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Série Administração
ADMINISTRAÇÃO
ETAPA VI
VOLUME 2
Organização
Raul Sérigio Reis Rezende
Uberaba MG
2008
Série Administração
© 2008 by Universidade de Uberaba
Todos os direitos de publicação e reprodução, em parte ou no todo, reservados para a Universidade de Uberaba.
Reitor
Marcelo Palmério
PróReitora de Ensino Superior
Inara Barbosa Pena Elias
Produção e Supervisão
EAD Produção
Coordenação
Jair Alves de Oliveira
Organização
Raul Sérgio Reis Rezende
Tratamento didáticopedagógico
Maria Aparecida Reis França dos Santos
Maria Bárbara Soares e Abrão
Raul Sérgio Reis Rezende
Valeska Guimarães Rezende da Cunha
Revisão Textual
Newton Gonçalves Garcia
Stela Maria Queiroz Dias
Diagramação
Marcello Alves da Silva
Victor Gabriel de Souza Albieri
Produção e impressão gráfi ca
Gráfi ca Universitária Universidade de Uberaba
Publi Editora e Gráfi ca
Ilustrações
Rodrigo de Melo Rodovalho
Layout
Ney Braga
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Universidade de Uberaba
U3a Administração / Universidade de Uberaba; organização Raul
Sérgio Reis Rezende. Uberaba: Universidade de Uberaba,
2008
v. – (Série administração; etapa VI, v. 2)
Produção e supervisão: Programa Educação a Distância
Universidade de Uberaba
ISBN
1. Administração. 2. Educação a distância. I. Rezende, Raul
Sérgio Reis. II. Universidade de Uberaba. Programa de
Educação a Distância. III. Título. IV. Série.
CDD 658
AUTORES
Alexandre Alvarez
Especialista em gerenciamento de pequenas e micro empresas e em docência do ensino
superior pela Universidade Federal de Lavras; Bacharel em Ciências Contábeis e Admi
nistração de Empresas pela Faculdade de Ciências Econômicas do Triângulo Mineiro
de Uberaba. Atua como professor da Universidade de Uberaba nos cursos de Ciências
Contábeis e Administração e como consultor empresarial.
Julio Cesar Franco
MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro, Graduado
pela Universidade de Uberaba em Comunicação Social, Docente dos Cursos de Adminis
tração e Gestão do Agronegócio, Diretor de Projetos Especiais da Prefeitura Municipal de
Uberaba, Coordenador Geral do Centro Vocacional Tecnológico.
Nilo Cezar Ayer
Psicólogo, professor universitário junto à Universidade de Uberaba nos cursos de Adminis
tração e Psicologia, funcionário público de carreira junto à Prefeitura Municipal de Uberaba,
consultor organizacional, especialista em recursos humanos.
Renner de Brito
Graduado em Administração de Empresas pela Universidade de Uberaba. Atua na Ad
ministração do Projeto EAD da Universidade de Uberaba, bem como Orientador Web do
componente de Marketing nos cursos de Administração e Ciências Contábeis.
Rosana Castejon
Mestre em Gestão Empresarial; graduada em Administração de Empresas; especialista
em Gestão Estratégica em Marketing. Atualmente exerce atividades como consultora em
empresas nas áreas organizacional e mercadológica e como professora nos cursos de
Administração, Ciências Contábeis e Fonoaudiologia da Universidade de Uberaba.
SUMÁRIO
Apresentação 07
Componente Curricular: Equipe e Liderança dos
Recursos Humanos 09
Roteiro de Estudo 1
Relações interpessoais e motivação 11
Componente Curricular: Estratégias de Marketing e
Pesquisa de Mercado 21
Roteiro de Estudo 1
Estratégias de crescimento e as diretrizes de
mercado 23
Componente Curricular: Fundamentos do Comércio
Exterior 47
Roteiro de Estudo 1
Gestão de negócios internacionais, competências
para atuar no mercado global 49
Componente Curricular: Gestão Financeira 67
Roteiro de Estudo 1
Fontes de investimento e de fi nanciamento para
as decisões gerenciais 69
Referencial de respostas 89
APRESENTAÇÃO
Caro(a) aluno(a)
Apresentamos a você o segundo volume de roteiros de estudo
da sexta etapa. Os textos que o compõem abordam temas
relacionados à gestão de recursos humanos, à gestão de negócios
internacionais, à gestão fi nanceira e às estratégias de marketing.
Os textos foram elaborados pelos professores Nilo Cezar Ayer,
Julio Cesar Franco, Alexandre Alvarez, Renner de Brito e Rosana
Castejon, todos da Universidade de Uberaba.
• Boas relações interpessoais, ambiente de trabalho saudável,
fatores motivacionais dinamizantes atuam realmente como
um bom impulsionador do comportamento humano?
• Qual o procedimento alfandegário mais apropriado para uma
empresa que pretende atuar no mercado internacional?
• Que fatores o gestor deve considerar ao decidir entre usar o
capital próprio ou usar recursos de terceiros para fi nanciar
um investimento da empresa?
Bons estudos.
Prof.Ms. Marco Antonio Nogueira
Diretor do curso de Administração da Universidade de Uberaba
– campus Uberaba/MG
Prof. Joaquim Osvaldo Pereira de Gouvêa
Coordenador do Curso de Administração a Distância
COMPONENTE CURRICULAR
Equipe e Liderança dos Recursos Humanos
ROTEIRO DE ESTUDO 1
Relações interpessoais e motivação
Nilo Cezar Ayer
Objetivos
Após os estudos realizados a partir do roteiro em questão, é
esperado que você esteja apto a:
• ampliar o universo das relações interpessoais no ambiente
de trabalho;
• desenvolver técnicas e métodos que possam contribuir para
um melhor desempenho profi ssional e pessoal;
• ampliar os conhecimentos sobre motivação, seu conceito,
funcionamento e a importância da mesma dentro do processo
produtivo e na vida das pessoas.
Texto introdutório
Boas relações interpessoais, ambiente de trabalho saudável,
fatores motivacionais dinamizantes, funciona realmente como um
bom impulsionador do comportamento humano?
Para tentarmos responder a esses e outros questionamentos,
vejamos um trecho escrito por Chiavenato:
Para compreender a motivação humana, o primeiro
passo é o conhecimento do que o provoca e dinamiza.
A motivação existe dentro das pessoas e se dinamiza
através das necessidades humanas. Todas as pessoas
têm suas necessidades próprias, que podem ser chamadas
de desejos, aspirações, objetivos individuais ou motivos.
Os motivos são forças internas que impulsionam e
infl uenciam cada pessoa determinando seus pensamentos
e direcionando o seu comportamento frente às diversas
situações da vida (CHIAVENATO, 1994, p. 267).
Para tentarmos responder aos questionamentos feitos inicialmente,
é interessante conceituarmos o que são relações interpessoais,
sua importância, seus objetivos e sua infl uência no comportamento
humano.
Na realidade, todo ato entre duas ou mais pessoas passa a ser
uma relação interpessoal, portanto, em todo momento estamos
nos relacionando, seja na família ou no trabalho – na sociedade
como todo. Nestas relações é que buscamos nossas satisfações,
nosso complemento e é quando satisfazemos grande parte das
nossas necessidades.
Neste intercâmbio entre as pessoas, ora somos infl uenciados, ora
infl uenciamos o comportamento humano.
Nas relações interpessoais existe uma série de fatores que pode
infl uenciar este contato humano. Veja o esquema, a seguir:
Etapa VI Volume 2 11
Percepção
Fatores
ligados ao
indivíduo
Este esquema demonstra os fatores que podem infl uenciar
nossas relações interpessoais. Estes fatores estão ligados aos
nossos desejos, aspirações, expectativas, julgamentos, sonhos e
realizações, tanto a nível pessoal como profi ssional.
Você pode perceber que as relações interpessoais e a motivação
caminham intercaladas neste processo de interação entre as
pessoas, seja no campo pessoal ou profi ssional. Para ampliarmos
e aperfeiçoarmos nossas relações interpessoais, tão importantes
na modernidade, é necessário desenvolver algumas ações, tais
como representado no esquema, a seguir:
Desenvolver o
autoconhecimento
Comportamento
Autenticidade humano Saber
ouvir
Sentimento de
contribuição
12 Administração
O esquema anterior demonstra algumas ações que devem ser
constantemente acionadas para que as relações interpessoais
se tornem algo prazeroso e motivante, levando as pessoas, os
grupos, a sentirem mais seguras e inclusas dentro do processo
de interação.
Então, podemos colocar que, na realidade, relações interpessoais
é um somatório de fatores que quando bem praticados, proporciona
às pessoas a oportunidade de se tornarem mais compreensivas,
mais amáveis, mais justas, mais amorosas, facilitando, assim,
esta sintonia tão necessária entre as pessoas.
E, para entender melhor esta parceria, vamos, agora, falar um
pouco sobre motivação – o que é, como funciona e sua importância
no contexto do trabalho e do social.
Motivação
O terreno da motivação é ainda muito nebuloso. Apesar da
enorme quantidade de pesquisa sobre a motivação, não existem
ainda conclusões cientifi camente corretas sobre o assunto. Mas,
mesmo assim, podemos dizer que motivação são forças internas
que impulsionam cada pessoa a sentir e perceber seus motivos
e necessidades de maneira diferente em diferentes épocas ou
situações.
• Teoria das necessidades de Maslow
Para Maslow, as necessidades humanas estão arranjadas em uma
pirâmide de importância e de infl uenciação do comportamento
humano. Veja a pirâmide ilustrada, a seguir:
Etapa VI Volume 2 13
• Autonomia
• Participação
Auto • Trabalho criativo
realização
• Reconhecimento
• Promoções
Estima • Responsabilidades
• Amizade
• Interação
Sociais • Gerente amigável
• Estabilidade
Segurança • Remuneração
• Condições seguras
• Descanso
Necessidades
• Conforto físico
fi siológicas
• Alimentação
A hierarquia das necessidades humanas, segundo MASLOW.
Esta teoria foi proposta por Douglas McGregor, que dividiu em
dois eixos o eixo X; são pessoas mais acomodadas que querem
segurança, e o eixo Y são aquelas pessoas mais responsáveis,
mais inovadoras e decididas.
Teoria X e Y, de acordo com McGregor
Teoria X Teoria Y
Empregados naturalmente não gostam de
Trabalho encarado como algo prazeroso.
trabalhar.
Trabalhadores só desenvolvem quando Trabalhadores buscam autocontrole e auto
coagidos e pressionados. orientação.
Empregados buscam a segurança. Empregados buscam a responsabilidade.
14 Administração
O quadro anterior explica as diferenças básicas entre o
comportamento nãomotivado e o motivado, e como as pessoas
percebem suas atividades.
Outra teoria que tenta explicar o que mais motiva as pessoas foi
proposta pelo psicólogo Frederick Herzeberg, que dividiu em dois
fatores o seu pensamento.
Fatores higiênicos (ambientais) Fatores motivacionais (intrínsecos)
• Salário • Reconhecimento
• Benefícios sociais • Autorealização
• Ambiente de trabalho • Progresso profi ssional
• Clima organizacional • Responsabilidade
• Normas e procedimentos • Realização pessoal
No quadro anterior, o autor faz uma comparação entre os estímulos
ambientais e intrínsecos que levam as pessoas a se motivarem
no desempenho de suas atividades, mostrando a importância
do equilíbrio destes fatores dentro do processo produtivo das
organizações.
Motivação é a capacidade que a pessoa tem de se autoabastecer
de motivação pessoal.
Fatores Fatores
intrínsecos extrínsecos
MOTIVAÇÃO
Objetivos Objetivos
individuais organizacionais
Etapa VI Volume 2 15
No esquema anterior, há uma demonstração do quanto é importante
o equilíbrio entre os fatores extrínsecos e intrínsecos, pois ambos
contribuem de uma maneira efetiva na motivação, fazendo com
que os objetivos tanto organizacionais quanto individuais possam
ser alcançados, levando as pessoas a terem satisfação e prazer
no desempenho das suas atividades pessoais e profi ssionais.
Leituras Obrigatórias
Texto 1
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru.
Introdução à administração. 7. ed.
Revisada e Ampliada. São Paulo: Atlas,
2007. 410 p.
Texto 2
BERGAMINI, Cecília Whitaker.
Liderança: administração do sentido.
São Paulo: Atlas, 1994. 234 p.
Desta obra, leia o capítulo 2 – Liderança
como administração do sentido; o capítulo
4 – Liderança como reconstrução da
autonomia
16 Administração
Texto 3
STEPHEN, Paul Robbins.
Administração mudanças e
perspectivas. São Paulo: Saraiva, 2000.
524 p.
Desta obra, leia os seguintes capítulos:
capítulo 12 – Compreendendo as bases
do comportamento humano;
capítulo 13 – Motivação no trabalho e
recompensas;
Leituras Complementares
Texto 1
BUONO, Anthony F.; BOWDITCH, James. L. Elementos de
comportamento organizacional. São Paulo: Cengage Learning,
2002.
Desta obra leia os seguintes capítulos:
capítulo 4 – Percepção, atitudes e diferenças individuais;
capítulo 5 – Comunicação
Texto 2
FIORELLI, José Osmir. Psicologia para administradores:
integrando teoria e prática. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
Leia o seguinte capítulo:
capítulo 4 – Condicionamento ou motivação? Introdução ao
estudo do comportamento individual
Atividades
As atividades, aqui propostas, são um meio que você tem de
avaliar o seu conhecimento teórico. É um momento de exercitar
sua aprendizagem. Para realizálas, consulte os textos indicados.
Etapa VI Volume 2 17
Atividade 1
Dentre os vários aspectos negativos que compõem uma relação
interpessoal no trabalho, as mais comuns são:
I uso das informações como um mecanismo de defesa;
II radicalização em torno das decisões já tomadas;
III luta por espaço e por novas oportunidades sem os devidos
limites;
IV corte da informação;
V exagero na comunicação.
A quantidade de itens correto é:
A ( ) 1 B ( ) 2 C ( )3 D ( ) 4 E ( ) 5
Atividade 2
Coloque V para as afi rmativas corretas e F para as afi rmativas
falsas.
A ( ) A vida das pessoas constitui uma infi nidade de interações
com outras pessoas, com a organização.
B ( ) Na relação organização – pessoas, as estratégias são
criadas para alcançar os objetivos organizacionais e
individuais.
C ( ) Os valores, as crenças, fazem parte integrante da Filosofi a
da organização que pretende manter um ambiente de
trabalho motivante.
D ( ) As boas relações interpessoais se tornam uma realidade
dentro das organizações à medida que há uma ação
meramente individual.
E ( ) Ocorrem sinais de boas relações interpessoais, quando
os confl itos são encobertos.
Atividade 3
Qual dos autores foi responsável pela Teoria da Motivação, que
hierarquizou as necessidades humanas?
A ( ) Freud
B ( ) Herzerb
C ( ) Maslow
D ( ) MacGregor
E ( ) Taylor
Atividade 4
Coloque V para as afi rmativas verdadeiras e F para as afi rmativas
falsas.
A ( ) Poucos de nós somos altamente motivados o tempo todo,
independente de qual seja a tarefa realizada.
B ( ) O elevado desempenho do funcionário requer habilidade
e apoio, além de motivação.
C ( ) A motivação é apenas um elemento para se conseguir
que os funcionários tenham o mais alto nível de seu
desempenho. Igualmente importantes são a habilidade e
o apoio.
D ( ) Todo mundo deseja um trabalho desafi ador.
E ( ) A motivação é específi ca ao indivíduo.
18 Administração
Atividade 5
Um gerente de almoxarifado, com difi culdades para fi xar
profi ssionais em uma extenuante atividade de manipulação de
sucatas, passou a convidar para trabalhar nessa tarefa, pessoas de
outras áreas, reconhecidas pela agressividade e pela difi culdade
de manter boas relações interpessoais.
Após certo tempo, essas pessoas apresentaram um comportamento
adaptável e com redução de reclamações em relação ao seu
comportamento inadequado, inclusive com redução do consumo
de bebida alcoólica.
Referências
CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando pessoas. 3. ed. São
Paulo: Markon, 1994.
BERGAMINI, Cecília Waitoker. Liderança administração do
sentido e de equipe. 1. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
STEPHEN P. Robbins. Administração mudanças e
perspectiva. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
Etapa VI Volume 2 19
COMPONENTE CURRICULAR
Estratégias de Marketing e Pesquisa de Mercado
ROTEIRO DE ESTUDO 1
Estratégias de crescimento e as
diretrizes de mercado
Renner de Brito
Rosana Castejon
Objetivos
Esperamos que, ao fi nal dos estudos deste roteiro, você seja
capaz de:
• construir conhecimentos sobre os tipos de estratégias de
crescimento para melhor decidir o futuro empresarial;
• desenvolver produtos e testes de conceitos de utilidade para
o mercado consumidor;
• avaliar o impacto da força da marca em busca de maior
competitividade.
