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Você sabe o que é biodiversidade?

Já parou para pensar quantas espécies existem na Terra? E será que temos
características semelhantes com outros animais?

Para refletir sobre esse assunto assista ao vídeo:

Vídeo: <https://www.youtube.com/watch?v=il4rnY3qXyc> Acesso em: 09 jul. 2015.

Start: 0:00

End: 0:53

Apesar da diversidade de organismos que habitam o planeta, todos possuem


propriedades em comum, que, em conjunto, permitem identificá-los como seres
vivos.

E essa diversidade ou variedade de formas de vida no planeta é conhecida


como biodiversidade. Que, em outras palavras, é a diversidade de espécies, genes,
variedades, ecossistemas, gêneros, famílias, enfim, a variedade da natureza viva.

Vamos nos aprofundar nesse assunto nos próximos estudos dirigidos que serão
abordados aqui.

Refletindo sobre Origem e evolução da vida

Você já pensou sobre quais hipóteses científicas procuram explicar a origem da


vida na Terra?

Para pensar no assunto:

Vídeo: <https://www.youtube.com/watch?v=PGyarFWOetw> Acesso em: 09 jul. 2015.

Start: 0:00

End: 6:06

Até o momento, nada sabemos, com certeza, sobre a existência de vida fora da
Terra, e podemos afirmar que conhecemos apenas pequena parte da imensa
variedade de organismos que vive em nosso próprio planeta.

Para compreendermos sobre como a vida se originou e evoluiu no nosso


planeta, devemos refletir sobre:
Como seria para você o primeiro organismo vivo que apareceu em nosso
planeta?

Como ele surgiu?

Como esses seres teriam evoluído e gerado a imensa diversidade de formas


vivas que habitam hoje o nosso planeta?

Será que as condições ambientais e os seres vivos em nosso planeta foram


sempre como vemos hoje?

Ressalta-se que, para tentar propor hipóteses sobre a origem da vida, é


possível pautar nossos conhecimentos em evidências geológicas, químicas, físicas e
biológicas.

Da antiguidade até pelo menos o início do século XVII, acreditava-se que


pequenos seres vivos, como moscas e girinos, podiam nascer da matéria sem vida.
Afinal, ninguém ainda havia observado o desenvolvimento desses animais a partir de
ovos. Pensava-se, também, que pequenos vermes surgiam da carne em
decomposição.

E você, já parou para pensar o porquê acreditava-se que a vida podia surgir da
matéria bruta?

A vida na biosfera terrestre nem sempre foi do jeito que observamos hoje.
Sabemos que os seres vivos podem sofrer modificações ao longo das gerações,
caracterizando o processo de evolução.

Desta forma, sabemos que os seres que hoje habitam a Terra descendem de
outros organismos, dos quais só existem evidências.

Rastreando a história evolutiva dos seres, é possível afirmar que todos


possuem um parentesco evolutivo, que pode ser mais próximo ou mais distante.

Qual é o parentesco evolutivo que nós, da espécie humana, podemos ter com
uma bactéria, por exemplo? Certamente bilhões de anos de evolução nos separam,
mas o fato de bactérias e animais possuírem o ácido desoxirribonucleico (DNA), ácido
ribonucleico (RNA), proteínas, carboidratos e lipídios em sua composição celular já é
algo importante em comum... Podemos supor que tais características estavam
presentes nas formas de vida mais primitivas.
Sendo assim, como surgiram os primeiros seres vivos? Como seria a sua
aparência e tamanho? Sob que condições eles surgiram?

Bem antes de surgir a vida, formou-se o Universo, e o planeta Terra como parte
dele.

Com o surgimento do Universo, formou-se a matéria das galáxias, estrelas,


planetas. Na formação do planeta Terra, determinados elementos químicos passaram
a constituir a matéria orgânica, presente nos seres vivos. Estudar a origem da vida na
Terra é, portanto, resgatar um pouco da história do Universo.

As hipóteses e teorias científicas a respeito da origem da Terra e da vida em


nosso planeta baseiam-se em conhecimentos de diversas áreas, como Geologia
(análise de rochas), Paleontologia (estudo dos fósseis), Química e Astronomia. Ao
estudar outras estrelas e sistemas de planetas, por exemplo, os cientistas conseguem
obter evidências de como pode ter sido a formação do sistema Solar.

Origem da Vida

De acordo com a teoria da geração espontânea, também conhecida por


abiogênese, os seres vivos se formariam de material orgânico em decomposição, do
lodo ou de outros materiais não vivos: a vida brotaria espontaneamente em
determinadas condições.

Um exemplo de fatos que deram origem a essa teoria é que de um pedaço de


carne exposto ao ar livre podem sair moscas ou outros insetos.

A observação desse fato levou estudiosos do passado a afirmarem que as


moscas formavam-se como produto da decomposição da carne.

Você já notou que, às vezes, existem “bichos” dentro de frutas, como o “bicho-
da-goiaba”? E de onde vêm esses “bichos”?

Já se acreditou que esses bichos fossem gerados pelos frutos onde estavam...
Hoje sabemos que eles se formam a partir de ovos colocados por insetos, ovos esses
que formam larvas, que entram nos frutos.

