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MARÇO/2015
Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Controladoria e Finanças
ADM 516 – Gestão do Capital de Giro
SUMÁRIO
M Ó D U L O 1 ........................................................................................................................................................................ 3
Administração Financeira de Curto Prazo ......................................................................................................... 4
Gestão do Capital de Giro ....................................................................................................................................... 5
Gestão do Capital de Giro e os Ciclos Econômicos .....................................................................................10
Lucratividade x Risco ...............................................................................................................................................13
Abordagens para o Financiamento do Capital de Giro .............................................................................15
Capital de Giro: Problemas, Estratégias e Fontes de Financiamento ...................................................19
Capital de Giro: um Desafio Permanente ...................................................................................................19
Capital de Giro: Fontes de Financiamento .................................................................................................20
Caderno de Exercícios .............................................................................................................................................23
M Ó D U L O 2 ......................................................................................................................................................................25
A Gestão do Caixa .....................................................................................................................................................26
Modelos de Gestão do Caixa ..........................................................................................................................28
Gestão do Crédito e Contas a Receber ............................................................................................................32
Políticas de Crédito..............................................................................................................................................33
Políticas da cobrança ..........................................................................................................................................36
Gestão dos Estoques................................................................................................................................................37
Sistemas de Administração de Estoques ....................................................................................................40
Caderno de Exercícios .............................................................................................................................................43
M Ó D U L O 3 ......................................................................................................................................................................46
Fluxos de Caixa ...........................................................................................................................................................47
Demonstrações de Fluxo de Caixa .....................................................................................................................49
O Método Direto ..................................................................................................................................................50
O Método Indireto ...............................................................................................................................................52
Fluxo de Caixa Operacional ...................................................................................................................................54
Caderno de Exercícios .............................................................................................................................................55
Referências Bibliográficas ...........................................................................................................................................57
Esse texto é destinado, exclusivamente, aos alunos da disciplina ADM516 e destina-se a apresentar sinteticamente
os tópicos abordados na disciplina sobre a Gestão do Capital de Giro.
Março, 2015.
Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Controladoria e Finanças
ADM 516 – Gestão do Capital de Giro
M ÓDULO 1
OBJETIVOS DO MÓDULO 1:
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ADM 516 – Gestão do Capital de Giro
O curto prazo representa, de modo geral, aquele período que corresponde ao horizonte
temporal de até um ano, ou seja, diz respeito a um Exercício Financeiro da organização.
Por tais razões, trata-se de um período dinâmico, que requer expertise e estratégias para
adequar tempo, produtividade e pagamentos e recebimentos.
Assim, espera-se que, a partir dos próximos capítulos, tenhamos a capacidade para
compreender a administração do curto prazo, o capital de giro líquido, os ciclos da
atividade, os índices financeiros, além de conhecer técnicas para gerenciamento dos
estoques, do crédito e do disponível da empresa.
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ADM 516 – Gestão do Capital de Giro
O termo gestão é definido por diferentes autores e, por isso, não há um consenso na
literatura sobre uma definição única. Todavia, é comumente mencionado que a gestão
engloba um conjunto de atividades que procuram garantir a utilização eficaz de todos
os recursos disponibilizados pela organização afim de atingir os objetivos pré-
determinados.
Por outras palavras, cabe à gestão do Capital de Giro otimizar o funcionamento do curto
prazo da organização, através da tomada de decisão fundamentada em dados e
informações confiáveis e, desta maneira, contribuir para o seu desenvolvimento e para a
satisfação dos interesses dos colaboradores e proprietários.
Por sua vez, o objetivo da administração financeira de curto prazo é “gerenciar cada
elemento do ativo circulante (caixa, contas a receber, estoques) e de seu passivo
circulante atingir o equilíbrio entre rentabilidade e risco que contribua positivamente
para o valor da empresa” (GITMAN, 2010, p. 546). Espera-se, então, a garantia da melhor
relação entre a liquidez, rentabilidade e risco. Com isso, a Gestão do Capital de Giro visa
responder a seguinte questão: quais políticas operacionais adotar?
Mas... O que é o Capital de Giro? Onde ele é alocado? Em quais rotinas da empresa ele
se encontra presente? As respostas então no Box 1 e na Figura 1, respectivamente.
Bo 1
BOX
x1
O Capital de Giro é o
montante total dos
investimentos de curto prazo Pagamento
Fornecedores Compra
(ativo circulante) realizados
pela empresa (caixa, bancos,
aplicações financeiras, estoques Disponível Estoque
e contas a receber de clientes).