O marketing e a sua aplicação
“O empreendedor é aquele que faz as coisas
acontecerem, se antecipa aos fatos e tem uma visão
futura da organização”.
Dornelas (2005, p. 17)
Como tem sido sua jornada acadêmica? Tem
utilizado seus conhecimentos?
Isso é muito importante, pois o conhecimento só tem valor quando
o aplicamos em nosso diaadia e, principalmente, quando o
compartilhamos com mais pessoas. Conhecer as abordagens
referentes ao marketing é fundamental ao profi ssional da área de
Administração.
Neste roteiro, discutiremos os mecanismos necessários para que
a empresa permaneça em constante crescimento. Essa questão
se concentra não apenas em vender mais, ou obter maior lucro
ou mesmo produzir com superação das metas, mas, sobretudo
manter a empresa de forma competitiva e valorizada no mercado
para seus clientes atuais e futuros.
Já vimos, em nossos estudos, que uma empresa pode:
• assegurar as pesquisas de mercado;
• decidir o investimento humano, de produção e fi nanceiro em
determinados negócios;
• sinalizar a geração de novos produtos para um atendimento
às necessidades dos consumidores.
Assim, devemos considerar que os analistas de cenários procuram
desvendar as melhores e possíveis alternativas de mercado para
suas empresas venham a se estabelecer. É sobre essas condições
estratégicas que iremos abordar.
Etapa VI Volume 2 23
1. Estratégias de crescimento
Em seus estudos, Ansoff (1993) afi rmou que a decisão de crescer
é possível quando além de observar as mudanças no ambiente,
o gestor ajusta a empresa conforme as diretrizes de mercado. As
possibilidades de novas conquistas existem quando os produtos
são desenvolvidos e comercializados especifi camente para um
grupo de clientes desses mercados.
E você sabe qual é sempre a expectativa?
Você conhece algumas dessas estratégias?
Apresentaremos, a seguir, algumas delas.
1.1 Penetração de mercado
Uma empresa pode inovar ou ajustar seus produtos conforme as
solicitações de seus clientes no mercado que atua. Essa estratégia
é denominada de PENETRAÇÃO DE MERCADO. Seu objetivo
24 Administração
é fazer com que os clientes que têm uma baixa freqüência de
compra se tornem compradores mais ativos. A prestação de
serviço antes realizada, ou as características do produto ofertado
requerem uma qualifi cação superior, mas os preços devem ser
mais competitivos, ou seja, um pouco abaixo dos preços praticados
pelos concorrentes. É necessário que tanto o produto como o
serviço sejam disponíveis e que a promessa feita na estratégia
de comunicação seja cumprida. Por exemplo: oferecer cupons,
brindes e que a divulgação da qualidade superior com os preços
mais justos também seja feita.
Como essa comunicação pode ser feita?
Aplicação da estratégia
A empresa liga para seus clientes a fi m de notifi car o tempo de
troca de óleo, limpeza das velas ou mesmo de componentes
que têm um tempo previsto para fazer a manutenção
preventiva.
Aplicação da estratégia
O dono de uma ofi cina mecânica resolve investir em
equipamentos para fazer a parte de revisão e reparos
elétricos – equipamentos que anteriormente não existia em
sua ofi cina.
Etapa VI Volume 2 25
Compreende que completará suas atividades e continuará
atendendo seus clientes conhecidos. Antes, alguns clientes
deixaram de procurar seus serviços porque sua ofi cina não
oferecia serviço completo, e por isso iam procurar as ofi cinas
de seus concorrentes, que faziam tanto a parte mecânica
como a elétrica no mesmo local.
1.3 Desenvolvimento de mercado
No caso de entrar em um mercado em que já existem outros
concorrentes com distintos produtos, os gestores podem optar
por oferecer seus produtos, marca e diferenciais competitivos. É
sinal que a opção dos gestores foi de DESENVOLVIMENTO DE
MERCADO.
Para atender as especifi cações dos clientes pode ser necessário
que a empresa se utilize de parcerias principalmente na distribuição
dos produtos e na construção dos relacionamentos.
A estratégia de comunicação deverá primeiramente ser informativa
para que os clientes compreendam as vantagens de adquirirem
produtos de forma superior e com preços mais ajustados ao seu
poder de compra. Essa estratégia requer grande participação
de relações públicas e de promoção de vendas com caráter de
experimentação.
Aplicação da estratégia
Percebendo que a ofi cina não tem novos clientes para
conquistar nos bairros em que atua, o dono decide abrir uma
fi lial em uma localidade no extremo oposto à atual ofi cina.
Sua expectativa é competir com as ofi cinas concorrentes do
bairro, levando seus serviços de tradição, bom atendimento
e de profi ssionalismo técnico, para conquistar a clientela não
somente do novo bairro como dos bairros próximos.
Futuramente, esse empreendedor pretende abrir sua terceira
fi lial na cidade vizinha, que é carente de mãodeobra
especializada em mecânica, como a que ele oferece.
1.4 Diversifi cação
Existe ainda uma quarta opção estratégica que é, dentre as
anteriores, a mais arriscada ao considerar a inexperiência
de competir em determinados novos mercados e com novos
produtos.
26 Administração
Para que essa estratégia funcione de forma ajustada com o
mercado, deverá conquistar os clientes com produtos e serviços
de qualidade. Para isso, deverá se especializar no novo segmento
de atuação, ou trazer para a empresa pessoas qualifi cadas para
um melhor desempenho.
Os anseios dos consumidores é ter preço justo com o que se está
levando para casa. Assim, ele voltará a comprar os produtos e
serviços ofertados sempre que se fi zer necessário.
Aplicação da estratégia
O dono das ofi cinas mecânicas, citadas anteriormente,
oferece todos os dias para seus colaboradores um lanche da
tarde, constituído de pão, manteiga, café e leite.
Um dia, percebeu o quanto lucrativo pode ser o negócio de
uma padaria, por considerar que, na maioria das pessoas,
existe o hábito e também a necessidade de um lanche no
período da manhã e no período da tarde. Então, apesar de
não ter experiência neste setor de panifi cação, pesquisou e
resolveu investir em uma pequena padaria, contratando para
isso um padeiro, um auxiliar do padeiro, duas atendentes e
uma gerente.
Sugestão!
Em nossos estudos, já conhecemos sobre as atividades
investigativas do marketing, a elaboração da matriz BCG, descrita
por Kotler (2000). Vimos que cada empreendimento citado
anteriormente é uma Unidade Estratégica de Negócio. Procure
unir essas estratégias de crescimento com a sua elaboração
do portfólio. Perceba que, para o crescimento dos negócios,
é fundamental que os colaboradores tenham visão dessas
possibilidades estratégicas de crescimento.
Etapa VI Volume 2 27
Quadro 1: Mercados e produtos
As estratégias devem ser elaboradas em resposta às necessidades
de cada mercadoalvo, de preferência com um mix de marketing
ajustado à realidade de cada mercado e com um reduzido nível
de gastos.
IMPORTANTE!
Os segmentos diferem em suas necessidades e/ou desejos, assim
como o poder de compra dos clientes e a resposta ao marketing e
lucratividade esperada pela empresa.
Quanto às decisões estratégicas para o crescimento empresarial,
vale ressaltar que elas se tornam convenientes aos gestores,
desde que sejam conforme os padrões culturais e sociais de
cada região. Assim, o gestor deve optar por uma estratégia mais
condizente com a realidade de seus consumidores (KOTLER,
2000).
28 Administração
O crescimento horizontal
Ocorre quando a empresa está ampliando a sua base de clientes,
em geral, resultando em maior volume de vendas. Neste caso,
a realização dos objetivos empresariais dependerá de mais
vendedores para uma cobertura maior de atuação ou mesmo que
os atuais vendedores busquem uma nova cartela de clientes em
mercados ainda não conquistados.
O crescimento vertical
A base de clientes se mantém inalterada, mas com um aumento
no volume da venda média. Para conseguir esse propósito,
os vendedores devem receber treinamentos e atualizações
constantes para obterem conhecimentos superiores sobre o
mercado, produtos e, principalmente, sobre os valores que os
clientes procuram. A intenção é a preservação do investimento e
dos clientes, mas com uma busca maior de rentabilidade.
Para que compreenda melhor esse aspecto, pense no caso das
operadoras de telefonia móvel, o celular. Sempre estão oferecendo
novos aparelhos e planos de pagamento na expectativa de uma
participação maior que a atual, ou mesmo superior a de seus
concorrentes.
Já vimos em estudos anteriores que essas estratégias podem ser
variadas, conforme as fases do ciclo de vida. Isso porque elas
atendem aos objetivos de maior participação no mercado, ou
obtenção de maior lucratividade, ou mesmo uma concientização
dos produtos ofertados e de suas marcas.
Etapa VI Volume 2 29
O importante é saber que produtos ou serviços podem ser novos
para a empresa, mas talvez não para o mercado, ou seja, o
concorrente já está oferecendo no mercado algo similar. Por outro
lado, podem ser realmente novos tanto para a empresa como para
o mercado, com características surpreendentes e que o mercado
muito precisa.
Dentre as opções de aumentar os itens que compõem o portfólio
empresarial, as estratégias para o desenvolvimento de novos
produtos podem ser de quatro tipos. Acompanheas no esquema,
a seguir:
dependentes ofensivas
Estratégias para o
desenvolvimento de
novos produtos
tradicionais defensivas
• Estratégias ofensivas
Em uma pequena cidade do interior de Minas Gerais,
existem cinco postos de abastecimento de veículos. Mas,
o Posto Pontual ainda é o preferido da comunidade mesmo
tendo seus combustíveis normalmente sendo vendidos 3%
mais caro que os produtos dos concorrentes. Durante uma
investigação, os clientes responderam que essa preferência
consistia em três bases: atendimento personalizado;
promoções impactantes e de valor para eles; e combustíveis
sem adulteração que provocassem danos ao motor do
carro.
30 Administração
• Estratégias defensivas
Na mesma cidade de Minas Gerais, existe um varejão de
verdura chamado Varejão DuBão. Seu principal concorrente
é um supermercado de médio porte que tem promoções
todas às terças e quartasfeiras, no setor de frutas e verduras.
Como o supermercado compra em maiores quantidades,
também consegue ter preços mais interessantes para a
população. O dono do DuBão entendeu que não é o caso
de oferecer nos mesmos dias da semana promoções
competindo com o supermercado, mas, sim, oferecendo
produtos promocionais no sábado e no domingo que são os
dias em que as pessoas estão mais propensas a comprar
por terem mais tempo para esse tipo de compra doméstica.
Além dessas promoções, o DuBão tem uma exposição
de produtos selecionados de forma atraente e decorativa.
Recentemente, fez degustação de produtos preparados com
os legumes expostos no mesmo dia.
Neste caso, o varejão DuBão não é o líder do segmento, mas
a estratégia por ele usada evita custos com desenvolvimento,
e não corre riscos entrando em novos mercados.
• Estratégias tradicionais
A casa de materiais para construção Construforte está
estabelecida numa cidade mineira de aproximadamente,
22 anos e, em determinados momentos, vende bastante
para pessoas que estão reformando suas casas. Mas, em
determinados momentos, vende para pessoas que estão
construindo do alicerce ao acabamento. Este segmento
cresce principalmente conforme os benefícios que a Caixa
Econômica Federal oferece para que as pessoas com uma
taxa mais reduzida no fi nanciamento resgatem seu Fundo
de Garantia e invistam na moradia própria.
• Estratégias dependentes
A movimentação fi nanceira das empresas e pessoas
relacionadas com os empreendimentos citados anteriormente
faz a gente pensar no local de guarda de seus dinheiros. Por
isso, dentre os bancos e postos de atendimento bancário
existentes na cidade, o Banco da Riqueza também tem suas
estratégias para fazer os empresários da cidade ter
Etapa VI Volume 2 31
credibilidade em sua instituição fi nanceira. O gerente instrui
seus caixas e atendentes a tratarem seus clientes como se
fossem o próprio dono do banco. Ou seja, todo cliente merece
respeito independente do valor que movimenta na conta.
O banco conta com um sistema de segurança impecável,
e, inclusive divulga isso para seus correntistas. Apesar
de toda essa estrutura de atendimento, informatização e
segurança, a agência do Banco da Riqueza instalada na
cidade não decide as taxas, juros e demais índices por si,
pois a agência é subordinada às decisões da matriz, que
se localiza na capital Belo Horizonte, sendo fi scalizada pelo
Banco Central. Portanto, as estratégias dependentes são
adotadas por empresas que não têm autonomia para lançar
seus próprios produtos e serviços.
ATENÇÃO!
Para cada tipo de empreendimento, um tipo de estratégia melhor
se ajusta.
Vale ressaltar que uma estratégia não se copia, mas se ajusta
conforme a necessidade da empresa e do mercado consumidor.
2. Desenvolvimento de um produto
Ao entrar em um mercado, a primeira decisão de um empreendedor
é a de competir. Por isso, podemos dizer que a criação e a
elaboração de um produto em atendimento às necessidades
dos clientes se torna fundamental para a existência ou mesmo
sobrevivência das empresas.
IMPORTANTE!
O desenvolvimento de novos produtos ou serviços deve
ser relacionado diretamente com o acompanhamento
das mudanças que afetam o consumidor e, por
conseqüência, as empresas.
32 Administração
Algumas empresas investem em um departamento exclusivo de
Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Outras podem simplesmente
fazer uso e reproduzir as idéias já existentes no mercado. Mas,
independente dessa decisão, é o mercado consumidor que fará
a aceitação dos produtos ou serviços ofertados pela empresa.
Signifi ca que, antes da transformação da idéia em produtos ou
serviços, compete ao profi ssional de marketing a verifi cação na
necessidade de seus clientes em relação a esse processo de
criação.
Esse ato deve ser bem pensado e muito bem analisado, pois
inúmeras idéias são testadas ou mesmo lançadas no mercado e,
quando negadas, o investimento não será recuperado e o produto
poderá ser extinto.
Na atualidade, o tempo de vida de produtos também pode ser
encurtado pela produção de estímulo por meio de novos produtos
e, em alguns casos, a empresa que investe em P&D elabora
sempre novos produtos para impedir que os concorrentes cheguem
até seus clientes primeiro, ou seja, dispõe de grande investimento
na liderança de mercado.
Acompanhe no esquema, a seguir, alguns passos que contribuem
para a transformação de idéias em criação em uma empresa.
Etapa VI Volume 2 33
Captar a
oportunidade
Teste de Análise do
mercado problema
Análise do Conseqüências
Passos para a
negócio do problema
transformação
de idéias em
criação
Estratégias de Seleção de
marketing idéias
Desenvolvimento e Escolha
teste de conceitos
• Captar a oportunidade
Sabemos que o mercado é excessivamente exigente e busca,
a cada dia, a comodidade, a segurança e a praticidade. Para
atender a estas e outras necessidades, empresas disputam
entre si soluções que satisfaçam o que ainda está defi citário.
• Análise do problema
A partir de pesquisas de mercado, foi constatado que muitos
dos clientes potenciais se sentiam bastante incomodados com
o fato de se deslocarem até um posto para calibrar os pneus.
Isso porque estão sempre atrasados com seus respectivos
afazeres do diaadia.
Outro aspecto importante analisado se refere aos moradores
das zonas rurais. Percebe que, na maioria dos casos, o posto
mais próximo seria a um ou mais quilômetros de distância.
Se algum dia o usuário se deparar com um pneu murcho,
terá que rodar na estrada nessa situação, o que é inevitável,
podendo gerar um acidente. Praticantes de esportes OffRoad
(trilhas, enduros, rallys) também se sentem incomodados de
trafegar com seus veículos nas ruas para calibrar os pneus,
pois em muitos casos não atendem às exigências de tráfego
urbano.
• Conseqüências do problema
Durante a busca de informações constataramse três
conseqüências decisivas que afetam o “bolso” e a vida do
proprietário do veículo. São elas:
34 Administração
a para o pneu: que sofrerá desgaste desnecessário, pois a
borracha aquece acima do normal, podendo originar um
estouro, identifi cação com engenheiros automobilísticos que
a cada parte do pneu é esmagada aproximadamente 20
vezes por segundo, a uma velocidade aproximada de 110
km/h;
• Seleção de idéias
Várias idéias surgiram a partir desses fatos, mas a GLEL
Soluctions pensou em soluções práticas e convincentes que
sanassem os problemas, inclusive algumas existentes no
mercado. Por exemplo:
bomba para a calibragem dos pneus por meio de força a
pedal (força humana);
mini compressor ligado no acendedor de cigarros dos carros;
equipamento que não permitisse o vazamento de ar, mantendo
o pneu sempre cheio;
aparelho que permite ao pneu permanecer cheio enquanto
movimenta mesmo furado.
