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Pequeno Catecismo

em imagens
por um V igário de S. Sulpicio

Versão do francez

por um R eligioso C apuchinho

O bra orn a d a co m 5 0 0 q r a v u r a s

PARIS (VIe)
P. L ET H IE L L EU X , LIVREIRO-EDJTOR
IO , R U E C A SSET TE , IO

1929

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D edicação

D edicam os esta serie d e im agens re lig io sa s

ãs crianças d os C atecism o s

Olhem-nas com attenção, e, auxiliadas pelo


texto, procurem comprchendel-as bem.

Estes quadros falando-lhes aos olhos, irão


lhes fixar melhor a attenção, tocar-lhes mais
suavemente o coração e gravar-lhes mais
profundamente na alma os factos e as ver­
dades de nossa santa religião.

É u voto que fazemos e a mercê que espe­


ramos da bemçam de Jesu s M enino e de
M aria, sua M ãe.

Paris, aos 8 de Dezembro de 1908, na festa


ia Immaculada Conceição.

U M V IG Á R IO D E SÃO S U L P IC IO ,

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UM DEUS SÓ

Le Guide.

G L O R IA AO PA E, AO FIL H O E AO E S P IR IT O SANTO
- 4
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ÍE A T E C ISM O I L U S T R A D O . — 1
c l
UM SO DEUS EM TRES PESSOAS

1. E x iste um Deus.
É a prim eira verdade que devo crer. A razão o demonstra :
ei uma casa suppõe um constructor, a existencia do universo
suppõe um creador. A consciência o affirm a, toda a vez que
se tracta de ««colher entre o bem e o m al. A fé o proclam a.
Deus mesmo revelou 6ua existencia, falando a Adão, a Abra-
hão, a Moysés' e aos prophetas. Falou sobretudo pela bocca de
Jesus Christo, cu ja voz s.e fez ou vir, durante tres annos,
nas cidades e nos povoados da Judeia.

2. E x iste um Deus só.


Não podem existir dous teres infinitos, dous seres, neces­
sários : isto repugna á razão. De seu lado a fé me declara
qu:e não ha sinão um Deus só : « Saibas, diz o Senhor, que
eu sou o unico Deus, e que não ha outros deuses. » « Não
ha mais do que um D eus, uma fé e um baptismo. » Milhões
de martyres derramaram o sangue para affirm ar a crença nes­
tas palavras do sym bolo : Creio num só Deus.

3. Ha tre s p e s sô a s em Deus.
O Padre, o Filho e o Espirito Santo. Esta trindade das
pessôas em Deus foi inan fes ada claramente por Jesus
Christo, quando disse aos Apostolos : Ide , baptisae a todas as
nações em o nome do Padre, e do Filho e do Espirito Santo.
É certamente um m ysterio que nos é im possivel comprehfen
der, mas cu ja existencia conhecemos com certeza pela m ani­
festação que delia nos fez Jesús Christo.

4. Deus é in fin itam en te perfeito.


tPossue todas as perfeições possiveis, e cada uma de suas
perfeições é sem lim ites. lÜ puro espirito, eterno, todo pode­
roso, creador e 6oberano senhor de todas as cousas. Está pre­
sente em toda a parte, no ceu, na terra, em todo o logar.
Vê tudo, ao mesmo tempo, o passado, o presente e o futuro.
Tem cuidado de todas as creaturas; sua providencia vela
especialmente sobre as creatura® intelligentes e livres, os anjof
e os homens.

R e s o l u ç ã o . — Pensarei muitas vezes que Deus me vê. Farei


com respeito o signal da cruz, que me lembrai o mysterio
da S. S. Trindade

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A RAZAO M E D IZ Q U E HA UM D E U S

I. C rea çã o dos a stro s. — É p reciso alguém que


crie, ordene e faça m over todcfe esses m undos que giram
no espaço. É Deus.

RaphaSl.
3. C re a çã o d as p la n ta s e dos a n im a e s. — É pre­
ciso alguem , vivo, para produzir a vida sobre a terra.
É Deus

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A C O N S C IÊ N C IA M E D IZ Q U E H A UM D E U S

6ch norr.
3 . C o m o A b e l, quando offerecia a Deus sua prece, em
meu intim o sinto uma approvação e um encorajam ento,
quando faço bem. É a voz de Deus 6atÍ6feito.

Prudhon.
4 . C o m o o f r a t ic id a C a im , sinto no meu intim o
a reprovação, a vergonha c o remorso, quando fsço
mal. É a voz de Deus irritado.

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D E U S MES MO R E V E L O U SUA E X I S T E N C I A

H. Flandirin.
5. A M o y s é s n o m o n te H o ré b . — « Sou quem
sou. É este o meu nome eterno ». E Moysés cobriu
o rosto, por recear o olhar de Deus.

Luini.
6. N a p e s s ô a d e J e s u s C h r is t o , que durante
trinta aunos-, veiu vive r entre os homens., para o^
instruir com seus exemplos e com seus ensinos.

— 5 -

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HA. U M ^ D E U S ^ S Ó

Scúnorr.
7. E x iste só u m D e u s. — « Saibas, di6 se o Senhor
a Móyses, que eu sou o unico Deus, e que não ha
outros Deuses.

8. E n tã o , n e n h u m id olo. — A vista do seu povo


que adorava o bezerro de ouro, Moy&és despedaçou as
taboas da lei e m andou raatar tres m il culpáveis.

— 6 -

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HA T R E S P E S S O A S E M D E U S

iSchnorr.
9. Je s ú s , e n v ia n d o os ap o sto lo s á conquista do
m undo : « Ide, disse-lhes, baptisae a todas as nações, cm
o nome do Padre, e do Filho e do Espirito Santo ».

10. E s ta s tre s p e sso a s n ão fa z e m sin ã o um


D eus só . — Assim , num triângulo de lados eguaes-, os
tres- ângulos sâo distinctos, mas formam um só triân­
gulo.

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N O SS OS D E V E R E S PARA D E U S

11. Não o ffe n d e r a D eu s. « Meu filho, dizia


Branca de Gastilha, ao rei iS. Luiz, Deus eajbe quanto eu
te amo! pois bem, preferiria’ ver-te m orto, a culpado de
um só peccado m ortal ».

J. Buland.
i2 . O ra r a D eu s, adoral-o, agradecer-lhe, pedir-lhe
perdão, im petrar suas graças. Praticar a oração na
famUia.
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OS ANJOS

Raphael.

SÃO M IG U E L V EN C E N D O O D EM O N IO

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OS ANJOS

1. E xistem os a n jo s.

0« anjos são puros espiritos que, á differença de nossas


almas, não estão unidos álgum corpo. Foi Deus« que os
creou. 0 Antigo e o Novo Testamento falam m uita vez dos
anjos. Très anjos apparecem a Abrão e lhe predizem o nas­
cim ento de Isaac; o archanjo Raphael acompanha ao jovem
Tobias e o reconduz são e salvo; o archanjo 'Gabriel annun-
cia á S. iS. V irgem o mystlerio da Encarnação. Alguns anjos,
vem servir ao Salvador no deserto e o consolar no jard im do
Gethsemani. A existência delles é le.ntão um facto certo,
garantido pela palavra in fallivel de Deus.

2 . Os a n jo s bons.

Deus criou aos anjos num estado de perfeição sobrena­


tural, destinando-os á posse do Bem soberano. Deviam porem
ganhar essa felicidade perfeita, por meio de sua fidelidade.
Não é mais agradavel uma recompensa m erecida? Os anjos
foram lentão submettidos a uma prova. Uns permaneceram
fieis e obedeceram a Deus; adheriram a elle m ediante o uso
livre e santo de suas vontades. São elles os anjos bons, cu jas
funções são de louvar a Deus e de executar suas ordens. Entre
os anjos bons 6ão escolhidos os anjos custodios, que vielam
sobre cada um de nós e nos protegem .

3. Os a n jo s m aus.

()s> anjos se levoltaram , arrastado* por um dos mais- eleva


dos e mai* formosos, Lú cifer, cu jo nome sign ifica « o que
traz luz », recusaram submetter-se ás ordens de Deus. 0
orgulho foi a causa da queda delles. Ao m ando de Deus,
S, .Miguel, um dos anjos fieis, expulsa do ceu aos rebeldes,
ao grito 'de : « Quem é egu al a Deus? » e os precipita no
inferno, creado nesse mesimo m omento. D aqui em deante,
os anjos maus só usarão da sciencia e do pocíer que lhes fica,
e que são ainda superiores aos do hom em , para enganar a
eâte e o guiar para o m al. Deus, porem , nunca perm itte que
ei; homem seja tentado além das suas forças.

R e s o lu ç ã o . — Invocarei frequentem ente ao meu A n jo da


guarda. Repellirei sem tardar as propostas do anjo tentador.

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CREAÇÃO E PRO VA D O S A N JO S

i. C re a çã o dos a n jo s . — No principio Deus creou


o ceu e a terra, as creaturas visiveis e as creaturas
invisíveis, entre a6 quaes os anjos.

Schnorr.
2. A p ro v a . — Deus quiz que os anjos merecessem
a felicidade do ceu . Muitos, levados pelo org u lh o,
revoltaram-se e foram precipitados no inferno.

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OS AN JO S BO NS ADORAM A D EU S

3 . A d o r a m a D e u s . — A prim eira funcção delles


é de adorarem , agradecerem e amarem ao Eterno, can ­
tando sua gloria, justiça e bondade infinita.

iSchnorr.
!\. O ffe r e c e m a D e u s n o s s a s p r e c e s , c nos tra­
zem íu as graças, como foi mostrado a Jacob num
sonho m ysterioso.

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Schnorr.
5 . A n n u n cia m a A b rah ão que é agradavel a
Deus, que sua oração foi ouvida e que terá um filho,
Isaac.

Schnorr.
6. A n n u n cia m a Z a c h a r ia s que elle também
terá um filho, que será João-Baptista, o m aior dos pro-
phetae e o precursor do Messias.

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PROTEGEM OS HOM ENS

L e c le r c .
7. S e rv e m de g u ia s durante a vida, com o outrora
.0 archanjo Raphael 6erviu de guia ao jovem Tobias.

8. S o cco re m n os p erig o s, com o outrora soccorre-


ram aos tres jovens hebreus, lançudos 11a fornalha.
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OS A N J O S M AUS OU D E M O N IO S

Michel-Ange.

9 . T e n ta m e e n g a n a m aos h o m en s impelLmdo-
os para o mal como im pelliram nossos primeiros paes,
pelo orgulho e pela sensualidade.

io . S o ffre m n o in fe rn o «uppHcio« que nunca h5o


de acabar. O desespero c rem orso, os tormentos, 6ão
sua herança na eternidade.

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n o sso s ‘d e v e r e s ] p a r a 1 c o m OS^ANJOS

Schnorr.
ii. A re s p e ito dos a n jo s m a u s, devemos fugil-os
e repellir seus pérfidos conselhos. Retira-te, Satanaz!

Le Sueur.
i2 . A re s p e ito dos a n jo s b o n s, devemos estimar
sua c o m p a n h ia , supplical-os co m confiança e seguir-
lhes s em p re as in sp iraçõ es.

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0 HOMEM

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ADAO E EVA
1. S u a cre a çã o .
Deus mostrou um cuidado especial na creação de Adão e
Eva. Parece que elle se recolhe e ste consulta, com o se faz
antes de executar uma grande obra. « Façamos o homem ,
disse, á nossa im agem e á nossa sem elhança, que dominè
a todos os anim aes da terra. » Tomou ent.ão um pouco de
limo da terra ie com elle form ou o corpo de Adão; infun­
diu-lhe depois um sopro de vida, uma alm a feita á sua
im agem , por conseguinte capaz de pensar, de am ar e de
querer livrem ente. Em seguida, com uma costella de Adão
form ou o corpo da prim eira m ulher, Eva. Deu tambem a
ella uma alm a e a apresentou ao homem com o com panheira
de sua vida. Adão e Eva eram puros, innocéntes, ornados
da graça santificante, isentos do soffrimento e da morte.
2. Su a d esobediencia.
Antes de elevar nossos prim eiros paes á felicidade defini­
tiva e perfeita, Deus quiz que a merecessíem. Todos os fruetos
do paraiso terrestre estavam á disposição delles. Prohibiu
lhfes tocar os de uma só arvore que lhes designou. O dem ô­
nio, occúlto sob a form a de uma serpente, tentou a E va, a
qual colheu o frueto prohibido por Deu6, com eu do m esmo,
e o offereceu a 6eu esposo, que, por fraquesa, tam bem deJle
comeu.
3. O castig o.
Na m esma hora, a intelligencia e os sentidos dos dous
culpados se transform aram . Esconderam-se die vergonha,
com o para fu g ir do olhar de Deus. Interveiu então o
Senhor e pronunciou a sentença. Adão e Eva perdíeram a
graça santificante; foram expulsos do paraiso terrestre e
condemnados a procurar com o alimento o su ó r de sua
fronte; tornaram-se sujeitos á ignorancia, á concupiscência,
á dor, á m o rte e foram excluidoe da felicidade do ceu. Todos
os homens, excepto a Virgem Maria, nascem culpados do
peccado do seu prim eiro pae e sujeitos ás m esmas m isérias
que elle.
4. P ro m essa de um R edem ptor.
Deus não abandonou ao homem após o peccado. Pro
metteu-ihe um Salvador, cu ja mãe esm agaria a cabeça da
serpente infernal : « 'Estabelecerei inimisades entre ti ie a
m ulher, disse Deus á sierpente, entre tua estirpe e a sua, e
um dia ella te esm agará a cabeça. » A fé na promessa divina
afastou o desespero do coração de Adão e Eva. Fizeram peni­
tencia ie obtiveram perdão.
(R e so lu ç ã o . — Darei graças a Deus por me haver dado a
vida , e delia só usarei conform e seus desejos .
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CREAÇÃO DE ADÃO

M ic n e l- A n g e .

i. C r e a ç ã o d e A d ã o . — Deus form ou o corpo


do hom em com um pouco de terra. Uniu a esse corpo
uma alma im m ortal. Cham ou ao prim eiro homem
Adão

2. P a r a is o te rre s tr e . — Deus collocou a Adão num


jardim delicioso para que nelle Iraialhasee. JEste jar­
dim ohamou-se o paraiso terrestre.

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CREAÇÃO DE EVA |

M ic h e l- A n g e .

3. C rea çã o de E v a . — Deus lançou a Adão num


profundo som no, durante o qual lhe tirou uma costella
com que formou a m ulher. Seu nome foi Eva.

l\ . P rim e ira p re ce . — Logo, por um sentim ento de


reconhecimento e de amor, Adão e Eva cantaram o
hym no de agradecim ento.

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D E S O B E D IE N C IA D E ADÃO E D E E V A

Schnorr.
5. A d eso b e d ien cia . — Invejoso da felicidade de
Adão e Eva. o demonio, disfarçado cm serpente, len-
tou-o3. Desobedeceram a Deus, com endo o fructo prohi-
bido.

P. Fliandrân.
6. O in te rro g a to rio . — Envergonhados e confusos,
Adão e Eva r*.e esconderam. Não puderam fu g ir ao
olhar e á justiça de Deus.

— 21 —
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O C A S T I G O jj Li

Scliuorr

7. A e x p u lsã o do P a r a is o e a perda da graça


santificante foram o prim eiro castigo inllicto aos nos­
sos prim eiros paes.

Schnorr.
8. A p e n a do tr a b a lh o nâo tardou a fazer-se
«entir : a terra estava am aldiçoada, tiveram que tra­
balhar para com er.

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O C A S T IG O

Schnorr.

9. A co n c u p isc ê n c ia -não tardou a produzir 6eus


funesto« effeitos. Caim , de inveja de 6eu irm ão, o
m atou.

Qrsel.
io . A d ôr e a m orte e6tão aqui á nossa visfa : a dôr
opprime a Adão e Eva; a m orte fez a sua prim eira vic-
tim a, Abel.

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P R O M ESSA DO R E D E M P T O R

‘Gagliardi. f

i i . P ro m e s s a do R ed em p to r. Deus nâo condem-


nou inteiram ente a nossos prim eiros paes : prometteu-
lhes um Salvador, suja mãe devia esm agar a cabeça
da serpente.

i 2 . O S a lv a d o r é Je s u s C h risto. — Deus o an-


nuncia m ediante prophecias, mostra-o por figuras,
vê-o já no seu hum ilde pTesepio. É Jesu6.
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FIGURAS E PROPHECIAS

O P R O PH E TA E Z E C H IE L

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FIGURAS E PROPHECIAS
1. Porque as figuras e as prophecias.
Sendo a vinda do Messias a este m undo um facto do qual
dependeria a 6alvação do genero hum ano, era conveniente
que esse facto fosöe annunciado e preparado de antemão.
Foi o que aconteceu. O Antigo Testamento está cheio de fig u ­
ras e prophtecias concernentes o Salvador; dest’ arte, quan
de 6ua entrada neste m un do, toda a alma sincera o pôde
reconhecer sem duvida.
2. P rin cip aes fig u ra s do M essias.
Ha senes materiaes que figuraram o Messias : os p rin ci­
paes são : o C ordeiro paschow l, o rrumná, a serp en te de
bronze e os s a crifício s san g ren to s. Ha outrosim persona g en s
illú s tr a que foram figuras do Salvador, eis as principaes :
A dão é o pae da hum anidade, com o Jesús 'Christo é o pae
de todos os rem idos. M oysés é o legislador do A n tigo Tes­
tamento, com o Jesus C hristo é o legislador do Novo. M elchi-
sed ecli offerece em Sacrificio^ pão e vinh o, com o Jesus
Christo se offenecerá a si proprio em Sacrificio 6ob as appa-
rencias de pão e de v in h o . Isaac , carregando a lenha do sieu
S a crificio , representa a Jesus subindo ao Calvario, carregado
com o madeiro da cruz. José, com o Jesus, é vendido por
seus. irmãos. Em fim , após Ires dias, Jonas, com o Jesús «sae
vivo de seu m ysterioso túm ulo.
3. P rin cip aes p roph ecias co n cern en tes o Salv ad o r.
Reunindo-as, tem-se com o que uma historia antecipada
do nascimento, da vida, da morte e da resurreição do Sal­
vador. Acerca do seu n a sc im en to , o Génesis nos diz que
será da estirpe de Sem , da nação descendente de Abrahão,
da tribu de Judá e da fa m ilia de David. Izaias nos ensina
que elle nascerá de uma virgem . Michéas nos aííirm a que
nascerá em -'Bethleem. Acerca de sim vida, os prophetas nos
dizem que elle 6erá doutor, legislador, thaum aturgo e sacer­
dote siegundo a ordem de Melchisedech. Ácerca de sua m orte,
Daniel prediz que ella se effectuará na Septuagésim a semana
de annos a seguir-se ao edicto da reconstrucção de Jerusa­
lem. Zacharias nos diz que teile 6erá vendido por trinta m oe­
das de prata e David affirm a que será trahido por um de
seus discipulos e que será transpassado nas mãos. e no6 pés.
Emfim, ácerca de sua resurreição , Oséas nos assegura que,
tres dias depois de sua m orte, ha de resuscitar e que seu
túm ulo 6erá glorioso.
R e s o lu ç ã o . — R ezando o « creio », fa rei um acto de fé
fir m e e reflectid o acerca da divin d ad e de Jesu s C h risto .

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P R O P IIE C IA S

Schnorr.
i. No p a ra is o te rre s tre . —
Deus promette ao
homem culp&do, um Messias- ou Redemptor. A hu­
manidade tem vivido sempre desta esperança.

Schnorr..
2. A b ra h ã o . — Deus disse a Abrahão : « M ultipli­
carei tua descendencia como as e6trellas do firma­
m ento, todts as nações serão abençoadas em ti e
n’Aquelle que de ti ha de nascer ».

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PROPHECÎAS

3 . D a n ie l. — Desde a ordem dada para se reconstruir


Jerúsalem até a vinda do -Messias, passarão setenta sem a­
nas de annos-. (490 annos).

4. J o ã o B a p t i s t a . — A ’ visla de Jesus, exclama o


procursor : « Eis o Cordeiro de Deus, eis Aquelle que
tira o? peceadost -do m undo. »
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F IG U R A S DA E U C H A R IS T IA

Poussiu.
5 . O M a n n à 110 decerto não é tahcz figura de eu
charistia, desse pão vivo, descido do céu?

isciiuo r
0. M e lc h is e d e c h , Este sacerdote do Altíssimo
olferece em Sacrificio pão e vinho. Figura claramente
o Sacrificio de nossos altares, em que o sacerdote of-
ferece o pão e o vinho.

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F IG U R A S DO SALVAD O R

‘Schnorr.

7. Jo s é . — Como José, Jesus é m altratado pelos


Judeus, seus irmãos. É vendido por Judas e entregue
a extrangeiros.

H. Flandrin.
5. I s a a c . — Como Isaac, Jesus 6obe o m onte, car­
rega do com o madeiro do seu Sacrificio. Offerta-se
ao Pae para 6er immolado.

- 30 -
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P R O P H E G IA S E F I G U R A S

Signol.
,9. D avid exclama : « Transpassaram-me as mãos
e os pés, repartiram m inhas vestes e sortearam minha
tú n ica .

Schnorr.
10. A S e rp e n te de b ro n ze. — Qual a serpente de
bronze, tal o Filho do hom em é elevado d o chão,
para arrancar á morte os feridos que creem nelle.

- 31 -

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F IG U R A S DO SA LV A D O R

Schnorr.
i i . Jo n a s . — Novo Jonas, depois de ter estado tres
dias sepultado no túm ulo, sae vivo e vencedor da
morte.

Leclerc.
12. E lia s . — Melhor do que o propheta E lias, Jesus
se eleva, e sobe ao ceu por própria virtu de, sofr os
olhos de «seus innumero6 discipulos.
- 32 -

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A MAE DE SALVADOR

- 33 - 5
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CATECTSMO ILLUSTRATED. —
A M AiE DO SALVADO R

1. A ntes do N ascim ento do Salvad or.


Por um insigne previlegio € na previsão dos m erecim en­
tos de Jesus C h risto, Maria é preservada do peccado o ri­
ginal. Ë a Immaculada Conceição. Nasce em Nazareth. Seu !
pae é iS. Joaquim e sua mãe Sta Anna'. Desde a edade de
très annos, consagra-se a Deus no templo de Jerusalem.
De volta a Nazareth, estava um dia orando, quando o í
archanjo Gabriel apparece á 6ua presença : « Deus te salve,
cheia de graça, lhe diz; darás á luz um filh o a quem cha
marás Jesus. Elle será o Filho do aUia#imo — Sou a escrava
do Senhor », responde Maria. E no mesmo instante o Filho
de Deus tornou-se o FUho da Virgem Maria.
Pouco tempo depois, Isabel, recebendo a visita de Maria :
« Bemdita sois entre todas as m ulheres, lhe diz, e bemdito
é o fructo de vosso ventre. » iMaria responde com o cântico
do « Magnificat ». Permanece tres mezes ju n cto de sua santa
prim a. Voltando a INazareth, recebe, da mão de Deus, ao justo
José, que se torna seu protector e seu esposo.

2. Depois do nascim en to do Salvad or.


Para obedecer a mm- edicto do Imperador Augusto, José e
Maria são obrigados a ir a Bethleem . É lá, num estábulo,
que nasce o Salvador. Sua santa m ãe o envolve em pannos
e o reclina numa m angedoura. Apresenta-o á adoração dos
anjos, dos pastores e dos m agos. Vae apresental-o a Deus no
templo, ‘e para subtrahil-o á sanha de Heródes, deve tomar o
cam inho do exilio e refugiar-se no (Egypto.
Após a morte de Hleródes, a Santa Fam ilia volta para a
terra de Israel e se estabelece em (Nazareth. 'Nada de mais
simplets e de mais modesto do que lesse lar em que o Menino
Jesus crescia em edade, em sabedoria e em graça perante
Deus e perante os homens. Durante a vida publica do Sal
vador, Maria não apparece sinão ás bôdas de Caná, onde
obtém delle o prim eiro m ilagre, e sobre o C alvario, onde
recebe seu ultim o suspiro.
3. Depois de m orte do Salv ad or.
Maria retira-&e ju n cto ao apóstolo S'. João. Esteve no
Cenáculo no dia de Pentecostes. Viveu ainda numerosos
annos, instruindo e edificando aos fieÍ6 da E greja prim itiva.
Morreu em Jerúsalem e resuscitou alguns dias depois, para
ir iieinar no ceu.
R e s o l u ç ã o . — Terei para a Santa Virgem o respeito e a
confb n ça devidos á mãe do meu Salvador e á minha mãe.

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A IN F A N C IA DE M A R ÎA

1. D efinição da Im m a cu la d a C onceição da
S . V irgem . — Este dogma foi definido por Pio IX a 8
de desembro de i 8 5 4 , na egreja de S. Pedro de Roma.

Muri Ho.

2. P a e s da S a n ta V irgem . — Maria teve por pae


a São Joaquim , e por mãe a Santa Anna. Era-lhe« sub­
missa.

- 35 -
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A ANNUNCIAÇÃO

jLfiicpveu.
3 . A p re s e n ta çã o ao tem p lo . — Desde & edade de
Ires annos, Maria, levada por 6eus piedosos paes, vem
se con-sagrar ao Senhor 110 templo de Jerúsalem.

Schnorr.
4 . A n n u n cia çã o . — O anjo lhe diz ; « Deus* vos
salve, cheia de gra ç a ..., o Espirito Santo baixará sobre
vós, e de vós nascerá o Filho de Deus ». Maria res­
pondeu : « Sou a escrava do Senhor ».
- 36 -

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A VISITAÇ ÃO

Haphaöi.

5. C a sa m en to da S a n t a V irg em . — Maria recebe


por esposo, das mãos de Deus, ao justo José que será
seu protector e o confidente dos mysteriös divinos.

Sclinorr

6. A v isita çã o . — Tendo sabido do futuro nasci­


m ento do santo precursor, Maria parte logo e vae visi­
tar a sua prima Isabel.
- 37 -

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M A R IA , M Ã E DE JE SU S

Saasoferrato.
7. M aria, no p resep io, adora no silencio este mys-
terio de amor e apresenta seu divino Filho ás adora­
ções dos anjos, dos pastores, dos magos.

Schnorr.
8. M aria, em C an á, diz a Jesús : « Elles não têm
mais vinho », e aos criados : « Fazei o que Elle vos
disser », e, ao seu pedido, Jesus converte a agua em
vinho.
- 38 -

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M ARIA* M ÃE D O S H O M EN S

9. M a ria , no C a lv a rio , co m a alm a desped açad a,


m as sem pre fo rte , une seu Sacrificio ao de seu divino
Filho.

Gleyxe.

10. M a r ia , no C en ácu lo , ora com os apóstolos e


recebe com elles o Espirito Santo que vem , em form a
de linguas de fo go , repousar sobre 6uas cabeças.

- 39 -

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A G L O R IA DE M A R IA

F ra Angélico.

ii M a ria , no Ceu, é coroada por seu divino Filho,


rainha do« anjos e do« «antos. De lá ella vela sobre nós
e nos protege.

D. Ghirlandaio.

i 2. C o n fian ça em su a p ro tecção m a te rn a l.
S u p p liq u e m o l-a co m fe r v o r e im item o s suas v irtu d e s .

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-£ 4 0 -
INFANCIA DO SALVADOR

A SAG RADA F A M ÍL IA TRABALH AN DO

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— 41 — 6
IN FAN CIA DO SALVADOR

1. N ascim ento em B eth leem .


Para obedecerem á ordem do im perador Augusto, José c
Maria tinham ido a BethBeem. Estavam com pletos os tempos
e devia apparecer o Messias. Elle nasceu num a pobre estre­
baria, a 2*5 de dezembro, pela meia n oute. Sua santa mãe
o envolvteu em pannos e o reclinou numa m angedoura, onde,
na mesma noute, foi adorado pelos pastoreç, a quem os
anjos haviam annunciado o grande acontecim ento. Oifo
dias depois, o Salvador foi circum cidado e recebeu o nome
de Jesus. Quarenta dias apos 6eu nascim ento, fo i levado ao
templo de Jerúsalem , onde o velho Simeão e a prophetÍ6&
Anna deram testemunho de que esse m enino era o Messias
prom ettido ao m undo.

2. A d o ração dos M agos e fugida p a ra o E gy p to.


Guiados por uma estrella m ilagrosa, os M agos vieram do
Oriente para visitar ao Salvador. Tendo-o encontrado, ado­
raram-no e lhe offereceram em presente, ouro, incenso e
m yrrha. Herodes, temendo que esse m enino adorado pelos
m agos, o diepusesse um dia do reino, com um edicto cru el,
ordenou fossem mortos os m eninos de dois annos e abaixo,
em Bethleem e nos arredores. Ju lgava, assim, attin gir a
Jesús, mas enganou-se. Um anjo tinha prevenido a São José,
o qual salvou ao m enino levando-o ao E gypto com M aria,
sua mãe.

3. V ida o ccu lta em N azareth.


Morto Herodes, a santa Fam ília voltou para Nazareth. Cad?
anno ia a Jerúsalem para lá celebrar a festa da Paschoa.
Ora, um anno, ao voltarem para casa, 'Maria e José se aper­
ceberam de que Jesus não os tinha seguido.
O m enino tinha doze annos. A inquietação delles> foi grande.
Interrogaram a parentes e am igos. Nenhuma noticia ! Afina),
ao cabo de Ires dias, encontraram-no no tem plo. Jesu6
estava no m eio dos doutores, escutando-os e encantando-os
com a sabedoria de suas respostas. Voltou para Nazareth
com seus paes. A lii ficou desconhecido até a edade de trinta
annos, passando toda sua m ocidade na hum ildade, na po-
bresa, no trabalho, para nos dar exem plo dessas virtudies.
R e s o l u ç ã o . — Cultivarei uma terna devoção para com o
Menino Jesus, e imitarei sua humildade e obediencia.

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- 42j ~
N A S C IM E N T O DO SALVAD O R

i . B eth leem . — « E tu , Bethleem de Ephrata, tu


és pequena entre as cidades de Judá; mae é de ti
que èairá aquelle que será o dominador de Israel ».

Lorenzo di Gredi.
2. N ascim en to do S a lv a d o r. — Veiu ao mundo a
2i5 de dezembro, pela meia noute. A Santa Virgem,
eua m ãe, o envolveu em panno» e o depoz no pre­
sépio.

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OS P A S T O R E S NO P R E S E P I O

Schnorr.
3 . Os p a sto re s. — De repente foram deslumbra­
dos por uma grande Juz. Appareceu-lhes um anjo.
v Annuncio-vos, lhes disse, um grande m otivo de
alegria ».

MutíIüo.
4. O P re se p io . — 0 « pastores foram a fôethleem
e entraram na choupana; álii encontraram a Maria
e José ju n to ao m enino deitado numa mangedoura

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PRESEN TA Ç Ã O D E JE S U S AO TEM PLO

Fra Bartolommeo

5. O T em p lo . —- A lgun s dias depois, Maria, para


obedecer á lei, levou o m enino a Jerusalem. Offereceu
por elle duas pombas e cinco siclos de prata.

()• M a p p a . — Indicando a® differentes viagens da


sagrada Fam ília a Bethleem , a Jerúsalem , ao E gypto,
e- a dos Magos a Jerúsalem e Bethleem.

— 45 —

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A ADORAÇÃO DOS M AGOS

7. Os M agos. — Algum tempo depois, os reis magos


guiados por uma cstrella m ilagrosa, vieram do Oriente,
a adorarem ao Menino-Deus.

8. Os p resen tes. — Os magos entram , encontram


o menino com a mãe, prostram-se, adoram-no, e, abrin­
do seus thesouros, offerecem-lhe ouro, incenso e m yrrha.

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A F Ü G ID A PARA 0 EGYPTO

Schnorir.
9. A fu g id a p a ra o E g y p to . — Durante a noute,
o anjo diz a José : « Levanta, toma o menino e a
mãe e foge para o Egypto : Herodes quer m atar o
menino ».

Schnorr.
10. Os S a n to s in n o cén tes. — Furioso par não ver
voltar os Magoe, Herodes, para attingir ao Messias,
manda m atar, em Bethkem , todos os meninos abaixo
de dou6 annos.

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47 - -
JESU S ENTRE OS D O U T O R E S

i i . N a z a r e t h . — É aqui que a sagrada Fam ilia vem


se estabelecer na volta do E gypto, e que Jesús cresce
em- sabedoria e graça perante Deus e perante os ho­
mens.