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É possível observar que, a conversão dos estoques para recebíveis (clientes) e destes para
caixa fornece os recursos para pagar os fornecedores, e assim, movimentar o ciclo de
atividades das empresas. Capital de giro, portanto, é o ativo circulante que sustenta as
operações do dia-a-dia da empresa e representa a parcela do investimento que circula
de uma forma a outra, durante a condução normal dos negócios.
O volume de capital de giro utilizado por uma empresa depende de seu volume de
vendas, de sua política de crédito comercial e do nível de estoques que ela precisa
manter. Duas considerações muito importantes na administração do capital de giro são
os ciclos econômicos e a sazonalidade específica de determinados negócios.
O capital de giro necessita de recursos para seu financiamento, como acontece com o
capital permanente. Assim, quanto maior for o capital de giro, maior será a necessidade
de financiamento, seja com recursos próprios, seja com recursos de terceiros.
ATIVO PASSIVO
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ATIVO PASSIVO
Passivo Circulante
Caixa Obrigações Fiscais
Ativo Circulante
Passivo Não-Circulante
Patrimônio Líquido
ATIVO PERMANENTE
PASSIVO PERMANENTE
Realizável a Longo Prazo
Empréstimos e Financiamentos de LP
Investimentos
Patrimônio Líquido
Imobilizado
Intangível
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Fórmulas CCL = AC − PC
CCL = (PL + PNC) − (ANC)
NIG >0, i.e, ACO > PCO = situação normal na maioria das empresas; há uma
NIG para a qual deve encontrar fontes adequadas de financiamento;
NIG = 0, i.e, ACO = PCO = não há necessidade de financiamento para o giro;
NIG < 0, i.e, ACO < PCO = sobram recursos das atividades operacionais, que
poderão ser usados para aplicação no mercado financeiro ou para expansão
da planta fixa.
Há, ainda, outro indicador interessante a ser discutido: o Saldo em Tesouraria (ST).
Trata-se da diferença entre Ativo Circulante Financeiro e Passivo Circulante Financeiro.
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Ativo Circulante
Fórmula Liquidez Corrente = Passivo Circulante
Assim como acontece com o a Liquidez Corrente, o valor ideal desse índice depende do
setor em que a empresa atua e de suas características operacionais. Por exemplo, uma
empresa com forte sazonalidade em suas vendas terá um índice de liquidez seca baixo
no período em que precisa carregar altos volumes de estoques, sem que isso represente
um sinal de ameaça para seu quadro financeiro.
Sobre o risco da estrutura financeira, Fleuriet (2003) utilizou as variáveis CCL, NIG e ST
para analisar a situação de liquidez das empresas. O autor aplica uma escala de
classificação (Quadro 2), que consiste em qualificar a situação financeira da organização.
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NIG = ACO − PCO = (1.437.235 + 663.829 + 54.368) −(674.229 + 172.482) = 𝐑$ 𝟏. 𝟑𝟎𝟖. 𝟕𝟑𝟗
Interpretação
NIG>0, situação normal das empresas, há uma NIG para a qual deve encontrar
E a empresa deve trabalhar para buscar fontes adequadas de financiamento;
CCL>0, significa a existência de recursos de longo prazo aplicados nas contas de curto
prazo do ativo; isto é, recursos de LP, com um prazo de vencimento maior, estão
Financiamento as atividades de maior giro da empresa.
ST>0, indica que há reserva financeira.
A Combinação CCL >0, NIG >0 e SD> 0, apresenta uma estrutura financeira com
Situação sólida. Essa situação é complementada ao observar os indicadores de
Liquidez, uma vez que foram superiores a 1 e o nível de estoques não afeta tanto
A capacidade da empresa de honrar com suas obrigações de curto prazo.
Estoques representam, cerca de 17% de todo ativo circulante.
Pode-se concluir, de modo geral, que a empresa apresenta uma boa saúde financeira
De curto prazo, com baixo risco de tornar-se tecnicamente insolvente.
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Como vimos anteriormente, o Capital de Giro pode ser visualizado no Ativo Circulante, e
representa o capital necessário para manter as atividades em continuidade. As atividades
operacionais das empresas, embora não necessariamente ocorram de forma linear,
podem ser visualizadas em um esquema linear. Desta forma, é possível demonstrar o
giro das principais atividades da empresa através de ciclos, sendo eles: o Ciclo
Operacional e o Ciclo Financeiro (ou de Caixa).