Outro fato interessante e que também foi interpretado erradamente por muito
tempo é o de que sapos e outros animais poderiam surgir do lodo deixado nas margens
dos rios, quando estes voltavam ao leito normal após enchentes. Acreditava-se que o
lodo se transformava nesses animais.

Na realidade, o ambiente formado após as cheias de rios é o ambiente de


procriação de diversas espécies de anfíbios, que colocam seus ovos na lama. Os
minúsculos ovos e, posteriormente, as larvas não são facilmente identificados e,
provavelmente, assim surgiu a hipótese de que sapos adultos poderiam se formar a
partir do lodo.

Por muitos séculos, a ideia de geração espontânea de vida era aceita pelos
cientistas, baseando-se em observações como as que acabamos de ver.

Vamos analisar um experimento feito em 1660 por Francesco Redi, um


cientista italiano, que apresentou resultados contrários à teoria da geração
espontânea.

De uma mesma porção de carne foram retirados dois pedaços, colocados em


dois frascos, um tampado com gaze e outro destampado.

É importante notar que os frascos eram iguais e que os pedaços de carne eram
do mesmo tamanho e foram obtidos da mesma porção de carne. Isso foi necessário
para que as preparações se diferenciassem apenas por uma característica: o maior ou
menor isolamento da carne, em relação ao ambiente fora do frasco.

Um frasco ficou aberto e o outro foi fechado com gaze ou algodão, o que
possibilitava livre ventilação. Essas preparações foram colocadas em observação por
vários dias.

Depois de algum tempo, notou-se que apenas no frasco aberto surgiram


moscas.

Como os dois frascos continham carne e somente em um deles observaram-se


moscas, a primeira conclusão é de que as moscas não se desenvolvem da carne, ou
seja, a carne não se transforma em insetos. As moscas não apareceram no frasco
fechado com gaze, no qual a circulação de ar era livre.

Conclusão: algumas moscas pousaram na carne colocada no frasco descoberto


e nela depositaram seus ovos, dos quais formaram-se larvas que se transformaram
em novas moscas.

Os “bichinhos” esbranquiçados que se observam antes das moscas adultas não


passam de larvas dessas moscas.
O experimento de Redi, embora muito simples, deixa claro que as moscas não
podem ser produzidas pela carne. O resultado observado indica que seres vivos não se
formam de matéria orgânica em decomposição.

Teoria da biogênese

Diversos cientistas demonstraram que a teoria da geração espontânea estava


errada. O primeiro deles foi o italiano Francesco Redi, que realizou experimentos como
os observados acima. Apesar da importância dos experimentos desse e de outros
cientistas, somente cerca de 200 anos após os trabalhos de Redi, em torno de 1860, a
teoria da geração espontânea deixou de ser aceita.

Figura 1: Visão do Experimento de Redi

Fonte: Disponível em:


<http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Evolucao/evolucao2.php>. Acesso em:
10 jul. 2015.

Figura 2: Experimento de Redi


Fonte: LOPES, S.; ROSSO, S. Bio: volume 1. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

Figura 3: Verificação do experimento de Redi


Fonte: Disponível em: <http://www.alunosonline.com.br/biologia/teoria-biogenese-
experimento-redi.html>. Acesso em: 10 jul. 2015.

Renascimento da teoria da geração espontânea

Francesco Redi generalizou suas conclusões afirmando que todos os seres


vivos vêm sempre de outros seres vivos. Assim nascia a teoria da biogênese. Mas,
no século XVII, com a descoberta dos microrganismos, a abiogênese renasceu.
Afirmava-se que os microrganismos eram tão simples que poderiam surgir da matéria
sem vida.

Em 1745, o naturalista inglês John Needham (1713-1781) aqueceu e fechou


hermeticamente vários recipientes com caldo de carne. Depois, observou que, mesmo
assim, desenvolvia neles grande número de microrganismos (bactérias). Segundo ele,
isso demonstrava a existência de geração espontânea.

Vários cientistas da época questionaram essa conclusão. Ainda no século XVIII,


o padre italiano Lazzaro Spallanzani (1729-1799) achava que, como a temperatura
dos frascos de Needham não era alta o suficiente, nem todos os microrganismos
haviam sido destruídos. Partindo dessa hipótese, ferveu por longo tempo caldo de
carne em vários frascos e manteve alguns abertos, enquanto o restante foi lacrado
logo depois da fervura. Ao final da experiência, demonstrou que os microrganismos só
apareciam nos frascos abertos, pois vinham do ar e não do meio.

Vídeo: <https://www.youtube.com/watch?v=EjyH5MkGdPY> Acesso em: 09 jul. 2015.

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End: 4:37

Needham contestou o trabalho de Spallanzani e argumentou que nos vidros


lacrados não entrava ar, o que impedia a formação de microrganismos.

Já os defensores da geração espontânea argumentaram que a fervura


prolongada teria destruído o “princípio vital” que existia no caldo de carne e que era
necessário para a formação de organismos por geração espontânea.
Experimento de Pasteur

Um dos trabalhos científicos considerados fundamentais para essa mudança


foi o do cientista francês Louis Pasteur, que conseguiu resultados que negaram a
abiogênese e comprovaram a teoria da biogênese: os seres vivos originam-se de
outros seres vivos.

Pasteur colocou um caldo nutritivo em um balão de vidro, de pescoço


comprido. Aqueceu e esticou o pescoço do balão, dobrando-o. Esse tipo de balão é
conhecido como balão “pescoço de cisne”.

