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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA


BRIGADA MILITAR

CADERNO TÉCNICO DE POLICIAMENTO RODOVIÁRIO

FISCALIZAÇÃO – DIVERSOS

Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga (RNTRC)

2016
174
Sumário
1. CONTEXTUALIZAÇÃO ........................................................................................... 176
2. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL ................................................................................... 177
3. CONCEITOS .............................................................................................................. 177
4. TIPOS DE VEÍCULOS ............................................................................................... 179
5. OBRIGATORIEDADE DO RNTRC ........................................................................... 181
6. CONDIÇÕES PARA O REGISTRO DOS TRANSPORTADORES RODOVIÁRIOS
REMUNERADOS DE CARGAS ....................................................................................... 182
7. FILIAIS DA ETC ........................................................................................................ 183
8. COOPERATIVA DE TRANSPORTE DE CARGAS - CTC ......................................... 183
9. PROIBIÇÕES NO RNTRC ......................................................................................... 183
10. IDENTIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS ...................................................................... 184
10.1. IDENTIFICAÇÃO VISUAL E ELETRÔNICA DOS VEÍCULOS.............................. 184
10.2. RETENÇÃO DE DOCUMENTOS ........................................................................ 186
10.3. FISCALIZAÇÃO DO VEÍCULO E DO TRANSPORTADOR ................................... 187
11. INFRAÇÕES ........................................................................................................... 191
12. AUTO DE INFRAÇÃO ........................................................................................... 195

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REGISTRO NACIONAL DE TRANSPORTADORES
RODOVIÁRIOS DE CARGAS – RNTRC

1. CONTEXTUALIZAÇÃO

O presente caderno técnico visa estabelecer e unificar os procedimentos utilizados


na fiscalização do Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas – RNTRC,
bem como proporcionar uma base de consulta confiável para os Policiais Militares e
estabelecer os mesmos procedimentos de fiscalização nas diferentes regiões do Estado do
Rio Grande do Sul.

 ABREVIATURAS UTILIZADAS

ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres;


CRLV - Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos;
CRNTRC - Certificado de Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de
Cargas;
CTC - Cooperativa de Transporte Rodoviário de Cargas;
CVC - Combinação de Veículos de Carga;
DACTE - Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico;
ETC - Empresa de Transporte Rodoviário de Cargas;
PBT – Peso Bruto Total;
PBTC – Peso Bruto Total Combinado;
TAC - Transportador Autônomo de Cargas;
RN3 - Registro Nacional;
RNTRC - Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas;
TRRC - Transporte Rodoviário Remunerado de Carga.

 BENEFÍCIOS DO RNTRC

Aos Transportadores: regularização do exercício da atividade por meio da


habilitação formal; disciplinamento do mercado; identificação de parâmetros de participação
no mercado; conhecimento do grau de competitividade e inibição da atuação de
atravessadores não qualificados.

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Aos Usuários: maior informação sobre a oferta de transporte; maior segurança ao
contratar o transportador; redução de perdas e roubos de cargas e redução de custos dos
seguros.
Ao País: conhecimento da oferta do transporte rodoviário de cargas; identificação da
distribuição espacial, composição e idade média da frota; delimitação das áreas de atuação
(urbana, estadual e regional) dos transportadores; conhecimento da especialização da
atividade econômica (empresas, cooperativas e autônomos) e fiscalização da atividade.

2. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

A atuação de qualquer atividade exige o amparo legal, portanto, relacionamos os


dispositivos a seguir:
Lei nº 10.233, de 05 de junho de 2001;
Lei nº 11.442, de 05 de janeiro de 2007; e
Resolução ANTT nº 4.799, de 27 de julho de 2015.