CICLO OPERACIONAL
CICLO FINANCEIRO
FIGURA 4 – Ciclos Operacional e Financeiro
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CICLO OPERACIONAL
CICLO FINANCEIRO
FIGURA 5 – Ciclos Operacional e Financeiro
Numa indústria, a redução do ciclo econômico significa um menor tempo para produzir
e vender. No comércio, esta redução significa um giro mais rápido dos estoques. Na
atividade de serviços, a redução do ciclo econômico significa basicamente trabalhar com
um cronograma mais curto para a execução dos serviços.
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Cálculo
CO = PME + PMF + PMV + PMC = 14 + 24 + 54 + 72 = 𝟏𝟔𝟒 𝐝𝐢𝐚𝐬
Estoque de Matéria prima 1.600
PME = × 360 = × 360 = 𝟏𝟒 𝐝𝐢𝐚𝐬
Custo dos Produtos Vendidos 42.000
Produto em Processo 2.800
PMF = × 360 = × 360 = 𝟐𝟒 𝐝𝐢𝐚𝐬
Custo dos Produtos Vendidos 42.000
Produtos Acabados 6.300
PMV = × 360 = × 360 = 𝟓𝟒 𝐝𝐢𝐚𝐬
Custo do Produto Vendido 42.000
Contas a Receber 15.000
PMC = × 360 = × 360 = 𝟕𝟐 𝐝𝐢𝐚𝐬
Receita Bruta de Vendas 75.000
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4 Lucratividade x Risco
O objetivo da administração financeira a curto prazo é gerir cada um dos itens do ativo
circulante (caixa, bancos, aplicações financeiras, contas a receber, estoques, etc.) e do
passivo circulante (fornecedores, contas a pagar, empréstimos, etc.), a fim de alcançar
um equilíbrio entre lucratividade e risco que contribua positivamente para aumentar o
valor da empresa.
Para ilustrar esta relação entre lucratividade x risco, tomemos como base o quociente
ativo circulante e ativo total, para mostrar como mudanças no primeiro afetam a
rentabilidade e o risco. Esse quociente indica a porcentagem circulante do ativo total.
Veja no Quadro 4.
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Assaf Neto e Silva (1997, p. 13), comentam que “a definição do montante de capital de
giro é uma tarefa com sensíveis repercussões sobre o sucesso dos negócios, exercendo
evidentes influências sobre a liquidez e rentabilidade das empresas”. Além disso,
determinar o nível de investimentos requer conhecimento das características do
ambiente ao qual a empresa se insere, pois as necessidades variam de negócio para
negócio.
Quatro estratégias foram desenhadas para auxiliar nesta tarefa: (i) Abordagem pelo
Equilíbrio Tradicional; (ii) Abordagem do Risco Mínimo; (iii) Estrutura alternativa e (iv)
Estrutura Alternativa de Maior Risco. Para facilitar a visualização, apresenta-se as
representações gráficas e boxes explicativos.
Bo 2
BOX
x1
De acordo com esta abordagem, o ativo permanente e o capital de giro
permanente são financiados também por recursos de longo prazo –
próprios ou de terceiros.
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Bo 3
BOX
x1
Nessa abordagem (extrema e de pouca aplicação prática) a empresa encontra-se
totalmente financiada por recursos permanentes, inclusive em suas
necessidades sazonais de fundos. O CCL é igual ao capital de giro da empresa
(ativo circulante).
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Descreva o montante de empréstimo a longo prazo e curto prazo a ser usado para
atender à necessidade total de fundos sob (1) uma estratégia de maior risco/alternativa
e (2) uma estratégia de risco mínimo. Assuma que, sob a estratégia de maior risco, fundos
a longo prazo financiam as necessidades permanentes e fundos a curto prazo são usados
para financiar necessidades financeiras sazonais.
Supondo que fundos a curto prazo custem 10% anualmente e fundos a longo prazo
custem 16% anualmente, use as médias em A para calcular o custos total de cada uma
das estratégias descritas em B.
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Controle da inadimplência
É preciso dar mais atenção à qualidade das vendas (tanto as vendas a crédito como as
vendas faturadas) do que ao volume dessas vendas. No caso das vendas a crédito,
também será recomendável uma redução do prazo de pagamento concedido aos
clientes.
1 Texto adaptado do sítio eletrônico do Instituo de Estudos Financeiros (IEF). Disponível em:
<http://www.ief.com.br/analise.htm#capgiro>. Acesso em: 25 de janeiro de 2015.
