanto, seria bastante viável para o
desenvolvimento do projeto, pois a proximidade dos locais de coleta reduz o custo
de combustível para o transporte e o tempo de deslocamento para a realização da
coleta e a distribuição nas empresas.

4.3 A Divulgação

A divulgação será feita através de material educativo fornecido pela ABIVIDRO


(Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro) que será
distribuído aos moradores do local escolhido para a implantação do programa inicial
do projeto.

4.4 O Incentivo à coleta

O objetivo é formalizar a atividade dos catadores de material reciclável por meio


de cadastro em locais estabelecidos com dia e horário estipulado para coleta, bem
como o registro na empresa recicladora ou cooperativa onde o material será
vendido. Sendo assim, a função do catador do lixo pós-consumo deixará de ser uma
simples ocupação informal para ser reconhecida como uma atividade de maior
importância dentro da sociedade e no mercado de trabalho.

4.5 Resultado Pretendido

Aprovado o Projeto da Criação de um Canal Reverso do Lixo Pós-consumo, é


possível atingir alguns resultados que serão de alto valor para a sociedade, meio
ambiente e indústrias.

A valorização da atividade do coletor de lixo terá reconhecimento e divulgação


por meio das pessoas a partir do momento em que esse processo de coleta seletiva
agir na vida dos moradores do Condomínio Residencial Parque Cecap de forma
positiva, através da diminuição de resíduos acumulados de maneira incorreta nos
domicílios e inclusão das pessoas em uma atividade de cidadania.

Com a reciclagem de materiais é possível contribuir grandemente com a


preservação do meio ambiente e qualidade de vida das pessoas, porque não serão
retirados elementos da natureza e as indústrias poderão reduzir algumas etapas do
processo de produção de produtos acabados adotando matéria-prima reciclada. As
pessoas terão um avanço na qualidade de vida, vivendo em um ambiente mais
saudável e limpo.

É almejada a redução de valor do IPTU promovida por parceria firmada entre


a Prefeitura da cidade de Guarulhos e o condomínio que adotou a criação de um
canal reverso do lixo pós-consumo pago por moradores que participam do programa
de reciclagem e contribuem com a limpeza da cidade e diminuição de resíduos
descartados em aterros sanitários.

Enfim, pretende-se expandir a criação de canais reversos de lixo a outras


localidades para que futuramente o país assimile uma cultura favorável à
preservação ambiental e proporcione melhores condições de vida.

Conclusão
Durante a elaboração do projeto vimos o quanto à coleta seletiva é importante
para os processos de logística reversa das empresas e para o meio ambiente, bem
como as dificuldades encontradas para resgatar os resíduos descartados de
maneira irregular.

Na medida em que o homem percebe a importância da reciclagem, e procura


contribuir com o descarte seletivo, fica mais fácil resgatar os materiais recicláveis
para o retorno no ciclo produtivo das indústrias contribuindo para a preservação
meio ambiente, e assim as gerações futuras não serão afetadas pelas
conseqüências da degradação ambiental.

O hábito de reciclar deve estar cada vez mais presente na vida da sociedade,
pois é um importante instrumento na luta contra as agressões ao meio ambiente
proporcionando o aumento da qualidade de vida e também favorece o fluxo de
retorno das embalagens pós-consumo para as empresas.

Para tanto, é preciso conscientizar a população sobre a importância da


reciclagem, ressaltando os benefícios para a vida dos habitantes. E para que os
resultados sejam alcançados, a participação da sociedade em todo o processo é de
fundamental importância, pois todo o tipo de lixo é produzido pelo ser humano e
quanto maior a conscientização no descarte seletivo e no retorno dos resíduos para
locais apropriados, maior será a interação entre o homem e a natureza, buscando
um equilíbrio ambiental e uma melhor qualidade de vida.

Sendo assim, a conscientização da sociedade é um papel imprescindível para


o aumento e desenvolvimento da coleta seletiva, bem como para o sucesso dos
processos logísticos reversos do resíduo pós-consumo para as empresas.

Referências Bibliográficas
BALLOU, Ronald H. Logística Empresarial: transportes, administração de materiais e
distribuição física. Editora Atlas, 2010.

BENNETT, Steven J. Eco Empreendedor oportunidades de negócios decorrentes da


revolução ambiental. Editora Makron Books, 1992.

CALDERONI, Sabetai. Os Bilhões Perdidos no Lixo, São Paulo, Editora


Humanitas,1998.

LEITE, Paulo Roberto. - Logística Reversa: Meio Ambiente e Competitividade,


Editora Pearson, 2009.

LIMA, Luiz Mário Queiroz. Lixo: Tratamento e Biorremediação. Ed. Hemus, 1995.

REINFELD, Nyles V. – Sistemas de Reciclagem Comunitária do Projeto à


Administração, Editora Makron Books, 1994.

Referências Eletrônicas

www.abividro.org.br/index.php/25. Data de acesso: 29/08/2010


www.abre.org.br/meio_reci_brasil.php
www.bioactiv.com.br/Lei. Data de acesso: 05/11/2010
www.brasilescola.com/quimica/reciclagem-vidro. Data de acesso: 10/09/2010
www.lixo.com.br
www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambiente-reciclagem/reciclar. Data de
acesso: 26/09/2010
www.recicloteca.org.br
www.recividro.com.br
www.reviverde.org.br. Data de acesso:12/09/2010 e 21/09/2010
Lista de Figuras

1-Recipientes de materiais Reciclveis:


2- Ilusração
3-Embalagens de vidro -Reutilização
4-Ilustração -sustentabiblidade
5-Ciclo infinito do vidro
Lista de Gráficos

1-composição do vidro
Lista de Tabelas

1-Índice de reciclagem de embalagens de vidro no Brasil


2- Logística reversa: área de atuação e etapas reversas

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