3. CONCEITOS

Com o objetivo de regulamentar os procedimentos para inscrição e manutenção no


Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas – RNTRC, considera-se:
 ARRENDAMENTO:
Contrato de cessão de uso do veículo de cargas, mediante remuneração.
 CONTRATANTE:
Pessoa contratualmente responsável pelo pagamento do frete ao transportador, para
prestação do serviço de transporte rodoviário de cargas.
 COOPERATIVA DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS – CTC:
Sociedade simples, com forma e natureza jurídica própria, de natureza civil,
constituída para atuar na prestação de serviços de transporte rodoviário de cargas, visando
à defesa dos interesses comuns dos cooperados.
 DISPOSITIVO DE IDENTIFICAÇÃO ELETRÔNICA:

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Equipamento eletrônico, baseado em padrão nacional, utilizado na identificação
eletrônica de veículo automotor de carga.
 DOCUMENTO AUXILIAR DE MANIFESTO ELETRÔNICO DE DOCUMENTOS
FISCAIS – DAMDFE:
Documento impresso, auxiliar de Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-
e), instituído pelo Ajuste Sistema Nacional Integrado de Informações Econômico-Fiscais,
Ajuste SINIEF 21, de 10 de dezembro de 2010 e alterações, utilizado para acompanhar a
carga e para fins de fiscalização.
 EMPRESA DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS – ETC:
Pessoa jurídica constituída por qualquer forma prevista em Lei que tenha o
transporte rodoviário de cargas como atividade econômica.
 EXPEDIDOR:
Aquele que entrega a carga ao transportador para efetuar o serviço de transporte
sendo, no caso de subcontratação ou redespacho, o transportador que entrega a carga para
que outro transportador efetue o serviço de transporte.
 IDENTIFICAÇÃO ELETRÔNICA:
Identificação, por meio de tecnologia de radiofrequência, do veículo automotor de
carga cadastrado na frota do transportador inscrito no RNTRC.
 IMPLEMENTO RODOVIÁRIO:
Veículo rebocado acoplável a um veículo de tração ou equipamento veicular
complemento de veículo automotor incompleto.
 MANIFESTO ELETRÔNICO DE DOCUMENTOS FISCAIS – MDF-E:
Documento fiscal digital que caracteriza a operação de transporte, instituído pelo
Ajuste SINIEF 21/2010.
 MOTORISTA:
Profissional habilitado e condutor do veículo automotor de carga.
 SUBCONTRATAÇÃO:
Contratação de um transportador por outro para realização do transporte de cargas
para o qual fora contratado.
 TAC-AUXILIAR:
Motorista autorizado pelo Transportador Autônomo de Cargas a conduzir o veículo
automotor de carga de sua propriedade ou na sua posse para o exercício da atividade de
transporte rodoviário remunerado de cargas.

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 TRANSPORTADOR AUTÔNOMO DE CARGAS – TAC:
Pessoa física que exerce, habitualmente, atividade profissional de transporte
rodoviário remunerado de cargas, por sua conta e risco, como proprietária, coproprietária ou
arrendatária de até três veículos automotores de cargas.
 TRANSPORTADOR RODOVIÁRIO DE CARGA PRÓPRIA – TCP:
Pessoa física ou jurídica que realiza o transporte de carga própria.
 TRANSPORTADOR RODOVIÁRIO REMUNERADO DE CARGAS – TRRC:
Pessoa física ou jurídica que exerce a atividade econômica de transporte rodoviário
de cargas, por conta de terceiros e mediante remuneração.
 TRANSPORTE DE CARGA PRÓPRIA:
Transporte não remunerado, realizado por pessoa física ou jurídica, efetuado com
veículos de sua propriedade ou na sua posse, e que se aplique exclusivamente a cargas
para consumo próprio ou distribuição dos produtos por ela produzidos ou comercializados.

 TRANSPORTE REMUNERADO DE CARGAS:


Transporte realizado por pessoa física ou jurídica, com o objetivo de prestação do
serviço de transporte a terceiros, mediante remuneração.
 VEÍCULO AUTOMOTOR DE CARGA:
Equipamento autopropelido destinado ao transporte rodoviário de cargas ou a
unidade de tração homologada para tracionar implementos rodoviários em vias públicas.

4. TIPOS DE VEÍCULOS

 CAMINHÃO
Veículo automotor destinado ao transporte de carga, com PBT acima de 3.500
quilogramas, podendo tracionar ou arrastar outro veículo, desde que tenha capacidade
máxima de tração compatível.

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Nota: “Toco” (no jargão popular) é o caminhão trator com 1 eixo traseiro e “Trucado“
com 2 eixos traseiros.

