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O que é a Pensão por Morte?

Com amparo legal no artigo 74 e seguintes da Lei 8.213/91, a


pensão por morte é benefício previdenciário concedido aos
dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não.
Trata-se de prestação continuada, substituidora da
remuneração que o segurado falecido recebia em vida.

A pensão por morte poderá ser concedida provisoriamente em


caso de morte presumida do segurado, assim declarada pela
autoridade judicial competente depois de seis meses de
ausência, conforme artigo 78 da Lei 8.213/91.

Quem tem direito à Pensão por Morte?


O artigo 16 da Lei de Planos e Benefícios da Previdência Social
(Lei 8.213/91) define aqueles que são considerados
dependentes do segurado:

I) o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não


emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um)
anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental
ou deficiência grave;

II) os pais; e

III) o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de


21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência
intelectual ou mental ou deficiência grave.

Vale ressaltar que a existência de dependente de qualquer das


classes supracitadas exclui do direito às prestações os das
classes seguintes, conforme preleciona o § 1º do referido artigo
16. Ou seja, a existência de dependentes da classe I, exclui o
direito dos dependentes das classes II e III.

Ademais, pertinente salientar que o enteado e o menor


tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do
segurado e desde que comprovada a dependência econômica
na forma estabelecida no Regulamento, consoante o § 2º.
De acordo com a redação do § 4º do artigo 16, a dependência
econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida,
devendo a das demais ser comprovada.

Requisitos da Pensão por Morte


Em síntese, três são os requisitos para a concessão da pensão
por morte:
a) o óbito ou a morte presumida do segurado;

b) a qualidade de segurado do falecido, quando do óbito; e

b) a existência de dependentes que possam ser habilitados


como beneficiários junto ao INSS.

É importante destacar que, em havendo perda da qualidade de


segurado à época do óbito, ainda assim será devida a pensão
por morte aos dependentes, desde que o segurado falecido
tenha implementado os requisitos legais para a obtenção de
aposentadoria até a data do falecimento, consoante súmula 416
do Superior Tribunal de Justiça.

Súmula 416, STJ – É devida a pensão por morte aos dependentes do


segurado que, apesar de ter perdido essa qualidade, preencheu os
requisitos legais para a obtenção de aposentadoria até a data do
seu óbito. (Súmula 416, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 09/12/2009,
DJe 16/12/2009)
Data de Início do Benefício
O benefício de pensão por morte é devido a contar da data:

a) do óbito, quando requerida até noventa dias depois deste;

b) do requerimento, quando requerida após noventa dias;

c) da decisão judicial, no caso de morte presumida; e

d) da ocorrência, no caso de catástrofe, acidente ou desastre.

Com a edição da Medida Provisória nº 781/2019, estabeleceu-


se que para o filho menor de 16 anos a pensão somente seria
concedida a partir do óbito se requerida em até cento e oitenta
dias.

Cessação da Pensão por Morte


O direito à cota-parte da pensão por morte cessará pela
ocorrência das situações previstas no art. 77, § 2º da Lei
8.213/91, com redação conferida pela Lei nº 13.135/2015.

Mudança importante foi o requisito de exigibilidade para os


dependentes cônjuges ou companheiros, do óbito ocorrer
depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e pelo
menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da união
estável, e mesmo assim o prazo de duração da pensão será
estabelecido de acordo com a idade do beneficiário na data de
óbito do segurado.

Renda Mensal Inicial


A renda mensal inicial da pensão por morte corresponde a
100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou
daquela a que teria direito se estivesse aposentado por
invalidez na data de seu falecimento, conforme artigo 75 da Lei
8.213/91.

Quando o instituidor do benefício for segurado especial, o valor


da renda mensal inicial corresponderá ao valor de um salário
mínimo. Caso o segurado falecido tenha contribuído
facultativamente para o regime previdenciário, o valor da
pensão por morte corresponderá à aposentadoria por invalidez
que seria devida ao segurado.

Precedentes: O que são?


