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O texto integra um guia de modelos e técnicas de elaboração de textos e cumpre a função social de
A conclusão plausível a que se chega por meio da leitura desse trecho de um ensaio é que
A substituição pura e simples do antigo pelo novo ou do natural pelo técnico tem sido motivo de
preocupação de muita gente. O texto encaminha uma discussão em torno desse temor ao
Algumas pessoas dizem que a eliminação da noção de erro dará a entender que, em termos de
língua, vale tudo. Não é bem assim. Na verdade, em termos de língua, tudo vale alguma coisa, mas
esse valor vai depender de uma série de fatores. Falar gíria vale? Claro que vale: no lugar certo, no
contexto adequado, com as pessoas certas, e mesmo no lugar errado, no contexto errado e com as
pessoas erradas, se a intenção do falante for precisamente se contrapor à ordem estabelecida, às
normas sociais convencionais. E usar palavrão? A mesma coisa. Usar a língua, tanto na modalidade
oral como na escrita, é encontrar o ponto de equilíbrio entre dois eixos: o da adequação e o da
aceitabilidade.
BAGNO. M. Preconceito linguístico, o que é, como se faz. São Paulo: Ed. Loyola, 2009, p. 154 (adaptado).
O trecho do livro Preconceito linguístico faz uma reflexão, enfatizando que
A) a eficácia da comunicação deve ser priorizada, de modo que tudo é permitido dentro da língua,
mas o falante deve fazer as seleções certas tendo em vista a situação comunicativa.
B) a língua passa por transformações ao longo do tempo, sofrendo mudanças fonéticas e
morfológicas e, desse modo, cabe aos falantes adaptarem-se a essas mutações.
C) o avanço da comunicação tornou adequadas todas as maneiras de expressão, independente do
contexto enunciativo no qual se inserem os falantes.
D) o surgimento das variedades linguísticas contribuiu para individualizar determinados grupos de
falantes, reforçando suas identidades socioculturais.
E) o uso da língua na modalidade oral aceita as variedades linguísticas, como, por exemplo, as
gírias, porém os dialetos não-padrão devem ser evitados na modalidade escrita.
O tema da velhice foi objeto de estudo de brilhantes filósofos ao longo dos tempos. Um dos
melhores livros sobre o assunto foi escrito pelo pensador e orador romano Cícero: A Arte do
Envelhecimento. Cícero nota, primeiramente, que todas as idades têm seus encantos e suas
dificuldades. E depois aponta para um paradoxo da humanidade. Todos sonhamos ter uma vida
longa, o que significa viver muitos anos. Quando realizamos a meta, em vez de celebrar o feito, nos
atiramos a um estado de melancolia e amargura. Ler as palavras de Cícero sobre envelhecimento
pode ajudar a aceitar melhor a passagem do tempo.
NOGUEIRA, P. Saúde & Bem-Estar Antienvelhecimento. Época 25 abr. 2009.
As palavras e as expressões são mediadoras dos sentidos produzidos nos textos. Na fala de Hagar,
a expressão ―é como se‖ ajuda a conduzir o conteúdo enunciado para o campo da
A) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão ―rede social‖ para transmitir a ideia que
pretende veicular.
B) ironia para conferir um novo significado ao termo ―outra coisa‖.
C) homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o espaço da população pobre e o espaço da
população rica.
D) personificação para opor o mundo real pobre ao mundo virtual rico.
E) antonímia para comparar a rede mundial de computadores com a rede caseira de descanso da
família.
Dúvida
Dois compadres viajavam de carro por uma estrada de fazenda quando um bicho cruzou a frente do
carro. Um dos compadres falou:
— Passou um largato ali! O outro perguntou:
— Lagarto ou largato?
O primeiro respondeu:
— Num sei não, o bicho passou muito rápido.
(Piadas coloridas. Rio de Janeiro: Gênero, 2006.)