 CAMINHÃO-TRATOR
Veículo automotor destinado a tracionar ou arrastar outro, também chamado de
“cavalinho”.
Denomina-se “caminhão trator” ou “cavalo mecânico” ao veículo que proporciona o
engate de semi-reboques.

 REBOQUE
É o veículo destinado a ser engatado atrás de um veículo automotor.

Denomina-se Reboque à carreta que possui apoio (eixos) nos seus dois extremos e
por este motivo se mantém “em pé” quando isolado (não engatado num caminhão).

 SEMIRREBOQUE
É o veículo de um ou mais eixos que se apoia em sua unidade tratora ou está a ela
ligado por meio de articulação.
De outra forma o semirreboque é o tipo de carreta que, quando isolada, necessita de
um apoio para ficar “em pé”.
Nota: Atualmente, os reboques também estão sendo engatados em semirreboques,
e os semirreboques também podem ser apoiados em outro semirreboque.

Ao conjunto correspondente à composição formada pelo cavalo, mais a carreta


(semi-reboque ou reboque) denomina-se Combinação de Veículos de Carga (CVC).

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5. OBRIGATORIEDADE DO RNTRC

É obrigatória a inscrição e a manutenção do cadastro no RNTRC do TRRC que


atenda aos requisitos estabelecidos pela legislação em vigor para o exercício da atividade
econômica, de natureza comercial por conta de terceiros e mediante remuneração.
Caracteriza-se transporte remunerado de carga quando o valor pago pela
remuneração do serviço de transporte esteja destacado no documento fiscal.
Caracteriza-se transporte de carga própria quando a Nota Fiscal da carga tem como
emitente ou como destinatário a empresa, a entidade ou o indivíduo proprietário, o
coproprietário ou o arrendatário do veículo automotor de carga.
O transportador que detenha propriedade ou posse de veículo automotor de carga
registrado no órgão de trânsito na categoria “particular” será considerado como
Transportador de Carga Própria – TCP.
É vedada ao TCP a cobrança de frete ou de qualquer valor discriminado que
caracterize a remuneração pelo transporte.
As obrigações e penalidades aplicadas ao TRRC inscrito no RNTRC previstas na
Resolução 4799/15/ANTT não se aplicam ao TCP com exceção do disposto nos incisos I e
VII do Art. 36.
“Art. 36. Constituem infrações, quando:
I - o transportador, inscrito ou não no RNTRC, evadir, obstruir
ou, de qualquer forma, dificultar a fiscalização durante o
transporte rodoviário de cargas: multa de R$ 5.000,00 (cinco
mil reais);
.....................
VII - o transportador inscrito ou não no RNTRC efetuar
transporte rodoviário de carga por conta de terceiro e mediante
remuneração em veículo de categoria “particular”: multa de R$
1.500,00 (mil e quinhentos reais);(...)”

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6. CONDIÇÕES PARA O REGISTRO DOS TRANSPORTADORES
RODOVIÁRIOS REMUNERADOS DE CARGAS

Para inscrição e manutenção do cadastro no RNTRC, o TRRC deve atender aos


seguintes requisitos, de acordo com as categorias:
 Transportador Autônomo de Cargas – TAC:
Possuir Cadastro de Pessoas Físicas – CPF ativo;
Possuir documento oficial de identidade;
Ter sido aprovado em curso específico ou ter ao menos três anos de experiência na
atividade;
Estar em dia com sua contribuição sindical;
Ser proprietário, coproprietário ou arrendatário de até três veículos automotores de
carga categoria “aluguel” na forma regulamentada pelo CONTRAN.

 Empresa de Transporte Rodoviário de Cargas – ETC:


Possuir Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas – CNPJ ativo;
Estar constituída como pessoa jurídica por qualquer forma prevista em Lei, tendo o
transporte rodoviário de cargas como atividade econômica;
Ter sócios, diretores e responsáveis legais idôneos e com CPF ativo;
Ter Responsável Técnico idôneo e com CPF ativo com, pelo menos, 3 (três) anos na
atividade, ou aprovação em curso específico;
Estar em dia com sua contribuição sindical;
Ser proprietário ou arrendatário de, no mínimo, um veículo automotor de carga
categoria “aluguel”, na forma regulamentada pelo CONTRAN.