12.. J e s ú s n o m e io d o s d o u to r e s . — Estava as­


sentado no m eio delles, escutando-os e interrogando-os;
e todos estavam pasmos pela sabedoria de sua6 res­
postas.

- 48 -
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ENSINOS DO SALVADOR

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ENSINAMENTOS DO SALVADOR

1. Como Jesu s en sin a.


Durante os primeiros trinta annos de sua vida, o Salvador
ensina sobretudo com seus exemplos, dando, em sua con-
ducta, um modelo admiravel de todas as virtudes
Durante os tres últimos annos de sua vida, ensina espe­
cialmente com seus discursos. Não deixa passar occasião
alguma de instruir os povos, pregando nas 6ynagogas, 110
cam po, á beira-mar e dando em cada uma de suas> palavras
uma instrucção importante.
Fala co m o m estre , affirmando com auctoridade o que en­
sina substituindo 6eus preceitos aos de 'Moysés, lendo no
fundo dos corações e confundido a 6eus inimigos com
argumentos m ui clatos e com a jüsteza irrefutável de suas
respostas.
Fala á in te llig e n cia de todos. Suas palavras empolgavam
pela claresa e pela simplicidade. Às turbas estavam m ara­
vilhadas. Por mais elevada s<eja sua doutrina, apresenta-a de
tal form a que o Evangelho, ao menos em 6uas partes essen-
ciaes, é entendido em todos os tempos e em todos os logares.
E , em quanto os pequienos nelle encontram uma luz 6uffi-
ciente, os espiritòs mais pujantes não chegam a medir-lhe
a profunde6a.

2. O que Jesús ensina.


Eis o sum mario da sua doutrina sobre DeüS : Ha um sô
em tres pessôas, Pae, Filho e Espirito Santo. Sobre o M essias :
JiesUs c elle mesmo o Messias annunciado e o Redemptor do
genero humano. Sobre o E sp irito Sa n to : envial-o-á aos
homens para purifical-os e santificai - os. Sobre o d estin o
h u m a n o í não consiste em nos occuparm os exclusivamente
dos affazeres dêste m undo, m as, sobretudo, iem procurarmos
0 reino de Deus c sua justiça. O que nos im porta, é che­
garmos ao ceu. Sobre a m oral e va n g elica : completa a de
Móyses; exigie de nós, antes de tudo m ais, a pureza interior
e a homenagem dos sentimentos intimos do coração. A regra
da moral é a vontade de Deus e não a do homem. Sobre
a6 virtu d es ch rista n s : tem com o principio o am or de Deus
e o am or ao próxim o. Sobre a vida sobrena tura l : para agir
coníorme essas verdades e esses preceitos, o homem neces­
sita de um auxilio divino, a graça, que obtem e reciebe, em
geral, mediante a oração e os sacramentos.

R eso lução. — Estudarei a d o u trin a d o S a lv a d or , le n d o 0


Evangelho t conformando com elle minha conducta.
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GOM O JE SSU E N S IN A

S. Petit.
i. E n s in a com se u s exem p lo s. — Que licç5o de
obediencia e de hum ildade nos dá o Menino Deus, tão
subm isso a suas creaturas!

Schnorr
q. E n s in a com seu s d iscu rso s. — A« turbas o
e6Cutam admiradas. Peneiradas e attrahidns por e6ta
palavra divina, seguem a Jesu6 até o deserto.
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— 51
CO M O JE SU S E N S IN A

3 . E n s in a com p a rá b o la s. — As almas são presas


pela justesa de suas licções. Aqui o 6emeador é Deus; a
6emente, a palavra divina; a terra, é nossa alma que
deve produzir fructos centuplicados.

li. Luini.
4. E n s in a com o m e stre . — « O uve, Israel, díz
Jesus, o Senhor teu Deus é o unico Deus, tu o amarás
de todo teu coração, de toda lua alm a... amarás a
teu próxim o com o a ti me6mo ».

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O Q U E JE S U S E N SIN A

Schnorr.
5 . A T rin d a d e d as p e sso a s em D eu s. — « Ide,
d:z Jesus a 6eus apostolos, ensinae a todas as nações,
baptisae-as em nome do Padre, c do Filho e do Espi­
rito Sanlo.

Le Guide.
6. S u a p ró p ria d iv in d ad e. — Diz-lhe a Samari-
tana : « Sei que o Messias ha de vir e que elle no6
ha de ensinar tudo ». Diz-lhe Jesús : Sou eu mesmo,
quem te fala. »
... _
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O Q U E JE S U S EN SIN A

Tardieu,
7 . C o n fia n ça n a P ro v id e n c ia de D eu s. — Não é
elle que nutre os passaros do ceu e que dá ao li rio
do cam po seu enfeite encantador? Tenhamos então con ­
fiança.

Schnoirtr,
8 . C o n fia n ça
em su a m is e ric ó rd ia . — O pródigo,
é o peccador. 0 pae, é Deus. Ah! como é infeliz este
jovem , longe dos seus! Quando volta, que alegria para
o coração do pae.

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O QUE JE SU S E N S IN A

í). O m o do de re z a r. — Quando orardes, diz Jesus


a seus apostolos, dizei : « Padre nosso que estaes no
ceu, santificado seja o vosso nom e, venha a nóe o
vosso rein o... ».

Schnorr.
to. A c a r id a d e c o m o p r o x im o . — Quer que se
mostre não só com palavra6 e para os amigos, mas
também, com o o bom Samaritano, com factos, aceroa
do« extranhos e até do« inimigo«.

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55 - -
O QUE JE SU S E N S IN A

ii. I m p o r ia n c ia d a S a l v a ç ã o . — Como a M artha,


Jesús nos repete : « Vós vos preocupaes e vos periuroaes
por muitas cousas, quando uma só é necessaria ».

Schnorr.

i2. A ete rn id a d e feliz ou in fe liz . — « Ora, acon­


teceu que Lázaro, o mendigo, morreu e foi levado
pelos an,jo6 ao seio de Abrahão. Morreu também o
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rico, e foi sepultado no inferno ».
MILAGRES DO SALVADOR

R. Balzo.
A TE M PESTA D E ACALM AD A

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— b l —
8
MILAGRES DO SALVADOR

1. Jesú s C hristo operou nu m erosos m ilag res.


Sarou uma m ultidão de pessoas, atacadas die toda sorte
de m oléstias, lepra, febre, paralysia. Sarava-as num instante, ?
frequentem ente com uma palavra só, ás vezes, á distancia I
sem vel-as nem avisinhar-se deLlas.
Restituiu a vi6ta a cegos, entre outros, a um cego-nado.
Fez falar aos mudo6, e andar aos coxos. (Expulsou o demonio
do corpo dos possessos. Foi visto andar sobre as ondas, \
acalm ar a tempestade, ordenar péscas m ilagrosas, m udar a
agua em v in h o , e alim entar m ilhares de pessôas com a lg u n s- 9
pãe6. Tornava-se, á vontade, invisível. Conhecia os pensa­
mentos. mais secretos e predizia o futuro. Restituiu, em fim , '
a vida a morto6. O Evangelho lembra tres : a filha de Jairo
quie acabava de m orrer; o filho da viuva de Naim , que ia
ser sepultado, e Lázaro que já estava, havia quatro dias,
110 túm ulo. 9

2. E stes m ila g res provam a divindade de Jesu s Christo.


€om effeito, só Deus pode, quando lhe apraz, derogar ás
leis da natureza, por elle estabelecidas. Por isso o Salvador I
dizia aos Judieus incrédulos :
« Ajs obras que faço, dão testemunho de que meu Pae me )
enviou. S i vós não crêtjes ás m inhas palavras, crêde ás '
m inhas obras. »
Tendo vindo os discipulos de João Baptista, perguntaram -
lhe si elle era o Messias. Jesus operou, á presença delles,
alguns m ilagres, e lhes disse : « Ide, e contae a João o que
vistes : os eegos vêm , os surdos ouvem , os leprosos saram . »
Jesus vaie resuscitar a Lázaro, dá graças ao Pae, dizendo :
« É para que o povo que m e rodeia, creia que \ó& me
enviastes. »

R e s o l u ç ã o . — Cada vez que recitar o « Creio », renovarei


meu acto de fé na divindade de Jesus Christo.

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- 58 -
SIG N IFICA Ç Ã O D O S M ILA G R E S

J. INatali®.
1. R e s p o s t a a o s e n v ia d o s d e J o ã o . — « Ide dizei
a víxto m estre o que vistes e ouvistes ; os cegos vêm
os coxos andam , o Evangelho é annunciado aos po­
bres ».

'la.rdieu,
2. R e s p o s t a a o s P h a r is e u s . — Não vos será dadfc
outro signa 1 que aquelle de Jônas. Si não crêdes ás
m inhas palavras, crêde ás m inhas obras ».

- 59 -

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SEU PODER SO BR E A NATU REZA

MuríJio.
3 . M u ltip lica çã o dos p ães. — Estavam no deserto.
Faltavam-lhes os viveres. Então com cinco pães e al­
guns peixes, Jesus deu de com er a mais de cinco
m il pe6sôa6.

4 . J e s u s a n d a s o b r e a s a g u a s . — Pedro ia afun­
dando. « Senhor, acuda-mel » grilo u . Logo, Jesus o
segurou e lhe disse : « Homem de pouco fé , porque
duvidasteP »

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60 -
SE U P O D E R S O B R E AS D OENÇAS

Poussin.

5 . C e g o s s a r a d o s . — « Filho de D avid, tende dó


de nós, » exclam am dous pobres cegos. Jesus toca-
lhes os olhos e a vista lhes é restituída.

(3. P a r a l y t i c o s a r a d o . « Levanta, lhe diz Jesus,


toma teu leito e anda ». Logo o paralytico levantou,
tomou o leito e foi andando.

- 61 -

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SÊU P O D E R S O Ê R E OS D EM O N ÍO S

Schnorr.

7. E n d e m o n in h a d o sa ra d o . Então Jesu« ordenou :


« Sae desse hom em , espirito im m undo ». E o demonio
ao sahir, gritou : « Vós sois o Filho de Deus ».

J. Natalis.

8.M ila g re feito á d is ta n c ia . E Jesús disse no


Centurião : « Vá, e que te seja feito conform e lua fé. »
E o criado do centurião 6arou na mesma hora.

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S E U P O D E R S O B R E A M O R TE

Schnorr.

9. A filh a de Ja ir o . Tom ando a mão da m enina,


Jesus exclam ou : « Menina levanta! » a menina ergueu-
se logo, ressuscitada.

6cimonr.

10. R e su rre içã o de L á z a ro . Então, com voz forte,


Jesús exclam ou : « Lazaro, 6ae do tum ulo. » E Lazaro,
m orto havia quatro dias, appareceu vivo aos olhos de
todos.

- 63 -

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SEU PODER SO BR E SU A PESSO A g

Raphaël.
11. A T ra n s fig u ra ç ã o . Emquanto Jesús orava,
transfigurou-se á presença delles. 0 rosto resplandecia
com o o sol, e as veste6 tornaram-se alvas com o a neve.

Sclmonr
i2 . A R e su rre iç ã o . De repente & terra estrem eceu,
os guardas aterrados ficaram com o m ortos. Jesus, por
sua D rooria virtude, se tinha ressuscitado-
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PAIXAO DE JESUS CHRISTO

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PAIXÃO DE J E S U S CHRISTO

1. Jesú s no Jard im das O liveiras.


Saindo do Cenáculo, onde instituiu a eucharistia, Jesus
vae com seus discipulos ao jardim do Gethsemani. Retira-se
á parte. É tomado de tamanha tristesa que em breve é redu­
zido á agonia. Um euór de sangue corre-lhe de todo o corpo
até o chão. Tres vezes, dirigindo-se a 'Deus, lhe diz : « Meu
Paie, vê si é possível que este ca lix se afaste de m im ; faça-se
porem tua vontade. » Vem um anjo consolal-o e fortalecel-o
Nesse momento apparece Judas. O trahidor vendeu seu mes
tre. (Entrega-o a seus in im igos, com um beijo. 'Logo, os
apostolos, amedrontados, fogem .

2. Jesu s p eran te os juizes.


Jesus é acorrentado e levado ao palacio dos summ os pon-
tifices. Depois de interrogado, Annas o envia a Caiphaz.
Este, achando fracos 06 depoimentos das testemunhas, adjura
ao Salvador para que lhe diga si é devéras o Filho de Deus.
Já o disseste; eu o sou. Ouvindo estas palavras, Caiphás,
rasga as vestes e brada : « Blasphem ou, é digno die m ortel »
Mas só Pilatos tem poder para condem nar á morte. Jesús é
conduzido a elle. Este, para não condem nar a um innocente,
o envia a Herodes, quie o tracta com o si fosse louco, Recon-
duzidq a Pilatos, é de novo interrogado, depois flagellado,
coroado de espinhos, e por ultim o entregue aos inim igos
para ser crucificado.

3. Jesu s n o Calvario.
Logo Jesus é carregado com a cruz. O povo o segue
insultando-o. Auxiliado por Simão Cyreneu, Jesus, com
grande custo, chega ao cim o do C alvario. Lá, o deitam sobre
a cruz, transpassam-lhe os pés e as mãos com grossos pregos.
Durante tres horas padece o mais horriviel dos supplicios
entre dous ladrões. Seu amor porem é mai6 forte do que
sua dor. iPede ao .Pae perdão pelos seus- algozes. Promette a
gloria ao bom ladrão. Entrega a mãe ao discípulo amado.
Entrega a alma nas mãos do Pae. Annuncia que tudo está
consum m ado, e m orre por nós.

R e s o l u ç ã o . — Hei de amar a Jesus Christo que tanto me


amou. Salvarei minha alma que tanto lhe custou. Fugirei o
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peccado que causou sua morte.
JE S U S NO G E TH SEM A N I

Lo Doininiquin.
i. A gon ia do S a lv a d o r. Tendo entrado em agonia,
Jesús ora com ma„Í6 instancia, e um suor com o de
gottas de sangue escorre de seu corpo até o chão.

Scilnortr.
2. T ra h iç ã o de Ju d a s . O trahidor chega-se ao S al­
vador e lhe diz : « Salve, Mestre », e o abraça. « Judas!
...d iz Je6us, tu atraiçoae o Filho do homem com um

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beijol »
JE S U S EM CASA DO SUMMO SA C E R D O T E

Schnorr
3. J e s ú s p e ra n te C aip h az. O eummo sacerdote Jhe
diz : (( Eu te ad.juro, dize-nos si tu és o Christo, o Filho
de Deus? » Jesus respondeu : « Tu o disseste-; eu o
sou. »

.uo-i u o r.
4. N eg a çã o de S im ã o P ed ro . Estava em pé, aque­
cendo-se, quando o interpellaram : « Não és tambem
tu dos seus discipulos? » Respondeu : — « Não, não!
eu não conheço à este homem! »
- 68 -

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JE S U S NO P R E T O R IO

Schnarr.
õ. U ltr a je s dos cria d o s. Deitam-lhe um veu sobre
a cabeça, e batendo-lhe com a mão na face, diztm :
« A divinha, Christo, quem te bateu? »

M ortier
6. B a ra b b á s p re fe rid o a Je s u s . Pilatos lhes disse :
« Qual dos douè, quereis seja livre? — Barabbás! bra­
daram todos ju n ctos, livra a Barabbás! toma a Jesús e
crucifica-o! »

- 69 -

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JE S U S FL A G E L L A D O E CONDEMNADO

Bologne.

7. F la g e lla ç ã o . Vendo que nada consegue, e que,


pelo contrario, o tumulto áugm enta, ordena que tomem
a Jesus e o flagellem .

Bouriché.

8. C o n d em n ação. Querendo contentar ao povo, Pi­


latos soltou a Barabbás e entrega Je6us ao povo para 6er
crucificado.

- 70 -

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JE S U S NO CALVARIO

Le Sueur.
9. O C y ren eu a ju d a a Je s u s a c a rr e g a r a cruz.
— Saindo da cidade encontram a um homem cham ado
Simão. Obrigam-no a carregar a cruz, atr&z de Jesús.

(Mantegm.
io. M orte de Je s u s . — Então, com voz forte, Jesús
brada : « Pae, entrego m inha alm a em vossas m ãos. »
Dizendo esta6 pslavras, inclina a cabeça e m orre

- 71 -

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- 72 —
RESURREIÇAO DO SALVADOR

S ig n o l.

A R E S U R R E IÇ A O DO SALVAD O R

10
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— 73 -
RESURREIÇAO DO SALVADOR

1. M orte do Salvad or.

Na sexta feita santa, pelas tres horas da tarde, o Salvador


expirou na cru z. A divindade não cessou de estar unida
quer á sua alm a, que foi ao lim bo consolar as almas dos
justos que aguardavam sua vinda, quer a 6eu corpo que
ficou tres dias no sepulcro. Na mesma tarde de 6ua morte,
depois que a lança do soldado abriu o lado do seu sagrado
'Coração, Jesús foi sepultado por dous de seus discipulos,
José de Arim atheia e 'Nicodemos. Seu corpo foi depositado
num tum ulo novo, aberto na rocha; este fo i fechado com
uma grande pedra e sellado coou. o sello da autoridade
publica

2. R esu rreiçã o do Salv ad or.

No terceiro dia, Jesús reu n iu a alm a ao corpo e saiu vivo


c glorioso do sepulcro. Tinha predicto durante a vida :
« Esta geração incrédula exige prodigio6, dissera elle; mas
s<5 terá o do propheta Jonas; pois, com o Jonas permaneceu
tres dias no 6ieio da baleia, e de lá 6aiu v ivo , assim o Filho
do homem estará tres dias no seio da terra, e delle sairá
vivo. » O dia de Resurreição do Senhor cham ou-se o dia
de Paschoa. É a m aior solem nidade christan

3. A pparição do Salvad or.

Para fazer constatar bem sua resurreição, Nosso Senhor


favoreceu a seu6 amigos, e a seus discipulos com numerosas
apparições. O Evangelho m enciona um certo numero delias
e na ordem- seguinte : apparição a Maria Magdalena, ás
6antas m ulheres, a Simão Pedro, aos discipulos de Em m áus,
aos apostolos reunidos no Cenéculo, a São Thom é; a beira do
lago de Tiberiades na Galiléia, e, por ultim o, no m onte Oli-
vete, onde Jesús se elevou ao ceu na presença de um grande
num ero de discipulos

R e s o l u ç ã o . — Consolidarei m inha fé na divindade de


Jesus Christo e pensarei muitas vezes ao logar que elle foi
me preparar no ceu.

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JE S U S COLLOCADO NO TU M UT.0

Schmoinr.

1. J e s ú s co llo ca d o n o tu m u lo. — Seu corpo foi


descido da cruz, embalsamado e deposto no tum ulo á
vista de sua mãe.

De Vos.
2. J e s u s no lim b o . — Separada do corpo pela
morte, a alma de Jesus desceu &o lim bo, onde, ha tanto
tempo, as almas dos justos esperam eua vinda.

- 75 -

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APPARIÇÃO ÁS SA N TA S M U L H E R E S

Le Sueur.
3. A M a ria M a g d a le n a . — Jesu6 lhe diz : « Ma­
ria! » Volvendo-se a elle e lançando-se de joelhos, lhe
responde : R&bboni, ó Mestre! »

J. N a ta lis .
4. A’s s a n ta s m u lh e re s. — « Saudo-vos », diz-lhes
o d ivin o Ressuscitado. Elias então se approxim am delle,
beijam -lhe os pés e o adoram.

- 76 -

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A P P A R I ÇÃ.O AOS D IS C IP U L O S D E EM M AU S

Schnorr
5. N o c a m in h o . — Jesus parece querer continuar a
jornada : « Ficae coninosco, disseram-lhe, o dia ter­
m ina, entra a tarde. Então ficou com elles.

Restou t.

6. A f r a c ç ã o d o p ã o . — Jesús toma pão, benze-o,


parte-e e o dá a elles... Neste m omento reconheceram-
n o...; mas Jesus dcsappareceu da vitta delles.

— 77 —

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A P PA R IÇ Õ E S AOS A PO STO LO S

7. N o C e n á c u lo . — As portas estavam fechadas. De


repente Jesús apparece no m eio delles e lhes diz : « A
paz seja com vosco. Sou eu, não tenhaea medo. »

Schnorr.
8. A S ã o T h o m é. — « (Põe aqui teu dedo e vê
m inhas mãos : mette tua mão no meu lado e não isejae
incrédulo, mas fiek — Meu Senhor e meu Deus! » bra­
dou o apostolo.

- 78 -

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A PPA R IÇ Õ ES AOS A POSTOLO S

9. A’ b e ira do la g o . — De m anhã, Jesus estava de


pé á beira... « E ’ o Senhorl » diz a Sim ão Pedro, o dis-ci-
pulo a quem Jesus amava.

R a p h a ë l.
io . R e p a ra çã o da trip lic e n e g a ç ã o . — E Jesús
diz tres vezes a Sim ão Pedro : « Tu me amas » Pedro
responde : « Sim , Senhor, eu vos amo. » Jesus lhe
diz : « Apascenta meus cordeiros, apascenta minhas
ovelhas. »

- 79 -

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ASCENÇAO DO SA LV A D O R

ii. M onte O livete. — Depois que Jesus falou assim,


conduziu aos discipulos fóra de Jerúsalem sobre o
m onte das Oliveiras-.

Schnorr.

i2 . A scen çã o do S a l v a d o r . — Então erguendo as


mãos, Jesus 06 abençoou. E eis que em quanto os aben­
çoava, os deixou, e, á vista delles, ee elevou ao ceu.

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- 80 -
0 ESPIRITO SANTO

O verb eck.
NO D IA D E P E N T E C O S T E S
O E S P IR IT O SANTO D E S C E S O B R E OS APO STO LO S

- 81 - 11
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0 ESPIRITO SANTO

1 . O que é em s i m esm o.
0 Espirito Santo é a terceira1 pessoa da adoravel Trindade. -
que procede do Pae e do Filho. « Id e, disse Jesus Christe
aos apostolos, ensinae todas as nações, baptisando-as em o|
nome do Padre, e do F ilh o y e do Espirito Santo. » Estas
palavras exprim em a distinção das tres pessoas divinas e a
egualdade de naturesa do lEspirito Santo com o Padre e o
Filho. Elle é Deus, com o é Deus o Paie, com o é Deus o
Filho. É , todavia, a terceira pessôa distincta das outras
duas, porque procede do Pae e do Filho. « Eu vos enviarei,
di6se Jesús Çhristo, o Espwito de verdade que procede do
Padre.
2. O que foi p ara os A póstolos.
Deixando seus apostolos, o Salvador tinha prom ettido de
ihes enviar o Espirito Santo. Ora, dez dias depois da Ascen-
ção, no dia de Pentecostes, estavam todos reunidos com a
SS. V irgem , no Cenáculo. De repente vem do ceu um ruido
qual o de um vento im petuoso, que encheu toda a casa em que
elles se achavam . (No m esmo tempo viram apparecer umas
com o linguas de fogo que se dividiram e se postaram 6obre
cada um delles. Foram todos cheios do Espirito Santo e entra­
ram a falar diversas linguas, conform e o Espirito Santo lhes
.concedia que se exprim issem .
Até então os apóstolos com prehendiam mal o que lhes
tinha dado Jesu6 Christo; dalli em diante, sua intelligencia se
abre para a verdade. Antes eram tim idos, fraco6. No Jardim
das O liveiras, tinham fu gid o e depois se esconderam; eis que
agora uma coragem sobrehumana os anim ou e um zelo devo­
rador 6e apodera de todo o ser delles. Sao transformados em
novos homens.
3. O que é p a ra nós.
O Espirito Santo vem a nós especialmente no6 dias do Bap­
tismo e da Confirm ação. Habita em nossas almas até que o
não expulsem com o peccado m ortal. É elle que brada em
nossos corações : « Pae! Pae! » quando oramos. Santificador
de nossas alm as, reprime nossas más inclinações e nos faz
praticar as. virtudes christans. E m fím , é para as almas fieÍ6,
o Consalador, o divino Paraclito, prom ettido aos discipulos
por Jesús, com o outro elle, que os deve com pensar pela perda
de sua presença visivel.
R e so l u ç ã o . — Invocarei ao Espirito Santo, antes de minhas
acções principaes.

- 82 -
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O E S P IR IT O SAN TO É D E U S

i. São tres que dão testemunho no ceu : o Padre,


o Verbo e o Espirito Santo, e estas tres pessôas são um
só e mesmo Deus.

2. M en tir ao E sp irito S a n to , é m entir a Deus, diz


S. Pedro a Ananias, e em castigo deita m entira, feita
a Deus, Ananias é ferido de m orte.

- 83 -

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3. P e lo s p r o p h e t a s , que inspirava, faz conhecer ao
Messias vindouro, seu nascim ento, seus m ilagres, sua
resurreição e excita os Judeus a desejal-o e a amal-o.

4 . N o s e io d a V ir g e m M a r ia , forma o corpo ado-


ravel de Jesus Christo, o Filho de Deus e nosso Sal­
vador.

- 84 -
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É P R O M ET TID O E DADO P E L O SALVADO R

5 . E ’ p ro m ettid o pelo S a lv a d o r , dizendo a «eus


Apostolos, antes de os deixar : « Eu vos enviarei o Espi­
rito de verdade, que procede do Padre ».

6 . E ’ dado pelo S a lv a d o r a seu s A postolos,


quando soprando 6obre elles, lhe diz « Recebei o Espi­
rito Santo, os peccados serão redimidos a quem os redi­
mirdes ».

- 85 -
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A P P A R E C E SO B D IV E R S A S FORM AS

7. So b a fo rm a de p o m b a. — Svm bolo da inno-


cencia, no momento em que Jesus é baptisado por S.
João nas margens do Jordão.

8. S o b a fo rm a de lín g u a s de fog o, no P en ­
tecostes, o que significava a caridade ardente com que
elle abrasava os Apostolos, e o dom das- línguas que
lhes com m unicava.

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É COMMUNICADO P E L O S APO STO LO S

9. E ’ dado p elos a p o sto lo s, orando, impondo as


mãos aos novos baptisados e fazendo descer sobre elles
o Espirito Santo.

10 . E ’ dado pelos B is p o s , seus suecessores, quando


administram o sacramento da Confirmação que faz de
nós perfeitos christãos.

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- 87 -
É N O SSA LUZ E N OSSA FORÇA

ii. Ê a luz. — Que esclarece os espiritos; por isso


o devemos invocar em no&sas duvidas e em todas as
nossas emprezas.

12. ÍI fo rç a . — Que sustem as vontades para vencer


ás tentações, eupportar as provas e cu m p rir os deveres

- 88 - •

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A SANTA EGREJA

O P A P A , C H E F E V I S IV E L DA E G R E JA

— 89 —

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A SANTA EGREJA

1. É u m a sociedade fundada por Jesu s Christo.


O Salvador, ao dixar a terra, não tinha ainda concluído sua
obra. Tinha vindo para que todos os homens se salvem.
Ora, o homem necessita de verdades que esclareçam sua
intelligencia, de preceitos que d irijam sua vontade, de auxi­
lio® que o ajudem a fazer o bem e evitar o m al. Jesús
trouxe-lhe tudo isso. Convinha porém que todos os homen6,
pertencentes a qualquer região e a qualquer tempo, pudessem
colher 06 benefícios die sua vinda.
Foi para isto que estabeleceu uma sociedade, uma Egreja,
que deve ser, até o fim dos séculos, a depositaria de sua dou­
trina, de seus m andamentos, e de 6uas graças, e da qual
elle continua a 6er o chefe invisível : « Ide, ensinae a todas
as nações, disse aos Apóstolos, baptisae-as em nome do
Padre, e do F ilh o , e do Espirito Santo; e ensinae-lhes a guar­
dar tudo o que vos tenho mandado. — Eis que eu estarei
comvosco todos os tem pos, até a consummação dos séculos. »
« Em verdade eu vos digo, tudo o que ligardes sobre a terra,
será ligado tambem no ceu , e tudo o que desatardes sobre a
terra será desatado tambem no ceu. » « Quem vos escuta, a
m im escuta; quem vos despresa, a m im despresa. »

2. E s ta Sociedad e é a E g r e ja R om ana.
De todas as crenças que se dizem christans, só a Egreja
Romana realiza as condições propostas pelo divino Fundador da
Egreja. Remontando a série dos 26. Papas que governaram a Egreja
Rom ana, partindo de Pio XI hoje gloriosam ente reinante, che­
gamos 6em interrupção, a S . Pedro.
Toda a tradição testemunha que a doutrina da Egreja Ro­
m ana é a dos Àpostolo6; e quando ella define um dogm a, não
faz mais do que propôr d ’uma maneira mais form al verdades
já contidas no deposito confiado aos Apostolos. Depois de
2 0 séculos, tem sempre o m esmo sym bolo, os mesmos sacra­
m entos, os mesmos pastores, successore6 do6 Apostolos
O Papa, chamado tambem soberano Pontífice, é o euc-
cessor de S. Pedro, na Sé de Rom a, o vigário de Jesus Christo
sobre a terra e o chefe vísivel da E greja. Os Bispos, são os
sucessores dos Apostolos, encarregados, 6ob a dependencia do
Papa, do governo espiritual das dioceses. Os Párocos são
padres encarregados, sob a dependencia dos bispos, da direcção
das Paroquias.
(Re s o l u ç ã o . — fíegeitarei toda doutrina que não for appro-
vada pela Egreja Romana.

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- 90 -
ELEIÇ Ã O E M ISSÃO D O S APO STO LO S

1. E sc o lh a dos A postolos. — Jesús disse a Sim ão


e a A ndré, seu irm ão : « V inde... vos farei pescadores
de homens. » Abandonaram logo as redee e o 6egui-
ram.

2. M issão dos A postolos. — « Ide, ensinae todas


a6 nações; «nsinae-as a guardar tudo o que voe tenho
mandado : quem vos escuta, a m im escuta. »

- 91 -
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SÃO P E D R O , C H E F E DA E G R E JA

3. T u é s P ed ro , e 6obre essa pedra edificarei minha


egreja e os poderes do inferno nào prevalecerão contra
ella. Dar-te-ei a6 chave* do reino dos ceu6.

4. P ed ro , tu m e a m a s ? — S im , Senhor, vós 6abeis


que vos amo. Pois bem apascenta meus cordeiros, apas­
centa minhas ovelha6, isto é, sê o chefe dos pastores e
dos fieis.
- 92 -
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O PAPA, SU C C E SSO R D E S. PED RO

_ . . - . . _ ..J

PADRE t CA RD E AL f SOBERANO f PO NT ÍFI CE f BiSPO f DIACONO

5. A H ie ra rch ia c a th o lic a . — O Papa é o chefe


visivel da Egreja; os cardeaes formam sua corte; os bis­
pos governam as dioceses, os padres dirigem as paro-
qu5ae>.

6. Ë em R o m a , que, durante 25 annos, S. Pedro


exerceu seu m inistério e onde m orreu. É lá lambem
onde reside o Papa Pio XI, 6eu successor.

- 93 -

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FO N T E S DO E N SIN O DA E G R E JA

7. A S a g r a d a E s c rip tu r a é a palavra de Deu« es-


crip ta, sob a inspiração e a direcção do Espirito Santo,
e contida na Biblia : Antigo e novo Testamento

8. A tra d içã o , c tambem a palavra de Deu« que vem


dos Apostolo« até nóe pelo eneino doè Pastores, por
M em plo : a prégação e os escriptos do« Santo« Padres.

- 94 -

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IN F A L L IB IL ID A D E D E S T E EN SIN O

9. O P a p a é in fallivel quando ensina, como Pastor


e Doutor de todos os chrÍ6tãos, e quando define, para
6er recebida por toda a E g re ja , uma doutrina con cer­
nente a fé e os costumes.

10 . O C oncilio g e ra l ou ecum enico, presidido pelo


Papa ou seus legados, e cujos decretos forem approvados
pelo Papa, tambem é infallivel.

