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DIADEMA/SP
2019
SILVANEY LEANDRO FERREIRA
DIADEMA/SP
2019
RESUMO
As nanofibras poliméricas têm se mostrado de grande importância nas áreas de
engenharia e de saúde, e em especial na biomedicina, por ter uma alta capacidade
mimética. Dentre os inúmeros métodos de produção de nanofibras, a eletrofiação é hoje
uma técnica simples e eficiente em relação às demais, e tem sido desenvolvida com
grande entusiasmo para que seja cada vez mais viável a sua aplicação. Este trabalho
explora os primeiros aspectos importantes da eletrofiação, como o conceito da
eletrofiação, os tipos de configuração de eletrofiadores, parâmetros que influenciam nas
características das nanofibras obtidas e algumas aplicações que já vem sendo
estudadas. Nesta etapa é dada a base para o entendimento sobre o funcionamento de
um eletrofiador e obtenção de nanofiabras em escala laboratorial. Este embasamento é
importante para fundamentar conceitualmente a montagem de um eletrofiador, que será
objeto da segunda etapa deste Trabalho de Conclusão de Curso.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Quadro 1 - Aplicações das nanofibras nos setores de Água e meio ambiente, Energia e Saúde. .................6
Figura 1 - Número de publicações sobre eletrofiação de 2012 a 2017 .........................................................7
Figura 2 - Ilustração esquemática da configuração de um eletrofiador ........................................................9
Figura 3 - Alguns tipos de coletores utilizados em eletrofiação ..................................................................13
Figura 4 - Esquema simplificado da configuração multi-agulhas .................................................................14
Figura 5 - a) Esquema da configuração da eletrofiação coaxial; b) ilustração de uma fibra core-shell.......15
Figura 6 - Equipamento de eletrofiação needleless com cilindro rotativo ..................................................17
Figura 7 - Aplicações em engenharia tecidual das nanofibras eletrofiadas .................................................18
Figura 8 - Estrutura core-shell PVP-NanoAg/PLLA para eletrofiação ...........................................................19
Figura 9 - Ilustração da preparação do scaffold PVA/gelatina .....................................................................20
SUMÁRIO
RESUMO .............................................................................................................................................3
1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................................................6
2 OBJETIVO ................................................................................................................................................8
Objetivos Específicos ......................................................................................................................8
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................................................9
PROCESSO DE ELETROFIAÇÃO CONVENCIONAL ............................................................................9
PARÂMETROS DE SOLUÇÃO .........................................................................................................10
3.2.1 Viscosidade ...............................................................................................................................10
3.2.2 Tensão Superficial ....................................................................................................................11
3.2.3 Condutividade Elétrica .............................................................................................................11
PARÂMETROS DE PROCESSO........................................................................................................12
3.3.1 Campo Elétrico Aplicado ..........................................................................................................12
3.3.2 Tipo de coletor .........................................................................................................................12
3.3.3 Distância entre ponta da agulha e coletor ...............................................................................13
PARÂMETROS DE AMBIENTE .......................................................................................................13
3.4.1 Umidade e Temperatura ..........................................................................................................13
4 VARIAÇÕES DO PROCESSO DE ELETROFIAÇÃO ....................................................................................14
MULTI-AGULHAS ..........................................................................................................................14
COAXIAL........................................................................................................................................15
NEEDLE-LESS .................................................................................................................................16
5 APLICAÇÕES DAS NANOFIBRAS NA BIOMEDICINA ...............................................................................17
ENGENHARIA TECIDUAL ...............................................................................................................18
LIBERAÇÃO DE FÁRMACOS...........................................................................................................19
SCAFFOLDS ...................................................................................................................................19
6 CRONOGRAMA TCCII ............................................................................................................................21
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................................................21
1 INTRODUÇÃO
6
BOSWORTH; DOWNES, 2011). O crescimento no número de publicações envolvendo
eletrofiação pode ser verificado na Figura 1:
7
HAIDER; KANG, 2015).Neste contexto, o presente trabalho descreve o processo de
eletrofiação explorando suas características e especificidades, e apresenta algumas das
aplicações das nanofibras por ele obtidas.
2 OBJETIVO
Este trabalho tem como objetivo principal o estudo exploratório sobre a importância
do processo de eletrofiação na produção de nanofibras, as diferentes configurações de
eletrofiadores e as aplicações das nanofibras na biomedicina, por meio de pesquisa
bibliográfica de trabalhos publicados sobre o tema.
Objetivos Específicos
8
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Segundo Babar et. al. (2018), a eletrofiação, mesmo sendo uma técnica simples, é
potencialmente o método mais eficiente e avançado para se produzir fibras contínuas em
escala nanométrica.
O processo foi patenteado em 1934 por Anton Formhals e consiste na criação de
nanofibras a partir da aplicação de um campo elétrico a uma solução polimérica ou
polímero fundido. (RAMAKRISHNA et. al., 2005) Este trabalho irá explorar apenas o
processo de eletrofiação de um ou mais polímeros em solução.