Pasteur ferveu o caldo existente no balão, o suficiente para matar todos os


possíveis microrganismos que poderiam existir nele. Cessado o aquecimento, vapores
da água proveniente do caldo condensaram-se no pescoço do balão e se depositaram,
sob forma líquida, em sua curvatura inferior.

O caldo colocado no balão permaneceu estéril, sem ocorrência de nenhum ser


vivo. O pescoço do balão permaneceu aberto.

Figura 4: Experimento de Pasteur

Fonte: Disponível em:


<http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Evolucao/evolucao3.php>. Acesso em:
10 jul. 2015.
Vídeo: <http://www.youtube.com/watch?v=EjyH5MkGdPY> Acesso em: 09 jul. 2015.

Figura 5: Experimento de Pasteur

Fonte: Disponível em: <http://educacao.globo.com/biologia/assunto/origem-da-


vida/abiogenese-biogenese-e-origem-da-terra.html> Acesso em: 12 jul. 2015.

Por que os microrganismos presentes no ar não chegavam até o caldo?

A explicação está na condensação da água na parte baixa do pescoço do balão:


as gotículas de água retinham os micróbios que eventualmente existissem no ar.

Quando Pasteur quebrou o pescoço do balão, em alguns dias o caldo estava


contaminado, sofrendo decomposição por microrganismos. A explicação para isso é
que os microrganismos existentes no ar entraram no frasco e contaminaram o caldo
ali contido.

Com esse experimento, Pasteur ganhou adeptos para a teoria da biogênese,


negando a ideia de geração espontânea.

A biogênese esclarece que há necessidade de um ser vivo preexistente, para


que outro ser vivo possa ser formado; deixa claro que um ser vivo não pode ser
formado a partir de matérias em decomposição, lodo, etc.
A teoria da biogênese estabelece que todo ser vivo se origina de outro ser vivo.
Assim, ela explica a origem dos seres vivos, mas não explica exatamente a origem da
vida.

E os primeiros seres vivos, como surgiram?

Não existiam seres vivos para dar origem a eles...

Teoria de Oparin e Haldane: Origem por evolução química

Trabalhando de forma independente, Aleksandr I. Oparin (1894-1964) e John


B. S. Haldane (1892-1964) chegaram à mesma conclusão: nas condições da Terra
primitiva, a vida poderia ter surgido da matéria sem vida (inanimada). A partir dessas
substâncias orgânicas, e ao longo de um grande período de tempo, teria se formado o
primeiro ser vivo.

Mas, com isso, eles não estavam defendendo que a abiogênese pudesse
ocorrer nas condições atuais e com regularidade, como diziam os antigos defensores
dessa teoria. Apenas em condições que não existem mais teria sido possível a
formação de um ser vivo originado de matéria sem vida – e, mesmo assim, esse
processo teria levado muitos milhões de anos para ocorrer.

De fato, a Biologia considera que os primeiros seres vivos formaram-se


espontaneamente, nos mares aquecidos da Terra primitiva, há cerca de 3,5 bilhões de
anos, aproximadamente 900 milhões de anos depois que a Terra se formou.

Os principais gases presentes na atmosfera primitiva deviam ser,


provavelmente, hidrogênio, metano e amônia.

É provável que as primeiras moléculas orgânicas, extremamente simples,


tenham se formado já na própria atmosfera, graças à ação das constantes descargas
elétricas das tempestades então frequentes, que desencadeariam reações químicas
entre alguns dos componentes da atmosfera primitiva. Existem muitas evidências
também de que os oceanos primitivos, quentes e rasos, devem ter sido meio propício
para a formação da matéria viva, a partir dos mesmos componentes da atmosfera,
trazidos pelas chuvas. Inicialmente, teriam se formado moléculas orgânicas simples e,
em seguida, moléculas mais complexas.
Figura 6: Evolução

Fonte: Disponível em:


<http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Evolucao/evolucao4.php>. Acesso em:
10 jul. 2015.

Diversos experimentos têm sido feitos procurando reproduzir as condições que


se considera terem existido na atmosfera e nos oceanos da Terra primitiva. Como
resultado desses experimentos, diversos compostos orgânicos foram produzidos, o
que é compatível com a teoria em estudo.

Essa ideia foi desenvolvida em torno de 1930 pelo russo Aleksandr Ivanovich
Oparin (1894-1980) e pelo inglês John Burdon Sanderson Haldane (1892-1964). Ficou
conhecida como “hipótese da evolução gradual dos sistemas químicos”.

De acordo com essa hipótese, com o aumento da quantidade de moléculas


orgânicas formou-se nos mares primitivos uma verdadeira “sopa nutritiva”, rica
principalmente em aminoácidos e proteínas.

Diferente do que acontece quando dissolvemos sal ou açúcar na água,


formando uma solução, quando colocamos moléculas de proteínas na água, formam-
se os coloides ou sistemas coloidais (as moléculas de proteína são envolvidas por
moléculas de água).

Nos mares primitivos devem ter se desenvolvido sistemas coloidais, que


passaram por um processo muito comum nos coloides: em determinadas condições,
as moléculas de proteína, que estão envoltas por moléculas de água, aproximam-se
uma das outras, formando numerosos aglomerados, envoltos por moléculas de água.
Esses aglomerados ficaram conhecidos por coacervatos (coacervados), nome que se
deve a Oparin.

