Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Projeto Elétrico
2/164
Capítulo 01 – Transmissão de Energia:
3/164
ÍNDICE
Página
4/164
1 - Transmissão de Energia: Condições Reais e Hipóteses
Simplificadoras
1.1 Conceitos Básicos
7/164
Capítulo 02 – Indutâncias de Linhas de Transmissão
8/164
ÍNDICE
Página
2.1 Indutância de um Condutor devido ao Fluxo Interno ............................................... 10
2.2 Fluxo Concentrado entre 2 (dois) Pontos Externos de um Condutor Isolado ......... 12
2.7 Indutância de uma Linha Trifásica com Espaçamento entre Fases Simétrico ........ 18
2.8 Indutância de uma Linha Trifásica com Espaçamento entre Fases Assimétrico .... 19
9/164
2 – Indutâncias de Linhas de Transmissão
Este capítulo visa ao cálculo do parâmetro indutância de uma LT monofásica (fase –
retorno a um ou mais condutores por fase) e de uma LT trifásica (com espaçamento
entre as fases simétrico ou assimétrico a um ou mais condutores por fase) em circuito
simples ou duplo na mesma torre.
Para tal, supõe-se que a LT já se acha energizada (com tensão), sendo a carga
(resistiva/indutiva/capacitiva ou uma combinação destas) conectada ao barramento da
SE.
Face à mudança na LT de condição de corrente nula (antes da aplicação da carga) a um
dado valor de corrente que passa a transitar na LT, com a inserção da carga, a indutância
é o parâmetro responsável pelo retardo na variação desse estado, sem o qual a variação
da corrente seria instantânea (a taxa de variação da corrente seria infinita di(t)/dt = ) .
Com a carga conectada, o processo de propagação de energia no condutor se faz através
de propagação de ondas transversais eletromagnéticas (TEM) com campos elétrico
(linhas de fluxo radiais) e magnético (linhas de fluxo concêntricas) transversais entre
si.
No caso das linhas de fluxo concêntricas ao condutor (campo magnético), pela
passagem da corrente neste, tem-se, para efeitos didáticos, que o fluxo total que envolve o
condutor pode ser analisado segundo 2 (duas) parcelas distintas, a saber:
- fluxo interno – confinado ao condutor, desde o centro e tendo como limite externo, o
seu raio físico;
- fluxo externo – representa a parcela de fluxo que se estende do raio externo ao infinito,
com intensidades decrescentes até se tornar nulo.
Os itens a seguir apresentam a metodologia de cálculo dessas parcelas e as indutâncias
interna e externa do condutor respectivamente a elas associadas.
Hipótese:
O condutor é considerado cilíndrico, retilíneo, muito longo, maciço, homogêneo e isolado e
o retorno de corrente se faz a uma distância tal que o campo magnético não é afetado. Logo
as linhas de fluxo são concêntricas ao condutor. Supondo este percorrido por uma corrente
I, conforme se indica na Figura 2.1, tem-se, por aplicação da Lei de Ampère:
H .ds I ...(1)
Figura 2.1 – Condutor Cilíndrico Homogêneo percorrido por uma corrente I [1].
onde:
10/164
sejam:
x – Vetor Campo Magnético a x(m) do centro do condutor, em ampère–espira/m.
x .ds x Ix
H ...(2)
2. π . x . Hx Ix ...(3)
de (4) em (3):
π.x2 x
2. π . x . H x I . H x .I , em A.espira/m ...(5)
π.r2 2. π . r 2
sendo a Densidade de Fluxo a x(m) do centro do condutor dada por:
μ . x .I
βx μ .Hx , em weber/m2 ...(6)
2. π . r 2
onde:
μ – Permeabilidade do Condutor, em Henry/m, conforme mostrado na Figura 2.2.
11/164
Figura 2.2 – Fluxo dφ no Elemento Tubular de espessura dx [1].
e o Fluxo Concatenado dΨ por metro de comprimento do condutor causado pelo Fluxo dφ:
μ.x2 μ . I . x 3 . dx
dψ d . , em weber – espira/m ...(8)
π.r2 2. π . r 4
sendo o Fluxo Concatenado Total Ψint no Interior do condutor:
μ .I. x3
r μ .I
ψint . dx , em weber – espira/m ...(9)
0 2. π . r 4 8. π
Para μ 0 4. π .107 H/m, tem-se:
I
ψ int .10 7 , em weber – espira/m ...(10)
2
como: Ψint = Lint . I ...(11)
A indutância interna de um condutor é dada por:
1
Lint .10 7 , em Henry/m ...(12)
2
ψ12 D
ψ12 2.10 7 . l n . 2 , em Henry/m ...(18)
I D1
13/164
D
L 2 L 2ext L 2 int 2.10 7 . l n , em Henry/m ...(22)
r' 2
D
LT L1 L 2 2.10 7 . l n , em Henry/m ...(23)
r'1 . r' 2
se: r’1 = r’2 = r’:
D
LT 4.10 7 . l n , em Henry/m ...(24)
r'
Tem-se, nesse caso, “n” condutores conduzindo correntes cuja soma vetorial é nula, e
distanciados de um Ponto P, como indicado na Figura 2.4.
I1 D1P D
1P1 2 . I1 . l n 2.10 7 . I1 . l n 1P , em weber espira /m ...(25)
r1'
2 r1
D1P D2P D
1P 2.10 7 . I1 . l n I2 . l n ... I n . l n nP ...(26)
r1' D12 D1n
como:
I1 I2 I3 ... In 0 In I1 I2 I3 ... In -1 ...(27)
D D D ( n 1) P D D D
1P 2.10 7 . I1 . l n 1' P I 2 . l n 2 P ... I n -1 . l n I1 . l n nP I 2 . l n nP ... I n -1 . l n nP ...(28)
r1 D12 D1(n -1) D1n D1n D1n
1 1 1 1 D D D(n -1)P ...(29)
1P 2.10 7. I1 . l n ' I2 . l n ... I n -1 . l n In .l n I1 . l n 1P I2 . l n 2 P ... In -1 . l n
r1 D12 D1(n -1) D1n D1n D1n D1n
1 1 1 weber espira
1P 2.10 7 . I1 . l n '
I2 . l n ... I n . l n , em ...(30)
r1 D12 D1n m
14/164
D1P P
I1
D2P
1 I2
D3P
2
DnP
I3
In
3 n
Seja uma Linha Monofásica de 2 (dois) Condutores X e Y, sendo cada condutor composto
por um arranjo indefinido de subcondutores sólidos, conforme indicado na Figura 2.5,
sendo formuladas as hipóteses abaixo.
- subcondutores cilíndricos, retilíneos, paralelos entre si e isolados;
- divisão uniforme de corrente:
Condutor X Condutor Y
O Fluxo concatenado com o subcondutor ‘a’ do Condutor X pode ser expresso por:
I 1 1 1 1 I 1 1 1 1
ψ1P 2.107 . l n ' l n ln ... l n 2.107 . . l n ln ln ... l n
n ra Dab Dac Dan n Daa '
Dab '
Dac '
Dam
7
ψa 2.10 . I .l n
m
Daa .Dab .Dac ...Dam
' ' '
n
r .Dab .Dac ...Dan , em Henry/m
' ' ' ...(31)
La
ψa 7
2.10 . l n
m
Daa ' . Dab ' . Dac ' ... Dam
r ' a . Dab . Dac .... Dan
, em Henry/m ...(32)
I n
15/164
e para o subcondutor ‘b’:
Lb
ψb 7
2.10 . l n
m
Dba ' . Dbb ' .Dbc' ... Dbm
I n
Dba . r ' b . Dbc.... Dbn
, em Henry/m
...(33)
n
A Indutância Média dos subcondutores do Condutor ‘X’ é
L a L b ... L n
L av ...(34)
n
sendo a Indutância do Condutor ‘X’ dada por:
L av L a L b ...L n
LX ...(35)
n n2
7
L X 2.10 . l n
mxn
Daa .Dab .Dac ...Dam . Dba .Dbb .Dbc ...Dbm ....Dna ..Dnm
' ' ' ' ' ' '
Daa .Dab ..Dac ....Dan .Dba .Dbb .Dbc ....Dbn ...Dna ...Dnn
n2
...(36)
ou
Dm
L X 2.10 7 . l n , em Henry/m ...(37)
Ds
sendo:
LT L X LY , a Indutância Total da Linha Monofásica ...(38)
DMG = D
16/164
DMG = D
DMG = D
1
DMG D r . e 4 0,7788 . r r '
S
Para os casos “d” e “e” acima, a denominação de DMG passa a ser de raio médio geométrico –
RMG, por se tratar de todas as distâncias envolvidas dos condutores fictícios de raios
infinitesimais contidos quer no caso do condutor tubular, quer na do condutor sólido.
A Tabela 2.1 a seguir apresenta as expressões para cálculo do RMG para o caso de condutores
encordoados (compostos de diversos subcondutores como os do tipo CAA – condutor de
Alumínio-Aço), em função do raio externo do subcondutor, supostos todos iguais. Observar a
convergência para o valor de 0,7788. r com o aumento do número de subcondutores.
17/164
Sob a forma matricial, para LT´s Monofásicas a 2 (dois) Condutores, tem-se:
...(40)
2.7 – Indutância de uma Linha Trifásica com Espaçamento Simétrico
Seja uma LT Trifásica com iguais distâncias de separação entre as 3 (três) Fases
(espaçamento simétrico), como indicado na Figura 2.6.