Afinal de contas, o que é um precedente? Em termos gerais, é
a decisão tomada sob um contexto fático, cuja razão de decidir
(ratio decidendi) será utilizada para decidir casos futuros. Na
sistemática do novo Código de Processo Civil, os precedentes
judiciais ganharam eficácia vinculante, estabelecendo um rol de
decisões (artigo 927) que, em princípio, deverão ser seguidas
obrigatoriamente por todos os juízes:
Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão:

I – as decisões do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de


constitucionalidade;

II – os enunciados de súmula vinculante;

III – os acórdãos em incidente de assunção de competência ou de resolução de


demandas repetitivas e em julgamento de recursos extraordinário e especial
repetitivos;
IV – os enunciados das súmulas do Supremo Tribunal Federal em matéria
constitucional e do Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional;

V – a orientação do plenário ou do órgão especial aos quais estiverem vinculados.

De outra banda, temos a jurisprudência, que se consubstancia


em um conjunto de decisões e interpretações dadas pelos
tribunais sobre uma determinada matéria. O precedente insere-
se dentro deste conceito. Todavia, a jurisprudência em sentido
lato não possui eficácia vinculante, apenas persuasiva.

Muito embora o rol de decisões do artigo 927 do CPC tenha


caráter vinculante, estas decisões não encerram a discussão sobre
a matéria, quando houver possibilidade de se demonstrar a
distinção do caso concreto com a decisão vinculante ou ainda a
superação do entendimento.

Assim, é imprescindível para o Advogado Previdenciarista


conhecer os precedentes obrigatórios e a jurisprudência
relacionada a todas as matérias do Direito Previdenciário, na
medida em que constituem argumentos de elevado valor para
convencimento, ou até vinculação, do julgador da causa.

Precedentes vinculantes
Súmula 336/STJ: A mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem
direito à pensão previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a necessidade
econômica superveniente.

Súmula 416/STJ: É devida a pensão por morte aos dependentes do segurado que,
apesar de ter perdido essa qualidade, preencheu os requisitos legais para a obtenção
de aposentadoria até a data do seu óbito.

Súmula 08/TRU4: A falta de prova material, por si só, não é óbice ao reconhecimento
da dependência econômica, quando por outros elementos o juiz possa aferi-la.
Súmula 63/TNU: A comprovação de união estável para efeito de concessão de pensão
por morte prescinde de início de prova material.

Tema 732/STJ: O menor sob guarda tem direito à concessão do benefício de pensão
por morte do seu mantenedor, comprovada sua dependência econômica, nos termos
do art. 33, § 3º do Estatuto da Criança e do Adolescente, ainda que o óbito do
instituidor da pensão seja posterior à vigência da Medida Provisória 1.523/96,
reeditada e convertida na Lei 9.528/97. Funda-se essa conclusão na qualidade de lei
especial do Estatuto da Criança e do Adolescente (8.069/90), frente à legislação
previdenciária.

PREVIDENCIÁRIO. CONTRIBUINTE INDIVIDUAL. PENSÃO POR MORTE.


CONTRIBUIÇÃO POST MORTEM. IMPOSSIBILIDADE. TESE FIRMADA EM RECURSO
ESPECIAL REPETITIVO. Este Superior Tribunal firmou a tese, em recurso especial
repetitivo (REsp 1.110.565/SE), no sentido da impossibilidade de recolhimento pelos
dependentes, para fins de concessão do benefício de pensão por morte, de
contribuições vertidas após o óbito do instituidor, no caso de contribuinte individual.
Agravo interno de e-STJ, fls. 682/699 não provido e agravo interno de e-STJ, fls.
701/705 não conhecido. (AgInt no REsp 1410837/PR, Rel. Ministro OG FERNANDES,
SEGUNDA TURMA, julgado em 04/10/2018, DJe 11/10/2018)

