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1.

INTRODUÇÃO

Um dos principais tópicos abordados na pauta foi a violência de gênero, focando


na assistência de adolescentes e mulheres vítimas de violência. De acordo com SOUZA
e col.:

A entrada oficial da violência na pauta do setor saúde no Brasil foi em 2001,


quando o Ministério da Saúde (MS) promulgou a Política Nacional de Redução
da Morbimortalidade (PNRMAV) 13 anos depois da instituição do SUS.
(SOUZA e col., 2018, p. 02)

A violência contra a mulher é questão de saúde pública, pois segundo DUARTE


e col:

A violência física e sexual contra as mulheres resulta em expressivos custos


econômicos e sociais, pode gerar graves consequências para a saúde mental e
reprodutiva, assim como afetar também as crianças e o ambiente familiar.
(DUARTE e col., 2015, p. 02)

Na maioria dos casos, os agressores são identificados como conhecidos das


vítimas, principalmente familiares próximos ou companheiros. Uma pesquisa realizada
pelo Instituto Avon e do Datapopular, no ano de 2013, mostrou que mais da metade dos
homens (56%) admitiram já terem cometido alguma ação considerada violência contra a
mulher, seja ela de cunho sexual, físico ou psicológico. O consumo de bebidas alcoólicas
está fortemente presente nos casos de violência doméstica considerando também que boa
parte deles ocorrem nos finais de semana, durante a noite ou de madrugada. (CITAR
resumo de Leila Bosenato Posenato Garcia)

A violência pode ocorrer de maneira isolada ou repetitiva, independente disso,


percebe-se que a maior parte das mulheres não registra queixa, especialmente as de classe
econômica mais alta. Isso se dá especialmente por 4 motivos:

a) Medo do companheiro;
b) Desacreditar na eficiência do poder público;
c) Medo de ser culpabilizada, desacreditada ou humilhada pela sociedade;
d) Não perceber o ato como violento pela socialização do patriarcado.

Dessa forma, a violência doméstica é, acima de tudo, um problema grave de


saúde pública, e o Sistema Único de Saúde (SUS) se responsabilizar para atender essas
vítimas foi um grave avanço nas políticas públicas brasileiras.
JUSTIFICATIVA

O presente tema foi escolhido devido a sua relevância social. O artigo tem o
objetivo de discorrer sobre os cuidados da atenção básica de saúde para com as mulheres
vítimas de violência, haja visto que nos últimos anos esse assunto tem sido mais discutido
na sociedade, embora a violência contra a mulher ocorra desde os primórdios:

Caracterizando um modelo cultural do que é ser homem, do que é ser


mulher e de qual a função da violência nas relações interpessoais e de
poder. (PORTO, 2006, p. 428)

OBJETIVOS GERAIS

Analisar como o Sistema Único de Saúde (SUS) trata a violência doméstica


contra a mulher.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

A) Demostrar a relevância do Sistema Único de Saúde (SUS) na


atenção primária das mulheres que sofrem violência doméstica.
B) Abranger os mais variados tipos de violência contra a mulher,
como: sexual, física e psicológica.
C) Demostrar a efetividade das políticas públicas no combate a
violência doméstica contra a mulher.

MÉTODO

A metodologia que será empregada neste trabalho será a revisão bibliográfica,


desenvolvida por meio da leitura de publicações já existentes sobre o tema e que utilizará
como base a coleta de dados provenientes de pesquisas em artigos, realizadas com o
objetivo de identificar as causas da problemática exposta, e propor soluções para saná-la
de modo construtivo e aplicável para a sociedade como um todo.
DESENVOLVIMENTO

O relatório mundial sobre a violência e a saúde, da Organização Mundial da


Saúde (OMS) define a violência como “uso intencional da força física ou do poder, real
ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, contra um grupo ou comunidade,
que possa ou tenha alta probabilidade de resultar em morte, lesão, dano psicológico,
problemas de desenvolvimento ou privação.” (OMS, p. 46, 2007)

“As mulheres pertencem a classe que mais sofre violência – com exceção da
violência de exploração do trabalho infantil”, de acordo com (SOUZA, p. ?, 2018). Um
estudo realizado por Acosta e Barker, em 2003, no Rio de Janeiro (RJ), com 749 homens
na faixa etária entre 15-60 anos, mostrou que 25,4% deles praticaram violência física
contra suas parceiras, 38,8% usaram violência psicológica, e 17,2% praticaram violência
sexual.