...(41)
...(42)
como
...(43)
...(44)
Sob a forma matricial, tem-se o seguinte formato para a Matriz de Indutâncias por fase da
LT Trifásica de espaçamento simétrico entre as fases:
18/164
...(45)
2.8 – Indutância de uma Linha Trifásica com Espaçamento entre as Fases Assimétrico
Nesse caso, as distâncias entre as fases da LT Trifásica não são iguais, acarretando em
uma assimetria de impedâncias vista das fontes em cada fase (a despeito de se supor a
carga equilibrada), implicando que o somatório de correntes das fases no neutro não
seja mais nulo. Desse modo, tem-se um valor de corrente que circula via neutro para a
terra. Essa corrente, função de sua magnitude (e da sua natureza – alternada), pode
acarretar sérios riscos tanto à vida humana como danos em equipamentos, sendo
limitada, portanto, pela proteção de neutro a, no máximo, 0,5 A.
Visando simetrizar estas impedâncias vistas da fonte em cada fase, há necessidade de se
efetuar a transposição das fases da LT em questão. A Figura 2.7 apresenta 2 (dois)
esquemas de transposição: teórico, em 3 (três) Trechos, para fins didáticos e o outro,
como se realiza na prática, em 4 (quatro) Trechos.
A razão do uso de 4 (quatro) Trechos de Transposição ao invés de 3 (três) se deve ao fato
da conexão das fases nos barramentos da SE Terminal dever ser feita na mesma
sequência de fases da SE de origem, conforme se pode visualizar na figura acima citada,
visando evitar danos aos equipamentos por erros nestas conexões.
19/164
a- Fluxo do Condutor da Fase A na Posição 1 (Trecho I):
...(46)
...(47)
...(48)
a1 a2 a3
...(49)
3
...(50)
como
...(51)
...(52)
Deq Henry
La 2.107 .ln , em ...(53)
r ' m
onde:
20/164
φA φB φC
φA
L = φB , em Henry/m ...(55)
φC
Figura 2.8 – Esquema de Transposição em uma Linha Trifásica a Circuito Duplo (C1, C2) [1].
D 3 D .D .D
eqI
a b b c c a
21/164
D = DMG entre as Fases c e a no Trecho III
c a
sendo:
D 4 d . g .d . g d . g
a b
D 4 d . g .d. g d . g
b c
D 4 2 . d . h .2. d . h 2 . d . h
ca
Logo:
1 1 1 1
D 2 . d . g . h 6 2 3 6
...(57)
eq
Como todos os condutores das Fases ocupam as mesmas posições nos Trechos I, II e III
ao longo da LT devido a Transposição, tem-se:
D D D ...(58)
eqI eqII eqIII
Logo:
DSeq
1 1 1
' 2
r . f3. h6 ...(60)
sendo a Indutância por Fase de uma LT Trifásica de Circuito Duplo expressa por:
1 1
1
2 6 d 2 g
. . 3
r' f
L 2.10 . ln
7 , em Henry ...(61)
a
1 1
m
r' 2 .f 3
22/164
2
1
7 d g 3 Henry
L a 2.10 . ln 23 . '
. , em ...(62)
r f m
Admitindo-se que o Circuito 2 (C2) tenda para o infinito, a relação (g/f) tende para 1 e a
equação resultante é a correspondente à indutância de uma LT 3Ø de espaçamento
1
7 d
a 2.10 . ln 2 . r ' )
assimétrico ( L 3 .
23/164
1 2 1
Q 0,386 . ln . p . co s θ em Ω/km ...(64)
2 p 3 2
As expressões acima são aplicáveis para p < 0,25.
As Indutâncias Próprias e Mútuas com retorno pelo solo são dadas por:
25,134 . 10 4 . f . P jQ , em Ω/km
2. h i
L 28,935325 .10 4 . f . log ...(65)
s d Si
sendo:
ϴ = 0o
f
p 5,620 .10 4 . h i .
ii ρ
Dij
L 28,935325 .104 . f . log 25,134.104 . f . P jQ , em Ω/km ...(66)
m d ij
- x ij
1
θ tan . ...(67)
ij hi h
j
f
p 28,1004 .10 4 . Dij . ...(68)
ij ρ
onde:
ρ – resistividade elétrica do solo em Ω/m3
f – frequência, em Hz.
Nos casos em que p > 0,25, as equações acima devem considerar mais termos para as
séries de P e Q.
658,368 .
f
Ls 28,935325 .10 4 . f . log
Henry
, em ...(69)
dSi km
24/164
- Indutância Mútua com retorno pela terra:
658,368 .
f
L m 28,93532510 .10 . f . log
4 Henry
, em ...(70)
d ij km
ρ De
Natureza 3
ohm/m [m]
Água do mar 0,01 - 1,0 8,5 - 85,0
Solo Pantanoso 10 - 100 268,8 - 850,0
Terra seca 1.000 2688
Pedregulho 10 7 268.800
Arenito 10 9 2.688.000
o
Valor médio de grande n de medições 100 850
Para o caso da impedância própria com retorno pela terra, deve-se acrescer à
resistência de corrente alternada equivalente (admitido o emprego de mais de um condutor
por fase) a resistência de retorno pela terra (re), proposta no Modelo de Carson. Essa
resistência é dada pela seguinte expressão:
25/164
re 9,8869 .104 . f , em Ω/km ...(71)
Quanto a impedância mútua com retorno pela terra, tem-se apenas na parte real a
presença da resistência de retorno pela terra.
φA φB φC
φA
L = φB , em Henry/m ...(72)
φC
26/164
Capítulo 03 – Capacitâncias de Linhas de Transmissão
27/164
ÍNDICE
Página
3.2 Diferença de Potencial (d.d.p) Entre dois Pontos Devido a Uma Carga .... 30
28/164
3 - Capacitâncias de Linhas de Transmissão
Neste capítulo será abordado o cálculo do parâmetro capacitância de uma LT monofásica
(fase–retorno a um ou mais condutores por fase) e de uma LT trifásica (com
espaçamento entre as fases simétrico ou assimétrico a um ou mais condutores por fase)
em circuito simples ou duplo na mesma torre.
Para tal, supõe-se a LT já energizada (com tensão), estando a carga (resistiva /indutiva /
capacitiva ou uma combinação destas) desconectada do barramento da SE.
Com a LT apenas energizada, tem-se, como consequência, cargas impressas na LT
(estáticas, no caso de uma LT monofásica e fasoriais, dada a forma de tensão alternada da
geração conectada à LT trifásica). Como a carga se acha desconectada do barramento da
SE Terminal (LT em vazio), as cargas impressas pela tensão da LT irão se deslocar do
terminal em vazio para as máquinas, passando estas a absorver potência reativa gerada
pela LT, havendo, conforme o valor de potência reativa absorvida, o risco das máquinas
sofrerem autoexcitação (a LT em vazio corresponde, na realidade, a uma carga
capacitiva conectada às máquinas).
Este fenômeno, denominado de Efeito Ferranti, se traduz por uma elevação da tensão da
LT na ponta (terminal em vazio), sendo mais significativo quanto maior for a tensão e o
comprimento da LT.
Esta tensão na extremidade da LT em vazio, por razões de segurança dos equipamentos
conectados à LT (e no barramento da SE Terminal, estando os disjuntores fechados),
como TP’s, TC’s, DCP’s, deve ser limitada a no máximo 15% (quinze por cento) da
tensão nominal da LT, podendo ser empregado, para tanto, reatores “shunt” de LT para
controle desta sobretensão.
Quando energizada a LT, as linhas de fluxo elétrico nos condutores são radiais,
conforme mostrado na Figura 3.1. Os itens a seguir apresentam a metodologia de cálculo
do parâmetro capacitância (assim como da reatância capacitiva associada).
29/164
3.2 – Diferença de Pontencial (d.d.p) entre 2 (dois) Pontos Devido a Uma Carga
Seja um condutor cilíndrico longo, com uma carga positiva “q” em Coulomb/m. Os
Pontos P1e P2 estão distantes D1 e D2 do centro do condutor, conforme indicado na
Figura 3.2.
Superfície Equipotencial
30/164
q D q r
Vab a . ln ab b . ln b , em volts ...(5)
2.k . π ra 2.k . π Dab
se D = Dab = Dba
D r
V a . ln b
q
e como: qa = -qb → ab 2. k . π r D
...(6)
a
q D2
V a . ln , em volts ...(7)
ab 2 . k . π ra . rb
sendo a Capacitância de uma LT Monofásica entre os condutores “a” e “b” expressa por (ver
Figura 3.4):
q 2 . k . π , em F/m
Cab a ...(8)
Vab D2
ln
ra . rb
se r r r , então:
a b
k . π , em F/m
C ...(9)
ab D
ln
r
então:
2.k . π
C ,em F/m ...(11)
n D
ln
r
'a' n . 'b'
Can Cbn
Figura 3.4 – Capacitância entre 2 (dois) Condutores de uma LT Monofásica e o Neutro [1].