 Cooperativa de Transporte Rodoviário de Cargas – CTC:


Possuir Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas – CNPJ ativo;
Estar constituída na forma da Lei específica tendo a atividade de transporte
rodoviário de cargas como atividade econômica;
Ter responsáveis legais idôneos e com CPF ativo;
Ter Responsável Técnico idôneo e com CPF ativo com, pelo menos, três anos na
atividade, ou aprovação em curso específico;
Comprovar possuir, por meio do Ato Constitutivo, no mínimo, vinte cooperados;
Ter registro na Organização das Cooperativas Brasileiras – OCB ou na entidade
estadual, se houver, mediante apresentação dos estatutos sociais e suas alterações
posteriores;

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Ser o cooperado proprietário, coproprietário ou arrendatário de pelo menos um
veículo automotor de carga categoria “aluguel”, na forma regulamentada pelo CONTRAN.

7. FILIAIS DA ETC

Em caso de inscrição de pessoa jurídica, as filiais serão vinculadas ao RNTRC da


matriz e utilizarão o mesmo número de registro. (Resolução ANTT nº 4.799/15, art. 9º).

8. COOPERATIVA DE TRANSPORTE DE CARGAS - CTC

Para fins de cadastro a CTC poderá comprovar a propriedade ou a posse de veículo


automotor de carga e de implementos rodoviários em seu nome, respeitado o cooperado
proprietário, coproprietário ou arrendatário de pelo menos um veículo automotor de carga
categoria “aluguel”, na forma regulamentada pelo CONTRAN.
A relação societária entre cooperado e cooperativa poderá ser comprovada pela
ficha matrícula prevista na legislação específica e/ou certidão de sócio. (Resolução ANTT nº
4.799/15, art. 6º).

9. PROIBIÇÕES NO RNTRC

A Resolução nº 3056/2009 ANTT (revogada pela Resolução nº 4799/2015) define,


em seu artigo 7º, as vedações quanto ao cadastro e manutenção de veículos no RNTRC, de
acordo com a regulamentação do CONTRAN:
 Dos veículos de categoria “particular” (placa cinza);
 Dos veículos da espécie “passageiros”;
 Dos veículos de categoria “aluguel”, da espécie “carga”, com Capacidade de
Carga Útil – CCU, inferior a quinhentos quilos; e
 Dos veículos de categoria “aluguel”, da espécie “tração”, dos tipos “trator de
rodas”, “trator de esteiras” ou “trator misto.

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10. IDENTIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS

10.1. IDENTIFICAÇÃO VISUAL E ELETRÔNICA DOS VEÍCULOS

É obrigatória a identificação visual de todos os veículos automotores de carga e


implementos rodoviários cadastrados no RNTRC, na forma a ser estabelecida pela ANTT.
É de responsabilidade do transportador a aquisição do adesivo para identificação
visual dos veículos automotores de carga e implementos rodoviários nos locais a serem
definidos pela ANTT.
É obrigatória a identificação eletrônica do veículo automotor de carga inscrito no
RNTRC, na forma a ser estabelecida pela ANTT, mediante instalação de Dispositivo de
Identificação Eletrônica.
Obs.:
Os modelos abaixo serão alterados, pois até a presente data (03/11/15), não foram
publicados os novos modelos, em virtude da Resolução nº 4.799/2015 da ANTT.
Os modelos abaixo são os anexos que constam na Resolução nº 3056/2009 ANTT
revogada pela Res nº 4799/2015.
 IDENTIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS

 IDENTIFICAÇÃO DO TAC - TRANSPORTADOR AUTÔNOMO DE CARGAS


Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas – RNTRC.
Modelo e especificações para confecção da identificação.
Aplicação em local visível nas laterais dos veículos.

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 IDENTIFICAÇÃO DO CTC - COOPERATIVA DE TRANSPORTE DE CARGAS
Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas – RNTRC.
Modelo e especificações para confecção da identificação.
Aplicação em local visível nas laterais dos veículos.

