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Introdução à

Condução
Segura e
Econômica
SEST – Serviço Social do Transporte
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte

Curso on-line – Introdução à Condução Segura e


Econômica – Brasília: SEST/SENAT, 2017.

80 p. :il. – (EaD)

1. Segurança no trânsito. 2. Transporte - aspectos


econômicos. I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço
Nacional de Aprendizagem do Transporte. III. Título.

CDU 656

ead.sestsenat.org.br
Sumário

Apresentação 7

Unidade 1 | Conceitos e Regras Básicas para Condução Segura 9

1 Regras Básicas para a Condução Segura no Transporte Rodoviário 10

1.1 Como Parar 10

1.2 Cinto de Segurança 11

1.3 Ultrapassagens 12

1.4 Neblina: Perigo à Frente 13

1.5 Pistas Escorregadias 13

1.6 Operações de Carga e Descarga 14

1.7 Outras Dicas para Operar com Segurança 14

Atividades 16

Referências 17

Unidade 2 | Garantindo a Segurança 18

1 Inspeção Diária do Veículo 19

2 Extintor de Incêndio, Triângulo, Chave de Roda, Macaco Hidráulico e Pneu de Estepe 20

3 Pneus 22

4 Abastecimento 22

5 Bomba Injetora ou Injeção Eletrônica 23

6 Motor 23

7 Faróis 24

8 Freios 25

9 Inspeção do Acondicionamento da Carga 25

Atividades 26

Referências 27

3
Unidade 3 | Condução Econômica 28

1 Introdução 29

2 Conceitos Básicos 29

2.1 Torque 30

2.2 Potência 30

2.3 Torque x Potência 31

2.4 Rotações 31

2.5 Reduções 31

2.6 Trem de Força 32

2.7 Tacógrafo 33

2.8 Resistência ao Deslocamento 33

2.8.1 Inércia 33

2.8.2 Resistência ao Rolamento do Veículo 34

2.8.3 Resistência Exercida pelo Ar 35

2.8.4 Resistência Exercida pela Gravidade 36

2.9 Força de Atrito 36

2.10 Freio de Serviço 39

2.11 Freio Motor 40

2.12 Freio Manual do Reboque ou Semirreboque 41

2.13 Velocidade Média 42

Atividades 44

Referências 45

Unidade 4 | Regras para a Prática da Condução Econômica – Parte 1 46

1 Introdução 47

2 Guiar com Previsão 47

3 Utilizar Câmbios, Acelerador e Freios Corretamente 49

4
3.1 Pular Marchas Sempre que Possível 49

3.2 Não Acelerar durante a Troca de Marchas 51

3.3 Aproveitar a Inércia do Veículo 51

Atividades 52

Referências 53

Unidade 5 | Regras para a Prática da Condução Econômica – Parte 2 54

1 Introdução 55

2 Utilizar Corretamente os Freios 55

3 Trafegar Somente com o Veículo Engrenado 56

4 Manter os Pneus Calibrados 56

5 Acompanhar o Desempenho do Veículo 58

6 Manter o Motor Eletrônico Funcionando Adequadamente 58

Atividades 61

Referências 62

Unidade 6 | Objetivos e Benefícios da Condução Econômica 63

1 Introdução 64

2 Objetivos da Condução Econômica 64

3 Benefícios com a Condução Econômica 65

3.1 Aumento na Eficiência do Veículo 65

3.2 Redução de Desgastes nas Peças dos Veículos 66

3.3 Redução nos Tempos de Viagem 67

3.4 Aumento na Segurança Durante a Condução 67

Atividades 69

Referências 70

Unidade 7 | Tecnologia de Apoio à Condução Econômica 71

1 Introdução 72

5
2 Motor Flex 72

3 Vidros Elétricos 73

4 Luzes de Alerta no Painel 74

4.1 Partida de Ignição 74

4.2 Óleo do Motor 74

5 Embreagem e Câmbio Automáticos 75

6 Injeção Eletrônica 76

Atividades 77

Referências 78

Gabarito 79

6
Apresentação

Prezado(a) aluno(a),

Seja bem-vindo(a) ao curso Introdução à Condução Segura e Econômica!

Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de


cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos,
você verá ícones que têm a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e
ajudar na compreensão do conteúdo.

Este curso possui carga horária total de 30 horas e foi organizado em 7 unidades,
conforme a tabela a seguir.

Unidades Carga Horária


Unidade 1 | Conceitos e Regras Básicas para Condução Segura 3h
Unidade 2 | Garantindo a Segurança 5h
Unidade 3 | Condução Econômica 5h
Unidade 4 | Regras para a Prática da Condução Econômica –
5h
Parte 1
Unidade 5 | Regras para a Prática da Condução Econômica –
5h
Parte 2
Unidade 6 | Objetivos e Benefícios da Condução Econômica 4h
Unidade 7 | Tecnologia de Apoio à Condução Econômica 3h

7
Fique atento! Para concluir o curso, você precisa:

a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas


“Aulas Interativas”;

b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60;

c) responder à “Avaliação de Reação”; e

d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado.

Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de


dúvidas, entre em contato através do e-mail suporteead@sestsenat.org.br.

Bons estudos!

8
UNIDADE 1 | CONCEITOS
E REGRAS BÁSICAS PARA
CONDUÇÃO SEGURA

9
Unidade 1 | Conceitos e Regras Básicas para
Condução Segura

1 Regras Básicas para a Condução Segura no Transporte


Rodoviário

Para aprendermos a operar com segurança, precisamos entender alguns conceitos


básicos sobre o deslocamento do veículo, bem como regras básicas que visam garantir
a segurança durante a viagem. São conceitos simples, mas que devem ser seguidos à
risca.

1.1 Como Parar

O condutor deve conhecer os tipos de paradas do veículo, tempo

ee e distância necessários para cada uma delas, a fim de evitar


acidentes.

• Distância de seguimento: é a distância entre seu veículo e o que segue à


frente, de forma que você possa parar mesmo em uma emergência, sem colidir
com a traseira do outro.

• Distância de reação: é aquela que seu veículo percorre desde a percepção do


perigo até o momento em que pisa no freio.

• Distância de frenagem: é aquela que o veículo percorre a partir do momento


em que o sistema de freio é acionado até a parada total do veículo.

10
• Distância de parada total: é aquela que o seu veículo percorre desde a
percepção do perigo até parar, ficando a uma distância segura do outro veículo,
pedestre ou qualquer objeto na via.

Para você saber se está a uma distância segura dos outros veículos, vai depender do
tempo (sol ou chuva), da velocidade, das condições da via, dos pneus e do freio do
veículo, da visibilidade e da sua capacidade de reagir rapidamente.

ee
Distância de Reação + Distância de Frenagem = Distância de
Parada Total

1.2 Cinto de Segurança

Cinto de segurança é um dispositivo simples que serve para proteger sua vida e diminuir
as consequências dos acidentes. Ele impede, em casos de colisão, que seu corpo se
choque contra o volante, painel e para-brisas, ou que seja projetado para fora do
veículo.

Em caso de colisão, tombamento ou capotamento,


primeiro o veículo bate num obstáculo e, em seguida,
os passageiros (condutor e caronas) são projetados
contra o painel, o para-brisas ou uns contra os outros.
O cinto evita esta segunda colisão, segurando e
mantendo condutor e passageiros presos ao banco.
O acidente gera uma carga que é uniformemente
distribuída ao longo de toda a área de contato do
cinto sobre o corpo humano. Estas áreas são os
nossos pontos mais fortes. O próprio cinto absorve
parte do impacto.

É importante sentar-se corretamente no banco e com a coluna bem reta. O cinto


abdominal deve ser colocado na região dos quadris e não na barriga. O cinto diagonal
deve passar pelo ombro. O cinto não deve estar torcido nem com folgas.

11
1.3 Ultrapassagens

Ao ultrapassar, avalie a velocidade do veículo que será ultrapassado e o espaço


disponível para a ultrapassagem. Certifique-se de que o veículo à frente está lhe
favorecendo a ultrapassagem e sinalize sua intenção. Se a sinalização da pista permitir
e a faixa contrária estiver livre, vá em frente, mantendo-se nela o tempo necessário
para ultrapassar, retornando à direita assim que puder.

Não ultrapasse em curvas, túneis, viadutos,


subidas, descidas, cruzamentos e onde a
sinalização for com linha contínua. Ao ultrapassar
um veículo tenha certeza do tempo e espaço
necessário para a manobra. Em caso de dúvida,
não arrisque, espere outra chance.

A ultrapassagem de outro veículo em movimento


deverá ser feita pela esquerda, obedecida à
sinalização regulamentar e as demais normas
estabelecidas no Código de Trânsito Brasileiro,
exceto quando o veículo a ser ultrapassado estiver
sinalizando o propósito de entrar à esquerda.

Todo condutor deverá, antes de efetuar uma ultrapassagem, certificar-se de que:

• nenhum condutor que venha atrás já tenha começado uma manobra para
ultrapassá-lo;

• quem o precede na mesma faixa de trânsito não tenha indicado o propósito de


ultrapassar um terceiro;

• na faixa de trânsito que vai trafegar esteja livre em uma extensão suficiente
para que sua manobra não ponha em perigo ou obstrua a rodovia que venha
em sentido contrário;

Lembre-se que todo condutor ao efetuar a ultrapassagem deverá:

• Indicar com antecedência a manobra pretendida, acionando a luz indicadora de


direção do veículo ou por meio de gesto convencional de braço. Antes de iniciar
qualquer manobra que implique um deslocamento lateral, o condutor deverá

12
indicar seu propósito de forma clara e com a devida antecedência, por meio
da luz indicadora de direção de seu veículo, ou fazendo gesto convencional de
braço.

• Afastar-se do usuário ou usuários aos quais ultrapassa, de tal forma que deixe
livre uma distância lateral de segurança.

• Retomar, após a efetivação da manobra, a faixa de trânsito de origem, acionando


a luz indicadora de direção do veículo ou fazendo gesto convencional de
braço, adotando os cuidados necessários para não pôr em perigo ou obstruir o
trânsito dos veículos que ultrapassou.

1.4 Neblina: Perigo à Frente

Durante o inverno as estradas são invadidas pela neblina, que exigem dos condutores
mais atenção. Quando a neblina estiver muito forte, impedindo a visibilidade, o melhor
é esperar no acostamento. Não se esqueça de ligar o pisca – alerta e sinalizar a área com
o triângulo a uns cinquenta metros de distância do veículo. Se não houver acostamento,
prossiga a viagem. No entanto, redobre a atenção, utilizando faróis baixos e uma
velocidade reduzida. Nunca ligue o pisca-alerta com o veículo em movimento.