Observação:
A hipótese de distribuição uniforme de cargas na superfície dos condutores “a” e “b” não é
correta. A presença das cargas nesses condutores que não se acham suficientemente
afastadas altera as linhas equipotenciais, distorcendo-as, como indicado na Figura 3.5. A
não uniformidade da distribuição de cargas pode ser avaliada considerando-se os
condutores como superfícies equipotenciais.
caminho de
integração do
Condutor 'b' condutor "a" para o "b"
→ condutor "a"
Figura 3.5 – Distorção das Linhas Equipotenciais no Condutor “b” causada por um
Condutor “a” carregado (não mostrado) [1].
A expressão (12) foi deduzida para um condutor sólido. Para o caso de um condutor
encordoado (do tipo CAA–condutor de Alumínio-Aço), o cálculo da capacitância utilizando-
se do raio ‘r’ introduz um pequeno erro, devido à diferença de campo elétrico na vizinhança
do condutor e o campo próximo ao condutor sólido para qual a expressão foi deduzida.
32/164
3.4 - Diferença de Potencial Entre 2 (dois) Condutores de Um Grupo de Condutores
Carregados
sendo a diferença de potencial entre o condutor “a” e o condutor “m” é expressa por:
D am D D r
1
Vam . q a . ln q . ln bm q c . ln cm ... q m . ln m ...(15)
2. k . π ra b D D ca Q ma
ba
...(16)
33/164
3.5 – Capacitância de Uma Linha Trifásica Com Espaçamento Equilateral
Dada a simetria existente entre as 3 (três) fases, conforme indicado na Figura 3.7, tem-se
para diferença de potencial entre o condutor “a” e o condutor “b” e o condutor “a” e o
condutor “m”, respectivamente:
...(17)
...(18)
Efetuando-se a soma fasorial dessas d.d.p, tem-se:
...(19)
...(20)
...(21)
, em volts ...(22)
34/164
Expressando em termos matriciais, tem-se:
...(23)
O cálculo da d.d.p. entre as Fases ‘a’ e ‘b’ nos 3 (três) Trechos é dado por:
Fase A Fase C Fase B
Trecho I
em volts ...(24)
em volts ...(25)
em volts ...(26)
- A d.d.p entre quaisquer das Fases (VΦΦ) em qualquer Ponto do Ciclo de Transposição será
a mesma.
Logo, as cargas nos 3 (três) Trechos devem ser diferentes !!!
35/164
Análise das equações (24), (25) e (26):
Na prática:
Adota-se que a carga por unidade de comprimento em um condutor é a mesma em qualquer
Trecho no Ciclo de Transposição. Nesse caso, as tensões entre as fases nesses Trechos são
diferentes, sendo adotado então um valor médio para o valor dessas tensões.
, em volts ...(27)
Então:
, em volts ...(28)
onde:
Deq 3 D12 . D13 . D 23 . ...(29)
, em volts ...(30)
então:
, em volts ...(31)
Como então:
...(32)
Então:
, em Faraday/metro ...(33)
36/164
, em Faraday/m ...(34)
.
3.7 – Efeito da Terra na Capacitância
Linha de Campo
Elétrico
Superfície
Equipotencial
Figura 3.10– Campo Elétrico ao redor de uma LT Monofásica supondo os Condutores distantes
de quaisquer outros Condutores (em especial a superfície da Terra) [2].
37/164
Figura 3.11 – Perturbação do Campo Elétrico devido a presença da Terra em uma LT
Monofásica [2].
Condutor 1 Condutor 2
Para o caso de uma LT Trifásica, a Figura 3.13 apresenta a distorção das linhas
equipotenciais face à presença da Terra e a Figura 3.14 mostra as os campos elétricos no
entorno de condutores múltiplos de uma fase (para 2, 3 4 e 6 subcondutores por fase)
supostos isolados no espaço e admitindo-se que as cargas em cada condutor possam ser
consideradas iguais.
38/164
Figura 3.13 – Campo Elétrico de uma LT Trifásica com a Presença da Terra [2].
Figura 3.14 – Campos Elétricos no entorno de Condutores Múltiplos Isolados no Espaço [2].
Como se pode depreender dessas figuras, a terra afeta a capacitância de uma LT porque sua
presença altera o campo elétrico da LT (a hipótese de uma superfície plana equipotencial é
limitada pelas irregularidades do terreno e pelo tipo de superfície), sendo seu efeito o de
aumentar a capacitância da LT.
Para cálculo dessa capacitância, no caso, de uma LT Trifásica, a d.d.p. entre as Fases “a” e
“b” incluindo o Efeito da Terra é dada por:
, em volts ...(35)
39/164
Calculando-se a d.d.p entre as fases “a” e “c” e usando-se a mesma metodologia utilizada no
item anterior (densidade linear de carga constante no condutor), obtêm-se a seguinte
expressão para cálculo da capacitância para o neutro de uma LT Trifásica com
espaçamento assimétrico com a presença da Terra, com os dados indicados na Figura 3.15:
2. k . π , em Faraday/metro ...(36)
C an
D eq 3 H .H .H
ln ln 12 13 23
r 3 H .H .H
1 2 3
Figura 3.15 – Efeito da Terra na Capacitância – Teoria das Imagens de Maxwell [1].
3.8 – Linhas Trifásicas de Circuitos Duplos (CD) Paralelos na mesma Torre (C1, C2)
40/164
Figura 3.16 - Linhas Trifásicas de Circuitos Duplos (CD) Paralelos na mesma Torre [1].
2.k . π , em μF/km
...(40)
2 . d . g
C
an 3 2/3
ln
r f
Observações:
- na expressão (40) acima não foi considerado o efeito da Terra;
- supôs-se uma distribuição uniforme de carga na superfície do condutor.
- k = (1/36.).10-9 F/m
φA
-1
P = . φB , em Faraday/m ...(41)
φC
41/164
Capítulo 04 – Resistência de um Condutor Aéreo de
uma Linha de Transmissão
42/164
ÍNDICE
Página
43/164
4 - Resistência de um Condutor Aéreo de uma Linha de Transmissão
A resistência elétrica de um condutor depende essencialmente dos seguintes fatores:
R2 T t2
...(2)
R 1 T t1
onde:
T - constante do material, função da natureza e da têmpera do material (em relação a
temperatura do zero absoluto):
= 234,5 - Cobre recozido rígido de condutibilidade 100,0%;
= 241 - Cobre – Têmpera dura de condutibilidade 97,3%;
= 228 - Alumínio - Têmpera dura de condutibilidade 61,0%.
Observação:
A variação de resistência com a temperatura não é usualmente importante visto ser a
temperatura ambiente indefinida e variável ao longo da LT. Quando a temperatura
varia de 0ºC a 40ºC, a resistência do Cobre aumenta 17%.
44/164
Figura 4.1 – Variação da Resistência de Condutor Metálico com a Temperatura.
Este efeito aumenta a resistência efetiva do condutor, sendo conhecido como Efeito de
Proximidade. Em LT’s Trifásicas, mesmo a frequências muito altas, o aumento da
resistência devido a esse efeito é somente de 1%. Isto se deve a uma maior densidade
de corrente nos condutores adjacentes do que nos condutores mais afastados.
ρ . m b er m . r . b ei m . r b ei m . r . b er m . r .
' '
R
. ...(3)
c.a 2 . π . r b ' ei m . r b ' er m . r
2 2
...(5)
b ' ei m . r b ' er m . r
2 2
R 2
c.c
sendo:
1
ω.μ 2
m ...(6)
ρ
1 1
2. π .f .4. π .10- 7. μ 2 f.μ 2
r r
m .r r . 0,0636 . R ...(7)
ρ
0
onde:
μr - permeabilidade relativa do meio;
f - Frequência (em Hz);
Ro - resistência do condutor em c.c. (em ohms/km).
Observação:
d
. Derivada da Função de Bessel – Parte Real: b er
'
m . r . b er m . x ...(8)
d m . x
d
. Derivada da Função de Bessel – Parte Imaginária: b ei' m . x . b ei m . x ...(9)
d m . x
ρ . m b ei m . r . b ei m . r b er m . r ´.b er m . r
' '
L , em Henry/m ..(10)
.
i 2. π . r b ' ei m . r b ' er m . r
2 2
μ
Li , em H/m ...(11)
0 8. π
Relação entre a Indutância Interna de um Condutor Sólido a qualquer
frequência e a frequências suficientemente baixas:
i 4 . b ei m . r . b ei m . r b er m . r . b er m . r
' '
L
...(12)
b 'ei m . r 2 b 'er m . r
2
L m.r
i0
46/164
4.6 Outras Perdas na LT
Perdas nos Isoladores: são as perdas provocadas por falhas do dielétrico que
reveste os materiais dos isoladores bem como devido à contaminação. O cálculo
dessas perdas é feito considerando-as distribuídas (nas torres) e representando-as
por um parâmetro denominado condutância. A Figura 4.4 apresenta a título
orientativo, o circuito equivalente de uma cadeia de isoladores de suspensão. A
Tabela 4.1 [1] apresenta para o condutor do tipo CAA, suas principais
características elétricas e mecânicas.
CE E m . Th ...(15)
onde:
CE – Custo das Perdas Joule anuais, em R$
Th – Tarifa de Energia, em R$/kWh
Quanto ao custo da instalação, este é composto das seguintes parcelas:
- custo do empreendimento, em parcelas anuais;
- encargos financeiros anuais;
- custo anual de manutenção e operação.