 IDENTIFICAÇÃO DO ETC - EMPRESA DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS


Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas – RNTRC.
Modelo e especificações para confecção da identificação.
Aplicação em local visível nas laterais dos veículos.

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 DOCUMENTOS DE PORTE OBRIGATÓRIO
Certificado de Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas –
CRNTRC em tamanho natural ou reduzido, desde que legível, admitida a impressão em
preto e branco ou Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos – CRLV contendo o
número do RNTRC do transportador;
Contrato de Transporte ou Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas –
CTRC ou Conhecimento de Transporte Eletrônico – CT - e ou Documento Auxiliar do
Conhecimento de Transporte Eletrônico – DACTE ou Nota Fiscal de Serviços de
Transportes ou Manifesto de Carga ou Despacho de Transporte ou outro documento fiscal
substituto (art. 22 e 32 da Resolução ANTT nº 4799/15).

10.2. RETENÇÃO DE DOCUMENTOS

O fiscal poderá reter, mediante termo de retenção, os documentos necessários à


comprovação da infração. (Art. 39 da Resolução ANTT nº 4799/15).
MODELO DE TERMO DE RETENÇÃO

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10.3. FISCALIZAÇÃO DO VEÍCULO E DO TRANSPORTADOR

Os procedimentos a serem adotados na abordagem do veículo são os seguintes:


 Identificar-se ao transportador explicando o objetivo da fiscalização;
 Averiguar, no veículo, se está sendo efetuado transporte rodoviário de cargas;
 Solicitar ao condutor do veículo os seguintes documentos:
 Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais – MDFe;
 Documento Auxiliar do Manisfesto de Documentos Fiscais – DAMDFE, correspondente
ao MDFe;
 Conhecimento ou Contrato de Transporte (quando for vedada a emissão de MDFe);
 O Contrato;

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 Conhecimento de Transporte Eletrônico – (obrigatório o Documento Auxiliar do
Conhecimento de Transporte Eletrônico – DACTE ou Documento comprobatório dos horários de
chegada e saída dos veículos;
 Despacho de Transporte ou outro documento fiscal substituto;
 Nota Fiscal ou documento fiscal equivalente;
 Certificado de Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas –
CRNTRC do(s) veículo(s) ou Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos – CRLV do(s)
veículo(s) contendo o número do RNTRC do transportador;
 Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo – CRLV do(s) veículo(s);
 Carteira Nacional de Habilitação – CNH do condutor;
 Proceder à vistoria no veículo quanto a placa, categoria (particular ou aluguel) e
identificação do registro do transportador no(s) veículo(s), em ambos os lados e locais visíveis;
 Inserir o(s) veículo(s) fiscalizado(s) em planilha estatística;
 Consultar o Sistema RN3 (sistema de registro nacional de cadastro da ANTT) para
verificar a regularidade do transportador (autônomo, empresa ou cooperativa) e do(s) veículo(s)
utilizado(s) no transporte junto ao RNTRC.

10.3.1. ANÁLISE DO CRLV

Para essa análise o policial deverá comparar a placa constante no CRLV do veículo
com a afixada, verificando a categoria:
Aluguel – Placa de fundo vermelho e caracteres na cor branca; e
Particular – Placa de fundo cinza e caracteres na cor preta.

10.3.2. ANÁLISE DA NOTA FISCAL

Verificar quem é o emitente da Nota e os campos “DESTINATÁRIO/REMENTENTE”


e “TRANSPORTADOR/VOLUMES TRANSPORTADOS”, item “FRETE POR CONTA”, para
se saber quem é o responsável pelo pagamento do frete.
Nota: No caso de constar no campo “TRANSPORTADOR/VOLUMES
TRANSPORTADOS”, o nome do emitente ou do “DESTINATÁRIO/REMENTENTE”, e sendo
o mesmo do proprietário, coproprietário ou arrendatário do veículo ou do responsável pelo
frete, se tratará de CARGA PRÓPRIA.
O Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica – DANFE é o arquivo impresso que
deve acompanhar as mercadorias em trânsito. O DANFE não é uma nota fiscal, nem a
substitui. Serve apenas como instrumento auxiliar para consulta da NF-e, pois contém a
chave de acesso da NF-e (online), que permite ao detentor desse documento confirmar a
efetiva existência da NF-e, por meio dos sites das Secretarias de Fazenda Estaduais
autorizadoras ou Receita Federal do Brasil.