Jurisprudência
PROCESSUAL. PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. RATEIO ENTRE A EX-ESPOSA
E A EX-COMPANHEIRA. ACÓRDÃO EMBASADO EM PREMISSAS FÁTICAS. REVISÃO.
SÚMULA 07/STJ. I – O Tribunal a quo, com base na análise do acervo fático-
probatório dos autos, concluiu que não ficou descaracterizada a união estável
suficiente para afastar a decisão do INSS de ratear e pensão por morte entre a ex-
esposa e a ex-companheira do de cujus. II – Rever tal entendimento, com o objetivo de
acolher a pretensão recursal, demandaria necessário revolvimento de matéria fática,
o que é inviável pelo Superior Tribunal de Justiça, no recurso especial, à luz do óbice
contido na Súmula n. 7 desta Corte: A pretensão de simples reexame de prova não
enseja recurso especial. III – agravo regimental improvido. (AgRg no Ag 1380994/PR,
Rel. Ministra REGINA HELENA COSTA, QUINTA TURMA, julgado em 19/11/2013, DJe
25/11/2013)
PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. ACÓRDÃO QUE APONTA A AUSÊNCIA DE
DEMONSTRAÇÃO DA DEPENDÊNCIA ECONÔMICA DA COMPANHEIRA.
IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE PROVAS. SÚMULA 7/STJ. 1. Para fins de
percepção de pensão por morte, a presunção de dependência econômica trazida no
art. 16, § 4º, da Lei n. 8.213/91 é relativa, podendo ser afastada diante da existência
de provas em sentido contrário. Precedente: AgRg nos EDcl no AREsp 396.299/SP,
Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 17/12/2013, DJe
07/02/2014. 2. No caso, o Tribunal de origem, com base no conjunto probatório dos
autos, concluiu que não houve a demonstração da dependência econômica. 3. Assim,
a alteração das conclusões adotadas pela Corte de origem, tal como colocada a
questão nas razões recursais, demandaria, necessariamente, novo exame do acervo
fático-probatório constante dos autos, providência vedada em recurso especial,
conforme o óbice previsto na Súmula 7/STJ. 4. Agravo regimental a que se nega
provimento.(AgRg no REsp 1474478/SP, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA
TURMA, julgado em 24/11/2015, DJe 10/12/2015)

PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. HABILITAÇÃO TARDIA. MENOR.


EXISTÊNCIA DE BENEFICIÁRIO HABILITADO. EFEITOS FINANCEIROS. DATA DO
REQUERIMENTO. PRECEDENTES. 1. Discute-se nos autos a percepção de parcelas
atrasadas referentes à pensão por morte compreendida no período entre a data do
óbito do instituidor e a efetiva implementação do benefício, no caso de habilitação
tardia de menor. 2. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça possuía
entendimento segundo o qual o termo inicial da pensão por morte, tratando-se de
dependente absolutamente incapaz, deve ser fixado na data do óbito do segurado,
mesmo em caso de habilitação tardia, não incidindo, portanto, o disposto no art. 76
da Lei 8.213/91. 3. Contudo, a Segunda Turma do STJ iniciou um realinhamento da
jurisprudência do STJ no sentido de que o dependente incapaz que não pleiteia a
pensão por morte no prazo de trinta dias a contar da data do óbito do segurado (art.
74 da Lei 8.213/91) não tem direito ao recebimento do referido benefício a partir da
data do falecimento do instituidor, considerando que outros dependentes,
integrantes do mesmo núcleo familiar, já recebiam o benefício, evitando-se a dupla
condenação da autarquia previdenciária. 4. Precedentes: AgRg no REsp
1.523.326/SC, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA,
julgado em 15/12/2015, DJe 18/12/2015; REsp 1.513.977/CE, Rel. Ministro HERMAN
BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 23/6/2015, DJe 5/8/2015. Agravo interno
improvido. (AgInt no REsp 1590218/SP, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS,
SEGUNDA TURMA, julgado em 02/06/2016, DJe 08/06/2016)

PROCESSUAL CIVIL. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. PENSÃO POR MORTE DE


APOSENTADO EM RAZÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO. AUSÊNCIA DE DISCUSSÃO
ACERCA DO ACIDENTE DE TRABALHO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL.
AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. Hipótese em que viúva de segurado
aposentado em razão de acidente de trabalho pede ao INSS a concessão da
respectiva pensão, benefício previdenciário estrito, devendo o pedido ser processado
e julgado na Justiça Federal. 2. A fixação da competência da Justiça Estadual, nos
termos da Súmula 15-STJ (“Compete à Justiça Estadual processar e julgar os litígios
decorrentes de acidente de trabalho.”) somente ocorre quando o pedido de pensão, a
sua revisão ou outro benefício discutem, com causa de pedir, o próprio acidente de
trabalho, ou quando há necessidade de prova pericial em derredor do próprio
acidente (verificação da redução da capacidade de trabalho do segurado, v.g.), o que
não ocorre na espécie. 3 Não está em discussão, próxima ou remotamente, o acidente
de trabalho que levou à aposentadoria do autor da pensão. Cuidando-se de pedido de
pensão por morte, como benefício previdenciário estrito, não ostentam relevo as
circunstâncias nas quais se deu o falecimento do segurado. (Cf. CC 62.531/RJ, Rel.
Min. Maria Thereza de Assis Moura, DJU 26/03/2007; AgRg no CC 112.710/MS, Rel.
Ministro Og Fernandes, Terceira Seção, julgado em 28/09/2011, DJe 07/10/2011;
AgRg no CC 113.675/SP, Rel. Ministra Assusete Magalhães, Terceira Seção, julgado
em 12/12/2012, DJe 18/12/2012.) 4. Agravo regimental desprovido. (AgRg no CC
139.399/RJ, Rel. Ministro OLINDO MENEZES (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO
TRF 1ª REGIÃO), PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 25/02/2016, DJe 02/03/2016)