As orientações para a condução em neblina servem também para o caso de fumaça na


estrada. Nesse caso, você deve avisar a polícia rodoviária assim que possível.

1.5 Pistas Escorregadias

No caso de pistas derrapantes, o certo a fazer é diminuir a velocidade. Se o veículo


derrapar, o condutor vai precisar saber se o veículo é do tipo que “sai de frente” ou de
“traseira” para saber como agir. Um veículo com proporções de peso maior na frente
(motor, câmbio, diferencial, tração), geralmente “sai de frente”.

13
Neste caso, a correção da derrapagem se faz tirando o pé do acelerador e conservando
o volante virado para dentro da curva até retomar o controle do veículo. Se o peso do
veículo está concentrado atrás, ele tenderá a sair de “traseira”. A alternativa neste caso
é manter a aceleração e virar o volante para fora da curva até corrigir a derrapagem.
Essas manobras são arriscadas. O melhor é evitar pistas escorregadias e, na dúvida,
opere na velocidade mais baixa possível.

1.6 Operações de Carga e Descarga

Nas paradas, operações de carga ou descarga e nos estacionamentos, o veículo deverá


ser posicionado no sentido do fluxo, paralelo ao bordo da pista de rolamento e junto à
guia da calçada (meio-fio), admitidas às exceções devidamente sinalizadas.

A operação de carga e descarga é considerada estacionamento, de acordo com o


Código de Trânsito Brasileiro (Art. 47, parágrafo único), sendo, portanto proibida em
locais onde é proibido estacionar, a menos que exista a informação complementar
estabelecendo os horários permitidos para carga e descarga.

1.7 Outras Dicas para Operar com Segurança

• O condutor deverá sempre ter domínio de seu veículo, dirigindo com atenção
e cuidados necessários à segurança na rodovia, levando em consideração seu
equilíbrio físico, psicológico e mental. A alteração temporária do estado físico
e psíquico do condutor pode afetar a sua habilidade em satisfazer as exigências
da tarefa de operar e manter o controle do veículo.

• Para efetuar parada de emergência por defeito mecânico, ao transitar à noite


por rodovias regularmente sinalizadas, o condutor deverá: estacionar no
acostamento; acionar as luzes de advertência; fixar o triângulo de segurança
atrás do veículo a uma distância mínima de 30 passos e aguardar fora dele à
chegada de socorro ou assistência mecânica.

14
• Durante período de chuvas a visibilidade diminui e o condutor deverá trafegar
com velocidade reduzida e usar farol baixo.

• Sempre escolher uma faixa de rolamento da pista para trafegar, nunca conduza
o veículo entre duas faixas: isso atrapalha os outros condutores e a sua
operação. Você também deve deslocar o veículo com antecedência quando for
mudar de faixa. Atravessar várias faixas de rolamento de uma vez é uma ação
imprudente e pode causar acidentes graves.

• Olhar a paisagem, sintonizar o rádio, acender um cigarro ou usar aparelho


celular, tirando a atenção da rodovia, são coisas que põem em risco a segurança
do trânsito. Visando evitar acidentes, o condutor deve estar sempre atento
para ver tudo o que se passa na rodovia, decidir o que fazer e agir corretamente.
A falta de atenção do condutor pode lhe causar grandes problemas.

Resumindo

É de fundamental importância que o condutor de veículo de transporte


rodoviário de cargas conheça os procedimentos básicos da condução
segura e os execute na sua atividade diária de condução do veículo. Uma
condução segura e responsável evita muitos acidentes que trazem prejuízos
materiais e para a própria vida do motorista e das outras pessoas.

15
Atividades

aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Distância de reação é aquela
que seu veículo percorre desde a percepção do perigo até o
momento em que pisa no freio.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

2) Julgue verdadeiro ou falso. Distância de frenagem é aquela


que o seu veículo percorre desde a percepção do perigo até
parar, ficando a uma distância segura do outro veículo,
pedestre ou qualquer objeto na via.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

16
Referências

DETRAN. Direção Defensiva e Prevenção de Acidentes. Recife, 2002. Disponível em:


<http://www.detran.pe.gov.br>. Acesso em: 6 jul. de 2006.

FORD. Manual de Direção Defensiva. São Paulo: Ford, 2001.

MERCEDES BENZ. Administração e Transporte de Cargas: Planejamento e


Racionalização. Gerência de Marketing. São Paulo, 1988/1989.

MERCEDES BENZ. Informações Técnicas para Operação de Veículos. Gerência de


Marketing. São Paulo, 2000.

NOVAES, PASSAGLIA, E., A. G VALENTE, A. M. Gerenciamento de Transporte e Frotas.


Florianópolis: Ed. Pioneira Thomson Learning, 2001.

PORATH, R. Sistemas de Gerência de Segurança para o Trânsito Rodoviário: o Modelo


SGS/TR. Florianópolis: UFSC, 2002. Tese de Doutorado em Engenharia de Produção.

CARGA E TRANSPORTE. Carga e transporte. nº 101-104. São Paulo: Editora Técnica


Especializada.

TRANSPORTE MODERNO. Transporte moderno. nº 305. São Paulo: Editora TM Ltda.

UELZE, Reginald. Transporte e Frotas. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1978.

WEBONIBUS. Condução Econômica. Portal da internet, 2017. Disponível em: <http:\\


www.webonius.com.br>. Acesso em: 6 jul. 2017.

WEBONIBUS. Direção Defensiva. Portal da internet, 2017. Disponível em: <http:\\


www.webonius.com.br>. Acesso em: 6 jul. 2017.

17
UNIDADE 2 | GARANTINDO A
SEGURANÇA

18
Unidade 2 | Garantindo a Segurança

1 Inspeção Diária do Veículo

Antes de iniciar uma viagem, o motorista cuidadoso e prudente deve fazer uma
checagem de todos os itens de segurança do veículo. Essa prática evita um grande
número de acidentes e prejuízos para o motorista, para a empresa e para a sociedade.
Vamos entender como e onde deve ser feita essa checagem?

Antes de iniciar a viagem, alguns itens devem ser obrigatoriamente checados:

• Retrovisores devem estar regulados;

• Para-brisas limpos tanto fora como dentro do veículo;

• Limpadores de para-brisas funcionando adequadamente;

• Sinalização obrigatória (setas, faroletes, etc.) em funcionamento;

• Iluminação eficiente;

• Existência do extintor de incêndio, triângulo, pneu de estepe, macaco hidráulico


e chave de roda;

• Equipamentos de proteção individual em ordem e em condições de uso;

• Buzina funcionando.

Os primeiros quilômetros informam de forma clara o estado mecânico do veículo. A


mecânica “trabalha” integrada e qualquer irregularidade pode (e deve) ser detectada
e solucionada.

• Verificar a suspensão: barulhos, trancos, reações diferentes;

• Observar o comportamento do motor: temperatura, pressão e força;

• Testar a passagem das marchas;

19
• Testar a sensibilidade da embreagem;

• Testar a sensibilidade e eficiência dos freios;

• Testar a sensibilidade da direção (movimentação “pesada”);

• Testar novamente os principais acessórios elétricos ligados diretamente à


segurança operacional;

• Observar qualquer reação “diferente”: cheiros, fumaça, estalos, ruídos,


“chiados”, trancas etc.

No caso de perceber algum problema, é melhor atrasar o início da viagem do que correr
o risco de ter problemas. Use sempre seu bom senso!

Vejamos agora os principais itens que devem ser checados com detalhes diariamente,
para garantirmos uma viagem sem problemas.

2 Extintor de Incêndio, Triângulo, Chave de Roda, Macaco


Hidráulico e Pneu de Estepe

Esses itens relacionados são exigidos por lei e imprescindíveis para garantir a segurança
durante a viagem. Fique atento aos seguintes itens:

Verifique se o triângulo está com as partes refletoras em bom estado e se a montagem


do mesmo está normal. Triângulo que não para em pé não serve para nada.

Certifique se o macaco hidráulico está tracionando (subindo ao movimento da alavanca)


e se a trava de sustentação está em ordem. A chave de roda deve estar com a “boca”
sem desgaste para proporcionar engate adequado nos parafusos. Não se esqueça da
alavanca de apoio, senão fica difícil trocar o pneu.

O único equipamento de segurança adequado para combater um princípio de incêndio


veicular é o extintor de incêndio. Verifique sempre a validade, que é o prazo máximo
recomendado pelo fabricante, para que o extintor seja utilizado. Além disso, fique
atento aos seguintes itens:

20
Se o ponteiro de indicador de pressão não
esta na faixa vermelha

Se o lacre de inviolabilidade
permanece intacto

Se as instruções de operação
estão visíveis

Se a aparência geral do extintor não


apresenta sinais de ferrugem, riscos,
amassados etc.

Se as datas-limite de garantia,
validade da carga e teste
hidrostático estão dentro do prazo
Se o bico da válcula permanece
desobistruído

Lembre-se que o uso do extintor de incêndio automotivo pode

ee salvar sua vida e a de outros. Conferir o equipamento é a maneira


mais fácil de evitar problemas.

21
3 Pneus

Pneus baixos (com calibragem incorreta) aumentam o atrito e o consumo de


combustível; mas o aumento do atrito dos pneus também pode ser provocado pela
suspensão desalinhada. Ter pneus sempre calibrados e com a banda de rodagem
dentro do especificado pelo fabricante é segurança na estrada!

A segurança e desempenho do veículo dependem consideravelmente do estado dos


pneus, razão pela qual os mesmos devem ser inspecionados diariamente. Os pneus
sem câmara oferecem vantagens adicionais em relação aos pneus com câmara tais
como: redução de peso, maior segurança, maior facilidade de balanceamento das
rodas, melhor alinhamento e melhor estabilidade do veículo.

Em contrapartida, em vias de péssimas condições, o veículo deve ser conduzido


o cuidadosamente, visto que eventuais impactos podem danificar o aro de roda,
ocasionando imediata perda de ar do pneu.

4 Abastecimento

Procure sempre posto com bons filtros de combustíveis: uma dica é procurar sempre
postos com grande movimentação de caminhões, ou postos de grande porte, dentro
e fora das cidades, para encontrar diesel sem água, o que prejudica a bomba e bicos
injetores.

Não deixe que o frentista do posto encha o tanque além do desligamento automático
da bomba, pois, do contrário, o excesso de combustível pode transbordar, danificando
o canister (filtro dos gases do tanque).

