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Quando falamos em docência, é necessário observarmos a questão da

responsabilidade de transmitir uma ideia de forma que ela fique o mais fácil de se
entender possível. Quando ensinamos algo, precisamos passar nosso conhecimento
de forma clara e objetiva, visando tornar o conhecimento acessível ao ouvinte. Mas de
que forma o corpo do docente pode influenciar e auxiliar na sua tarefa de intermediar
entre o discente e o conteúdo?
Observe a fala de Laban.
“É inegável o encanto da perfeição mecânica inerente aos movimentos da fala e da
gesticulação. É um prazer enorme ouvir uma fala com boa dicção e presenciar gestos
apropriados, nos quais parece ser completa a vitória do espírito sobre a matéria.”
LABAN, Rudolf. O Domínio do Movimento, pg 26.

É necessário observar que, por mais que Laban e outros autores como Artaud e
Decroux tivessem seus estudos voltados para o corpo, ainda assim, eles entendiam
que corpo e fala se complementam e geram algo valoroso e de agradável “consumo".
É claro que, não podemos entender o corpo como um servo do discurso/fala/texto,
mas como companheiros de caminhada, rumo ao mesmo objetivo.

“Em todo caso, e quero dizer isto logo, um teatro que submete ao texto a encenação
e a realização, isto é, que submete ao texto tudo o que é especificamente teatral, é um
teatro de idiotas, de loucos, invertidos, gramáticos, verdadeiros, antípodas e
positivistas, isto é, um teatro de ocidentais.” (ARTAUD, Antonin)

Essa ideia, quando aplicada na lida do ator-docente, pode ser trabalhada no intuito
de compor uma performance voltada para a classe, onde pode-se utilizar do corpo e
do texto como elementos de igual valor para a transmissão do conteúdo proposto.
Quando entende-se que o transmissor, que nesse caso é um ator-docente, tem a
necessidade de prender a atenção de uma classe, logo, é fácil entender como o corpo,
a voz, espaço e adereços, devem interagir em sintonia. Chegando a conclusão de que
um ator-docente nada mais é que um performer. Dessa forma, a elaboração de uma
aula, que, em um paradigma anterior era pautada no discurso, hoje, entendendo a
aula como uma performance, passa a ser pautada no uso de outros elementos que
enriquecem a transmissão do conteúdo e inserem o discente no próprio conteúdo.
Pode-se fazer uso de elementos como o “impulso” de Grotóvski ou o “Grotesco" de
Meierhold, para, através do corpo, cumprir funções que não podem ser cumpridas pela
fala, como transmitir ideias de intensidade e dimensão. Usando-se desses elementos,
o que antes era um discurso inteiramente oral, passa a ser uma performance que
cobra do performer em questão uma entrega total, a fim de transformar seu discurso
em algo vivo e quase biológico.
“[...] Para Decroux, a palavra não pode acompanhar o “movimento da mente", “o
movimento da alma", segundo ele, função principal da arte. Só o corpo pode
concretizar tal objetivo.” (Matteo Bonfitto sobre Decroux. “O Ator Compositor", p. 60)
Tendo em vista pensamentos são simples, mas tão ricos, fica fácil entender de que
forma a Docência se alimenta da arte. A Arte então, cumpre seu papel na,
anteriormente citada, relação de retroalimentação arte-docência.

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