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Reduzir custos
Diante de uma crise de capital de giro, o programa de redução de custos tem natureza
compulsória e seu grande desafio é identificar aqueles itens de gastos que possam ser
cortados sem grandes prejuízos para as atividades da empresa.
Desse modo, a solução dos problemas de capital de giro de uma empresa requer, além
das medidas financeiras, ações estratégicas na área de operações e práticas gerenciais,
entre outras, para que o capital de giro volte ao estado de normalidade.
Todavia, esta decisão deve ser balizada através de analises financeiras apuradas, para
que a relação benefício/custo seja vantajosa para os tomadores de recursos. Deve-se
observar, também, a real necessidade do empréstimo e estudar atentamente as
características da linha de financiamento escolhida.
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7 Caderno de Exercícios
Considerando os valores acima, conclui-se que o capital de giro líquido, em reais, é de:
(A) 5.000,00 (B) 8.000,00 (C) 13.000,00 (D) 14.500,00 (E) 20.000,00
A) 3, 1, 4, 3, 6, 5, 1.
B) 3, 1, 4, 4, 6, 5, 2.
C) 3, 1, 3, 4, 6, 5, 2.
D) 3, 1, 3, 4, 3, 6, 1.
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As empresas Doces Ervália e Sucos Coimbra realizaram estudos recentes sobre suas
condições de curto prazo. Os analistas financeiros de cada empresa apresentaram as
seguintes informações:
Informações Doces Ervália Sucos Coimbra
Necessidade de Investimento em Giro (NIG) R$8.220,00 -R$15.550,00
Capital Circulante Líquido (CCL) -R$1200,00 R$990,00
Saldo em Tesouraria (ST) -R$7160,00 R$17.890,00
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M ÓDULO 2
OBJETIVOS DO MÓDULO 2:
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1 A Gestão do Caixa
Por que manter dinheiro em caixa? Segundo Keynes (1982), as empresas mantêm
dinheiro em caixa por três motivos:
No Quadro 1 estão elencados os principais fatores que afetam o saldo de caixa e, por
outro lado, estratégias genéricas para gestão.
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Trata-se do modelo menos sofisticado dentre os estudados. Todavia, pode ser útil no
estabelecimento de um padrão de investimento mínimo em caixa, dado o nível de
complexidade das atividades da empresa.
Desembolsos totais de caixa
Caixa Mínimo Operacional =
Giro de Caixa
Restrições do modelo:
Caixa Mínimo Operacional: 𝐑$𝟏𝟖𝟎. 𝟎𝟎𝟎 Caixa Mínimo Operacional: 𝐑$𝟑𝟎. 𝟎𝟎𝟎
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B) Modelo de Baumol
Este modelo é aplicado quando existem entradas periódicas de dinheiro no caixa e saídas
constantes (contínuas) de recursos. O modelo, em linhas gerais, efetua uma análise do
custo associado à manutenção de dinheiro em caixa, ou seja, o custo de oportunidade
determinado pelos juros que a empresa deixa de ganhar ao não aplicar esses recursos
em títulos negociáveis (aplicações de curto prazo), e do custo de obtenção do dinheiro
pela conversão de títulos negociáveis em caixa.
Saldos de Caixa
Caixa máximo
(VEC ou C)
Caixa médio
(VEC / 2)
períodos
Saldos de Caixa
Modelo de Baumol
Este modelo parte premissa de que a parcela do dinheiro investido a curto prazo
proporciona um ganho na forma de juros, e que cada operação de investir/desinvestir
implica em um custo (desde impostos de transações financeira até o custo do tempo que
o funcionário leva para fazer a operação de ligar para o banco e solicitar a transferência
de recursos da conta de investimentos). O modelo de Baumol confronta os rendimentos
obtidos com investimento de curto prazo e o custo de cada operação de aplicação e
resgate, determinando quantos montantes iguais o recebimento original será dividido,
de modo a maximizar o lucro.
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VEC– são os títulos negociáveis que devem ser convertidos em caixa para manter
determinado volume de recursos disponíveis;
Custos de conversão – são os custos administrativos referentes a conversão de títulos
negociáveis em caixa. É um custo fixado para cada operação;
Custos de oportunidade – são os rendimentos que a empresa deixa de receber no
período em que os recursos são mantidos em caixa e não em títulos negociáveis;
Saldo médio de caixa – refere-se ao valor econômico de conversão médio (VEC/2).