• Escolha
A GLEL Soluctions decidiu optar por uma solução diferenciada
e prática: um equipamento ligado diretamente à bateria do
veículo, que funciona de forma automática, sendo o único
trabalho para o cliente acoplar a mangueira e escolher
a libragem desejada, medida através de um manômetro
anexado ao próprio produto. Dessa forma, o usuário poderá
calibrar seus pneus a qualquer hora e local, sanando os
problemas detectados pela pesquisa aplicada.
• Desenvolvimento e teste de conceito
A GLEL Soluctions é uma empresa que entra no mercado
oferecendo soluções veiculares com a pretensão de ocupar
uma posição de destaque e até mesmo se tornar uma
empresa dominante. Para tanto, o Anexar foi desenvolvido e
permitirá aos clientes potenciais a oferta dos concorrentes de
forma mais cômoda, prática e rápida. O equipamento estará
sutilmente anexado ao veículo, proporcionando a calibragem
no momento em que o usuário desejar. O Anexar não terá
um preço justo ao preço praticado pelos concorrentes, pois
ainda estará cobrindo investimentos e despesas de P&D e de
lançamento. Esse quadro será revertido na fase de maturidade,
em que os custos cairão signifi cativamente, proporcionando
um melhor preço à vista para os consumidores.
Etapa VI Volume 2 35
O INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização
e Qualidade Industrial – é o órgão fi scalizador principal para
manutenção da competitividade do Anexar. A prestação do
serviço em relação à instalação ocorrerá em lojas credenciadas
à empresa. Será feita por profi ssionais treinados pela própria
GLEL Soluctions, proporcionando um serviço rápido, efi caz, e
que preserve a originalidade do produto.
• Estratégias de marketing
O primeiro mercadoalvo do produto Anexar será constituído
por motoqueiros com renda média de 3 salários mínimos e
que fazem da moto um veículo de trabalho durante a semana
e, de lazer, nos fi nais de semana, mas que preservam a
segurança e o tempo durante sua locomoção.
Em função desse fato, o preço será oferecido com desconto
de até 5% na fase introdutória e 9% na fase de crescimento,
permanecendo em 3% para baixo do preço do concorrente
na busca pelo ganho de escala.
A linha de produtos Anexar é composta nas modalidades
“moto” e “carro”, aproveitandose a estratégia de entrada
nas lojas de departamento utilizadas pela concorrente B&D e
pelo acentuado consumismo da classe C. Para que o Anexar
se torne competitivo ao longo do tempo, a pesquisa de
desenvolvimento e melhoramento será resgatada nos pontos
de vendas junto aos vendedores. E, na fase de crescimento,
a GLEL realizará uma campanha de comunicação com
demonstração do produto no próprio ponto de venda,
oferecendo garantia estendida para os compradores que
responderem ao questionário de satisfação do bem adquirido
no prazo de 6 meses após a compra. Para fazer acontecer
os objetivos de participação de mercado, 8% do investimento
total serão revertidos em propagandas televisionadas e
vídeos pela internet, além de estratégias de merchandising
nos pontos de vendas.
• Análise do negócio
Considerando a estimativa da demanda, foi possível detectar
que 44,12% da população que possuem veículos são clientes
potenciais. O crescimento das vendas será possível através
da entrada da GLEL em lojas de departamentos e do portal
na internet criado desde o primeiro momento, onde o cliente
poderá pesquisar, opinar, enviar pedidos, solicitar serviços,
conhecer a empresa e locais de revenda do Anexar.
36 Administração
A expectativa de produção e vendas inicial é de 100 unidades/
mês. Possui uma efi ciência de 87% da capacidade produtiva
mensal, considerando 213% de horas trabalhadas das 240
horas regulamentares e um custo orçamentário de $6.240,00
a cada 100 unidades. A pretensão dos lucros está em função
do volume de vendas de 55% das motos existentes no
mercado. A margem de lucro líquido é prevista para 7,42% a.m.
• Teste de mercado
Por questões de fornecimento e frete, a região sudeste foi
defi nida como a localidade de maior concentração do público
alvo pretendido no primeiro momento. A busca por cidades
de maior movimentação de motoqueiros levou às capitais de
Belo Horizonte e São Paulo como escolha do mercadoteste
por um período de 3 meses de trabalho intenso nas lojas
de revenda de peças, focando os clientes que entram para
revisão de suas motos.
Nessas cidades serão escolhidos 4 pontos para que a força de
vendas da GLEL tenha concentração e busca de informações
a partir de testes do Anexar na própria moto do cliente
para que faça vivencie a utilidade do produto em situações
adversas em sua rotina de trânsito. A comercialização poderá
acontecer neste período de teste com a devida orientação e
garantia assistida pelos parceiros. Posteriormente ao teste de
mercado, o lançamento do Anexar terá a venda pela internet
e pelas lojas de departamentos conveniadas, já na fase de
lançamento nacional do produto.
IMPORTANTE!
Nenhum produto vai para o mercado sem utilidade para o cliente. Portanto,
as pesquisas são essenciais em todo o tempo de existência dos produtos
no mercado.
Em alguns casos, os clientes precisam ser despertados para essas
necessidades para que se sintam interessados em procurar informações e
avaliarem se é o caso de adquirir o que a empresa está lhe oferecendo.
Etapa VI Volume 2 37
IMPORTANTE!
Para ter realmente um cliente leal aos seus produtos, os gestores
criam referências para que o cliente rapidamente identifi que os
produtos nos pontos de venda.
A seguir, vamos verifi car a receptividade do consumidor pelo uso
adequado de sua identifi cação, que é a sua marca.
3. Gestão de Marcas
Pare e pense!
Nem sempre a marca do produto que você pensou, ou mesmo
pronunciou, é a marca que normalmente utiliza em sua rotina.
Isso quer dizer que as pessoas têm determinadas predileções
por determinadas marcas, provocando uma incidência maior de
compra por essas marcas repassadas pela mídia e que ainda são
mantidos na memória do consumidor. Ressaltando: a marca é
uma referência necessária!
ANEX – na AR – na cor
cor azul vermelha
Figura 1: Logomarca da Anexar
Etapa VI Volume 2 39
Com isso, queremos dizer que não basta investir em campanhas
caras e com muita propaganda, mas sim em inteligentes
metodologias de conscientização do valor da marca associada à
qualidade superior e permanente do produto Anexar. É necessário
um conjunto de ações para conquistar os clientes, como por
exemplo: apelos criativos associados a uma classe de motoqueiros
que esperam ser identifi cados como pessoas jovens e originais,
independente da idade que tem na atualidade e que necessitem
de produtos práticos para manterem suas breves aventuras.
Mesmo criando uma associação com credenciais exclusivas, ainda
é necessário buscar uma pessoa de infl uência na mídia e que seja
o responsável pela publicidade e referência nos grupos sociais
que a marca deve ser fortalecida. Caso uma pessoa de aceitação
pública seja onerosa para a empresa, convém que a escolha
dentre as pessoas comuns desperte o carisma e a simpatia para
o repasse de informações.
Algumas empresas se utilizam de um “mascote animado” ao
criarem um personagem que traduza alguns valores para o
públicoalvo. O importante é que o mascote sensibilize o público
e que o apelo utilizado possa ser centrado no maior alcance do
público e conforme as características detectadas na pesquisa de
comportamento do consumidor.
Vale relembrar os seus primeiros estudos sobre a aplicação dos
conceitos de administração!
• Quando não existia acentuada concorrência, os empresários
não se preocupavam em serem diferentes na demonstração
e criação de seus produtos.
• A população era ávida por muitos produtos, e assim, os
produtos não proporcionavam verdadeiros valores que o
consumidor considerava importantes para a aquisição de
seus bens.
• Um tempo antes, o valor de uma marca na análise dos
impactos fi nanceiros era mínimo.
• Na atualidade, existem muitos estudos sobre esse assunto
e todos relacionados às grandes empresas que têm um
alto investimento na comunicação e na manutenção de sua
marca, com proporcional retorno.
É, nesse momento, que se aloja a complexidade do brand equity:
a marca pode ser fl exível conforme ajustes com o mercado
consumidor durante a identifi cação, mas deve ser implacável em
relação ao controle de qualidade.
40 Administração
IMPORTANTE!
Leituras Obrigatórias
Texto 1
KOTLER, Philip. Desenvolvimento de novas
ofertas ao mercado. In: _______. Administração
de marketing. São Paulo: Prentice Hall, 2000.
cap.11.
Texto 2
KOTLER, Philip. Gerência de linhas de produtos e marcas. In:
______. Administração de marketing. São Paulo: Prentice Hall,
2000. cap.13. p. 426440.
Etapa VI Volume 2 41
Leituras Complementares
Texto 1
KOTLER, Philip. A conquista de mercados: planejamento
estratégico orienta para o mercado. In: ______Administração de
marketing. São Paulo: Prentice Hall, 2000, p. 9597
Texto 2
BAKER, Michael J. Contrução de marca. In: ______
Administração de marketing: um livro inovador e defi nitivo para
estudantes e profi ssionais. 5. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2005.,
cap.15 p. 263278.
O autor, neste capítulo, proporciona, por meio de uma linguagem
simples, conhecer sobre um caminho administrativo da construção
da marca, de uma forma envolvente e enriquecedora.
Texto 3
http://www.globalbrands.com.br/artigos_h.asp
O autor José Roberto Martins é o responsável por esse site.
Nele, estão veiculadas estratégias de marcas. Tratase de uma
referência necessária à sua formação enquanto administrador.
Atividades
Atividade 1
A seguir, estão os tipos de possíveis ações estratégicas de
crescimento para o Hospital Milagre da Vida, segundo o autor Igor
Ansoff, citado por Kotler (2000, p.97). Indique a opção estratégica
e apresente a sua justifi cativa para tal escolha.
Compreendendo que a atuação do PSF (Programa de Saúde da Família) atinge vários pontos da cidade
e que a verba do SUS, que antes o Hospital recebia na íntegra, está fi cando dividida com esse programa,
a direção do Hospital elaborou o Programa Vida e motivou o corpo clínico a fazer um cronograma de
atendimento periódico nas casas de algumas famílias da cidade. Esse atendimento domiciliar será realizado
por 1 médico, 1 enfermeira, 1 psicóloga e 1 nutricionista, que são colaboradores do Hospital, como uma
agregação de valores à comunidade. Com esse novo tipo de atendimento, os profi ssionais irão fazer os
tratamentos domiciliares sem risco de infecção hospitalar e o Hospital terá maior credibilidade junto à
comunidade conquistando novos pacientes até então não atendidos por seus profi ssionais.
Estratégia: Justifi cativa:
42 Administração
As tendências do crescimento populacional com idade superior a 65 anos e com renda disponível,
aproximadamente, de 3 salários mínimos apresentam um crescimento de 6%. De posse dessa informação,
a direção do Hospital resolveu construir com o fundo de reserva uma ala geriátrica para as atividades
preventivas, montando integrações de grupos formados pela psicóloga e por um recémcontratado médico
geriatra que fi cou responsável por esse trabalho e pela difusão da informação na comunidade. Tratase de
um diferencial que nenhum hospital da região tem.
Estratégia: Justifi cativa:
No Hospital, existem distintas organizações que mantêm seu funcionamento, como por exemplo: a farmácia,
o refeitório e a hospedagem. Todas elas com administração e complexidade distintas, mas que completam
a atividade hospitalar. Recentemente, o serviço de lavanderia, que era realizado no próprio Hospital, foi
transferido para o Distrito Industrial, por requerer um processo rigoroso de esterilização, e por exigência
da Vigilância Sanitária e, conseqüentemente, uma nova empresa foi aberta por exigência da Prefeitura
Municipal. Para não fi car com a produção ociosa, a lavanderia passou a ter como clientes dois hotéis da
cidade e a arrecadação contribui para o pagamento das despesas operacionais dessa nova empresa e para
a compra de materiais de limpeza, não só da lavanderia como também do Hospital.
Estratégia: Justifi cativa:
Esse Hospital é reconhecido na cidade e região como sendo um hospital de excelente tecnologia para
realização das cirurgias e exames clínicos realizados por profi ssionais competentes que se mantêm
atualizados na profi ssão médica. Para melhorar ainda mais essa percepção junto à comunidade, o diretor
resolveu investir no desenvolvimento profi ssional do pessoal da linha de frente de atendimento ao paciente
e familiar, que são as atendentes, auxiliares, o pessoal responsável pela limpeza e pela segurança. Foram
criados 4 módulos de treinamento para “Atendimento Efi caz ao Cliente”, “Liderança Servidora”, “Atualização
em Informática”, “A Riqueza do Trabalho em Equipe” no qual todos, obrigatoriamente, deverão participar, e
que passarão por uma análise do desempenho, quando serão monitorados em suas atividades rotineiras de
conquista dos pacientes e familiares.
Estratégia: Justifi cativa:
Atividade 2
A empresa Pecado Doce é uma casa que oferece tortas e doces
diferenciados. O cliente é atraído pela beleza dos quitutes e pelo
sabor leve do tempero tanto dos produtos de doce como de sal.
Essa empresa atrai clientes que buscam o prazer da vida no ato da
alimentação e também pela baixa ingestão calórica demonstrada
nas tabelas nutricionais de cada produto. Com base nisso, e
considerando os estudos de Kotler (2000, p. 426), defi na os seis
níveis de signifi cado dessa marca Pecado Doce.
Etapa VI Volume 2 43
Atividade 3
Pesquise o signifi cado dos seguintes tipos de marca e faça
referências às marcas conhecidas no mercado como exemplo.
Marca de produtos
Marca de serviços
Marcas coletivas
Marcas de certifi cação
Atividade 4
Na cidade de Pedra Verde, constituída há 29 anos somente,
há um acentuado crescimento devido aos incentivos federais e
estaduais para a instalação de usinas de álcool nesta região. Com
aproximadamente 25.000 habitantes, muitos setores e pequenos
investimentos foram surgindo para suprir as necessidades da
população que vieram com seus hábitos e costumes das cidades
de origem e que primeiramente trabalhavam nas usinas. Por
outro lado, os jovens que nasceram na cidade de Pedra Verde
começam a despertar para o desenvolvimento de novos produtos
que possam atender às necessidades dos adolescentes e jovens
adultos. Pensando nisso, você deverá criar uma empresa e
desenvolver um produto âncora que tenha características
inovadoras para essa população. Não é o caso de ser um produto
ou serviço revolucionário, mas sim que tenha características
inovadoras e que tenha distintividade entre os concorrentes
indiretos ou mesmo diretos. Você tem disponível para começar
seu investimento $50.000,00.
Atividade 5
Existem diversas necessidades específi cas no mercado, e
justamente por isso, a empresa Unipratic resolveu competir no
mercado de cadeiras de rodas. Dentre os produtos do portfólio
dessa empresa, o produto Unipratic Life é uma cadeira de
banho acoplada a uma cadeira de passeio que proporcionam a
praticidade do cadeirante de fazer sua locomoção e a liberdade
de fazer suas necessidades fi siológicas sem grandes difi culdades
e com a devida higiene. Faça considerações sobre a decisão da
marca Unipratic Life.
Referências
ANSOFF, Igor. A nova estratégia empresarial. Tradução de
Antonio Zoratto Sanvicente. São Paulo: Atlas, 1991.
44 Administração
______; McDONNELL, Edward J. Implantanto a administração
estratégica. Tradução de Antonio Zoratto Sanvicente; Guilherme
Ary Plonsky. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1993.
BAKER, Michael J. Administração de marketing: um livro
inovador e defi nitivo para estudantes e profi ssionais. 5. ed. Rio
de Janeiro: Campus, 2005.
CHURCHILL, Gilbert A.; PETER, J. Paul. marketing: criando
valor para os clientes. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2000.
KOTLER, Philip. Administração de marketing. São Paulo:
Prentice Hall, 2000.
MARTINS, José Roberto; BLECHER, Nelson. O império das
marcas. 2. ed. São Paulo: Editora Negócio, 1997.