22
5 Bomba Injetora ou Injeção Eletrônica

É muito importante para o veículo a diesel o filtro e o decantador de combustível.


O diesel cria umidade no tanque de combustível, do posto e do próprio veículo. Esta
umidade é eliminada através de um decantador que em alguns veículos vem como
sendo um sensor automático de volume de água para avisar o momento de limpá-lo. Já
outros tipos de veículos que não possuem este sensor, necessitam de uma checagem
periódica de mais ou menos 15 dias para serem limpos, (eliminar a água) ou até mesmo
substituí-los por peças novas originais. Já o filtro de combustível deve ser trocado a
cada 15.000 Km em condições de uso normal. Nunca se deve esquecer do filtro de ar
que segue também este programa de manutenção, devendo ser trocado a cada 20.000
Km em condições normais e 10.000 Km em condições severas de uso.

Seguindo estas pequenas dicas, serão mantidos sempre em dia a bomba e os bicos
injetores que são extremamente sensíveis a água, evitando assim transtornos e gastos
desnecessários, lembrando que a substituição destas peças deve ser feita por pessoas
qualificadas e em oficinas especializadas.

6 Motor

Antes de iniciar a viagem, cheque com o pessoal responsável se a manutenção solicitada


no motor do veículo foi realizada. Cheque você mesmo se as correias estão com tensão
apropriada, se o nível do óleo, do líquido de arrefecimento e da direção hidráulica
estão em conformidade.

23
Checando o nível do óleo lubrificante do motor pela vareta medidora do nível do óleo.

Checando nível do líquido de arrefecimento (colocado no radiador) pelo nível do


reservatório.

7 Faróis

Antes de qualquer viagem, verifique se os faróis estão bem regulados; se as lanternas


traseiras e luzes de freios estão funcionando. As lanternas, os faróis, as luzes de
advertência são itens importantes para praticar uma direção defensiva. Se eles
apresentarem algum defeito, podem prejudicar ou impedir o controle em uma situação
de emergência.

24
8 Freios

É o dispositivo mais importante para a segurança e tem por finalidade de fazer o veículo
parar. Tenha certeza de que todo o sistema de freios foi revisado antes de iniciar a
viagem. Os veículos médios e pesados, além do freio de serviço e de estacionamento,
são equipados com o freio motor.

9 Inspeção do Acondicionamento da Carga

O motorista deve estar atento quanto aos excessos laterais da amarração, altura
da carga, peso total e por eixo. Deve ainda certificar-se que os volumes estão
acondicionados de modo que os produtos de maior peso estejam formando o “lastro”
da carga, seguido pelas mercadorias de menor peso e maior volume, observando a
compatibilidade de acondicionamento por tipo de produto. O motorista não deve
aceitar cargas prontas nas seguintes situações:

• mal arrumada;

• com excesso de peso;

• mal amarrada.

Resumindo

O condutor deve sempre verificar se carga está acondicionada e ou


amarrada corretamente e se não existe sobrecarga de peso nos eixos ou
em todo o veículo. Não teste a fiscalização! Não coloque em risco sua vida
e a dos outros! Faça ainda a checagem dos outros itens de segurança. Isso
é fundamental para que a viagem ocorra com segurança e você tenha
sucesso no seu trabalho.

25
Atividades

aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. O uso do extintor de incêndio
automotivo pode salvar sua vida e a de outros, assim conferir
o equipamento é a maneira mais fácil de evitar problemas.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

2) Julgue verdadeiro ou falso. Os pneus sem câmara oferecem


vantagens adicionais em relação aos pneus com câmara tais
como: redução de peso, maior segurança, maior facilidade de
balanceamento das rodas, melhor alinhamento e melhor
estabilidade do veículo.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

26
Referências

DETRAN. Direção Defensiva e Prevenção de Acidentes. Recife, 2002. Disponível em:


<http://www.detran.pe.gov.br>. Acesso em: 6 jul. de 2006.

FORD. Manual de Direção Defensiva. São Paulo: Ford, 2001.

MERCEDES BENZ. Administração e Transporte de Cargas: Planejamento e


Racionalização. Gerência de Marketing. São Paulo, 1988/1989.

MERCEDES BENZ. Informações Técnicas para Operação de Veículos. Gerência de


Marketing. São Paulo, 2000.

NOVAES, PASSAGLIA, E., A. G VALENTE, A. M. Gerenciamento de Transporte e Frotas.


Florianópolis: Ed. Pioneira Thomson Learning, 2001.

PORATH, R. Sistemas de Gerência de Segurança para o Trânsito Rodoviário: o Modelo


SGS/TR. Florianópolis: UFSC, 2002. Tese de Doutorado em Engenharia de Produção.

CARGA E TRANSPORTE. Carga e transporte. nº 101-104. São Paulo: Editora Técnica


Especializada.

TRANSPORTE MODERNO. Transporte moderno. nº 305. São Paulo: Editora TM Ltda.

UELZE, Reginald. Transporte e Frotas. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1978.

WEBONIBUS. Condução Econômica. Portal da internet, 2017. Disponível em: <http:\\


www.webonius.com.br>. Acesso em: 6 jul. 2017.

WEBONIBUS. Direção Defensiva. Portal da internet, 2017. Disponível em: <http:\\


www.webonius.com.br>. Acesso em: 6 jul. 2017.

27
UNIDADE 3 | CONDUÇÃO
ECONÔMICA

28
Unidade 3 | Condução Econômica

1 Introdução

Ao longo dessa unidade, vamos entender melhor o veículo. Para isso precisamos
conhecer alguns dos seus componentes e o seu funcionamento. Vamos iniciar
entendendo o que é a condução econômica.

Podemos dizer que conduzir um veículo “economicamente”


significa operar o veículo de forma correta, ou seja, acionando
os mecanismos de controle (acelerador, freios, direção, câmbio)
em perfeita sintonia com as situações que acontecem ao longo
da viagem (tais como subidas, descidas, retas e curvas).

As características técnicas do veículo tais como o torque, a potência, o peso, a força de


tração e a frenagem, devem ser conhecidas para que possamos tirar o melhor resultado
do veículo com o menor consumo durante a operação. Como consequência do melhor
aproveitamento dos recursos disponíveis, também pode-se destacar a proteção ao
meio ambiente, aspecto muito importante e de responsabilidade de todos nós.

2 Conceitos Básicos

Para aprendermos como conseguir o melhor rendimento do veículo com o menor


consumo possível, precisamos entender alguns conceitos importantes. Vamos conhecê-
los?

29
2.1 Torque

Também conhecido como momento de força, corresponde à força de giro exercida em


determinado braço de alavanca. Aplicado ao motor de combustão interna (ex: motor a
diesel) temos uma força P que é a pressão média exercida sobre o êmbolo (cilindro).
Essa força atua através da biela, sobre o braço R do virabrequim.

Simplificando, o motor produz uma força de torção (Torque). Essa força de torção é
transmitida pelos componentes da transmissão (caixa de marchas, diferencial e cardã),
onde ela é adequada entre velocidade e força, até as rodas de tração justamente nesta
faixa de rotações que a alimentação de ar (Pressão do Turbo) é mais eficiente.

2.2 Potência

Potência é a medida do trabalho realizado numa unidade de tempo. Como trabalho é


o resultado de uma força que desloca seu ponto de aplicação, força é qualquer coisa
capaz de produzir ou alterar o movimento de um corpo. Embora a unidade mais comum
para expressar a potência de uma máquina seja o Cavalo Vapor (CV), a unidade adotada
pelo Sistema Internacional de Unidades é o Watt (W) ou, melhor, o quilowatt (kW).

A Potência de 1 CV corresponde à força necessária para elevar 75 kilogramas-força


(kgf) a uma altura de 1 metro.

30
2.3 Torque x Potência

Na operação de veículos comerciais (caminhões e ônibus) é mais importante conhecer


a faixa de torção (ou de torque) do motor em que se dá o torque máximo do que a
potência máxima do mesmo. Isto porque o motorista deverá adequar a operação em
função do torque do motor e não da potência máxima que, de qualquer forma, se
alcança nos limites de rotação do motor.

Um erro comum é confundir potência com torque. O que faz um veículo, de fato, se
deslocar é o torque e não a potência.

2.4 Rotações

As rotações ou giros são a medição total do número de


giros realizados por um componente rotativo, motor
ou máquina durante uma unidade de tempo. O valor é
expresso em rotações por minuto – RPM.

O Instrumento que mede as Rotações de um motor


chama-se, tecnicamente, de tacômetro ou, como é mais
conhecido, de conta-giros.

2.5 Reduções

As transmissões por engrenagens transferem o movimento rotativo de um eixo para


outro e permitem, assim, uma infinidade de opções para a transmissão da Força (Torque)
e das Rotações (Velocidade). No caso em que uma engrenagem menor aciona outra
maior, haverá a aplicação do “efeito alavanca” e, consequentemente, um aumento do
Torque (Força). Como consequência, haverá uma perda proporcional de rotações que
se traduzirá (no caso de um veículo) por uma diminuição da velocidade.

31
Regra: Mais Força (Torque) = Menor Velocidade!

2.6 Trem de Força

Denomina-se Trem de Força o conjunto responsável pela tração


do veículo, desde o motor, passando pela embreagem, caixa de
mudanças, árvore de transmissão (cardã) e eixo traseiro. Na
transmissão, a caixa de mudanças tem por finalidade adequar o
torque do motor à velocidade do veículo em função da situação
de operação (subida, descida, reta, curva etc.).

Nos veículos pesados e extrapesados a disponibilidade de diferentes relações


de redução (número de marchas) é maior, justamente para facilitar a adequação,
permitindo explorar melhor a faixa de torque do motor. A relação de redução final
de um veículo é determinada, levando-se em consideração as relações de redução
disponíveis desde a caixa de mudanças até as rodas de tração. Por exemplo: em um
veículo onde a relação de redução da 1ª marcha baixa ou reduzida é de 15,39: 1, o
motor terá que dar 15,39 voltas para cada volta da árvore de transmissão (cardã),
quando engrenada esta marcha.

32
2.7 Tacógrafo

Um equipamento importante na condução


é o tacômetro, mais conhecido como conta
– giros. Este instrumento mede as rotações
do motor realizadas em uma unidade de
tempo. Nestes casos, o valor é expresso
em rotações por minuto. Saber utilizar o
conta-giros vai ser muito importante para a
condução econômica.