No modelo de Baumol, os custos totais de gestão do caixa são formados pelos custos
de manutenção de caixa mais os custos de conversão:
Cálculo
VEC: Saldo Médio de Caixa:
2 × Custo de Conversão × demanda de caixa VEC
VEC = √ Saldo Médio de Caixa =
Custo de Oportunidade 2
44.721,36
2 × 50 × 3.000.000
SMC = = 𝐑$ 𝟐𝟐. 𝟑𝟔𝟎, 𝟔𝟖
VEC = √ = 𝑹$ 𝟒𝟒. 𝟕𝟐𝟏, 𝟑𝟔
2
0,15
Número de conversões no ano:
R$ 3.000.000,00/R$ 44.721,36 = 67
Custo Total:
Custo Total de CX = Custo de Manutenção + Custo de Conversão
Custo de Manutenção = Saldo méd. de cx.× Custo de Oport. = 22.360,68 X 0,15 = R$ 3.354,10
Custo de Conversão = Nº de Conversões no ano × Custo por Conversão = 67 X 50 = R$3.350,00
Custo Total de CX = 3.354,10 + 3.350,00 = 𝐑$𝟔. 𝟕𝟎𝟒, 𝟏𝟎
Interpretação: O saldo inicial de caixa deve ser o valor do VEC R$ 44.721,36, que irá através dos
desembolsos efetuados pela empresa, se reduzindo até o nível zero. Atingindo esse limite, será feita uma
nova conversão de títulos negociáveis em caixa no valor do VEC e assim consecutivamente, até o final do
período. Esse processo custará para a empresa, no período, o valor de R$ 6.704,10 que refere-se a soma
dos custos de manter recursos em caixa sem rendimentos (ou remuneração), e dos custos de converter
títulos negociáveis em caixa, toda vez que os limite for atingido.
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C) Modelo de Miller-Orr
Merton Miller e Daniel Orr desenvolveram um modelo de saldo de caixa visando levar
em conta a flutuação aleatória de entradas e saídas diárias de caixa. Assim, o modelo
considera que o caixa se caracteriza pela imprevisibilidade. Não há relação do futuro com
o passado. O modelo supõe que os fluxos líquidos diários de caixa (entradas e saídas de
caixa) têm distribuição normal. A cada dia, o fluxo líquido de caixa pode ser igual ao valor
esperado ou algum valor superior ou inferior.
caixa máximo
H
Ponto de
Z retorno
caixa mínimo
L
Tempo
FIGURA 3 – Representação do Modelo de Miller-Orr.
3 3 × CC × ∆Fcx Diário 4 × PR
Ponto de Retorno (PR) = √ + LI Saldo Médio de Caixa =
4×K 3
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1. Fixar o limite inferior de controle para o saldo de caixa. Esse limite inferior
pode estar associado a uma margem mínima de segurança escolhida pela
administração.
2. Estimar os desvios-padrão dos fluxos diários de caixa.
3. Determinar a taxa de juros.
4. Estimar os custos de negociação decorrentes de compras e vendas de
títulos.
Cálculo
A) Ponto de Retorno
3 3 × CC × ∆Fcx Diário 3 3 × 1.000 × 2.000
Ponto de Retorno (PR) = √ + LI = √ + 5.000
4×K 0,001044
3
PR = √ 5.747.126.436,78 + 5.000 = 1791,23 + 5.000 = 𝐑$ 𝟐. 𝟐𝟗𝟏, 𝟐𝟑
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Por se tratar de aplicação de recursos em Ativo Circulante, a sua concessão deve ser
suportada pela existência ou obtenção de recursos para financiá-lo, pois interfere no
equilíbrio econômico-financeiro da empresa.
Quanto maior for o volume de vendas a crédito e quanto maior for o prazo médio de
cobrança, maior será a necessidade de capital de giro para financiar este ativo. O custo
desse financiamento deve ser agregado aos custos dos produtos.
A Definição das políticas de crédito é com base nas condições presentes e nas
expectativas futuras da situação econômico-financeira da empresa, das condições da
economia e do mercado em que a empresa atua.
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A) Padrões de Crédito
B) Prazos
Fatores que influenciam os prazos de pagamentos definidos nas políticas a crédito: usos
e costumes, mercado comprador (expansão, recessão), ação da concorrência, compra
por encomenda, condições de negociação, nível da atividade econômica e capacidade
da empresa de sustentar capital de giro adicional.
A definição do prazo influi no preço à vista. Há casos em que a empresa não estabelece
diferença entre preço à vista e preço a prazo. Ex: o produto é vendido pelo mesmo preço
à vista ou em três parcelas.