Para o caso de LT’s de Extra-Alta Tensão, há que se considerar as Perdas por Corona
que para os níveis de tensão em 500 kV, 765 kV e acima passam a ser dominantes, não
podendo mais ser desprezados, sendo importantes na avaliação econômica para a
escolha da seção do condutor e principalmente, do número de subcondutores por fase
a serem utilizados na LT.
48/164
Figura 4.2 – Relação (Rca/Rcc) de um Condutor Cilíndrico com Campo Magnético
Uniforme [1].
Figura 4.3 – Relação (Li/Lio) Indutância Interna de um Condutor Cilíndrico com Campo
Magnético Uniforme [1].
49/164
Figura 4.4 – Circuito Equivalente de uma Cadeia de Isoladores de Suspensão [1].
C = Capacitância própria do Isolador
C1 = Capacitância própria do Isolador para a terra
C2 = Capacitância do Isolador para o Condutor
R = Resistência de Dispersão
R$ / Ano
50/164
4.9 - Carregamento Máximo Permitido nos Condutores
4.9.1- Introdução
4.9.2- Definições
51/164
4.9.3- Critérios
4.9.3.1 – Em regime de operação normal do sistema, os carregamentos das LT’s não
poderão causar intensidades de corrente superiores à corrente máxima em
regime normal.
4.9.3.2 – Em regime de operação em emergência do sistema, os carregamentos das LT’s
não poderão causar intensidades de corrente superiores a corrente máxima em
regime de emergência determinada para o tempo de duração da emergência.
4.9.3.3 – Os carregamentos deverão ser determinados no vão crítico da LT para as seguintes
condições:
- por trimestre do ano
- com e sem sol.
4.9.3.4 – Para determinação dos carregamentos sem Sol deverão ser usadas a média das
velocidades mínimas dos ventos e a média das temperaturas ambientes máximas,
obtidas a partir de dados estatísticos correspondentes ao período das 18:00 às
21:00 horas, horário previsto para a ponta noturna do sistema para o trimestre do
ano correspondente ao estudo. Estas médias deverão ainda ser obtidas a partir de
dados de estações meteorológicas mais próximas da LT.
4.9.3.5 – Para a determinação dos carregamentos com Sol deverão ser usadas a média das
velocidades mínimas dos ventos e a média das temperaturas ambientes máximas,
obtidas a partir de dados estatísticos correspondentes ao período das 14:00 às
17:00 horas, horário previsto para a ponta diurna do sistema para o trimestre do
ano correspondente ao estudo. Estas médias deverão ser obtidas de dados de
estações meteorológicas mais próximas da LT.
4.9.3.6 – Na hipótese de não se dispor de dados que atendam ao tratamento indicado nos itens
4.9.3.4 e 4.9.3.5, poderão ser utilizadas as temperaturas ambientes médias das
máximas para o horário noturno e as temperaturas ambientes médias para o
horário diurno. Na falta total de dados, deverão ser utilizadas as temperaturas
indicadas na Norma NB 5422. Para ambos os casos citados, recomenda-se utilizar o
valor de velocidade do vento igual a 0,61m/s.
4.9.3.7 – Quando não se dispuser de informações que permitam uma avaliação adequada da
temperatura do condutor no instante anterior à aplicação da sobrecarga, a
temperatura inicial do condutor, para a determinação das intensidades das
correntes em regime de emergência, será considerada igual à temperatura
máxima do projeto para regime normal.
4.9.3.8 – Deverão ser determinadas as correntes máximas em regime de emergência, para
as seguintes durações: 0,5 hora, 1 hora, 2 horas.
4.9.3.9 – Para emergências com durações previstas menores do que os períodos acima
referidos deverão ser utilizados os carregamentos determinados para o período
imediatamente superior.
4.9.3.10 – Para emergências com duração previstas além de 2 horas, deverão ser uti1izados
os carregamentos determinados para o período de 2 horas, visto o condutor já
ter atingido o equilíbrio térmico.
4.9.3.11 – No cálculo do carregamento de condutores formados por feixes de cabos será
desprezado o fato de que os condutores posteriores, relativamente à direção do
vento, atingem temperaturas mais baixas.
4.9.3.12 – Na falta de dados para cálculo da radiação solar deverão ser utilizados os
seguintes valores:
52/164
- Regiões Sul e Sudeste:
1º e 4º trimestre: 1000 W/m2
2º e 3º trimestre: 800 W/m2
- Regiões Norte e Nordeste:
1º ao 4º trimestre: 1060 W/m2
As perdas por Efeito Joule no condutor, sob a forma de energia absorvida, completam o
balanço térmico do condutor:
Pc PR PS PJ ...(16)
sendo:
PC – Perdas por Convecção, em W/m;
PR – Perdas por Radiação, em W/m;
PS –Potência absorvida pelo Sol e atmosfera, em W/m;
PJ –Perdas Joule, em W/m.
PR
PJ
53/164
PC PR PS
I ...(17)
R Tc
sendo:
I - Corrente para temperatura admissível (em A);
R Tc - Resistência c.a. à temperatura de operação (em Ω/m).
a– Viscosidade Absoluta do Ar
onde:
b- Condutividade Térmica do Ar
c- Densidade do Ar
Valor obtido por interpolação linear para a temperatura Tf em estudo e para a altitude da
LT.
libras
f 0,062
pé3
. sen θ
D
Ps a . Qs . ...(22)
12
sendo:
Ps - Ganho por Energia Solar (em W/pé.condutor);
a - Coeficiente de Absorção Solar;
D - Diâmetro do condutor (em polegadas);
Qs - Calor total recebido pelo condutor ao Nível do Mar, normal aos Raios do Sol
(em W/pé²);
- Ângulo efetivo de incidência do Sol (ºC);
D. ρ f . v
0,52
Pc 1,01 0,371 . . K f . Tc Ta ...(24)
μf
D. ρ f .v
Observação: expressão válida para entre 0,1 e 1000
μf
D .ρ f . v
0,60
Pc 0,1695 . . K f . Tc Ta ...(25)
μf
D. ρ f .v
Observação: expressão válida para entre 1000 e 18000
μf
sendo:
Ps - Perda de Calor Dissipada por Convecção Forçada (em W/pé condutor);
D - Diâmetro do Condutor (em pés);
v - Velocidade do vento (em pé/s);
ρf - Densidade do Ar (em libra/pé3);
Kf - conforme definido anteriormente;
μf - conforme definido anteriormente;
D - Diâmetro do Condutor (em polegadas).
55/164
56/164
Capítulo 05 – Modelagem das Linhas de Transmissão
57/164
ÍNDICE
Página
58/164
5 – Modelagem das Linhas de Transmissão
5.1 – Introdução
5.2 – Representação da LT
Entretanto, deve ser assinalado que este critério não deve ser levado à risca, devendo a
escolha do modelo de representação da LT ser ponderada nos seguintes aspectos:
- o nível de tensão da LT;
- a natureza do estudo a ser efetuada: fluxo de potência/curto-circuito/harmônicos/
manobra de banco de capacitores/partida de motores/transitórios/etc;
- tipo de LT: aérea ou subterrânea.
59/164
5.3 – LT de Comprimento Curta
IS = IR ...(1)
VS = VR + IR . Z ...(2)
O conceito de regulação pode ser aqui introduzido, por melhor visualização fasorial das
parcelas envolvidas, sendo expresso por:
Regulação de Tensão:
VNL VFL
η x 100% ...(3)
VFL
onde: VNL- módulo da tensão nos terminais da carga, em vazio;
VFL- módulo da tensão nos terminais da carga, em condição de plena carga.
Efetua-se a seguir uma análise fasorial para diferentes tipos de carga, a saber:
60/164
F.P. de carga: Resistivo
Neste modelo, são consideradas as admitâncias “shunt”, sendo estas representadas por
parâmetros concentrados em iguais proporções em ambos os terminais da LT,
conforme indicado na Figura 5.2.
Y Z.Y
VS VR . I R . Z VR 1 . VR Z . I R ...(4)
2 2
Y Y Z. Y Z. Y
IS VS . VR . IR 1 . Y . VR 1 . IR ...(5)
2 2 4 2
61/164
Z
V x , t
z . I x , t ...(6)
x
I x , t
y . V x , t ...(7)
x
2 V x , t I x , t
z. ...(8)
x 2 x
62/164
2 I x , t V x , t
y. ...(9)
x 2 x
Tendo em vista a natureza dessas funções, as soluções gerais destas são funções do tipo
exponenciais conforme indicado abaixo:
z. y . x z. y . x
V x , t A1 . e A2 . e - solução geral suposta - ...(10)
2 V x , t z . y . x z . y . x
z . y . A1 . e A2. e y . z . V x , t ...(11)
x 2
A expressão da corrente I(x) pode ser obtida da expressão (10) como apresentado a
seguir.
V x , t
z . I x , t I x , t
1 1
. A1 . e z y .x
. A2 .e z y .x
...(12)
x z z
y y
Para o cálculo das soluções particulares das funções apresentadas em (10) e (12), estas
são determinadas efetuando-se o cálculo das constantes A1 e A2:
. A1 - A 2 .
1
I ...(14)
R z
y
z
Fazendo: Z ...(15)
C y
V I .Z
A R R C
...(16)
1 2
V I .Z
A R R C
...(17)
2 2
VR VR
IR IR
Z
I x , t γ. x Zc . e γ . x
c
.e ...(19)
2 2
sendo:
γ jβ ...(21)
onde:
1° Termo:Tensão Incidente
VS V I . Z
R R C
. e α. x . e jβ. x ...(22)
- este termo cresce em módulo e adianta-se em fase com o aumento da distância aos
terminais da carga, ocorrendo o inverso em relação aos terminais do gerador.