Segundo Pinto LS e col. (2016, p. 1502) devido as raízes machistas e patriarcais


da sociedade, as agressões e os homicídios cometidos por homens, tendo como vítimas
as mulheres, até meados do século XX, no Brasil, eram justificados em legítima defesa
da honra. Durante o passar dos anos, ocorreram alguns progressos, mas foi só em 1988,
com a Carta Magna, que foi declarada a igualdade de gêneros no seu artigo 5º, parágrafo
I:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos


desta Constituição.

O Ministério da Saúde (MS) colou a violência na pauta do setor saúde no Brasil


em 2001, ou seja, apenas 13 anos após o Sistema Único de Saúde (SUS) e 5 depois da
Organização Mundial da Saúde (OMS) da Saúde colocar essa questão como prioridade
para o setor. Em 1983, o Ministério da Saúde lança o Programa de Assistência Integral à
Saúde da Mulher (PAISM), tendo sido formulado no arcabouço do Movimento Sanitário.
Tal iniciativa surgiu como tentativa de responder aos problemas de saúde e as
necessidades da população feminina, integrando dessa forma os direitos sexuais e
reprodutivos das mulheres, dar ênfase na violência de gênero. No ano de 2004, o PAISM
se tornou Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, tornando como uma
de suas prioridades a assistência a mulheres e adolescentes expostas a violência.

De acordo com pesquisa inserida em um projeto do Polo de Pesquisas em


Psicologia Social e Saúde Coletiva (POPSS), na Universidade Federal de Juiz de Fora,
intitulado “Avaliação de Processos Sobre Prática de Prevenção ao Uso de Drogas e
Violência Doméstica em Serviços de Atenção Primária à Saúde”, os profissionais têm
mais conhecimento sobre as causas e o aconselhamento as vítimas, com participação na
capacitação. Tal realidade está ligada à diminuição de profissionais que não acreditam
que têm muito a oferecer as vítimas de violência doméstica. Isso posto, a apresentação de
capacitação e o conteúdo demonstram a progressiva sensibilização dos profissionais sobre
a importância de sua contribuição no atendimento de pacientes envolvidos neste tipo de
situação.

Ao atender as mulheres vítimas de violência no Sistema Único de Saúde (SUS)


foi relatado que as violências “mascaradas” por essas mulheres acabam se mostrando
presentes através de sintomas como depressão e ansiedade que, por fim, com muita
dificuldade, acabam sendo reveladas aos profissionais da saúde.

É de grande importância destacar que todos os profissionais presentes na rede


básica de saúde devem ter preparo para lidar com mulheres que sofrem violência, desde
clínicos gerais a psicólogos, pois não é sempre que as vítimas chegam contanto o que
aconteceu, querendo denunciar os seus agressores e etc.

O tratamento oferecido a mulher no serviço de saúde, destacando a atenção


básica, pode vir a desencadear grandes estratégias para enfrentar a situação de violência
vivida. Tais estratégias tem como objetivo transformar, reduzir ou eliminar o quadro de
vulnerabilidade a violência, gerando maior qualidade na saúde e também nos direitos de
cidadania.

Dessa forma, pensando nos sintomas de violência crônica, podemos


problematizar os seguintes aspectos: a gravidade do quadro de saúde e a invisibilidade
dada a questão da violência dada a outros espaços do setor de saúde. Portanto, é de grande
importância entender como estão sendo construídos os sentidos atribuídos a violência
pelos profissionais que atuam na atenção hospitalar.

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