Basicamente, um sistema para eletrofiação (eletrofiador) consiste em uma fonte de
alta tensão, uma fieira (podendo ser uma ponta de pipeta ou agulha), um coletor e
eletrodos para promover uma diferença de potencial (BHARDWAJ; KUNDU, 2010; PHAM
et al., 2006). Esses componentes são dispostos conforme Figura 2:
9
Quando é fornecida alta tensão ao sistema, a primeira gota de polímero em solução
na ponta da agulha sofre deformação e acaba por tomar a forma de um cone (conhecido
como Cone de Taylor). Essa deformação é decorrente da ação de forças eletrostáticas
que, à medida que aumentam a intensidade, atingem um valor crítico e conseguem
superar as forças de tensão superficial da gota e a solução é então ejetada da agulha em
direção ao coletor. Durante esse percurso, o solvente evapora e o fio se deposita sólido
no coletor. (LONG et al., 2019; BHARDWAJ; KUNDU, 2010)
Apesar do processo de eletrofiação ser relativamente simples e de baixo custo, estão
envolvidos no processo muitos parâmetros que devem ser ajustados de acordo com o
polímero a ser eletrofiado. Os principais parâmetros relacionados à solução utilizada,
condições de processo e de ambiente serão abordados no próximo item.
PARÂMETROS DE SOLUÇÃO
3.2.1 Viscosidade
10
3.2.2 Tensão Superficial
11
PARÂMETROS DE PROCESSO
Para que haja campo elétrico entre a fonte de alta tensão e o coletor e ocorra a
eletrofiação, o coletor tipicamente é feito de um material condutor. (RAMAKRISHNA et
al., 2005)
A morfologia das fibras depositadas pode ser influenciada pelo tipo de coletor
escolhido. Um coletor em formato de um rotor cilíndrico favorece a deposição dos fios de
forma orientada e pode favorecer a evaporação do solvente durante a deposição. Já em
uma placa coletora, os fios são direcionados aleatoriamente para a placa (BOSWORTH;
DOWNES, 2011). Alguns exemplos de coletores utilizados em eletrofiação podem ser
observados na Figura 3:
12
Figura 3 - Alguns tipos de coletores utilizados em eletrofiação
Outro fator importante na qualidade das fibras obtidas pelo processo de eletrofiação
é a distância entre a ponta da agulha que ejeta a solução polimérica e o coletor. É durante
o percurso da solução, entre a agulha e o coletor, que o solvente evapora e deixa a fibra
para que ela se deposite sólida e, portanto, se a distância até o coletor não for adequada,
as fibras depositadas não terão boas características morfológicas. (BOSWORTH;
DOWNES, 2011)
PARÂMETROS DE AMBIENTE
13
4 VARIAÇÕES DO PROCESSO DE ELETROFIAÇÃO
MULTI-AGULHAS
A eletrofiação coaxial tem sido uma configuração amplamente utilizada por oferecer
algumas soluções para dificuldades encontradas no arranjo primário, como a
possibilidade de se criar fibras no modelo core-shell. Nesta variação da técnica,
esquematizada na Figura 5a), são injetadas duas cargas de polímeros distintas em
câmaras coaxiais (uma para o núcleo e outra para a casca) e são então ejetados
simultaneamente formando a fibra core-shell, ilustrada na Figura 5b).
Polímeros que não poderiam ser eletrofiados por terem alta tensão superficial ou
baixa condutividade, com essa técnica podem ser trabalhados. Isso porque o polímero
incapaz de ser ejetado sozinho será carregado internamente pela solução extrudada
externamente. Ao final do processo retira-se o polímero externo e a fibra do polímero
interno pode ser utilizada. De forma semelhante, pode ser retirado o polímero extrudado
15
internamente para obter fibras ocas. Esses são recursos em se utiliza apenas uma das
partes da nanofibra (núcleo ou casca).
Além dos recursos mencionados anteriormente, a nanofibra core-shell, por ser feita
da combinação de dois polímeros pode trazer propriedades interessantes quando
utilizada de forma completa. Seu potencial tem sido muito explorado em aplicações tais
como sistemas de liberação controlada de fármacos, em que os fármacos podem ser
introduzidos no núcleo da fibra (LONG et al., 2019; WANG; ZHAO, 2019; KENRY; LIM,
2017).
NEEDLE-LESS
16
Figura 6 - Equipamento de eletrofiação needleless com cilindro rotativo
17
ENGENHARIA TECIDUAL
18
LIBERAÇÃO DE FÁRMACOS
SCAFFOLDS
20
Fonte: YANG (2010, p.3050)
6 CRONOGRAMA TCCII
A continuidade deste trabalho se dará pelo aprofundamento nos temas abordados até
o momento e a montagem de um eletrofiador para obtenção de fibras poliméricas. Serão
explorados os parâmetros (de solução, de processo e de ambiente) e os impactos de
suas variações nas fibras produzidas, conforme os relatos bibliográficos já realizados por
diversos autores. Com o objetivo de se obter fibras pelo processo de eletrofiação em
escala laboratorial, um eletrofiador convencional será montado. A escolha pelo modelo
convencional é pertinente tendo em vista a baixa complexidade de montagem e o grande
potencial de se obter resultados relevantes à proposta do trabalho nesta fase.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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