As moléculas de água que envolviam os coacervados isolavam o aglomerado


proteico do meio.

Figura 7: Formação dos coacervatos.

Fonte: Disponível em:


<http://acienciadabiologia.webnode.com.br/prova%20mensal%20-
%207%C2%BA%20ano%20(1%C2%BA%20bimestre)/>. Acesso em: 10 jul. 2015.

De acordo com a hipótese de Oparin e Haldane, ocorriam reações químicas no


interior dos coacervatos, que trocavam substâncias com o ambiente externo.
Coacervatos não são células nem precursores delas, simplesmente indicam que havia
a possibilidade de formação, nas condições da Terra primitiva, de sistemas separados
do meio, mas que com ele trocavam substâncias. As hipóteses sobre o surgimento da
primeira célula ainda geram polêmica. As células deviam ser estruturas muito simples,
formadas por uma membrana que delimita o citoplasma, onde estariam os ácidos
nucleicos. A presença de ácidos nucleicos possibilitou o comando das funções da
célula e de sua divisão. Com isso, elas passaram a aumentar em número e, ao longo do
tempo, a evoluir. Teriam, então, surgido os primeiros seres vivos do planeta Terra. Eles
seriam unicelulares e procariontes.

Hipótese Heterotrófica

Como os primeiros seres vivos conseguiam moléculas orgânicas para seu


crescimento? Qual sua fonte de energia?
Na Terra primitiva não havia oxigênio livre. Assim, os primeiros organismos não
deviam realizar respiração aeróbia, processo que depende do oxigênio livre, e não
deviam possuir clorofila e realizar a fotossíntese, pois nesse processo há liberação de
gás oxigênio para o ambiente.

Segundo a hipótese heterotrófica, os primeiros seres vivos deveriam


apresentar nutrição sapróbia, ou seja, conseguiam alimento pela absorção de
moléculas orgânicas simples dos mares primitivos, pois a nutrição autotrófica (em que
os seres vivos sintetizam suas moléculas orgânicas a partir do alimento inorgânico)
não era muito adequada aos organismos mais simples, visto que a fotossíntese é um
processo bem complexo que exige uma participação variada de enzimas.

Então, os primeiros organismos deviam obter energia para sua sobrevivência,


a partir da matéria orgânica presente no meio. Uma vez incorporada na célula, essa
matéria orgânica seria metabolizada por meio da fermentação, processo que não
depende do gás oxigênio.

Com o passar do tempo, houve grande aumento no número de seres


anaeróbios fermentadores, que passaram a consumir grande quantidade de matéria
orgânica presente no meio. Paralelamente, as mudanças climáticas na Terra primitiva
começaram a dificultar a síntese de matéria orgânica, como ocorrendo a partir do
metano, da amônia e de outros gases, sem a participação de seres vivos.

A liberação de gás carbônico pelos processos anaeróbios aumentou a


quantidade disponível desse gás. Em determinado momento devem ter surgido
alguns organismos com pigmentos, como clorofila, capazes de absorver a energia
luminosa. Usando essa energia, esses seres teriam conseguido aproveitar a água e o
gás carbônico do meio para a síntese de seu próprio alimento. Deixaram, então, de
depender da matéria orgânica do meio, disponível em menor quantidade, Assim,
teriam se formado os primeiros seres autótrofos e a síntese de matéria orgânica
passada a ser realizada por seres vivos, o que acontece até os dias de hoje.

Como utilizavam luz, esses seres autótrofos eram fotossintetizantes e


passaram a liberar oxigênio, gás que ainda não existia na atmosfera terrestre. Até os
dias de hoje, a manutenção dos teores de gás oxigênio no ambiente depende da
atividade dos seres fotossintetizantes. Eles são, portanto, fundamentais para a
manutenção da vida em nosso planeta, pois são os principais responsáveis pela
síntese da matéria orgânica e pela produção do gás oxigênio que é liberado para o
meio.

Uma vez que o gás oxigênio passou a fazer parte do ambiente primitivo,
aqueles organismos que por mutação teriam passado a apresentar condições de
aproveitar o oxigênio em seu metabolismo teriam sido positivamente selecionados e
passaram a aumentar em número. Surgiu, assim, o processo de respiração aeróbia.
Esse processo é realizado tanto por seres fotossintetizantes quanto pela maioria dos
heterótrofos. Estes últimos dependiam, e até hoje dependem, da matéria orgânica
formada pelos seres autótrofos para sua alimentação.

A sequência em que provavelmente surgiram os processos de obtenção de


energia nos seres vivos, de acordo com a hipótese heterotrófica, é: fermentação,
fotossíntese e respiração aeróbia.

Mudanças no planeta

As condições ambientais da Terra foram se alterando com o passar do tempo:

 A transformação dos gases da atmosfera em moléculas orgânicas


simples.
 O resfriamento da Terra reduziu a frequência de tempestades, o que
dificultou a produção de moléculas orgânicas na atmosfera.
 O aumento da população dos organismos iniciais, que provocou
consumo maior de moléculas orgânicas simples. Isso acarretou, com os
fatores acima, escassez de alimentos.

