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1º ATO
Cena I
1) Refere a importância da didascália que inicia o Frei luís de Sousa, para inserção da peça:
-Numa época- século 17
-Num espaço físico- casa deles- Palácio
-Num espaço social-nobreza, decoração
Cena II
1) Integra as duas primeiras cenas na estrutura interna da obra. Justifica a tua resposta.
Exposição, apresenta as personagens, a relação que existe entre elas e a situação presente
(veiculada).
2) Indica o assunto central do diálogo que se desenrola na segunda cena.
O assunto central é a partilha de preocupações face á fragilidade e sensibilidade de Maria (filha de
D. Madalena).
3) Expõe a preocupação que domina o espírito de D. Madalena em relação á filha.
A grande preocupação de D. Madalena é a fragilidade da filha e, ao mesmo tempo, o seu
permanente interesse em saber tudo, em ler e em conhecer. Curiosidade esta que não era
frequente numa jovem da sua época, prejudicando por si só a sua saúde, já de si frágil.
3.1) Refere até que ponto o seu interlocutor partilha das suas preocupações.
Telmo partilha de suas preocupações relativos á sua saúde da sua filha, mas é ele quem mais
estimula o seu interesse da jovem pelo passado pela crença sebastianista após uma conversa com
D. Madalena é que Telmo se apercebe do mal que poderá fazer a Maria se descobrir o passado da
família.
4) Várias circunstâncias explicam a familiaridade existente entre D. Madalena e o escudeiro.
Expõe-nas. Telmo era o aio do primeiro marido de D. Madalena. Ela conheceu-o quando se casou e
teve, desde logo, um grande respeito e admiração pelas suas qualidades, quando ficou viúva aos 17
anos, Telmo foi o pai que D. Madalena não tinha. Esta relação de grande confiança e foi-se
estreitando ao longo dos anos.
5) Pois não se lembra, minha senhora, que ao princípio era uma criança que eu não podia… - é a
verdade, não a podia ver:
Especifica a evolução dos sentimentos de Telmo em relação a essa “criança”.
Telmo fora contra o segundo casamento de D. Madalena, em que parte por não querer acreditar
que o seu amo morrera. Quando Maria nasceu Telmo não gostava dela porque era filha de Manuel de
Sousa. Como acompanhou o seu casamento e ela se lhe afeiçoou Telmo rendeu-se aquela nova “filha”.
Chega ao ponto de mencionar que gosta mais dela do que os próprios pais.
Cena III E IV
1) Relembra o exercício de apresentação oral da personagem Maria.
Demonstra que a caracterização da personagem, feita nas duas primeiras cenas, se ajusta ás
características reveladas nas Cenas III e IV.
Maria esperava por Telmo no eirado pois queria conversar com ele sobre o regresso de
D. Sebastião, sempre curiosa, questiona porque razão o pai, sendo um patriota, não gosta de ouvir
falar no regresso do rei, que tirar o trono ao rei espanhol. Telmo sai da sala preocupado com a febre
que Maria apresenta, esta, por sua vez, estranha que os pais estejam sempre preocupados com ela,
não acreditando que seja apenas por motivos de saúde. Revela-se aqui também, neste diálogo com
a mãe, o interesse pela leitura pelo estudo e a sua veia sonhadora que acompanha de dia e noite.
2) Regista aspetos de estética romântica que se evidenciem nesta jovem personagem.
Maria vide intensamente as suas emoções, s seus sonhos, as suas crenças e as suas dúvidas. Além
de sentimental é patriota e a crença popular de sebastianismo permite-lhe acreditar na
independência nacional. Maria de acordo com os princípios românticos, faz sempre á defesa do que
é popular.
Cena V e VI
1) Identifica esta nova personagem que entra agora em cena (Cena V).
Frei Jorge Coutinho, irmão de D. Manuel Sousa Coutinho.
1.1) Indica o momento da peça em que a personagem dora referida pela primeira vez.
Quando D. Madalena, na 2º cena, pede a Telmo que vá chamar o cunhado ao convento dos
domínicos.
1.2) Esta é uma personagem que cumpre ocasionalmente, ao longo da peça, funções
semelhantes ás do Coro da tragédia antiga, como portador de notícias, conselheiro
(moderado e sensato), ou expressando temores e sinais do que o futuro poderá trazer.
De entre as referidas funções, identifica as que desempenha neste excerto da peça. (Cenas V e VI)
Portador de notícias, é por ele que D. Madalena sabe que os governadores que
representam o rei de Espanha irão para Almada e querem hospedar-se no palácio de D. Manuel Sousa
Coutinho expressa ainda na última fala, a sua preocupação com a estada da sua sobrinha. As suas palavras
funcionam como um indício.
2) Tendo em conta a última fala de Frei Jorge, indica o que se presume que irá acontecer num futuro
próximo.
Presume-se que Maria não irá resistir á doença (tuberculose);
3) Maria revela um sentido cívico e uma impetuosidade que ainda não lhe conhecíamos.
Fundamenta esta afirmação.
Maria não aceita que aqueles a quem foi dada a missão de governar de cuidar do seu povo, o
abandonem para se proteger. Quanto a recebê-los em sua casa, rejeita essa hipótese, achando que
se deve pegar em armas para combater o invasor. Assistimos a uma visão romântica, quer do poder
quer das reias forças das partes em conflito.
Cena VII
1) As emoções reveladas pelas personagens são muito variadas ao longo desta cena.
1.1) Identifica as diferentes emoções.
Agitação, nervosismos de Manuel Sousa Coutinho, movendo-se em várias direções e
dando ordem a diferentes personagens. Esta agitação inicial vai evoluindo para alguma
tranquilidade de forma a não assustar a sua esposa e filha mantendo-se, contudo, a sua
determinação de agir e com rapidez.
1.2) Explica como se traduzem na representação.
D. Madalena, quando sabe para onde vão, controla o pânico com dificuldade. Espera que
a Maria saia para poder reagir. Maria, por sua vez está muito satisfeita com a decisão do
pai.
2) Explica de que forma a atuação de Manuel de Sousa revela coragem e patriotismo.
D. Manuel revela grande coragem, ao enfrentar acintosamente as ordens dos representadores do
poder espanhol poderá ser severamente punido por rebelião. A sua coragem está, neste caso,
associada ao patriotismo. Não ás ordens do poder mostrar que não aceita o domínio filipino e a
união ibérica. Não podendo fazer nada a nível nacional fá-lo ao nível da sua própria casa.
3) Atendendo ao que já conhecemos das outras personagens, pronuncia-te sobre a forma como
elas reagem á decisão de Manuel de Sousa.
Em D. Madalena é facilmente percetível o pânico permanente em que vive. De nota-se a alegria
de Maria exterioriza relacionada com o seu patriotismo e o seu apoio a medidas de rebelião e
Frei Jorge aconselha alguma prudência de acordo com o seu espírito ponderado.
Cena VIII
1) Mostra como o dialogo entre os dois protagonistas poe em confronto, e, assim, melhor
evidencia:
- distintas relações com o passado;
- diferentes temperamentos;
Madalena receia o passado, que ele irá destruir o seu presente por seu lado o marido relaciona-
se pacificamente com esse passado, com esse tempo, nada havendo na sua consciência que
provoca temores, também os temperamentos de duas personagens são distintos: D. Madalena
tem um discurso sentimental dominado por emoções violentas embora, admita que possam ser
loucuras. Como seria comum no seu tempo é submissa, apelando ao coração do seu marido para
o dissuadir. Manuel de Sousa tem um discurso racional, mostrando-se forte e seguro impondo a
sua decisão que justifica com uma argumentação sólida.