- 95 -

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C A T H O L IC ID A D E, N E C E S S ID A D E DA E G R E JA

ii. C a th o licid a d e ... Como o sol espande sua luz e


«eu calor pelo m undo inteiro, as<sim a verdadeira Egre-
ja é destinada a se extender a todos os Iogares no cur-
60 dos tempos.

i i . N e c e ssid a d e ... Todo«; os que se acharam fóra da


Arca de Noé, pereceram. Da mesma form a perecerão to­
dos os que não pertencem á E greja, ao menos & alma
tltfHa.
- 96 -

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A COMMUNHÃO DOS SANTOS

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A COMMUNHAO DOS SANTOS
1. 0 que é.
Não se trata aqui da uniãa com J& us Christo na sagrada
Eucharistia, mas da união form ada entre os m em bros da
E greja pela participação dos- mesmos- bens espirituaes. « Jesus
Christo é o chefe de toda a Egreja, a qual é seu corpo »,
os fieis são « os membros do corpo de Jesus Christo ».
Segue-se que ha, entre elles e Christo, seu Chefe, a união
que ha entre os membros e a cabeça dum mesmo corpo'
Todos participam dos mesmos bens Os merecimentos de
Jesus Christo, os da S. Virgem e dos Santos, o Santo Sacri­
ficio da Missa, os Sacram entos, as preces e as bôas obras das
aimas em estado de graça, são os ben6 com m uns da Egreja,
seu thesouro espiritual.
2 . O que com prehende.
•Comprehende tres partes intim am ente ligadas entre 6i,
isto é : os santos, propriamente dicto6 , que reinam no deu;
os justos que padecem no purgatorio, os fieis que luctam
sobre a terra para sahirem da prova victoriosos.
É uma mesma E greja, alternativam ente m ilitante, pade­
cente e trium phante; Jesus Christo é o chefe delia, e todos
06 6eus m em bro são destinados á mesma felicidade.« Santos »,
os bemaventurados do ceu que estão de posse da gloria etertia;
« santos » os juntos do purgatorio, mortos em estado de graça,
e certos die entrarem , cedo ou tarde, no paraiso; « santos »
os fieis que luctam 6obre ò. terra para levarem uma vida santa
Este dogma de nossa íé foi com razão cham ado a com m unhão
dos « santos »
3. O que p ro cu ra .
Os santo6 que estão no ceu, offerecem a Deus as súpplicas
das alma6 do purgatorio, com o tambem as preoes e a6 bôas
obras dos fieis da terra, e ajuntam -lhes sua intercessão para
obterem graças em favor de umas e de outros. Por 6eu lado,
os fieis apresentam suas hom enagens aos santos, os quaes
esperimentam um novo sentimento de a lgria , em verem í»
Deus nelles glorificado.
A egreja padecente participa de nossas orações, esmolas,
sacrifícios, indulgências, offerecidos em allivio de seus m em ­
bros, com o euffragios; e, por sua vez, as almas oram por nós.
Por fim , os fieis 6obre a terra com m unicam uns aos outros
os fructos das graças que recebem e das bôas obras que pod'em
fazer. Quanto então consolador e vantajoso é este dogma da
Com m unhão dos Santosl
Re s o l u ç ã o . — Orarei e soffrerei pelas almas do purgatorio.

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O T H ESO U R O DA E G R E JA

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NÓS H O N R AM O S OS SA N TO S

i. A d m ira m o s su a s v irtu d e s, celebramos suae fes­


tas, honram ol-os como servos e amigos de Deus; a
dies dirigim os nossos louvores e nossas supplicas.

q. V e n e ra m o s su a s re liq u ia s , esforçamos por se­


gu ir suas pegádas. Nada m ais razoavel, mais chris-
fcfio, mais vantajoso para nós.

- 100 -
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OS S A N T O S IN T E R C E D E M PO R NÓS

4. Como o a n jo que a cu d iu a Jo su é , só esperam


nossos pedidos para offerecel-os a Deus, e as ordens de
Deus para virem cm nosso auxilio.

5. S e ja m o s e n tã o d oceis ás su a s vo zes. — Como


um anjo livrou a S. Pedro da prisão, elles nos livrarão
de noísos inim igos e noe levarão para o c4u.

- 101 -
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NÓS A JU D A M O S AS ALMAS DO P U R G A TO R IO

6. Com a s o ra çõ e s, que offerecemos a Deus em seu


allivio, com as indulgências, com a Santa Commu-
nhão, e, sobretudo, com o augusto Sacrificio da
Missa.

7. Com a s b ô as o b ra s , as esmolas, os sacrifícios fe i­


tos em estado de graça e á sua intenção, minoramos
suas penas e ihes abrimos o céu.

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- 102 -
OS SAN TOS IN T E R C E D E M POR ELLA S

8. P e d e m a D e u s que lhes applique os m erecimen­


to® do Salvador e acceite as preces e as bôas obras que
nós fazemos por ellas.

9. I n s p ir a m - n o s para que orem os, trabalhem os,sof-


fram os por essas almas. Isso é tão agT ad avel a Deus, tão
util ás almas e a nóe meemos!

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- 10 3 -
NÓS R E ZA M O S U N S P E L O S O U TR O S

10. A. o r a ç ã o d e M o y s é s , graças a sua fé viva, con­


fiante e perseverante, reanima a coragem dos soldados
de Israel e lhes faz ganhar uma estrondosa victoria

ii. A b e n ça m de S. F r a n c is c o de A ssis, tão hu­


m ilde, !ào desprendido de tudo, e tuo ardente de am or,
é, para sua patriu, um penhor de bençam divina.

- 104 —

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OS NOVÍSSIMOS

HaphaSl.
COROAÇÃO D E N. SE N H O R A , NO CEU

- 1 05 — 14
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OS NOVÍSSIMOS

1. A M orte e o Juizo p articu lar.


« Está decretado que os hom ens morram ama vez » e a
experiencia de todos os dias nos m ostra, infelizm ente com
que rigor se executa esse decreto. Deus, creando o homem ,
o fez im m ortal; foi o peccado original que lhe furtou e&se
bello privilegio . Foi « pelo peccado, diz-nos S. Paulo, que
a morte entrou no m undo ». Acceitemos pois a morte em
ei piação de nossos peccados; unamos nosso sacrifício ao de
Jesus Christo que morre voluntariam ente por nós na cruz.
Depois da m orte, virá o ju izo particular. Quando nosso
corpo estiver im m ovel e gelado, nossa alma com parecerá ao
tribunal de Jesus Christo. ÍLlla vierá, num relance de olhos,
no espelho da ju stiça divina, toda sua vida : acções, intenções,
uso das graças recebidas, correspondencia ou resistencia áe
vontades de Deus, consequencias de seus actos- na eternidade

2. R esu rreição e Juizo U niversal.


« Virá tempo, diz Jesus Christo, em que todos os que estão
nos túm ulos, ouvirão a voz do Filho de Deus; os que tiverem
feito obras bõas, ressuscitarão para a vida, e os que tiverem
operado mal, para o ju izo 0 a condemnação ». « Então o
signal do Filho do hom em apparecerá no ceu; então todas as
tribus da terra gemerão e verão ao Filho do hom em vindo
sobre as nuvens do ceu, com grande poder e grande mages-
tade. »
Então com eçará o ju izo universal, em que Jesus Christo
m anifestará as virtudes dos bons e os crimee. dost m áus, para
confusão de uns, para gloria dos outros e para o trium pho de
6ua justiça e de seu poder.

3. O C eu ou o In ferno.
A alternativa é inevitável para cada um de nós. Iremos e
ficaremos eternam ente no ceu ou no inferno, segundo nossos
merecimentos.
Aos que estiverem em estado de graça, dirá Jesús Christo :
« Vind« bemditos do meu Pae, possuir o reino que vo6 foi
preparado ». Aos que estiverem em estado de peccado m ortal,
dirá : « Retirae-vos de m im , m alditos ide para o fogo eterno. »

R e s o l u ç ã o . — Acceitarei lodo 0 sacrifício para evitar 0


inferno e merecer o ceu.

- 106 -
% .
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A M O RTE

t . A m orte do ju s to é semelhante á de S. José,


expirando nos braços de Jesus e de Maria. Morre na
graça de Deus, e vae receber no ceu a recompensa.

2. A m orte do p e cca d o r assemelha á de Judas.


Morre em estado de peccado m ortal, com o odio de
Deus. Na outra vida só pode esperar castigos.

- 107 -
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O JU IZO P A R T IC U L A R

-3. Logo a p ó s a m o rte, no mesmo Jogar em que


ja z o cadaver, que ella acaba de abandonar, a alma,
subitam ente, numa transição a maÍ6 brusca, se acha á
presença de Deus seu juiz.

li. C o m o este in fe liz , si ella está em estado de pec­


cado m ortal, pode bradar, logo depois da morte : « Fui
accusado no ju sto tribunal de Deus, — fui ju lgad o —
fui condem na do »

- 108 -
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O P U R G A T O R IO

õ. O p u rg a to rio espera as almas- dos ju tlos que não


acabaram de expiar aqui seus peccados. Essas almas sof-
frem e nos supplicam que oremo6 por elias.

6 . E scu ta re m o s seu s b rad o s la n c in a n te s , e lhes


acudiremos com a oração, as hôas obras, as indulgên­
cias, e, sobretudo, a missa quo ouvirm os e fizerarços rc-
sar pox §ü$s.

- 109 -

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A. R E S U R R E IÇ Ã O U N IV E R S A L

7 . Os a n jo s to ca rã o a tro m b e ta , a voz forte delles


penetrará no seio da terra, no fundo do m ar, no in­
ferno e no ceu.

8. T od os os m ortos re s is u s c ita rã o , todas as almas


retomarão seus corpos, e, pela vez prim eira, todo o
genero hum ano se achará reunido num só lu gar, á es­
pera do ju izo universal.

- 110 -

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9- V ind e be m d ito s do m eu P a e , dirá o Salvador
aos eleitos que estarão a sua direita; vinde tomar posse
do reino que vos fo i preparado desde o com eço do •
mundo.

io. E os ju s to s irã o p a r a o c e u , lá, onde não ha­


verá mais nem dores, nem lagrim as, nem morte; lá
onde 6e v ê, se ama e se po6sue a Deus, numa felicidade
eterna.
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111 - -
O IN F E R K O

i i . R etira e-v o s de m im , m ald ito s. Vós abusaste*


tle meus dons, negastes me perante os homens*; por
m inha vez, eu vos renego perante meu Pae, eu não vos
conheço.

1 2 . Id e p a ra o fog o e te rn o , iá onde haverá pran­


tos e ranger de dentes e um verme roedor que nunca
m orre. Fujamos o peccado, para evitarm os <?ssa des­
graça irreparavel.

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MANDAMENTOS DE DEUS

M Ó Y SE S R E C E B E NO S IN A I AS TA BO A S DA L E I

- 113 - 15
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OS MANDAMENTOS DE DEUS

1. Deus nos deu m and am en tos.


Isto é : Deus nos im põz preceito« e prohibições que devem
servir de norm a á nossa vida. E líe tem o direito. Elle é nosso
Senhor; com o creaturas, devemos nos 6ubm etter a 6ua aucto-
ridade soberana. !Elle é nosso Pae; com o filhos devemos obe­
decer-lhe, fazendo tudo o que prescreve, e evitando tudo o que
prohibe.
lEsses mandamentos elle 06 gravou no coração de cada um
de nós; prom ulgou-os por Moysés no Sinai; confírmou-os e
aperfeiçoou-os por Jesus Christo, 6eu divino Filho; por ultim o,
entregou-os, para a applicação, ao m inistério de 6ua Egreja.

2. S ã o em n u m ero de dez.
I o Am ar a Deus 6obre todas as coutas. 2o Não tomar seu
santo (Nome em vão. 3 o Guardar dom ingos e fiestas. 4 * 'Hon­
rar pae e mãe. 5 o Não matar. 6 o Não peccar contra a casti­
dade. 7° Não fu rtar. 8 o Não levantar falso testemunho. 9 0 Não
desejar a m ulher do próxim o. 10o Não cu biçar as cousas
alheias.

3. Devemos e podem os g u ard al-o s.


D evem os. É necessário, para salvar-sie : « Si alguem , d:z
Jesus Christo, quizer entrar no ceu , guarde os m andam en­
tos. » — É o verdadeiro signal da caridade para com Deus;
não ama a Deus, quem não quer o que 'Deus quer, e não faz
o que Deus m anda. — É o segredo da felicidade; nunca have­
mos de ser mais felizes do que quando obedecemos á lei de
Deus que não tem outro fim sinão nossa felicidade neste mundo
e no outro.
Podem os, com o auxilio da graça. Sendo Deus infinitamente
6abio e infinitam ente bom, não pode im pôr-nos cousas impos-
sivieis. Após o peccado orig in al, e em seguida a nossos pec-
cados pes6oaes, a observancia de alguns mandamentos tornou-
se d ifficil; m as, com .0 auxilio de graça que Deus nos
offerece, que nós podemos 6empre obter m ediante a oração
e os sacram entos, essa observancia torna-se facil.
0 exem plo dos santos o prova, assim com o a palavra do
Salvador que disse : « Meu ju g o é doce e meu peso é leve. »

R e s o l u ç ã o . — Rezarei, e , com a graça de Deus, observarei


todos os mandamentos e assim ganharei o céu.

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rr.GM ULGAÇÃ O DO DECÁLOGO

1. D eus o p ro m u lg a no S in á i. entre raio6


e relâmpagos. Entrega a Móyses seus dez mandamentos,
gravados em duas táboas de pedra. Uma contem os
'deveres para com Deus; a outra os deveres para com
o proxim o.

2. M o y s é s , depois de ter estado quarenta dias no


Sinái, desce no meio do povo, e lhe entrega por parte
de Deus os dez mandamentos que deve guardar. O povo
ju ra fidelidade.

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— 115 —
Io E I I o M ANDAM EN TOS

I o A m ar a D eus sobre to d a s as co u sa s. —
Assim o fazem os anjos, e santos no ceu. Imitemos 6eu
exem plo : adoremos e amemos, tambem nós, ao S en h or,'
nosso Deus.

2 o Não to m a r seu sa n to nom e em vão. — 0


blasphem ador, pela lei de Móyses, era apedrejado.
Hoje essa falta n 5o é m enor, ainda que seu castigo fi­
que para a outra vida.

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- 116 —
I II o E I V o M A N D A M E N T O S

3 o G u a r d a r d o m in g o s e f e s t a s . — Cumpre-se este
preceito assistindo regularm ente á missa e abstendo-se
das obras servis.

/i° H o n r a r p a e e m ã e . — O jovem Tobias cum pre


adm iravelm ente este dever, tendo aos paes respeito,
obediencia, assistência e amor. Imitemol-o.

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V o E V Io M ANDAM ENTOS

<
5 ° N ã o m a t a r . — Só Deus tem direito sobre a vida
do proxim o; e até um rei, com o Saul, deve respeitar
a vida do ultim o de seus súbditos, salvo legitim a con*
demnação.

6. Não p e c c a r co n tra a c a s tid a d e . — Este pec­


cado provoca a ira de Deusi que mandou o diluvio para
punir os homens e purificar a terra de suas immundi-
cies.

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V IIo E V IIIo M ANDAM ENTOS

7 . N ã o f u r t a r . — Imitemos nisto a delicadeza do ve­


lho Tobias. Receia que o cabrito que lhe deram tenha
sido furtado a outrem.

8° N ã o l e v a n t a r f a l s o t e s t e m u n h o . — O pro­
phéta Daniel mostra a m entira e a astúcia doe sacer­
dotes dos idolos que, de noite, com iam os viveres que
diziam serem consumidos pelos 6eus deuses.

- 119 -
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H
I X o E X o M AN DAM EN TOS

9. N ã o d e s e ja r a m u lh e r d o p r ó x im o . — O pro­
phéta Nalhan lança em rosto ao rei David e^ee peccado
O rei ee reconhece culpado, hum ilha-se e faz peni­
tencia.

1 0 . N ã o c u b i ç a r a s c o u s a s a lh e ia s . — O propheta
Elias censura a Achab por ler cubiçado a vinha de Na-
both, e por tel-o mandado m atar para «se apoderar delia.
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- 120 -
— ^

DEVERES PARA COM DEUS

SÃO FR A N C ISC O X A V IE R PRÉG A N D O O EV A N G ELH O

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- 121 - 16
DEVERES PARA COM DEUS

1. P a ra com Deus mesmo.


Devemos crer nelle e crer todas as verdades que elle revelou
e que nos ensina pela sua E greja , porquie não pode ser en ga­
nado nem nos enganar.
Devemos esperar em Deu6, aguardando delle com confiança
sua graça neste m undo e a gloria eterna no outro, porque elle
nol-o prometteu, e é soberanamente fiel ás suas- promessas.
Devemos amair a Deus com todo o espirito, com todo o
coração, com todas as forças, porque é infinitamente perfeito,
infinitamente bom e infinitam nte am avel.
Devemos adorar a Deus, isto é prestar-lh e interior e exte­
riorm ente, em particular e em pu blico, a honra e o culto
que lhe devemos, com o ao creador e soberano Senhor de
todas as cousas.

2. P a ra com o nom e de Deus.

Somos obrigados a nunca jurar sem necessidade, a nunca


affirm ar com juram ento o que sabem os ser falso, a nunca
prometter com juram ento de fazer algum a cousa prohibida.
Nunca devemos blasphemar, isto é, proferir palavras
injuriosas contra Deus, contra os santos, e em particular
nunca profanar o santo nome de Deus.
S i por voto nós temos rigorosam ente obrigação de fazer
algum a cousa para Deus, devemos ser fieis á nossa prom íssa.
É prudente nunca f<zer votos sem antes invocar a Deus-
e tomar conselho de um sabio director.

3. P a r a o serv iço de D eu s.

Em geral, somos obrigados a obedecer a todos os manda-


mientos que elle nos dá, por si m esm o, pela sua E greja.
pelos nossos superiores, pela nossa consciência.
Em particular devemos santificar o dia que lhe é consa­
grado, isto é o domingo. A escolha desse dia tem como razão
principal a de honrar a Resurreição de Jesus Christo, e a
vinda do Espirito Santo sobre os Apostolos.
Santificamos o dom ingo, abstendo-nos das obras servis,
fazendo obras de religião, e, em particular, assistindo ao
santo sacrifício da missa.

R e s o l u ç ã o . — N unca hei de faltar ao domingo, a


missa, por minha culpa.

- 122 -

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D E V E M O S E S T U D A R A R E L IG IÃ O

i. Na fa m ília , na escola, 110 collegio, estudemos o


cathecismo que nos ensina o que devemos fazer e e vi­
tar para viverm os santamente e irmos para o ceu

2. Na E g r e ja . no cathecism o, na pratica, escutem os


attentamente as instrucções e os avisos d&do6 pelo m i­
nistro de Deus. Regulemos depois nossa conducta por
esses ensinos.

- 123 -

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DEVEM OS CR E R EM D E U S

3. A bra h ã o , acreditou na palavra de Deus, apezar de


todas as apparencias contrarias. Tambem nós, acredite­
mos sempre em Deus e apeguemo-nos a elle.

4. S ã o T h o m é, vendo-o, bradou : « Meu Senhor e


meu Deusl n Sejamos d&quelles do6 quaes disse Nosso
Senhor : « Bemaventurados os que creram sem ter
vifto •

- 124 -

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DEVEM OS ESPERAR EM DEUS

5. G o m o o S a n t o Jo b , que esperou sempre em Deus,


apezar de suas provas, saibamos- confiar nelle, em
todas as nossas penas.

6. P o r q u e D a n ie l tinha posto sua confiança em


Deus, nada soffreu dos leões. Imitemol-o; nada teremos
que temer de nossos inim igos.

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- 12 5 -
DEVEM OS AM AR A DEUS

. 7. O sig n a l de n o sso am o r para Deus é a fideli­


dade em guardar 6eus m andam entos, a submissão á
sua vontade e . o cum prim ento christão dos deveres de
nosso estado.

8. O m a rty r io é a m a io r p ro v a de amor para


com Deus. Offereçamos-lh* ao menos, pela obediencia
0 sacrifício de nossa vontade.

- 126 -
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DEVEM OS ADORAR A DEUS

9. A exem p lo de M oysés p ro strem o-n o s, muitas


vezes, ao menos em espirito, deante de Deus, nosso
Creador e nosso soberano Senhor.

10. E m u n ião co m os M agos offertemos-lhe o ouro


de nossa caridade, o incenso de nossa oração e a m yr-
rha de nossa tnortiíicacão.

— 127 -

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DEVEM OS O B E D E CE R A DEUS

ii. P o r su a ord em , Noé construiu a arca, e salvou-


s-e, élle só, com sua fam ilia. Ainda que fo»?.semos o«
unicos, fiquemos 6empre fieis a Deus

i2 . Que q u e re is eu f a ç a , disse Saulo a Jesus Chris-


to. Repilamos a mesma prece e moslremos a mesma
fidelidade ao divino Mestre.

- 128 -

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DEVERES PARA COM NOSCO

M A RTH A , M A RTH A, T U T E IN Q U IE T A S E P E R ­
T U R B A S COM O CUID ADO D E M U IT A S CO U SA S.
E N T R E T A N T O UMA SÓ COUSA É N E C E S S A R IA .
MARIA E S C O L H E U A M ELH O R P A R T E .
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- 129 - 17
DEVERES PARA COMNOSCO

1. T em os deveres p a ra com nosco.


Não somos senhores de nós mesmos, com pletam ente inde- i
pendente«, com o se diz m ui de frequente. Ê Deus que é e
será 6empre o nosso Senhor; foi elle que nos creou, é eUe 1
que nos conserva; foi elle que marcou o fim e o tempo de \
nossa vida sobre a terra; pertence pois a elle traçar-no6 a linha <
de conducta a seguirm os.
Fal-o cm nós ordenando que nós amemos a nós mesmos
com um amor esclarecido, isto é com um am or que tem em
vista nossos verdadeiros interesses, que nos faz preferir os
bens da alma aos do corp o, as riquesas do ceu ás da terra,
e que sabe sacrificar os segundos aos prim eiros, sem pre que
Deus o quizer.

2. E stes deveres co n cern a m prim eiro á alm a.


Deus quer em prim eiro logHr que conservemos nossa alma
em estado de graça, não sómente observando fielmente todos
os 6eu6 mandamentos e os de sua E greja, mas tambem c u m ­
prindo cuidadosam ente os deveres de nosso estado.
Os paes devem educar bem seus filhos; os filhos ser sub­
missos, estudar na aula, no cathecism o. Os juizes devem fazer
justiça; os soldados defender a patria. Os cidadãos têm o dever
de tomar parte nas eleições, de votar bem, etc., etc.
Para desempenharmos cuidadosamente todos nossos deveres,
devemos cu ltivar a intePigcncia, desenvolver a vontade, v i­
giar sobre nosso coração; e para termos os soccórros neces­
sários, recorrer á oração e aos sacram entos, sobretudo á confÍ6
são e á Com m unhão.

3. E ste s d everes co n cern am tam bem ao corpo.


Deus no6 prohibe tudo o que poderia comprometter-no6
a saude ou a vida do corpo, com o altentar contra a existencia. j
recusar o alim ento necessário por avareza ou por desgosto da \
vida. Devemos, pelo contrario, evitar todo o excesso na ,
bebida, no uso dos bens temporaes.
Além disso, o christão nunca ha esquecer que, pelo
Baptismo, seu corpo se tornou a morada do Espirito Santo,
e que seria profanal-o, violando sua pureza. 0 respeito para
o proprio corpo, deve leval-o a evitar não só as más acções.,
mas lambem as conversas levianas, as leituras' im prudentes,
os desejos e até os pensamentos deshonestos : São Paulo
queria que o nome deste peccado nem fos6e pronunciado
pelo« fieis.
Re s o l u ç ã o . — Prohibir-m e-ei toda a curiosidade deshonesta.

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É N E C E S S Á R IO S A L V A R A P R O P R IA A L M A

i. F o r q u e u m a c o u s a so e n e c e s o a r ia , these o
Salvador a Martha e a Maria. E alhuree : « Que serve
ao homem ganhar o universo, si perder a alm a; o u que
dará elle em troca da alma? »

2 E* p r e c is o e v i t a r o m a l e p a r t i a r o b e m .
« Toda arvore, di/. o Senhor, que não produzir lo n s fructos
será cortada e lançada ao fogo ».

- 131
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TER A IN T E L L IG E N C IA E S C L A R E C ID A

3. P r im e ir o , a n o s s o r e s p e it o , conhecendo a gran-
desa e a dignidade de nossa alma, creada á im agem de
Deus, remida pelo seu sangue, santificada pela sua
graça, destinada a vel-o, amal-o e possiiil-o eternamente.

li. D e p o is , a c e r c a d a s c o u s a s d iv in a s e h u m a ­
n a s , conform e nossa situação c nossas capacidades. É
mister applicar-se a cu ltiv ar a intelligencia. Após a
virtude, a sciencia é o m ais precioso ornato do homem.

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- 132 -
T E R O CO RA ÇÃO PU R O E BOM

5. E v i t a n d o a s c i la d a s d o m u n d o e do dem ô­
nio, 06 olhares indiscretos e as más leituras, tendo sem ­
pre os olhos para o alto e na memoria estas palavras
divinas : « Bemaventurados os corações puros, porque
verão a Deus. »

6. M o s tr a n d o - n o s s e m p r e , a exem plo do divino


Mestre, nas palavras e nos actos, mansos, bondosos,
compadecidos, dedicados até ao esquecim ento e ao sa­
crifício de nós mesmos.

- 133 -

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TER A V O N T A D E RECTA E FIRM E

7. C o m o S a m u e l, m e n in o , respoudendo ás pergun ­
ta«» do summo sacerdote Heli, tenhamos sempre em
vid a a verdade e o dever, e mostremos sempre uma
grande lealdade nos pensamentos, nas palavras e noe
actos.

8. C o m o o j o v e m u a v i u , dcrnbando d u u lialh , se ja ­
mos corajosos; sejam ol-o porem em toda circum stancia,
secretamente, na lucta contri» nossas paixões, com o tam­
bém em publico na defesa da religião, da patria e da
liberdade.
- 1S4 -
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CO N V E M R E S P E IT A R O P R O P R IO CO RPO

9. D an d o a n o sso co rp o o a lim en to , o som no,


as veste*?, e tudo o que é necessário; mas evitando os
excessos do prodigo, a gu la, a preguiça, a 6en6ualidade
e a impureza.

10. C u id an d o de náo a tte n ta r co n tra a p ró p ria


v id a , com intemperança* , pel.. avareza, por im pru­
dência voluntária, com excesso de trabalho e mormente
pelo euicidio, com o fez o infeliz Saul no seu desespero.

- 135 -

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OFFS&EGE& § E A D E U S EM SACRIFICIO

ii. P elo tra b a lh o de c a d a d ia. — Este trabalho


manual ou intellectual é uma lei da natureza, ás vezes
uma necessidade da vida, sempre uma obra honrosa,
expiatória e digna de recompensa.

1 2 . P e la a c c e ita ç ã o v o lu n ta ria da m orte. — Nâo


percamos o m erecim ento desse Sacrificio supremo. Mor­
ramos de bôa vontade por Aquelle que prim eiro m orreu
por nós e que nos re6U6citará um dia

- 136 -
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JUSTIÇA PARA 0 PROXIMO

[Rubens.
DAE A CESAR O Q U E É D E CESAR E A DEUS
O QU E É D E DEUS

- 137 - 18
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DEVERES DE J U S T I Ç A
PARA COM O PROXIMO

1. P a ra a fam ilia.
0«! filhos devem am ar ao pae e & m ãe, respeital-os, obede­
cer-lhes e assistil-os em sua# necessidade* espirituaes e tempo*
raes. 0 pae e a mãe devem providenciar pelas necessidades
dos filhos, crial-os chrtefanm ente, corrigil-o» doe seu« defei­
tos e dar-lhes bom exem plo.
Os deveres do»? inferiores para os superiores s8o os de res
peital-os e obedecel-os. Os superiores devem tratar aos infe­
riores com caridade, velar sua conducta e facilitar-lhes os
meios de cum prirem os deveres religiosos.

2. P a ra a vida do p roxim o.
É prohíbido dar-se a m orte ou dal-a a outrem ; é prohibido
até querer ou desejar isso. É egualmente prohibido fe rir ou
bater ao proxim o, odial-o ou injurial-o. Por ultim o é pro­
hibido et-candalisal-o, isto é, leval-o ao peccado por maus
conselhos ou maus exem plos, e de expôr-se ass-im a d ar a
morte á alma delle.

3 . P a r a o s b e n s d o p r o x im o .
É prohibido tirar injustam ente os bene de outrem . É o que
fazem os ladrões, os criados infleis, os negociantes sem cons­
ciência, os usurários, os demandistas de má fé , e geralm ente
todos os que com mettem injustiças contra o proxim o.
É prohibido, da mesma form a, reter injustam ente o alheio;
o que se faz nno pagando as dividas, não restituindo depositos
confiados, guardando objectos achados sem inquerir do dono.

4. P a ra a rep u ta çã o do proxim o.
É prohibido fazer nos tribunaes deposições contrarias á ver­
dade, e falar contra o proprio m odo de pensar com a intençSo
de enganar.
É prohibido accusar alguem de defeitos que não tem , ou
de falta* que não com.metteu e tambem descobrir sem necessi­
dade as faltas e defeitos do proximo.
Por ultim o, é prohibido form ar má opinião do proxim o
sem provas sufficientea para isso.

R e s o lu ç ã o . — Evitarei julgar mal e falar mal do meu


proximo.

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- 138 -
R E S P E IT O PELA V ID A DOS OUTROS

i. D a v i d a e s p ir it u a l. — Antes que um homem ee-


candaiise, é preferível se lhe ate ao pescoço uma mó
de m oinho e 8eja lançado ao mar.

a. D a v i d a c o r p o r a l. — Fora o caso de legitim a


defesa, é vedado nflo sô bater ou matar ao proxim o, ma*
também querer ou desejar fazel-o. i
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R E S P E IT O DA REPUTAÇÃO A L H E IA

3 . Como D á n ie l, confundindo os doue infames an


ciãos que tinham calum niado a casta Susanna, si é pos­
sível, tomem os a defesa dos innocentes que vem os ac­
cusa dos.

4. Como o S a l v a d o r , accusado por falsas testemu­


nhas, depois de nos termos justificado ante os homens
offereçamos a Deus a pena que nos causam esta6 in ju s­
tas accu6 ações.
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- 14 0 -
1
R E S P E IT O DO S B E N S A L H E IO S

õ. N ã o lh e t i r a r in ju s t a m e n t e o q u e lh e p e r ­
t e n c e , com o fez o ladrão Heliodoro, ou com o fazem os
criados infiéis, os negociantes sem consciência, e geral­
mente todos os que fazem injuetiça ao proxim o.

5. N ã o o r e t e r i n j u s t a m e n t e , como os qua não pa­


gam d ivid as, não entregam depoeitos confiados, ou gu ar­
dam cousas achadas sem procurar o dono.

- 141 -
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DEVERES PARA CO M AS CREANÇAS

7. O pae e a mãe devem providenciar pelas neces­


sidades dos filhos, educal-os christanm ente, corrigir-lhes
os defeitos, e dar-lhes bom exem plo.

8. I n f e liz e s d a q u e lle s que. com o o grão-^acerdote


Heli, são demais indulgenlee para com os filhos. Serão
castigadoi, ainda ne6ta vid a , com toda sorte de penas
t de remorso«.

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- 142 —
DEVERES PARA COM OS PA ES

9. O m e n in o Je s u s , com seus exemplos e com seus


en«?inos nos ensina a amar aos paes, a respeital-os, a obe­
decer-lhes, a assistil-os em suas necessidades.

10. In fe liz e s dos filh o s que não cumprem esses de­


veres. Como Absalào, que pereceu m iseravelm ente, 6ão
punidos, ordinariamente, já nesta vida, por sua má con­
ducts.

- 143 -
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i i . P a r a a s o c ie d a d e r e li g io s a , a Egreja. D o e ­
mos-lhe, como a sen divino fundador, o respeito, a obe-
diencia, o amor e o^devotamento elevado até o sacrifício.

12. P a r a a s o c ie d a d e c iv i l, o E6tado. Nosso grande


dever é o de amarmos nossa terra, e fazer o possivel
para que 6eja christan, livre, forte e prospera.

