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Grupo: Maick Horst

Bárbara Botelho Scheidt

Sergio George Cerqueira Fontana

ATENÇÃO/VIGILÂNCIA

A ergonomia, definida como adaptação do trabalho ao homem, se aplica ao projeto de


máquinas, equipamentos, sistemas e tarefas, com o objetivo de melhorar a segurança,
saúde, conforto e eficiência do trabalho.

Ela é dividida em três amplos domínios:

 Ergonomia física
 Ergonomia cognitiva
 Ergonomia organizacional

A ergonomia cognitiva refere-se aos processos mentais (percepção, atenção, cognição,


controle motor e armazenamento e recuperação de memória e como eles afetam as
interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema). Pode-se incluir,
também, carga mental de trabalho, vigilância, tomada de decisão, desempenho de
habilidades, erro humanos, interação ser humano-computador e treinamento.

Importância da ergonomia cognitiva:

 A dinâmica das atividades, com pressão de tempo e automação, requer


decisões rápidas e assertivas;
 Transferência de informação entre homem e máquina;
 Perda da consciência situacional pode levar a incidentes/acidentes;
 Com base na análise cognitiva da tarefa é possível melhorar o sistema de
trabalho, tornando a atividade mais segura e eficiente.

Estudo dos aspectos cognitivos das interações homem-máquina para elaborar sistemas
mais seguros e eficazes.

 Atenção
 Percepção
 Memória
 Tomada de decisão
ATENÇÃO

Todo o processo de codificação e armazenagem das informações na memória passa


pela atenção, que funciona como filtro do sistema (Klatzky, 1980; Johnson-Laird, 1988;
Sternberg, 2000; Jou, 2001).

A atenção sustentada ou vigilância refere-se à capacidade de manter uma atividade de


atenção durante um certo período de tempo.

ATENÇÃO PROLONGADA – VIGILÂNCIA

 Habilidade de manter um determinado nível de alerta por um tempo


prolongado.
 Necessária em muitos ambientes de trabalho
 Ex.: voar, dirigir
 Essas atividades exigem elevada carga mental para sua realização
 Tempo de reação: intervalo entre o aparecimento do sinal e a resposta dada –
não pode ser menor que 100 ms
 Tempo de resposta: soma do tempo de reação com o tempo para realização do
movimento
 Nessa área, estudos focam na avaliação do tempo de reação e tempo de
resposta
 Objetivo é avaliar a habilidade de desempenhar determinadas tarefas mentais

Alguns fatores que influenciam na vigilância:

 Antecipação: treinamento para reduzir esse tempo


 Limites: quanto maior o tempo na mesma atividade, maior o tempo de
resposta, a vigilância vai diminuindo
 Necessidade de pausas para recuperação

PRIMEIRO CASO: A análise ergonômica do trabalho como instrumento para


compreensão das exigências mentais e físicas do trabalho: o caso do impressor
tipográfico

O estudo foi realizado em uma empresa gráfica, onde foi feito uma análise ergonômica
do trabalho, com observações globais e sistemáticas, entrevistas, registro fotográfico e
filmagem, observando-se as exigências cognitivas e carga cognitiva.

Segundo Laville, a atenção sobre a tarefa depende não só das características da tarefa
(intensidade e frequência dos estímulos do meio ambiente e sinais úteis), mas também
do estado interno do operador, cuja variação decorre de inúmeros fatores como a
hora do dia, período digestivo, falta de sono, etc. Sugere entre várias ações para
atenuar o decréscimo da vigilância ao longo do tempo a dupla vigilância (dois
operadores). Os impressores tipográficos usavam como estratégia operatória a dupla
vigilância, tal como sugerido pelo autor.

Nas entrevistas os impressores foram unânimes em afirmar que para realizar o


trabalho era preciso grande atenção, concentração no que está fazendo, observação
de detalhes, cuidado, capricho. Era preciso não estar preocupado com outras coisas,
não misturar assuntos pessoais com assuntos de trabalho, pois isto diminuía a atenção.

A existência de exigência cognitiva foi detectada pela necessidade de atenção


concentrada, vigilância, percepção de detalhes, memória de curto e longo prazo e
tomada de decisões, bem como exigência visual. A exigência física decorria de:
trabalho em pé, posturas forçadas, deslocamentos, movimentos repetitivos e força
exercida. Dentre as estratégias operatórias destaca-se: o arranjo do posto de trabalho;
dupla vigilância; consulta a superiores na tomada de decisões; não respeitar a
organização do trabalho prescrita.

SEGUNDO CASO: Análise de um frigorífico de abate de bovinos e suínos.

Foi feito um estudo para melhor compreender por que empresas com elevadas
proporções de incidência de acidentes de trabalho, mesmo sendo objeto de ações
sistemáticas de vigilância, não abaixavam esses índices.

Entre essas empresas, destacava-se um frigorífico de abate de bovinos e suínos, objeto


de intervenção analisada no estudo de caso. Ramo, o qual, apresentava aumento do
risco de acidentes e que tem a faca o principal objeto causador, envolvida na maioria
dos casos.

Nesse estudo foi analisado e comparado as intervenções de vigilância de acidentes de


trabalho realizadas na empresa frigorífica, em dois momentos: 1997, quando se
praticou a vigilância baseada em normas de saúde e segurança; e, em 2008, quando se
incorporou a ergonomia da atividade.

Em 1997 as ações de vigilância incidiram principalmente sobre os fatores de risco


visíveis. Mesmo cumprindo as exigências, a empresa continuava, em 2008, com
proporção de incidência anual de 26% de acidentes, o que motivou a busca da nova
abordagem. Verificou-se, em 2008, que os acidentes eram provocados por um circulo
vicioso: trabalho intenso; inadequação de meios técnicos; absenteísmo e rotatividade
(84% ao ano) com recrutamento de inexperientes. Esse quadro é agravado por práticas
autoritárias. A ergonomia da atividade contribuiu para compreender as causas
organizacionais ultrapassando os aspectos normativos da vigilância tradicional, o que
indica sua importância para tornar mais efetivas as ações de vigilância para a
prevenção.

O caso reforça as diretrizes da Vigilância em Saúde do Trabalhador, uma vez que o


conhecimento do trabalho real e a intervenção preventiva só são possíveis com a
participação ativa do trabalhador nos locais de trabalho.

Bibliografia:
http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
81232012001000029&lng=en&nrm=iso

http://www.fm.usp.br/iof/revista_2004/03_ergonomia

http://www.producao.ufrgs.br/arquivos/disciplinas/395_aula_ergonomia_cognitiva.pd
f
http://www.scielosp.org/pdf/csc/v17n10/29.pdf

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