C) Garantias
As garantias são mecanismos utilizados para reduzir risco nas vendas a crédito. As
garantias podem ser pessoais e reais, conforme explicações do Quadro 2.
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Vários são os critérios utilizados para selecionar os clientes. Além dos já citados no item
anterior, pode-se citar:
D.1) Escore ou Tabela de Classificação de Crédito – Neste tipo de seleção a empresa
distribui pesos e notas e, através de critérios estudados e pré-determinados avalia os
clientes, conforme exemplo a seguir:
Pontos
Pesos Classificação do crédito
Situação do Cliente em relação a (0 a 100)
(b) (a x b)
(a)
Informações creditícias 90 0,10 = 9,00
Casa própria paga 100 0,30 = 30,00
Tempo de residência 100 0,15 = 15,00
Comprometimento do ganho 60 0,30 = 18,00
Tempo de cliente 0 0,05 = 0,00
Emprego estável 90 0,05 = 4,50
Tempo de emprego 60 0,05 = 3,00
Total 1,00 79,50
Critérios adotados:
Abaixo de 65 pontos = não aprova;
Entre 65 e 75 pontos = aprova com restrições
Acima de 75 = aprova.
D.2) Método dos 5 C’s - Brigham e Weston (2000), por exemplo, citam a análise de risco
através do método dos cinco C’s, a saber:
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líquido, bem como os índices de lucratividade são frequentemente usados para avaliar o
capital demandante de crédito.
IV. Colateral – O montante de ativos colocados à disposição pelo solicitante para
garantir o crédito. Naturalmente, quanto maior esse montante, maior será a
probabilidade de se recuperar o valor creditado, no caso de inadimplência. O exame do
balanço patrimonial e a avaliação de ativos em conjunto com o levantamento de
pendências judiciais podem ser usados para estimular os colaterais.
V. Condição – As condições econômicas e empresariais vigentes, bem como
circunstâncias particulares que possa afetar qualquer das partes envolvidas na
negociação. Por exemplo, caso a empresa tenha estoques excessivos de um item que o
solicitante deseje comprar a crédito, a empresa poderá propor vendas em condições
mais favoráveis ou vender para clientes com menos condições de obter crédito.
2.2 Políticas da cobrança
A gestão da cobrança é tão importante quanto vender, pois o ciclo operacional só se
completa quando o valor da venda é recebido. Exige a definição de políticas claras de
cobrança pelas empresas e definição de mecanismos eficientes de cobrança.
A) Mecanismos de Cobrança
A.1) Via bancária: ocorre através da rede bancária que flui o maior volume de cobranças
formais no meio econômico. É essencial para empresas que tenham clientes dispersos
geograficamente.
I. Cobrança simples: o banco atua como simples prestador de serviços de cobrança.
II. Caução de títulos: a diferença em relação à cobrança simples é que os títulos e o
produto da cobrança representam garantia para empréstimos obtidos pela empresa
emitente dos títulos junto à instituição bancária.
III. Descontos de títulos: a empresa realiza operação de empréstimo junto ao banco
e vincula o recebimento dos títulos “descontados” para liquidação do empréstimo.
Embora os títulos atuem como garantidores da operação de empréstimos, o banco
não detém sua propriedade. No vencimento, caso o devedor não pague, o valor do
título é debitado na conta da empresa emitente.
A.2) Via carteira: mecanismo que tem menores custos e maior flexibilidade, mas sua
eficiência é discutível. Os títulos ficam depositados na área de cobrança da empresa e
sua cobrança é acionada nas respectivas datas de vencimento, geralmente, por
cobradores da empresa.
A.3) Via carnês: os gestores de algumas atividades comerciais preferem o uso da
cobrança via carteira, através da emissão de carnês de cobrança.
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600.000
DR × 30 = 50.000 Investimento em 630.000
Inv. em DR = × PMC 360 × 45 = 78.750
360 DR 360
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Estoques são itens adquiridos que ficam armazenados na empresa até serem utilizados.
Quando são vendidos, ou quando o produto a que serão incorporados for vendido,
geram recursos financeiros para serem readquiridos. Portanto, seu controle é muito
importante em todas as empresas que os têm. Enquanto as contas a receber ocorrem
após a venda, os estoques existem antes das vendas. Diversos são os motivos para se
manter estoques. Dentre eles pode-se destacar:
As empresas comerciais que não transformam os bens, a gestão está concentrada nos
produtos acabados, adquiridos prontos para serem vendidos.
