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Exercícios
1. Uma norma só deve pretender validez quando todos os que possam ser concernidos por ela
cheguem (ou possam chegar), enquanto participantes de um discurso prático, a um acordo
quanto à validade dessa norma.
HABERMAS, J. Consciência moral e agir comunicativo. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1989.
Segundo Habermas, a validez de uma norma deve ser estabelecida pelo(a)
a) liberdade humana, que consagra a vontade.
b) razão comunicativa, que requer um consenso.
c) conhecimento filosófico, que expressa a verdade.
d) técnica científica, que aumenta o poder do homem.
e) poder político, que se concentra no sistema partidário.
4. A obra de Hanna Arendt é fundamental para entender e refletir sobre os tempos atuais,
dilacerados por guerras localizadas e nacionalismos. Para ela, compreender significava
enfrentar sem preconceitos a realidade, e resistir a ela, sem procurar explicações em
antecedentes históricos.
Acerca do pensamento dessa importante pensadora do século XX, marque a alternativa
INCORRETA.
a) Arendt combateu com toda a alma os regimes totalitários e condenou-os, com destaque para
o nazismo alemão.
b) Estudando a personalidade medíocre de Adolf Eichmann, Arendt formulou o conceito da
"banalidade do mal".
c) Para Hanna Arendt, Eichmann estava sendo desonesto ao afirmar que apenas cumpria
ordens ao realizar o trabalho que lhe foi dado, no caso, exterminar os judeus.
d) Hannah Arendt acreditava que Eichmann não era um malvado ou um paranoico, mas um
homem comum, incapaz de pensar por si próprio, como a maior parte das pessoas.
e) A trivialização da violência corresponde, para Arendt, ao vazio de pensamento, onde a
banalidade do mal se instala.
6. “O pensamento de Foucault gira em torno dos temas do sujeito, verdade, saber e poder. É
um pensamento que leva à crítica de nossa sociedade, à reflexão sobre a condição humana.
[...] Não há verdades evidentes, todo saber foi produzido em algum lugar, com algum propósito.
Por isso mesmo pode ser criticado, transformado, e, até mesmo destruído. Foucault considera
que a filosofia pode mudar alguma coisa no espírito das pessoas. [...] Seu pensamento vem
sempre engajado em uma tarefa política ao evidenciar novos objetos de análise, com os quais
os filósofos nunca haviam se preocupado. Entre eles se destacam: o nascimento do hospital;
as mudanças no espaço arquitetural que servem para punir, vigiar, separar; o uso da estatística
para que governos controlem a população; a constituição de uma nova subjetividade pela
psicologia e pela psicanálise; como e por que a sexualidade passa a ser alvo de preocupação
médica e sanitária; como governar significa gerenciar a vida (biopoder) desde o nascimento até
a morte, e tornar todos os indivíduos mais produtivos, sadios, governáveis.”
(ARAÚJO, I. L. Foucault: um pensador da nossa época, para a nossa época. In: Antologia de
textos filosóficos. Curitiba: SEED-PR, 2009. p. 225.)
Segundo o texto, é correto afirmar:
a) A renovação filosófica ocorre no contexto de afirmação positivista das ciências e fundação
da subjetividade a partir da fenomenologia.
b) A relação entre saber e poder diz respeito a uma prática política, não só epistemológica.
c) A expressão “biopoder” significa a associação entre as potencialidades humanas e o divino.
d) O papel da filosofia é revelar verdades metafísicas, independentemente de serem
contestadas ao longo da História.
7. “O sucesso do poder disciplinar se deve sem dúvida ao uso de instrumentos simples: o olhar
hierárquico, a sanção normalizadora e sua combinação num procedimento que lhe é
específico, o exame.”
Fonte: Foucault, Vigiar e punir, p. 143.
A partir do texto acima e das bases filosóficas de Foucault, é incorreto afirmar
a) Vigiar, muito mais que aplicar um olhar constante sobre o indivíduo, significa dispô-lo numa
estrutura arquitetural e impessoal, na qual ele se sinta vigiado.
b) Punir não é o único objetivo da disciplina.
c) Punir primeiramente tem a finalidade de uma ortopedia moral, de normalização, não
somente de um comportamento, mas do conjunto da existência humana, seja obstaculizando a
virtualidade de um comportamento perigoso mediante o uso de pequenas correções, seja
incentivando condutas desejáveis a partir de recompensas e vantagens.
d) O exame atua numa ampla rede de instituições psiquiátricas, pedagógicas e médicas,
classificando as condutas em termos de normalidade e anormalidade.
e) Para Foucault, as ciências que tomaram o homem como objeto de saber, a partir do final do
século XVIII, não têm relação com a vigilância, a normalização e o exame disciplinares.