2.8 Resistência ao Deslocamento

Sobre um veículo em marcha, existem forças que tendem a freá-lo naturalmente. Estas
forças chamadas resistência ao deslocamento devem ser superadas da melhor forma
possível pela propulsão do motor. Neste ponto, a aplicação de técnicas adequadas
é de fundamental importância para um melhor aproveitamento do combustível e
dos procedimentos que visam poupar o veículo. As resistências ao deslocamento se
classificam da seguinte forma:

2.8.1 Inércia

Inércia é a resistência que todos os corpos materiais opõem à


modificação do seu estado de movimento. Para colocar um
veículo em movimento, é necessário vencer a inércia de sua
massa em repouso. Considerando-se este procedimento em um
terreno plano, podemos acrescentar que a energia (esforço)
empregada em um dado momento para manter este veículo em
movimento é menor que a energia necessária para colocá-lo em
movimento.

33
Quanto maior a massa e a velocidade de um veículo, maior será sua inércia. Isto
explica porque um veículo com 45 toneladas exige maiores distâncias, tanto para
atingir determinada velocidade quanto para frear, que um carro de passeio. Pela
importante influência que a inércia exerce sobre a operação ela deve ser considerada
nos procedimentos, ou seja:

• Aproveitar a inércia quando está a nosso favor (aproveitar o embalo nas


situações propícias).

• Dominá-la com habilidade quando se mostra contrária a nossa intenção (nas


frenagens ou acelerações).

2.8.2 Resistência ao Rolamento do Veículo

A resistência ao rolamento do veículo provém do trabalho de deformação exercido


sobre os pneus e sobre o piso. Esta resistência é basicamente determinada ou
influenciada pelos seguintes fatores:

• Tipo de pneus: os pneus radiais possuem um índice de resistência ao rolamento


mais baixo uma vez que a banda de rodagem se deforma menos que a de pneus
diagonais.

• Tamanho dos pneus: o índice de resistência ao rolamento é menor à medida


que se aumenta diâmetro dos pneus, pois a banda de rodagem se deforma
menos.

34
• Estado das estradas: o tipo de pavimento, o estado de conservação e outras
condições como, por exemplo, pistas molhadas, influenciam na resistência ao
rolamento através do esforço adicional para o deslocamento.

• Carga sobre as rodas: o aumento de carga sobre as rodas também aumenta


a resistência ao rolamento uma vez que a superfície de apoio dos pneus
(achatamento) é maior em consequência da energia de flexão.

• Pressão de inflação dos pneus: a pressão baixa aumenta a superfície de apoio


dos pneus e com isto a resistência ao rolamento. Também o desgaste dos
pneus é acelerado. A pressão excessiva reduz a resistência ao rolamento,
porém diminui a durabilidade dos pneus e da suspensão, bem como afeta o
conforto.

2.8.3 Resistência Exercida pelo Ar

A resistência exercida pelo ar varia em


função dos seguintes itens:

• Forma e superfície frontal do


veículo;

• Velocidade do veículo;

• Velocidade e direção do vento.

35
Em velocidades baixas a resistência oferecida pelo ar é desprezível. A resistência
exercida pelo ar só deve ser considerada para velocidades acima de 55 km/h. A
determinação do tipo de carroceria, a disposição da carga em carrocerias abertas e a
instalação de aerofólios, quando necessário, são ações possíveis no sentido de diminuir
a resistência do ar ao deslocamento do veículo.

2.8.4 Resistência Exercida pela Gravidade

A ação da gravidade sobre o veículo


impõe a mais influente das resistências
ao deslocamento a ser considerada. A
influência da gravidade torna-se mais
evidente e exige a aplicação de técnicas
especiais de operação em aclives (subidas),
onde pode exercer grande influência sobre
o consumo de combustível.

Ao subir um aclive de 5% a 40 km/h um


caminhão de 38 toneladas necessita de
pelo menos quatro vezes mais combustível
que para trafegar a 80 km/h sobre uma
estrada plana.

2.9 Força de Atrito

Provavelmente você já precisou empurrar um móvel pesado em casa, ação que pode
ter lhe causado o seguinte problema: além de termos que arrastar o móvel, o chão
pode ficar todo arranhado. Quando se tem um móvel com muitas coisas dentro e você
precisa movê-lo, a primeira coisa que se faz é esvaziar o móvel, deixando-o totalmente
vazio. Mas nem sempre adianta, pois ele pode ser muito pesado, mesmo estando vazio.
O enorme móvel tem que ser deslocado da cozinha para a sala, mas com seu peso, a
tarefa se torna quase impossível!

36
Em nosso dia a dia, sempre encontramos alguma forma de resistência sempre que
tentamos mover alguma coisa, mesmo que seja mínima: quando empurramos um carro
quebrado ou quando uma criança brincando com o vento, colocando a mão para o lado
de fora do carro em movimento. Podemos verificar que existe, em quase todos os
movimentos que executamos, um movimento contrário à força que estamos exercendo,
esse movimento contrário é o que chamamos de força de atrito.

A força de atrito nos auxilia em muitos


aspectos. Por exemplo, quando andamos,
estamos empurrando o chão para trás e este
nos empurra para frente, permitindo que
andemos. Imagine se caminhássemos sobre
uma superfície de gelo, ou mesmo por um
chão cheio de cera, teríamos problemas para
nos deslocar, pois não haveria atrito. Um
automóvel anda para frente quando seus
pneus “empurram” o chão para trás e estes o
empurra para frente. Quando o caminhão faz
uma curva, isso ocorre porque existe força de
atrito entre o pneu e o chão; se não houvesse
esse atrito o carro sairia reto nas curvas.

Quando um caminhão faz uma curva descreve um movimento que os físicos chamam de
movimento circular, pois ao girar a direção para que as rodas do veículo acompanhem
o traçado da curva, o movimento realizado, caso o motorista não mude a direção,
assemelha-se a um círculo.

Quando faz a curva, o caminhão tende a sair lateralmente para fora da pista. A força
que não deixa que o caminhão capote para fora da pista é chamada de força centrípeta.
De acordo com a primeira lei da inércia, já estudada anteriormente, a velocidade de um
corpo em movimento e sua direção permanecem constantes se nenhuma força atuar
sobre ele. As circunstâncias de um movimento circular são diferentes: neste caso é
necessário existir uma força centrípeta, que é direcionada ao eixo de rotação, que é
centro do círculo que o caminhão faria caso não retomasse a direção quando a curva
acabasse.

Quando o motorista utiliza incorretamente os freios ou entra na curva em velocidade


acima da permitida, ele corre sérios riscos de fazer com que a força centrípeta, que
é provocada pelo atrito dos pneus com o chão quando o caminhão faz a curva, não

37
seja suficientemente grande para segurar o caminhão na pista. Dirija com prudência,
respeitando os limites de velocidade e não submeta o equipamento (veículo) a uma
condição para a qual ele não está preparado.

Quando a força que está sendo feita sobre um objeto é suficiente para movimentá-
lo, a força de atrito passa a ter seu valor constante. Nessa situação ele é chamado
de atrito dinâmico. Um exemplo muito comum desse tipo de atrito acontece quando
empurramos um carro: inicialmente começamos a aplicar uma determinada força
para que o carro comece a andar. Quando o carro é colocado em movimento, a força
que necessária que então fazemos para empurrar o carro é menor do que a força que
fizemos quando o carro ainda estava parado.

hh
Um exemplo muito interessante de atrito dinâmico é o
funcionamento do sistema de freios de serviço conhecido como
ABS. O sistema de freios antitravamento, antilock braking
system – ABS funciona por meio do aproveitamento do atrito
dinâmico, aplicando o conceito de girar e não travar.

Ao contrário do que pensam alguns, o menor espaço de freada é obtido com os pneus
girando no limite da aderência ao chão, e não com as rodas travadas. Daí a necessidade
de se modular (dosar) a aplicação dos freios. Isso pode ser conseguido pelo motorista
em piso seco e plano, mas se torna difícil para muitos em uma freada de emergência,
sobre piso molhado, escorregadio ou mesmo em curva. É nesse momento que entra o
funcionamento o ABS aproveitando o atrito dinâmico.

Como funciona?

O sistema é composto por sensores eletrônicos de rotação instalados junto às rodas,


um microprocessador central e um modulador hidráulico (conjunto de válvulas
eletromagnéticas). Quando os sensores detectam um travamento de roda, enviam um
sinal para a central eletrônica de controle do sistema de freios, que passa ao modulador
as instruções para aumentar ou reduzir a pressão do fluido de freio sobre cada cilindro
de roda. O ABS pode chegar a soltar totalmente os freios de uma roda e manter a
pressão sobre as demais, se necessário for, tudo em frações de segundo. O motorista
não precisa tomar qualquer medida para o ABS atuar, além de acionar o pedal do freio
de serviço.

38
Não frear em curvas é um antigo conselho, mas que perde um pouco a validade nos
caminhões com ABS mais modernos. Muitos deles vêm com distribuição eletrônica de
pressão de frenagem entre os eixos (EBD), que evita desequilíbrios na atuação dos
freios e permite, até certo ponto, aplicá-los em curva. Claro que não se deve abusar,
mas é sempre bom poder contar com o sistema.

Um erro conceitual muito comum é pensar que o ABS reduz a

ee distância de freada em todas as situações. Como o sistema


apenas aproveita melhor o potencial de frenagem de cada roda,
a distância efetiva de frenagem não será menor do que um a
distância de que um sistema de freios sem ABS necessita para
parar o veículo em condições ideais de aderência.

Considere também que a possibilidade de superaquecimento dos freios uso prolongado


e intensivo ou numa grande solicitação, independe do antitravamento. Portanto,
mantenha distância segura do carro à frente, freie antes de tomar as curvas, use freio-
motor (marchas inferiores) em descidas e ande devagar em pisos de baixa aderência,
como você faria se seu carro não tivesse o dispositivo ABS.

2.10 Freio de Serviço

Denomina-se freio de serviço o sistema de freio acionado pelo pedal localizado ao


lado do acelerador. O acionamento pode ser hidropneumático ou pneumático, porém
sempre dividido em dois circuitos independentes, sendo um para o eixo dianteiro e
outro para o(s) eixo(s) traseiro(s).

A utilização correta do freio de serviço é um fator importante para a condução


econômica, porém é muito mais importante para a segurança. O freio de serviço deve
ser empregado o mínimo indispensável, como em parada total do veículo, correções de
velocidade em declives acentuados ou em situações de emergência. Outras maneiras
de frear o veículo devem ser exploradas ao máximo pelo motorista, tais como reduções
de marchas e freio motor. A duração da aplicação de freio de serviço deve ser a mínima
possível.