PRIDE, Willian M.; FERRELL, O.C. Marketing: conceitos e
estratégias. Tradução de Cecília Lima de Queirós Mattoso. 11.
ed. Rio de Janeiro: LTC, 2000.
http://www.globalbrands.com.br
http://pt.wikipedia.org/wiki/Metodologia_de_projeto
Etapa VI Volume 2 45
COMPONENTE CURRICULAR
Fundamentos do Comércio Exterior
ROTEIRO DE ESTUDO 1
Gestão de negócios internacionais: competências
para atuar no mercado global
Júlio Cesar Franco
Objetivos
Após o estudo deste roteiro, você deverá ser capaz de:
• identifi car a área de negociação internacional;
• conhecer, mais pormenorizadamente, os regimes aduaneiros,
analisando de maneira crítica relações internacionais e os
acordos internacionais existentes;
• visualizar, de maneira crítica, o futuro profi ssional de
administração e identifi car as ferramentas do comércio
exterior e distinguir a formalização de processos para
importação e exportação;
• conhecer o deferimento da operação de trânsito aduaneiro;
• aprofundar e estruturar os conhecimentos na área, com
ênfase em sua utilização nos regimes aduaneiros existentes
tanto na importação como na exportação em zona primária
e secundária;
• compreender o trâmite de exportação/importação, incluindo
aspectos legais e fi scais;
• apresentar uma síntese dos acordos internacionais
fi rmados, e apontar seus principais efeitos sobre as políticas
industriais e de comércio exterior do Brasil;
• compreender a sistemática de negociações que envolve
os acordos internacionais, facilitando a percepção das
oportunidades e benefícios que implicam a utilização desses
mecanismos (redução tarifária e outros tratamentos);
• compreender o planejamento e o gerenciamento da
distribuição física internacional (cadeia de DFI);
• conhecer o processo de tomada de decisão quanto aos
modais de transporte a serem utilizados, a análise e a
preparação da carga a ser transportada e a decisão dos
riscos logísticos;
• entender a importância da logística e do transporte
internacional no comércio exterior;
• entender o funcionamento dos diferentes meios de
transporte internacionais e conhecer as diferentes técnicas
de embalagens e a importância dos contêineres.
Em continuidade ao conteúdo desenvolvido no roteiro “Fundamentos
do comércio exterior”, publicado no Volume 1, desta mesma
etapa, no qual estudamos a política de comércio exterior e o
sistema administrativo, agora partimos para o desenvolvimento de
competências e o conhecimento de ferramentas elementares na
condução dos negócios internacionais. O administrador de sucesso
necessita desenvolver técnicas que propiciem o fortalecimento da
posição da organização no mercado internacional em que atua,
utilizando todos os recursos aduaneiros vigentes.
Etapa VI Volume 2 49
REGIMES ADUANEIROS
Trânsito aduaneiro
É aquele que possibilita o transporte de mercadorias sob o “domínio”
aduaneiro de uma localidade a outra do território aduaneiro. Com
a suspensão de imposto, é bom lembrar que os tributos incidentes
sobre a operação serão recolhidos no território aduaneiro de
destino.
Admissão temporária
O regime alfandegário especial de aceitação temporária é o que
permite a importação de bens que devam permanecer no país
durante limite fi xado, com suspensão de tributos e nas condições
estabelecidas pelo artigo 75 do decreto lei nº. 37/66.
Drawback
Drawback é uma palavra muita utilizada no comércio internacional
e tem sua origem na cultura inglesa, que possui a versão de
suspensão ou banimento de tributos incidentes sobre insumos
importados para utilização em produto exportado.
a Exemplo
João importa matériaprima para produzir mercadorias que serão
exportadas. Essa matériaprima que João importou não paga os
impostos aduaneiros devidos. É, portanto, uma isenção de impostos
com a fi nalidade de promover a exportação. Sem essa isenção, a
mercadoria nacional, no exterior, fi caria mais cara perdendo a
competitividade. O mecanismo, desta forma, trabalha como um
incentivo às exportações, pois diminui os custos de produção de
produtos exportáveis, tornandoos mais atraente economicamente e
competitivos no mercado internacional.
50 Administração
Suspende os tributos incidentes na importação de mercadoria
a ser empregada na industrialização de produto que deve ser
exportado. Vale lembrar, e até mesmo ressaltar, que somente,
Suspensão haverá a suspensão dos tributos, quando o exportador apresentar
antecipadamente um plano de uma importação conjugada com
uma exportação e neste caso, importa a matériaprima sem
pagamento do imposto aduaneiro. E o exportador terá um período
de tempo para comprovar o cumprimento do plano apresentado.
Aborda a restituição de tributos pagos na importação de insumo
utilizado em produto exportável. E o drawback de restituição
quase não é utilizado. A ferramenta de incentivo à exportação
fi ca mais a cargo das modalidades de isenção e suspensão.
As empresas que têm o direito ao incentivo do drawback são
Restituição as que realizam operações de industrialização sobre peças,
de tributos componentes, matériasprimas e/ou outros insumos importados,
fabricando com eles produtos destinados à exportação. Mas
também é permitido habilitarse uma empresa que importa peças,
componentes, matériasprimas e/ou outros insumos para fabricar
produtos intermediários, ou seja, produtos que integram um outro
produto, fabricado por outra empresa, destinado à exportação.
Em relação à restituição de tributos, podemos ter, como exemplo,
o caso do fabricante de pneus, que os fornece à indústria
automobilística, que, por sua vez, exportaos montados em seus
automóveis. O regime de drawback pode ainda ser outorgado ainda
à empresa de fi ns comerciais. Nesse caso, a mercadoria deverá ser
industrializada sob encomenda em estabelecimento industrial, por
conta e ordem da benefi ciária do regime de drawback e somente
depois ser exportada.
Entreposto aduaneiro de importação Entreposto aduaneiro
Regime especial que
O regime de entreposto aduaneiro é aquele que permite a permite a importação de
importação de mercadorias em consignação com suspensão do mercadoria estrangeira
pagamento dos impostos. As mercadorias podem até mesmo para armamento em
recinto alfandegado de uso
permanecer depositadas pelo prazo de um ano, prorrogável para, público, com suspensão do
no máximo, três anos. A mercadoria admitida nesse regime poderá pagamento dos impostos
ser nacionalizada pelo importador, consignatário ou adquirente e,
em seu nome, despachada para consumo ou exportada.
Neste caso, o desembaraço aduaneiro pode ser feito parcialmente,
em conformidade com a necessidade dos clientes, com pagamento
somente dos impostos relativos às quantidades nacionalizadas.
Utilizado esse sistema, será permitido aos exportadores
estrangeiros a formarem estoques estratégicos no país. Permite
ainda a reexportação dos produtos não comercializados no Brasil
para sua origem ou para outros países sem o pagamento de
quaisquer impostos.
Entreposto aduaneiro de exportação
Esse tipo de entreposto abrange duas modalidades:
Etapa VI Volume 2 51
a Regime comum: é aquele que atendendo às normas
pertinentes, deposita mercadorias destinadas ao mercado
externo em entreposto aduaneiro;
a Regime extraordinário: as empresas comerciais
exportadoras de que trata a Lei nº.
a 1.248/72, relativamente às mercadorias que, apanhadas
para o fi m específi co de exportação, são estocadas em
entreposto aduaneiro, ou têm realizando seu embarque
direto.
Entreposto industrial
Esse regime é o que permite a um estabelecimento ou mesmo a
uma indústria importar, com suspensão de tributos, mercadorias
que, depois de submetidas à operação de industrialização, deverão
destinarse ao mercado externo. A importação e o processo
produtivo do entreposto industrial fi carão sob controle aduaneiro.
Exportação temporária
É o regime aduaneiro que versa e considera a saída, do país,
de mercadoria nacional ou nacionalizada, com suspensão do
pagamento do imposto de exportação, condicionada ao seu retorno
em prazo determinado, no mesmo estado em que foram exportadas,
condicionado à (re)importação em prazo determinado ou no mesmo
estado ou depois de submetida a processo de conserto, reparo ou
restauração.
Esse regime está regulamentado pelos artigos 385 a 401 do Decreto
4.543/02, pela IN SRF n o 319/03 e legislações complementares,
que tratam de situações específi cas, e visa a facilitar a saída
temporária do país de bens destinados. E haverá a extinção do
regime quando do retorno das mercadorias ao país, desde que o
respectivo conhecimento de carga seja emitido no exterior dentro
do prazo de vigência do regime, ou, ainda, se for efetuada a sua
exportação defi nitiva, nos termos da IN SRF n o 443/04.
Aplicabilidade do regime de exportação temporária
Possui as seguintes características:
52 Administração
III. trata também de animais reprodutores para cobertura, em
estação de monta, com retorno cheio, no caso de fêmea, ou
com cria ao pé, bem como animais para outras fi nalidades;
IV. aborda sobre veículos para uso de seu proprietário ou
possuidor.
REGIMES ADUANEIROS ATÍPICOS
Os regimes aduaneiros atípicos atendem a situações econômicas
peculiares como pólos econômicos regionais. Veremos, a seguir,
os principais pólos e as principais características desse tipo de
regime:
Zona franca de Manaus
Vamos perceber que é muito comum países limitarem uma área
geográfi ca em que haverá benefícios fi scais e aduaneiros para
as mercadorias estrangeiras ali ingressadas. E essas áreas são
chamadas de zonas francas, que podem ser um porto, que se
torna conhecido como porto livre. E pode também ser localizada no Zona franca
interior do país, longe de portos fl uviais ou marítimos; que nestes Área de um país onde, por
casos fi ca conhecido e recebe o nome de porto seco livre. decisão dos governantes,
são permitidas reduções
alfandegárias e,
freqüentemente, concedidos
A zona franca de Manaus é uma área de livre comércio de benefícios fi scais, por certo
importação e de exportação e com incentivos fi scais especiais, período de tempo.
estabelecida com a fi nalidade de criar, no interior da Amazônia, um
centro industrial, comercial e agropecuário dotado de condições
econômicas que permitam seu desenvolvimento, em face dos
fatores locais e da grande distância a que se encontram os centros
consumidores de seus produtos. A importação e a exportação de
mercadorias para a zona franca de Manaus ou proveniente dela,
são objeto de benefícios fi scais previstos em legislação específi ca.
A lei nº. 8387/91 e suas citações tratam das zonas francas de
Manaus, de Macapá e de Santana, no Pará.
Loja franca
São lugares devidamente autorizados, tendo esse ponto de ligação
com a zona primária de porto ou aeroporto, consistindo da fi nalidade
de funcionamento de lojas francas para venda de mercadoria
nacional e estrangeira aos passageiros de viagens internacionais,
contra pagamento em cheque de viagem ou moeda estrangeira
conversível, conforme disciplinado pelo artigo 396 do Decreto nº.
91.030/85, artigo 15 do Decretolei nº. 1.455/76 e artigo 1º, § 2º,
alínea “a”, do Decreto lei nº. 2.120/84.
Depósito Especial Alfandegado (DEA)
É o regime atípico que versa e permite a estocagem de partes,
peças e materiais de reposição ou manutenção para veículos,
máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos estrangeiros,
nacionalizados ou não, nos casos defi nidos e autorizados pelo
Etapa VI Volume 2 53
Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento.
Nesse regime há suspensão do pagamento de impostos empregados
nas atividades de: transporte; produção agrícola; construção e
manutenção de rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, barragens
e serviços afi ns e análise e pesquisas cientifi cas realizadas por
laboratórios.
Poderá habilitarse a operar o regime, a empresa:
a que possuir Certidão Negativa de Débitos relativa a tributos
e contribuições administrados pela SRF;
a que dispuser de sistema informatizado de controle de
entrada, permanência e também saída de mercadorias, de
registro e apuração de créditos tributários devidos, extintos
ou com exigibilidade suspensa, integrado aos sistemas
corporativos da empresa no país, com livre e permanente
acesso da SRF;
a que exercer uma das atividades relacionadas acima, na
qualidade de subsidiária ou representante do fabricante
estrangeiro, que importa em consignação partes, peças,
componentes e materiais de reposição ou manutenção
para máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos,
estrangeiros, nacionalizados ou não, empregados em tais
atividades.
As mercadorias admitidas em DEA poderão ter uma das seguintes
destinações, que caracterizam sua saída do regime:
a) reexportação;
b) exportação, inclusive quando as mercadorias forem aplicadas
em serviços de reparo ou manutenção de veículos, máquinas,
aparelhos e equipamentos estrangeiros, de passagem pelo
país;
c) transferência para outro regime especial ou aplicado em
áreas especiais;
d) despacho para consumo ou destruição, com autorização do
consignante, às expensas do benefi ciário.
Obs.: O prazo de permanência da mercadoria no regime será de
5 anos, a contar do desembaraço para admissão.
Depósito franco
Admite, em estância alfandegária, a armazenagem de mercadoria
estrangeira para atender ao fl uxo comercial de países limítrofes
com terceiros países. O regime de depósito franco será somente
concedido quando autorizado em acordo ou convênio internacional
fi rmado pelo Brasil, sendo as operações deste regime fi scalizadas
e controladas pelo órgão de jurisdição da Receita Federal.
Acordos internacionais
Os acordos internacionais versam sobre os acertos fi rmados entre
nações em que se estabelecem objetivos e períodos de vigência.
O objetivo de tais acordos seria o aumento de comércio entre as
partes visando, de certa forma, a reduções de tarifas alfandegárias.
Os acordos, muitas das vezes, são bastante simples e bem fl exíveis
e nele as partes estabelecem:
54 Administração
a) os produtos benefi ciados, mediante listas;
b) as quantidades a serem negociadas;
c) os valores globais do acordo e o prazo de duração.
a Exemplo
Vamos tomar como exemplo dois países, A e B. Se o país A
pactua com o país B que durante cinco anos o país B comprará
trigo do país A e o país A comprará café do país B, e cada parte
comprará US$ 50.000.000,00 por ano, esses produtos entrarão
nos respectivos países isentos de taxas alfandegárias.
Neste caso, esses acertos fi rmados apenas entre dois países são
chamados acordos bilaterais e quando acordos são fi rmados
com mais de dois países, chamamos de multilaterais.
No Brasil, muitos acordos bilaterais foram fi rmados; por exemplo,
acordos bilaterais com países do Leste Europeu, como a República
Democrática Alemã (antiga Alemanha Oriental) em que se criou
uma moeda contábil para as operações, chamada US$ dólar
clearing, referida como US$ RDA.
Em um caso mais recente, o governo Lula arriscou um acordo
bilateral com os EUA, com o objetivo de incorporar a produção
agrícola “nacional” do etanol ao mercado norteamericano. Mas
não deu certo tal acordo.
Acordos podem ser de natureza monetária ou comercial. Quando
temos um acordo que estabelece uma série de medidas no campo
monetário e tendo a obrigatoriedade de paridades fi xas chamamos
de acordo monetário. Outros, como o Gatt (General Agreement on
Trade and Tariffs), são de natureza comercial.
A cláusula de nação mais favorecida pode ser:
Etapa VI Volume 2 55
Vale lembrar que os Acordos são formalizados pelo poder Executivo,
mas somente vigoram após a aprovação pelo Poder Legislativo.
Convenção Internacional de Genebra:
Em 1931, os países membros da Liga das Nações (órgão,
naquela época, equivalente à ONU) reuniramse em Genebra para
adotar uma lei invariável para cheques, letras de câmbio e notas
promissórias. A fi nalidade dessa convenção era evitar os confl itos
decorrentes das inúmeras leis de cada país, que difi cultavam e
impediam o comércio internacional.
Para dar maior fi rmeza e confi ança a essa lei uniforme, os países
signatários se comprometiam a, exceto nos casos de urgência, não
denunciarem essa Convenção antes de decorrido um prazo de dois
anos a contar da data em que ela tivesse começado a vigorar. O
Brasil era um dos signatários dessa Convenção.
Câmara de Comércio Internacional
A Câmara de Comércio Internacional, sediada em Paris, editou
regras uniformes para diversas modalidades de operações
bancárias relativas ao comércio exterior. Dentre os seus feitos, o
que teve mais destaque e importância foi a criação das cartas de
crédito e cobranças. Essas cartas tinham como fi nalidade evitar
confl itos decorrentes de costumes e leis dos inúmeros países que
participavam do comércio internacional e o Brasil também adotou
essa regra. E com o intuito de cessar confl itos que prejudicassem
o comércio internacional, a Câmara de Comércio Internacional,
defi niu ofi cialmente cláusulas relativas a direitos e obrigações de
cada parte compradores e vendedores de mercadorias.