Outras teorias sobre a origem da vida

Será que a Terra realmente reunia todas as condições necessárias para a


síntese de matéria orgânica?

Veremos que outras teorias concorrem com a de Oparin e Haldane para


explicar o maior número de dados coletados acerca da origem da vida.
Origem por criação divina (Criacionismo)

Essa é a mais antiga de todas as ideias sobre a origem da vida e tem um forte
cunho religioso, sendo até hoje aceita por fiéis de várias religiões. Essa corrente afirma
que os seres vivos foram criados individualmente por uma divindade.

Fontes Hidrotermais

Os primeiros seres vivos teriam aparecido no fundo dos oceanos, ao redor de


fontes ou fendas hidrotermais que ofereciam a proteção necessária para que os
primeiros seres vivos se formassem.

Panspermia

É a ideia de que existe vida em outras partes do Universo e de que


microrganismos ou esporos extraterrestres tenham originado a vida na Terra.

Então, como surgiu a vida no planeta?

Ainda não há uma teoria que possa ser considerada a melhor para explicar a
origem da vida, mas os cientistas continuam a pesquisar e buscar evidências a favor
ou contra cada uma delas em vários campos da ciência.

O estudo sobre a origem da vida ilustra algumas características importantes


da investigação científica, como, por exemplo, a busca por evidências a favor ou
contra as hipóteses e o objetivo de conseguir teorias que expliquem o maior número
possível de fatos.

Para lembrar:

Vídeo: <https://www.youtube.com/watch?v=PGyarFWOetw> Acesso em: 09 jul. 2015

Start: 7:18

End: 9:54
Então, como surgiu a vida no planeta?

Ainda não há uma teoria que possa ser considerada a melhor para explicar
a origem da vida, mas os cientistas continuam a pesquisar e buscar evidências a
favor ou contra cada uma delas em vários campos da ciência.

O estudo sobre a origem da vida ilustra algumas características importantes


da investigação científica, como, por exemplo, a busca por evidências a favor ou
contra as hipóteses e o objetivo de conseguir teorias que expliquem o maior número
possível de fatos.

Evolução

O número de espécies de seres vivos, distribuídas pelas regiões do planeta, é


muito grande. São animais, plantas, fungos, protistas e moneras habitando os mais
diversos ecossistemas. Além das espécies recentes, muitas outras existiram no
passado e não possuem nenhum representante na biodiversidade atual.

O número de espécies já mudou e ainda continua a variar no decorrer do tempo


na Terra. Algumas espécies foram extintas, outras surgiram, processos que continuam
a ocorrer mesmo nos dias de hoje.

Entender toda essa diversidade de seres vivos sempre foi um desafio para os
cientistas. Como essa diversidade surgiu, se estabeleceu e se modificou ao longo do
tempo?

Muitas ideias foram propostas procurando entender esses processos, sendo


atualmente aceitas aquelas relacionadas ao pensamento evolutivo, em que se procura
estabelecer o parentesco evolutivo ou a história evolutiva dos seres vivos. Isso porque
existem fortes evidências que corroboram o processo evolutivo, ou seja, evidências de
que ocorrem modificações nos organismos ao longo do tempo, podendo levar ao
surgimento de novas espécies e à extinção de outras. As espécies não são imutáveis,
como se pensava antigamente.

Vejamos agora os processos relacionados com a evolução biológica,


procurando entender como surge e se estabelece a diversidade dos seres vivos.
Observe a figura abaixo...

Figura 8: Evolução

Fonte: Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/educacao/vida-na-


universidade/vestibular/darwin-e-lamarck-quem-sao-esses-dois-
bsglbavqs6tv5b1884rkkgocu>. Acesso em: 10 jul. 2015.

Neste tópico, estudaremos os processos relacionados com a evolução


biológica, procurando entender como surge e se estabelece a diversidade dos seres
vivos.

A noção de que os seres vivos mudam ao longo do tempo – chamada


transformismo – é, para nós, tão familiar quanto a ideia de que as células são as
unidades da vida. No entanto, durante muito tempo acreditou-se que cada espécie
viva era fixa e imutável – crença chamada fixismo, tendo surgido por criação divina e
mantendo as mesmas características que tinha no início.

Hoje, percebemos que a diversidade de seres vivos variou ao longo da história


da vida em nosso planeta e continua a variar, sendo que dois fenômenos atuam
decisivamente sobre a diversidade biológica: o surgimento e o desparecimento de
grupos de seres vivos.

A análise dos fósseis indica que o número de espécies novas aumentou muito
em determinados períodos do tempo geológico. Essas análises também apontam para
a ocorrência de eventos de extinção em massa.

Sabemos que os grandes eventos de extinção foram causados por alterações


climáticas drásticas ou quedas de meteoritos em nosso planeta. Atualmente, estamos
vivendo mais um evento de extinção, decorrente de mudanças no ambiente
relacionadas principalmente à interferência humana nos ecossistemas.