39
Em descidas longas, como nas serras, não acione continuamente

ee o freio de serviço. É preciso controlar a velocidade dosando aos


poucos sua aplicação. Fique atento ao trânsito e às condições da
via, antecipando suas reações, para que não seja sempre
necessário o emprego do freio de serviço na desaceleração do
veículo.

Cabe ao motorista a responsabilidade pela observação do desempenho dos freios. Sua


atenção tem de ser redobrada ao dirigir nas seguintes situações:

• Após a troca de lonas ou reparos no sistema de freios. Durante o período de


assentamento entre as lonas e o tambor ou pastilhas e disco, a eficiência dos
freios fica reduzida.

• Após a troca de veículo. Cada veículo tem um comportamento característico,


ao qual o motorista tem que se adaptar.

• Após a lavagem do veículo ou ao trafegar em pistas molhadas. A frenagem


feita com as lonas ou pastilhas molhadas é deficiente e às vezes desequilibrada
(puxa para um lado).

2.11 Freio Motor

O principal objetivo do freio-motor é o


de diminuir a velocidade do veículo pela
retenção da saída dos gases da descarga.
Isso provoca uma contrapressão em cima
dos pistões do motor e, consequentemente,
cria uma força de retenção que é repassada
aos componentes de transmissão e,
finalmente, nas rodas do veículo. O freio
motor é um sistema de freio auxiliar que
deve ser empregado tanto em frenagens
prolongadas em longos declives como
para desacelerações em tráfego normal.

40
Quanto mais reduzida for a marcha engrenada na caixa de mudanças, maior será a
eficiência do freio motor. A correta utilização do freio motor não causa danos ao motor
e permite prolongar a vida útil das guarnições e tambores de freio. Em longos declives,
a utilização do freio motor poupa o freio de serviço, assegurando sua total eficiência
em caso de eventuais emergências.

A eficiência do freio-motor é proporcional à elevação dos giros do motor, ou seja,


quanto mais alto o giro do motor, maior a ação contrária ao sentido de aceleração do
veículo.

Nas decidas, isto implica em uma avaliação e decisão do condutor em escolher uma
marcha suficientemente reduzida permitindo assim um giro eficiente do motor e,
consequentemente, a não utilização dos freios antes de todas as curvas.

2.12 Freio Manual do Reboque ou Semirreboque

O freio manual do reboque ou semirreboque pode ser acionado nas seguintes


circunstâncias:

• Em pistas molhadas ou escorregadias:

Acione primeiramente o freio-manual o suficiente para iniciar a frenagem do reboque


ou semirreboque. Somente após iniciar a frenagem do reboque ou do semirreboque,
acione o freio de serviço do veículo.

• Em declives acentuados:

Nestas condições, o reboque ou semirreboque tem a tendência de “empurrar” o veículo


trator. Utilizando-se moderadamente o freio manual este inconveniente poderá ser
eliminado.

Não faça uso do freio manual por um tempo demasiadamente prolongado, como
por exemplo, para controlar a velocidade do veículo em declives. Este procedimento
provoca um superaquecimento e a consequente redução na eficiência dos freios. Em
condições normais de desaceleração ou controle da velocidade do veículo, utilize os
sistemas auxiliares de freio (redução de marchas, freio motor, retardador) e o freio de
serviço.

41
Em condições normais de desaceleração ou controle da velocidade do veículo, utilize
os sistemas auxiliares de freio (redução de machas, freio motor, retardador) e o freio
de serviço.

Em hipótese alguma o freio manual do reboque ou semirreboque substitui o uso dos


outros freios. Existem, na prática comercial do transporte de cargas, condutores que
tracionam reboques e semirreboques de terceiros, buscando fazer uso dos freios
destes a fim de economizar os freios do cavalo mecânico. Essa pratica é um absurdo,
que coloca em risco a carga transportada, todo equipamento, a vida do condutor e de
outras pessoas.

2.13 Velocidade Média

A velocidade média de um veículo que percorre um determinado trajeto é determinada


através da seguinte equação:

Velocidade Média = Distância/Tempo

A obtenção de velocidades médias mais altas é um dos principais objetivos da condução


econômica, pois reduz o tempo gasto nas viagens. Quanto maior o percurso, mais
significativa pode ser a redução no tempo.

O aumento da velocidade média tem sua importância evidenciada se considerarmos


fatores limitadores de velocidade que são imutáveis, tais como velocidade máxima
estipulada por lei ou pelas condições de segurança na operação.

A única forma possível de se obter a elevação da velocidade média é melhorar o


desempenho nos trechos onde as velocidades mínimas e médias são passíveis de
serem aumentadas através do emprego das técnicas de Condução Econômica, como
por exemplo, em aclives.

42
Resumindo

Quando se fala em condução econômica logo se pensa na economia de


combustível. Porém, a condução econômica é um conceito muito mais
amplo, abrangendo, além da economia de combustível, a maior durabilidade
de componentes sujeitos a desgastes, tais como o motor, embreagem,
freio, pneus etc. A condução econômica também diminui a necessidade de
manutenção corretiva, que muitas vezes ocorre por causa das “panes” ou
“quebras” durante a viagem.

43
Atividades

aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. O sistema de freios
antitravamento, antilock braking system – ABS funciona por
meio do aproveitamento do atrito estático, aplicando o
conceito de girar e não travar.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

2) Julgue verdadeiro ou falso. Denomina-se freio de serviço o


sistema de freio acionado pelo pedal localizado ao lado do
acelerador.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

44
Referências

DETRAN. Direção Defensiva e Prevenção de Acidentes. Recife, 2002. Disponível em:


<http://www.detran.pe.gov.br>. Acesso em: 6 jul. de 2006.

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NOVAES, PASSAGLIA, E., A. G VALENTE, A. M. Gerenciamento de Transporte e Frotas.


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www.webonius.com.br>. Acesso em: 6 jul. 2017.

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www.webonius.com.br>. Acesso em: 6 jul. 2017.

45
UNIDADE 4 | REGRAS PARA
A PRÁTICA DA CONDUÇÃO
ECONÔMICA – PARTE 1

46
Unidade 4 | Regras para a Prática da Condução
Econômica – Parte 1

1 Introdução

São regras e procedimentos recomendados para a condução econômica:

• Guiar com previsão

• Operar na faixa ideal de rotação

• Sempre que possível pular marchas

• Não acelerar durante a troca de marchas

• Aproveitar a inércia do veículo

• Utilizar corretamente os freios

• Trafegar somente com o veículo engrenado

• Manter os pneus calibrados

• Acompanhar o desempenho do veículo

• Manter o motor eletrônico funcionando adequadamente.

Agora vamos estudar detalhadamente cada uma dessas regras.

2 Guiar com Previsão

Guiar com previsão é um dos principais pontos para economizar combustível e preservar
o veículo, vamos estudar as principais ações a fazer.

47
hh Não freie nem acelere sem necessidade.

A aplicação desta regra exige do motorista uma atenção constante quanto às situações
que influenciarão na operação do veículo e nas atitudes a serem tomadas perante as
mesmas. A isto se denomina previsão, ou seja, uma visão antecipada do que deverá ou
poderá acontecer. A previsão permite que se tomem providências que economizam
combustível, poupam os freios, embreagem e, principalmente tornam a operação
muito mais segura.

Apresentamos a seguir alguns exemplos de situações onde se deve aplicar esta regra:

Paradas obrigatórias e semáforos: Neste caso o motorista deve estar atento a


situações que exigem a desaceleração do veículo, tais como um sinal vermelho ou
amarelo, trânsito lento ou parado adiante, cruzamento ou entrada em vias preferenciais.
Os procedimentos corretos para desacelerar o veículo incluem atos como: tirar o pé
do acelerador, aplicar freio motor, reduzir marchas e só utilizar o freio de serviço na
finalização do procedimento de desaceleração.

Entrada em vias preferenciais: Sempre que possível observar com antecedência o


fluxo de veículos na via que se vai entrar ou cruzar. O motorista deve se preparar para
fazê-lo com a menor desaceleração possível sem comprometer a segurança ou infringir
regras de trânsito. Este procedimento visa, além de evitar frenagens e arrancadas
desnecessárias, permitir a entrada em vias preferenciais com velocidades compatíveis
com o fluxo do tráfego.

Preparação para início de declives: Aplicar o freio motor ou freio de serviço


imediatamente após retirar o pé do acelerador, é um procedimento que só se justifica
em situações imprevistas, pois dessa forma os gastos de combustível e de freios são
maiores. Ao se aproximar de um declive, o motorista pode retirar antecipadamente o
pé do acelerador e deixar o veículo rolar até o início da descida, aproveitando assim a
inércia do veículo e a pequena desaceleração que pode ocorrer. Poupa-se combustível
até começar a descida e freios durante a descida, uma vez que o veículo demorará um
pouco mais para ganhar velocidade.

48
3 Utilizar Câmbios, Acelerador e Freios Corretamente

O motor tem mais força e consome menos combustível quando trabalha em rotações
médias. É a chamada faixa de torque do motor que, no caso de veículos equipados com
tacômetro (conta-giros) é indicada pela faixa verde, conforme pode ser verificado na
figura a seguir:

• Faixa operacional torque (verde)

• Faixa de atuação do freio-motor


(amarela)

• Faixa de perigo de sobre rotação


do motor (vermelho)

Regra: Qualquer motor tem o seu maior torque junto com o seu menor consumo de
combustível!

O condutor deve então acionar (escolher) as reduções (marchas) sempre de acordo


com as rotações do motor na sua faixa ideal, ou seja, do torque máximo. O tacômetro
(conta-giros) indica de forma permanente a quantos giros (RPM) encontra-se o
motor bem como a sua situação de torque e, consequentemente, o seu consumo de
combustível naquele momento.

A faixa verde indica uma ampla situação de consumo, na sua maior parte chamada de
aceitável. O condutor deve procurar manter o giro do motor o maior tempo possível no
meio da faixa verde, isto é, motor tracionando. Conforme descrito, a faixa recomendada
para a operação é a faixa operacional torque, que varia entre 1000 a 1500 RPM. Nessa
faixa o veículo apresenta o maior torque com o menor consumo de combustível.

3.1 Pular Marchas Sempre que Possível

Através de uma série de engrenagens, a caixa de marchas permite ao condutor a


escolha de várias reduções corretas em função da necessidade do momento. A escolha
da marcha certa determinará sempre o maior torque (força) do motor, o que diminui o
consumo de combustível.