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A) Sistema ABC
Este sistema divide os itens de estoque em três categorias de materiais, de acordo com
o valor dos itens e da quantidade, segundo modelo a seguir:
Os itens C são formados por bens de pequeno valor unitário e geralmente de fácil
obtenção. Podem ser tratados com menor rigor e controlados de forma mecânica. Os
itens B são bens de valor unitário médio e devem ter maior rigor no controle. Os itens A
devem ser controlados com a máxima segurança e previsibilidade.
Neste sistema, são traçadas normas de procedimento para administrar cada categoria
de produtos. Os itens devem ser administrados de acordo com suas características
específicas, atentando para os seguintes aspectos:
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Este método determina a quantidade ótima de compra que minimiza os custos totais de
estocagem. O LEC é um sistema que busca auxiliar o administrador na gestão de
estoques. Foi constituído com a premissa básica de que os custos de manutenção
elevam-se com o aumento dos estoques, enquanto que os de administração declinam.
Se a entrega não for imediata, deverá ser calculado o ponto de reencomenda. Indica em
que nível de estoque em que deve ser feita nova encomenda. Considera o tempo
necessário entre a efetivação da compra e o recebimento dos produtos para
estabelecimento do momento da nova encomenda. Vamos às fórmulas:
2 × Q × CCe
LEC = √
CMe
LEC Q
Custo Total de Estoque = (CMe × ) + (CCe × )
2 LEC
Sendo que:
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Cálculos
Lote Econômico de Compra (LEC)
Estoque Médio
LEC 200
Estoque Médio = = = 𝟏𝟎𝟎 𝐮𝐧𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞𝐬
2 2
Número de encomendas/mês
Q 250
Encomendas = = = 𝟏, 𝟐𝟓 𝐞𝐧𝐜𝐨𝐦𝐞𝐧𝐝𝐚𝐬
LEC 200
Ponto de Reencomenda
200 250
= (0,25 × ) + (20 × ) = 25 + 25 = 𝐑$𝟓𝟎, 𝟎𝟎
2 200
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4 Caderno de Exercícios
( ) Entre as várias técnicas para gerenciar o estoque de uma empresa uma das mais
utilizadas é o Sistema ABC. Uma empresa que usa o Sistema ABC divide seu estoque em
três grupos, A, B e C. O grupo A inclui aqueles itens em maior número de itens. O grupo
B inclui os itens em posição intermediária e o grupo C compreende aqueles itens que
exigem maior investimento em dinheiro.
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Com base nas condições apresentadas no Modelo por Ponto de Pedido proposto por
Carlos, avalie as afirmações a seguir.
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a.1) O VEC;
a.2) O número de conversões no período.
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M ÓDULO 3
Fluxos de Caixa
OBJETIVOS DO MÓDULO 3:
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1 Fluxos de Caixa2
Bo 1
BOX
x1
O fluxo de caixa é um A extensão do ciclo operacional é um dos fatores
demonstrativo que reflete determinantes para as necessidades de recursos
dinamicamente o fluxo do do ativo circulante. Essas necessidades, afetam,
disponível da empresa, em um diretamente as necessidades de caixa da empresa.
determinado período de Logo, é preciso administrar:
tempo.
2) medidas mais eficientes de valores a receber, sem prejuízo de vendas futuras, tendo
em vista a diminuição dos clientes em atraso e em situação de inadimplência;
3) controle de estoque;
Vendas à vista
Aumentando
Diminuindo
2
Capítulo baseado em: ASSSAF NETO, A.; SILVA, C. A. T. Administração do Capital de Giro. Atlas: 1997. Páginas 36-51.
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De maneira geral, o fluxo de caixa é um processo pelo qual uma empresa gera e aplica
seus recursos de caixa determinados pelas várias atividades desenvolvidas. O fluxo de
caixa focaliza a empresa como um todo, tratando das mais diversas entradas e saídas.
De forma a visualizar as principais atividades de curto prazo e sua relação com o caixa
observe a Figura 1.
Compras
Mão-de-Obra
Captação
Empréstimos de curto prazo
CAIXA
Pagamento
Conforme Lemes Jr., Rigo e Cherobim (2010, p.377), as atividades das empresas estão
condicionadas àquilo que se poderia chamar de “usos e costumes” do setor de atividade.
Por exemplo, não se concebe, no Brasil, loja de eletrodomésticos que não venda a prazo,
pois essa prática comercial é usual. As diversidades regionais também não devem ser
esquecidas pelo administrador financeiro.
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Recebimentos de clientes;
Juros e dividendos recebidos
Pagamentos de fornecedores e empregados
Juros pagos
Imposto de renda pago
Outros recebimentos e pagamentos.