Na piada, a quebra de expectativa contribui para produzir o efeito de humor. Esse efeito ocorre
porque um dos personagens
TEXTO I
No primeiro dia da Festa Literária de Aquiraz, plateia ouviu dos escritores ideias e análises
sobre incentivo ao livro. Diante de um auditório especialmente cheio para uma noite de quinta-feira,
o escritor mineiro Luiz Ruffato criticou o uso instrumental da literatura para fins didáticos. Para ele,
obrigar alunos a ler um livro para a prova é ―matar a literatura‖. O melhor seria ―ler em sala,
conversar sobre literatura, ler as biografias dos autores. Não vejo mistério. É uma questão de
vontade política‖, disse.
A cearense Tércia Montenegro, com quem ele dividiu o palco, avalia que a ênfase deve ser
muito mais no prazer que o professor tem ao lidar com o assunto. ―Os alunos sabem quando você
não gosta. Eles são mais sensíveis do que a gente imagina.‖
SANTIAGO, A. Disponível em: http://goo.gl/JqOwPl. Acesso em: 15 jun. 2015.
TEXTO II
A crítica de Luiz Ruffato e a ilustração de Pawel Kuczynski têm em comum o fato de enfatizarem
Poesia quentinha
A proposta de um projeto como o ―Pão e Poesia‖ objetiva inovar em sua área de atuação, pois:
A principal razão pela qual se infere que o espetáculo retratado na fotografia é uma manifestação do
teatro de rua é o fato de
QUESTÃO 14
A partir da leitura de um trecho de Morte e vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, é correto
afirmar que:
a) trata-se de um texto exclusivamente narrativo, uma vez que traz o relato dos episódios de uma
viagem da personagem Severino do sertão até o mar.
b) trata-se de um texto exclusivamente dramático, uma vez que é composto de falas das
personagens em prosa, além de comportar rubricas com marcações cênicas bastante nítidas.
c) trata-se de um auto, cujo gênero é dramático, misturando momentos de dramaticidade e lirismo.
d) trata-se de um texto exclusivamente dramático cuja classificação é de tragédia da vida dos mais
simples.
e) trata-se de um texto exclusivamente lírico, uma vez que apresenta o discurso individual de
Severino, que fala de si todo o tempo.
Manta que costura causos e histórias no seio de uma família serve de metáfora da memória em
obra escrita por autora portuguesa
O que poderia valer mais do que a manta para aquela família? Quadros de pintores famosos? Joias de
rainha? Palácios? Uma manta feita de centenas de retalhos de roupas velhas aquecia os pés das
crianças e a memória da avó, que a cada quadrado apontado por seus netos resgatava de suas
lembranças uma história. Histórias fantasiosas como a do vestido com um bolso que abrigava um
gnomo comedor de biscoitos; histórias de traquinagem como a do calção transformado em farrapos no
dia em que o menino, que gostava de andar de bicicleta de olhos fechados, quebrou o braço; histórias
de saudades, como o avental que carregou uma carta por mais de um mês … Muitas histórias
formavam aquela manta. Os protagonistas eram pessoas da família, um tio, uma tia, o avô, a bisavó,
ela mesma, os antigos donos das roupas. Um dia, a avó morreu, e as tias passaram a disputar a
manta, todas a queriam, mais do que aos quadros, joias e palácios deixados por ela. Felizmente, as
tias conseguiram chegar a um acordo, e a manta passou a ficar cada mês na casa de uma delas. E os
retalhos, à medida que iam se acabando, eram substituídos por outros retalhos, e novas e antigas
histórias foram sendo incorporadas à manta mais valiosa do mundo.
LASEVICIUS, A. Língua Portuguesa, São Paulo, n. 76, 2012 (adaptado).
A autora descreve a importância da manta para aquela família, ao verbalizar que ―novas e antigas
histórias foram sendo incorporadas à manta mais valiosa do mundo‖. Essa valorização evidencia-se
pela
A) oposição entre os objetos de valor, como joias, palácios e quadros, e a velha manta.