2° Termo:Tensão Refletida
VS V I . Z
R R C
. e α. x . e jβ. x ...(23)
- este termo diminui em módulo e atrasa-se em fase a partir dos terminais de carga e
em direção ao gerador.
As expressões (18) e (19) podem ser representadas sob a forma hiperbólica, conforme se
indica em (28) e (29) abaixo:
e θ - e θ θ3 θ5 θ7
senh θ θ ... ...(24)
2 3! 5! 7!
64/164
e θ e θ θ2 θ4 θ6
cos h θ 1 ... ...(25)
2 2! 4! 6!
e α . e j β e α . e j β
senh α jβ ...(26)
2
e α . e j β e α . e j β
cosh α jβ ...(27)
2
V x , t VR . cos h γ.x I R . ZC .sen h γ. x ...(28)
I x , t I R . cos h γ.x
VR
. sen h γ. x ...(29)
ZC
ou
VR VS . cos h γ.L IS .ZC .sen h γ.L ...(32)
VS
IR IS . cos h γ.L . sen h γ.L ...(33)
ZC
Z' . Y '
VS 1 . VR Z' . I R ...(34)
2
65/164
Z' . Y ' ' Z' . Y '
IS 1 . Y . VR 1 . I R ...(35)
4 2
Por comparação com as expressões (4) e (5) obtidas do modelo da LT Média, pode-se
inferir:
sen h γ . L sen h γ . L
Z ' Z C . sen h γ . L . sen h γ . L z . L .
z ...(36)
Z.
y γ. L γ . L
Y ' 1 co s h γ . L 1
. ...(39)
2 Z C se n h γ . L
tan h
γ . L
co s h γ . L 1
- Identidade Trigonomét rica ...(40)
2 se n h γ . L
γ . L
tan h
Y' 1 γ.L Y' Y 2 ...(41)
. tan h .
2 ZC 2 2 2 γ.L
2
As Figuras 5.5 a 5.9 abaixo são relevantes para uma melhor compreensão da Teoria das
Ondas Trafegantes para análise de transitórios no Sistema Elétrico quando aplicáveis
às equações das Linhas Longas.
Figura 5.5 – Modelagem de uma LT em Parâmetros Distribuídos (LT sem Perdas R =0).
66/164
Figura 5.6- Forma da Onda Trafegante a Sucessivos Intervalos de Tempo [3].
67/164
Figura 5.7 – Superposição de 2 (duas) Ondas Trafegantes [3].
68/164
Figura 5.8 – Ondas Trafegantes de Tensão e Corrente em Direções de Propagação Opostas [3].
69/164
Capítulo 06 – Campo Elétrico em LT’s
70/164
ÍNDICE
Página
6.1 Aproximações para Cálculo ........................................................................... 72
6.2 Principais Parâmetros de Controle ............................................................... 72
6.3 Método de Cálculo do Campo Elétrico em LT´s .......................................... 72
6.3.1 Determinação das Cargas .............................................................................. 72
6.3.2 Determinação do Campo Elétrico em um Ponto ‘P’ Genérico .................... 75
6.3.3 Campo Elétrico ao Nível do Solo ................................................................... 78
6.3.4 Valores de Gradientes Máximos Toleráveis ................................................. 78
6.3.4.1 Corrente Mínima de Percepção ..................................................................... 78
6.3.5 Corrente de Descarga ..................................................................................... 80
6.3.6 Ignição de Combustível .................................................................................. 80
6.3.6.1 Energia Eletrostática Armazenada e Capacitância para a Terra ................ 80
6.3.6.2 Critério para Ignição de Combustível ........................................................... 81
71/164
6 – Campo Elétrico em Linhas de Transmissão
As cargas nos condutores das fases ϕa, ϕb e ϕc são determinadas pela Matriz de
Campo Elétrico de Maxwell ou Matriz dos Coeficientes de Potencial (P), baseadas na
aplicação do Método das Imagens.
onde:
~
Va
~
V Vb
~
...(2)
~
Vc
72/164
2.ha D' D'
l n l n ab l n ac
r
a
D
ab
D
ac
2.h D'
ln b l n bc ...(3)
P 1
. r D
2.π. 0 b bc
2.h
l n c
r
c
Q~
a
~
Q Q b
~
...(4)
~
Q c
~
onde: Vi - Tensão do Condutor ‘i’ (Vr +j Vi ), em volts
~
Q i - Carga do Condutor ‘i’(Qr +j Qi ), em Coulomb
hi - Altura do Condutor ‘i’, em metros
ri - Raio do Condutor ‘i’, em metros
D’ij - Distância da Imagem do Condutor ‘i’ ao Condutor ‘j’’, em metros
Dij - Distância entre o Condutor ‘i’ e o Condutor ‘j’, em metros
ri(*) -Raio do Condutor Equivalente ‘i’ (N > 1), em metros
N - número de condutores geminados (“bundle”)
onde:
logo:
Q~i P . V~i
1
...(6)
73/164
onde: 2.ha D' D'
l n l n ab l n ac
r (*) D
ab
D
ac
a
2.h D'
b l n bc ...(7)
ln
P 1 2.π. 0 . r
(*) D
bc
b
2.h
ln c
(*)
r
c
→ para N = 1:
Requiv= rcondutor ...(8)
→ para N = 2:
Requiv=[(r condutor) . DSEP ]½ ...(9)
→ para N = 3:
Requiv=[(r condutor)3 . (DSEP)6]1/9 ...(10)
→ para N = 4:
Requiv=[(r condutor)4 . (DSEP)8 . (21/2. DSEP)4]1/16 ...(11)
→ para N = 6:
Requiv=[(r condutor)6 . (DSEP)12 . (31/2. DSEP)12. (2.DSEP)6]1/36 ...(12)
Seja um Condutor “a” e sua Imagem “a’” como indicado na Figura 6.2. Supondo uma
carga posicionada no Ponto P, o cálculo do Campo Elétrico em um Ponto (P)
genérico é dado por:
~ ~ ~ ~ ~
E E E E . E ...(13)
x x´i xi x x
~ ~ ~ ~
E E ´ yi E E . E ...(14)
y yi y y
1/ 2
~
~ 2 ~ 2
E E E
y
...(15)
x
E tan 1 E y
~ ~ ~
/ Ex
...(16)
in 1 . E xi E xi E x . E x
~ 1 ~´ ~ ~ ~
Ex ...(17)
2. π .ε 0
in 1 . E yi E yi E y . E y
~ 1 ~´ ~ ~ ~
Ey ...(18)
2. π . ε 0
~
E
~ 2 ~ 2
E tan 1 ~
~ ~ y
E E E e ...(19)
x y
E
x
75/164
Figura 6.3 –Campo Elétrico em um Ponto ra ‘n’ Condutores
Figura 6.3 – Campo Elétrico em um Ponto (P) genérico para “n” condutores.
Da Figura 6.2 pode-se obter as expressões dos ângulos para efeito das projeções nos
Eixos X e Y das componentes do Campo Elétrico em relação ao Ponto (P) genérico
conforme indicado na Figura 6.4.
h1 H1 h1 H1
cos θ1 ..(20)
r1
1/2
h H 2
R 12
1 1
H1 R1
sin θ1 ...(21)
r1
1/2
h H 2
R 12
1 1
h H1 h1 H1
cos θ´1 1 ...(22)
r´1
1/2
h H 2 R2
1 1 1
R1 R1
sin θ´1 ...(23)
r´1
1/2
h H 2
R 12
1 1
~
~ Q'1 1 ~ ~ '
E '1 . E '1X E '1 . sen θ1 ...(24)
2. π .ε 0 r'1
~ ~ '
E '1Y E '1 . cos θ1
~
~ Q1 1 ~ ~
E1 . E1X E1 . sen θ1 ...(25)
2 . π . ε 0 r1
~ ~
E1Y E1 . cosθ
1
~ ~ ~
E x E 1 . sin θ´1 E 1 . sin θ1 ...(26)
~ ~ ~
E y E´ 1 . cos θ´1 E 1 . cos θ1 ...(27)
~
~ Q1 h1 H1 h1 H1 ~ ~
Ey Ey . Ey ...(29)
2. π .ε 0
1/2 1/2
h H 2 R2
h1 H1 2 R12
1 1
1
Sendo:
~ 2 ~ 2
E E E ...(30)
x y
~
E
E tan 1 ~
~ y
...(31)
E
x
. E´
~ 1 n ~ ~
Ey . yi E yi ...(33)
2. π .ε 0 i 1
77/164
6.3.4 Valores de Gradientes Máximos Toleráveis [4]
79/164
Figura 6.6 – Circuito Equivalente Thevenin para Cálculo da Corrente de
Toque em Objetos Próximos às LT´s [4].
80/164
ε 2 . E 2 . S2
W 0 ...(36)
C
onde:
81/164
Figura 6.7 – Campo Elétrico de uma LT Trifásica [2].
A Figura 6.9 mostra o perfil típico de campo elétrico de uma LT Trifásica para 2
(duas) classes de tensão: 525 e 1050 kV.
82/164
Figura 6.9– Exemplo de Cálculo de Campo Elétrico de uma LT [4].