Evidências da evolução

Entender a evolução dos seres vivos e suas relações de parentesco exige a


análise de muitas evidências. Dentre elas, destacam-se:

 Os fósseis: é considerado fóssil qualquer indício da presença de


organismos que viveram em tempos remotos na Terra. Os seres vivos
frequentemente deixam vestígios de sua existência, sob determinadas
condições. Esses vestígios podem ser encontrados depois que eles
morrem.
 As homologias: estruturas homólogas são aquelas que derivam de
estruturas já existentes em um ancestral comum exclusivo, podendo ou
não estar modificadas para exercer uma mesma função. A homologia é
observada entre estruturas presentes em dois ou mais táxons quando
essas derivam de uma condição primitiva presente no ancestral comum
exclusivo.
 Órgãos vestigiais: são aqueles que, em alguns organismos, são de
tamanho reduzido e geralmente não têm função, mas que em outros
organismos são maiores e exercem função definida. A importância
evolutiva desses órgãos vestigiais é a indicação de parentesco
evolutivo. Órgãos vestigiais como o apêndice, por indicarem
ancestralidade comum, são muito importantes para o estabelecimento
das relações evolutivas entre as espécies consideradas.
 Evidências moleculares: atualmente, com o desenvolvimento das
técnicas de bioquímica e engenharia genética, é possível comparar
moléculas de organismos distintos e detectar padrões de semelhanças
e diferenças entre elas. Todos os organismos com estrutura celular têm
o DNA como material genético, e que os genes são trechos dessas
moléculas de DNA. E também sabemos que os genes são transcritos em
moléculas de RNA que podem ser traduzidas em proteínas. Portanto, o
DNA, o RNA e as proteínas são moléculas presentes em todos os seres
vivos. Assim, modificações nos ácidos nucleicos foram fundamentais
no processo de evolução, pois permitiram a grande diversificação dos
seres vivos.
 Embriologia comparada: o estudo comparado da embriologia de
diversos vertebrados mostra a grande semelhança de padrão de
desenvolvimento inicial. À medida que o embrião se desenvolve,
surgem características individualizantes e as semelhanças diminuem.

Sobre teorias evolutivas:

<https://www.youtube.com/watch?v=-AR3-UxXaX4> Acesso em: 09 jul. 2015

A teoria de Lamarck

Jean-Baptiste Lamarck foi o primeiro cientista a propor um mecanismo


coerente que explicava como os seres vivos evoluem.

Lamarck sabia que os fatores ambientais podem modificar os indivíduos. A


exposição prolongada ao Sol torna a pele mais morena; fatores nutricionais podem
interferir no crescimento e no aspecto final de um adulto. Ele também sabia que a
utilização constante de certos órgãos, como os músculos, pode fazê-los crescer;
inversamente, seu desuso tenderia a fazê-los regredir, fala-se em lei do uso e
desuso.

Lamarck tinha a ideia de que características adquiridas seriam transmitidas


aos descendentes. Desta forma, o uso de determinada estrutura do corpo faz com que
essa estrutura se desenvolva, ocorrendo o contrário em caso da falta de uso. O
naturalista propôs que as modificações ocorridas em uma estrutura em função do uso
ou desuso durante a vida seriam transmitidas aos descendentes, desde que fossem
úteis à sua sobrevivência. Ocorreria, então, transmissão de características adquiridas
pelo uso e desuso.

Figura 9: Exemplo das girafas

Fonte: Disponível em: <


http://aprenderaaprender.webnode.com.br/album/origem%20da%20vida%20e%2
0evolu%C3%A7%C3%A3o/evolu%C3%A7%C3%A3o%20-
%20girafa%20de%20lamarck-jpg/> Acesso em: 10 jul. 2015.

Lamarck defendia a Lei do uso e desuso, em que as transformações adquiridas


são transmitidas às gerações seguintes. No exemplo da girafa, Lamarck disse que
quanto mais as girafas esticavam o pescoço para alcançar os alimentos mais altos,
elas iam adquirindo as transformações de pescoço longo, transmitindo o pescoço
longo a seus descendentes.
(O jornal da Evolução)

Todas essas ideias são perfeitamente corretas quando aplicadas ao indivíduo.


Lamarck acreditava, porém, que essas características adquiridas pudessem ser
transmitidas à prole, não estando, porém, de acordo com as leis da hereditariedade.
Nesse ponto ele estava errado, pois se comprovou experimentalmente, no começo do
século XX, que as mudanças adquiridas não são transmitidas aos descendentes.

Lamarck chegou até mesmo a admitir que a necessidade de uma


característica determinaria seu aparecimento, enquanto sua inutilidade a faria
desaparecer.

Afirmações como “o uso de alimentos cozidos e amolecidos enfraquece cada


vez mais certos dentes, que tenderão a desaparecer com o decorrer do tempo”, são
muitas vezes consideradas corretas por terem uma aparência “lógica”, mas não
passam, no entanto, de ideias lamarckistas.

Segundo Lamarck, o princípio evolutivo estaria baseado em duas leis fundamentais:

 Lei do uso ou desuso: no processo de adaptação dos organismos ao meio, o uso de


determinadas partes do corpo faz com que elas se desenvolvam, e a falta de uso
(desuso) faz com que atrofiem.
 Lei da transmissão dos caracteres adquiridos: alterações no corpo do organismo
provocadas pelo uso ou desuso são transmitidas aos descendentes.

As ideias de Darwin

O inglês Charles Darwin fez, a bordo do navio Beagle, uma viagem de cinco
anos ao redor do mundo. A partir das observações e do material coletado, elaborou o
conceito de seleção natural. Esse conceito foi a parte principal de sua teoria da
evolução.

