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Primeira Parte:
Sócrates afirma que tanto Meleto quanto Anito, não podem lhe causar
dano,pois uma boa pessoa não pode sofrer nas mãos de uma pior. Apesar
disso eles podem mandar matá-lo, ou exilá-lo, ou mesmo infringir seus direitos
civis, mas Sócrates não encara essas ações como um grande mal, pois para
ele o pior é procurar matar um homem de forma injusta,o que ambos estão
tentando fazer com o filósofo, por meio do seu julgamento. Sócrates fala de sua
sabedoria como um presente dos Deuses para trazer conhecimento e espalhar
a filosofia na cidade de Atenas, é que em nenhum momento ele utilizou de seu
dom de forma prejudicial aos cidadãos,mas sim para o bem do povo, é sua
principal prova é a sua pobreza,pois ele não aproveitou-se de seus
ensinamentos para gerar lucro, ao contrario dos seus acusadores homens
ricos, que por ciúme e vingança o acusaram de forma imprudente, não
apresentando nenhuma testemunha ou prova concreta de seus delitos. O
filósofo fala, que em nenhum chegou a participar da vida política da cidade, não
conseguindo transmitir seus conhecimentos de forma eficaz a cidade na
política, pois para o homem que assume a vida política tem de julgar ás leis e
ás praticá-las em prol da cidade, interpretando-as a partir do interesse público,
por isso apenas aquele que vive uma vida privada pode seguir um caminho de
vida baseado no justo.
Sócrates mesmo após dar diversas provas que o seu julgamento não
passava de uma conspiração para sua prisão, é condenado em uma votação
considerada por ele surpreendente, pois ele esperava uma diferença muito
maior no número de votos (Dos 501 juízes, 280 votaram a favor e 220 contra),
ele afirma também que se não fosse por Anito e Licon, Meneto não teria
conseguido o número mínimo de votos para condena-lo.
Por fim, Sócrates orienta aos juízes que tenham boas esperanças em
relação à morte, e considerem está a única verdade: que não é possível que
haja qualquer mal para um homem de bem, seja na vida, ou na morte, e que os
deuses não se interessam ao que a ele concerne. Portanto para Sócrates o seu
julgamento foi na verdade uma libertação, pois era melhor que ele morresse
agora e se libertasse das coisas do mundo. O filósofo ainda afirma que não
está zangado com aqueles que o condenaram, nem os seus acusadores,
apesar de que ao lhe condenar não buscam fazer a vontade divina, mas sim
causar-lhe mal. Em seu ultimo pedido, o filosofo pede para que quando seus
filhos ficarem adultos, não deixem cuidar mais das riquezas e das coisas
terrenas do que a verdade, é caso o fizerem terão o que é justo.
- É a hora de irmos: eu para a morte, vós para as vossas vidas; quem terá a
melhor sorte? Só os Deuses sabem.
- Sócrates.