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Verificar se no documento constam as informações obrigatórias dispostas no art. 23
da Resolução ANTT nº 3.056/09, incisos I, II, III, IV, V, VIII, IX e X, a saber:
I – O número de ordem e da via;
II – O nome, a razão ou denominação social, CPF ou CNPJ, o RNTRC e o endereço
do transportador emitente e dos subcontratados, se houver;
III – O nome, a razão ou denominação social, CPF ou CNPJ, e o endereço do
embarcador, do destinatário e do consignatário da carga, se houver;
IV – O endereço do local onde o transportador receberá e entregará a carga;
V – A descrição da natureza da carga, a quantidade de volumes ou de peças e o seu
peso bruto, seu acondicionamento, marcas particulares e números de identificação da
embalagem ou da própria carga, quando não embalada ou o número da Nota Fiscal, ou das
Notas Fiscais no caso de carga fracionada;
VIII – A identificação da seguradora e o número da apólice do seguro e de sua
averbação, quando for o caso;
IX – As condições especiais de transporte, se existirem;
X – O local e a data da emissão.

10.3.3. ANÁLISE DO CONTRATO DE TRANSPORTE OU CTRC

Nesse quesito o policial deverá verificar se existe um transportador subcontratado ou


somente o transportador emitente do documento, caso exista um subcontratado, o mesmo é
que deverá estar inscrito no RNTRC e com o(s) veículo(s) cadastrado(s) em sua frota. Caso
contrário, a obrigação é do transportador emitente do documento.
Verificar se no documento consta as informações obrigatórias dispostas no art. 23 da
Resolução ANTT nº 3.056, incisos I a X, a saber:
I – O número de ordem e da via;
II – O nome, a razão ou denominação social, CPF ou CNPJ, o RNTRC e o endereço
do transportador emitente e dos subcontratados, se houver;
III – O nome, a razão ou denominação social, CPF ou CNPJ, e o endereço do
embarcador, do destinatário e do consignatário da carga, se houver;
V - A descrição da natureza da carga, a quantidade de volumes ou de peças e o seu
peso bruto, seu acondicionamento, marcas particulares e números de identificação da
embalagem ou da própria carga, quando não embalada ou o número da Nota Fiscal, ou das
Notas Fiscais no caso de carga fracionada;
VI - O valor do frete, com a indicação do responsável pelo seu pagamento;
VII - O valor do pedágio desde a origem até o destino.

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10.3.4. ANÁLISE DO CT-e OU DACTE OU NF DE SERVIÇOS DE TRANSPORTES
OU MANIFESTO DE CARGA OU DESPACHO DE TRANSPORTE

Verificar se no documento constam as informações obrigatórias dispostas no art. 23


da Resolução ANTT nº 3.056, incisos I a X, a saber:
I – O número de ordem e da via;
II – O nome, a razão ou denominação social, CPF ou CNPJ, o RNTRC e o endereço
do transportador emitente e dos subcontratados, se houver;
III – O nome, a razão ou denominação social, CPF ou CNPJ, e o endereço do
embarcador, do destinatário e do consignatário da carga, se houver;
IV – O endereço do local onde o transportador receberá e entregará a carga;
V – A descrição da natureza da carga, a quantidade de volumes ou de peças e o seu
peso bruto, seu acondicionamento, marcas particulares e números de identificação da
embalagem ou da própria carga, quando não embalada ou o número da Nota Fiscal, ou das
Notas Fiscais no caso de carga fracionada;
VI – O valor do frete, com a indicação do responsável pelo seu pagamento;
VII – O valor do Pedágio desde a origem até o destino;
VIII – A identificação da seguradora e o número da apólice do seguro e de sua
averbação, quando for o caso;
IX – As condições especiais de transporte, se existirem; e
X – O local e a data da emissão.
O Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico – DACTE é o
arquivo impresso que deve acompanhar o trânsito da mercadoria até o destinatário final. O
DACTE não é um Conhecimento de Transporte, nem o substitui. Serve apenas como
instrumento auxiliar para consulta do CT-e, pois contém a chave de acesso do CT-e (online),
que permite ao detentor desse documento confirmar a efetiva existência do CT-e, por meio
dos sites das Secretarias de Fazenda Estaduais autorizadoras ou Receita Federal do Brasil.
As informações contidas no DACTE são suficientes para a fiscalização do RNTRC e,
portanto, dispensam a apresentação do CTRC.