49
O objetivo de “pular marchas” é reduzir o número de mudanças de marchas durante a
operação. A redução do número de mudanças de marcha poupa os componentes do
sistema de embreagem e também componentes da caixa de mudanças, tais como, anéis
sincronizadores, garfos, luvas e corpos de engate. Além do prolongamento da vida
útil dos componentes mecânicos da transmissão, a redução do número de mudanças
de marchas permite o aumento da velocidade média e a redução no consumo de
combustível.

Para comprovar as vantagens decorrentes da aplicação desta regra, basta lembrar


que a cada acionamento da embreagem, ocorre um desligamento entre o motor e a
transmissão e portanto, o veículo permanece sem tração durante este tempo.

Assim, ao primeiro sinal de diminuição da velocidade ao iniciar uma subida, o motorista


tem o impulso de imediatamente reduzir uma marcha para não perder embalo. Este
procedimento precipitado faz com que o motor trabalhe com rotações acima da
faixa de torque, portanto, com pouca força para sustentar a velocidade, o que exigirá
rapidamente outras trocas de marchas e assim sucessivamente. O procedimento
recomendado nessa situação é deixar cair a rotação, entrando na faixa de torque e
permanecer o maior tempo possível, aproveitando assim o melhor rendimento do
motor.

A redução de marcha só deverá ser feita quando a rotação do motor estiver próxima
do limite inferior da faixa de torque. Ai então se reduz duas ou mais marchas de uma só
vez. Para diminuir o tempo que o veículo fica sem tração em uma subida, além de pular
marchas, recomendamos que as mudanças sejam feitas o mais rápido possível.

Mantenha o hábito de sempre sair com o veículo parado em

ee primeira marcha. A inércia da massa parada tem que ser vencida.


A única exceção é numa situação do veículo parado em descida.
Nessa situação é possível engatar a segunda marcha, deixar o
veículo andar devagar e soltar a embreagem.

Câmbio bem operado = Força controlada + consumo de combustível mínimo +


mecânica preservada

50
3.2 Não Acelerar durante a Troca de Marchas

A aceleração intermediária e a dupla debreagem na troca de marchas são procedimentos


necessários na operação de veículos equipados com caixas de mudanças secas (não
sincronizadas).

Como costume ou enfeite a aplicação destes procedimentos em veículos equipados


com caixas de mudanças sincronizadas não é recomendada devido aos gastos
desnecessários que os mesmos acarretam. Reduz-se praticamente pela metade a vida
útil dos componentes da embreagem e da caixa de câmbio, aumenta o consumo de
combustível e o desgaste físico do motorista.

3.3 Aproveitar a Inércia do Veículo

Na aplicação dos conceitos da condução econômica a aceleração para aumento


de velocidade deve ser feita de forma lenta e gradual, pois a tentativa de alcançar
velocidades maiores em pouco tempo implica em um aumento considerável de consumo
de combustível sem o proporcional aumento na velocidade média. Além disto, deve-se
prestar atenção nas forças de atrito contra o ar e contra a pista.

Resumindo

Para se obter uma condução econômica, é fundamental que o condutor


aplique os conceitos teóricos na realização dos procedimentos e regras
ditados pela prática. Somente assim, o motorista estará tirando o máximo
de rendimento do veículo e até mesmo preservando sua saúde.

51
Atividades

aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. São algumas das regras e
procedimentos recomendados para a condução econômica:
aproveitar a inércia do veículo, manter os pneus calibrados e
não acelerar durante a troca de marchas.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

2) Julgue verdadeiro ou falso. Nas paradas obrigatórias e


semáforos, o motorista dever aplicar o freio motor ou freio
de serviço imediatamente após retirar o pé do acelerador.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

52
Referências

DETRAN. Direção Defensiva e Prevenção de Acidentes. Recife, 2002. Disponível em:


<http://www.detran.pe.gov.br>. Acesso em: 6 jul. de 2006.

FORD. Manual de Direção Defensiva. São Paulo: Ford, 2001.

MERCEDES BENZ. Administração e Transporte de Cargas: Planejamento e


Racionalização. Gerência de Marketing. São Paulo, 1988/1989.

MERCEDES BENZ. Informações Técnicas para Operação de Veículos. Gerência de


Marketing. São Paulo, 2000.

NOVAES, PASSAGLIA, E., A. G VALENTE, A. M. Gerenciamento de Transporte e Frotas.


Florianópolis: Ed. Pioneira Thomson Learning, 2001.

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SGS/TR. Florianópolis: UFSC, 2002. Tese de Doutorado em Engenharia de Produção.

CARGA E TRANSPORTE. Carga e transporte. nº 101-104. São Paulo: Editora Técnica


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UELZE, Reginald. Transporte e Frotas. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1978.

WEBONIBUS. Condução Econômica. Portal da internet, 2017. Disponível em: <http:\\


www.webonius.com.br>. Acesso em: 6 jul. 2017.

WEBONIBUS. Direção Defensiva. Portal da internet, 2017. Disponível em: <http:\\


www.webonius.com.br>. Acesso em: 6 jul. 2017.

53
UNIDADE 5 | REGRAS PARA
A PRÁTICA DA CONDUÇÃO
ECONÔMICA – PARTE 2

54
Unidade 5 | Regras para a Prática da Condução
Econômica – Parte 2

1 Introdução

A condução econômica envolve regras e procedimentos de direção que utilizam


os conceitos teóricos para que o condutor possa dirigir seu veículo com segurança,
evitando acidentes, e tirando o máximo de aproveitamento das características técnicas
do veículo.

2 Utilizar Corretamente os Freios

A utilização racional dos sistemas de freios disponíveis em um veículo (freio


motor, retardador, freio de serviço) é um procedimento que influencia bastante na
determinação da vida útil dos tambores, lonas, válvulas de freio, suspensão e pneus.
Mais importante que a economia possível, é a manutenção dos níveis de segurança
com a correta utilização dos freios.

Especial atenção quanto a esta regra deve ser observada na operação em longos
trechos em declive. Nesta situação, para manter velocidades compatíveis com a
segurança, deve-se utilizar ao máximo as reduções de marchas, freio motor ou
retardador. O sistema de freio de serviço deve ser poupado, sendo utilizado apenas
para correções de velocidade e de rotações do motor. Deve ser utilizado em aplicações
firmes e rápidas.

55
3 Trafegar Somente com o Veículo Engrenado

Em hipótese alguma o veículo deverá trafegar desengrenado, principalmente nos


trechos em declive. Primeiro por razões óbvias de segurança e de ordem legal. Segundo
porque nas condições de operação em declives, sendo o motor impulsionado pela
transmissão e o acelerador não acionado, o consumo de combustível é nulo.

A aplicação das regras de condução econômica e de segurança

ee ao percorrer um trajeto em declive, só é possível com o veículo


engrenado.

4 Manter os Pneus Calibrados

Em vias com pavimento deficiente, o veículo deve ser conduzido cuidadosamente,


visto que eventuais impactos podem danificar o aro de roda, ocasionando imediata
perda de ar do pneu.

Procure manter os pneus sempre corretamente calibrados. A pressão de inflação deve


ser comprovada com os pneus frios pelo menos uma vez por semana. Após conduzir o
veículo por algum tempo os pneus se aquecem e, em consequência do calor, a pressão
de inflação se eleva. Em hipótese alguma esvaziar os pneus aquecidos para restabelecer
a pressão de inflação recomendada.

Não operar o veículo com os pneus abaixo da pressão. Um pneu inflado abaixo da
pressão recomendada para a carga a ser transportada gera aumento no consumo
de combustível, desgaste rápido e irregular, além do aquecimento excessivo. O
aquecimento excessivo provoca deterioração do corpo do pneu, podendo resultar na
sua destruição repentina.

56
Não se pode também operar o veículo com os pneus acima da pressão, pois isso
provoca desgaste rápido e irregular e enfraquece o encordoado do pneu reduzindo sua
capacidade de absorção de choques da estrada. Aumenta também o perigo de cortes,
protuberâncias e furos, e pode gerar um esforço excessivo sobre os anéis, provocando
sua falha.

Ao passar por obstáculos e desníveis abruptos no solo, ou se necessitar subir em


guias de calçadas, faça-o lenta e perpendicularmente, pois impactos violentos com
obstáculos dessa natureza podem causar danos imperceptíveis aos pneus, capazes de
provocar acidentes futuros.

hh
Não utilize pneus recauchutados nas rodas dianteiras. A
utilização de aros ou componentes quebrados, trincados,
desgastados ou enferrujados pode resultar em falha do conjunto
e criar uma condição operacional de risco. A utilização de aros
de roda recuperados não é recomendada em hipótese alguma.

Aros danificados devem ser imediatamente substituídos, pois qualquer tentativa


de recuperação pode alterar totalmente suas características originais, afetando
seriamente a segurança do veículo e de seus ocupantes.

57
5 Acompanhar o Desempenho do Veículo

Através do acompanhamento do consumo de combustível pode-se avaliar com precisão


o desempenho do veículo, bem como da operação do mesmo. Este acompanhamento
deve ser complementado com o da manutenção do veículo.

6 Manter o Motor Eletrônico Funcionando Adequadamente

Para ser considerado “eletrônico” o motor precisa ser gerenciado por uma Unidade
de Controle Eletrônico, também conhecida como ECU. Esta ECU recebe informações
sobre o funcionamento do motor através de sensores diversos e também informações
que vem da operação realizada pelo motorista (ex.: posição do pedal do acelerador),
da transmissão, do veículo (velocidade) etc.

A ECU informa para o motor sinais que controlam parâmetros tais como injeção de
combustível, pressão da turbina, ponto de injeção etc.

O conceito de motor eletrônico está associado ao gerenciamento do motor e não ao


sistema de injeção de combustível do mesmo, sendo que existe mais de um tipo de
equipamento de injeção eletrônica de combustível em motores movidos a diesel.

O sistema de injeção eletrônica mais utilizado pelos fabricantes de veículos é o


Commom Rail (tubo comum, em inglês). De acordo com os fabricantes de motores, este
equipamento aumenta a potência e proporciona maior torque em baixas rotações,
além de reduzir o consumo de combustíveis e os níveis de ruídos e de emissões de
poluentes.

O Common Rail permite a injeção direta de combustível na quantidade e no tempo


exato, eliminando o uso da bomba injetora convencional (mecânica). A partir dos
dados fornecidos pela Unidade de Controle Eletrônico (ECU), a unidade determina
a quantidade e momento da injeção, sendo que cada unidade injetora alimenta um
cilindro. A bomba de combustível alimenta o Common Rail com combustível em alta
pressão para que chegue aos bicos injetores, daí a injeção é feira por meio de um sinal
elétrico vindo da ECU.