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- 14 4 -
CARIDADE PARA COM O PROXIMO

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- 145- 19
CARIDADE PARA COM 0 PROXIMO

1. Devemos amar ao proximo.


Devemos am ar a todo« os hom ens, inclusive os inimigo».
N. Senhor quer assim, e nâo ha nada que nos tenha mais
recommendado no santo E vangelho. « Dou-vo6 um preceito
novo, o de vos amardes uns aos outros como eu vos amei ».
É por este signa 1 que se reconhecerá que 60Í6 meus discipulos,
si vos amardes uns aos outros. » « Amae a vossos inim igos,
fazei bem a quem vos. odeia, orae por aquelles que vos per­
seguem . » Na realidade somos todos irmãos, tendo um mesmo
Pae que é Deus, formando uma unica fam ilia, e sendo destina­
dos á mesma felicidade no ceu.
2. Devemos amar ao proximo, como a nós mesmos.
Devemos am ar ao proxim o, nâo tanto quanto a nós, mas
com o íx nós, com um am or não egual mas com um amor
parecido ; desejar ao proxim o os m esmos bens, procurar-lhe
as mesmas vantagens, poupar-lhe com o a nós proprios, os
inconvenientes.
« Tudo o que quizerdes que os hom ens façam a vós, fazeio-o
tambem vós a elles; nisto consiste a Lei e os Prophetas », disse
Nosso Senhor. E o bom senso não faz sinão traduzir a pala­
vra d ivin a, quando diz : Fazei aos outros o que quererieis
fosse feito a vós, e não façaes aos outro« o que não quererieis
fosse feito & vós.
Devemos evitar tudo o que pode ser injusto contra o
proxim o; na pessôa, m altratando-o; na reputação, calum-
niando-o ou maldizendo delle; nos bens, furtando-o; na alma,
escandalizando-o. Si voluntariam ente o temos prejudicado,
devemos indemnizal-o quanto antes. Não é 6ufficiente evitar
fazer m al; devemos tambem fazer bem , ju lg a r favoravelm ente
ao proxim o, e prestar-lhe serviço quando o pudermos.
3. Devemos amar ao proximo por amor de Deus.
Deus nol-o ordena : « Amarás ao proximo como a ti
mesmo », e considera com o feito a si m esmo tudo o que fizer­
mos ao proxim o. « Estive com fo m e, e vós me destes de com er,
tive sede, e me déstes de beber... Eu vos d ig o, em verdade,
todas as vezes que fizestes isto a um dos menores dos meus
irmãos, fo i a mim que o fizestes. » Am ar ao proxim o por
interesse, por s<ympathia, porque é um vizinho amavel e util,
isto não é mais caridade christan que ama por amor de Deus,
será um amor egoísta, pagão e sem méritos \ )ara o ce u .« S í am>aes
ns que vos amam, que recompensa mereceis? Os pagãos não
fazem talvez o mesmo? »
R e s o l u ç ã o . — Cuidarei de servir a todos e rezarei pelos
meus inimigos e pelos da Egrefa.

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- 14 6 -
DAR DE COM ER A QUEM TEM FOM E^ ^

i. Dar de comer ao que tem fome. S. Bruno


sabia quanto esta pratica era agradavel a Jesús Christo,
que considera com o feito a ei proprio o que se faz a
um pobre.

2. D a r de b e b e r a qu em tem sêd e. — O Salva­


dor, com um milagre, multiplica o vinho em Canná;
% promette recompensar um copo d’agua fria dado em
seu nome.
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147 - -
V E S T IR A DAR POU SADA

3. V estir aos n ús, é vestir a Jesus Christo mesmo.


« Foi Martinho, ainda noviço em m inha doutrina, diz
a seus anjos o Salvador, que me cobriu com este
m anto ».

4 . D a r p o u s a d a a o s p e r e g r in o s . — O Salvador
a acceitou em seu nascim ento, durante a vida e após
a morte. Promette o céu a quem faz e6ta caridade.

148
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- -
S O C C O R R E R OS D O E N T E S

5 . O b o m S a m a r it a n o nos dá o exem plo. Appro-


xima-se do ferido, lava e enfaixa-lhe as feridas, con-
dul-o á hospedaria e manda dar-lhe todo o necessário.

W en tw o rth .

6. A I r m ã de c a rid a d e não é menos adm iravel.


Dia e noute á cabeceira do doente, cuida delle, con-
aola-o e com suas preces, obtem-lhe a paz e a resignação.

- 149 -
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CONSOLAR O S A F F L IC T O S

7. J o n a t h a s , c o n s o la d o r d e D a v i d , vae visital-o
ao deserlo, chora com elle, an'm a-o, dizendo-lhe ; « Não
tema*; m eu pae não te descobrirá; tu serás rei de
Israel ».

8 . R u th não q u er d e ix a r a N oem i, a sogra. Eu


irei, diz-lhe, aonde tu fores; teu povo lerá o meu povo
eu morrerei onde tu morreres.
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PERDOAR AS IN JU R IA S

9. J o s é p e r d ô a a seus irm ãos que trem em a seus


P is. E rg u e-o s, ab raça-o s, consola-os e p ro m e tte su s­
te n ta r a elles e a seus fillios.

io. D a v id poupa a S a u l. — Duas vezes está em


seu poder, e ao envez de se vingar, contenta-ee com
lhe cortar uma nesga do manto e com lhe tirar a lança.

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- 151 -
PRO TEGER E IN S T R U IR A Í N F A N C lA

ii. Deixae que as crianças venham a mim, dizia


o Salvador. Infeliz quem as escandaliza. 0 que fizerdes
a um destes pequenos, e a m im que o fazeis.

i2. Que estimulo e que exemplo para o catechista


e para todos os que, no collegio e na escola, ministram
a instrucçâo religiosa á infancia.

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- 152^-
MANDAMENTOS DA EGREJA

Ingres.
« TUDO O Q U E L IG A R E S S O B R E A T E R R A ,
SE R Á LIGA DO T A M B E M NOS C EU S TUDO O Q U E
D E S A T A R E S S O B R E A tT E R R A , S E R -, D ESA T A D O
TA M BE M NOS C E U S. »

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- 153 - 20
OS MANDAMFNTOS DA EGRFJA

1. Devemos g u ard ar os m andam entos d a E g re ja com e


os de Deus.
Je*us Christo assim o quer : declara que « St alguém nâo
escutar a Egreja, deve ser tido como um pagão. • Com effeito,
N. Senhor instituiu a Egreja para o substituir entre nós sobre
a terra, afim de nos conduzir ao Ceu, como o teria feito
elle mesmo
Ella nos engendra para a vida christan pelo Baptismo, cuida
de nossa formação com seus ensino* e nos traça a senda a
seguir com seus mandamentos. Ê para nós uma Mie, e a
melhor das mães, de forma que amal-a e obedecel-a deve ser
para nôs uma obrigação doce a cumprir.
2. Os mandamentos da Egreja são cinco.
0 primeiro nos impõe de assistir á missa inteira nos domin­
gos e festas de guarda. Sâo feitas de guarda : CircumcisSo
de Senhor (i* de janeiro): a* Rpiphania (6 de janeiro);
3* AscensSo do Senhor ( 4o dias depois de Paschoa); 4* Corpo
de Deus ( n dias depois de Pentecostes); 5* Natal (a5 de
dezembro); 6* AssumpçAo de N.-S. ( i n de agosto); 7* Coaçei-
çSo de N.-S. (8 de dezembro); 8* S. Pedro e S. Paulo (39 de
junho); q° Todos os Santos (i* de novembro) No segundo
manda confessar-se ao menos uma vez cada anno. No terceiro,
commungar ao menos pela Paschoa da ResurreiçSo. No quarto,
iejuár e abster-se de carne, quando manda a Santa Egreja.
No quinto, pagar disimos, segundo o costume, isto e auxiliar
conforme as próprias posses, o culto divino.
mandamentos da Egrejj determinam o m odo de
3. Os
se cumprirem os mandamentos de Deus e os preceitos
da Egreja.
Os mandamentos da Egrreja nas »5o novos mandamentos
accrescentados ao# de Deus mas determinam o tempo e o
modo como devemos observar estes últimos. Assim, o terceiro
mandamento de Deus ordena que santifiquemos o dia do
Senhor, e o primeiro da Egreja nos diz que é principalmente
com a assi«tencia á Mava que santificamos o domingo, uma
vez que tambem no* abstenhamos das obras servis.
No Evengelho Jesús Christo manda fazer penitencia, e que
nos alimentemos com sua carne sagrada. A Egreja deter­
mina a naanera de fazer penitencia mediante o jejum e a
abtlinencia; prescreve a Conimunhão ao menos pela Paschoa,
A Egreja é uma Müe, e com seus preceitos so deseja a nosso
bem.
R b s o lu ç a o . — Guardarei exactamente as leis da Egreja

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154 — —
r FESTAS D E GUARDA

N a ta l
festa celebrada a 25 de
dezem bro para honrar
o nascim ento de C h ris­
to em B etb leem .— Ado­
remos ao M enino-Deus.
Aprendam os d e l l e a
despresar as riquezas,
as honras e os prazeres
enganadores do mundo«

A scen são
fesfa celebrad a 40 dias
depois de P asch oa,p ara
honrar a entrada trium -
phan te de Jesus no Ceu.
— D espeguem o nos
ca d a v e z m ais da terra»
logar de desterro, e a s­
pirem os ao Paraiso,
nossa verd ad eira pa-
tria.
A ssu m n çâo
celebrada a 15 de ago s­
to para h onrar a resur-
reiçâo gloriosa e a co­
roação de Santíssim a
V irgem . — A legrem o-
nos pela sua felicidade.
P eçam os-lhe seja nossa
advogada ju n c to do seu
d ivin o F ilh o.

T o d o s o s S a n to s
festa celebrada a I o de
novem bro, para hon­
ra r a todos os santos
do ceu. nossos modelos
e protectores. Im ite ­
mos seus exem plos,
p ara unirm o-nos a elles
n a gloria.

— 155 —
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O U V I R M IS S A I N T E I R A NOS D O M IN G O S E FESTAS
DE GUARDA

2. H a o b r ig a ç ã o g r a v e , nos dom ingos e festas de


guarda, de assistirm os á missa e de abstermo-nos de
obras servis.

3. É p re ciso o u v ir m is s a in te ira , do começo áo


fim , com attenção ao m ysterio que se celebra, com fé,
contrição, confiança, reconhecim ento e amor.

- 156 -

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C O N F E S S A R -S E AO M EN O S UM A V E Z C A D A A N N O

4. F o i N osso S e n h o r qu em in stitu iu o sacramento


da Penitencia, e por ieeo, a Confis6ão, quando disse aos
Apostolos : ,« Os peccados serão perdoados, a quem vós
os perdoardes; e serão retidos a quem vos os retiver­
des ».

5 . E p r e c is o c o n f e s s a r - s e ao meno6 uma vez cada


anno. A confissão ha de ser acompanhada de verdadeira
contrição, de sincera accusação, da reparação da inju ria
feita a Deu6 e do damno causado ao proxim o.

- 157 -
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COMMUNGAR AO MENOS P E L A PASCHOA DA
R E SU RR EI CÃO

6. F o i Nosso S e n h o r q u em in s titu iu a Eucharistia


e a pratica da Com m unhão, quando disse : « Tomae e
com ei, isto é o meu corpo. Si não comerdes a carne
do Filho do hom em , não tereis a vida em vós »

7» A E g r e ja exig e a C o m m u n h ã o ao menos pela


Paschoa, mas deseja, com o N. Senhor, que a recebamos
moia a m iudo. A alma deve estar em estado de graça,
e o corpo em jeju m desde a meia noite.

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- 158 -
JE JU AR QUAN DO M AN D A A S. E G R E J A

8. Segu ind o o exem p lo de M oysés e do S a lv a ­


d or, a Egreja impõe o jejum aos fieis que completaram
ai annos, e não estão dispensados pela velhice, doença
ou por trabalhos muito pesados.

9 . Alguns religiosos austeros condemnam-se ao


jeju m todo o anno. Oa fieis só tèm obrigação de je ju a r
alguns dias determinados pela Egreja

- 159 -
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A B S T E R -S E D E C A R N E QUANDO MANDA
A SAN TA E G R E JA

io. F o i e m le m b r a n ç a d a m o r te de Jesus Christo,


acontecida ria sexta .feira santa, que a Egreja estabeleceu
a abstinência de carne nas sextas- feiras.

11. N a a n t i g a le i, com o na nova, tem havido os


naartyres da abstinência; a mãe dos Macchabeus e seus
sete filhos preferiram m orrer a com er carnes prohi-
bidas.
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- 160 -
A TENTAÇÃO E O PECCADO

C H R IS T O TENTADO PELO D E M O N IO

- 16 1 - 21
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CATECISMO ILLUSTRADO --- 6
0 PECCADO

1 . O peccado é a livre v io laçáo de algum m and am en to


de Deus ou da E g re ja .
Para um peccado requerem-se duas condições : t* Que haja
violação de um mandamento e não sAm rite de um conselho
simples; ?* Que esta violação seja conhecida e querida livre­
mente. Assim o com er carne em dia prohihido. ma? por
esquecim ento, o deixar de ou vir mi«sa num dom ingo por
m otivo de moléstia grave, não constituem peccado

2. Em vista da gravidade, ha duas esperies de pec­


ca d o : o p ecca d o m o rta l e o p ecca d o v en ia l.

0 pecado mortal é o que traz a morte á nossa alma, p ri­


vando-a da graça de Deus, que é sua verdadeira vida; sepa­
rando-nos dp Deus, nos torna dignos do inferno, a violaçSo
dum mandamento em matéria grave, por exem plo, matar a
um hom em , faltar, sem m otivo á missa no domingo.
O peccado venial é o que não dá a morte á nossa alm a. mas
a desfigura embaciando-lhe sua bellesa. Não nos faz perder ô
graça, mas esfria nossa amizade com Deus. Enfraquece-nos e
dispõe-nos ao peccado m ortal, sobretudo si é frequente e deli­
berado.

3. Há sete fontes p rin cip aes de peccado, ch am ad as os


sete vicios ou os sete peccad os cap itaes.
São : i* O orgulho, estima desregrada de nossa excellencia;
2 ‘ a avareza, amo»* desordenado das riquezas; 3 * a lu xuria,
o vicio da impureza; 4* a in veja , tristeza culpável em vista
do bem do proxim o; ou a alegria culpável pelo mal do
mesmo; 5 * a gula, amor desregrado de com er e beber; 6o a
ira, m ovim ento desordenado da alma com que repellim06
com violência o que nos desagrada; 7* a preguiça, amor
excessivo do repouso que nos leva a negligenciarm os 06 nossos
deveres.
O meio para evitar esses peccado« ou para nos corrigirm os
delles é, depois da oração, a pratica das virtudes oppostas.
isto é : 1 ° a hum ildade christan: 2 e o desapego dos bens da
terra; 3° a castidade; 4 * a caridade para com o proxim o;
5 ° a temperança ou a sobriedade; 6 * doçura; 7 o a vigilancia em
cum prirm os nossos deveres com coragem e fidelidade.

R esolu ção. — Quero antes morrer do que offender grave­


mente a Deus.

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O P E C C A D O DO S A N JO S

i . A f a lt a . — Segundo uma tradição auctorizada,


o« anjos peccaram por o rgulho, recusando crer no
mysterio da Encarnação e adorar a seu Deus assim
hum ilhado.

2. O c a s t ig o . — S. Miguel, á frenle dos anjos fieis,


expulsou do ceu e precipitou no inferno a Lücifer com
todos os anjos rebeldes.

163 -
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O PECCADO DE ADÃO E DE EVA

3. A í a l t a . — Eva tentada pelo demonio, disfarçado


em serpente, e Adão, convidado pela esposa, comeram
do fructo prohibido.

4. O ca stig o . — Perderam a graça de Deus e ceu


direito ao oeu; foram expulsos do paraíso terrestre, sub-
mettido« a muitas misérias e condemnados á morte.

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PECCAD O S D E PEN SAM EN TOS E DE OBRAS

5. Os p e n sa m e n to s e os d esejo s são peccado«


quando têm um objecto m au e nelles nos detemos vo­
luntariam ente com reflexão e -com prazer.

6. É um p e cca d o de p a la v ra s e de o b ra s o que
com mette Sem ei, insultando ao rei David e perse­
guindo-o a pedradas.

- 165 -
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O PECCAD O M ORTAL

7 A d u r e z a d o m a u r ic o para com o pobre Lá­


zaro, é dada par Jesús Chrieto com o uma desobediencia
grave á lei divina e como um peccado mortal.

8. É c a s t ig a d a n o in fe r n o e t e r n o . — A gotta de
agua que iria refrigerar um instante a lingua do con-
demnado, lhe será «sempre recusada.

160 -
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O PECCADO V E N IA L

9. O s in s u lt a d o r e s d o p r o p h e t a E lis e u , cem du­


vida culpado* só de um peccado veniai. são, para nossa
instrucção, punidos severam ente ainda neste m undo.

10. O p u r g a t o r io com a privação temporária de


Deus, e a pena do fogo , será o castigo inevitável dos
peccado? veniaea não expiados neste mundo.

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- 1 67 -
OS P E C C A D O S GA P IT A E S

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- 168 -
0 SACRAMENTO DO BAPTISMO

O B A P T IS M O DE N O SSO SEN H O R

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0 SACRAMENTO DO BAPTISMO
1 . O que é o baptism o.
O Baptismo t< m esse nom e, de uma palavra grega que
6ignifica lavado, purificado. Lava com effeito e purifica a
alma do peccado original e dos peccado* pessoaes, e, neste
prim eiro perdão dado em vista dos merecimentos de J^sus
C lir:sto, Deus, não querendo pôr lim ile algum a suae mise­
ricórdias, remitte aos que recebem o baptismo, todas as p^nas
eternas e têmpora es devidas pelo»1 peccados. Restam-lhes
porem as relíquia? do peccado origin al, a ignorancia, a
concupiscência, as misérias da vida e a necessidade de m orrer.
O Baptismo é com o um novo nascimento, uma regeneração
que faz renascer a alma para a vida divina; e, pela com m um -
cação de graça santificante, torna-nos filhos de Deus e da
E greja, irmãos de Jesus Christo.
2. O Baptism o é n e ce ssário p ara salvar-se.
É tão necessário para a salvação que as próprias crianças
não podem entrar no ceu, si não forem baplisadas. « Em
verdade vos declaro, diz Jesús Christo, si um hom em não
renascer da agua e do Espirito Santo, não pode entrar no
reino dos ceus. » Todavia, uma criança que morre sem bap­
tism o, nâo é condf mnada ao iufern o, ®erá porem privada da
bemaventurança eterna.
Para um adulto que esteja na im possibilidade de receber
o baptismo, o m arlyrio ou um perfeito amor de Deus, acom ­
panhado pelo desejo de ser baplisado, podem supprir o sacra­
mento; apezar disso, sua alma será privada, toda a eternidade,
do caracter de christão, que só o baptismo im prim e.
3. O brigações im postas pelo B aptism o.
O Baptismo nos introduz numa vida nova, a vida christan
que importa novos e graves deveres. O sacerdote perguntou
si criamos em Deus, em Jesus Christo, seu Filho, si que­
ríamos viver segundo o 'Evangelho, e si renunciávamos de
coração e com o affecto ao dem onio e ás suas pompas, ao
m undo e ás suas m axim as; e foi só depois de uma resposta
affirm ativa do padrinho e da m adrinha, feita em nosso nome,
que fomos admittidos no numero dos filhos de Deus e da
Egreja.
Em força do Baptismo, perlencem os a Deus : nossa alma,
nosso corpo, nossa vida; tudo é delle; devemos mostrar-nos
christão* em todo« oe acto« da vida, quer privada, quer
publica.
R esoluç .Xo . — Repetirei, cãda manhã, as promessas do
baptismo .* « Renuncio a Satariaz e só pertencerei a Jesus
Christo. »
- 170 -

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i. O b a p tism o de Jo ão B a p tista era a figura do
sacramento do baptismo. Recebendo-o, Jesu« ChrÍ6lo deu
á agua natural a virtude de purificar as almas.

2. O s a c r a m e n to do B a p tism o , 6em duvida, foi


instituído, quando Jesus disse aos Apostolos : « Ide...
baptÍ6ae toda* a® naçõe«, em neme do Padre, e do
FUho e do Ekpirito Santo ».

- 171 -

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3. Je s u s d isse a N icodem os : « Si um homem não
renascer da agua e do Espirito Santo, não pode entrar
no reino dos ceus ». Alhures disse mais : « O que crer
e fôr baptisado este será saivo ».

4 - Os p a g ã o s a d u lto s, que amam a Deus com todo


o coração (baptismo de desejo) ou que morrem por elle
(baptismo do sangue), obtÊm a salvação.

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5 . S . P e d ro , avisado m ilagrosam ente foi a Ceearea, á
casa do centurião Cornélio, iu&truiu-o e o baptisou com
toda a fam ília.

6. S . P h ilip p e encontra no cam inho de Jerúsalem


para Gaza, o m inistro de 'Candace, rainha da Ethiopia :
in6true-o e lhe confere o baptiemn

- 17a -
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B A P T IS M O DE C O N S T A N T IN O — D E C L O V IS

7. C o n s ta n t in o M a g n o , depois de ter trium phado,


m ilagrosam ente, de seus adversados, fez-se instruir e
fecíébeu a baptismo em Rom a, em 3 a4 *

8 . C lovis, rei dos F r a n c o s , após a victoria de Tol-


tuac, é bdpti»f.do em Reims, em 496, com um grande
num ero d©6 seu* eeldadoe.

- 174 -

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C E R E M O N IA S DO B A PT ISM O

9 . O m en in o , a p re se n ta d o á E g r e ja , pede por
intem iedio do padrinho e da m adrinha, a graça do
baptienio.

io. O p a d re deita-lhe na cabeça agua baptismal, di­


zendo : « Eu te baptiso em aome do Padre, • do Filho
• de Espirito Santos.
- 175 -
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Pr o m e s s a s £>o b a p t i s m o

li. C o n v e m r e n o v a r as promessas, nas grandes da­


tas dc nossa vida, e repetir a m iudo : Renuncio ao de­
m ônio, a suas pompas, a suas obras; só servirei sempre
a Jesus Christo.

i2 . C o n v e m g u a r d a l- a s c o r a jo s a m e n t e , e, como
outrora os Crusados, pisar aos pés o respeito humano
e defender a própria crença, até com perigo de vida.

- 176 -

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CEREMONIAS DO BAPTISMO

Rubens.
BA PT ISM O D E CONSTANTINO

— 177 — 23

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/
A PREPARAÇAO
I
E feita de ordinário á porta do logar sagrado, para in­
dicar que o que nao foi baptisado, ainda nâo faz partè
da E greja.
Sâo feitas algum as perguntas preliminares, para saber
si a criança pertence á paroquia — si e menino ou menina
— si foi baptisado en casa — si os padrinhos sí\o ca-
tholicos — por üm. qual nome se deseja dar á crian ça.
Durante as ceremon as do baptismo a pessoa que car­
rega a criança, a segura sobre o braço direito e se pôe
no meio — o padrinho se colloca a sua direita e a m a­
drinha á esquerda — o padre, revestido de sobrepelliz
e de estola roxa fica na frente.
A cerimonia litu ig ica com eça com as perguntas se­
guintes, as quaes os p adrin hos respondem em nome do
alilhado.

Perguntas
N . que pedes á
E greja de D eu s? R .
A fé. N . que te d í a
fé? R. A vida eterna.
O sacerdote entâo
lem bra que para
obter a vid a eterna,
é necessário receber
os sacram entos.
1
da tres vezes na
face da criança em
honra das tres pessoas d ivin as em cu jo nome se con­
fere o baptism o. E ste leve bafejo symbolis» a próxim a
entrada do E spirito de D eus na alm a de recem -nascido.

Signaes da cruz
O padre tra ça o
signal da cru z na
fronte e no peito da
criança para ensi­
nar-lhe que nunca
ha de se en vergon ­
har do E van gelh o
de Jesus cru cifica­
do, pelo con trario,
ha de am ai-o com
todo o cora ça o e ha
de conform ar sem -
Dre sua con d ucta
com sunt m axim a#.

- 178 -
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A P R E P A R A Ç A O P A R A O B A PT ISM O

imposição das màos


O padre esten de
a m âo d ireita so­
bre acrian ça para
m ostrar que Deus
tom a posse delia e
que da hi em dian­
te a protegera e a
tera sob o am paro
de suas m âos ado-
raveis.
Pôe um pouco de
sal 1 ento na bocca
da criança para si­
gnificar qne a graça do b aptism o quando lhe com os lieis,
nos preserva da corrupção do peccado e faz saborear
as m axim as d o_E vangelho. _

Exorcismo
O padre, em nome
de D eus, m anda
ao espirito m aligno
que saia da alm a
dessa criança que
elle possue con iO es­
crava pelo peccado
original, e ceda o
logar a Jesús Chris-
to, seu Senhor e seu
Deus. T raça de no­
v o na fronte delia o
signal da ctu z, orde­
nando ao dem onio que, dahi em diante, re sp eitea q u elleq u e
recebeu a im pressão desse signal redem ptor e santiiicad or.

Imposição da estola
D epois disso, o
padre colloca a e x ­
trem idade da esto­
la sobre a cabeça da
criança e a in troduz
na casa de D eus,
que vae tornar-se
tam bem sua casa.
Kste rito sym bolisa
sua futura entrad a
V na patria celeste,
da qual vae íicar
herdeiro.

- 179 -

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A PROFISSÃO DE FÉ
A n te s d e re c e b e r o b a p tis m o , a c r ia n ç a d e v e d a r t e s t e i
m u n h o d e s u a fé , e m o s tr a r s u a c o n fia n ç a em D e u s , q u e
v a e to rn a r-s e seu p a e ; é p o r is to q u e e m seu n o m e ju n c t a -
m e n te co m o p a d re os p a d rin h o s r e c ita m em v o z a lta
o C reio eo P a d r e N o sso .
C reio em D eus P a d r e T o d o -P o d e r o s o , C re a d o r d o céo e
d a te r r a ; e em J e s u s C h ris to u m si seu F ilh o , N o sso
S e n h o r ; o q u a l foi c o n c e b id o d o E s p ir it o S a n to n a s c e u
d e M a ria V ir g e m ; p a d e c e u s o b o p o d e r d e P o n cio P ila ­
t o s , fo i c r u c ilic a d o , m o r to e s e p u lta d o ; d esceu a o In­
fern o s ; a o te r c e iro d ia r e s u rg iu d o s m o r t o s ; s u b iu ao s
cé o s, está a s s e n ta d o á d ir e ita d e D e u s P a d r e , T o d o -
P o d e r o s o ; d o n d e h a d e v i r ju lg a r os v iv o s e os m o r to s :
c re io n o E s p ir ito S a n t o ; a S a n ta E g r e ja C a t h o l ic a ; a
C o m m u n h â o d os S a n to s ; a r e m is s ã o d o s p e c c a d o s ; a
resu rrei^ ao d a c a r n e ; a v id a e te r n a . A m e n .

Padre Nosso
q u e e s ta e s n o cé o ,
s a n c tific a d o s e ja o
vosso n o m e; venha
a n os o v o sso r e in o ;
s e ja fe it a a v o s s a
v o n t a d e , a s s im n a
t e r r a co m o no c é o ;
o p â o nosso d e
c a d a d ia n os d a e
h o je ; e p e rd o a e -
n o s as n o ssa s d i­
v id a s a ssim co m o
nósTp erd o a m o s a o s n o sso s d e v e d o re s ; e n â o nos d e ix e is
c a h ir em te n ta ç ã o , m a s liv r a e - n o s d o m a l. A m e n .
R e c ita d a s e s ta s o ra ç õ e s, c o m u n u ltim o ex orcism o e
d e m o n io re c e b e o rd e m d e s a h ir d e s s a cr ia n ç a q u e v a e
to rn a r-s e o te m p lo v iv o d o E s p ir it o ^ San to .

Epheta
D e p o is, le m b ra n ­
d o o m ila g re d e N .
S e n h o r, q u a n d o s a ­
ro u co m um p o u c o
d e s a liv a a u m
s u rd o -m u d o , o p a ­
d re to c a c o m o d ed o
m o lh a d o u m p o u co
n a s a liv a , os o u v i­
d o s e o n a r iz d a
c r ia n ç a , p a ra a v i-
sal-a d e q u e n â o
d e v e e s ta r n u n c a s u rd a a o s a p p e llo s d a g ra ç a e q u e ^ a
d e v e d e s e ja r freq u e n te m e n te ^ e p e d il-a co m a o ração .

- 18 0 -
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A PRO FESSAO D E FÉ
As renuncias
E m seguida vem
a renuncia ao d e­
m ônio, o inim igo de
Deus e do hom em ;
ás suas obras isto é
aos p e cca d o s; ás
suas pom pas, isto é
ás seducçoes do
m undo que levam
ao peccado.
Interpellando a
criança, o padre lhe
pergunta :
N .R en un cias a S a ta n a z ? — R . Renuncio. — e a todas
as suas o b r a s ? — R . R en uncio, — e a tod as as suas
pom pas ? — R . R en uncio. — O padrinho e a m a­
drinha dévem responder d istinctam ente a estas per­
guntas em nome da cria n ça que estâo representando.
Uncçao do oleo dos
cathecumenos
E s ta u n cçao é
feita no a lto d op ei-
to para consagrar a
D eus o coraçao on ­
de elle v a e m orar
m ediante sua ca ri­
dade ; e nos h om -
bros para significar
ao bap tisad o que
será carregando a
cruz que elle sahirá
vencedor das lu c -
tas da vida.
O padre en tao d eixa a estola roxa, cu ja côr sym bo liza
a tristeza, a com m iseraçâo d evid a a uma alm a ainda
m anchada pelo peccado, tom a a estola branca m ais em
harm onia com a innocencia da criença que v ae ser rege
n erada pelo baptism o. F a z as seguintes pergun tas, a
que respondem os padrinhos.

Profissão de fé
N . Crês em D eus
P a d re, todo pode­
roso... R . C r e io .—
Crês em J e su s-
Christo... R . Creio.
— Crês no E sp i­
rito S a n t o . . . R .
Creio. — N . Queres
ser bap tisad o? R .
Q u ero .

- 181 -
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0 BAPTISMO
Chegamos ao m om ento m ais solem ne, aquelle parado
qual convergem tod as as cerem onias, q u er p;<ra preparal-
o, quer para lhe d esenvolver o sentido, os eíleitos e
as obrigaçoes.
Vem a ablução sacram ental, que consiste em d eitar
tres vezes, em fornia de cru z a agua baptism al sobre a
cabeça da* criança, pronunciando-se ao mesmo tem po
num a m aneira d istincta estas p alavras dietas uma v ez
s : • N E u te bapiiso em nome do Padre, f , e do
F ilh o , f, e do Espirito Santo f.
E m q u an to o padre deita a agua, a pessôa que se­
gura a criança deve in clin ar lhe a cat eça na piscina
baptism al e o padrinho e a madrinha devem tocar leve
m ente com a mào a criança com a q u al elles se tem
com o que id entiíicado d uran te tod a a cerem onia.

- ‘-'Y A ablução
sacramental
Apenas acaba de
pronunciar-se a ul­
tim a p alavra c*a
íorm a sacram ental,
o baptism o produz
no bap tizado seus
adm i/aveis efTeitos.
A p a ga nel'. o pec­
cado original, dá-
lhe a graça santifi­
cante. faz delle o
tem plo do E spirito
S an to , o filho de Deus e da E g re ja , o irm ao de Jesus
Christo e o herdeiro do cen.

A uneçao
do Santo Chrisma
feita sobre a testa
do baptizado sign i­
fica que elle é con ­
sagrado a Deus e
que deve, com o o
balsa mo do Santo
Chrism a. derram ar
por toda a parte o
perfum e de suas
virtu des. Agora po­
d e se cham ai o de
ehristâo, por causa de C h risto, c u jo nom e vera de
Chris ma.

- 182 —

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U L TIM A S C E R E M O N IA S DO B A PT ISM O

0 veu branco

O utrora orecem -
baptisado recebia
un a veste alva.q ue
trazia durante oito
dins pari. indicar a
innocenciü recu p e­
rada. Em lem bran­
ça dislo. o padre,
hoje, pôe sobre a
cabeça da criança
baptizada um veu
ou uma toalha bran­
ca, augurando lhe
que guarde sua innocencia a té o trib u n al de Jesus Christo.