As cartas de crédito e de cobrança mais usadas são: FOB,
C&F, C&I, CIF e FAS que iremos conhecer:
1
FOB – Free on Board (Livre a Bordo):
É de competência do vendedor (exportador) colocar a
mercadoria a bordo do navio; assim, ele deverá providenciar
o transporte e seguros internos, isto é, do ponto de venda até
dentro do navio. Deverá obter os documentos para embarque
e arcar com as despesas portuárias devidas no porto de
origem; e o comprador (importador) deverá pagar o frete e o
seguro devidos desde o porto de embarque até o do destino,
Também é seu ônus as despesas portuárias incidentes no
porto de destino. E essa cláusula tem as seguintes variações:
FOR (livre no trem) e FOT (livre no caminhão).
56 Administração
2
C&F – Cost and Freight (Custo e Frete):
Versa ao exportador todas as responsabilidades constantes da
cláusula FOB, acrescidas do pagamento do frete internacional,
e ao importador todas as responsabilidades da cláusula FOB,
com exceção do frete, que será pago pelo vendedor.
3
C&I – Cost and Insurance (Custo e Seguro):
Compete ao vendedor (exportador) por esta cláusula: todas
as cláusulas FOB, acrescidas do pagamento do seguro
devido desde a colocação da mercadoria no navio até ao
porto de destino; e ao comprador, ou seja, importador, todas
as responsabilidades da cláusula FOB, com a exceção do
seguro, que será pago pelo vendedor ou seja, exportador.
4
CIF – Cost, Insurance and Freight (Custo, Seguro e Frete):
Cabe ao vendedor/exportador todos os ônus e obrigações
legais desde o ponto de venda até o porto de destino. Ou
seja , ele deve colocar a mercadoria no porto de destino,
pagar os fretes e seguros internos (isto é, os ocorridos no
país do vendedor), providenciar todos os documentos de
embarque, arcar com todos os ônus no porto de destino,
e cabe ao comprador/importador receber a mercadoria no
porto de destino e pagar as despesas ocorridas nesse porto.
5
FAS – Free Alongside Ship (Livre ao Lado do Costado
do Navio):
O vendedor/exportador coloca a mercadoria ao lado do
navio, no porto de origem; e a partir daí, todos os ônus
e despesas fi cam a cargo do comprador/importador. Em
resumo, é o momento em que esses direitos e obrigações
passam do vendedor para o comprador.
Logística internacional
Vamos, primeiro, enfocar a importância dessa ferramenta no
melhoramento da competitividade das empresas, enfatizando as
estratégias empresariais. Conceituaremos a logística internacional,
estabelecendo uma discussão específi ca, levando em consideração
as abordagens técnicas ligadas às operações produtivas e às
distributivas. Assim, esperase apresentar opções para empresas
experientes gerenciarem com sucesso à aquisição e o fornecimento
de componentes e produtos no exterior.
Etapa VI Volume 2 57
Depois de analisar a visão estratégica, vamos discutir práticas
operacionais como, por exemplo:
a escolha da melhor forma de transporte;
a preparação da carga;
a previsão de custeio da distribuição física internacional;
a discussão das tendências de terceirização em logística;
a análise da conceituação em logística de transporte
multimodal;
a análise dos caminhos da logística internacional;
a papel da Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC).
Segundo Christopher (1997, p.2),
a Logística é o processo de gerenciar estrategicamente a
aquisição, movimentação e armazenagem de materiais,
peças e produtos acabados (com os correspondentes
fl uxos de informações) através da organização, de modo a
poder maximizar as lucratividades presente e futura através
do atendimento dos pedidos a baixo custo.
É importante enfatizarmos que a logística é a área da administração
que absorve mais de 30% da receita das empresas. Segundo Hamel
(1995:2) “a gerência logística tem sido secundária ao se elaborar
estratégias empresariais de alto nível, porque o planejamento
tradicional não lhe dá destaque”. É necessário enfatizar o
planejamento estratégico e o processo decisório como vitais ao
processo gerencial, pois é missão gerencial estabelecer atividades
logísticas, tornar produtos e serviços disponíveis ao cliente na hora,
no lugar, nas condições e na forma desejadas de modo lucrativo e
efetivo em custos.
Já para Rodrigues (2000, p. 96), o conceito de logística é:
Logística Internacional
As atividades logísticas são básicas para organizações e instituições,
embora a logística empresarial seja ampla e representada pela
síntese de conceitos, métodos e princípios oriundos de áreas
tradicionais da administração como, por exemplo: compras,
marketing, produção, transporte e disciplinas de apoio (pesquisa
operacional, matemática aplicada, etc). Hoje em dia unifi ca tudo
58 Administração
em um pensamento útil e prático de gerenciamento de logística
internacional.
Vejamos agora como podemos classifi cálas
Etapa VI Volume 2 59
c. SCM – Supply Chain Management – Gerenciador de
cadeia de suprimento
Tem como fi nalidade propiciar ao cliente uma melhor
assistência, um melhor gerenciamento de estoque e de canais
de suprimento, com a fi nalidade de reduzir custos e circular o
produto no mercado. É o princípio analisado pelos fornecedores
e consumidores fi nais para melhor analisar e gerenciar o
resultado do sistema. Vimos que, na atualidade, as empresas
aperfeiçoam resultados por meio da análise e gerenciamento
de trocas entre funções internas. O gerenciamento da cadeia
acoplase a essa necessidade, vai além da integração funcional,
compõe a rede toda, bem como toda a cadeia de suprimento.
Gestão de compras e suprimento
É a função que lida com a interface unidade produtiva versus seus
mercados fornecedores. Estabelece contratos com fornecedores
para adquirir materiais e serviços. Para exercer essa gestão deve
se primeiramente compreender as necessidades dos processos da
empresa e conhecer a capacitação dos fornecedores.
Agora, no item suprimentos, desenvolveuse uma teoria aplicada à
aquisição em fonte correta, que pode infl uenciar no preço, qualidade
e prazos de entrega.
Visualize, no quadro 1, a seguir, que a teoria oferece opções de
fornecedor único com vantagens e desvantagens.
Fornecedor único com vantagens:
• Qualidade potencialmente melhor por meio de sistemas de garantias
• Relações mais fortes e mais duráveis
• Mais dependências gera mais esforço e mais comprometimento
• Melhor comunicação
• Cooperação facilitada ao se desenvolver produtos e serviços
• Maior economia de escala
• Mais confi dencialidade
Fornecedor único com desvantagens:
• Vulnerabilidade maior se houver falhas de fornecimento
• Fornecedor individual mais afetado por fl utuações no volume de
demanda
• Fornecedor força preços para cima se não há alternativas de
fornecimento
60 Administração
Fornecedor múltiplo com vantagens
• Comprador abaixa preços dada a competição de fornecedores
• É possível mudar de fornecedor, caso ele falhe
• Disponibiliza fontes de conhecimento e de especialização
Fornecedor múltiplo com desvantagens
• Problemas para levar o fornecedor a comprometerse
• Difi culdades para desenvolver sistemas efi cazes de garantia de
qualidade
• A comunicação requer muito esforços
• Fornecedores costumam investir menos em processos novos
• Há mais empecilhos para se obter economia de escala
Movimentação de materiais
a. Gestão da distribuição física
Consiste na movimentação de produtos e serviços transferidos
ao cliente. Inclui uma rede de distribuição de armazéns
intermediários. Os armazéns regionais ou intermediários
simplifi cam rotas e canais de comunicação. Gerentes de
distribuição física escolhem o melhor modo de transporte para
entregar produtos à clientela.
b. Gestão de materiais.
A gestão de materiais insere compras, estoques, armazenagem,
planejamento, controle de produção e distribuição física. A
gerência integrada de materiais tem o dever de diminuir o lead
time, aumentar a fl exibilidade na produção e reduzir estoques
intermediários para mais estabilidade de planejamento e
custos.
Logística
A logística referese à movimentação e à coordenação do produto
fi nal. Equivale à gestão da distribuição física para muitos, mas
o seu conceito inclui parcela maior de fl uxo total de materiais e
informações. Vamos chegar a uma conclusão que a logística
internacional lida com atividades básicas e de suporte à importação
de matériasprimas e componentes, bem como com a exportação
de produtos acabados. Além disso, para quem executa operações
externas, é extensão da logística empresarial.
Terceirizando a atividade logística
Com o intuito de economizar, muitos executivos estão tomando
decisões estratégicas como a terceirização de funções logísticas,
muita das vezes pouco conhecendo as funções ou não querendo
detalhes. Posicionamento assim ocorre, sobretudo, mais por
movimentos semelhantes de concorrentes do que por estudos
pormenorizados de custoefetividade. No comércio internacional, o
fator terceirização assume conotações especiais, muitas empresas
enfrentam o ter ou não suporte logístico próprio. Muitas empresas
de transporte apontam estas tendências:
a transporte marítimo muito controlado pelas conferências de
frete, oferecendo serviços regulares a custos competitivos;
a frotas privadas – sem efi ciência produtiva; lidam com cargas
próprias e espaços ociosos em embarcações, aeronaves e
veículos.
Etapa VI Volume 2 61
a utilização de cargas – o investimento em contêineres e
pallets fi ca prejudicado, dado ao excesso de operações one
way, encarecendo e tornando inefi ciente a devolução dos
equipamentos.
Novas tecnologias aplicadas à logística Internacional
A tecnologia avança e as transformações organizacionais a
acompanham. Os impactos nos funcionários mudam a forma como
as empresas negociam. Em se pensando em Logística, o principal
conceito é crescer e sobreviver. A clientela está cada vez mais
Rastreamento exigente, pois vemos que não aceita mais que o transporte da
Sistema que localiza encomenda urgente não possa ser rastreado da origem ao destino
a carga durante a sua pela internet, ou que a carga de remédios venha por empresa
movimentação.. rodoviária que não disponha de rastreamento por satélite.
a) Tecnologia de Informação e Comunicação
Não tem como implementar a fi losofi a de gerenciamento da
cadeia de suprimento sem intimamente ligála a maciços e
sofi sticados investimentos em Tecnologia de Informação e
Comunicação (TIC). Sem um sistema de informações efi ciente,
não se interligam operações logísticas de aquisição, produção
e distribuição de uma empresa aos clientes fi nais. Hammant
(1995) discute quatro temas, em um cenário de tendências de
crescimento da TIC. Os temas incluem integração, fl exibilidade,
Electronic Data Interchange (EDI), hardware e tecnologia de
comunicação.
Integração e fl exibilidade
Integrar sistema de informações à organização reduz custos,
aumenta a produtividade e melhora o atendimento. Sistemas
integrados viabilizam a informação em tempo real, por meio
de previsão de demanda, níveis de estoque, cronogramas
de produção. Quando ligados a outros sofi sticados sistemas
de suporte de apoio à decisão, o gerente de logística pode
melhorar a qualidade dinâmica das decisões por meio de
simulações.
Electronic Data Interchange
O Electronic Data Interchange (EDI) é a troca eletrônica de
dados na cadeia de distribuição ou entre unidades fi sicamente
separadas da mesma empresa, como um centro de distribuição
supermercadista e suas lojas. Diferenciamos o EDI de outras
tecnologias de comunicação, pela troca de dados técnicos,
fi nanceiros e comerciais de computador para computador,
assentada em um padrão concordado.
As transações EDI podem ser categorizadas segundo amostras
elucidativas:
a interativa (transações do tipo perguntaresposta) – por
exemplo, ordens de emissão e reservas de passagens
aéreas;
62 Administração
a intercambio de dados comerciais (banco de dados
corporativos) – emissão de ordens de compra, faturas, notas
fi scais, modifi cações de entrega, despachos;
a transferência eletrônica de fundos – pagamentos,
contrafaturas e compensações de cheques;
a intercâmbio de dados técnicos – dados gerados por sistemas
CAD (computeraided design).
As vantagens trazidas pela introdução de EDI são:
a redução drástica ou eliminação de papel;
a comunicação efi ciente e confi ável para planejar a produção;
a mais efi ciência interna, por meio da queda de custos
administrativos e das perdas por repetição do trabalho.
Hardware
Temos duas tendências enxergadas pelos especialistas
no hardware dos computadores que causam impactos
signifi cativos ao se usar o TIC em logística. A primeira
tendência resumese no menor, rápido e barato. Tamanhos de
memórias e de processadores encolheram expressivamente
nos últimos 25 anos. Antigamente uma empresa necessitava
de um amplo espaço para acomodar os seus hardwares, hoje
uma minúscula sala comporta o “maquinário” de uma empresa
de grande porte.
Já a segunda tendência é o crescimento de sistemas abertos,
com tecnologias sofi sticadas de capacidade de redes e um
grau alto de padronização de hardware, intensifi cando a
compatibilidade entre softwares.
Tecnologia de comunicação
Redes seguras e elásticas de telecomunicações são pré
requisitos para se implantar EDI. A tendência é o crescimento
do número de provedores de redes de valores adicionais e dos
serviços proporcionados. Agora, no Brasil, estas tecnologias
são recentes, mas a logística precisa da troca intensiva de
informações.
b) Tecnologia incab
Essa tecnologia equipa cabines de veículos de distribuição
e entrega. Essa unidade de cabine comunicase por rádio,
dispositivo manual, impressora e pode posicionarse
globalmente. Além de oferecer uma gerencia de fl uxo de
dados em duas mãos (motorista – central). Implantar essa
tecnologia traz economia de combustível, por meio do controle
de abastecimento e autonomia; ainda, minimiza a ocorrência
de acidentes aumentando a segurança.
Etapa VI Volume 2 63
Leituras Obrigatórias
Texto 1
VASCONCELOS, Marco Antônio Sandoval;
LIMA, Miguel; SILBER, Simão Davi. Gestão de
negócios internacionais. São Paulo: Saraiva,
2006.
Texto 2
VASQUEZ, José Lopes. Comércio exterior
brasileiro. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1997.
Leituras Complementares
Texto 1
MAIA, Jayme de Mariz. Economia internacional e comércio
exterior. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
Atividades
Atividade 1
Explique qual a fi nalidade do trânsito aduaneiro, enfocando qual
a sua aplicabilidade para as organizações que atuam no mercado
internacional.
Atividade 2
Numa visão sistêmica, explique qual a importância do acordo
internacional.
Atividade 3
Quando tratamos de Logística Internacional, é oportuno conceituar o
termo na sua essência, buscando entender quais são os benefícios
para a empresa. Sendo assim, escreva um conceito apropriado
para o termo.
64 Administração
Referências
LANZANA, Antonio Evaristo Teixeira. Gestão de negócios
internacionais. São Paulo: Saraiva, 2006.
MAIA,Jayme de Mariz. Economia Internacional e comércio
exterior. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
MINERVINI, Nicola. O exportador. 3. ed. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 2001.
VASQUEZ, José Lopes. Comércio exterior brasileiro. 2.ed. São
Paulo:Atlas, 1997.
Etapa VI Volume 2 65
COMPONENTE CURRICULAR
Gestão Financeira
ROTEIRO DE ESTUDO 1
Fontes de investimento e de fi nanciamento para
decisões gerenciais
Alexandre Alvarez
Objetivos
• Mostrar as aplicações das técnicas da Matemática
Financeira aplicadas nas Atividades de Investimento e de
Financiamento.
• Passar algumas técnicas da calculadora HP12C nos
desenvolvimentos das técnicas da Matemática Financeira.
• Desenvolver o raciocínio lógicodedutivo voltado para a
prática fi nanceira nas empresas.
• Mostrar os tipos de modalidades de Atividades de
Investimento e de Financiamento.
TEXTO INTRODUTÓRIO
Como já vimos no roteiro anterior, as Atividades de Investimentos
estão ligadas à função do gestor fi nanceiro da tomada de decisões
de investimentos e têm o seu refl exo no Balanço Patrimonial,
Ativo Corrente e Não
dentro do Ativo Corrente e Não Corrente. Corrente
Nomenclatura dada ao
São as atividades em que as empresas procurarão, de acordo Ativo Circulante e ao Ativo
Realizável a Longo Prazo,
com as suas necessidades e disponibilidades, aplicar seus respectivamente; ou seja,
recursos fi nanceiros excedentes (superávit), com a fi nalidade de direitos realizáveis até o
ganhar mais, sejam estas aplicações voltadas para o crescimento fi nal do próximo exercício
contábil ou até o fi nal do
da própria empresa, como por exemplo: ampliação da planta ciclo operacional (dos dois,
fabril, aquisição de novos ativos fi xos, entre outros, ou em outras o maior).
opções não relacionadas com as suas atividades, como por
exemplo: obras de arte, participações em empresas coligadas ou
controladas, entre outras.
As atividades de Investimento se classifi cam em temporárias ou
permanentes.