58
A injeção é feita em duas etapas, a pré-injeção e a injeção principal. O início da pré-
injeção é variável em função da rotação e solicitação do motor. A quantidade de diesel
injetado varia de acordo com o curso do pistão do cilindro, sendo que de acordo com
a posição do cilindro acontece uma chama na câmara de combustão e, em seguida, a
injeção principal ocorre diretamente sobre o êmbolo – o início da injeção e volume de
combustível injetado também variam em função da rotação do motor.

Os resultados dos motores com injeção eletrônica são rendimentos mais altos,
economia de combustível e de componentes do veículo.

O motor eletrônico é um grande aliado do motorista, pois ele consegue calcular a


injeção ideal de combustível para cada situação, auxiliando o motorista a conduzir o
veículo da maneira mais econômica possível.

Alguns sintomas podem indicar avarias no sistema, por exemplo:

• falta de potência e torque;

• consumo elevado de combustível;

• falha de funcionamento do motor;

• excesso de fumaça, entre outras.

Os principais sensores encontrados em um motor com gerenciamento eletrônico são:

• Sensor de rotação.

• Sensor de posição do acelerador

• Sensor de baixa pressão de combustível, que detecta baixa pressão de


combustível na linha de sucção.

• Sensor de temperatura, nível e qualidade do óleo lubrificante.

• Sensor de fase Ponto Morto superior (PMS), que indica ao módulo o


posicionamento do primeiro cilindro, antes do PMS.

• Aquecedor, que aquece os gases de respiro do motor antes de entrarem no


coletor de admissão.

• Sensor de temperatura do motor.

59
• Sensor de temperatura de combustível.

• Sensor de excesso de combustível no Common Rail (tubo comum ou flauta),


quando for este o modelo de injeção eletrônica adotado pelo fabricante do
motor eletrônico.

Resumindo

Alguns dos fatores que mais contribuem para o alto consumo de combustível
e de outros recursos e que podem ser evitados pelo condutor são:

• Altas rotações no motor;

• Baixas rotações no motor com aceleração máxima;

• Arrancadas violentas;

• Uso incorreto dos freios;

• Pneus descalibrados, em especial com baixa pressão;

• Excesso de velocidade;

• Excesso de peso.

Ao utilizar estes conselhos, além de conduzir mais economicamente, você


conseguirá conduzir com mais segurança, o que o torna mais competitivo
dentre os profissionais do transporte de cargas. Além destas dicas, procure
mais informações nas concessionárias e nos cursos oferecidos pelo SENAT.

60
Atividades

aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Nos trechos em declive o
veículo deverá trafegar desengrenado.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

2) Julgue verdadeiro ou falso. A pressão de inflação deve ser


comprovada com os pneus frios pelo menos uma vez por
semana.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

61
Referências

DETRAN. Direção Defensiva e Prevenção de Acidentes. Recife, 2002. Disponível em:


<http://www.detran.pe.gov.br>. Acesso em: 6 jul. de 2006.

FORD. Manual de Direção Defensiva. São Paulo: Ford, 2001.

MERCEDES BENZ. Administração e Transporte de Cargas: Planejamento e


Racionalização. Gerência de Marketing. São Paulo, 1988/1989.

MERCEDES BENZ. Informações Técnicas para Operação de Veículos. Gerência de


Marketing. São Paulo, 2000.

NOVAES, PASSAGLIA, E., A. G VALENTE, A. M. Gerenciamento de Transporte e Frotas.


Florianópolis: Ed. Pioneira Thomson Learning, 2001.

PORATH, R. Sistemas de Gerência de Segurança para o Trânsito Rodoviário: o Modelo


SGS/TR. Florianópolis: UFSC, 2002. Tese de Doutorado em Engenharia de Produção.

CARGA E TRANSPORTE. Carga e transporte. nº 101-104. São Paulo: Editora Técnica


Especializada.

TRANSPORTE MODERNO. Transporte moderno. nº 305. São Paulo: Editora TM Ltda.

UELZE, Reginald. Transporte e Frotas. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1978.

WEBONIBUS. Condução Econômica. Portal da internet, 2017. Disponível em: <http:\\


www.webonius.com.br>. Acesso em: 6 jul. 2017.

WEBONIBUS. Direção Defensiva. Portal da internet, 2017. Disponível em: <http:\\


www.webonius.com.br>. Acesso em: 6 jul. 2017.

62
UNIDADE 6 | OBJETIVOS E
BENEFÍCIOS DA CONDUÇÃO
ECONÔMICA

63
Unidade 6 | Objetivos e Benefícios da Condução
Econômica

1 Introdução

Para iniciarmos, precisamos entender que dirigir um veículo é uma coisa, operá-lo
corretamente é outra bem diferente! Vamos, juntos, entender e aprender a colocar
em prática essa ideia! Ao longo desse curso vamos aprender os objetivos da busca
de economia ao fazermos nossos deslocamentos, considerando a responsabilidade de
dirigir corretamente, mas com ganhos no consumo de combustível e insumos.

2 Objetivos da Condução Econômica

Os objetivos de praticar a condução econômica envolvem diversos temas, tais como: a


redução do consumo de combustível, do desgaste de peças dos veículos, aumento da
segurança, preservação do meio ambiente etc. Ao aplicar os conceitos da condução
econômica, o motorista pode:

• Reduzir o desgaste físico provocado por horas de trabalho;

• Reduzir o consumo de combustível;

• Reduzir desgastes de componentes mecânicos e custos com manutenção;

• Evitar falhas de operação dos veículos;

• Aumentar a segurança no trânsito;

• Aumentar a velocidade média com segurança;

• Contribuir para manter o valor do veículo;

• Reduzir a contaminação do meio ambiente com a poluição.

64
A prática da condução econômica começa por uma manutenção preventiva dos
veículos, seguida pelo check-list do funcionamento de seus equipamentos antes da
saída do veículo da garagem.

3 Benefícios com a Condução Econômica

A seguir serão apresentados alguns benefícios associados à prática da condução


econômica envolvendo a economia de combustível, a redução do desgaste dos veículos,
maior segurança e menor tempo gasto nos deslocamentos.

3.1 Aumento na Eficiência do Veículo

Uma utilização prolongada do freio de


serviço provoca o superaquecimento
das lonas e pastilhas de freio. Uma
vez superaquecido, o freio de serviço
perde a eficiência, podendo o veículo
ficar totalmente sem freios.

Em relação ao freio-motor, quanto


mais reduzida a marcha engrenada,
maior será sua eficiência, que é
proporcional à elevação dos giros do
motor, ou seja, quanto mais alto o giro do motor, maior a ação contrária à aceleração
do veículo.

Nas decidas, o condutor deverá escolher uma marcha suficientemente reduzida,


permitindo um giro eficiente do motor e, consequentemente, a não utilização dos
freios antes de todas as curvas. Por mais alto que seja o giro do motor, quando o freio-
motor está sendo utilizado, o consumo de combustível se aproxima de zero.

65
Não faça uso do freio manual por um tempo demasiadamente

ee prolongado. Este procedimento provoca um superaquecimento


e a consequente redução na eficiência dos freios. Em condições
normais de desaceleração ou controle da velocidade, utilize o
freio de serviço e os sistemas auxiliares de freio, que são
compostos pela redução de marchas, freio motor e retardador.

3.2 Redução de Desgastes nas Peças dos Veículos

Dirigir com previsão permite ações que diminuem o desgaste

ee dos veículos. Não frear e nem acelerar desnecessariamente


poupa os freios e a embreagem e torna a operação muito mais
segura.

A prática da condução econômica reduz o desgaste das lonas, pastilhas, discos e


tambores de freio. A correta utilização do freio-motor não causa danos ao motor e
permite prolongar a vida útil das guarnições e tambores de freio. Em longos declives, a
utilização do freio-motor poupa o freio de serviço, assegurando sua total eficiência em
caso de eventuais emergências.

Em determinadas condições de operação há uma tendência de elevar a temperatura


do motor, tais como em veículos muito carregados, em aclives prolongados, em
temperaturas ambiente elevadas, ou em grandes altitudes. Nestas condições devemos
trabalhar com rotações mais elevadas, evitando os danos decorrentes de um eventual
superaquecimento.

66
3.3 Redução nos Tempos de Viagem

A obtenção de velocidades médias mais altas é um dos principais objetivos da condução


econômica, pois reduz o tempo gasto pelos motoristas nos deslocamentos. Quanto
maior o percurso, mais significativa pode ser a redução no tempo de deslocamento.
Esta redução pode ser traduzida, também, como uma maior rentabilidade do veículo. A
velocidade média de um veículo que percorre um determinado trajeto é determinada
através do seguinte cálculo:

Velocidade Média = Distância Percorrida / Tempo Gasto

Para o aumento da velocidade média é importante considerar os fatores limitadores


de velocidade, que são imutáveis, tais como: a velocidade máxima estipulada por lei ou
pelas condições de segurança. A única forma possível de elevar a velocidade média é
melhorar o desempenho nos trechos onde as velocidades podem ser aumentadas sem
ocorrer infração da lei, empregando técnicas de condução econômica.

Lembre-se de que se você dirigir com velocidade acima da

ee velocidade máxima da via irá contribui pouco para o aumento da


média de velocidade, mas isso poderá contribuir muito para
causar acidentes

3.4 Aumento na Segurança Durante a Condução

A utilização correta dos freios é um fator importante para a condução econômica, porém
é muito mais importante para a segurança. O freio de serviço deve ser empregado o
mínimo indispensável, como nos casos de parada total do veículo, para correções de
velocidade em declives acentuados ou em situações de emergência. Outras maneiras
de frear o veículo devem ser exploradas ao máximo pelo motorista, tais como reduções
de marchas e freio-motor. A duração da aplicação de freio de serviço deve ser a mínima
possível.

67
Existem condutores que tracionam reboques e semirreboques de terceiros, buscando
fazer uso dos freios destes a fim de economizar os freios do cavalo mecânico. Essa
prática é um absurdo que coloca em risco a vida do condutor e de outras pessoas, e
coloca em risco a carga transportada e todo o equipamento.

Resumindo

Quando se fala em condução econômica, logo se pensa na economia de


combustível. Porém, a condução econômica é um conceito muito mais
amplo que este, abrangendo, além da economia de combustível, uma maior
durabilidade dos componentes sujeitos, tais como o motor, embreagem,
freio, pneus etc. A condução econômica também diminui a necessidade de
manutenção corretiva, reduzindo, assim, os gastos com os veículos.