A seleção natural

Durante a viagem, Darwin coletou muitos animais, plantas e fósseis de


diferentes locais por onde o navio passou. Com base em muitas observações da
natureza, ele começou a contestar a imutabilidade das espécies.

O raciocínio de Darwin que levou à ideia de seleção natural pode ser resumido
da seguinte forma:

 Os organismos vivos têm grande capacidade de reprodução. Poucos


indivíduos, no entanto, chegam à idade de procriação, já que a quantidade de
alimento que existe no ambiente é limitada.
 Isso ocorre porque organismos que têm as mesmas necessidades alimentares
competem entre si, “lutando” constantemente pela sobrevivência. Outro fato
é a existência de variações hereditárias (transmitidas aos descendentes)
dentro de um mesmo grupo. Em certo ambiente, algumas são mais favoráveis
do que outras.
 Assim, organismos que apresentam variações mais favoráveis em
determinado ambiente têm maiores probabilidades de sobrevivência e
reprodução do que os demais. Além disso, transmitem essas características a
seus descendentes. Dessa forma, cada geração ficará mais adaptada às
condições ambientais.

Vídeo: <https://www.ufmg.br/proex/cpinfo/ufmgtube/pilulas/selecao-natural/>
Acesso em: 10 jul. 2015. Start: 0:00 End: 1:47

Figura 10: Exemplo das girafas

Fonte: Disponível em: <


http://gracieteoliveira.pbworks.com/w/page/48308702/Confronto%20entre%20la
markismo%20e%20darwinismo> Acesso em: 10 jul. 2015.
Figura 11: Comparação entre as ideias de Lamarck e Darwin

Fonte: Disponível em:


<http://www.colegiovascodagama.pt/ciencias3c/onze/biologiaunidade7darwin.htm
l>. Acesso: 12 jul. 2015.

Importante!

O naturalista inglês Alfred Russel Wallace (1823-1913) chegou a conclusões semelhantes às


de Darwin a respeito do processo evolutivo por seleção natural, mas de forma independente.
As ideias de Wallace foram tão bem elaboradas quanto as de Darwin, mas em função
principalmente da publicação do livro A origem das espécies, a teoria da seleção natural ficou
conhecida como sendo desenvolvida apenas por Darwin. No entanto, Wallace merece créditos
na elaboração dessa teoria.

IMPORTANTE

Seleção artificial: é aquela feita pelo homem. Nesse caso, o ser humano seleciona para
reprodução os indivíduos com características vantajosas, que devem ser mantidas na prole
(reprodução seletiva).
Um exemplo de seleção natural: a anemia falciforme

Nessa doença hereditária, também conhecida como siclemia, é produzida uma hemoglobina
“defeituosa” que deforma as hemácias, tornando-as ineficientes no transporte de oxigênio. Os
homozigotos para a doença (SS) morrem com pouca idade. Como consequência, o alelo S se
mantém em taxas baixas na população, sendo transmitido apenas pelos heterozigotos (Ss),
que apresentam maior expectativa de vida.

Evolução do homem

Nós, seres humanos, somos mamíferos e, portanto, compartilhamos com os


outros animais dessa classe várias características.

Dentro da classe dos mamíferos, pertencemos à ordem dos primatas, onde


também estão agrupados os macacos e os hominídeos fósseis, como o famoso
“homem de Neandertal”.

Vejamos, agora, um pouco sobre a evolução do homem.

Vídeo: <https://www.youtube.com/watch?v=bCdMGS4jJd4> Acesso em: 11 jul.


2015

Os primeiros hominídeos

São chamados hominídeos atuais (Homo sapiens) e espécies fósseis como os


australopitecíneos e os neandertais.

De acordo com o registro fóssil, os primeiros hominídeos teriam surgido há


cerca de 5 e 6 milhões de anos.

Os hominídeos e os macacos antropoides conhecidos como grandes primatas


(gibão, orangotango, gorila e chimpanzé) compartilham determinadas características
que os distinguem dos demais primatas, como tamanhos do encéfalo, da clavícula,
ombros, tórax, entre outras.
Os australopitecíneos

Os australopitecíneos constituem um grupo muito antigo de hominídeos, do


qual faz parte o gênero Australopithecus, que existiu na África há cerca de 3,8 milhões
de anos.

Um fóssil de Australopithecus de aproximadamente reês milhões de anos ficou


bastante conhecido pelo seu apelido: Lucy. Em 1974, uma equipe de
paleoantropólogos norte-americanos encontrou diversas peças desse esqueleto em
um deposito de rochas na Etiópia. Tais peças correspondiam a 40% do esqueleto, o
que permitiu uma reconstituição bem feita dessa espécie, chamada Australopithecus
afarensis. A análise do esqueleto permitiu concluir que Lucy era adulta e pertencia ao
sexo feminino, possuía postura ereta e estima-se que sua altura não ultrapassasse um
metro. Os braços longos e as pernas curtas lembram o esqueleto de um chimpanzé;
no entanto, a estrutura dos joelhos e da pelve de A. afarensis.

Não há muitas informações a respeito de seu crânio, mas a mandíbula e os


dentes pré-molares e molares relativamente grandes indicam que sua alimentação
era constituída de frutas, sementes e, menos comumente, de carne. Provavelmente os
Australopithecus viviam em bandos. O cérebro desses hominídeos era relativamente
pequeno, ocupando um volume que corresponde a 35% do cérebro humano da nossa
espécie (Homo sapiens).