PREVIDENCIÁRIO. CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. PENSÃO POR MORTE.


ÓBITO DECORRENTE DE ASSALTO NO LOCAL E HORÁRIO DO TRABALHO. ACIDENTE
DO TRABALHO IMPRÓPRIO OU ATÍPICO. PRESUNÇÃO LEGAL. ART. 21, II, ‘A’, DA LEI
N. 8.213/91. COMPETÊNCIA DO JUÍZO DA JUSTIÇA ESTADUAL PARA O
PROCESSAMENTO E JULGAMENTO DA PRETENSÃO. 1. Conflito negativo de
competência em que se examina a qual Juízo compete o processamento e julgamento
de pretensão por pensão por morte cujo óbito do trabalhador decorreu de assalto
sofrido no local e horário de trabalho. 2. O assalto sofrido pelo de cujus no local e
horário de trabalho equipara-se ao acidente do trabalho por presunção legal e o
direito ao benefício decorrente do evento inesperado e violento deve ser apreciado
pelo Juízo da Justiça Estadual, nos termos do que dispõe o artigo 109, I (parte final),
da Constituição Federal combinado com o artigo 21, II, ‘a’, da Lei n. 8.213/91. 3.
Conflito de competência conhecido para declarar competente o Juízo de Direito da 3ª
Vara de Acidentes do Trabalho de São Paulo – SP. (CC 132.034/SP, Rel. Ministro
BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 28/05/2014, DJe
02/06/2014)

PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL. ENUNCIADO ADMINISTRATIVO 2/STJ.


PENSÃO POR MORTE. REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL. ÓBITO DO NETO.
AVÓS NA CONDIÇÃO DE PAIS. ROL DO ARTIGO 16 DA LEI 8.213/1991 TAXATIVO.
ADEQUAÇÃO LEGAL DA RELAÇÃO JURÍDICA FAMILIAR. ARTIGO 74 DA LEI
8.213/1991. DIREITO À PENSÃO RECONHECIDO. RECURSO ESPECIAL CONHECIDO E
PROVIDO. […] 1. No caso concreto, são incontroversos os fatos relativos ao óbito, a
qualidade de segurado, a condição dos avós do falecido similar ao papel de genitores,
pois o criaram desde seus dois anos de vida, em decorrência do óbito dos pais
naturais, e, a dependência econômica dos avós em relação ao segurado falecido. 2/ O
fundamento adotado pelo Tribunal a quo de que a falta de previsão legal de pensão
aos avós não legitima o reconhecimento do direito ao benefício previdenciário não
deve prevalecer. Embora os avós não estejam elencados no rol de dependentes, a
criação do segurado falecido foi dada por seus avós, ora recorrentes. Não se trata de
elastecer o rol legal, mas identificar quem verdadeiramente ocupou a condição de
pais do segurado. 3. Direito à pensão por morte reconhecido. 4 .Recurso especial
conhecido e provido. Sentença restabelecida. (REsp 1574859/SP, Rel. Ministro
MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 08/11/2016, DJe
14/11/2016)

PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. DEPENDÊNCIA ECONÔMICA. PROVA