84/164
Figura 6.13– Distribuição da Corrente “Let-go” em Corrente Alternada (C.A.)
Dados de Testes em 28 Mulheres e 134 Homens.
85/164
Capítulo 07 – Efeito Corona
86/164
ÍNDICE
Página
7.1 Introdução............................................................................................................ 88
87/164
7 – Efeito Corona
7.1 Introdução
O controle das manifestações do Efeito Corona pode ser o fator dominante para
orientar esta escolha em LT´s em E.A.T. e U.A.T.
Essa tensão disruptiva, em um campo elétrico uniforme entre dois condutores planos
paralelos no ar, é função de diversas condições como a pressão do ar, a presença do
vapor d'água, o tipo de tensão aplicada e a foto-ionização incidente.
Em gases as descargas elétricas são geralmente iniciadas por um campo elétrico que
acelera elétrons livres aí existentes. Esses elétrons adquirem energia suficiente do
campo elétrico, podendo produzir novos elétrons por choque com outros átomos em
um processo denominado de Ionização por Impacto conforme indicado na Figurax7.1.
[4].
Durante a sua aceleração no campo elétrico, cada elétron livre colide com átomos de
oxigênio, nitrogênio e outros gases presentes, perdendo nessa colisão, parte de sua
energia cinética. Ocasionalmente um elétron pode atingir um átomo com força
suficiente, de forma a excitá-lo. Nessas condições, o átomo atingido passa a um estado
de energia mais elevado. O estado orbital de um ou mais elétrons muda e o elétron
que colidiu com o átomo perde parte de sua energia, para criar esse estado.
Na colisão de cada elétron livre com átomos de oxigênio, nitrogênio e outros gases
presentes, durante a sua aceleração no campo elétrico, ocorre a perda de parte de sua
energia cinética. Um elétron pode ainda atingir um átomo com força suficiente, de
forma a excitá-lo, perdendo parte de sua energia, e o átomo atingido passa a um
estado de energia mais elevado, mudando o estado orbital de um ou mais elétrons.
O átomo atingido pode ainda reverter ao seu estado inicial, liberando o excesso de
energia em forma de calor, luz, energia acústica e radiações eletromagnéticas.
88/164
7.3 Principais Consequências do Efeito Corona
Esta perda por corona acha-se relacionada com a geometria dos condutores, as
tensões de operação, os gradientes de potencial nas superfícies dos condutores e
principalmente com as condições meteorológicas locais. Esta perda em LT’s em
E.A.T. podem variar de alguns kW/km até algumas centenas kW/km sob condições
adversas de chuva ou garoa. As perdas corona sob chuva dependem do índice de
precipitações como do número de gotículas d'água que conseguem aderir à
superfície dos condutores, sendo maior nos condutores novos do que nos usados,
visto as gotas d'água aderirem mais facilmente à geratriz inferior dos condutores.
Nas ferragens e isoladores das LT’s também ocorrem Eflúvios de Corona, mas a
intensidade dos ruídos gerados é bem inferior a dos gerados pelos condutores.
89/164
Figura 7.1- Início do Processo da Avalanche em um Condutor [4].
90/164
Tabela 7.1 – Tipos de Corona e suas Características [4]
COROA POSITIVO
91/164
Figura 7.3 - Formas de Descarga de Corona em um Eletrodo (Catodo) [4].
92/164
Figura 7.4 - Formas de Descarga de Corona em um Eletrodo (Anodo) [4].
93/164
A redução de Rádio-Interferência e Ruído Audível vêm sendo pesquisada com a
colocação de espinas ao longo dos condutores ou o seu envolvimento em capas de
neoprene.
Essa distância, que Peek denominou distância de energia, é igual a 0,301/ r , em cm,
sob atmosfera padrão.
0,54187
ECRV 18,1. m . δ . 1 , em kV/cm ...(1)
req . δ
onde:
m = fator de superfície, conforme Tabela 7.2;
= pressão atmosférica relativa, expressa por
94/164
Tabela 7.2 - Fatores de Superfície (m)
Pela Tabela 7.2, o ECRV diminui muito com a presença de água sobre os cabos, cujas
gotas representam pontos de concentração de potencial. Os valores mais baixos de
(m) correspondentes aos cabos novos e secos resultam de 2 (dois) fatos:
- estes apresentam pequenas irregularidades superficiais (arranhões, farpas, etc.)
que a oxidação provocada pelo próprio Corona se encarrega de eliminar com o
tempo;
- possuem óleo ou graxas em sua superfície, a qual aderem mais facilmente
partículas de poeira orgânica e inorgânica, representando fontes de eflúvios
punctiforme.
As gotículas, em geral, são deformadas sob a ação do campo elétrico, formando pontas
nas quais o gradiente se torna suficientemente elevado para produzir eflúvios
punctiformes, causando todos os inconvenientes já mencionados. O gradiente crítico
visual decresce consideravelmente.
Para cálculo dos gradientes de tensão na superfície dos condutores, 2 (dois) métodos
são bastantes empregados: Mangoldt e o E.H.V.
- As cargas nos subcondutores são iguais e a carga total é suposta estar no centro
geométrico do "bundle" para uma altura "h" acima de um solo perfeito.
95/164
A expressão para cálculo é fornecida em (3) sendo as configurações de subcondutores
adotadas indicadas na Figura 7.5.
onde:
G – fator de gradiente de potencial, em kV/cm por tensão para o neutro em kV da LT;
n – nº de subcondutores do "bundle";
– ângulo do ponto de máximo gradiente;
S – distância entre os subcondutores mais próximos, em cm;
r – raio do condutor, em cm;
h – altura acima do solo do condutor, em cm;
s – espaçamento médio geométrico do subcondutor, em cm
1 2 . r / S
G MÁX em kV / cm/(kV/neu tro) | ...(5)
2 . r . log e . 2 . h /D 1
2
2 . h / r . S .
• Fase central:
1 2 . r / S
G MÁX em kV / cm/(kV/neu tro) ...(6)
2 . r . log e . 2 . h /D 1
2
2 . h / r .S .
• Fase externa:
1 3,464 . r / S
G MÁX em kV / cm/(kV/neu tro) ...(7)
3. r . log e . 2 . h /D 1
2 2
2 . h / 3 r .S .
96/164
• Fase central:
1 3,464 . r / S
G MÁX em kV / cm/(kV/neu tro) ...(8)
3 . r . log e .2 . h / 3 r . S2 . 2 . h /D 1
2
• Fase externa:
1 4,242 . r / S
G MÁX em kV / cm (kV / neutro) ...(9)
4 . r . log e . 2 . h / r . 1,12 .S . 2. h /D 1
4 3 2
• Fase central:
1 4,242 . r / S
G MÁX em kV / cm (kV / neutro) ...(10)
4 . r . log e . 2 . h / 4 r . 1,12 .S . 2. h /D 2 1
3
97/164
n 1. r
Eθ 1 . cos θ . E médio
R
fator de distorção
onde:
r= raio do condutor, em cm
• EFase Central = FV. FD. FPS. FH. FGW. EFase Central (Caso Base), em kVpico/cm ...(12)
Neste Método, são analisadas para as classes de tensão listadas na Tabela 7.3 [4],
diversas configurações de LT’s como indicado, cada uma delas representando para a
sua classe de tensão, o Caso Base a ser comparado para efeito de cálculo do gradiente
superficial do condutor nas Fases Central e Externas. A Tabela 7.4 [4] apresenta os
diâmetros do condutor equivalente em função do número de subcondutores adotado
para cada classe de tensão analisada.
2 45,7
3 52,8
4 64,7
6 91,4
8 101,6
12 127,0
16 152,4
99/164
DIÂMETRO DO SUBCONDUTOR - cm
Figura 7.6 - Gradiente Superficial no Condutor Fase - LT Circuito Simples - Classe 550 kV [4].
ESPAÇAMENTO – p.u.
Figura 7.7 - Efeito do Espaçamento entre Fases – Classe de Tensão 550 kV [4].
100/164
ALTURA DO CONDUTOR – p.u.
Figura 7.8 – Efeito da Altura do Condutor Fase - Classe de Tensão 550 kV [4].
Diâmetro Condutor: 3 cm
Espaçamento entre Fases: 9 m
Altura do Condutor - 14,5 m
Da Figura 7.6 para um Condutor com diâmetro de 3 cm e N= 3;
EFase Externa (Caso Base) = 17,90 kV (ef)/cm
EFase Central (Caso Base) = 19,30 kV (ef)/cm
101/164
Tabela 7.6 - Fatores de Gradiente para Ilustrar Caso Exemplo Circuito Simples Classe 550 kV
Fatores
Valores P.U. Símbolo Notas
Externo Central
102/164
Capítulo 08 – Rádio – Interferência (RI)
103/164
ÍNDICE
Página
8.3 Predeterminação dos Níveis de Ruídos Causados por LT´s ....................... 107
104/164
8- Rádio Interferência (RI)
8.1 Introdução
O construtor, ao estender e tensionar os cabos, deverá por outro lado, cuidar de que
suas superfícies não sejam arranhadas para que não se criem pontos que favoreçam as
descargas punctuais.