Homo habilis

Os fósseis mais antigos pertencentes ao gênero Homo, o mesmo gênero do ser


humano atual, datam de cerca de 2,2 milhões de anos e são encontrados no registro
fóssil até cerca de 1,5 milhão de anos. O Homo habilis era mais habilidoso que os
australopitecíneos, sendo capaz de produzir ferramentas de pedras lascadas.

Homo ergaster e Homo erectus

Fósseis muito parecidos com esqueletos humanos atuais foram encontrados


em regiões da África, como no Quênia, datando cerca de 1,5 milhão de anos. Os
crânios apresentavam boca proeminente, saliência óssea acima dos olhos e existem
evidências de que produziam ferramentas de pedras.
Existem diversas hipóteses acerca do parentesco evolutivo entre Homo
ergaster e Homo erectus com a espécie Homo sapiens. Qual dessas duas espécies de
hominídeos fósseis está mais proximamente relacionada ao ser humano atual é tema
de muito debate entre paleoantropólogos.

Os neandertais

A análise das características observadas nos fósseis desses hominídeos levou


os cientistas a classificar os neandertais como pertencentes ao gênero Homo. Eles
surgiram provavelmente há cerca de 200 mil anos. Como os primeiros fósseis foram
descobertos no vale do rio Neander, na Alemanha, ficaram conhecidos como “homens
de Neandertal” e também como “homens da caverna”. Depois, foram encontrados em
outras regiões da Europa, na região da Ásia e no Oriente Médio.

Seu corpo era muito parecido com o nosso, porém era mais baixo e forte, com
aspecto atarracado, e apresentava algumas diferenças importantes no crânio.

Como viveram durante um período de glaciação, em que o clima na Terra era


muito frio, fabricavam roupas de peles e instrumentos de pedra, mas não há indícios
de organização social complexa ou de produção de pinturas e objetos de arte.

Homo sapiens

De acordo com o registro fóssil, a espécie Homo sapiens surgiu na África há


cerca de 150 mil anos. Sabe-se que os primeiros seres humanos conviveram com os
neandertais em algumas regiões, entre 40 e 30 mil anos atrás. A espécie Homo sapiens
prevaleceu e expandiu-se pelo mundo, enquanto o homem de Neandertal foi extinto.

Pesquisadores estão em busca de novas evidências que possam auxiliar na


elaboração de hipóteses sobre o que teria acontecido aos hominídeos fósseis e por
que apenas o Homo sapiens sobreviveu. Novos fósseis são encontrados e sofisticadas
ferramentas de estudo, como análise molecular, são utilizadas com tal objetivo.

O primeiro fóssil de um ser humano – espécie Homo sapiens – foi encontrado


na França, na região de Cro-Magnon, com idade calculada em torno de 40 mil anos.
Junto com os ossos do “homem de Cro-Magnon” foi encontrada uma grande
variedade de ferramentas, além de indícios de cultura, como enterro dos mortos e
pinturas nas cavernas. Assim, esses hominídeos talvez representem o início da
humanidade, que não é definida apenas por suas características biológicas, mas
também por uma organização social complexa, produção de cultura e habilidades de
raciocínio não observadas em nenhuma outra espécie.

Como a evolução é um processo permanente na natureza e uma característica


dos seres vivos, a espécie humana também continua a evoluir e a afetar a evolução de
outras espécies.

Figura 12: Evolução

Fonte: Disponível em: <http://www.ahistoria.com.br/wp-content/uploads/historia-


da-evolucao-humana.jpg> Acesso em: 11 jul. 2015.
SAIBA MAIS SOBRE O QUE FOI ABORDADO NESSA UNIDADE EM:

<http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=15571> Acesso em: 11


jul. 2015

<http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=15573> Acesso em: 11


jul. 2015<

<https://www.youtube.com/watch?v=cwv049ux02M> Acesso em: 11 jul. 2015

<http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=15572> Acesso em: 11


jul. 2015

<http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=15609> Acesso em: 11


jul. 2015

<http://www.biologia.seed.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=12326> Acesso em: 11


jul. 2015

<http://globotv.globo.com/rede-globo/globo-ciencia/v/charles-darwin-e-a-origem-das-especies-
integra/1754913/> Acesso em: 11 jul. 2015

<www.simbiotica.org/evolucaohome.htm> Acesso em: 11 jul. 2015

<https://www.youtube.com/watch?v=2iV2HlnWVr8> Acesso em: 11 jul. 2015


Referências

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MENDONÇA, V. L. Biologia: Ecologia, Origem da Vida e Biologia Celular, e Embriologia


e Histologia. Volume 1: Ensino Médio. 2. ed. São Paulo: AJS, 2013.

______. Biologia: o ser humano, genética, evolução. Volume 3: Ensino Médio. 2. ed. São
Paulo: AJS, 2013.

PAULINO, W. R. Biologia, volume 1: citologia e histologia. 1. ed. São Paulo: Ática,


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SILVA JÚNIOR, C. da; SASSON, S.; CALDINI JÚNIOR, N. Biologia 3. 10. ed. São Paulo:
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