Etapa VI Volume 2 69
As Temporárias são aquelas em que existe a intenção de
resgatálas em um determinado tempo. Podemos citar como
exemplo as Aplicações de Liquidez Imediata. Localizamse
no Ativo Corrente (Circulante).
Com relação às técnicas de avaliação dos Investimentos, existem
diversos métodos, dentre eles: Valor Atual Líquido (VAL ou VPL),
Taxa Interna de Retorno (TIR) e Prazo de Recuperação do Capital
Investido (PayBack). Estes métodos serão vistos na disciplina de
Projetos, em períodos mais à frente.
As Atividades de Financiamentos estão ligadas à função do gestor
fi nanceiro na tomada de decisões de fi nanciamentos, e têm o seu
refl exo no Balanço Patrimonial, dentro do Passivo ou Patrimônio
Líquido.
Estas são as atividades em que as empresas procurarão, de acordo
com a sua necessidade e possibilidade, captar recursos para
aplicar na empresa, com a fi nalidade de quitar seus compromissos
ou até de fi nanciar os investimentos permanentes que porventura
queiram realizar.
As fontes de fi nanciamento das empresas restringemse ao Capital
Próprio (Patrimônio Líquido) e ao Capital de Terceiros (Passivo
Circulante e Exigível a Longo Prazo). O gestor fi nanceiro deve, na
medida do possível, verifi car qual das duas fontes é melhor para
a empresa, levandose em consideração o custo benefício para a
sua empresa.
Fonte: Hoji, 2000.
70 Administração
Uma das técnicas de análise das fontes de fi nanciamento é a
Alavancagem Financeira, em que são usados dois índices Alavancagem
para avaliar a rentabilidade do Ativo e do Patrimônio Líquido: Financeira
O Retorno sobre o Ativo (RAT) e o Retorno sobre o Patrimônio Índice que indica se a
Estrutura de Capital de
Líquido (RPL). Terceiros, das empresas,
é boa (benéfi ca); ou seja,
se o Capital de Terceiros,
O RAT é medido com base no Lucro depois do Imposto de Renda, utilizado pelas empresas,
antes dos Juros (LDIRAJ), em relação ao Ativo Total (AT) e é agrega valor, trazendo lucro
representado pela seguinte fórmula: à mesma.
RAT = LDIRAJ / AT
Já o RPL é medido com base no Lucro Líquido (LL) em relação ao
Patrimônio Líquido (PL) e é representado pela seguinte fórmula:
RPL = LL / PL
GAF = RPL / RAT
Podemos obter três resultados da aplicação da fórmula do GAF,
conforme:
1. GAF = 1 à Alavancagem fi nanceira nula;
Exercício 01:
Fonte: (Hoji, 2000).
Analise, através do GAF, a Estrutura de Capital de uma determinada
empresa, sob duas condições:
a) Ativo Total, no valor de R$ 500.000, fi nanciado integralmente
pelo Capital Próprio;
b) 60% do Ativo Total (R$ 300.000) fi nanciado pelo Capital de
Terceiros.
Considere a Demonstração do Resultado do Exercício abaixo e
Etapa VI Volume 2 71
uma tributação do Imposto de Renda de 25%, conforme:
Resolução:
Condição “A” à Cálculo do RAT, do RPL e do GAF
RAT = 150.000 / 500.000
RAT = 0,30
RAT = 30%
RPL = 150.000 / 500.000
RPL = 0,30
RPL = 30%
GAF = 0,30 / 0,30
GAF = 1
Condição “B” à Cálculo do RAT, RPL e do GAF
RAT = 150.000 / 500.000
RAT = 0,30
RAT – 30%
RPL = 71.250 / 200.000
RPL = 0,356250
RPL = 35,625000%
GAF = 0,356250 / 0,30
GAF = 1,187500
72 Administração
do Imposto de Renda, uma vez que as despesas
de juros são deduzidas da base de cálculo deste.
Memória de Cálculo:
R$ 105.000 – Valor criado no exercício, aleatório, somente para efeito didático;
para uma empresa real, deveremos calcular este custo de acordo com os
fi nanciamentos trabalhados;
R$ 26.250 – Valor referente à diminuição do Imposto de renda a ser recolhido pela
empresa, em função do valor dos juros (R$ 105.000), que é dedutível da base
de cálculo deste;
R$ 200.000 – Valor referente ao Capital Próprio, uma vez que 60% do Ativo Total (R$
500.000) está sendo fi nanciado por Capital de Terceiros;
R$ 78.750 – Valor surgido da diminuição do valor dos juros (R$ 105.000) pelo valor
do benefício causado no Imposto de Renda (R$ 26.250), que passa a ser,
efetivamente, o valor dos juros a ser considerado na análise fi nanceira.
Como comprovação, podemos demonstrar a DRE subdividida entre o Capital Próprio e o
Capital de Terceiros, para constatarmos o resultado proporcionado em cada estrutura, e
melhor entendermos os conceitos passados, conforme:
Conclusão: podemos verifi car pelo demonstrativo anterior que o resultado proporcionado
pela parte do Capital de Terceiros foi de 11.250, ou seja, 18,75% em relação ao resultado
proporcionado pela Capital Próprio (GAF = 1,1875), o que quer dizer que, mesmo com
a captação de terceiros, a empresa conseguiu gerar lucro sobre este capital, agregando
valor à empresa, sem ter que dispor do valor deste capital (no exemplo de R$ 300.000).
Chegamos à conclusão que este estudo é muito importante, porque demonstra se o
Capital de Terceiros tráz resultado (lucro) à empresa, e, neste, caso tornase favorável
Além da atividade citada anteriormente, podemos ainda citar como
Atividades de Financiamento os descontos de duplicatas e cheques,
fi nanciamentos de bens para o ativo fi xo, renegociação de dívidas,
compras a prazo, empréstimos para capital de giro, entre outras.
Neste roteiro, vamos nos ater às duas atividades que diz respeito
aos fatos mais comuns que ocorrem nas empresas, ou seja, as
pequenas e médias empresas, no Brasil, normalmente recorrem
às entidades fi nanceiras para aplicar ou captar recursos como
aplicação de liquidez imediata e fi nanciamentos de Ativos Fixos a
médio e longo prazo.
Já os descontos de duplicatas e cheques, empréstimos de capital
de giro, renegociação de dívidas, serão vistos no roteiro seguinte
“Administrando o Capital de Giro”, por se tratarem de atividades mais
rotineiras e de curto prazo, apesar de serem também Atividades de
Financiamento.
Etapa VI Volume 2 73
a seguir, poderão ser analisados tanto na posição do investidor
como na do tomador, bastando para isto nos posicionarmos na
fi gura de uma destas entidades. Com este objetivo é que vamos
dar seqüência a este trabalho, procurando sempre explicar cada
situação, para um melhor entendimento do aluno.
Não podemos deixar de mencionar que estas atividades acabam
por se relacionar com a Matemática Financeira, que se torna
indispensável para o bom desempenho do Gestor Financeiro,
quando da aplicação de qualquer uma das atividades mencionadas
(Investimento e Financiamento).
Para tanto, vamos então relembrar alguns pontos com relação às
técnicas da Matemática Financeira, que estão presentes nestas
atividades, começando pelas regras básicas, já vistas em períodos
anteriores, conforme:
ð toda taxa, quando fornecida sob a forma de porcentagem (%),
deverá ser dividida por 100 (cem) para ser aplicada à fórmula;
este fato só deverá ser realizado se estivermos realizando os
cálculos por meio das fórmulas; se estivermos realizando os
cálculos por meio da calculadora HP12C, não será necessário
este procedimento; o contrário também é necessário, ou
seja, se estivermos calculando uma taxa, ao fi nal deveremos
multiplicar o resultado por 100 (cem), passando de numérico
para porcentagem;
ð Para os cálculos, serão considerados o ano e mês comerciais,
ou seja, 360 e 30 dias; este procedimento deverá ser seguido,
caso não haja nenhuma especifi cação contrária;
ð A taxa (i) e o tempo (n) deverão estar na mesma base (unidade
de tempo); quando se tratar de taxa nominal, o ajuste das bases
deverá ser feito proporcionalmente; caso a taxa seja efetiva, o
ajuste deverá ser feito pela equivalência.
Um ponto a ser relembrado é com relação à equivalência de taxas
e de capital. Muitas operações utilizando a equivalência são feitas
pelas empresas em suas atividades de fi nanciamento.
74 Administração
equivalente:
Observações:
− a taxa passada (conhecida), para ser utilizada na fórmula, deverá ser
dividida por 100 (cem);
− o resultado fi nal deverá ser multiplicado por 100 (cem);
Exercício 02:
Dada a taxa(i) de 15% ao trimestre, pedese calcular a taxa
equivalente semestral e a bimestral.
Obs.: utilizar 6 casas decimais após a vírgula.
Resolução:
Semestral: conhecese a menor taxa(i) (trimestral) e quer calcular
a maior taxa(i) (semestral).
Usando a calculadora HP12C:
Digitação Teclas Visor
15 Enter 15,000000
100 : 0,150000
1 + 1,150000
2 y x 1,322500
1 – 0,322500
100 x 32,250000
Etapa VI Volume 2 75
Sistema Price: Resposta fi nal: 32,250000% ao semestre.
ambém conhecido como
Tabela Price, é um sistema Bimestral: conhecese a maior taxa(i) (trimestral) e quer calcular a
de fi nanciamento em
que as prestações são
menor taxa(i) (bimestral).
constantes (iguais), os
juros decrescentes e as i eq = (1 + i) 1/n – 1
amortizações crescentes.
i eq = (1 + 0,15) 1/1,5 – 1
Carência: i eq = (1,15) 1/1,5 – 1
Prazo concedido pelas
agências fi nanceiras i eq = 1,097653 – 1
(investidores) às empresas i eq = 0,097653
(tomadores) em que não
se amortiza nada; os
i eq = 9,765340% ao bimestre
juros podem ou não ser
pagos nestes períodos; se Obs.: o valor atribuído ao tempo(n) é a resposta da pergunta:
não foram pagos, serão “quantos bimestres cabem dentro de um trimestre” = 1,5.
acumulados ao valor
principal para compor
a base de cálculo das Usando a calculadora HP12C:
prestações futuras.
Digitação Teclas Visor
Leasing Financeiro: 15 Enter 15,000000
Tipo de operação de
fi nanciamento, de 100 : 0,150000
médio ou longo prazo, 1 + 1,150000
em que as empresas
(arrendatárias) pagam
1,5 1/x 0,666667
prestações às entidades y x 1,097653
fi nanceiras (arrendadora). 1 – 0,097653
As arrendatárias poderão
ou não adquirir o produto 100 x 9,765340
por um Valor Residual
Garantido, previamente Resposta fi nal: 9,765340% ao bimestre.
acertado. Têm um prazo
mínimo de 2 e 3 anos, Com relação às Atividades de Financiamento dos Ativos Fixos, as
dependendo do tempo de transações ocorrem utilizandose, na grande maioria, o Sistema
vida útil do bem negociado.
Contabilmente os valores Price, que propicia às empresas fi nanciamentos com prazos
das prestações, exceto o maiores e, às vezes, com carência. Este modelo acaba por
Valor Residual Garantido absorver as diversas modalidades existentes para esta fi nalidade,
são lançados como
despesas (Arrendamento como por exemplo as operações de Leasing Financeiro, entre
Mercantil), indo diretamente outras.
para o resultado do período
em que ocorrem; já o VRG Mais uma vez, usaremos as técnicas da Matemática Financeira,
é contabilizado no Ativo no que diz respeito ao conteúdo voltado para a matéria de rendas
Permanente Imobilizado. (Antecipado e Postecipado).
Rendas
Modalidade da Matemática As fórmulas utilizadas para os dois modelos são:
Financeira em que são
calculadas prestações
futuras a partir de uma taxa Postecipado:
e um tempo previamente PMT = PV / ( ( 1 – ( 1 + i ) n ) / i )
estabelecidos; podem
ser Antecipados ou
Postecipados. ou
Antecipado
Modalidade de rendas em
PMT = PV / ( ( 1 – ( 1 + i ) n ) / ( i x ( 1 + i ) n )
que a primeira prestação é
paga no ato da negociação. Antecipado:
Postecipado
Modalidade de rendas em PMT = PV x ( 1 / ( 1 + i ) ) x ( ( i x ( 1 + i ) n ) / ( ( 1 + i ) n – 1 ) )
que a primeira prestação é
paga no primeiro período Para que possamos ter um melhor aproveitamento, vamos,
subseqüente ao da
negociação, podendo ser novamente, utilizar exemplos práticos.
este período mês, bimestre,
semestre etc.
76 Administração
Exercício 03:
Um equipamento é oferecido à vista pelo valor de R$ 20.000,00 ou
em 6 parcelas mensais, iguais e sucessivas, a uma taxa efetiva de
8% ao ano. Calcular o valor das prestações e demonstrar por meio
da planilha price.
Obs.: utilizar 6 casas decimais após a vírgula.
Resolução:
ð 1 o passo: converter a taxa anual, pela equivalência, para a base
mensal (período dos pagamentos).
Usando a calculadora HP12C:
Digitação Teclas Visor
8 Enter 8,000000
100 : 0,080000
1 + 1,080000
12 1/x 0,083333
y x 1,006434
1 – 0,006434
100 x 0,643403
Usando a calculadora HP12C:
Digitação Teclas Visor
20.000,00 CHS PV 20.000,00000
0,643403 i 0,643403
6 n 6,000000
PMT 3.408,798189
1 F AMORT •Juros
X><Y Amortização
RCL PV Saldo Devedor
Etapa VI Volume 2 77
• à Estes procedimentos deverão ser feitos para o
preenchimento da planilha de fi nanciamento, conforme modelo, a
seguir, quando solicitado.
ð 3 o passo: elaboração da Planilha Price.
Períodos Sd.Devedor Amortização Juros• Prestação
0 20.000,00
1 16.719,88 3.280,12 128,68 3.408,80
2 13.418,66 3.301,22 107,58 3.408,80
3 10.096,20 3.322,46 86,34 3.408,80
4 6.752,36 3.343,84 64,96 3.408,80
5 3.387,00 3.365,36 43,44 3.408,80
6 0,01 3.387,01 21,79 3.408,80
Totais 0,01 20.000,01 452,79 20.452,80
Exercício 04:
Utilizando os mesmos dados do exercício anterior (03), calcule o
valor da prestação considerando que haverá uma carência de 3
meses, ou seja, a primeira parcela das 6 contratadas, somente
ocorrerá no mês 4.
Resolução:
ð 1 o passo: converter a taxa anual, pela equivalência, para a
base mensal (período dos pagamentos).
i eq
(1 + i) 1/n – 1
=
i eq
(1 + 0,08) 1/12 – 1
=
i eq
(1,08) 1/12 – 1
=
i eq
1,006434 – 1
=
i eq
0,006434
=
i eq
0,643403% ao mês
=
Usando a calculadora HP12C:
78 Administração
ð 2 o passo: calcular a correção do Principal pelo prazo da carência
de 3 meses.
FV = PV x (1 + i) n
FV = 20.000,00 x (1 + 0,006434) 3
FV = 20.000,00 x (1,006434) 3
FV = 20.000,00 x 1,019427
FV = 20.388,53093
Usando a calculadora HP12C:
Digitação Teclas Visor
20.000,00 CHS PV 20.000,000000
0,643403 i 0,643403
3 n 3,000000
FV 20.388,53093
Usando a calculadora HP12C:
Digitação Teclas Visor
20.388,53 CHS PV 20.388,53000
0,643403 i 0,643403
6 n 6,000000
PMT 3.475,019204
1 F AMORT •Juros
X><Y Amortização
RCL PV Saldo Devedor
Etapa VI Volume 2 79
Existem outros sistemas de fi nanciamentos, como por exemplo,
o SAC – Sistema de Amortização Constante, o SAA – Sistema
de Amortização Americano, entre outros, mas o mais utilizado é
o Sistema Price. Qualquer transação que tenha, no mínimo, duas
prestações iguais e sucessivas, é da modalidade Price, portanto,
diversas modalidades de fi nanciamento enquadramse neste
sistema, como por exemplo, o Leasing Financeiro.
Exercício 05:
Um equipamento é oferecido à vista pelo valor de R$ 20.000,00,
ou em 6 parcelas mensais, iguais e sucessivas, a uma taxa
efetiva de 8% ao ano, com uma carência de 3 meses. A entidade
fi nanceira cobrará uma Iof de 1,4% sobre o valor principal, mais
uma Taxa de Abertura de Crédito no valor de R$ 150,00, que
serão pagos no ato da transação. Durante o período da carência,
os juros correspondentes serão pagos mensalmente. Calcular o
valor das prestações e demonstrar por meio da planilha price.