10.3.5. ANÁLISE DO CRNTRC

Para essa análise o policial deverá verificar a data de validade no Sistema RN3 e
comparar o número do RNTRC constante no Certificado, ou no CRLV, com a identificação
afixada no(s) veículo(s);
O CRLV contendo o número do RNTRC só deverá ser aceito pela fiscalização em
substituição ao CRNTRC, caso conste no mesmo o número do RNTRC do transportador que
estiver de fato realizando o transporte, ou seja, transportador proprietário ou arrendatário do(s)
veículo(s) utilizado(s) no transporte.
190
CRNTRC

11. INFRAÇÕES

 ENQUADRAMENTOS

As infrações previstas no art. 34, inciso I, só ocorrerão nos casos de veículos efetuando
transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, ou seja, veículos
carregados. Consequentemente, veículos vazios ou ainda veículos conduzindo carga própria
não serão autuados no art. 34, inciso I.
Na análise da documentação apresentada deve ser dada preferência aos documentos
fiscais de transporte citados no art. 39 da Resolução ANTT nº 3.056/09, na ausência destes,
poderão ser utilizados outros documentos fiscais substitutos, como a Nota Fiscal e o DANFE,
para se definir o transportador e seu contratante.
Nota 1: No caso de autuações no art. 34, inciso I, alíneas “e”, “f” ou “g”, não autuar o
mesmo transportador nos seguintes enquadramentos: art. 34, inciso I, alíneas “a”, “b”, “c” ou “d”,
ou inciso II.
Nota 2: No caso de autuação no art. 34, inciso I, alínea “d”, não autuar o mesmo
transportador no seguinte enquadramento: art. 34, inciso I, alínea “c”.

“Art. 36. Constituem infrações, quando:


I - O transportador, inscrito ou não no RNTRC, evadir, obstruir ou, de qualquer forma,
dificultar a fiscalização durante o transporte rodoviário de cargas: multa de R$ 5.000,00 (cinco
mil reais);
II - O contratante contratar o transporte rodoviário remunerado de cargas de
transportador sem inscrição no RNTRC ou com inscrição vencida, suspensa ou cancelada: multa
de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais);

