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Índice
Introdução ............................................................................................................................................... 3
1. Contextualização do ensino colonial em Moçambique .................................................................. 3
2. Organização do Ensino Colonial..................................................................................................... 4
2.1. Ensino Primario Rudimentar ....................................................................................................... 5
2.2. Ensino Primario Comum............................................................................................................. 6
3. Objectivos da educação colonial ..................................................................................................... 6
4. O papel da Igreja na Educação colonial .......................................................................................... 7
5. Caracteristicas da Educacao Colonial ............................................................................................. 7
Conclusão................................................................................................................................................ 8
Bibliografia ............................................................................................................................................. 9
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Introdução
O presente trabalho intitulado “A Educação na era colonial”, visa essencialmente fazer uma
analise dos objectivos que o ensino colonial teve para com a sociedade moçambicana durante
o periodo colonial, desde a formação do Estado Novo em 1926. Quanto aos objectivos, o
trabalho tem dois tipos: objectivo Geral: Compreender os objectivos do ensino colonial em
Moçambique, e como objectivos Específicos: Contextualizar o ensino colonial em
Mocambique; Descrever a organização do ensino colonial em Moçambique; e, Analisar os
objectivos do ensino colonial em Moçambique.
Tal como afirma Buendia, a primeira regulamentação do ensino nas colonias portuguesas é
do dia 2 de Abril de 1845, neste mesmo ano o Governo Português decretou uma
diferenciação do ensino nas colonias do ensino na metrople, e neste âmbito em 1854, houve a
criação das primeiras escolas primarias nos seguintes locais, Ilha de Moçambique, Ibo,
Quelimane, Tete, Inhambane, Lourenço Marques, Sena. Esta primeira rede escolar, dà a
entender que foi criada em função da concentração da populaçâo portuguesa, ou seja, foi
criada nos locais onde haviam alguns portugueses ou filhos destes a habitarem.
Importa salientar que a necessidade de implantar um sistema publico de educação, tal como
foi dito no primeiro paragrafo, era justificada como um pré=requesito da politica de
dominação, colonizacao não so militar, mas mental, ou por outra, era justificada pela politica
de assimilação.
Para os planificadores coloniais a grande preocupação era o tipo de ensino que deveriam dar
aos africanos, uma vez que o que interessava a eles era a sua forca de trabalho, finalidade
essa que nao era abragente, visto que não contemplava os filhos dos brancos. dai que o
sistema de educação colonial, organizado pelo governo português, reflectia a diferenciação
social que em 1930, tido sido sancionada pelo Acto Colonial,coerente com essa politica de
administracao colonial criaram-se dois sistemas educacionais, um para os africanos, o ensino
rudimentar, dirigido pelas missoes catolicas e um outro para os brancos e assimilados,
ensino primario, dependente directamente das estruturas governamentais. A seguir, far-se-a a
descrição de cada tipo de educação.
O ensino primario rudimentar, era um tipo de ensino especialmente destinado aos indigenas,
e tinha por finalidade ‘conduzir gradualmente o indigena da vida selvagem para a vida
civilizada, igualmente, formar-lhe a consciencia de cidadao portugues, prepara-lo para a
luta da vida...’. Tal como afirma Golias, o ensino primario rudimentar, a partir de 1966
passou a chamar-se Ensino de Adaptação, contudo sem alterar-se os objectivos preconizados
no Estatuto Indigena. Ainda sobre o ensino rudimentar, e importante salientar que segundo o
artigo 2 ͦ do Decreto de 20.4.54, são considerados como indigenas das provincias
ultramarinas, os individuos da raca negra ou seus descendentes que nascidos la ou la vivendo
habitualmente, ainda nao possuam a instrucao e os habitos portugueses.
I. Lingua Portuguesa;
II. Aritmetrica e Sistema Metrico;
III. Corografia e Historia de Portugal;
IV. Desenho e Trabalhos Manuais;
V. Educação Fisica e Higiene, e;
VI. Educação Moral e Canto Coral.
Tal como pode se ver nas disciplinas ministradas no ensino rudimentar, reflectem o objectivo
principal do governo colonial, Antonio P. Jardim, Director da Escola de Habilitação de
Professores indigenas do Alvor Manhiça, referindo-se aos objectivos de História, escrevia; ‘...
despertar-lhes o orgulho de serem portugueses’ e, prosseguindo, ‘grandeza e homogeinidade
do Imperio Português’, portanto tendo em conta que a História e uma disciplina que visa de
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certa forma despertar no individuo o orgulho por pertecer a sua patria, dai que estudava-se ,
ou seja, ensinava-se a historia de Portugal.
Portanto essas eram as condições com base nas quais o individuo poderia tornar-se cidadão,
assimilado. Essas condições em algum momento são discriminatorias e parece que tem de a
impossibilitar a maior negra em se tornar em cidadãos ‘civilizar’.
A igreja teve um papel muito forte no ensino primario, particularmente o ensino primario
rudimentar. A Concordata de 1940 e o Estatuto Missionario de 1941, estes dois documentos
ou acordos missionarios institucionalizaram e deram uma maior dinamica a colaboracao entre
o Estado Portugues e a Igreja Catolica. Assim, nas colonias de Portugal de entao o Estado
transferiu para a Igreja a sua responsabilidade sobre o chamado Ensino Rudimentar e
comprometeu-se a dar apoio financeiro as missoes e escolas catolicas. Como se ve a igreja
teve a responsabilidade do ensino primario para os indígenas, ensinando a obediência a
ordem estabelecida, afirma-se que a igreja preparava servidores dos colonizadores. Cabia ao
missionario o direito e dever de ser colonizador mental dos indigenas recorendo ao evangelho
(cristianismo).
Conclusão
Com a realizacao do presente trabalho pode concluir-se que o ensino colonial paralelamente a
religiao catolica em Mocambique e nao so, serviram de certa forma como instrumentos de
colonizacao. E que em 1963, existiam em Mocambique os seguintes tipos de ensino;
Primario, Secundario, Tecnico e Agricola. Onde no ensino primario, havia um ensino
destinado aos ‘indigenas’, ensino prinario rudimentar, o qual o Governo Portugues confiou a
Igreja Catolica como responsavel pela direccao, e havia igualmente outro ensino destinado
especialmente aos brancos e assimilados, Ensino Primario Comum, o qual estava sob a
responsabilidade governamental. Os dois tipos de ensino primario eram diferentes quanto aos
objectivos. O grande objectivo que o ensino colonial teve era de incutir no africano educado
um espirito de servilismo e obediencia ao colonizador.
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Bibliografia
DHUEM. História de Moçambique: Moçambique no auge do colonialismo, 1930-1961. Vol.
II. Maputo: Livraria Universitária, 1999.