Obs.: utilizar 6 casas decimais após a vírgula.
Resolução:
Obs.: o valor atribuído ao tempo(n) é a resposta da pergunta:
“quantos meses cabem dentro de um ano” = 12.
80 Administração
Usando a calculadora HP12C:
ð 2 o passo: cálculo do Iof.
Iof = 20.000,00 x %Iof
Iof = 20.000,00 x 0,014
Iof = 280,00
Usando a calculadora HP12C:
Digitação Teclas Visor
20.000,00 Enter 20.000,000000
1,4 % 280,000000
ð 3 o passo: calcular o valor dos juros mensais da carência, que
serão pagos mensalmente.
J = PV x ((1 + i) n – 1)
J = 20.000,00 x ((1 + 0,006434) 1 – 1)
J = 20.000,00 x ((1,006434) 1 – 1)
J = 20.000,00 x (1,006434 – 1)
J = 20.000,00 x 0,006434
J = 128,680602
Usando a calculadora HP12C:
Digitação Teclas Visor
0,643403 Enter 0,643403
100 : 0,006434
1 + 1,006434
1 y x 1,006434
1 – 0,006434
20.000,00 x 128,680600
PMT = PV / ((1 – (1 + i) n ) / i)
PMT = 20.000,00 / ((1 – (1 + 0,006434) 6 ) / 0,006434)
PMT = 20.000,00 / ((1 – (1,006434) 6 ) / 0,006434)
PMT = 20.000,00 / ((1 – 0,962250) / 0,006434)
PMT = 20.000,00 / (0,037750 / 0,006434)
PMT = 20.000,00 / 5,867170
PMT = 3.408,798186
Etapa VI Volume 2 81
Usando a calculadora HP12C:
Digitação Teclas Visor
20.000,00 CHS PV 20.000,00000
0,643403 i 0,643403
6 n 6,000000
PMT 3.408,798186
1 F AMORT •Juros
X><Y Amortização
RCL PV Saldo Devedor
ð 6 o passo: cálculo do Custo Efetivo mensal da transação.
FV = PV (1 + i) n
21.268,84 = 20.000,00 x (1 + i) 9
21.268,84 / 20.000,00 = (1 + i) 9
1,063442 = (1 + 1) 9
1,063442 1/9 = 1 + i
1,006858 = 1 + i
i = 1,006858 – 1
i = 0,006858
i = 0,685794% ao mês
Usando a calculadora HP12C:
Digitação Teclas Visor
20.000,00 CHS PV 20.000,000000
21.268,84 FV 21.268,840000
9 n 9,000000
i 0,685794
O Gestor Financeiro deve estar atento às diversas particularidades
que envolvem uma transação fi nanceira. Deve ser analisada a
melhor opção, levandose em consideração aquela que apresentar
o menor custo fi nanceiro para a sua empresa. Sabemos que
além das condições oferecidas pelas entidades fi nanceiras, deve
se levar em consideração os possíveis benefícios indiretos que
82 Administração
a transação oferece. Um ponto a ser avaliado é com relação ao
Imposto de Renda, que, às vezes, pode defi nir a melhor opção
dentre as várias que existem. É claro que estamos falando das
empresas que estão enquadradas no Lucro Real, uma vez que
para as empresas enquadradas no Simples Federal e no Lucro
Presumido, este fato (IR) não tem nenhuma interferência por ser
calculado diretamente sobre o Faturamento Bruto da empresa, já
no Lucro Real é calculado sobre o Lucro Fiscal, apurado através
do LALUR. Isto pode ocorrer em função do tipo de transação
fi nanceira que está sendo realizada.
Para auxiliar na compreensão do texto, seguem alguns glossários:
Lucro Real : enquadramento fi scal federal das empresas em que o sistema
de arrecadação de impostos é não cumulativo para o IPI, PIS, COFINS e
ICMs; o Imposto de Renda e a Contribuição Social são calculados pelo
resultado da DRE – Demonstração do Resultado do Exercício, por meio do
Lucro Fiscal apurado no LALUR.
Simples Federal : enquadramento fi scal federal das empresas em que o
sistema de arrecadação de impostos é o cumulativo para o IPI, PIS, COFINS,
ICMs, IR e CSLL.
Lucro Presumido : enquadramento fi scal federal das empresas cujo sistema
de arrecadação de impostos é misto; para o IPI e o ICMs é o nãocumulativo,
para o PIS, COFINS, IR e CSLL é o cumulativo.
Faturamento Bruto : valor referente ao total das vendas realizadas pelas
empresas em um determinado período; para efeito de apuração de impostos,
utilizase o Faturamento Bruto diminuído das vendas canceladas, devoluções
e abatimentos de vendas.
Lucro Fiscal : calculado por meio do LALUR, é o resultado do LAIR – Lucro
Antes do Imposto de Renda, adicionado pelos gastos não dedutíveis e
subtraído das receitas, também não dedutíveis, lançados na DRE em um
determinado período.
LALUR: Livro de Apuração do Lucro Real; obrigatório para as empresas
tributadas pelo Lucro Real; nele são apurados os Lucros Tributáveis (de
onde serão calculados o Imposto de Renda e a Contribuição Social), bem
como também são controlados os Prejuízos Acumulados e Compensados.
Exercício 06:
Usando os dados do Exercício 05, e considerando também que
seriam as condições oferecidas para uma transação em Leasing bem
como também para outra modalidade, portanto iguais, qual seria a sua
escolha, levandose em consideração os seguintes dados adicionais:
ð para o Leasing, a última parcela seria a referente ao Valor
Residual Garantido (VRG), e o bem seria imobilizado por este
valor; as demais parcelas seriam contabilizadas como um
aluguel (Arrendamento Mercantil), com refl exo direto na DRE;
ð para outra modalidade de fi nanciamento, o bem seria
imobilizado integralmente, e teria uma vida útil contábil de
5 anos; os valores que seriam lançados como gastos, com
refl exo direto na DRE, seriam a depreciação linear (valor do
bem diminuído do valor do ICMs, neste caso de 12%) e os
juros das prestações contratadas.
Obs.: exercício elaborado somente para efeitos didáticos.
Resolução:
Para termos o resultado correto, deveremos descapitalizar todos
os valores, trazendoos para a data focal 0 (zero) e comparar
estes valores optando pelo de maior valor, utilizando a mesma
taxa da transação, conforme:
Transação em Leasing:
Usando a calculadora HP12C:
Digitação Teclas Visor
430,00 G Cfo 430,000000
128,68 G CFj 128,680000
3 G Nj 3,000000
3.408,80 G CFj 3.408,800000
5 • G Nj 5,000000
0,685794 i 0,685794
F NPV 17.170,77929
• à A última parcela não entra no cálculo; será o valor imobilizado;
à Taxa efetiva da transação.
84 Administração
Outros tipos de transação:
usando a calculadora HP12C:
Em termo absoluto, a opção deveria ser pela modalidade diferente
do Leasing, uma vez que proporciona uma maior redução da base
de cálculo do Imposto de Renda (somente para empresas no
Lucro Real) o que fará com que a empresa pague menor por este
tributo.
Desta obra, leia os seguintes capítulos:
Capítulo 15: Estrutura de capital: conceitos
básicos
Capítulo 16: Estrutura de capital: limites ao uso de
capital de terceiros
Texto 2
GITMAN, Lawrence Jeffrey. Princípios de
administração fi nanceira. 7. ed. São Paulo.
Harbra, 1997.
Capítulo 11: Custo de capital
Leitura Complementar
HOJI, Masakazu. Administração Financeira. 2. ed. São Paulo:
Atlas, 2000 (Capítulo 8 e 9).
A leitura dos capítulos indicados também é importante para você
complementar o seu aprendizado, com relação aos assuntos
tratados neste roteiro.
Atividades
A seguir, desenvolva as atividades propostas para aprimorar o seu
conhecimento, que muito contribuirão para o seu desenvolvimento.
Para tal, não deixe de estudar os capítulos enumerados nas obras
citadas.
Atividade 1
O que é Alavancagem Financeira?
Atividade 2
Comente qual é o efeito do Capital de Terceiros sobre o Patrimônio
Líquido, quando o grau de Alavancagem Financeira é menor do
que 1.
86 Administração
Atividade 3
Fonte: Análise Financeira de Balanços de Dante C. Matarazzo, 3 a Edição,
Atlas, São Paulo, 1994.
Analise, através do GAF, a Estrutura de Capital de uma determinada
empresa, sob duas condições:
a) Ativo Total, no valor de R$ 1.000.000, fi nanciado integralmente
pelo Capital Próprio;
b) 40% do Ativo Total (R$ 400.000) fi nanciado pelo Capital de
Terceiros.
Considere a Demonstração do Resultado do Exercício abaixo e
uma tributação do Imposto de Renda de 24%, conforme:
Contas 100%CP 60%CP
Vendas Líquidas 2.500.000 2.500.000
() Custo das Mercadorias Vendidas (2.000.000) (2.000.000)
(=) LUCRO BRUTO 500.000 500.000
() Despesas Administrativas e de Vendas (200.000) (200.000)
() Despesas Financeiras (Juros) (0) (80.000)
(=) LAIR 300.000 220.000
() Imposto de Renda (72.000) (52.800)
(=) LUCRO LÍQUIDO 228.000 167.200
Um bem é oferecido à vista pelo valor de R$ 7.500,00, ou em 12
parcelas mensais, iguais e sucessivas, a uma taxa de 2,5% ao
mês, com uma carência de um trimestre. A entidade fi nanceira
cobra uma Taxa de Abertura de Crédito no valor de R$ 150,00,
que será paga no ato da efetivação da transação. Calcular o valor
das prestações e o custo efetivo da transação, e demonstrar por
meio da planilha price.
Obs.: utilizar 6 casas decimais após a vírgula.
Atividade 4
Um bem é oferecido à vista pelo valor de R$ 7.500,00, ou em 12
parcelas mensais, iguais e sucessivas, a uma taxa de 2,5% ao
mês, com uma carência de um trimestre. A entidade fi nanceira
cobra uma Taxa de Abertura de Crédito no valor de R$ 150,00,
que será paga no ato da efetivação da transação. Calcular o valor
das prestações e o custo efetivo da transação, e demonstrar por
meio da planilha price.
Obs.: utilizar 6 casas decimais após a vírgula.
Atividade 5
A empresa “XYZ”, tributada pelo Lucro Real, com recolhimento
do Imposto de Renda de 24% sobre o Lair, deseja adquirir um
equipamento (Ativo Imobilizado), que à vista é oferecido por R$
50.000,00. A vida útil é de 10 anos. Sobre o valor à vista, incide
ICMs de 18%, que poderá ser recuperado em 4 (quatro) parcelas
anuais. Uma entidade fi nanceira oferece este bem na seguinte
condição: taxa efetiva anual de 9,5% ao ano; 1 (um) ano de
carência e 4 parcelas anuais, iguais e sucessivas, com a primeira
iniciandose no ano 2. A transação poderá ser feita através de
Leasing Financeiro e nesta situação, 10% do valor da última
parcela será considerado como Valor Residual Garantido, ou
Etapa VI Volume 2 87
qualquer outro modelo de fi nanciamento de bens do Ativo Fixo.
Baseado nos dados passados, Calcule e demonstre qual seria a
melhor opção para a empresa “XYZ”.
Obs.: exercício montado apenas para fi ns didáticos e poderá ser resolvido
através da fórmula ou pela calculadora HP12C; utilizar 6 casas decimais
após a virgula.
Referências
GITMAN, Lawewnce Jeffrey. Princípios de administração
fi nanceira. 10. ed. São Paulo. PrenticeHall, 2004.
88 Administração
REFERENCIAL DE RESPOSTAS
COMPONENTE CURRICULAR
Equipe e Liderança dos Recursos Humanos
Roteiro de Estudo 1
Relações interpessoais e motivação
Atividade 1 p. 18
Letra E
Todas as afi rmativas correspondem aos aspectos negativos, em qualquer tipo de relação
interpessoal, e são prejudiciais ao ambiente organizacional.
Atividade 2 p. 18
A ( V ), B ( V ), C ( V ), D ( F ), E ( F ).
As afi rmativas D e E estão incorretas, porque para acontecer boas relações interpessoais
no ambiente de trabalho, são necessárias ações grupais e não individuais, e comunicação
transparente, para que os confl itos sejam amenizados ou resolvidos, e não encobertos.
Atividade 3 p. 18
Letra C
Foi Maslow que hierarquizou, dentro de uma pirâmide, as necessidades humanas no
processo de motivação.
Atividade 4 p. 18
A ( V ), B ( V ), C ( V ), D ( F ), E ( F ).
As respostas D e F são falsas pelos seguintes motivos, respectivamente: nem todos valorizam
um trabalho desafi ador; existem ainda muitas pessoas que preferem cargos com demandas
psicológicas mínimas. A motivação é específi ca à situação, ou seja, o que é importante é
concentrarse nos interesses dos indivíduos e nas suas necessidades.
Atividade 5 p. 19
Esperase que o aluno tenha um foco não só pela mudança departamental, mas que ele
possa perceber os reais fatores que levaram estes trabalhadores a mudar de comportamento.
Dentre os fatores, podemos citar:
capacidade do novo líder em valorizar o real potencial de cada membro, pois eles
estavam realizando atividades voltadas para o real perfi l;
foram despertadas pelo seu líder, quanto a importância deles dentro do processo
produtivo;
capacidade do líder em fornecer Feedback adequados às situações.
Estes fatores se encaixam dentro da Teoria da Motivação, em que elas dizem que o
trabalhador que tem suas necessidades básicas (reconhecimento, valorização, inclusão)
satisfeitas se tornam pessoas mais animadas, com autoestima em alta e motivadas para
novos desafi os.
Etapa VI Volume 2 89
COMPONENTE CURRICULAR
Estratégia de Marketing e Pesquisa de Mercado
Roteiro de Estudo 1
Estratégias de crescimento e as diretrizes de mercado
Atividade 1 p. 42
Compreendendo que a atuação do PSF (Programa de Saúde da Família) atinge vários
pontos da cidade e que a verba do SUS, que antes o Hospital recebia na íntegra, está
fi cando dividida com esse programa, a direção do Hospital elaborou o Programa Vida e
motivou o corpo clínico a fazer um cronograma de atendimento periódico nas casas de
algumas famílias da cidade. Esse atendimento domiciliar será realizado por 1 médico, 1
enfermeira, 1 psicóloga e 1 nutricionista, que são colaboradores do Hospital, como uma
agregação de valores à comunidade. Com esse novo tipo de atendimento, os profi ssionais
irão fazer os tratamentos domiciliares sem risco de infecção hospitalar e o Hospital terá
maior credibilidade junto à comunidade conquistando novos pacientes até então não
atendidos por seus profi ssionais.
Estratégia: Justifi cativa: a argumentação do(a) aluno(a)
Desenvolvimento de mercado poderá ser sobre a conquista de novos clientes/
pacientes que não tinham o atendimento de
suas necessidades pelos serviços do hospital,
podendo ou não serem atendidos anteriormente
pelo PSF.
As tendências do crescimento populacional com idade superior a 65 anos e com renda
disponível, aproximadamente, de 3 salários mínimos apresentam um crescimento de 6%.
De posse dessa informação, a direção do Hospital resolveu construir com o fundo de
reserva uma ala geriátrica para as atividades preventivas, montando integrações de grupos
formados pela psicóloga e por um recémcontratado médico geriatra que fi cou responsável
por esse trabalho e pela difusão da informação na comunidade. Tratase de um diferencial
que nenhum hospital da região tem.
Estratégia: Justifi cativa: dentre as possíveis
considerações, temse que produtos e serviços
Desenvolvimento de produtos
são criados e disponibilizados para o mercado
somente se tiverem utilidade para os clientes.
Neste caso, foram demonstrados os dados
crescentes de um mercado potencial que o
Hospital tem condições fi nanceiras, estruturais
e profi ssionais de antecipar situações
promovendo atendimentos preventivos
e estabelecendo relacionamentos mais
duradouros com seus atuais e futuros clientes.
90 Administração
No Hospital existem distintas organizações que mantém seu funcionamento, como
por exemplo: a farmácia, o refeitório e a hospedagem. Todas elas com administração e
complexidade distintas, mas que completam a atividade hospitalar. Recentemente, o serviço
de lavanderia que era realizado no próprio Hospital foi transferido para o Distrito Industrial
por requerer um processo rigoroso de esterilização e por exigência da Vigilância Sanitária
e, conseqüentemente, uma nova empresa foi aberta por exigência da Prefeitura Municipal.