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III - O embarcador ou destinatário deixar de fornecer documento comprobatório do
horário de chegada e saída do transportador nas dependências da origem ou do destino da
carga ou apresentar informação em desacordo com o art. 32: multa de 5% sobre o valor da
carga, limitada ao mínimo de R$550,00 (quinhentos e cinquenta reais) e máximo de
R$10.500,00 (dez mil e quinhentos reais).
IV - O embarcador ou destinatário emitir o documento obrigatório definido no art. 32
desta Resolução para fins de transporte rodoviário de cargas por conta de terceiro e mediante
remuneração, em desacordo ao regulamentado: multa de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta
reais);
V - O TRRC:
a) deixar de atualizar as informações cadastrais: multa de R$ 550,00 (quinhentos e
cinquenta reais) e suspensão do registro até a regularização;
b) apresentar informação falsa para inscrição no RNTRC: multa de R$ 3.000,00 (três mil
reais), cancelamento do RNTRC e impedimento de obter um novo registro pelo prazo de 2 (dois)
anos;
c) impedir, obstruir ou, de qualquer forma, dificultar o acesso às dependências, às
informações e aos documentos solicitados pela fiscalização: multa de R$ 5.000,00 (cinco mil
reais) e suspensão do RNTRC até cessar a ação;
d) mantiver veículo automotor de carga ou implemento rodoviário cadastrado no RNTRC
com identificação visual falsa ou adulterada: multa de R$ 3.000,00 (três mil reais);
VI - O TRRC mantiver veículo automotor de carga cadastrado no RNTRC:
a) sem o Dispositivo de Identificação Eletrônica no veículo automotor de carga ou em
desacordo com o regulamentado: multa de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais);
b) como Dispositivo de Identificação Eletrônica de outro veículo automotor de carga:
multa de R$ 3.000,00 (três mil reais);
c) com o Dispositivo de Identificação Eletrônica fraudado, violado ou adulterado: multa de
R$ 3.000,00 (três mil reais);
d) com qualquer dispositivo que impeça a correta leitura do sinal gerado pelo Dispositivo
de Identificação Eletrônica: multa de R$ 3.000,00 (três mil reais) e suspensão do registro do
transportador até regularização.
VII - o transportador inscrito ou não no RNTRC efetuar transporte rodoviário de carga por
conta de terceiro e mediante remuneração em veículo de categoria “particular”: multa de R$
1.500,00 (mil e quinhentos reais);
VIII - o TRRC efetuar transporte rodoviário de carga por conta de terceiro e
mediante remuneração:
a) sem portar o documento obrigatório de que trata o art. 22 desta Resolução ou não
apresentar Nota Fiscal de que trata o art. 32: multa de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais);
b) sem indicar o número da apólice do seguro contra perdas ou danos causados à carga,
acompanhada da identificação da seguradora na documentação que acoberta a operação de
transporte: multa de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais);
192
c) em veículo automotor de carga ou implemento rodoviário não cadastrado na frota do
transportador rodoviário remunerado de cargas inscrito no RNTRC: multa de R$ 750,00
(setecentos e cinquenta reais);
d) com o registro no RNTRC suspenso ou vencido: multa de R$ 1.000,00 (mil reais);
e) sem estar inscrito no RNTRC: multa de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais);
f) sem contratar o seguro contra perdas ou danos causados à carga ou empreender
viagem com apólice em situação irregular: multa de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais);
g) com o registro cancelado no RNTRC: multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais), e
h) para fins de consecução de atividade tipificada como crime: multa de R$ 3.000,00 (três
mil reais), cancelamento do RNTRC e impedimento de obter registro pelo prazo de até 2 (dois)
anos.
§ 1º O TRRC será advertido por escrito para substituição, no prazo de 15 (quinze) dias,
do Dispositivo de Identificação Eletrônica inoperante, quando identificadas as situações descritas
na alínea “a” do inciso VI deste artigo.
§ 2º Em caso de descumprimento do prazo do § 1º deste artigo, aplicar-se-á a multa
prevista na alínea “a” do no inciso VI deste artigo.
§ 3º O transportador que deixar de indicar o real infrator, quando for o caso e instado a
fazê-lo, assumirá a responsabilidade pelo pagamento do valor integral da multa aplicada.”
(Resolução 4.799/15/ANTT)

 AI – MODELO DE IDENTIFICAÇÃO DO INFRATOR

 AI – MODELO DE DOCUMENTAÇÃO DE PORTE OBRIGATÓRIO

193
 AI – MODELO DE IDENTIFICAÇÃO DO VEÍCULO

 AI – IDENTIFICAÇÃO DO CONDUTOR

 AI – MODELO DE IDENTIFICAÇÃO DA INFRAÇÃO

 AI – MODELO DE CIENTE DA AUTUAÇÃO

194
 AI – MODELO DE UNIDADE FISCALIZADORA

12. AUTO DE INFRAÇÃO

Após a lavratura do Auto de Infração, a 1ª via (BRANCA) deverá ser entregue ao


condutor/infrator ou mantida no bloco para, posteriormente, compor o processo, conforme o
caso, a 2ª via (AMARELA) deverá constar no processo e a 3ª via (VERDE) deverá permanecer
no talonário;
A 1ª via (BRANCA) do Auto de Infração deverá ser entregue somente ao infrator ou
representante do transportador, conforme disposto no § 1º, art. 24 da Resolução ANTT nº
442/04. Nos casos de enquadramentos específicos envolvendo os incisos II ou V da Resolução
ANTT nº 3.056/09 em que o transportador ou seu representante não esteja presente, a 1ª via
deverá ser mantida no bloco com as outras duas.
TELAS DO SISTEMA DE CONSULTA – RN3

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