9. Texto 1
O livro Cultura do narcisismo, escrito por Christopher Lasch em 1979, é um clássico. O texto de
Lasch mostra como o que era diagnosticado como patologia narcísica ou limítrofe nos anos 50
torna-se uma espécie de “normalidade compulsória” depois de duas décadas. Para que alguém
seja considerado “bem-sucedido”, é trivialmente esperado que manipule sua própria imagem
como se fosse um personagem, com a consequente perda do sentimento de autenticidade.
DUNKER, Christian. “A cultura da indiferença”. www.mentecerebro.com.br. Adaptado.
Texto 2
Zigmunt Bauman: Afastar-se da percepção de mundo consumista e do tipo de atitude
individualista contra o mundo e as pessoas não é uma questão a ponderar, mas uma obrigação
determinada pelos limites de sustentabilidade desse modelo da vida que pressupõe a
infinidade de crescimento econômico. Segundo esse modelo, a felicidade está
obrigatoriamente vinculada ao acesso a lojas e ao consumo exacerbado.
“Lojas são alívio a curto prazo, diz o sociólogo Zigmunt Bauman”.
www.mentecerebro.com.br. Adaptado.
Considerando os textos, é correto afirmar que:
a) para Bauman, as diretrizes liberais de crescimento econômico ilimitado prescindem de
reflexão ética.
b) ambos tratam do irracionalismo subjacente aos critérios de normalidade e de felicidade.
c) a “cultura do narcisismo” apresenta um estilo de vida incompatível com a mentalidade
consumista.
d) a patologia narcísica analisada por Lasch é um fenômeno restrito ao domínio psiquiátrico.
e) ambos abordam problemas historicamente superados pelas sociedades ocidentais
modernas.
10. A internet opera preferencialmente com a escrita, a escrita curta e imediata. A velocidade
de escrita e de leitura está relacionada à agitação mais ou menos alucinada da vida cotidiana,
estimulada pelas tecnologias comunicacionais. A sociedade midiatizada não é uma sociedade
feliz; ao contrário, é uma sociedade da compulsão, da cobrança invisível, dos apelos
permanentes de estar conectado, pois, caso contrário, a pessoa estará "morta".
Ciro Marcondes Filho. Entrevista. In: IHU On-line. 09 abr. 2011. Adaptado. Disponível em:
<http://bit.ly/RGR7Xg>. Acesso em 06 nov. 2012.
Alguns teóricos desenvolveram conceitos que nos ajudam a compreender o contexto
apresentado no texto acima. Um desses pensadores, Zygmunt Bauman, define esse tipo de
contexto como sendo uma:
a) Sociedade do espetáculo, devido à falta de profundidade da vida humana.
b) Sociedade infeliz, devido à transformação do homem em coisa.
c) Sociedade do consumo, uma vez que as pessoas passam a ser definidas pelo que
compram.
d) Modernidade líquida, devido às formas fluídas de existência humana.
e) Pós-modernidade, devido às transformações geradas pela internet.
11. Uma vez encontrado um primeiro paradigma com o qual conceber a Natureza, já não se
pode mais falar em pesquisa sem qualquer paradigma. Rejeitar um paradigma sem
simultaneamente substituí-lo por outro é rejeitar a própria ciência. O resultado final de uma
sequencia de tais seleções revolucionárias, separadas por períodos de pesquisa normal, é o
conjunto de instrumentos notavelmente ajustados que chamamos de conhecimento científico.
Estágios sucessivos desse processo de desenvolvimento são marcados por um aumento de
articulação e especialização do saber científico. Todo esse processo pode ter ocorrido, como
no caso da evolução biológica, sem o benefício de um objetivo preestabelecido, sem uma
verdade científica permanentemente fixada, da qual cada estágio do desenvolvimento científico
seria um exemplar mais aprimorado.
Thomas Kuhn. A Estrutura das Revoluções Científicas.
Tendo o texto acima como referência e considerando a filosofia da ciência de Thomas Kuhn,
marque a alternativa incorreta.
a) Para Kuhn, os paradigmas, em grande medida, governam algum estágio das ciências.
b) Em períodos de ciência normal, a ciência não pode dispensar os paradigmas.
c) Identifica-se, no segundo parágrafo, uma definição kuhniana de conhecimento científico.
d) Kuhn sugere um modelo evolucionista para descrever a dinâmica do saber científico; isso
não é incompatível com alguma noção de progresso nas ciências.
e) O modelo evolucionista adotado por Kuhn é contraditório, pois, se não há uma verdade
fixada, não pode haver ciência.
Gabarito
1. b
2. d
3. c
4. c
5. c
6. b
7. e
8. e
9. b
10. d
11. e
12. b
13. e
14. e