Para não fi car com a produção ociosa, a lavanderia passou a ter como clientes dois hotéis
da cidade e a arrecadação contribui para o pagamento das despesas operacionais dessa
nova empresa e para a compra de materiais de limpeza não só da lavanderia como também
do Hospital.
Estratégia: Justifi cativa: a atividade principal de um hospital,
promoção da saúde deve ser o reconhecimento
Diversifi cação
do(a) aluno(a) nesta abordagem, e é nisso
que os médicos e demais profi ssionais da
saúde são especialistas. A gestão de uma
lavanderia ou rouparia, como pode ser
também chamada, é totalmente distinta das
práticas profi ssionais que esses colaboradores
foram treinados, mas que compreende serem
fundamentais para a qualidade do serviço que
eles realizam. Neste caso, mesmo a variedade
de empreendimento ter sido determinada pelos
órgãos regulamentadores, ainda assim é de
risco seu empreendimento.
Esse Hospital é reconhecido na cidade e região como sendo um hospital de excelente
tecnologia para realização das cirurgias e exames clínicos realizados por profi ssionais
competentes que se mantêm atualizados na profi ssão médica. Para melhorar ainda
mais essa percepção junto à comunidade, o diretor resolveu investir no desenvolvimento
profi ssional do pessoal da linha de frente de atendimento ao paciente e familiar, que são
as atendentes, auxiliares, o pessoal responsável pela limpeza e pela segurança. Foram
criados 4 módulos de treinamento para “Atendimento Efi caz ao Cliente”, “Liderança
Servidora”, “Atualização em Informática”, “A Riqueza do Trabalho em Equipe” no qual todos
obrigatoriamente, deverão participar, e que passarão por uma análise do desempenho,
quando serão monitorados em suas atividades rotineiras de conquista dos pacientes e
familiares.
Estratégia: Justifi cativa: é necessário que o(a) aluno(a)
entenda que nenhum hospital deseja que
Penetração de mercado
seus pacientes fi quem doentes para procurá
lo com uma freqüência maior. A intenção
dessa estratégia está em melhorar a qualidade
operacional e elevar o reconhecimento do
público.
Atividade 2 p. 43
A empresa Pecado Doce é uma casa que oferece tortas e doces diferenciados. O cliente
é atraído pela beleza dos quitutes e pelo sabor leve do tempero tanto dos produtos de
doce como de sal. Essa empresa atrai clientes que buscam o prazer da vida no ato da
alimentação e também pela baixa ingestão calórica demonstrada nas tabelas nutricionais de
cada produto. Com base nisso, e considerando os estudos de Kotler (2000, p. 426), defi na
os seis níveis de signifi cado dessa marca Pecado Doce.
Atributos: para uma tortaria ser diferenciada de uma lanchonete comum, tornase necessário
que a qualidade nutricional e do preparo dos alimentos sejam um fator demonstrado nas
linhas marcantes e organizadas da marca e logomarca.
Etapa VI Volume 2 91
Benefícios: as pessoas não querem comer e engordar, mas sim sentir prazer em degustar
os produtos sem sentimentos de culpa e sem exclusão social por fi car fora do peso ideal
aceito pelos padrões de beleza.
Valores: não basta engolir, o prazer está em sentirse bem em um ambiente acolhedor e
com tempo para experimentar novos sabores. As pessoas procuram o prazer nas pequenas
sutilezas que talvez não têm como apreciar no seu diaadia.
Cultura: dentre os sete “pecados originais”, a gula é o apelo dessa empresa. Mas, como
todo pecado se torna agradável, ou seja, doce. Ainda se tem o conceito de que a atração
pelo errado, no caso da gula, é o que maior prazer se tem.
Pesonalidade: devido à preocupação das pessoas com os padrões de beleza das manequins
das passarelas da moda, os fatores nutricionais compostos por baixas calorias, podem ser
traduzidos por traços que defi nem o corpo delgado de uma jovem.
Usuário: linhas modernas de um corpo de uma mulher por ser o público mais atraído pelo
sabor adocicado e jovem, por ser o período em que as pessoas mais desejam permancer
devido às conquistas e sonhos comuns à juventude.
Atividade 3 p. 44
Marca de produtos São marcas usadas para distinguir produtos de outros produtos
idênticos, semelhantes ou afi ns, de origem diversa. Exemplos: OMO
– sabão em pó, NESTLÉ – alimentos, NOKIA – telefones celulares.
Marca de serviços São usadas para identifi car uma empresa prestadora de serviços
de outra, podendo ser semelhante ou não na atividade. Exemplos:
EMBRATEL – serviços telefônicos, UNIMED – serviços médicos, TAM
– transporte aéreo.
Marcas coletivas São usadas para identifi car produtos ou serviços provindos de
membros de uma determinada entidade. Exemplo: BIORIO (Certifi cado
de Qualidade) biotecnologia.
Marcas de São marcas que visam a certifi cação de determinados produtos ou
certifi cação serviços atendendo às características estabelecidas por padrões
– aferição e adequação a critérios. Exemplo: ABIC – Associação
Brasileira da Indústria de Café.
Atividade 4 p. 44
O(A) aluno(a) tem total liberdade de criar uma empresa que desejar, desde que tenha a
compreensão dos seguintes fatores:
25.000 habitantes;
$50.000,00 para investir;
não requer algo revolucionário (produtos que anulam mercados existentes);
tenha diferenciais competitivos;
avalie os concorrentes.
Atividade 5 p. 44
Dentre as possíveis colocações, o(a) aluno(a) poderá fazer relação com a decisão em
relação ao nome da marca Unipratic Life.
tratase de um nome comercial da empresa (Unipratic) combinado com o nome do produto
(Unipratic Life). A empresa pode, para conquista e manutenção de clientes, constituir uma
linha de produtos a partir do sucesso desse produto âncora.
ao desmembrar o nome Unipratic, poderá ser feita a analogia de UNI – união de partes,
junção de unidades específi cas; e PRATIC – abreviação de praticidade; LIFE – na língua
inglesa tem o signifi cado de “vida”.
o nome evidencia ao usuário de cadeira de rodas, seus familiares e demais pessoas de
92 Administração
seu convívio uma vida prática. O termo procura minimizar os problemas de dependência do
cadeirante com outras pessoas para sua melhor locomoção e transposição da cadeira de
rodas para os acentos sanitários com mais praticidade. Ou seja, de forma mais simples e
menos dolorosa na rotina diária da vida desses clientes.
COMPONENTE CURRICULAR
Fundamentos do Comércio Exterior
Roteiro de Estudo 1
Gestão de negócios internacionais: competências para atuar no mercado global
Atividade 1 p. 64
É o trânsito que possibilita o transporte de mercadorias, sob o “domínio” aduaneiro, de uma
localidade a outra do território aduaneiro, com a suspensão de imposto, é bom lembrar que os
tributos incidentes sobre a operação serão recolhidos no território aduaneiro de destino.
Atividade 2 p. 64
Acordos internacionais visam defi nir as regras para comercialização no âmbito internacional,
respeitando os acertos fi rmados entre nações em que se estabelecem objetivos e período de
vigência. Independente da amplitude do acordo, sua natureza pode ter um caráter monetário
ou comercial, que se desdobra direta ou indiretamente no segundo setor.
Atividade 3 p. 64
Segundo Christopher (1997:2), logística é o processo de gerenciar estrategicamente a
aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos acabados (com os
correspondentes fl uxos de informações) por meio da organização, de modo a poder maximizar
as lucratividades, presente e futura, a partir do atendimento dos pedidos abaixo custo.
COMPONENTE CURRICULAR
Gestão Financeira
Roteiro de Estudo 1
Fontes de investimentos e de fi nanciamento para as decisões gerenciais
Atividade 1 p. 86
É um índice que defi ne a qualidade da Participação de Capital de Terceiros na empresa,
ou seja, se com a utilização de Capital de Terceiros fi nanciando o Ativo Total, a empresa
consegue fazer com que tenha retorno positivo (lucro) proporcionado por este capital; O
resultado da Alavancagem Financeira pode ser 3 (três):
1) Maior do que 1, que signifi ca que o Capital de Terceiros traz lucro para a empresa, portanto
é favorável;
2) Igual a 1, que signifi ca não ter peso nenhum sobre o resultado da empresa e
3) Menor do que 1, que signifi ca que o Capital de Terceiro reduz o lucro da empresa,
tornandose desfavorável.
Etapa VI Volume 2 93
Atividade 2 p. 86
Faz com que a empresa tenha menos lucro; contribui para diminuir o resultado da empresa e
é considerado desfavorável. A empresa, em uma situação desta, deverá rever a sua estrutura
de Capital de Terceiros, propondo soluções de mudança para reverter este quadro.
Atividade 3 p. 87
a) Financiado totalmente pelo Capital Próprio:
RAT = 228.000 / 1.000.000
RAT = 0,228
RAT = 22,8%
RPL = 2280.000 / 1.000.000
RPL = 0,228
RPL = 22,8%
GAF = 0,228 / 0,228
GAF = 1
Nesta hipótese, não existe alavancagem fi nanceira (é nula) uma vez que não tem Capital e
Terceiros sendo utilizados para fi nanciar o Ativo.
b) 40% fi nanciado pelo Capital de Terceiros:
RAT = 228.000 / 1.000.000
RAT = 0,228
RAT – 22,8%
RPL = 167.200 / 600.000
RPL = 0,278667
RPL = 27,866667%
GAF = 0,278667 / 0,22,8
GAF = 1,2222222
Nesta hipótese, existe uma alavancagem fi nanceira positiva (favorável) de 1,2222 e isto
acontece em função da empresa estar usando Capital de Terceiros para fi nanciar parte do
Ativo. Nominalmente o custo do Capital de Terceiros é de 20% (80.000 / 600.000) mas
efetivamente o custo é de 10,13% (60.800 / 600.000), isto porque tem o benefício do Imposto
de Renda uma vez que as despesas de juros são deduzidas da base de cálculo deste.
94 Administração
Conclusão: podemos verifi car pelo demonstrativo anterior que o resultado proporcionado
pela parte do Capital de Terceiros foi de 30.400, ou seja 22,22% em relação ao resultado
proporcionado pela Capital Próprio (GAF = 1,2222), o que quer dizer que, mesmo com a
captação de terceiros, a empresa conseguiu gerar lucro sobre este capital, agregando valor
à empresa, sem ter que dispor do valor deste capital (no exemplo de R$ 400.000).
Concluímos, então, que a estrutura de Capital desta empresa é boa (favorável) uma vez que
proporciona um GAF maior do que 1.
Atividade 4 p. 87
ð 1 o passo: calcular a correção do Principal pelo prazo da carência de 3 meses.
FV = PV x (1 + i) n
FV = 7.500,00 x (1 + 0,025) 3
FV = 7.500,00 x (1,025) 3
FV = 7.500,00 x 1,076891
FV = 8.076,679688
Usando a calculadora HP12C:
Digitação Teclas Visor
7.500,00 CHS PV 7.500,000000
2,5 i 2,500000
3 n 3,000000
FV 8.076,679688
ð 2 o passo: calcular o valor da prestação mensal pelo modo Postecipado.
PMT = PV / ((1 – (1 + i) n ) / i)
PMT = 8.076,679688 / ((1 – (1 + 0,025) 12 ) / 0,025)
PMT = 8.076,679688 / ((1 – (1,025) 12 ) / 0,025)
PMT = 8.076,679688 / ((1 – 0,743556) / 0,025)
PMT = 8.076,679688 / (0,256444 / 0,025)
PMT = 8.076,679688 / 10,257765
PMT = 787,372298
Usando a calculadora HP12C:
Digitação Teclas Visor
8.076,679688 CHS PV 8.076,679688
2,5 i 2,500000
12 n 12,000000
PMT 787,372298
1 F AMORT •Juros
X><Y Amortização
RCL PV Saldo Devedor
• à Estes procedimentos deverão ser feitos para o preenchimento da planilha de
fi nanciamento, conforme modelo abaixo, quando solicitado.
Etapa VI Volume 2 95
ð 3 o passo: elaboração da Planilha Price.
Períodos Sd.Devedor Amortização Iof/Juros• Prestação
0 7.500,00 150,00 150,00
1
2
3 8.076,68
4 7.491,22 585,46 201,92 787,37
5 6.891,13 600,09 187,28 787,37
6 6.276,04 615,09 172,28 787,37
7 5.645,57 630,47 156,90 787,37
8 4.999,34 646,23 141,14 787,37
9 4.336,95 662,39 124,98 787,37
10 3.658,00 678,95 108,42 787,37
11 2.962,08 695,92 91,45 787,37
12 2.248,76 713,32 74,05 787,37
13 1.517,61 731,15 56,22 787,37
14 768,18 749,43 37,94 787,37
15 0,01 768,17 19,20 787,37
Totais 0,01 8.076,67 1.521,78 9.598,44
ð 4 o passo: cálculo do Custo Efetivo mensal da transação.
FV = PV (1 + i) n
9.598,44 = 7.500,00 x (1 + i) 15
9.598,44 / 7.500,00 = (1 + i) 15
1,279792 = (1 + 1) 15
1,279792 1/15 = 1 + i
1,016582 = 1 + i
i = 1,016582 – 1
i = 0,016582
i = 1,658249% ao mês
Usando a calculadora HP12C:
Digitação Teclas Visor
7.500,00 CHS PV 7.500,000000
9.598,44 FV 9.598,440000
15 n 15,000000
i 1,658249
Atividade 5 p. 87
ð 1 o passo: corrigir o valor à vista do bem pela carência.
FV = PV x (1 + i) n
FV = 50.000,00 x (1 + 0,095) 1
FV = 50.000,00 x (1,095) 1
FV = 50.000,00 x 1,095
FV = 54.750,000000
96 Administração
Usando a calculadora HP12C:
Digitação Teclas Visor
50.000,00 CHS PV 50.000,00000
9,5 i 9,500000
1 n 1,000000
FV 54.750,00000
ð 2 o passo: calcular o valor da prestação mensal pelo modo Postecipado.
PMT = PV / ((1 – (1 + i) n ) / i)
PMT = 54.750,00 / ((1 – (1 + 0,095) 4 ) / 0,095)
PMT = 54.750,00 / ((1 – (1,095) 4 ) / 0,095)
PMT = 54.750,00 / ((1 – 0,695574) / 0,095)
PMT = 54.750,00 / (0,304426 / 0,095)
PMT = 54.750,00 / 3,204481
PMT = 17.085,44938
ð 3 o passo: elaboração da Planilha Price.
Períodos Sd.Devedor Amortização Iof/Juros• Prestação
0 50.000,00
1 54.750,00
2 42.865,80 11.884,20 5.201,25 17.085,45
3 29.852,60 13.013,20 4.072,25 17.085,45
4 15.603,15 14.249,45 2.836,00 17.085,45
5 0,00 15.603,15 1.482,30 17.085,45
Totais 0,00 54.750,00 13.591,80 68.341,80
• à Estes procedimentos deverão ser feitos para o preenchimento da planilha de
fi nanciamento, conforme modelo, a seguir, quando solicitado.
ð 4 o passo: cálculo considerando o Imposto de Renda pela transação em Leasing.
Usando a calculadora HP12C:
Digitação Teclas Visor
0,00 G Cfo 0,000000
0,00 G CFj 0,000000
17.085,45 G CFj 17.085,45000
3 G Nj 3,000000
15.376,91 • G CFj 15.376,91000
9,5 i 9,500000
F NPV 48.914,68993
• à Valor da última parcela diminuída de 10% referente ao VRG.
Etapa VI Volume 2 97
ð 5 o passo: cálculo considerando o Imposto de Renda por outros tipos de transação.
Usando a calculadora HP12C:
Digitação Teclas Visor
0,00 G Cfo 0,000000
6.350,00 • G CFj 6.350,000000
11.551,25 G CFj 11.551,25000
10.422,25 G CFj 10.422,25000
9.186,00 G CFj 9.186,000000
5.582,30 G CFj 5.582,300000
4.100,00 G CFj 4.100,000000
5 G Nj 5,000000
9,5 i 9,500000
F NPV 43.306,94557
• à Valor referente à depreciação (R$ 4.100,00) + ICMs (R$ 2.250,00);
à Valores referentes aos juros + depreciação (R$ 4.100,00) + ICMs (R$ 2.250,00);
à Valor referente aos juros + a depreciação (R$ 4.100,00);
à Valor referente à depreciação (R$ 4.100,00).
A melhor opção é o Leasing, uma vez que proporciona uma maior redução da base de
cálculo do Imposto de Renda (somente para empresas no Lucro Real) o que fará com que a
empresa pague menor por este tributo.
98 Administração