EXCLUSIVAMENTE TESTEMUNHAL. ADMISSIBILIDADE. Esta Corte Superior possui
jurisprudência no sentido de que a prova exclusivamente testemunhal pode ser
utilizada para a comprovação da dependência econômica dos pais em relação aos
filhos, com fins de percepção do benefício de pensão por morte, porquanto a
legislação previdenciária não exige início de prova material para tal comprovação.
Agravo conhecido para negar provimento ao recurso especial. (AREsp 891.154/MG,
Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 14/02/2017, DJe
23/02/2017)
ADMINISTRATIVO. PENSÃO POR MORTE. FILHO MAIOR. INVALIDEZ PRECEDENTE
AO ÓBITO DO INSTITUIDOR. CONFIRMAÇÃO. DIFICULDADE DE FIXAÇÃO DE UM
TERMO ESPECÍFICO. BENEFÍCIO DE NATUREZA CONTRIBUTIVA. A orientação
adotada na origem está consentânea com a jurisprudência desta Corte no sentido de
que a invalidez deve anteceder o óbito do instituidor para que o filho inválido tenha
direito à pensão por morte. Precedentes. A fixação do período em que tem origem a
incapacidade mental para deferimento da pensão a filho inválido é essencial para o
exame do direito ao benefício. Diante das peculiaridades trazidas nos autos e da
natureza contributiva do benefício, tem-se, no caso específico, a incapacidade como
preexistente ao óbito do instituidor. Recurso especial provido. (REsp 1353931/RS,
Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 19/09/2013, DJe
26/09/2013)

PENSÃO POR MORTE. FILIAÇÃO SÓCIO-AFETIVA. INVALIDEZ. DEPENDÊNCIA


ECONÔMICA COMPROVADA. CONCESSÃO. CUMULAÇÃO DE DOIS PENSIONAMENTOS.
1. A concessão do benefício de pensão por morte depende da ocorrência do evento
morte, da demonstração da qualidade de segurado do de cujus e da condição de
dependente de quem objetiva a pensão. 2. É devida a pensão por morte a filho sócio-
afetivo ou de criação, assim considerado aquele que foi criado desde tenra idade pelo
segurado como se fora seu filho. 3. Demonstrada a qualidade de dependente do filho
maior inválido, uma vez comprovado que o quadro mórbido é preexistente ao óbito
dos segurados, ex vi do art. 16, I e § 4º, da Lei nº 8.213/91. 4. À luz do art. 124 da Lei
n° 8.213/91, não existe impedimento ao recebimento simultâneo de benefícios de
pensão decorrentes dos falecimentos de instituidores genitores/guardiões. 3.
Presentes todos os requisitos, devem ser deferidas as pensões desde a data do
falecimento do pai do autor, o qual recebia cota integral de pensão instituída por sua
esposa. (TRF4, APELREEX 5022381-57.2013.4.04.7001, QUINTA TURMA, Relator
RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA, juntado aos autos em 05/12/2014)

PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. FILHO ABSOLUTAMENTE INCAPAZ À


ÉPOCA DO FALECIMENTO DO GENITOR. REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO
POSTERIOR À RELATIVIZAÇÃO DA INCAPACIDADE. TERMO INICIAL DO BENEFÍCIO.
DATA DO ÓBITO DO GENITOR. 1. Em se tratando de menor absolutamente incapaz à
época do falecimento do pai, milita em seu favor cláusula impeditiva da prescrição
(art. 198, I, do CC). 2. Nesse contexto, correta se revela a exegese de que será
concedida a pensão por morte, retroativamente à data do óbito do instituidor do
benefício, independentemente de o requerimento do benefício ter sido realizado após
os trinta dias seguintes à data do falecimento de seu genitor. Precedente: (REsp
1.405.909/AL, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, Rel. p/ Acórdão Ministro ARI
PARGENDLER, PRIMEIRA TURMA, julgado em 22/05/2014, DJe 09/09/2014). 3.
Conforme destacado na decisão agravada, “contra o menor não corre a prescrição,
por isso que o termo a quo das prestações deve, nesses casos, coincidir com a data da
morte do segurado”. 4.Agravo interno a que se nega provimento. (AgInt no REsp
1572391/SP, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, PRIMEIRA TURMA, julgado em
21/02/2017, DJe 07/03/2017)

Súmula 229/TFR: A mãe do segurado tem direito à pensão previdenciária, em caso


de morte do filho, se provada a dependência econômica, mesmo não exclusiva.

Enunciado nº 14/TRSP: Em caso de morte de filho segurado, os pais têm direito à


pensão por morte, se provada a dependência econômica mesmo não exclusiva.

Enunciado nº 13/CRPS: A dependência econômica pode ser parcial, devendo, no


entanto, representar um auxílio substancial, permanente e necessário, cuja falta
acarretaria desequilíbrio dos meios de subsistência do dependente.

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