68
Atividades

aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Uma utilização prolongada do
freio de serviço provoca o superaquecimento das lonas e
pastilhas de freio. No entanto, uma vez aquecido, o freio de
serviço ganha maior eficiência.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

2) Julgue verdadeiro ou falso. A obtenção de velocidades


médias mais altas é um dos principais objetivos da condução
econômica, pois reduz o tempo gasto pelos motoristas nos
deslocamentos.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

69
Referências

DETRAN. Direção Defensiva e Prevenção de Acidentes. Recife, 2002. Disponível em:


<http://www.detran.pe.gov.br>. Acesso em: 6 jul. de 2006.

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Racionalização. Gerência de Marketing. São Paulo, 1988/1989.

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SGS/TR. Florianópolis: UFSC, 2002. Tese de Doutorado em Engenharia de Produção.

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Especializada.

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UELZE, Reginald. Transporte e Frotas. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1978.

WEBONIBUS. Condução Econômica. Portal da internet, 2017. Disponível em: <http:\\


www.webonius.com.br>. Acesso em: 6 jul. 2017.

WEBONIBUS. Direção Defensiva. Portal da internet, 2017. Disponível em: <http:\\


www.webonius.com.br>. Acesso em: 6 jul. 2017.

70
UNIDADE 7 | TECNOLOGIA
DE APOIO À CONDUÇÃO
ECONÔMICA

71
Unidade 7 | Tecnologia de Apoio à Condução
Econômica

1 Introdução

Atualmente alguns equipamentos e novas tecnologias podem auxiliar os motoristas


a praticar a condução econômica. A seguir vamos identificar alguns dispositivos que
podem trabalhar a nosso favor.

2 Motor Flex

Os carros e motores do tipo “flex fuel”, ou seja, que são

ee compatíveis com diferentes tipos de combustível, foram


lançados no Brasil com bastante divulgação e promoção. Estes
novos motores foram lançados como uma alternativa para
reduzir os custos para os motoristas, já que poderiam utilizar
álcool e gasolina. Além da redução dos custos, prometiam
colaborar com o meio ambiente, por reduzirem a emissão de
gases que contribuem para o aquecimento global.

Sem considerar os efeitos no meio ambiente e observando apenas a redução dos


custos, o motorista deve estar atento para os seguintes fatores:

• Um carro flex 1.0, andando a 100 km/hora, rende entre 10 e 11 km com um litro
de álcool e cerca de 13 km com um litro de gasolina;

• Um outro carro 1.0, com motor a gasolina, faz 17 km por litro de gasolina;

• Um carro similar, 100% a álcool, faz aproximadamente 14 km com um litro, ou


seja, um pouco mais que o flex.

72
Portanto, os motores do tipo flex não são
mais econômicos em termos de rendimento
km / litro. No entanto, nos casos em que um
combustível apresente repentinamente muita
variação no seu preço por litro, os motoristas
com carro flex podem se proteger desses
aumentos nos preços, pois podem optar por
outro tipo de combustível. Por exemplo, caso
ocorra um aumento repentino do preço da
gasolina, um motorista que possua um carro
com motor a gasolina não pode escapar desse aumento. No entanto, se o carro for flex,
ele poderá colocar álcool durante este período de aumento nos preços da gasolina.

Os caminhões e ônibus brevemente irão ganhar suas versões

ee flex. Mas cuidado, os combustíveis utilizados nestes veículos


serão o diesel e o gás natural veicular (GNV). Esses novos veículos
possuem uma moderna tecnologia que utiliza o diesel como
combustível para as arrancadas e quando o veículo atinge uma
inércia o motor passa a utilizar o GNV, poluindo menos o meio
ambiente.

3 Vidros Elétricos

Nos carros mais novos, os vidros elétricos possuem um dispositivo que auxilia um
menor desgaste do veículo. Repare que ao acionar o alarme, em carros com travas
elétricas, os vidros se fecham um de cada vez. Este dispositivo contribui para um menor
desgaste da bateria.

Nos carros com vidros elétricos que não sejam automáticos,

ee procure fechar seus vidros um de cada vez e, preferencialmente,


quando o veículo ainda estiver em funcionamento.

73
4 Luzes de Alerta no Painel

Nos veículos mais modernos, existem algumas luzes de alerta no painel. Estas luzes
procuram avisar o motorista quando algo que está acontecendo com o veículo não está
de acordo com as condições ideais. A seguir serão apresentadas as principais luzes de
alerta.

4.1 Partida de Ignição

Dê a partida de ignição do seu veículo com o pedal da embreagem pressionado. Isso


deixa o motor mais leve, economizando a bateria. Ao dar a partida de ignição em seu
veículo, acione a chave até que acendam as luzes do painel e aguarde por pelo menos
10 segundos antes de acionar a partida.

Ao acionar a partida de ignição é recomendável que o veículo não tenha outros


acessórios ligados (lanterna, som etc.). Isso exige muito da bateria, forçando-a a um
desgaste desnecessário e reduzindo sua vida útil. Ligue todos os seus acessórios
somente com o motor do seu veículo em funcionamento. No painel é possível verificar
se algum item ou acessório está ligado antes de dar a partida.

4.2 Óleo do Motor

O painel indica quando o óleo do motor está com nível


abaixo do recomendável. Nessas situações, verifique
as recomendações do fabricante e a quilometragem
para cada troca. Se você circula com seu veículo sempre
em pequenos trajetos, em congestionamentos, e
não costuma trafegar em rodovias, é recomendável
que a troca de óleo seja feita na metade do tempo
recomendado pelo fabricante.

74
hh
Você sabe quais são as especificações do óleo da última troca
que você fez em seu carro? Você costuma deixar essa decisão
para o frentista? Fique atento, pois ele pode ter colocado um
óleo não adequado, que pode comprometer a vida útil do seu
motor. Verifique sempre as recomendações e especificações do
seu veículo.

5 Embreagem e Câmbio Automáticos

Muitas vezes o motorista dirige com o pé apoiado no pedal de embreagem. O peso dos
pés sobre as alavancas do sistema faz com que se multiplique de 8 para 400 quilos o
peso aplicado sobre o pedal.

O pé constantemente apoiado sobre o pedal


acelera o desgaste do disco, molas e rolamentos
em até 40%. Dirigir com a mão apoiada sobre
a alavanca de marchas força o trambulador,
que é uma peça fundamental na ligação entre
o câmbio e as engrenagens da transmissão,
e seus terminais, que podem desgastar-se
excessivamente. Nos carros com câmbio
automático este desgaste não ocorre, pois o
veículo seleciona automaticamente as marchas adequadas para cada velocidade e para
cada situação.

75
6 Injeção Eletrônica

Nos carros com injeção eletrônica, computador de bordo ou outros dispositivos


elétricos, quando houver a necessidade de retirar a bateria para trocas ou para reparos,
evite recolocar a bateria de imediato, pois pode provocar alguma pane no sistema.
Recomenda-se uma espera de 15 minutos entre a retirada e a recolocação, prevenindo
desgastes do conjunto elétrico.

Em carros com injeção eletrônica, se a bateria estiver arriada, ou

ee seja, se a bateria estiver fraca, a central eletrônica não funcionará,


pois necessita de pelo menos oito volts. Nesse caso, se o
motorista fizer o carro “pegar no tranco”, mesmo que o motor
funcione, há ainda o risco da correia dentada não suportar o
tranco e “pular alguns dentes”, quebrando a harmonia de
funcionamento do motor e criando um sério risco de empenar
as válvulas. Nesse caso, o prejuízo será muito grande.

Outro problema decorrente deste hábito é que o combustível não queimado que
descer pelo coletor de escape pode danificar de forma irreversível o catalisador. O
mesmo deve ser evitado em carros com carburador, ou seja, sem injeção eletrônica,
pois esta atitude pode, no mínimo, desregular o ponto de catalisação.

Resumindo

Novas tecnologias veiculares são grandes aliadas dos motoristas, auxiliando-


os a conduzir o veículo da maneira mais econômica possível. No entanto, é
preciso lembrar que a melhor maneira de tirar proveito do veículo é manter
a manutenção em dia, para que todos os sistemas possam funcionar
perfeitamente. O diagnóstico de falhas é realizado por meio de ferramentas
eletrônicas e permite monitorar dados, fazer correções e prevenir as falhas
antes mesmo que elas apareçam. Isso facilita muito o trabalho dos
mecânicos.

76
Atividades

aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Os carros e motores do tipo
“flex fuel”, prometiam a redução dos custos e colaborar com
o meio ambiente, por reduzirem a emissão de gases que
contribuem para o aquecimento global.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

2) Julgue verdadeiro ou falso. Nos carros mais novos, os


vidros elétricos possuem um dispositivo que auxilia um
menor desgaste do veículo. Ao acionar o alarme, em carros
com travas elétricas, os vidros se fecham um de cada vez.
Este dispositivo contribui para um menor desgaste da bateria.

Verdadeiro
( ) Falso
( )

77
Referências

DETRAN. Direção Defensiva e Prevenção de Acidentes. Recife, 2002. Disponível em:


<http://www.detran.pe.gov.br>. Acesso em: 6 jul. de 2006.

FORD. Manual de Direção Defensiva. São Paulo: Ford, 2001.

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Racionalização. Gerência de Marketing. São Paulo, 1988/1989.

MERCEDES BENZ. Informações Técnicas para Operação de Veículos. Gerência de


Marketing. São Paulo, 2000.

NOVAES, PASSAGLIA, E., A. G VALENTE, A. M. Gerenciamento de Transporte e Frotas.


Florianópolis: Ed. Pioneira Thomson Learning, 2001.

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SGS/TR. Florianópolis: UFSC, 2002. Tese de Doutorado em Engenharia de Produção.

CARGA E TRANSPORTE. Carga e transporte. nº 101-104. São Paulo: Editora Técnica


Especializada.

TRANSPORTE MODERNO. Transporte moderno. nº 305. São Paulo: Editora TM Ltda.

UELZE, Reginald. Transporte e Frotas. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1978.

WEBONIBUS. Condução Econômica. Portal da internet, 2017. Disponível em: <http:\\


www.webonius.com.br>. Acesso em: 6 jul. 2017.

WEBONIBUS. Direção Defensiva. Portal da internet, 2017. Disponível em: <http:\\


www.webonius.com.br>. Acesso em: 6 jul. 2017.

78
Gabarito

Questão 1 Questão 2
Unidade 1 V F
Unidade 2 V V
Unidade 3 F V
Unidade 4 V F
Unidade 5 F V
Unidade 6 F F
Unidade 7 V V

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