Existem duas Formas de apresentação do fluxo de caixa: uma pelo método direto e outra
pelo método indireto. As explicações sobre cada uma dessas metodologias é alvo das
próximas seções.
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Preparamos, agora, o Fluxo de Caixa Direto. Não inicia-se com o Saldo inicial. Devemos
segregar as informações de acordo com os três grandes grupos estabelecidos
anteriormente. Uma dica é enumerar primeiro as entradas e por fim as saídas. Esta
indicação facilita a visualização dos que é desembolso ou recebimento. Quando apura-
se o resultado de cada grupo obtém-se Caixa Líquido Gerado, quando o saldo é
positivo, ou Caixa Líquido Utilizado, quando o saldo é negativo.
2) Atividades de Investimento
(+) Venda – Imobilizados R$290.000
(–) Compra – Imobilizados -R$280.000
(=) (B) Caixa Líquido Gerado pelas Atividades de Investimento R$10.000
3) Atividades de Financiamento
(+) Empréstimos Bancários R$460.000
(–) Pagamento de Empréstimos Bancários R$375.000
(=) (C) Caixa Líquido Gerado pelas Atividades de Financiamento R$85.000
O método direto é o mais simples, porém eles nos permite segregar as informações em
três áreas: operacional, financiamento e investimento.
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Ativo Passivo
Ativo Circulante 2014 2013 Passivo Circulante 2014 2013
Caixa 140.000 130.000 Fornecedores 100.000 88.000
Clientes 90.000 120.000 Salários a Pagar 18.000 22.000
Estoques 80.000 45.000 Empréstimos a PG 120.000 120.000
Ativo Não-Circulante Passivo não-circulante
Imobilizado 280.000 320.000 Empréstimos a PG 130.000 210.000
(-) Depreciação Acumulada -80.000 -65.000 Patrimônio Líquido
Capital Social 90.000 85.000
Reservas de Lucros 52.000 25.000
Ativo Total 510.000 550.000 Passivo Total 510.000 550.000
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2) Atividades de Investimento
(+) Venda de Imobilizado 65.000
(–) Compra de Imobilizado (23.000)
(=) Caixa Líquido Gerado pelas Atividades de Investimento 42.000
3) Atividades de Financiamento
(+) Aumento de Capital Social 5.000
(–) Captação de Novos Empréstimos 75.000
(–) Pagamento de Empréstimos (155.000)
(=) Caixa Líquido Utilizado pelas Atividades de Financiamento (75.000)
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4 Caderno de Exercícios
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Com base nas informações a seguir, elabore o Fluxo de Caixa da Cia Biscoitos Santa
Cruz do Escalvado pelo método indireto.
Balanço Patrimonial da empresa Biscoitos Santa Cruz do Escalvado (em R$)
ATIVO 2014 2013 PASSIVO E PL 2014 2013
Caixas e Bancos 2.000 3.000 Fornecedores 22.000 11.000
Clientes 18.000 16.000 Empréstimos a LP 5.000 12.000
Estoques 20.000 14.000 Capital 20.000 20.000
Títulos a Receber 5.000 5.000 Reservas 6.000 6.000
Imobilizado 13.000 10.000 Lucros Acumulados 7.000 1.000
TOTAL ATIVO 60.000 50.000 TOTAL PASSIVO + PL 60.000 50.000
Com base nas informações a seguir, elabore o Fluxo de Caixa da empresa Joias Canaã
pelo método direto.
Fluxo de Caixa Tradicional Valores
Saldo Inicial R$ 200.000
(+) Venda – Mercadorias à vista R$ 180.000
(–) Compra – Imobilizados -R$ 308.000
(+) Empréstimos Bancários R$ 644.000
(–) Pagamento de Empréstimos Bancários -R$ 412.500
(–) Pagamento de Fornecedores -R$ 186.200
(–) Pagamento de Despesas Administrativas -R$ 77.220
(–) Pagamento de Tributos -R$ 141.400
(+) Venda – Imobilizados R$ 217.500
(+) Recebimento – Contas a Receber R$ 273.000
(–) Pagamento de Despesas com Vendas -R$ 121.770
(=) Saldo Final R$ 267.410
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Referências Bibliográficas
ASSAF NETO, A.; SILVA, C. A. T. Administração do capital de giro. São Paulo: Atlas,
1997.
KEYNES, J. M. A teoria geral do emprego, dos juros e da moeda. São Paulo: Atlas,
1982. Cap. 15.
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