A vela accesa
entregue aos p a ­
drinhos sym bolisa
a fé que deverá
brilhar na alm a do
n ovo christâo e as
bôas obras que de­
vera fazer durante
toda a sua vid a , sob
o im pério da ca ri­
dade divina.
Term inaram as
cerem onias do bap-
t is n o O augurio
final de sacerdote n crian ça é este : « V â em paz e que
o Senhor e steja com tigo. »

Assento
do baptizado
A n tes ou depois
de baptizado faz-se
o assento do mesmo
nos registos d a
E greja. N alguns Io­
ga res vae elle assi-
gnados pelos p a ­
drinhos e tam bem
pelos paes da cria n ­
ça, si presentes.
O x a li fique o
nome deste n ovo
christâo para sempre inscripto, no ceu, no livro dos
eleitos t

- 18S -
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Os paesestâo obrigados em
consciência a fazerem b ap­
tizar sua criança o mais bre­
ve possivel, ordinariam ente,
podendo, o dia depois ou
no terceiro dia depois do n ascim en­
to Lem brem -se que o m orre sem
bap tism o nào pode en trar no ceu.
0 patrinho e a madrinha devem pro fessara re ­
ligião c a th o lic a ; contrahem com a criança sua afi- .«1
lhada un parentesco espiritual, que lhes im pede,
sob pena de nullidade de se casarem , padrinhos
com afilhados, sem dispensa.
Os nomes que se im põem á criança, nao devem
ser nunca nomes de pagaos, ou de falsos deuses.
D evem ser, escolhidos de entre os nomes dos
santos reconhecidos pela E greja . So cilcs podem
servir como verdadeiros padroeiros, protec­
t o r e s e m odelos.
Em caso de necessidade, qualquer pessôapode
b ap tizar. B a sta ter a intenção de fazer o que
faz a E greja. e d eitar agu a natural
sobre a fronte da pessôa que se b ap ­
tiza. dizendo »lie ao m esm o tem po :
«Eu te baptizo em nome do Padre, e do
Filho e do Espirito Santo. »
As promessas do baptismo. Um v er­
dadeiro christao celebra ca d a anno,
com devoçaõ o ann iversario de seu
baptism o. G osta de ren o v ar m uita
v e z a form ula de suas prom essas para
com Deus : « Renuucio a Satanaz, a
suas pompas, e a suas obras ; e pro-
metlo servir sempre a Jesus Chrislo. «

- 184 -

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A CONFIRMAÇÃO

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A CONFIRMAÇÃO

1. O que é.
Confirmação quer dizer acção de tornar mais firme; ella
firma realmente a alma na vida christan. augm entando neWa
a graça ilo Baptismo. Torna-nos perfeitos christãos- dando nos
o Espirito Santo com a abundancia de seus dons.
Este sacramento com pleta o que o Baptismo com eçou :
confirma e consolida, desenvolvendo-os, os effeitos da regene­
ração baptismal. 0 baptizado é uma c ra n ç a , o chrism ado
é um homem: o prim eiro recebeu a veste da innocencia, o
segundo é revestido com a armadura do soldado. 0 christâo
é cham ado para com bater sobre a terra, é m ilitante por
es^encia; deve vencer dando testemunho a Jesús €hrÍ6to,
ás vezes até com risco da própria vida.

2. A Confirmação é necessaria.
Ainda que e*te sacramento não seja de absoluta necessi­
dade para a salvação, com tudo no6 tornaríamos culpados de
peccado grave, 6Í, voluntariam ente, negligenciássemos de rece-
bel-o. Jesus C hrislo ao offerecer-nos um tào poderoso m eio d®
santificação, não nos perm itte de o recusar; seria ultrajar
sua sabedoria e mostrar-se ii. lifferen le para com elle, e não
poucos, por não o haver recebido, não 6e salvarão.
Para tfiver. falando absolutam ente, não ha mv6ter que
sejamos robustos mas dão-se circum stancias tae*, em que os
temperamentos fracos succumbem infallivelmente. Despre-
sar o sacramento dos fortes, é então expôr-se voluntariamente
ao perigo de succum bir nas lucias da vida, é comprumetter
o destino da própria alm a, é com m etter um peccado.

3. A Confirmação impõe deveres.


O Bispo faz uma uncção com o Santo Chrism a, na fronte,
em forma de cruz, para sign ificar que toda a virtude vem
da Cru z, e que o christâo não deve nunca se envergonhar de
Jesus crucificado; pelo contrario, desprezará a esses vaidosos
m ofadores que se divertem em rir da Religião e de seu6
ministro«.
A leve bofetada que o Bispo dá ao confirm ado, en«ina-!he
que deve eslar dispo*-to a toffrer toda a sorte de affrontas pelo
amor de Jesús Christo. « O servo nâo é superior ao Senhor. »
•O Christo foi m altratado; o christâo não pode esperar 6orte
m elhor.
R e s o l u ç ã o . — Pisarei aos pés todo o respeito humano.

- 186 -

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P R O M E S S A E V IN D A DO E S P IR IT O ^ S A N T O

I. Promessa do Espirito Santo í e i i a pelo Salva­


dor ao« Apostolo« : cr Eu vó« enviarei, di««e-lhes o
Consolador, o E«pirito de Verdade, que procede do
Pae. »

2. Vinda do Espirito Santo, no dia de Pentecostes.


Dá aos apostolos a intelligencia das verdades divina«
e o« enche de zelo para annuncial-as ao m undo.

1<S7

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APO STO LO S C H R IS M A N D O

3. S . P e d r o e S . J o ã o , im põem as mãos aos chris-


tàos de Sam aria que recebem logo o Espirito Santo e m a ­
nifestam sua virtude com uma vida fervente e generosa

4. S . P a u lo impõe as mãos. aoô Ephéseos : o Espirito


Santo desce sobre elles e com eçam a falar diversas lin-
guas e & prophetizar.

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- 188 -
C E R E M O N IA S D A CH RISM A

5. A imposição das mãos do bispo attrae sobre


os confirmandos a bençam divina e significa que o
Espirito Santo vae tom ar posse de suas almas.

(j. A uncção do S. Chrisma, feita em forma de


cruz, sobre a fronte, lembra ao christâo confirmado que
nunca deve envergonhar-6e da cruz de Jesus
Christo

- 189 -

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S A B E D O R IA — IN T E L L IG E N C IA — S C IE N C IA

7. A sabedoria brilha sobre a fronte de José ao


explicar os sonhos de Pharhó e mais ainda quando foge
0 peccado e pratica a virtude.

b. A ír u e iiiy e x ic ia e a a c itú ic ia iia> cou*««» ii 1\ mas


resplandecem nao obras deste grande doutor a quem
Jesús Christo mesmo disse : « Tens escripto bem de
m im , Thom&z. »

— 190 —

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CO N SE LH O — FO RÇA

9. O dom do conselho, obtido pela oração, mo-stra


a Jonnna d’Arc o cam inho a seguir pelo bem da patria
e pela m aior gloria de Deus.

10. O d o m d a f o r ç a , sustem aos martyres no meio


dos suppi cios e nem os dentes do« leões, nem a m orte
mais cruel podem abater a coragem delles.

- 191 -

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P IE D A D E — TEM OR D E DEUS

ii. O dom da p ied a d e, inspira a S. Luiz os sen ti­


mentos do mais filial e mais terno amor para Deus em
sua vida privada e no governo do seu reino.

12. O dom do tem o r, enche a S . Jeronym o de sobe­


rano respeito pela m ajestade divina c de profundo arre­
pendimento por te!-a offendido. •

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— 192 -
A EUCHARISTIA

G. Do!ci.

<< TOM AE E C O M E I, E S T E É O M EU CORPO »


« TOM AE E B E B E I , E S T E É O M EU SA N G U E »
« F A Z E I IST O E M M EM Ó RIA D E M IM ... »

- 193 - 25
CATECISMO ILI.USTRADO --- 7
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A SAGRADA EUCHARISTIA
A Eucharistia é ura sacramento que contem real e subs­
tancialm ente, o corpo, o sangue, a alma e a divindade de
Nusêo Senhor Jesus Christo sob as especies ou apparencias
lio p ío e <lo vinho.
1- P r o m ís s a d a s a g r a d a E u c h a r is t ia .
A JEucbnristia é um m ilagre tào contrario ás apparencias
l-crceLklas pelos sentidos, e tão superior aos dado6 da razão,
«jiie N. Jes-us Chrislo, a própria Sabedoria, quiz preparar
p u a ella aos homens, preludiando sua instituição com uma
j iome*ss;t. Acaba de operar o m ilagre da m ultiplicação dos
fiães. í ite facto extraordinario em 6i m esmo, era, no pen-
sament.» de Christo, a figura e o annuncio de um m ilagre
mais f irprehendente ainda, a Eucharistia. « Eu sou o pão
vivo, <’escido do ceu; quem o com er, viverá eternamente; e
o pão que eu vou dar, é a minha carne que entregarei pela
salvaçâ > do m un do... — Q uem com e da minha carne e bebe
do mea sangue, tem a vida eterna; pois minha carne é verda­
deira com ida, e meu sangue verdadeira bebiba. » Jesus
Christi» nâo podia exprimir*se m ais claramente para annun-
cia r a sagrada Eucharistia.
2 . in s titu iç ã o d a s a g r a d a E u c h a r is t ia .
Er.i a vespera da Paixão, na mesma noute em que o Salva­
dor ia ser entregue; no m om ento em que os Judeus se pre­
paravam para encher a medida de sua ingratidão, Jesús tam-
oem ia encher a medida do seu am or. Estava com os disci­
pulos no Cenáculo. Celebrada a Paschoa, « essa Paschoa que
eu , dizia aos Apostolos, desejei ardentemente com er co m -
vosco, » Jesús tomou o pão, part:u-o e deu a 6eus discipulos,
dizendo : o Tomae e com ei, este é m eu corpo. » Depois,
tomando o calice, que continha vinh o, benzeu-o e apresen­
tou-o aos discipulos, dizendo : « Tomae e bebei; pois este e
meu sangue. » E para que este m ilagre fosse renovado até
o fim dos séculos, Jesús aoe-rescenlou logo estas- palavras :
« Fazei isto em memória de m im . »
3 . P r e s e n ç a ue je ó a s C h ris to n a s a g r a d a E u c h a r is tia .
Á pa’ ivra do sacerdote a substancia do pão e a do vinho
se m udam no corpo e no s. ngue de Jesus Christo; do pão e
do vinho só ficam a6 qualida/es externas. Sob essas'apparen­
cias Jesus Christo está todo ii íeiro e vivo; todo inteiro sob
as apparencias do pão, todo intoiro sob as do vinho, mesmo
q.iando essas apparencias são fraccionadas. Assim 6empre
o acreditou e ensinou a E greja, depois dos Apostolos. Para
<onfessar a fé nesse dogm a, cs m artyres deram a vida.
e, ainda hoje, numerosas virgei.s se consagram exclusiva­
mente á adoração da E ucharistia.
R e s o l u ç ã o . — Farei a genuflexão deante do Sacrário, onde
reside Jesus Christo na Eucharistia.
- 19 4 -
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F IG U R A S D A E U C H A R IS T IA

i. O M a n n á era para os Israelitas no deserto um


alimento m ilagroso. A Eucharistia é para os christãoe
um alim ento sobrenatural, ainda mais suave e m ila­
groso.

2. O C o r d e ir o P a s c h o a l era para o« Judeus uma


victima e um alim ento; era sem manchas e seu sangue
afastava a cólera de Deus. A Eucharistia é tudo isso e
mais ainda.

— 195 -

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P R O M E S S A D A ^ E U C H A R IS T IA

3. P r o m e s s a d a E u c h a r is tia . — « F.u sou o pâo


vivo descido do Ceu. 0 pão que eu voe darei, é m inha
rórne; minha carne é uma comida e meu sangue uma
bebida. »

4 . M u lt ip lic a n d o c in c o p ã e s no deserto o Salvador


alimentou 5 .0 0 0 pessoas; assim, no altar, o 6-acerdote
consacra a Eucharistia e com cila nutre todo o povo
christão

- 196 -

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M A T É R IA D A E U C H A R IS T IA — G E N A G U LO

5. A m a t é r ia d a E u c h a r i s t ia é o pâo íeilo de
farinha de Irigo e o vinho obtido com o succo da uva.

G- O C e n á c u lo onde, na quinla feira 6anta, Jesu«


Ghristo instituiu a Eucharistia, é uma grande sala 6i-
tuada 110 monte Sião, cm Jerúsalem.

- 19 7 —

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IN S T IT U IÇ Ã O DA E U C H A R IS T IA

7. T o m a n d o o p ã o Jesús o benzeu, partiu-o -e deu-o


aos discipulos dizendo : « Tomae e com ei; este é 0
meu corpo, que será entregue por vós. »

8. T o m a n d o o c a l i c e com vinho, offereceu-lhes d i­


zendo : te Bebei delle todos, pois este é meu sangue,
o sangue da nova ailiança que será derramado peia
remis-são dos Receados.

- 198 -
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C R E N Ç A D A E G R E J A N A E U C H A R IS T IA

9. O s C o n c ílio s , os Padres e os Doutores de todos


os «séculos deram testemunho á presença real de Jesús
Christo na Eucharistia.

10. A c o n s t r u c ç ã o d a s E g r e j a s , a ornamentação
dos altares, a assistência á missa e ás procissões, a
visita ao SS. Sacram enta, a Com m unhSo attestam a fé
dos fieis na Eucharistia.

- 199 -

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M IL A G R E S E M A R T Y R E S D A E U C H A R IS T IA

ii. A a u t o r i d a d e d o s m ila g r e s como aquelles da


rua des liillettes em íParis, de Bolsena na Italia, de T u ­
rim , de Faverney, etc... veiu confirmar o dogma eu-
charistico.

i2. O s a n g u e d o s m a r t y r e s , como aquelle do


jovem Tarcisio que preferiu m orrer a entregar a sagrada
Hostia aos pagãos, testemunha em favor da divina
Eucharistia.

— 200 -

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fo SACRIFICIO DO SALVADOR

Lebrun.
M O R T E D E JE S U S NA CRUZ

- 201 - 26
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0 SACRIFICIO DE J E S U S CHRISTO

1. F o i figurado pelos Sacrificio« antigos.


Deus mesmo instituiu os sacrifícios. Desde a prim eira edade
do m undo, os povos offereciam ao Senhor victim as que dego­
lavam e cu jo sangue escorria sobre o altar; eram os Sacri­
ficio« sangrentos. Offereciam tam bém pão, vinh o, perfum es,
fructas de toda a sorte; eram os- sacrifícios incruentos. D e per
si esse» sacrifícios não tinham valor algum . Gom tudo a gra­
davam a Deus, porque annunciavam e figuravam o Sacrificio
de Jesus Christo. Entre os sacrifícios antigos aquelles que fig u ­
raram duma maneira m ais expressiva o sacrifício do S alva ­
dor, 6ão a sacrifício de Isaac, e o do Cordeiro paschoal.

2. Começou desde o primeiro momento de sua vida.


Desde 6ua entrada neste m un d o, Jesus Christo disse a Deus
seu Pae : «, Sei que as hóstias e os holocaustos não vos a gra­
dam mais : pois bem l eÍ6-me a q u i. Vós mie destes um corpo
e uma alma; eu vol-os offereço ; serei eu a victim a; aqui
estou para fazer vossa vontade. » Durante toda sua vida, o Sal­
vador não cessou de se offerecer assim a Deus seu Pae, e de
se im m olar a oada instante pela gloria delle.

3. Completou-se no Calvario.
Na hora da sua Paixão, os sentimentos internos de Jesua
Christo foram sempre os de uma victim a; m as, pela sua a tti­
tude externa, pareceu então com o victim a de todo o m undo
que derrama todo seu sangue sob os açoutes de flagellação,
sob a ponta dos espinhos e a dureza dos cravos; a victim a
que, durante tres horas, fica suspensa á cruz, entre Deus ir r i­
tado e os homens culpados; a victim a, emfím, que expira
no meio dos torm entos, aplacando com seu sangue a justiça
de Deus irritado e pagando assim a divida de nossos peccados.

4. Continúa no céu e sobre o altar.


Este S acrificio adoravel Jesús Ohristo o continúa ainda pre­
sentemente no ceu, onde se offerece sem cess&r a Deus, seu
Pae, intercedendo por nós e m ostrando-lhe suas gloriosas
chagas, com o signaes de seu Sacrificio. Continúa-o tambem
sobre o altar, onde, m ediante a missa, representa e renova
duma maneira incruenta o sacrifício cruento da cruz.

R e so l u çã o . — Relerei de tem po a tempo a Paixão do Sal­


vador e assistirei piedosam ente ao santo Sacrificio da Missa.

- 202 -

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F IG U R A S DO S A C R IF IC IO DE JE SU S C H R IS T O

i. O ju s to A bel, offerecendo um Sacrificio, é elle


mesmo im m olado logo depois por Caim , é a prim eira
figura de Jesús Ch riste, o justo por excellencia, o ver­
dadeiro sacrificado e a divina victim a.

2. O p a tr ia r c h a Noé após o dilu vio, offereceu um


sacrifício ao Senhor, que faz alliança com elle. O
Sacrificio da nova alliança é o do Calvário.
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ENTRANDO NESTE MUNDO

3. D esde su a e n tr a d a n este m u n d o, Jesús C hristo


se offerece a Deus seu Pae, para ser im m olado; renova
essa offerta publicam ente no dia de sua apresentação ao
templo.

4. I s a a c in n o c e n t e e subindo o m onte com a le­


nha do Sacrificio, é a figura de Jesus, a innocencia e a
mesma santidade, subindo o Calvario carregado com o
madeiro da cruz.

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- 204 -
NO CEN ÁCULO

5. N o C e n á c u lo , Jesus toma pão, benze-o e diz :


« Tomae e com ei, este é meu corpo » Depois toma
vinho, faz o mesmo e diz : « Tomae e bebei, este é
meu sangue. »

6. M e l c h i s e d e c h sacerdote d o Altíssim o, o fferecen d o


em sacrifício pão e vinho, é figura ds Jesus Christo,
verdadeiro 6acerdote do Altíssim o, consagrando o pão
e o vinh o n o Cenáculo.
- 205 -
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NO C A L V A R IO

7. N o C a lv a r i o , o Salvador por sua morte nos tes­


temunha seu immenso am or, acalma a justiça de Deus,
expia nossos peccados, livra-nos do inferno e nos m e­
rece 0 ccti.


8 . A s e r p e n t e de b r o n z e , tigurava a cruz. A vista
da cruz, com effeito, a alma que crê e que ama, é sa­
rada das horrendas m ordidas da serpente infernal.

- 206 -
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NO CEU

9- No c é u , 0 Salvador é nosso medianeiro e nosso


advogado; apres«nta, sem cessar, a Deus 6uas Chagas
e 6eu Sangue, cuja voz é sempre ouvida.

10 . Os S a n to s se unem aos anjos para adorar-


a Deus, gloiifical-o, agradecer-lhe e im plorar-lhe gra ­
ças para nós.

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- 207 -
1
SOBREA ALTAR

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- 208 -
AS CEREMONIAS DA M I S S A

UM GLO BO D E FOGO A P P A R E C E SO B E A C A B E Ç A
D E SÃO M A R T I N I I O j E M Q U A N T O C E L E B R A A M IS S A

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- 203 - 27
- 210 -

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( OM EÇO DA M IS S A

i. I n d o a o a l t a r o sacerdote nos lembra a Jesús


■subindo ao Calvário. A Missa, com eífeito é a repre­
sentação e a continuação do Sacrificio da Cruz.

2. A o s p é s d o a lt a r , o sacerdole se hum ilha e con ­


fessa os peccados. A seu exem plo o fiel deve pedir a Deus
perdão e m isericórdia.

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- 211 -
K Y R IE E L E IS O N — E P IS T O L A

3 . N o m e io d o a lt a r , o sacerdote diz o Kyrie e o


Gloria. Com elle o íiel deve louvar, adorar e agradecer
as tres pessoas divinas.

4. N o la d o d a e p is t o la , o sacerdote recita a coliccta,


lê uma passagem da Sagrada Escriptura, o gradual, e,
si ha, o alleluia, e a prosa.

- 212 -

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E V A N G E L H O — O F F E R T O R IO

5. N o la d o d o E v a n g e l h o , o sacerdote lê um trecho
do Santo E vangelho. 0 fiel deve ficar em pé e fazer um
tríplice 6Ígnal da cru z sobre a fronte, os lobios e o
coração.

6. A o O ffe r t o r io , o sacerdote offerece a Deus o pão


e vinho que se m udarão no corpo e no sangue de Jesus-
Christo. O fiel deve 6e offerecer a Deus para que o mude
e o -co n ve rta .

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— 213 —
P R E F A C IO — SAN CTU S

7. A o P r e f a c i o , o sacerdote eieva a voz para convidar


aos fieis a se recolherem mais profundam ente; appro-
xima-se o momento do grande mysterio

8. A o S a n c tu s começa o Cánon; estas orações


nunca variam. Contêm o Memento dos vivos, a consa­
gração do pão e do v in h o , o Meménto dos mortos c o
Padre-nosso.

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- 214 -
CO N SAG R AÇÃO — P A D R E N O SSO H

9. A ’ C o n s a g r a ç ã o , por um m ilagre da omnipoten-


cia divina o pâo e o vinh o são mudados no corpo e no
6an.gue de Jesus-Christo. A terra e o ceu adoram.

io . A o P a d r e - n o s s o , os fiei« devem se un ir ao sacer­


dote para pedir a Deus, com Jesús Christo e por Jesus
Ghristo, todas as graças de que necessitam.

- 215 -

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[COMMUNHÃO — BEN ÇAM

11. A n t e s d a C o m m u n h ã o , o sacerrlote bate o peito


Ires vezes, recebe n com m unhão, e 6Í os ha. com m unga
também ao« fieis.

i2. D e p o is d a C o m m u n h ã o , o sacerdote recita as


ultimas orações, diz o Dóm inus vobíscum e o Ite, missa
est, dá a bençam e termina com & leilura do ultim o
Evangelho.

- 2 16 -
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A COMMUNHAO

T O M A E E C O M E I, E S T E É O M E U C O R P O

- 2 17 - 28
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A SAGRADA COMMUNHÃO

1. O que é a Communhão.
Com m ungar é receber a Jesus Christo, presente n o sacra­
mento da EucharÍ6tia : Jesu6 Christo todo inteiro, seu corpo,
seu sangue, sua alm a, sua divindade; é unir-ge a E lle tão
intimamente, quanto é possivel imaginar% incorporar-se de•
véras com Elle. E essa união ineffavel se effectúa pela acção
de com er 6ua carne sagrada « Quem come m inha carne e
bebe meu sangue, fica em m im e eu nelle. » Sem a affirm a-
ção form al do Salvador, quem poderia crer em tal prova de
amor? Sem seu preceito expresso, quem ousaria avisinhar-6e
desse Deus escondido, e tomar com o alimento seu corpo ado-
ravel? Tomae e com ei, diz elle. Em verdade, si não comerdes
a carne do F ilho do hom em , não tereis a vida em vós. »

2. A Communhão bôa.
A Euchari6tia é um alim ento; deve entreter, fortalecer,
desenvolver em nós a vida christan. Esta vida soffre todos
os dias perdas causadas por nossos apegos demais hum anos,
nossas negligencias, a frequencia de nossas faltas veniaes;
pouco a pouco, por causa desse enfraquecim ento graduado,
a alma 6e deschri6tianiza. Si essas perdas 6uccessiva-s não
forem reparadas, sobrevirá a morte. É a bôa Com m unhão que
opera èm nós uma infusão dessa vida divina! Mais é fervo­
rosa, mais participamos de 6eus effeito6 m aravilhosos. ‘D eve-6e
porem notar que o fervor não se mede pelas doçuras sensi-
veis, mas 6im pela generosidade da vontade, que se -decide
a servir a Deus, e a fazer a vontade delle no cum prim ento do6
deveres do proprio estado-

3. A Communhão má.
O que com m unga em estado de peccado m ortal, recebe em
verdade a Jesus Christo, m as, conforme a expressão aterra­
dora de S. Pâulo : « Elle com e e bebe a própria condem-
nação, torna-se reu do Corpo e do Sangue do Senhor. » Este
crim e é o mais horrendo dos sacrilégios, e produz n a alma
os effeitos mais desastrosos. É a profanação do que ha de m ais
6anto na Religião, a sagrada Pessôa do Salvador. O profa-
nador encorpora-se, por assim dizer, a própria condemnação.
Apezar de Ião grave, este peccado não é todavia irrem issí­
vel : Deus, infinito em m isericórdia, perdôa á alma arrepen­
dida. Eli a pode obter a rem issão por uma bôa confissão.

R eso lu ç ã o . — Com mungarei sempre com consciência pura.

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- 2 18 -
COM M UNH ÃO D O S APO ST O L O S

i. N o C e n á c u lo , com que fé , com que am or os


apostolos recebem a com m unhão da mão mesma do seu
Deus.

2. O s d i s c i p u l o s d e E m m a ú s reconhecem o Mes­
tre no momen'.o em que, tomando o pão, o benze e
lh’o dá na com m unhão.

- 2 19 -

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P R IM E IR A COM M UNHÂO

3. P a r a o s p a e s é um dia de bençam s, especial­


mente si velaram a preparação dos filhos e ei os acom ­
panham á sagrada mesa.

4. P a r a o n e o - c o m m u n g a n te , si tem o coração
puro, si é fiel, é uma fonte de graças nesta vida, e de
gloria na vida eterna.

- 220 -
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CÒ M M U N H ÃO^D E D E V O Ç Ã O

5 . G o m o a S a n t a V ir g e m , e os prim eiros christãos,


vamos buscar na Communhão frequente, a luz, a con ­
solação, a força e a perseverança

6. C o m o S . L u iz d e G o n z a g a , repartamos nosso
tempo entre a preparação ás noeeas com munliões e a
acção dc graçaô.

- 221 -

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COM M U NH ÃO PASCH O AL

7. O q u a r t o C o n c ilio d e L a t r ã o , em 1216, m an­


dou, sob pena de peccado grave, com m u n gar ao menos
uma vez cada anno, pela Paechoa da Resurreição.

8. A C o m m u n h ã o p a s c h o a l, é bom fazel-a na pró­


pria paroquia. Uma má com munhão não satisfaz ao pre­
ceito.

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O SAN TO V IA T IC O

g. O C o n c ilio d e N ic e a ordenou aos padres que le­


vem o viatico aos doentes bem preparados; os fieis natu­
ralmente tambem devem preparar-se bem

10. O d oen te, ao exem plo de S. Jeronym o, deve


nesse momento suprem o pedir á com m unhao a força
que só Deus pode dar.

— 223 —
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BOA E MA COM M UNHÃO

ii. A b ô a C o m m u n h ã o , com o a de S. João, exige


<le nós a fé em Jesús Chri-sto presenlé, o estado de graça
e o í.-mor para Deu»? e para as cousas de Deus.

i2. A m á C o m m u n h ã o , a que é feita em eetado de


peccado m ortal, entrega Jesús ao dem onio, com o Judas
o entregou, com um beijo, aos inim igos.

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A PENITENCIA

• L ioiiiüilo Op a d a .

O P E R D Ã O D A D O A O F I L H O P R Ó D IG O

— 225 — 29
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CATECISMO ILLUSTRADO --- 8
0 SACRAMENTO DA P EN IT EN C IA

1. Foi Jesús Christo que o instituiu.


Depois de ter provado com m ilagres que elle tinha, sobre
a terra, o poder de rem ittir os peccados, o Filho de Deus
promettéu aos apostolos o mesmo poder : « Em verdade'vos
digúf tudo e que ligardes sobre a terra, será ligado no ceu m
e tudo o que desatardes sobre a terra será desatado no ceu.*
Após sua resurreiçào, o Salvador realiza sua promessa : 4
« Com o m eu Pae me mandou a m im , eu vos mando a vós . 1
recebei 0 Espirito Santo, os peccados serão perdoados áquelles I
a quem vós os perdoardes; e serão retidos áquelles a quem |
vós os retiverdes. » Por essas palavras, os Apostolos são cons- ■ !
tituidos juizes das consciências. Mas não podem julgal-as,
si não as conhecem . É por isto que o poder de perdoar ou
de reter os peccados traz, para o culpado que quer ser
absolvido, a obrigação de se confessar.
2. A absolvição remitte todos os peccados commettidos
depois do baptismo.
Conform e as palavres de Christo, os peccados são realmente J
perdoados, tanto na terra com o no céu. A absolvição não è
uma m era form alidade, declarando que estamos perdoados; I
£ um acto ju diciário propriamente dicto, uma sentença pro- .1
nunciada em nome de Jesús Christo que reconcilia o penitente J
bem disposto.
A offensa feita a Deus é esquecida, a m ancha da alma,
apagada; uma nova efusão da graça santificante restitue-lhe sua
formosura prim itiva; ernfim, a pena eterna, dev:da pelo
peccado m ortal, é remittida. A reconciliação com Deus é tão
com pleta, que a alma é restabelecida em todos os m erecim en­
tos adquiridos antes do seu peccado.
3. Tres condições absolutamente necessarias por parte
do penitente.
Essas condições são : a contrição, isto é o arrependimento
por ter offendido a Deus, com a firme resolução da vontade
de não o offender m ais no futuro. Esta contrição deve ser
interior, universal, soberana e sobrenatural; 2 o uma confissão
hum ilde, sim ples e sincera; 3 o a resolução de reparar a in ju ­
ria feita a D fu s, e o damno causado ao proxim o. Esta repa­
ração ch&m&-se satisfação. É em vista disto que o confessor
impõe uma penitencia; que o peccador, mesmo depois de per­
doado, eupporte com resignação as penas da v id a ,imponha-se
algum as privações, repare no modo que pode o damno cau­
sado ao proxim o na pessôa, na honra e nos bens.
R e s o l u ç Xo . — Preparar-me-ei para minhas confissões com
uma boa contrição.

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— 226 -
JE SU S -C H R IS T O P E R D O O U O P E C C A D O

i. P e r d o o u - o e lle m e s m o muitas vezes, durante


sua vida m ortal, com o o fez com esse paralytico, dizen­
do-lhe : « Meu filho, tem confiança, teus peccados te
são perdoados ».

2 . C o n t in u a a p e r d o a l-o , pelo m inistério dos sacer­


dotes, a quem disse, na pessoa dos Apostolo« : « Recebei
o Espirito Santo; serão perdoados os peccados áquelles
a quem vós os perdoardes ».

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O EXAM E DE C O N S C IÊ N C IA

A o r a ç a o deve pre­
ceder a tu d o . E neces-
saria para nos aju d ar
a descobrir as faltas, a
confessal-as, a arrep en ­
der-nos delias, a expiai -
as. Oh ! qu an tas confis­
sões infructuosas pela
fa lta de oraçúo.
O e x a m e de c o n s­
c i ê n c i a d eve versar
so b re : Os mandamentos
da lei de D eus, orações,
j uram entos, obediencia
aos paes, dam nos ao
p roxim o, palavras in­
ju riosas, pensam entos
m aus, im purezas, fur­
tos, m entiras.
— Os mandamentos
da Egreja, sancti ficaçâo
do dom ingo e das fes­
ta s , tra b a lh o nos dias
prohibidos, dissipação
na m issa, confissões e
com m unhôes m al fe i­
tas, abstenções, sem
m otivo , de jejum e da
abstin ên cia.
O s s e to p e c c a d o s
c a p i t a e s : o orgulho*
a a v e z a r. a lu xuria, a
in ve ja , a gula, a ira
de a preguiça.
— Os deveres do pro-
prio estado, deveres de
escola, de filhos, de
pa trões,d e criados, etc.

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_ 9.9.K —
OS M O T IV O S DE C O N T R IÇ Ã O

I o O Inferno.
A p rivação do ceu, o
rem orso de consciência,
as cham m as eternas,
todos os supplicios reu­
nidos. — E is aonde con­
duz o peccado m o r ta l!
«Si eu com m etti um s í
delles, eis o que m ere­
ci ! Senhor, tende pie­
dade de m im !
2 ° O Céu.
A v ista , o am or, a
posse eterna de Deus,
a com panhia da San ta
V irgem , dos anjos e dos
santos, todos os bens
reu n id o s! E is o que faz
perder o peccado m or­
tal. E is o que é sacri­
ficado ao prazer de um
m o m e n to !
3 o O Calvario.
Jesus trahido por um
dos seus, agonisante,
flagellado, coroado de
espinhos, m orrendo so­
bre a cruz ! — E is a obra
e a v ictim a do peccado
m o rtal, de meus pro-
prios peccados! Perdão,
m eu bom Jesus, perd ão!
4 oA bondade de
Deus.
D eus é m eu insigne
bem feitor. meu pae in ­
finitam ente bom , infi­
n itam ente a m a v e l! Foi
seu coração tâo terno
que eu feri com meu
peccado 1 — Oh ! p e r­
d oai ao prodigo arre­
pendido !