V1
dB 20 log ... (1)
V2
onde:
Seja um determinado ponto ao longo de uma LT, onde o Sinal medido de uma
Emissora tenha o valor Vs e o Nível de Ruído VR, tem-se:
VS
S (dB) 20 log ...(3)
1
VR
R (dB) 20 log ...(4)
1
a relação Sinal/Ruído:
VS / VR V V
S / R (dB) 20 log 20 log S 20 log R ...(5)
1 1 1
106/164
ou
sendo:
E - Nível de Ruído de RI calculado em dB/1 V/m
K = 3,0 para LT’s da classe de 750 kV;
110/164
Capítulo 09 – Ruídos Audíveis (RA)
111/164
ÍNDICE
Página
9.1 Introdução ........................................................................................ 113
9.2 Fatores de Influência na Geração dos Ruídos Audíveis .............. 114
9.3 Técnicas de Redução do Ruído Audível ........................................ 114
9.4 Metodologia de Cálculo do Ruído Audível ................................... 115
112/164
9 – Ruídos Audíveis (RA)
9.1 Introdução
Face à variação muito ampla, uma escala logarítmica é utilizada para a medida dos
Níveis de Intensidade Sonora:
I
N.I.S. 10 log10 em (dB) ...(1)
I0
onde:
O Ruído Audível nas LT’s ocorre ao longo dos condutores, com componentes em
frequências subharmônicas da frequência da LT, de natureza contínua, sendo
atribuídas a um movimento oscilatório da capa de ar ionizado que envolve os
condutores.
113/164
Há ainda uma componente de natureza aleatória e provocada pelos eflúvios de
Corona nas superfícies dos condutores durante os semi-ciclos positivos da tensão da
LT, com um espectro mais amplo de frequências, contendo sons de frequência
fundamental, subharmônicos e harmônicos de ordem superior. Essas fontes
punctuais devidos aos eflúvios podem ser consideradas uniformemente distribuídas
ao longo da LT, emitindo ondas sonoras esféricas.
As piores condições ocorrem com chuvas fracas, neblinas e água acumulada nos
condutores. Sob neblina, a transmissão do som é facilitada, aumentando o grau
de perturbação. Em tempo bom, o Nível de Ruído pode ser de 5 a 20 dB menor
do que com condutores molhados ou sob neblina, dependendo do gradiente de
potencial e do grau de irregularidades nas superfícies dos cabos.
- instalação do tubo;
O cálculo do Ruído Audível em LT’s é feito utilizando-se dos resultados dos “Casos
Base” elaborados pela Equipe de Projeto E.H.V do EPRI para diferentes classes de
tensões das LT’s.
Figura 9.2- Perfil Lateral Típico da Componente de Ruído Audível de 120 Hz Hum [4].
116/164
Capítulo 10
Interferências entre Linhas de Transmissão e Circuitos de
Comunicação/Polidutos
117/164
ÍNDICE
Página
10.1 Tipos de Acoplamentos ................................................................................. 119
10.1.1 Condução ....................................................................................................... 119
10.1.2 Indução ......................................................................................................... 119
10.2 Indução em Circuitos Paralelos .................................................................. 119
10.2.1 Caso 1– Linha de Transmissão/Circuito Comunicação Não Transpostos 119
10.2.2 Caso 2 – Apenas a Linha de Transmissão Transposta............................... 120
10.2.3 Caso 3 – Transposição somente do Circuito de Comunicação ................. 121
10.2.4 Caso 4 – Ambos os Circuitos Transpostos .................................................. 122
10.3 Indução em Circuitos Paralelos (Linha de Transmissão x Poliduto)........ 122
10.3.1 Metodologia ................................................................................................... 123
10.3.2 Grandezas de Interesse .................................................................................... 128
118/164
10 – Interferências entre Linhas de Transmissão e Circuitos de Comunicação
- Polidutos
10.1 Tipos de Acoplamentos
- acoplamentos condutivos;
- acoplamentos capacitivos;
- acoplamentos indutivos.
10.1.1 Condução
10.1.2 Indução
Cumpre assinalar que o nível de isolamento destes cabos é da ordem de 1,6 kV, sendo
que tensões impressas com valores acima resultam em danos irreversíveis aos
mesmos.
De
Z bx 0,00159. ƒ j 0,00477. ƒ . log 10 , em ohms/mi ...(2)
dbx
De
Z cx 0,00159. ƒ j 0,00477. ƒ . log 10 , em ohms/mi ...(3)
dcx
sendo:
ρ
De 659 . , em metros ...(4)
ƒ
ƒ - frequência em Hz
De
Z a y 0,00159. ƒ j 0,00477. ƒ . log 10 , em ohms/mi ...(5)
day
De
Z by 0,00159. ƒ j 0,00477. ƒ . log 10 , em ohms/mi ...(6)
dby
De
Z cy 0,00159. ƒ j 0,00477. ƒ . log 10 , em ohms/mi ...(7)
dcy
A Tensão Induzida nos Fios Telefônicos para a terra pode ser expressa por:
...(8)
...(9)
...(10)
120/164
...(11)
x.
y.
ɸa Posição 1
ɸb Posição 2
ɸc Posição 3
A B C 0
(ℓ/3) (ℓ/3) (ℓ/3)
ɸa ɸc ɸc ɸb ɸa ɸb ɸc ɸa
x x x
y y y
ɸa ɸb ɸc ɸa ɸb ɸc y
ɸa
x y
y x ɸb
A B C ɸc
Trecho AB Trecho BC
(ℓ/2) (ℓ/2)
...(12)
...(13)
121/164
10.2.4 Caso 4: Ambos os Circuitos Transpostos – Figura 10.3
...(14)
...(15)
122/164
10.3.1 Metodologia
A) Considerações Gerais
Essa diferença de potencial (ou tensão induzida) ocorre basicamente devido aos
acoplamentos indutivo e resistivo entre as 2 (duas) instalações.
123/164
Figura 10.4 – Tensão Impressa no Poliduto [7,8].
124/164
CABOS PÁRA-RAIOS
FALTA
FASE A
CONTRAPESOS
///////
(A0) / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / (B0)
POLIDUTO
LT
T-1 T0 (INT)
T1
(A1) H
N GT
LE
DA X
(A0)
125/164
23 YPOLAV
Y 22 B0
22
Trecho A = 8 Trecho B = 6 Trecho C = 8 21
21
20
20
D Trecho C 19
TO
U19
L ID
18
PO
18
17
17
16
16
15
15
14
B1
14
13
VAO 13
D Trecho A
12
12 DB
VAOL
SE01 SE02
T1
VAOR LINHA DE TRANSMISSÃO
11
XPOLRE
XPOLAV
T0 X
XINT
0 = XPOLMX1
XPOLMX2
11
10
D Trecho B D Trecho C
10
9
9
8 A1
8
XLTA 7 XLTB
7
6
T
6 GH
XLT EN
5
5
XL
4
4
3
3
2
2
1
1
DA
YPOLRE
A0
Legenda:
1 - Nó
1 - Sub-Trecho
- Ponto Médio
- Poliduto
126/164
Contrapesos Radiais: N = 4:
CABOS PÁRA-RAIOS
FALTA
FASE A
CONTRAPESOS
///////
(A0) / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / /POLIDUTO
//////////////////////////////// (B0)
LT
(INT)
T-1 T0 T1
+V1 +V'1
+V''1
(A1)
+V'2
+V''2 +V2 +V'3
+V''3 +V3
+V'4
+V''4
+V4 +V'5
+V'6
+V''5 +V5
+V'7
+V''6 +V6
(A0) +V7 +V'8
+V''7 +V8 +V'9
+V9
+V''8
+V''9
127/164
10.3.2 Grandezas de Interesse
128/164
Capítulo 11- Dimensionamento dos Cabos Pára-Raios de uma LT
129/164
ÍNDICE
Página
130/164
11- Dimensionamento dos Cabos Pára-Raios de uma LT
11.1 Introdução
→ o cálculo de tensões de toque e de passo nas proximidades das Torres das LT's;
a partir das correntes de curto-circuito fase-terra nas SE's interligadas pela LT,
determinam-se as impedâncias equivalentes do sistema nas extremidades desta. Este
cálculo é efetuado de modo simplificado, considerando-se inicialmente a independência
do sistema nas 2 (duas) extremidades (supondo alimentação radial pelos dois extremos),
sendo depois de efetuado um ajuste para obtenção do resultado compatível com os níveis
de curto circuito fornecidos para ambas as SE’s Terminais.
131/164
Figura 11.1 – Cálculo da Corrente de Curto Circuito Monofásico ao Longo de uma LT com Alimentação nas 2 (duas) Extremidades.
132/164
Conhecido o valor da corrente de defeito em qualquer ponto da LT e de suas
contribuições para o local do defeito, o cálculo da distribuição da corrente de curto-
circuito monofásico pelos Cabos Pára-Raios e pelas Torres aterradas é efetuado a
partir da metodologia apresentada em [9].
γ ZG ω . G T ...(4)
As correntes induzidas nos Cabos Pára-Raios “x” e “y” pelas correntes de curto fase-
terra que circulam na fase "a" sob defeito são calculadas através de fatores de
acoplamento expressos abaixo e representados na Figura 11.3:
Z yy . Zax Zxy . Zay
A ...(5)
Zxx . Z yy Zxy . Zxy
133/164
.