B) descrição detalhada dos aspectos físicos da manta, como cor e tamanho dos retalhos.
C) valorização da manta como objeto de herança familiar disputado por todos.
D) comparação entre a manta que protege do frio e a manta que aquecia os pés das crianças.
E) correlação entre os retalhos da manta e as muitas histórias de tradição oral que os formavam.
A diva
Os diferentes gêneros textuais desempenham funções sociais diversas, reconhecidas pelo leitor com
base em suas características específicas, bem como na situação comunicativa em que ele é
produzido. Assim, o texto A diva
QUESTÃO 17-
Se os tubarões fossem homens, eles seriam mais gentis com os peixes pequenos? Certamente, se
os tubarões fossem homens, fariam construir resistentes gaiolas no mar para os peixes pequenos,
com todo o tipo de alimento, tanto animal como vegetal. Cuidariam para que as gaiolas tivessem
sempre água fresca e adotariam todas as providências sanitárias. Naturalmente haveria também
escolas nas gaiolas. Nas aulas, os peixinhos aprenderiam como nadar para a goela dos tubarões.
Eles aprenderiam, por exemplo, a usar a geografia para localizar os grandes tubarões deitados
preguiçosamente por aí. A aula principal seria, naturalmente, a formação moral dos peixinhos. A eles
seria ensinado que o ato mais grandioso e mais sublime é o sacrifício alegre de um peixinho e que
todos deveriam acreditar nos tubarões, sobretudo quando estes dissessem que cuidavam de sua
felicidade futura. Os peixinhos saberiam que este futuro só estaria garantido se aprendessem a
obediência. Cada peixinho que na guerra matasse alguns peixinhos inimigos seria condecorado com
uma pequena Ordem das Algas e receberia o título de herói.
BRECHT, B. Histórias do Sr. Keuner. São Paulo: Ed. 34, 2006 (adaptado).
Como produção humana, a literatura veicula valores que nem sempre estão representados
diretamente no texto, mas são transfigurados pela linguagem literária e podem até entrar em
contradição com as convenções sociais e revelar o quanto a sociedade perverteu os valores
humanos que ela própria criou. É o que ocorre na narrativa do dramaturgo alemão Bertolt Brecht
mostrada. Por meio da hipótese apresentada, o autor
A) demonstra o quanto a literatura pode ser alienadora ao retratar, de modo positivo, as relações de
opressão existentes na sociedade.
B) revela a ação predatória do homem no mar, questionando a utilização dos recursos naturais pelo
homem ocidental.
C) defende que a força colonizadora e civilizatória do homem ocidental valorizou a organização das
sociedades africanas e asiáticas, elevando-as ao modo de organização cultural e social da
sociedade moderna.
D) questiona o modo de organização das sociedades ocidentais capitalistas, que se desenvolveram
fundamentadas nas relações de opressão em que os mais fortes exploram os mais fracos.
E) evidencia a dinâmica social do trabalho coletivo em que os mais fortes colaboram com os mais
fracos, de modo a guiá-los na realização de tarefas.
QUESTÃO 18-
Aquele bêbado
A causa mortis do personagem, expressa no último parágrafo, adquire um efeito irônico no texto
porque, ao longo da narrativa, ocorre uma
QUESTÃO 19- O uso do pronome átono no início das frases é destacado por um poeta e por um
gramático nos textos abaixo.
Pronominais
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro. (ANDRADE, Oswald de. Seleção de textos. São Paulo: Nova Cultural, 1988.)
―O rio que fazia uma volta atrás de nossa casa era a imagem de um vidro mole que fazia uma
volta atrás de casa. Passou um homem e disse: Essa volta que o rio faz por trás de sua casa se
chama enseada. Não era mais a imagem de uma cobra de vidro que fazia uma volta atrás de
casa. Era uma enseada. Acho que o nome empobreceu a imagem.
BARROS, M. O livro das ignorãças. Rio de Janeiro: Best Seller, 2008.