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- 229 —
M ODELOS DE C O N T R IÇ Ã O

5. M a r ia M a g d a l e n a após le r confessado e chorado


seus peccado« aos pés do Salvador, renuncia ás vaidades
do m undo, e faz penitencia durante toda a vida

0. S . Jeronymo, para m elhor expiar seus peccados,


mette-ee no decerto e não pensa einào ás cousas eter­
nas e ás obras de penitencia.
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230 - —
A C O N F IS S Ã O — A A B S O L V IÇ Ã O

7. A c o n fis s ã o consiste em accusar todos os pecca-


dos, sim plesm ente, com prudência e hum ildade. 6em
lhe m isturar cousas inúteis, e em responder com sin­
ceridade ás perguntas do confessor

8. A a b so lv içã o é uma sentença que o sacerdote pro­


nuncia em nome de Jesus Christo para rem ittir os pec-
cados ao penitente bem disposto. É neste momento que
se recebe o sacramento da penitencia.

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231 - -
A S A T ÍS F A C Ç À O PE L O PECCADO^,

9. A p e n it e n c ia s a c r a m e n t a l imposta pelo sacer­


dote na confissão, deve «ser cum prida quanto antes e
com piedade. Ella é mais ou menos efficaz conforme o
grau de fervor.

10. A p e n it e n c ia v o lu n t a r i a deve durar toda a


vida. « S i alguem , diz o Salvador, quer v ir após m im ,
renuncie a ei mesmo, tome sua cruz todos os dias de
siia vida e m e siga ».

- 232 -

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PREPARAÇAO PARA A MORTE*

C. Landete.

M ORTE DE SAO JO SE

- 233 — 30
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A EXTREMA ÜNCCÃO
1 . O q u e é a E x tr e m a U n cç ã o .
Deus, na sua infinita bondade, não só providenciou para
nossas necessidades espirityaes, durante o curso ordinário
da vida; estabeleceu, alem disso, um sacram ento para noa
alliviar e no* fortalecer na visinhança da morte. É a Extrema
Uncção, assim chamada não porque é dada nos extremos da
vida, mas porque é a ultima das uncções recebidas pelo chris-
tào. A prim eira uncção é feita no Baptismo, a 6egunda, na
Confirm ação, a terceira consagra os padres no sacramento
da ordem , a ultim a fortalece a alma na lucta 6uprema.
Para 6e pedir esse sacram ento, não 6e deve esperar que o
enferm o esteja na agonia, basta que 6e tema um perigo
sério de morte Tem-se o direito e o dever de recorrer iá ella
uma vez em cada enfermidade perigosa.
2 . O q u e p r o d u z a E x tr e m a U n c ç ã o .
A Extrema Uncção foi instituída por Nosso Senhor Jesus
Christo para o allivio espiritual e temporal dos enfermos.
Ella com pleta o sacram ento da penitencia, term inando de
nos purificar dos peccados . Fortifica-nos contra as tentações
dc im paciência e de m urm uração, d,e desconfiança e de deses­
pero, e nos ajuda a unir o sacrifício de no6sa vida ao de Jesus
crucificado.
iSob o ponto de vista corporal, a Extrem a Uncção pode
m inorar os soffrim entos dos doentes e até restituir-lhes a
saúde do corpo, si Deus o ju lg a r util ao bem da alma. 0
Espirito Santo nol-o es6egura. por S . T hiago : « A lg u m
clentre v ós a doece? C h am e o sacerdote : o sacerdote orará por
elle u n g in d o-o co m o o leo , em n om e do S e n h o r ; a oração da
f é salvará ao d oen te e o S e n h o r o aliviará. » A experiencia
confirm a e6sa attestação por numerosos e x e m p ta .
3. O que exig e a E x trem a U ncção.
Deve o doente, emquanto é possivel, fazer prim eiro uma
bôa confissão e receber o Santo Viatico. Em quanto o sacer­
dote lhe faz as sagradas uncções, excitará em 6eu coração
tres sentimentos : a contrição ou arrependimento dos pecca­
dos com m ettidos com cada um dos sentidos, ungidos com o
santo oleo; a co n fia n ç a , que tudo espera da bondade de
Deus e dos méritos de Jesus Christo; em fim , a subm issão á
von ta d e de D eus que inspira e6tas palavras de Nosso Senhor no
Jardim das Oliveiras e na cruz : « Meu Pae, seja feita a vossa
vontade e não a m inha — Meu Pae, em vossas mãos entrego
m eu espirito. » — Este sacramento assim recebido dá aos
parentes a resignação na provação e adoça a violência da
6audade, si Deus cham ar a si o doente.
R e s o lu ç ã o . — M andarei cham ar ao p a d re , lo g o que esti­
ver seria m en te d oen te.
- 234 -

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A U L T IM A DOENÇA

i. As d o en ça s nos aííligem m uitas vezes durante a


vida. Uma della6 ha de ser a ultim a. Quando a doença
parece grave, é um dever de cham ar o m edico e de
segu ir suas prescripções.

2. O g r a n d e m e d ic o d o c e u , o que dá efficacia aos


remedios e a paciência no meio dos soffrimentos deve
eer cham ado frequentem ente e consultado pela oração.
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3. A r e c o n c ilia ç ã o com D eus se im põe, quando a
doença é perigosa. Não esperemos o ultim o momento
para cham ar o padre, para confessar-nos e receber a
absolvição.

k. A r e c o n c ilia ç ã o com o p ro xim o deve acompa­


nhar a reconciliação com Deus. Não seremos perdoados,
si não perdoarmos a nosso6 inim igos.

- 236 -
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U L T IM A COM M UNH AO

5 . A s a g r a d a C o m m u n h ã o não deve ser deferida.


É tão util ao doente para o fortalecer contra as ten­
tações e ajudal-o a com parecer com confiança ao tri­
bunal do ju iz soberano !

6. E m n o s s o t e s t a m e n t o , feitas as disposições exi­


gidas pela justiça, não esqueçamos aos pobres, nem
nossa alma, fazendo esmolas e marcando missas e ou­
tras orações.

- 237 -

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A E X T R E M A -U N C E Ã O

7. A E x tr e m a U n cção deve ser pedida nSo no ul*


timo m om ento, mas logo que houver perigo. Só então
poderá produzir seus felizes effeitos sobre a alma e
sobre o corpo.

8. R e sig n a d o á v o n tad e de D eu s, o doente deve


&offrer com paciência, unir suas dores ás de Jesús cru ­
cificado, e satisfazer assim, no m elhor m odo, á divina
justiça.

— —
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g. A I n d u lg ê n c ia P le n a r ia recebida com sentimen­
tos de contrição e de am or, ac&ba de purificar a alm a,
e lhe abrevia ou até supprim e totalmente o purgatorio.

io. O S a c r ific io d a v i d a , os actos de fé, de espe­


rança, de contrição, de am or, a invocação dos nomes
de Jesus, Maria e José, serão suggerido-s utilmente ao
doente.

- 239 -

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A U L T IM A B E N Ç A M

li. P r e s t e m o s a o s d e f u n c t o s os últim os d. veres,


rezando por elles, procurando-lhes a missa e o enterro
religioso, offerecendo por elles nossos trabalhos, penas
e sacrifícios.

ia N o g r a n d e d ia d a R e s u r r e iç ã o , sairemos to­
dos, vivo s, do tum ulo para nossa felicidade ou in feli­
cidade eterna, segundo a tivermos merecido.

210 -

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0 SACRAMENTO DA ORDEM

CER EM O N IA S DA ORDENAÇÃO

- 241 - 31
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o s a c r a m e n t o : da o r d e m

1 . O q u e é.
A Ordem é um sacram ento que confere o poder de exercer
validam ente a6 funcções ecclesiasticas, e a graça de o fazer
santamente; offerecer o «santo 6acrificio da Missa, adminis­
trar os sacram ento«, pregar a palavra dc Deus. Este triplo
poder originariam ente vem de Jesus Christo; os Apostolos
o receberam delle mesmo e o transm ittiram a seus succes
sores conform e as prescripções do Mestre.
2. O que produz nos ecclesiastico s.
A ;Ordem faz do homem um m inistro de Deus, um padre,
um outro Jesús Christo. Investido de um caracter indelevei,
impresso na alma no dia da ordenação, o padre occupa
neste m undo o logar de Deus, é 6eu representante, seu
em baixador. 0 Christo é o unico pontífice da nova lei, o
unico m edianeiro entre o ceu e a terra. Os sacerdotes são
6eus lugar-tenentes, continuam através das edades, a obra
do Filho de Deus feito homem.
Servo de Deus, o sacerdote é tambem o servo de seus
irmãos : « F o i esta belecido p e lo s h o m e m s », diz S. Paulo.
Deve fazer-se todo para todos : pobre com os pobres, doente
com os doentes, afllicto com os afílictos; o am igo, o pae dos
grandes e do6 pequenos; ju iz de uns e dos outros no santo
T ribun al, é sobretudo o orgam da m isericórdia e do perdão.
Mas, para 6er devéras o 6ervo de todos, o padre 6erá como
Jesus C h risto, sem apego terreno, será o hom em da renun­
cia.
3 . O q u e im p õ e a o s fieis.
Os fieÍ6 têm deveras para os sacerdotes. Devem orar m uito
por elles. O sncerdote tem graves responsabilidades; precisa
de m uitas graças.
O segundo dever é o respeito devido ao 6agrado caracter
de que o padre é revestido. Não se deve escutar tão faci*-
mente as calum nias lançadas contra os m inistros da Religião.
E si testemunhamos uma falta de um padre, devemos lem ­
brar-nos de que o sacram ento da Ordem não o torna impec-
cavel e que a caridade nos obriga mais. estriWamente para o
representante de Deus « Si eu visse um m inistro de Jesus
Christo com m etter algum a falta, dizia Constantino, o cobriria
com m inha purpura im perial, para sepultar sua falta no
m ais profundo olvid o. »
Por ultim o, os fieis devem o b e d ie n cia ao6 sacerdotes que
os gu iam , e re co n h e cim e n to pelo seu devotamento.
R e s o lu ç ã o . — H ei dc fa la r sem pre co m respeito dos padres.

— 212 —

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IN S T IT U IÇ Ã O DO S A C E R D O C IO

i. O P o d er de s a c r ific a r foi in6tituido na ultima


Ceia, quando Jesus, após ter consagrado, disse ao«
apostolos : « Fazei isto em m em ória de m im ».

2. O poder de p e rd o a r e de fazer leis foi dado por


Jesús Christo a S. Pedro e aos apostolos, quando disse :
« Tudo o que atardes... — Os peccado® 6erão lem itU-
dos ».

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— 243 -
CE R E M O N IA S D A O R D E N A Ç Ã O

3. A t o n s u r a e a s o r d e n s m e n o r e s (ostiário, lei­
tor, exorcista, acólyto) fazem subir os prim eiros degraus
e conferem os prim eiros poderes do sacerdocio.

4. O s u b - d i a c o n a t o , que obriga a guardar o celibalo


e a recitar o breviário, dá o poder de cantar a epistola
e de fazer outras funcções.

- 244 -

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CE R E M O N IA S D E O R D E N A Ç Ã O

5. O d ia c o n a t o dá o poder de cantar e prégar o


evangelho, de baptizar solem nem ente, de assistir ao
sacerdote que celebra, de levar o SS' Sacramento e de
dar a com m unhão.

6. O p r e s b y t e r a t o , ernfim, dá o poder de celebrar


a santa missa, de adm inistrar os sacram entos, de dar
b ençam s, de presidir os santos officios.

T- 245

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F U N C Ç Õ E S E C C L E S I A S T I C A .S

7. C e le b r a ç ã o d a M is s a . — Não ha nada m aior,


nada que mais honre a Deu*, alegre aos 6antos, allivie
ás almas do purgatorio e attráia sobre nós as graças
do céu.

8. P r e g a ç ã o d a p a la v r a d e D e u s . — 0 padre a
deve fazer a todos, aos grandes e aos pequeno«, aos ricoa
e aos pobres. Foi ella que converteu o m undo.

- 246 -
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FU N CÇ Õ E S E C C L E S IA S T IC A S

9. A d m in is t r a ç ã o d o B a p t is m o , que aphga em nós


o peccado origin al, nos enriquece com a graça, nos faz
filhos de Deus e da Egreja e herdeiros do rón

io . A d m in is t r a ç ã o d a P e n it e n c ia que punnca a
alma do peccado, restitue-lhe a amizade de Deus, forta­
lece-a contra as tentações e lhe dá a tranquilidade e r
paz.

- 247 -

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FU N CÇ Õ E S E C C L E S IA S T ir.A O

11, A d m i n is t r a ç ã o d o M a tr im o n io que une indis­


soluvelm ente os esposos e lhes dá a graça de ee amar
santamente e de educar christanmente os filhos.

12. A d m in i s t r a ç ã o d o V ia t ic o e d a E x tr e m a -
U n c ç ã o que fortalecem os doentes contra as tentações,
consolam-nos nas penas e os preparam para com parecer
deante de Deus.

- 2-18 -

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0 SACRAMENTO DO MATRIMONIO

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M IL A G R E S E M A R T Y R E S D A E U C H A R IS T IA

ii. A a u t o r i d a d e d o s m ila g r e s como aquelles da


rua des liillettes em íParis, de Bolsena na Italia, de T u ­
rim , de Faverney, etc... veiu confirmar o dogma eu-
charistico.

i2. O s a n g u e d o s m a r t y r e s , como aquelle do


jovem Tarcisio que preferiu m orrer a entregar a sagrada
Hostia aos pagãos, testemunha em favor da divina
Eucharistia.

— 200 -

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fo SACRIFICIO DO SALVADOR

Lebrun.
MORTE DE JESU S NA CRUZ

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- 201 - 26
0 SACRIFICIO DE JE S U S CHRISTO

1. F o i figurado pelos Sacrificio« antigos.


Deus mesmo instituiu os sacrifícios. Desde a prim eira edade
do m undo, os povos offereciam ao Senhor victim as que dego­
lavam e cu jo sangue escorria sobre o altar; eram os Sacri­
ficio« sangrentos. Offereciam tam bém pão, vinh o, perfum es,
fructas de toda a sorte; eram os- sacrifícios in cru e n to s. D e per
si esse» sacrifícios não tinham valor algum . Gom tudo a gra­
davam a Deus, porque a n n u n cia v a m e fig u ra v a m o Sacrificio
de Jesus Christo. Entre os sacrifícios antigos aquelles que fig u ­
raram duma maneira m ais expressiva o sacrifício do S alva ­
dor, 6ão a sacrifício de Isa a c , e o do Cordeiro paschoal.

2. Começou desde o primeiro momento de sua vida.


Desde 6ua entrada neste m un d o, Jesus Christo disse a Deus
seu Pae : «, Sei que as hóstias e os holocaustos não vos a gra­
dam mais : pois bem l eÍ6-me a q u i. Vós mie destes um corpo
e uma alma; eu vol-os offereço ; serei eu a victim a; aqui
estou para fazer vossa vontade. » Durante toda sua vida, o Sal­
vador não cessou de se offerecer assim a Deus seu Pae, e de
se im m olar a oada instante pela gloria delle.

3. Completou-se no Calvario.
Na hora da sua Paixão, os sentimentos internos de Jesua
Christo foram sempre os de uma victim a; m as, pela sua a tti­
tude externa, pareceu então com o victim a de todo o m undo
que derrama todo seu sangue sob os açoutes de flagellação,
sob a ponta dos espinhos e a dureza dos cravos; a victim a
que, durante tres horas, fica suspensa á cruz, entre Deus ir r i­
tado e os homens culpados; a victim a, emfím, que expira
no meio dos torm entos, aplacando com seu sangue a justiça
de Deus irritado e pagando assim a divida de nossos peccados.

4. Continúa no céu e sobre o altar.


Este S acrificio adoravel Jesús Ohristo o continúa ainda pre­
sentemente no ceu, onde se offerece sem cess&r a Deus, seu
Pae, intercedendo por nós e m ostrando-lhe suas gloriosas
chagas, com o signaes de seu Sacrificio. Continúa-o tambem
sobre o a ltar, onde, m ediante a m issa , representa e renova
duma maneira incruenta o sacrifício cruento da cruz.

R e s o lu ç ã o . — R elerei de tem p o a tem po a Paixão do S a l­


vador e assistirei p ie d o sa m e n te ao santo Sacrificio da M issa .

- 20 2 -

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F IG U R A S DO S A C R IF IC IO DE JE SU S C H R IS T O

i. O ju s to A bel, offerecendo um Sacrificio, é elle


mesmo im m olado logo depois por Caim , é a prim eira
figura de Jesús Christo, o justo por excellencia, o ver­
dadeiro sacrificado e a divina victim a.

2. O p a tr ia r c h a Noé após o dilu vio, offereceu um


Sacrificio ao Senhor, que faz alliança com elle. O
Sacrificio da nova alliança é o do Calvário.
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ENTRANDO N E S T E M UN DO

3. D e s d e s u a e n t r a d a n e s te m u n d o , Jesús Chrieto
se offerece a Deus seu Pae, para ser im m olado; renova
essa offerta publicam ente no dia de sua apresentação ao
templo.

4. I s a a c in n o c e n t e e subindo o m onte com a le­


nha do Sacrificio, é a figura de Jesus, a innocencia e a
mesma santidade, subindo o Calvario carregado com o
madeiro <la cruz.

- 204 -
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NO CEN ÁCULO

5. No C en ácu lo , Jesus toma pão, benze-o e diz :


« Tomae e com ei, este é meu corpo » Depois toma
vinho, faz o mesmo e diz : « Tomae e bebei, este é
meu sangue. »

6 . M e lch ise d e ch sacerdote do Altíssim o, offerecendo


em sacrifício pão e vinho, é figura Hi Jesus Christo,
verdadeiro 6acerdote do Altíssim o, consagrando o pão
e o vinh o no Cenáculo.
205
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- -
NO C A L V A R IO

7. N o C a lv a r i o , o Salvador por sua morte nos tes­


temunha seu immenso am or, acalma a justiça de Deus,
expia nossos peccados, livra-nos do inferno e nos m e­
rece 0 ccti.


8 . A s e r p e n t e de b r o n z e , tigurava a cruz. A vista
da cruz, com effeito, a alma que crê e que ama, é sa­
rada das horrendas m ordidas da serpente infernal.

- 206 -
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N O CEU

9- N o c é u , 0 Salvador é nosso medianeiro e nosso


advogbdo; apresenta, sem cessar, a Deus 6ua6 Chagas
e 6eu Sangue, cuja voz é sempre ouvida.

to. O s S a n to s s e unem aos anjos para adorar-


a Deus, glorifical-o, agradecer-lhe e im plorar-lhe gra ­
ças para nós.

- 207 -

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- 208 -
AS CEREMONIAS DA MISSA

UM GLO BO D E FOGO A P P A R E C E SO B E A C A B E Ç A
D E SÃO M A R T I N I I O j E M Q U A N T O C E L E B R A A M IS S A

- 203 - 27

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- 2 10 -

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( OMEÇO D A M IS S A

i. I n d o a o a l t a r o sacerdote nos lembra a Jesús


■subindo ao Calvário. A Missa, com eífeito é a repre­
sentação e a continuação do Sacrificio da Cruz.

2. A o s p é s d o a lt a r , o sacerdote se hum ilha e con ­


fessa os peccados. A seu exem plo o fiel deve pedir a Deus
perdão e m isericórdia.

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- 2 11 -
K Y R IE E L E IS O N — E P IS T O L A

3 . N o m e io d o a lt a r , o sacerdote diz o Kyrie e o


Gloria. Com elle o íiel deve louvar, adorar e agradecer
as tres pessoas divinas.

4. N o la d o d a e p is t o la , o sacerdote rccita a collocta,


lê uma passagem da Sagrada Escriptura, o gradual, e,
si ha, o alleluia, e a prosa.

- 2 12 -
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EVANGELH O — O F F E R T O R IO

5. N o la d o d o E v a n g e l h o , o sacerdote lê um trecho
do Santo E vangelho. 0 fiel deve ficar em pé e fazer um
tríplice 6Ígnal da cru z sobre a fronte, os labios e o
coração.

6. A o O ffe r t o r io , o sacerdote offerece a Deus o pão


e vinho que se m udarão no corpo e no sangue de Jesus-
Christo. O fiel deve 6e offerccer a Deus para que o mude
e o -co n ve rta .

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— 2 13 —
P R E F A C IO — SAN CTU S

7. A o P r e f a c i o , o sacerdote eieva a voz para convidar


aos fieis a se recolherem mais profundam ente; appro-
xima-se o momento do grande mysterio

8. A o S a n c tu s começa o Cánon; estas orações


nunca variam. Contêm o Memento dos vivos, a consa­
gração do pão e do v in h o , o Meménto dos mortos e o
Padre-nosso.

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- 2 14 -
CON SAGRAÇÃO — P A D R E N O SSO H

9. A ’ C o n s a g r a ç ã o , por um m ilagre da omnipoten-


cia divina o pâo e o vinh o são mudados no corpo e no
6an.gue de Jesus-Christo. A terra e o ceu adoram.

io . A o P a d r e - n o s s o , os fiei« devem se un ir ao sacer­


dote para pedir a Deus, com Jesús Ghristo e por Jesus
Ghristo, todas as graças de que necessitam.

- 2 15 -

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[CO M M U N H ÃO — B E N Ç A M

11. A n t e s d a C o m m u n h ã o , o sacerrlote bate o peito


lios vezes, recebe a com m unhào, e 6Í os ha, com m unga
também aos fieis.

i2. D e p o is d a C o m m u n h ã o , o sacerdote recita as


ultimas orações, diz o Dóm inus vobíscum e o Ite, missa
est, dá a bençam e termina com & leitura do ultim o
Evangelho.

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- 2 16 -
A COMMUNHAO

TO M A E E COM EI, E S T E É O M E U CORPO

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- 2 17 - 28
A SAGRADA COMMUNHÃO

1. O que é a Communhão.
Com m ungar é receber a Jesus Christo, presente n o sacra­
mento da EucharÍ6tia : Jesu6 Christo todo inteiro, seu corpo,
seu sangue, sua alm a, sua divindade; é unir-se a E lle tão
intimamente , quanto é possivel imaginar% incorporar-se de • ^
véras com Elle. E essa união rneífavel se effectúa pela acção
de com er 6ua carne sagrada « Quem come m inha carne e
bebe meu sangue, fica em m im e eu nelle. » Sem a affirm a-
ção form al do Salvador, quem poderia crer em tal prova de
amor? Sem seu preceito expresso, quem ousaria avisinhar-6e
desse Deus escondido, e tomar com o alimento seu corpo ado-
ravel? Tomae e com ei, diz elle. Em verdade, si não comerdes
a carne do F ilho do hom em , não tereis a vida em vós. »

2. A Communhão bôa.
A Euchari6tia é um alim ento; deve entreter, fortalecer,
desenvolver em nós a vida christan. Esta vida soffre todos
os dias perdas causadas por nossos apegos demais hum anos,
nossas negligencias, a frequencia de nossas faltas veniaes;
pouco a pouco, por causa desse enfraquecim ento graduado,
a alma 6e deschri6tianiza. Si essas perdas 6uccessiva-s não
forem reparadas, sobrevirá a morte. É a bôa Com m unhão que
opera èm nós uma infusão dessa vida divina! Mais é fervo­
rosa, mais participamos de 6eus effeito6 m aravilhosos. 'Deve-6e
porem notar que o fervor não se mede pelas doçuras sensí­
veis, mas 6im pela generosidade da vontade, que se -decide
a servir a Deus, e a fazer a vontade delle no cum prim ento do6
deveres do proprio estado-

3. A Communhão má.
O que com m unga em estado de peccado m ortal, recebe em
verdade a Jesus Christo, m as, conforme a expressão aterra­
dora de S. Pâuio : « Elle com e e bebe a própria condem-
nação, torna-se reu do Corpo e do Sangue do Senhor. » Este ^
crim e é o mais horrendo dos sacrilégios, e produz n a alma
os effeitos mais desastrosos. É a profanação do que ha de m ais
6anto na Religião, a sagrada Pessôa do Salvador. O profa-
nador encorpora-se, por a6sim dizer, a própria condemnação.
Apezar de tão grave, este peccado não é todavia irrem issí­
vel : Deus, infinito em m isericórdia, perdôa á alma arrepen­
dida. EU a pode obter a rem issão por uma bôa confissão.

R e so lu çã o . — Com mungarei sempre com consciência pura.

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- 218 -
COM M UNH ÃO D O S APO ST O L O S

i. No C en á cu lo , com que fé , com que am or os


apostolos recebem a com m unhão da mão mesma do seu
Deus.

2. Os d is c ip u lo s de E m m aú s reconhecem o Mes­
tre no momen'.o em que, tomando o pão, o benze e
lh’o dá na com m unhão.

- 2 19 -

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PRIM EIRA COMMUNHÂO

3. Para os paes é um dia de bençam s, especial­


mente si velaram a preparação dos filhos e ei os acom ­
panham á sagrada mesa.

4. Para o neo-commungante, ei tem o coração


puro, si é fiel, é uma fonte de graças nesta vida, e de
gloria na vida eterna.

- 220 -
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CÒ M M U N H ÃO^D E D E V O Ç Ã O

5 . G o m o a S a n t a V ir g e m , e os prim eiros christãos,


vamos buscar na Com m unhão frequente, a luz, a con ­
solação, a força e a perseverança

6. C o m o S . L u iz d e G o n z a g a , repartamos nosso
tempo entre a preparação ás noeeas com munliões e a
acção dc graçaô.

- 221 -

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COM M UNHÃO PASCHOAL

7 . O quarto Concilio de Latrão, em 1216, m an­


dou, sob pena de peccado grave, com m u n gar ao menos
uma vez cada anno, pela Paechoa da Resurreição.

8. A Communhão paschoal, é b o m fazel-a na p ró ­


p ria p a ro q u ia . U m a m á co m m u n h ã o n ão satisfaz ao p re ­
ce ito .

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O SAN TO V IA T IC O

g. O C o n c ilio d e N ic e a ordenou aos padres que le­


vem o viatico aos doentes bem preparados; os fieis natu­
ralmente tambem devem preparar-se bem

10. O d o e n te , ao exem plo de S. Jeronym o, deve


nesse momento suprem o pedir á com m unhão a força
que só Deus pode dar.

— 223 —
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BOA E MA COMMUNHAO

ii. A bôa Communhão, com o a de S. João, exige


<le nós a fé em Jesus Christo presente, o estado de graça
e o í.-m oT pat\'> Deus e para as coiisas de Deus.

i2. A má Communhão, a que é feita em estado de


peccado m ortal, entrega .Jesús ao dem onio, com o Judas
o entregou, com um beijo, aos inim igos.

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A PENITENCIA

• L ioiiiüilo Op a d a .

O P E R D Ã O DADO AO FIL H O PRÓ D IGO

— 225 — 29
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C A T E C IS M O IL L U S T R A D O --- 8
0 SACRAMENTO DA PENITENCIA
1. Foi Jesús Christo que o instituiu.
Depois de ter provado com m ilagres que elle tinha, sobre
a terra, o poder de rem ittir os peccado«, o Filho de Deus
prometteu aos apostolos o mesmo poder : « Em verdade vos
digúf tudo e que ligardes sobre a terra, será ligado no ceu^
e tudo o que desatardes sobre a terra será desatado no ceu.*
Após 4tia resnrreiçào, o Salvador realiza sua promessa :
« Com o m eu Pae me mandou a m im , eu vos mando a vós .
recebei o Espirito Santo , os peccados serão perdoados áquelles
a quem vós os perdoardes; e serão retidos áquelles a quem
vós os retiverdes. » Por essas palavras, os Apostolos são cons­
tituídos juizes das consciências. Mas não podem julgal-as,
si não as conhecem . É por isto que o poder de perdoar ou
de reter os peccados traz, para o culpado que quer ser
absolvido, a obrigação de se confessar.
2. A absolvição remitte todos os peccados commettidos
depois do baptismo.
Conform e as palavres de Christo, os peccados são realmente
perdoados, tanto na terra com o no céu. A absolvição não é
uma m era form alidade, declarando que estamos perdoados;
£ um acto ju diciário propriamente dicto, uma sentença pro­
nunciada em nome de Jesús Christo que reconcilia o penitente
bem disposto.
A offensa feita a Deus é esquecida, a m ancha da alma,
apagada; uma nova efusão da graça santificante restitue-lhe sua
formosura prim itiva; ernfim, a pena eterna, devida pelo
peccado m ortal, é remittida. A reconciliação com Deus é tão
com pleta, que a alma é restabelecida em todos os m erecim en­
tos adquiridos antes do seu peccado.
3. Tres condições absolutamente necessarias por parte
do penitente.
Essas condições são : a contrição, isto é o arrependimento
por ter offendido a Deus, com a firme resolução da vontade
de não o offender m ais no futuro. Esta contrição deve ser
interior, universal, soberana e sobrenatural; 2 o uma confissão
humilde, simples e sincera; 3 o a resolução de reparar a in ju ­
ria feita a Deus, e o damno causado ao proxim o. Esta repa­
ração chama-se satisfação. É em vista disto que o confessor
impõe uma penitencia; que o peccador, mesmo depois de per­
doado, eupporte com resignação as penas da v id a ,imponha-se
algum as privações, repare no modo que pode o damno cau­
sado ao proxim o na pessôa, na honra e nos bens.
R e s o l u ç Xo . — Preparar-me-ei para minhas confissões com
uma bôa contrição.

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- 226 -
JE SU S -C H R IS T O P E R D O O U O P E C C A D O

i. P erd o ou -o elle m esm o muitas vezes, durante


sua vida m ortal, com o o fez com esse paralytico, dizen­
do-lhe : « Meu filho, tem confiança, teus peccados te
são perdoados ».

2 . C o n t in u a a p e r d o a l-o , pelo m inistério dos sacer­


dotes, a quem disse, na pessoa dos Apostolo« : « Recebei
o Espirito Santo; serão perdoados os peccados áquelles
a quem vós os perdoardes ».

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O EXAM E DE CO N SCIÊN CIA

A o r a ç a o deve pre­
ceder a tu d o . E neces-
saria para nos aju d ar
a descobrir as faltas, a
confessal-as, a arrep en ­
der-nos delias, a expiai -
as. Oh ! qu an tas confis­
sões infructuosas pela
fa lta de oraçúo.
O e x a m e de c o n s­
c i ê n c i a d eve versar
so b re : Os mandamentos
da lei de D eus, orações,
j uram entos, obediencia
aos paes, dam nos ao
p roxim o, palavras in­
ju riosas, pensam entos
m aus, im purezas, fur­
tos, m entiras.
— Os mandamentos
da Egreja, sancti ficaçâo
do dom ingo e das fes­
ta s , tra b a lh o nos dias
prohibidos, dissipação
na m issa, confissões e
com m unhôes m al fe i­
tas, abstenções, sem
m otivo , de jejum e da
abstin ên cia.
Os se te p e c c a d o s
c a p i t a e s : o orgulho*
a a v e z a r. a lu xuria, a
in ve ja , a gula, a ira
de a preguiça.
— Os deveres do pro-
prio estado, deveres de
escola, de fillios, de
pa trões,d e criados, etc.

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_ 9.9.K —
OS M O T I V O S DE CONTRIÇÃO

I o O Inferno.
A p rivação do ceu, o
rem orso de consciência,
as cham m as eternas,
todos os supplicios reu­
nidos. — E is aonde con­
duz o peccado m o r ta l!
«Si eu com m etti um s í
delles, eis o que m ere­
ci ! Senhor, tende pie­
dade de m im !
2 ° O Céu.
A v ista , o am or, a
posse eterna de Deus,
a com panhia da San ta
V irgem , dos anjos e dos
santos, todos os bens
reu n id o s! E is o que faz
perder o peccado m or­
tal. E is o que é sacri­
ficado ao prazer de um
m o m e n to !
3 o O Calvario.
Jesus trahido por um
dos seus, agonisante,
flagellado, coroado de
espinhos, m orrendo so­
bre a cruz ! — E is a obra
e a v ictim a do peccado
m o rtal, de meus pro-
prios peccados! Perdão,
m eu bom Jesus, perd ão!
4 oA bondade de
Deus.
D eus é m eu insigne
bem feitor. meu pae in ­
finitam ente bom , infi­
n itam ente a m a v e l! Foi
seu coração tâo terno
que eu feri com meu
peccado ! — Oh ! p e r­
d oai ao prodigo arre­
pendido !

