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Humberto
Bodra
A alienação do trabalho
Vamos analisar sucintamente o conceito de alienação no sentido que lhe deu Marx. De
ínicio constatamos que a alienação pode-se dar em vários campos da atividade humana: na
economia, na política, no campo ideológico e cultural.
Tratando-se da sociedade capitalista, a alienação nuclear e fundante das demais é
aalienação econômica , ou, mais precisamente, a alienação do trabalho.
Para melhor entender este conceito (e só para isso), vejamos o exemplo de um trabalho
não alienado no seio de uma relação pré-capitalista, como é o caso do trabalho de um artesão,
quer dizer, de alguém que trabalha por sua própria conta, não sendo portanto nem empregado
nem empregador.
Chama nossa atenção o fato de que o artesão mantem sob o seu controle todo o
processo de trabalho ao qual se dedica. Controla a fase preliminar do trabalho, quando ele
mesmo projeta antes na sua mente o objeto que vai criar, sua finalidade, o modo como será
feito, em que quantidade etc.
Os vários momentos do processo produtivo também estão sob o seu domínio. O artesão
escolhe como vai realizar o seu trabalho: em que ritmo, dentro de qual jornada, com quais
máquinas ou ferramentas, trabalhando com qual postura corporal.
Por fim, realizado o trabalho, o objeto criado está sob o total domínio de seu criador. Ele
o utilizará, ou dará de presente, ou o venderá, Também poderá se recusar a vendê-lo, se não
concordar com a finalidade que lhe pretenda dar um possível comprador.No caso
da venda(supondo-se o mercado em equilíbrio), ele receberá em troca a totalidade do valor da
mercadoria produzida.
Como vemos, o trabalhador artesão, ao colocar a natureza ao seu serviço, mantém-se a
cavaleiro durante todo o processo produtivo, desde o início até o fim de seu trabalho. Este fato
só é possivel porque ele mesmo é o dono dos meios de produção (prédio, máquinas,
ferramentas, matérias-primas, energia), além de controlar também o processo de distribuição.
Por todas essas características de não alienação do trabalho artesanal, estão dadas as
condições para que ele seja experimentado como uma ação criativa e, portanto, realizadora,
capaz de proporcionar satisfação, prazer, a quem o realiza.
Fetichismo
Desalienação e desfetichização
Notas
(1) Cf. MARX, Karl, O Capital (livro primeiro, cap.1, itein 4, “O fetichismo da
mercadoria: seu segredo”), 3a edição, Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1975, p.
81.
(2) CC GORENDER, Jacob, na Apresentação de “O Capital”, de Karl Marx, São Paulo.
Abril Cultura!, 1983, p. xxxvii.
(5) Ibidem, p 90
(6) ASSMANN, Hugo & HINKELAMMERT Franz, A idolatria do mercado, São Paulo,
Vozes, 1989, p. 221.
ESTÁTUAS
Desvencilhados de monumentos
e fetiches