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- 229 —
MODELOS DE CONTRIÇÃO

5 . M a r ia M a g d a l e n a após ler confessado e chorado


seus peccado« aos pé« do Salvador, renuncia ás vaidade«
do m undo, e faz penitencia durante toda a vida

0. S . J e r o n y m o , para m elhor expiar seus peccado«,


mette-ee no decerto e não pensa «inão ás cousas eter­
nas e ás obras de penitencia.
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- 230 —
A CO N FISSÃO — A A B S O L V IÇ Ã O

7. A co n fissã o consiste em accusar todos os pecca­


dos, sim plesm ente, com prudência e hum ildade. 6em
lhe m isturar cousas inúteis, e em responder com sin­
ceridade ás perguntas do confessor

8. A a b so lv içã o é uma sentença que o sacerdote pro­


nuncia em nome de Jesús Ghristo para rem ittir os pec­
cados ao penitente bem disposto. É neste momento que
se recebe o sacramento da penitencia.

- 231 -
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A S A T ÍS F A C Ç À O PE L O PECCADO^,

9. A p e n it e n c ia s a c r a m e n t a l imposta pelo sacer­


dote na confissão, deve «ser cum prida quanto antes e
com piedade. Ella é mais ou menos efficaz conforme o
grau de fervor.

10. A p e n it e n c ia v o lu n t a r i a deve durar toda a


vida. « S i alguem , diz o Salvador, quer v ir após m im ,
renuncie a ei mesmo, tome sua cruz todos os dias de
siia vida e m e siga ».

- 232 -

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PREPARAÇAO PARA A MORTE*

C. Landete.

MORTE DE SAO JOSE

- 233 — 30
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A EXTREMA ÜNCCÃO
1 . O q u e é a E x tr e m a U n cç ã o .
Deus, na sua infinita bondade, não só providenciou para
nossas necessidades espirityaes, durante o curso ordinário
da vida; estabeleceu, alem disso, um sacram ento para noa
alliviar e no* fortalecer na visinhança da morte. É a Extrema
Uncção, assim chamada não porque é dada nos extremos da
vida, mas porque é a ultima das uncções recebidas pelo chris-
tào. A prim eira uncção é feita no Baptismo, a 6egunda, na
Confirm ação, a terceira consagra os padres no sacramento
da ordem , a ultim a fortalece a alma na lucta 6uprema.
Para 6e pedir esse sacram ento, não 6e deve esperar que o
enferm o esteja na agonia, basta que 6e tema um perigo
sério de morte Tem-se o direito e o dever de recorrer iá ella
uma vez em cada enfermidade perigosa.
2 . O q u e p r o d u z a E x tr e m a U n c ç ã o .
A Extrema Uncção foi instituída por Nosso Senhor Jesus
Christe para o allivio espiritual e temporal dos enfermos.
Ella com pleta o sacram ento da penitencia, term inando de
nos purificar dos peccados . Fortifica-nos contra as tentações
dc im paciência e de m urm uração, d,e desconfiança e de deses­
pero, e nos ajuda a unir o Sacrificio de no6sa vida ao de Jesus
crucificado.
iSob o ponto de vista corporal, a Extrem a Uncção pode
m inorar os soffrim entos dos doentes e até restituir-lhes a
saúde do corpo, si Deus o ju lg a r util ao bem da alma. 0
Espirito Santo nol-o es6egura. por S . T hiago : « Algum
dentre vós adoece? Chame o sacerdote : o sacerdote orará por
elle ungindo-o com o oleo, em nome do Senhor; a oração da
fé salvará ao doente e o Senhor o aliviará. » A experiencia
confirm a e6sa attestação por numerosos e x e m p ta .
3 . O q u e e x i g e a E x tr e m a U n c ç ã o .
Deve o doente, emquanto é possivel, fazer prim eiro uma
bôa confissão e receber o Santo Viatico. Em quanto o sacer­
dote lhe faz as sagradas uncções, excitará em 6eu coração
tres sentimentos : a contrição ou arrependimento dos pecca­
dos com m ettidos com cada um dos sentidos, ungidos com o
santo oleo; a confiança, que tudo espera da bondade de
Deus e dos méritos de Jesus Ghristo; em fim , a submissão á
vontade de Deus que inspira e6tas palavras de Nosso Senhor no
Jardim das Oliveiras e na cruz : « Meu Pae, seja feita a vossa
vontade e não a m inha — Meu Pae, em vossas mãos entrego
m eu espirito. » — Este sacramento assim recebido dá aos
parentes a resignação na provação e adoça a violência da
6audade, si Deus cham ar a si o doente.
R esolução . — Mandarei chamar ao padre, logo que esti­
ver seriamente doente.
- 234 -

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A ULTIM A DOENÇA

i. As d oen ças nos aííligem m uitas vezes durante a


vida. Uma della6 ha de ser a ultim a. Quando a doença
parece grave, é um dever de cham ar o m edico e de
segu ir suas prescripções.

2. O grande medico do ceu, o que dá efficacia aos


remédios e a paciência no m eio dos soffrimentos deve
ecr cham ado frequentem ente e consultado pela oração.
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3. A reconciliação com Deus se im põe, quando a
doença é perigosa. Não esperemos o ultim o momento
para cham ar o padre, para confessar-nos e receber a
absolvição.

k. A reconciliação com o proximo deve acompa­


nhar a reconciliação com Deus. Não seremos perdoados,
si não perdoarmos a nosso6 inim igos.

- 236 -
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U L T IM A COM M UNH AO

5 . A s a g r a d a C o m m u n h ã o não deve ser deferida.


É tuo util ao doente para o fortalecer contra as ten­
tações e ajudal-o a com parecer com confiança ao tri­
bunal do ju iz soberano !

6. E m n o s s o t e s t a m e n t o , feitas as disposições exi­


gidas pela justiça, não esqueçamos aos pobres, nem
nossa alma, fazendo esmolas e marcando missas e ou­
tras orações.

- 237 -

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A EX TR EM A-U N CEÃO

7. A Extrema Uncção deve ser pedida não no ul*


timo m om ento, mas logo que houver perigo. Só então
poderá produzir seus felizes effeitos sobre a alma e
sobre o corpo.

8. Resignado á vontade de Deus, o doente deve


aoffrer com paciência, unir suas dores ás de Jesús cru ­
cificado, e satisfazer assim, no m elhor m odo, á divina
justiça.

— —
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g. A Indulgência Plenaria recebida com sentimen­
tos de contrição e de am or, acaba de purificar a alm a,
e lhe abrevia ou até supprim e totalmente o purgatorio.

io. O S a c r i f i c i o d a v i d a , os actos de fé, de espe­


rança, de contrição, de am or, a invocação dos nomes
de Jesu6, Maria e Jos«, 6erão suggeridos utilmente ao
doente.

- 239 -
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A U L T IM A B E N Ç A M

li. P r e s t e m o s a o s d e f u n c t o s os últim os d. veres,


rezando por elles, procurando-lhes a missa e o enterro
religioso, offerecendo por elles nossos trabalhos, penas
e sacrifícios.

ia N o g r a n d e d ia d a R e s u r r e iç ã o , sairemos to­
dos, vivo s, do tum ulo para nossa felicidade ou in feli­
cidade eterna, segundo a tivermos merecido.

210 -

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0 SACRAMENTO DA ORDEM

CEREM O N IA S DA ORDENAÇÃO

- 241 - 31
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o s a c r a m e n t o : da o r d e m

1. O que é.
A Ordem é um sacram ento que confere o poder de exercer
validam ente a6 funcções ecclesiasticas, e a graça de o fazer
santamente; offerecer o «santo Sacrificio da Missa, adminis­
trar os sacram entos, pregar a palavra dc Deus. Este triplo
poder originariam ente vem de Jesus Christo; os Apo6tolos
o receberam delle mesmo e o transm ittiram a seus succes
sores conform e as prescripções do Mestre.
2. O que produz nos ecclesiastico s.
A ;Ordem faz do homem um m inistro de Deus, um padre,
um outro Jesús Christo. Investido de um caracter indelevel,
impresso na alma no dia da ordenação, o padre occupa
neste m undo o logar de Deus, é 6eu representante, seu
em baixador. O Christo é o unico pontífice da nova lei, o
unico m edianeiro entre o ceu e a terra. Os sacerdotes são
6eus lugar-tenentes, continuam através das edades, a obra
do Filho de Deus feito homem.
Servo de Deus, o sacerdote é tambem o servo de seus
irmãos : « F oi estabelecido pelos hom em s », diz S. Paulo.
Deve fazer-se todo para todos : pobre com os pobres, doente
com os doentes, afflicto com os afflictos; o am igo, o pae dos
grandes e do6 pequenos; ju iz de uns e dos outros no santo
T ribun al, é sobretudo o orgam da m isericórdia e do perdão.
Mas, para 6er devéras o 6ervo de todos, o padre será como
Jesus C h risto, sem apego terreno, será o hom em da renun­
cia.
3. O que im põe aos fieis.
Os fiei6 têm dever^e para os sacerdotes. Devem orar muito
por elles. O sncerdote tem graves responsabilidades; precisa
de m uitas graças.
O segundo dever é o respeito devido ao 6agrado caracter
de que o padre é revestido. Não se deve escutar tão faci*-
mente as calum nias lançadas contra os m inistros da Religião.
E si testemunhamos uma falta de um padre, devemos lem ­
brar-nos de que o sacram ento da Ordem não o torna impec-
cavel e que a caridade nos obriga mais estriWamente para o
representante de Deus « Si eu visse um m inistro de Jt‘sus
Christo com m etter algum a falta, dizia Constantino, o cobriria
com m inha purpura im perial, para sepultar sua falta no
m ais profundo olvid o. »
Por ultim o, os fieis devem obediencia ao6 sacerdotes que
os gu iam , e reconhecimento pelo seu devotamento.
R e s o l u ç ã o . — Hei dc falar sempre com respeito dos padres.

— 2 12 —

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IN STITU IÇÃO DO SA CER D O CIO

i. O P o d er de s a c r ific a r foi in6tituido na ultima


Ceia, quando Jesus, apás ter consagrado, disse ao«
apostolos : « Fazei isto em m em ória de m im ».

2. O poder de p e rd o a r e de fazer leis foi dado por


Jesús Christo a S. Pedro e aos apostolos, quando disse :
« Tudo o que atardes... — Os peccado® 6erão lem itU-
dos ».

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— 243 -
CE R E M O N IA S D A O R D E N A Ç Ã O

3. A t o n s u r a e a s o r d e n s m e n o r e s (ostiário} lei­
tor, exorcista, acólyto) fazem eubir os prim eiros degraus
e conferem os prim eiros poderes do eacerdocio.

4. O s u b - d i a c o n a t o , que obriga a guardar o celibalo


e a recitar o breviário, dá o poder de cantar a epistola
e de fazer outrae funcçõee.

- 244 -

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CE R E M O N IA S D E O R D E N A Ç Ã O

5. O d ia c o n a t o dá o poder de cantar e prégar o


evangelho, de baptizar solem nem ente, de assistir ao
sacerdote que celebra, de levar o SS' Sacramento e de
dar a com m unhão.

6. O p r e s b y t e r a t o , ernfim, dá o poder de celebrar


a santa missa, de adm inistrar os sacram entos, de dar
b ençam s, de presidir os santos officios.

T- 245

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F U N C Ç Õ E S E C C L E S IA S T IC A .S

7. C e le b r a ç ã o d a M is s a . — Não ha nada m aior,


nada que mais honre a Deu*, alegre aos 6antos, allivie
ás almas do purgatorio e attráia sobre nós as graças
do céu.

8. P r e g a ç ã o d a p a la v r a d e D e u s . — 0 padre a
deve fazer a todos, aos grandes e aos pequenos, aos ricos
e aos pobres. Foi ella que converteu o m undo.

- 246 -
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FU N CÇ Õ E S E C C L E S IA S T IC A S

9. A d m in is t r a ç ã o d o B a p t is m o , que aphga em nós


o peccado origin al, nos enriquece com a graça, nos faz
filhos de Deus e da Egreja e herdeiro* do réu

io . A d m in is t r a ç ã o d a P e n it e n c ia que punnca a
alma do peccado, restitue-lhe a amizade de Deus, forta­
lece-a contra as tentações e lhe dá a tranquilidade e r
paz.

- 247 -

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F U N C Ç Õ E S E C C L E S IA S T ir.A O

11, A d m in istra çã o do M atrim on io que une indis­


soluvelm ente os esposos e lhes dá a graça de se amar
santamente e de educar christanmente os filhos.

12. A d m in istra çã o do V ia tico e d a E x tre m a -


U n cção que fortalecem os doentes contra as tentações,
consolam-nos nas penas e os preparam para com parecer
deante de Deus.

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- 2 18 -
0 SACRAMENTO DO MATRIMONIO

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0 MATRIMONIO
1. S u a verd ad eira noção.
0 casam ento não é o simples contracto c iv il que regula
direitos relativos á poese e á adm inistração dos bens tem-
poraes. É um contracto religioso elevado por Jesus Christo
á dignidade de sacramento. Legitim a a união do homen e
d i m ulher, dá-lhe* a graça de viverem ju n cto s christanm ente
<; de educarem os filhos no tem or de Deus.
A instituição do casamento remonta a Deus m esm o. Na
innocencia do paraizo terrestre, Adão e Eva escutaram esta
palavra divina : « Crescei e m ultiplicai-vos. O hom em dei­
xará o pae e a mãe e se unirá á sua esposa, e serão uma só
carne. »
Pela acção das paixões hum anas, decaiu da sua perfeição
originaria; Jesus Christo o recondusiu á sua indissolub lidade
prim eira, e, m ais, o elevou á dignidade de sacramento : o
casamento crea entre os esposos um laço que só a morte
pode cortar.
2 . C o n d iç õ e s q u e e x ig e .
Segundo a lei da E greja, o casam ento para ser válido,
deve ser : i° Contractado adeante do paroco (ou de um
delegado por elle) em presença de duas testem unhas; do que
resulta que as pessôas casadas 60 no c iv il não estãole
mamente unidas deante de Deus, acham-se em estado d“
peccado, m ortal. Devem fazer legitim ar quanto antes sua
situação. 2o O casam ento deve ser feito livre de todo impe­
dimento que o torna nullo; d’ahi a obrigação grave de se
denunciar os im pedim entos para se poder obter a dispensa
dos mesmos.
O m atrim onio deve ser recebido não só validam ente, m aí
tambem christanm ente. Os noivos hão de se preparar a elle
com a oração e a confissão.
3. D everes que im põe.
Os esposos hão de m anter mutua e in violável fidelidade, é
o prim eiro e o mais sagrado de seus deveres. — Hão de se
amar com amor .'asto e chrislão, supportando mutuam ente
os defeitos e enferm idades. E quando Deus lhes tiver dado
filhos, 6e esforçarão para educal-os christanm ente e para
tornal-os dignos do ceu , onde todos, paes e filh o s, um dia
irão se reunir para 6empre.
Os esposos terão em sua união uma protecção contra os
perigos do isolam ento, um auxilio para supportar as provas
da vida, um meio para se santificarem m utuam ente.
R e s o l u ç ã o . — Antes de tomar um com prom isso, consul­
tarei a Deus, meus paes e meu confessor.

- 250 -

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DEUS E O M A TR IM O N IO

í. D eu s in stitu iu o m atrim o n io , quando abençoou


a Adão e Eva e lhe6 diese : « Crescei e m ultiplicae; o
homem deixará pae e mãe e se unirá á 6ua e6posa »>.

2. D eus a b en ço o u este p rim eiro m a trim o n io . —


Adão e Eva tiveram numerosos filhos. 06 primeiros fo ­
ram Caim , Abel e Seth.
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- 2 51 -
JESU S CH RISTO E O M A TR IM O N IO

3. Je s ú s C h risto elevou o c a s a m e n to á dignidade


de Sacram ento. Quiz que fosse indissolúvel : que o ho­
m em , disse, não separe o que Deus uniu.

li. H o n ro u -o c o m s u a p r e s e n ç a assistindo á* nodas


de Caná e fazendo á lii, á pedido de sua m ãe, o prim eiro
m ilagre.

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- 252 -
A E G R E J A E O M ATR IM O N IO

5 . A E g r e ja com se u s re g u la m e n to s tem procu­


rado sem pre conservar ao casam ento \&ua unidade, eu a
santidade e sua indissolubilidade.

6. E x co m m u n g o u os principes que violavam essas


Ieiis; perm iltiu o schisma da Inglaterra antes que con ­
sentir no divorcio de Henrique V III.

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- 253 -
EM CASA — O CIVIL

7. Na fa m ília a bençam pi>terna é para os noivos o


penhor da6 bençams que o ceu vae d eiram ar sobre elles
com abundancia.

8. No civ il o magistrado não casa; somente assegura


aos fuluros esposo* e aos filhos delles os effeitos civis
do casamento.

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- 254 -
CER EM O N IA S DO SA C R A M E N T O DO M A TRIM O N IO

9. O C o n sen tim en to m u tu o d as esp oso s em pre­


sença do paroco e das testemunhas constitue o sacra­
mento do m atrim onio. Este consentim ento deve eer real,
livre, claramente m anifestado.

10. A b e n ç a m d o p a d r e dizendo : « Eu vos uno


em m atrim onio em nome do Padre, e do Filho e do
Espirito Santo » confirma e consagra o consentimento
dos esposos.

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- 255 -
A F A M ÍL IA o ran d o

ii. R e u n id a ao re d o r d a m esa, a fam ilia christan


offerece a Deus a refeição, e Jeeus invisivelm ente pre­
sente, a abençoa.

i2 . A n tes de to m a r o d esca n ço a fam ilia christan


agradece a Deus pelos benefícios, e lhe pede uma ultima
bençam do dia.

- 256 -
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NOSSAS EGREJAS

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AS NOSSAS EGREJAS

1. O que são em si m esm as.

São os edifícios consagrados ao culto; tem esse nome por


que os m em bros da Egreja catholica nellas se reunem para
orar, aprender a religião e receber o« sacramento«. Uma
Egreja é a im agem e o com pendio da grande Egreja chtho-
lica, espalhada por toda a terra, e da qual o P:>pa, em Roma.
é o coberano Pontífice. Notam-se em nossas egreja« as pias,
o tabernáculo, o altar, a mesa da com m unhão, o baptistério,
o púlpito, o confessionário, as capellas dedicadas a varias
invocações; nas egreja* consagrada*, vêm -se cruzes que
m arcam nas colum nas os logares em que o bispo fez a6
uncções; a via-sacra, rica de preciosas indulgência*.

2. O qu« são p a ra nós.

Sfio verdadeiram ente a casa de fam ilia para onde somo« cha­
mados todo* para adorar, agradecer e orar a Deus nosso pae.
É lá que fomos baptisados, absolvidos, commungado# e con*
firmados; é lá que nos encontramos com Jesus Christo, nosso
Salvador, com os sacerdotes, no<*os paes na fé , com todos
os christãos, nussos irmãos, na Missa do dom ingo, nas eeremo-
nias do cu lto, em occasiüo de casamentos ou de funeraes. Na
egreja estamos com o que em nos*a casa, porque essas egrejas^
em geral, foram construídas com as offertas dos fieis.

3. Como nos devem os co m p o rtar n ellas.

Quando se entra na egreja, deve-se fazer piedosamente o


•ifn a l da cruz com a agua benta; anda-*e nella de vagar e
em silencio; deve-se evitar de cuspir no chão, de conversar,
de virar a cabeça, de mover-se ruidosamente; d^ve-se vir t
egreja para rezar. « Minha casa é cat-a de oração ». disse o
Salvador no dia em que, armando-se de um azorrague, exp’ll*
sou do templo de Jerusalem os vendilhões que o profanavam
Antes de sahir da egreja, é conveniente ajoelhar e fazer
uma pequena oração.

R e s o lu ç ã o . •*— Terei o m axim o respeito para m in h a egreja ,


e lá irei fr eq u e n te m e n te para orar.

- 258 -
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O BAPTISTÉRIO

i. O b a p ti s t é r io é o logar reiervado á administração


do baptism o. Este Socmmeuto apaga o peccado original
e nos faz filho« de Deus e da Egreja.

2. A c a p e lla d e N . S e n h o r a , onde a criança, apóz


o baptismo, é consagrada a Maria, a m elhor e a mais
poderosa das m 3es.

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- 25» -
O P Ú L P IT O — O CO N F E S S IO N Á R IO

3. O P ú lp ito lembra*nos os catecismos, as praticas e


todas e<ssas instruções religiosas que tanto bem têm
feito ás nossa6 almas.

h. O C o n fe ssio n á rio , nos recorda as bondades de


Deus que tantas vezes, pela absolvição, nos tem resti­
tuído a paz €om o perdão.

- 260 -
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O TABERN ACU LO — O ALTAR

5. O T a b e r n a c u lo , prisão de amor, onde Jesus


Christo m ora dia e noute, pedindo a Deu« por nóe
e esperando nossa« viçitas.

tj. O À ílã T , unde caUi* cLu, e milhares de vezes por


dia, N. S. Jesus Christo renova por nós o sacrifício do
Calvario.

- 261 -

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A M E S A D A COMMUNHÃO

7. A M esa d a C o m m u n h ão traz-nos á mente a*


mais doces lem branças; a da primeira Com m unhão e a
de tantas graças recebidas nas outrbs com munhões

8 . A C o n firm a ç ã o faz-no6 perfeitos christãos e noe


alista na m ilicia de Jesu6 Ghristo e de sua E greja.

- 262 -

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A ORDENAÇÃO — O CASAM ENTO

9. A O r d e n a ç ã o consagra os padres . Faz delles ou­


tros Christos; pois, como Jesus, o padre consagra a
Eucharistia e administra os sacramentos.

10. O M a trim o n io santifica a ailiança do homem e


da m ulher e lhes dá a graça de vivere junctos christan-
m ente.

1
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- 263 -
OS F U N E R A E S — O C EM IT ER IO

ii. Os F u n e r a e s levam mais uma vez nosso corpo


á egreja e proporcionam á nossa alma o refrigerio, a luz e
& paz.

12. O C em iterio é o campo do descanço, essa terra


benta, onde nossos corpos aguardam a resurreiçã© e a
vida eterna.

- 264 -
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A ORAÇÃO

Jouvenet

SÃO BRUNO EM ORAÇÃO

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34
— 265 —
A ORAÇÃO
1. Que é orar?
É pôr nossa alma em relação com Deus para lhe prestar
nossas hom enagens, expôr-Ihe nossas necessidade« e pedir-
lhe seus favores. A oraçã ) é uma eW ação de nossa alma que
se desprende dos pensamentos terrenos e sobe para Deus. É
uma applicaçâo de nosso espirito e coração a Deus, para
louval-o, adoral-o, amal-o, agradecer-lhe, im plorar sua
m isericórdia e nos con fiar, nas necessidades do corpo e da
alma, á 6ua paternal Providencia. A oração então honra a
Deus, ennobrece ao hom em , cuidando de seus mais caros
interesses. Quando permanece no segredo de nossa alm a, 6
a oração m ental; quando se externa com palavras é a oração
vocal.
2. P orque rezar?
A oração é um dever essencial da creatura, com depen-
dencia absoluta do seu Creador. Rezando, reconhecem os e
confessamos que temos tudo de Deus, e que tudo vem de
sua liberalidade. De m ais, Jesus Christo ordena a oração; é
a condição dos auxilios reclamados pelas nossas necessi­
dades : « P e d i e recebereis . E preciso orar sempre e não se
cançar n. Confirm ando o preceito com 6eu exem plo, fez da
oração sua occupação constante : orou em particular e em
publico, n o deserto e na montanha, « passando a noute na
oração »; orou uo Cenáculo, no jardin daô Oliveiras sobre a
Cruz. No Tabernaculo e no céu á direita do Pae, não cessa
de interceder por nÓ6. Que exem plol
3. Como orar?
i) Com attençâo : Com o nos escutaria Deus, si nós mes­
mos não nos escutamos? — 2) Com h u m ild a d e : « D eus
resiste aos s o b er b o s , e dá sua graça aos h u m ild e s ». — 3)
Com c o n fim ç a : porque 6ereis ouvidos não pelos vossos méri­
tos, mas 6 Ím pela bondade de Deus, pelos merecimento« e
promessas de Jesús Christo : « P e d i e r e ce b e re is... » —
4) Com perseveran ça : pedi duas vezes, dez veze«, «em
nunca vos cançar. Deus vos concederá o bem mais util para
vossa salvação Quando não vos ouve im m ediatam ente, é
6eu designio de excitar vosso6 desejos, fazer-voc adquirir
m erecimentos e vos dar mais e cousa melhor do que tinheis
pedido. — 5) E m n om e de Jesus : olvida-se m uito de
frequente esta condição aliá# necessaria para a efficacia da
oração : « S i p edirdes a lgo a m eu Pae e m m e u n o m e t dis«e
N. Senhor, e lle vol-o co n ced erá . »
i R e s o l u ç ã o . —- A n tes de com eça r m in h a oraçflo, m e ròcoíhe-
rei u m p o u co .

- 266 -

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N E C E SSID A D E D A ORAÇÃO

i. Je s ú s C h risto o rd en a : « Pedi e recebereis »


diz; não recebereis porque não pedis, é necessário orar
sem pre, sem nunca se cançar

a. D à -n o s o e x e m p lo . — Orou em particular, em
pubhco, no Ceaaculo, no Jardim da# O liveiras, na Cruz
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No Taberuaculo e no cé u t sempre intercede por nó»
3. M oysés no m o n te alcança aos Hebreus a victo-
ria contra os Am alecitas. Quando ergue as mãos ao ceu,
Israel é vencedor, quando, cançado, as abaixa, Am alec
trium pha

4. O p ro p h eta E lia s , com sua oração resuscita uma


criança e faz descer fogo do ceu que consome seu Sa­
crificio.

— 268 —
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Q U A L ID A D E S D A ORAÇÃO

5. A tte n çã o e h u m ild ad e : é com estas disposições


que ora o centurião e que obtem a cura do 6ervo.

6. A c o n fia n ç a e a p e rse v e ra n ç a : é por ellas que


os dou? cegos de Jerichó triumpham do Salvador e re­
cobram a vist*.

- 269 -

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OBJECTO DA ORAÇÃO

7. A d o rar e a g ra d e c e r, com o os Magos. Exige-o


a ju stiça, porque Deus é uosso creador, soberano senhor
e nosso insigne bemfeitor.

8. P e d ir g r a ç a e p erd áo , com o o filho pródigo.


Fracos e pobres, necessitamos do soccorro de Deus, pec­
ca tó re s, devemos appellar para a sua m isericórdia.

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O TE M PO D A O RAÇÃO

0. D e m a n h ã ao despertar devemos agradecer a Deu*


por no« haver conservado a vida, e consagrar-lhe o dia
que vae começar.

io. De n o u te, o pae, a mSe e #s filhos «e reunem


para adorar, agradecer e invocar ao Senho». Quentes
grsçaB n ío alcança esta oração na família]

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ii. No d om in g o e n a s fe sta s de g u a r d a devemos
ir á egreja e im plorar a protecção para nossas fam ílias,
pela E greja e pela patria.

i2 . Nos p erig o s e n a s te n ta çõ e s devemos, como


os apostolo6 no m om ento da tempestade, bradar para
o ceu. Deus virá em nossa ajuda.

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- 2 72 -
JE SU S MORRE SO BR E A CRUZ

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- 273 - 35
0 SIGNAL DA CR UZ
1. O que sig n ifica a Cruz.
A bandeira á frente de um batalhão, faz-no« conheder a
patria do mesmo; o estandarte- carregado peio# membrqs de
uma con fraria, designa qu.il é a confraria; assim o sign il da
cruz é o signal do christão, daquelle que tem por chdfe a
Jesús crucificado.
Ê um recunao excellente do « Creio ». Com effeito, lem­
bra : I* A Trindade, porque invocamos a# tree pessôas; „
a* A fíedem pçdo, poi» que fazemos o signal da cruz sobre
a qual morreu Je*us Christo; 3 * A Encarnação, porque o
Filho de Deus, para padecer e morrer, d ign o u -se se fazer
homem tomando um corpo e uma alm a sem elhante aos
noesos.
2. C om o s e fa z o s ig n a l d a cru z .
Na E g reja romana faz-se o «ignal da cru z levando a direita
extendida — á fronte — ao peito — ao hombro direito —
e ao hom bro eaquerdo, dizendo : Em nome do Padre — e do
Filho — e do Espirito Santo; accrescenta-se depois : Áseim
*eja.
Ao principio do Evangelho da Missa ha o co«tume de
persignar*eef icto é fazer o signal da cruz na testa, na bocca
e uo peito, para que Deu«, pelos méritos de Jesus cru cifi­
cado, no« conceda a graça de comprehendermo« o Evangelho
com o espirito, confessal-o com a bocca, e amal-o com todo
o coração.
Os bispo« e oe «acerdote« faz^m tambem o signal da cruz
no ar com a d ireita, no fim da m issa, quando abeuçoam os
fiei« — na confissão, quando dão a absolvição e toda« as
vezes que benzem qualquer objecto, cru z, medalha ou terço
3. Q uando convem fazer o sig n al da Cruz.
Convem fazer o sign al da cruz de m anhã ao despertar,
á noute ao deitar, para consagrar a Je«us o prim eiro e o
ultim o pensamento.
Convem fazel-o ao com eço e ao fim das orações, dos tra­
balho«, da« refeições, e das principae# acções, para offerecei-
as a Deus e obter delle a graça de as fazer bem.
£ bom fazel-o tambem na« tentações, para alcançar a graça
de trium phar delias, e no« perigos para que Deus d 1 es <os
livre.
Mas, para que o signal da cruz produza estes bone effeito«,
é precieo «er feito com respeito, pois é um acto de religião,
e com confiança , porque sua virtud« vem dos merecimento« •
da morte de Jesus Christo.
R e s o lo ç X o . — Farei eam religioso rupeètP o »igncA da
cruz ao oonveçar as prindpaes aaçòw.

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- 274 -
A V E R D A D E IR A CRUZ

i. A v e rd a d e ira cru z é & que Jesús Christo carre­


gou até o Calvario, aquella que elle purpureou com 6eu
sangue e eobre a qual morreu para nos resgatar.

2. S . H elen a , em 326 mandando fazer excavaçõec em


Jerúsalem, descobriu perto do S. Sepulcro a verdadeira
cruz com oe cravo« que haviam trantpaMade o* p4t e
as mãos do Salvador. •

— 275 —

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APPA R IÇÃ O DA CRUZ

3. O im p e r a d o r C o n s ta n t in o com seu exercito, viu


em pieno dia uma cru z luminosa com esta inscripção :
Com este 6ignal vencerás. — Este signal gravado na
bandeira, o la b a ru m , fel-o victorieso

tí. T o d o s o s h o m e n s , no fim do m undo, a verão


apparecer nos ceus. Será objecto de consolação para 06
que a tiverem amado na terra, e objecto de espanto
p^ra os que o tiverem desprezado.

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- 276 -
PO D E R DO S IG N A L D E CRUZ

õ. E x p u lsa o d em onio, dissipa as tentações, apaga


os peccados veniaee, protege nos perigos, faz ganhar in­
dulgências, e attrae as bençams do ceu

6. S a n to A nd ré, saúda com transporte a cruz sobre


a qual vae morrer. Que a v ’sta da cruz nos traga tam ­
bém a nós. um uugmento de coragem , de confiança e de
amor para Jesus Crucificado.

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- 2 77 -
MODO DE SE V F A Z E R O SIG N AL DA CRUZ

Em nome do Pa­
dre,
dizendo estas palavras
elevamos a direita até
a fronte, com os dedos
extendidos e unidos.
Com isto protestamos
que nunca nos en­
vergonharemos da pa­
lavra e da cruz dc
Jesus Chrísto.

E do Filho,
dizendo estas palavras
passátaos a direita so­
bre o peito perto do
coração. Com este gesto
exprimimos nosso amor
para o Salvador, seus
preceitos e suas pro­
messas.

E do Espirito
Santo
dizendo estas palavras
lirigimos a direita ao
nombro esquerdo de-
d o í s ao direito. Com
isto todo o nosso corpo
* coberto e consagrado
pelo signal redemptor
da cruz.

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— 278 —
m y s t e r iö s que lem bra

A SS. Trindad»,
porque, fazendo-o, in­
vocamos ao Pae, a«
Filho e ao Espirito
Santo ; professamos
que pertencemos a es­
tas tres pessôas divi­
nas, e lhes consagra­
mos de novo toda a
nossa vida.

A RedempçSo,
pois, fazendo-o, traça­
mos sobre nos a figura
de cruz, sobre a qual
Jesus Christo morreu
para nos remir. Que
gesto mais capaz de
fazer nascer em nossos
corações o reconheci­
mento e o amor para
o Salvador I

A Encarnação,
porque lembrando que
o Filho de Deus morreu
na cruz. lembramos ao
mesmo tempò que to­
mou um corpo e uma
alma parapoder mor­
rer. — Repitamos a
miudo estas tres pa
lavras que contem em
resumo todo o chris­
tianisme.

- 279 -
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PRATICAS DE PIED A D E PARA COM A CRUZ

9. C onvem d a r á cru z um Iogar de h o n ra na ca sa,


trazel-a sobre o p e ito , e qu an d o a e n co n tra rm o s, sau d al-a
sem pre em todo lo g a r co m um re lig io so resp eito .

1*0 , D ev em o s b en zer-n o s de m anhã ao despertar,


de noute ao deitar, antes e depois das orações, ao co ­
m eçar as acções principaes, nos perigos e nas tentações

- 280 -
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A ORAÇÃO DOMINICAL

PADRE N OSSO, QUE ESTA E S NO CEU

— 281 - 3G
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A ORAÇÂO DOMINICAL

1. Origem desta oração.


Um dia, quando Jesus acabava de orar, um do» seus dis
cipuloc, movido pelo exemplo ddle, appmximou-se do
Mestre e lhe disse : Senhor ensinae-nos a oiar* Jesus, to­
mando a palavra, lhe disse : Quando orardes, direis :
« Padre Nosso que estaes nos céos, santificado seja o vosso
nome; venha a nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade
assim na terra como no c io . O pão nosso de cada dia nos
dae hoje; e perdoae-nns as nossas dividas assim como nós
perdoamos aos nossns devedores e não nos deixeis cahir em
tentação : mas livrae-nos do maL »

2. Petições que contem.


Esta oração contem «ete petições.
As tres primeiras se referem á6 cousa« do ceu. Pedimos
para floria de Deus, que seu santo nome seja conhecido e
abençoado, que reine com sua graça nos coraçõe« e que 06
homens lhe obedeçam na terra, como lhe obedecem os anjo6
o os «anto* no ceu.
Aê quatro ultimas se referem ás cousas d& terra .que nos
são necessarias para chegar á vida eterna Pedimos, para
nó«, o pão de cada dia, o perdão de nossas offensas, a graça
de vencermos a* tentações e de sermo? preservados de todo
o mal, sobretudo do peccado e da condemnaçâo eterna.

3. Devemos rezal-a frequentemente.


f a oração mais bella, & mais completa, apezar de breve,
a mai« efficaz. aquella que Jesu« Chri*to mesmo nos ensinou
como â expressão mai* perfeita de nossas necessidades e de
nossa devoção.
Amemos poia esta divina oração repitamol-a cada dia de
manhã e de noute, inteira ou parcelladamente. Cada petição
que a compõe é uma oração jaculatória, que, conforme as
circumstancib« ou as situações, deve qual setta abrazada,
6ubir de nosso coração até o coração de nosso Pae que está
no* ceu*, para fazer descer de lá sobre nós e 6obre os nossos
as mai« preciosas bençams.
R e s o l u ç ã o . — Cada manhã e cada noute serei fiel em rezar
a oração dominical.

- 282 -

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PADRE NOSSO, Q U E E S T A E S NO CEU

i. P a d r e n o s s o ... Que honra para nós de «ermos


filho« de Deus, creados á 6ua im agem , vivendo de «ua
vida pela graça, destinado® a partilhar de sua felicidade
eterna.

2. S a n tif ic a d o s e ja o v o s s o n o m e . — Que «eu


poder «e manifeste hoje, como no tempo do« Apostoloa,
para e«clarecer, sarar e consolar.

- 283 -
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VENHA A NÓS O VOSSO RE IN O

3. E m n o s s a s a lm a s , por vossa praça, em nossos


espíritos por vossa verdade, em nossos corações por
vosso am or, em nossos sentidos por vossa santidi.de.

4. N o m u n d o in te ir o , fazendo chegar até as nações


mais remotas os raios de vossa verdade, de vosso am or,
de vossa santidade.

- 284 -

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S E J A F E IT A A V O S S A V O N T A D E

5. V osso divin o F iJh o não c e g a v a de o dizer :


« Eis-me aqui, meu Pae, para fazer vossa vontade. Meu
alim ento é cum prir vos6a vontade. »

6. V o sso s serv o s su b m isso s, como o santo Job, aos


deeignios de vossa Providencia, repetiram-no sem pre,
nas provas como tambem nas alegrias.

- 285 -
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O PÃO N O SSO D E C A D A D IA N O S D A E H O JE

7. O pão material que nutre o corpo; não o supér­


fluo, o luxo, a abundancia que corrompem, mas o ne-
ceseario de cada dia.

S. O pão sobrenatural que nutre a alma; voesa pa­


lavra, vocssa graça, «obretudo vo6ea Eucharietia que
serão em nóe uma eemente de vida eterna

- 286 -

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P E R D O A E NOSSAS D IV ID A S

g. C om o v ó s p e r d o a s t e s a Maria Magdalena,perdoae
a nós tambem. Nó* vol-o pedimos com a mesma humil­
dade e com a mesma confiança.

io. A e x e m p lo de S . E s t e v a m , perdoamoe tudo a


no*sc* irmãos. Que e^t«- perdôo vá direito ao vos6o cora­
ç ã o ^ meu Deue, e volte * n ó * cheio de vossas melhores
bençams.

- 287 -
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L IV R A E -N O S DO M AL

i i . Do m a l m o ra l, do peccado, das penas* devidas ao


peccado, das tentações, fontes de peccado, e geralm ente,
de tudo o que nos afasta da salvação.

i2. De tod os os ou tros m a les, soffrim entos, doen­


ças, penas de toda sorte. Ajudae-nos, ao m enos, a con-
vertel-as em merecimentos para a vida eterna.

- 288 -

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A SAUDAÇÃO ANGELICA

mMik

A V E M A R IA , C H EIA D E GRAÇA

— 289 - 37
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CATF.CISM O IL L U S T R A D O — 10
a sa u d a ça ' o a n g é l i c a

1 . O qu-e é e s ta sa u d a ç ã o ?
Depois da Oração dom inical, a m ais excellente de todas
as preces é a saudação angélica, chamada também A v e,
Maria. Chama-se angélica porque é começada pelas palavras
ou saudação que o anjo Gabriel d irigiu a Maria Santíssima
quando lhe appareceu no dia da Anriunciação.
Esta oração consta de tres partes : as palavras do anjo
S. Gabriel, as palavras de Sta. Isabel, as palavras da E greja.

2 . A s p a la v r a s d o a n jo S . G a b rie l sã o :
« A v e , cheia de graça, o Senhor é comvosco; bemdicta sois
entre todas as mulheres ». Dirigiu-as a Maria, quando veiu,
por parte de Deus, annunciar-lhe o m ysterio da Encarnação
que devia se effectuar nella.
Quanlas alma6 fervorosas as repetiram em lou vor da
SS. V irgem , estas palavras do anjo e as repetirão até o fim
dos século*. Unamo-nos a ellas, cada vez que as repetimos,
e alegremo-nos com Maria pelos dons e privilégios sin gu ­
lares com que Deus a favoreceu, de preferencia a tantas
outras creaturas.

3 . A s p a la v r a s de S a n ta Isa b e l sã o :
« Bem dicta sois entre todas as m ulheres, e bem dicto é o
fructo do vosso ventre ». Sta. Isabel disse eslas palavras, por
inspiração de Deus, quando, tres mezes antes do nascimento
de São Joâo Baptista, foi visitada pe!a SS. V irgem , a qual
já trazia em seu seio ao 6eu divino . Filho.
Repetindo-as, depois de Sta. Isabel, nós nos alegramos com
a SS. Virgem por sua eminente dignidade de Mãe de Deus,
bemdizemos a Deus e lhe agradecemos por nos haver dado
a Jesus Christo por meio de Maria.

4 . A s p a la v r a s d a E g r e ja s ã o :
« Santa Maria, Mãe de Deus, rogae por n ó s , peccadores,
agora e na hora de nossa morte. Am en ». Com essas palavras
im ploram os a protecção da Virgem durante nossa vida p
especialmente para a hora de nossa m orte, em que mais
necessidade delia teremos.
Precisam os repetil-as, m uitas vezes estas pnlavras : Maria
tão bôa e tão poderosa não deixará dc ouvil-as e de no6
levar para o céu ju n cto delia e de seu divino Filho.
R eso lu ç ã o . — Rezarei cada dia uma dezena do Rosário.

- 290 -

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AVE, M ARIA

ï. O A n jo G ab riel se prostra ante a humilde Virgem


de Nazareth e a saúda com todo o respeito de um súb­
dito para com 6ua rainha.

2. O « A n jo do S e n h o r » lembra-nos todos os dias,


de m anhã, ao meio dia e a noute, a mensagem do celeste
enviado, annunciando a vinda do Salvador

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CH EIA DE GRAÇA

3. C h e ia de g r a ç a , Deus vos escolheu desde a eter­


nidade, e, desde o primeiro instante de vossa conceição,
vos fez santa e immacul&da.

4. O S e n h o r é c o m v o s c o . — Veiu habitar em vós,


tomando em voeso seio um corpo e uma alma semelhan­
tes aos nosso*

— 292 —
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BEM D IT A E N T R E T O D A S AS M U L H E R E S J |

õ. S a n t a I s a b e l, vos saudou como a creatura esco­


lhido entre Iodas para restituir á terra as bençam6 ceie&-
tes, de que a tinha privado 0 peccado.

6. T o d a s a s g e r a ç õ e s , realisando a prophecia do
M agnificat, ee uniram num concerto de louvores para vos
proclam ar hemaventurada.

- 293 -

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fcE M D iT O É JE SU S, VO SSO FILH O

7. N o c e u , é abençoado por Deus seu Pae, que nelie


poz todas as suas complacencias, e pelos anjos e os san­
tos que cantam seus louvores.

8. S o b re a t e r r a , é abençoado pelos homens que o


conhecem e que se honram em lhe fazer um cortejo
triumphal no Sacramento do «eu amor.

- 291 -
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.S A N T A M A R IA , R O G A E PO R NOS

*-* Q. S a n t a M a r ia , vossas virtudes, e vosso titulo de


Mãe, vos dão, como em Caná, todo o poder sobre o
coração do vosso divino Filho.

10 . R o g a e p o r n ó s , pobres peccadores. Vêde nossa


fraqueza e nossa m iséria. Vós sois noeso asylo, nosi&a
esperança, nossa vida

- 295 —

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AGORA E N A HORA D E NOSSA MORTE

ii. A g o r a , estam os nos dias do s o ffrim en to , da ten ­


tação e da p ro v a. V in d e em nosso s o cco rro .

i2. N a h o r a d a n o s s a m o rte , desse instante que ha


de decidir de nossa eternidade; oh! lem brai-roe, então,
sobretudo, que sois nossa Mãel

- 296 -
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0 SYM BO LO DOS APOSTOLOS

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0 SYM BOLO DOS APOSTOLOS

1 . O que é o S y m b olo dos A p ostolo s.


A palavra sym bolo, significa signal distinctivo; com effeito,
a recitiição do symbolo é o signal pelo qual se reconhece o
christào. A palavra apostolo, significa enviado &o longe,
porque N. Senhor enviou aos apostolos prégar 6ua doutrina
ao mundo
Al« m do symbolo dos Apostolos ha tambem o symbolo de
Nicea, que foi composto no seculo IV pelo Concilio desse
nom e, e o symbolo de S. Athanasio, que é uma exposição
da doutrina da Egreja sobre a SS. Trindade. Elles contêm a
fé dos apostolo*, precisada e explicada pela Eg reja.

2 . N u m e ro e n o m e dos A p o sto lo s.
Ha doze Apostolos : i° S. Pedro, 6eu chefe, o primeiro
Papa. Morreu em Horna. — 2o S. André, irmão de S. Pedro.
— 3 ° Sào Thiago. Maior, filho de Zebedeu — 4 o S. João,
Evangelista, o « discipulo amado de Jesús ». — 5 o S. Bar-
tholomeu. — 6 o S. Philippe. — 7* S. Thom é, chamado o
Didymo — 8 o S. Judas Thaddeu. — 9 “ São Thiago Menor,
seu irmão. — 10o S. Matheus, Evangelista. — 11* S. Simão,
Zelotes. — 12* S. Mathias que 6ubetituiu a Judas Escariotes,
o trahidor.
Os artigos do symbolo dos Apostolos.
São doze, e resumem todas as verdades que devemos cre r,
sobre Deus creador, sobre Jesus redemptor, 6obre o Espirito
SantifieaJor e sobre a vida futura.
Varias dessas verdades sup* ram o fraco alcance de nossa
intelligencia. Cham;.m-se mysterios. Os tres principaes são :
os mysterios da Trindade, da Encarnação e da Redempção :

O Symbolo dos Apostolos em portuguez.


Creio em Deus. Padre Todo-poderoso, Creador do oéo e da
terra; e em Je*us-Chrislo, um s ó s e u Filho, Nosso Senhor; o
qual foi concebido do Es irilo Santo, nasceu de Maria Virgem;
padeceu sob o podei de Pouc o Pilatos; foi crucificado, morto
e «»epuitado; desceu aos infernos; ao terceiro dia resurgiu dos
mnrtos; subiu aos céos, está a le n ta d o á direita de Deus Padre,
Todo-podcro?o; donde ha de vir Igar os vivos e os mortos",
creio no Espirito Santo; na Santa Egreja Catholica; na Com-
munhíio dos Santos; na remissão dos peccados; na reaurreição
da carne; na vida eterna. Amem.

R eslo u ção . — Rezarei de manhã e de noute , com dsvoçâo,


0 symbolo dos Apostolos.
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- 298 -
A . SS. T R I N D A D E — DEU S CREADOR

i. A S S . T rin d a d e é o mysterio de um só Deus em


tres pessôas distinctas : O Padre, o Filho e o Espirito
Santo. Esta« tre6 pessôas são eguaes em tudo.

2. D eus cre a d o r. — Por «ua om nipotência, com


uma palavra tirou do nada o ceu com os anjos, o fir­
mamento com 06 astros e a terra com ís plantas, os ani-
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ma ea e os homens.
'

’n a s c i m e n t o e m orte de j e s u s - c h r is t o

3. N a s c im e n t o d e J e su s C h r is to . — Jesús nasceu
a ao de dezembro, á m eia noute, numa pobre choupana,
em Bethleem, pequena cicfade da Judéia.

[\. M o rte d e J e s u s C h r is to . — Jesús Christo morreu


perto de Jerúsalem, no Galvario, pregado á cruz, na sex­
ta-feira santa, pelas tres horas d& tarde.

- 300 -
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S U A R E S U R REI CÃO E A SC E N Ç Ã O

5. R e s u r r e iç ã o d e J e s u s C h r is t o . — Posto no se­
pulcro na sexta-feira santa, Jesus saiu delle vivo e glo­
rioso, no terceiro dia, na m anhã da Paschoa.

6. A s c e n ç ã o de J e s u s C h r is t o . — Deu-se 4o dias
depois de sua resurreição. Agora o Salvador está no
ceu, e lá ora por nós e nos etpera.

— 301 -

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O ESPIRITO SANTO — A EGREJA

7. O E sp irito S a n to desceu sobre os apostolos, sob


a forma de Unguas de fogo, 5o dias depois dí. Paschoa,
no dia de Pentecostes. Elle mora pela graça na alma
dos justos.

PADR E f CA R D E A L f SOBERANO f PON T ÍF IC E f BISPO f DIÁCONO


8. A E g r e ja é a sociedí.de dos fieis estabelecida por
Jesus Christe, espalhada sobre toda a terra e sujeita á
autoridade dos legitimo« pastores, principalm ente do
S. Padre, 0 Papa.

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- 302 —
A WC O M M U N H Ã O DOS SANTOS

9. A Communhão dos Santos é a união que existe


entre a E greja do ceu, a E greja da terra e a Egreja do
Purgatório.

10. A Remissão dos peccados. — Es-tae palavras


exprim em o poder dado por Jesus Christo á sua E greja,
de perdoar os peccadoe : exerce-o sobretudo no Baptis­
m o e na Penitencia.

- 303 -

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A V ID A ETERNA

ii. V id a e t e r n a m e n t e f e liz n o c é u , onde os anjos


e os 6antos gozam uma felicidade eterna e perfeita na
visão e na posse de Deus.

ia . V id a e t e r n a m e n t e in f e liz n o in fe r n o , onde os
condemnados eslão para sempre separados de Deus e sof-
frem com os demonios, 6upplicios que nunca hã‘o de
acabar.

— 304 -
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A VIDA CHRiSTAN

« E I S , D IZ J E S U S , QUE BA TO Á P O R TA ; S l
A L G U É M M E A B R IR , E N T R A R E I EM SU A CASA, E
JU N T O S P A R T IC IP A R E M O S AO M EU C E L E S T E F E S T IM . »
Apoc. III. *20.
- 305 - 39

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EN TRAD A D E JESU S N A ALMA

i. Je s ú s b ate á
p o rta do co ra çã o . —
É um bom pensamento
despertado por uma ce-
remonia religiosa, uma
piedosa leitura, uma
palavra de um préga-
dor ou sim plesm ente o
espectáculo da nature­
za. Si este coração es­
tiver aberto do lado do
ceu, pelo recolhim ento
e a oração, será tocado
pela graça, ouvirá os
appellos externos, es­
cutará a voz do Mestre,
e 6e apressará a lhe
obedecer. — Pratica :
o reco lh im e n to .

2. A a lm a e n tre ­
a b re a p o rta e re co ­
n h ece a Je s u s . —
Com a oração hum ilde
o convida a entrar; o
anjo da guarda tam ­
bém pede, e Jesus,
abrindo elle m esmo,
penetra nessa morada
com grande ju b ilo da
corte celeste. — Jesus,
ao entrar, diz á alma :
« Vinde a m im os que
trabalhaes e gemeis e
eu vos consolarei; em
mim encontrareis o
verdadeiro repouso ».
Pratica : a b ô a v o n ­
tad e.
- 306 -
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PU RIFICAÇÃ O D A ALMAS

3. Je s ú s p ro je c ta
a luz de su a g ra ç a
em todos os recantoê
do coração. Logo ap-
parecem reptis im-
m undos, monstros hor­
rendos que álii estavam
occultos; 6ão os pec-
cados, os defeitos, as
im perfeições. — Os an­
jos ficam assombra­
dos a esse espectáculo.
A alma se cobre de
confusão e se enche de
d ô r ; implora m isericór­
dia e perdão Pratica :
o ex a m e de co n s­
c iê n c ia .

4. Je s u s p u rifica
o c o ra ç ã o . — Pelo sa­
cramento de peniten­
cia perdôa as faitas
graves e leves Ensina
á alma a coof.erar pe­
la oração e m ortifica­
ção para a obra do sa­
neam ento. — Ella se
desembaraça successi-
vamente de toda affei-
ção ao peccado venial
e aos hábitos que a in ­
clinam ao mesmo. Pe­
la vigilancia dim inue o
numero das faltas de
fragilidade e pouco a
pouco, vae com batendo
as menores im perfei­
ções. Pratic* • a co n ­
fissão.

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- 307 -
IN S T R U Ç Ã O E FO R M A Ç Ã O D A A L M A

5. Je sú s in stru e a
a lm a . — Ella receb*
com prazer os ensinoá
divinos que ella encon­
tra 6obretudo na leitu­
ra das sagrada? Escrip-
Itiras. As obras dos
Santos, com o também
.'•uas vidas, lhe ensi­
nam com o pode im i­
tar o seu divino m o­
delo. — O ou vir os
pregadores, nos quaes
só escuta a Jesus, traz-
lhe, com uma palavra
v iv a , um accrescimo
de luz e de impulso
para o bem. Pratica
a le itu ra esp iritu a l.

6. Je s u s fo rm a a
a lm a . — Emquanto
ella contem pla os mys-
terios da vida e da
morte do Christo e œ
de sua Santa Mãe, Je­
sus torna a alma par­
ticipante das virtudes
christans. Reproduz-lhe
no coração as disposi­
ções e os sentimentos
de que estavam cheios
elle e a sua Santa Mãe.
— Assim a alma, pela
consideração, pelos af-
fectos e pela oração,
prepara resoluções effi-
cazes. Pratica : a m e­
d itação .

— 308 -
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AFORMOSEAMENTO DA ALM A

7. Je sú s a e n ri­
qu ece com a su a
g r a ç a . — Das sagra­
da« chagas do Salva
dor, e da terra que
pisam seus pés, jo r­
ram sete fontes de
graças que são os sa­
cramentos. As almas
nelles encontram pu-
resa, força, consola­
ção, auxilios para to­
das as circum stancias
e todos os actos da v i­
da christan. — É um
ferm ento divino que
aproveitam com uma
fiel cooperação e ao
qual fazem produzir
fructos adm iraveis de
santidade. Pratica : a
re c e p çã o dos s a c r a ­
m en tos.

8. Je s u s a a b r a s a
com su a ca rid a d e ,
— Quanto mais a alma
é fiel á accão da graça,
mais crescem os ardo­
res de sua caridade
Então Jesus realiza p e­
lo zelo desse coração
radiante por fora.
aquella6 suas paiavras :
« Eu vim lançar fogo
sobre a terra, e é m i­
nha vontade que elle
tudo abrase ». - É par­
ticularmente juneto do
tabernáculo que se ac-
cendem as chammas
divinas na alma docil
e generosa. Pratica *
a v isita ao S S . S a
cra m e n to .

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- 309 —
O LO U VO R E O SA C R IF IC IO

9. Je s ú s com a a l ­
m a g lo rifica a seu
P ae. — Purificada,
instruída, enriquecida
com a graça e com o
amor do seu divino
Mestre, a alma sente
crescer cada vez mais
em si o sentimento da
gratidão. Com Jesus
por elle e nelle,
canta a Deus o g lo ria
in e x c é ls is , unindo-
se aos concertos dos an­
jo s. — Assim ella ado­
ra, louva e glorifica a
Deus; assim lhe agra­
dece todos seus benefí­
cios. Pratica : o can to
d o s sa n to s o fficio s.

10 . Je s u s in s p ira à
alm a o esp irito de
sa c rifíc io . — Traz-lhe
os instrumentos e faz-
lhe com pletar o que
falta a Mia paixão. A
alma applica a si o
preço da Paixão, e pro­
cura para os outros a
virtude da mesma. É
sobretudo no divino sa­
crifício que ella vae
haurir o santo attracti-
vo e a virtude da im-
molação quotidiana
Alii ella se offorece pa­
ra ser consagrada com
Jesus, e transform ar
nelle. Pratica : a s s is ­
t ê n c ia ao sa c rifíc io
da M issa.

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— 310 —
O R E IN O DE JESU S N A ALMA

ii. Je s ú s re in a n a
a lm a . — Inteiramente
submissa ás 6uab or­
dens, realiza o conse­
lho de S. Paulo : «Se­
de imitadores de Deus
como seus filhos maÍ6
queridos ». — Com Je­
sus, cheia de candade.
consome-se com o um
holocausto, para & glo ­
ria de Deu6, quando
tem a felicidade de «e
unir a elle no banque­
te eucharistico. Pode
então dizer com S.
Paulo : « Eu não vivo
m ais, é Jesus quf- vive
em mim ». Pratica : a
S a n ta C o m m u n hão .

ia. R e in a n e lla
em p az. — Sejam
quaes forem as tempes
tades que a assaltam,
o vento das tentações,
o fusilar do raio, nada
lhe pode perturbar a
paz. — Jesus repousa
nella e ella repousa
nelle. — Eu nada te­
m o, pode ella dizer,
Jesus está com m igo;
em seu coração dorm i­
rei e repousarei em
paz. Praticó : a p az e
a co n fia n ç a nas
provações»

- 311 -
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O FESTIM N U P C IA L

13. Je s u s p re p a ra
a a lm a com o brilho
e o perfum e das virtu ­
des. Sempre docil ás
inspirações divinas, a
alma adquire m ereci­
mentos incalcuiaveis
— Os anjos estão as
sombrados á v isti das
m aravilhas que Jesus
opera nella e por ella
O proxim o 6e edifica e
c estimulado para o
bem; Deus e a Egreja
inteira com isto são
glorificados. Pratica :
a v id a c h r is ta n , as
b ô a s o b ras.

14. O b an q u ete
n u p cia l. — É ch ega­
do o m omento; a me­
sa está prom pta, os an­
jos prepararam o di
vino banquete. — Je­
sus introduz a alma
que elle toma por es­
posa, no festim das
núpcias eternas para o
qual a estava prepa­
rando. É a perfeita fe ­
licidade na vida, o
amor e a posse de
Deus. A côrte celeste
glorifica ao Senhor
pelos bens concedidos
á alma fiel e canta
com ella o eterno ho-
eanna dos eleitos. Pra­
tica : o d esejo do
ceu .
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0 DIA SANTIFICADO

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SANTIFICAÇÃO DAS
ACÇÕES ORDINARIAS

1. Devem os sa n tifica r n o ssas acções o rd in arias.


Isto é as acções que enchem ordinariam ente nossos dias,
como o trabalho, as- refeições, as conversações o repouso.
É isto o que Deus nos pede: é a estas acções que elle liga
sua graça destinada a nós; é por essas acções bem feitas qu •
nos dá a gloria do ceu.
A m ór parte dos Santos e entre elles os m aiores, como
S. José e a SS. V irgem , nada fizeram de extraordinario em
sua vida. Foi pela santificação dos deveres do proprio estado
e das acções mais commwns e na apparencia, mais vulgares,
que chegaram á m ais alta perfeição.
Quem poderií. dizer a e x c e li'ncia de uma acção sobrena­
tural bem feita? 0 m enor acto de virtude christan, um sim ­
ples signal da cru z, a invocação do nome de Jesus, esses
actos tão pequenos em si m rsm os, cumpridos por uma
criança que v iva ' da fé e da graça, agradam mais a Deus.
e lhe dão m aior gloria do que as acções puram ente naturae*
de todo um povo.

2. Que condições sã o n e cessa ria s p ara isto?


Ha duas : o estado de graça e uma intenção sobrenatural.
i* O estado de graça. Toda obra feita em estado de peccado
m ortal, é o que se cham a uma obra m orta, que não pode
ser digna da recompensa eterna. Não 4 in u til, pode merecer
recompensas temporaes, e, o que é m ais, a graça da conver­
são; mas não pode m erecer a gloria do ceu. Pelo contrario,
para quem está em estado de graça, não ha pensamento,
nem desejo, nem palavra, nem acção, por mais hum ilde
que seja, que não possa tornar-se uma fonte de m ereci­
mentos e de gloria para o ceu.
2o Uma intenção sobrenatural. 0 estado de graça só não
basta; é j)recibo além disso, para que as acções sejam m eri­
tórias, que sejam feitas com uma intenção sobrenatural, por
exemplo : para agradar a Deus, pura agradecer-lhe seus
benefícios, para expiar os peccados, para obter do ceu um
novo beneficio para si ou para os outros.
Por isto é costume exceilente o de fazer-se, cada m anhã,
a offerta a Deus de todas as acções diarias. Bom é lambem
renovar, de tempo em tempo, durante o dia, essa offerta.
R eso lu ç ã o . — Todas as manhãs consagrarei a Deus as
acções do dia, e lhe offerecerei pelas almas do purgatório
todas as indulgências que puder lucrar.

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- 314 -
SA N TIF IC A Ç Ã O DO L E V A N T A R

i. Com o s ig n a l d a cru z , feito com piedade, ao


levantar, pomos em fuga o demonio e attrahimos sobre
nôs as bençamfi de Deus.

2. Com a o ra çã o da m a n h ã , feita de joeihoi e com


devoção, consagramos a Deus o novo dia que elle nofr
concede.

- 315 -
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SAN TIFIÇÃO DAS R E FE IÇÕ ES

3 . A b sn ço a e a r e f e i ç ã o que vou tom ar, meu Deus,


para reparar minhas forças afim de vos servir melhor.
Deveria ser a oração de todo o ohristão ao assentar-se.
á mesa.

4. P re se rv a e -m e da g u la egualmente nociva ao
corpo e á alm a; dae-me a coragem de fazer algumas
mortificações.

— 31ü -

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i VNTIFICAÇÃO DOS RECREIOS

5. S o b o o l h a r de D e u s, sempre e em tudo pre­


sente, é bom divertir-se para o repouso do espirito e
nela saude do corpo.

li. F u ja m o s d a s m á s c o m p a n h ia s , das brigas e


do* jogos perigosos, seja quer á vida, quer á saude,
quer á innocencia.

- 317 -
http://a-grande-guerra.blogspot.com.br
SA N TIFICAÇÃ O DO TRABALHO

7. O m en in o deve ap p Jica r-se ao estu d o do cate­


cismo e das mais licçõe6 da escola. Santifica o estudo
com a oração, a attenção e a docilidade.

8. D epois de c re scid o trabalha conforme seu estado


e sua condição; m&s sempre com espirito de penitencia
e de submissão á vontade de Deus.

— 318 -
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NAS TENTAÇÕES E NOS PERIGOS

9. N a s t e n t a ç õ e s nada de discussão com o demonio


e com as paixões; mas a fuga e a oração que alcança
a victoria.

10. N os p e r ig o s , im ilar a S. Pedro e dirigir-se ao


Salvador, bradando do fundo do coração : « Senhor1
acudi-mel »

- 319 -
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SA N TIFICAÇÃO DO D EITAR

ii. A o r a ç ã o d a n o u te deve fechar o dia. Recebe-


mo* íanlas graças de Deu«! NTào sejamos ingrato?! D iga­
mos a Deus • Obrigado!

12. O e x a m e de c o n s c iê n c i a e um fervoroso acto


de contrição nos asseguram um doce somno no seio da
misericórdia divina.

- 320 —
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IN DICE D A S M A T É R IA S

I. P a r te . — V e rd a d es p a ra c rê r

1 Um Deus só ............................................................................. i
2 Os Anjo? .................................................................................... 9
3 O Homem .................................................................................. 17
4 Figuras e Profecias ............................................................... a5
5 A Mãe do Salvador ............................................................... 83
6 Infancia do Salvador .......................................................... 4i
7 Ensinamentos do Salvador ............................................... 49
8 Milagres do Salvador .......................................................... Õ7
9 Paixão de Jesus Christo ................................................... 65
10 Resurreição do Salvador ................................................... 73
11 O Espirito Santo .................................................................... 81
12 A Santa Egreja ...................................................................... 89
13 A Communhâo dos Santos ............................................ 97
14 Os Novíssimos ................... .................................................... io 5

II P a rte — D ev eres p a ra p r a tic a r

10 Os mandamentos de Deus ................................................. n 3


16 Deveres para com Deus ..................................................... 121
1 7 Deveres para co m n o sso ........................................................ iag
18 Justiça para com o proximo ....................................... i 37
19 Caridade para com o proxim<> ........................................ 145
20 Os Mandamentos da Egreja ............................................ i 53
21 A tentação e o peccado ...................................................... 161

III P a r te . — S a c ra m e n to s p a ra re c e b e r

22 O Sacramento do Baptismo ............................................. 169


23 Ceremonias do Baptismo ................................................. 177
24 A Confirmação ........................................................................ 186
25 A Eucharistia ............................................................................. 19^
2-6 O Sacrificio de Jesus Christo ......................................... 201
27 Ceremonias da Missa ....................... 20Q

- 321 -

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C A T E C IS M O H X U S T R A D O
---- 1 1
a8 A Communhfio ............ .. ........... .............................................. ai^
ag A Penitencia ............................................................................... 22Ô
30 Preparação para a morte ............................................. a33
31 Sacramento da Ordem................................................. .. a£i
3 a Sacramento do Matrimonio ............................................ a4 ô

IV P a rte — CuJto e O raçõ es.

33 Ae no©saa E g re ja e ................................................................... aÕ7


34 A O r a ç ã o ...................................................................................... a 65
35 0 Signa] da Cruz ................................................. .................. 373
36 A Oração Dominical .......................................................... 281
37 A Saudação Angélica .......................................................... 289
38 0 Symbolo do« Apostolos ................................................. 297
3g A Vida Christan ................................................................... 3o 5
4o 0 Dia Santificado ................................................................. 3i3

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433-12-1928
Im p rim erie J . T é q u i, 3 bis, rue d e la S a b liè r e , P a r is - 1 4 * . —

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