→ Impedâncias Próprias:
Z xx - do Cabo Pára-Raios “x”
Z yy - do Cabo Pára-Raios “y”
V(x) V(x+dx)
dx dx dx
GT GT GT GT
Ponto de Falha
134/164
.
onde:
As potências dissipadas por Convecção (PC) e Radiação (PR) e as absorvidas por Efeito
Joule (PJ) e do Sol e da atmosfera (PS) são obtidas conforme modelos apresentados no
Capítulo 4. A capacidade calorífica do Condutor é obtida pelo produto do calor
específico (C em J/m/ºC) pela massa (M em kg/m) por unidade de comprimento.
Nesse caso o balanço térmico pode ser calculado para um intervalo de tempo
suficientemente pequeno em que as potências acima e a resistência do condutor (R)
possam ser consideradas constantes nesse intervalo.
( PJ PS ) ( PC PR )
D . Dt ...(8)
P
1 i D ...(9)
135/164
.
A Figura 11.4 mostra este processo para um condutor submetido a uma sobrecarga.
136/164
.
Estas hipóteses, embora conservativas, são válidas em face dos diminutos tempos de
exposição do Condutor as correntes de curto-circuito.
onde:
C - calor especifico do alumínio, em J/kg/ºC (l cal = 4,185 J)
M - massa, em kg
D - acréscimo da temperatura no tempo Δt, em °C
H = R . I2 . dt (Joule) …(11)
onde:
I - corrente de curto-circuito, em.A
R - resistência do Condutor, em Ω
dt - intervalo de tempo, em s
137/164
.
1
0,004384O C 1 0 228,1O C
138/164
.
ou
´ I 2 . . R0 . t
ln 0 ´ ...(16)
0 s C.M
sendo:
L
R0 . ...(17)
A
onde:
A - Área do Condutor, em mm2
L - comprimento do Condutor, em mm
M L . A . ...(18)
onde:
- Resistividade elétrica do Condutor, em .mm2/mm, à 0ºC
- massa específica do Condutor, em g/mm3
I 2 . . R0 . t
log 0 ´ log 0 s´ 2,3026 . C . M
...(19)
139/164
.
2
I . .t
log 0 ´ log 0 s´ 0,4343. .
A C .
...(20)
1
onde: 0 , em ºC ...(21)
Cabo CAA DOVE (26/7): 282,0 mm2 de Alumínio e 45,9 mm2 de Aço
TABELA 11-1
Temperatura do Condutor (ºC) Função da
Corrente de Curto Circuito e do Tempo de Duração do Defeito
140/164
.
Corrente I
Tempo (s)
141/164
.
A Figura 11.9 apresenta as curvas típicas de anelamento para o Alumínio obtidas das
expressões desenvolvidas neste item, que relacionam as temperaturas do Condutor e
o tempo de exposição a cada temperatura com a perda de resistência mecânica
percentual do Alumínio.
S = A0 + A1.log10 t ...(22)
onde:
S - envelhecimento do Condutor, expresso pela sua resistência mecânica em N/mm2
A0, A1 - parâmetros
t - tempo em horas à temperatura T em ºC.
Para uma translação paralela ao eixo t, temos:
142/164
.
S = A0 + A1.log10 t´ ...(23)
onde:
t'- tempo à temperatura T'.
A relação entre t' e t pode ser definida por n, sendo:
t' = n . t ...(24)
A relação entre t e T pode ser definida, conforme MORGAN [6], por:
t e B1 .T B0 (horas) ...(25)
logo:
t ' e B1 . T B0
'
n B . T B ...(26)
t e 1 0
ou:
n e B1 . T T
'
...(27)
Os valores de A0, A1 e B1, obtidos a partir das referências citadas, são dados a seguir:
A0 = 183,61 N/mm2
A1 = -5,461 N/mm2
B1 = - 0,1422ºC-1
Na Figura 11.9 apresenta-se a perda percentual de resistência mecânica de
Alumínio, em função dos tempos e temperaturas de exposição. Esta perda é obtida
pela relação S0 S / S0 onde S0 é a resistência mecânica inicial do Alumínio
(=.186,9 N/mm2).
x
143/164
.
b
Dt a . e T
...(28)
144/164
.
145/164
.
146/164
.
DADOS:
I1 - CONTRIBUIÇÃO DA SE 1 (A)
I2 - CONTRIBUIÇÃO DA SE 2 (A)
D I I1 I2 IE IV1 IV2
147/164
.
D I I1 I2 IE IV1 IV2
148/164
.
4.63 4700. 4663. 42. 331. 2271. 2115.
-81.2 -81.0 -110.2 -78.7 -76.6 -86.5
D I I1 I2 IE IV1 IV2
149/164
.
150/164
.
151/164
.
ÍNDICE
Página
152/164
.
12.1 Introdução
O Cálculo das Perdas Joule em Cabos Pára-Raios de uma LT são avaliados para as
seguintes condições:
- Cabos Pára-Raios Aterrados (em cada Torre ou nas Torres Terminais) ou Isolados
Para o cálculo das Perdas Joule será utilizada a metodologia da Referência [10].
153/164
.
As Figuras 12.1, 12.2 e 12.3 apresentam, para o caso de Circuitos Simples e Duplos, as
disposições das Fases consideradas para análise no presente estudo, em cada Trecho de
Transposição.
Quanto a Filosofia de Aterramento dos Cabos Pára-Raios, estes podem estar Isolados
ou Aterrados, sendo que para Cabos Pára-Raios Isolados, os mesmos podem ser
Transpostos ou não, medida esta normalmente aconselhada visando minimizar as
perdas resistivas nesses condutores.
154/164
.
12.2.1.3 - TRECHO LT Transposta - Cabos Pára Raios Não Transpostos (continuação) Unidade
IX1 = I . [(Z0α1 -MXY/Z0YY).Z0β1)/Z0ϒ1] A
1
IY1 = I . [(Z0β1 -MXY/Z0XX).Z0α1)/Z0ϴ1] A
IX2 = I . [(Z0α2 -MXY/Z0YY).Z0β2)/Z0ϒ2] A
2
IY2 = I . [(Z0β2 -MXY/Z0XX).Z0α2)/Z0ϴ2] A
IX3 = I . [(Z0α3 -MXY/Z0YY).Z0β3)/Z0ϒ3] A
3
IY3 = I . [(Z0β3 -MXY/Z0XX).Z0α3)/Z0ϴ3] A
12.2.1.4 - TRECHO LT Transposta - Cabos Pára Raios Transpostos Unidade
Z0α1 = (MX-ΦAT1 + MX-ΦAT2) + a2.(MX-ΦBT1 + MX-ΦBT2) + a.(MX-ΦCT1 + MX-ΦCT2) Ω/km
Z0β1 = (MY-ΦAT1 + MY-ΦAT2) + a2.(MY-ΦBT1 + MY-ΦBT2) + a.(MY-ΦCT1 + MY-ΦCT2) Ω/km
1
Z0ϒ1 = (Z0XX - MXY.MYX/Z0YY) Ω/km
Z0ϴ1 = (Z0YY - MXY.MYX/Z0XX) Ω/km
2
Z0α2 = (MX-ΦAT1 + MX-ΦAT2) + a .(MX-ΦBT1 + MX-ΦBT2) + a.(MX-ΦCT1 + MX-ΦCT2) Ω/km
Z0β2 = (MY-ΦAT1 + MY-ΦAT2) + a2.(MY-ΦBT1 + MY-ΦBT2) + a.(MY-ΦCT1 + MY-ΦCT2) Ω/km
2
Z0ϒ2 = (Z0XX - MXY.MYX/Z0YY) Ω/km
Z0ϴ2 = (Z0YY - MXY.MYX/Z0XX) Ω/km
2
Z0α3 = (MX-ΦAT1 + MX-ΦAT2) + a .(MX-ΦBT1 + MX-ΦBT2) + a.(MX-ΦCT1 + MX-ΦCT2) Ω/km
Z0β3 = (MY-ΦAT1 + MY-ΦAT2) + a2.(MY-ΦBT1 + MY-ΦBT2) + a.(MY-ΦCT1 + MY-ΦCT2) Ω/km
3
Z0ϒ3 = (Z0XX - MXY.MYX/Z0YY) Ω/km
Z0ϴ3 = (Z0YY - MXY.MYX/Z0XX) Ω/km
IX1 = I . [(Z0α1 -MXY/Z0YY).Z0β1)/Z0ϒ1] A
1
IY1 = I . [(Z0β1 -MXY/Z0YY).Z0α1)/Z0ϴ1] A
IX2 = I . [(Z0α2 -MXY/Z0YY).Z0β2)/Z0ϒ2] A
2
IY2 = I . [(Z0β2 -MXY/Z0YY).Z0α2)/Z0ϴ2] A
IX3 = I . [(Z0α3 -MXY/Z0YY).Z0β3)/Z0ϒ3] A
3
IY3 = I . [(Z0β3 -MXY/Z0YY).Z0α3)/Z0ϴ3] A
R0 g R0 x R0 y
2
Ix I y
Plosses x . R0 g .
2
2
Ix Iy
Plosses y . R0 g .
2
155/164
Plosses Plosses x Plosses y
.
Plosses x I x 2 . R0 x .
Plosses y I y 2 . R0 y .
Plosses Plosses x Plosses y
CIRCUITO SIMPLES
X Y X Y X Y
A1 B1 C1 C1 A1 B1 B1 C1 A1
1 1
156/164
.
CIRCUITO SIMPLES
X Y X Y X Y
A1 C1 B1
B1 C1 A1 B1 C1 A1
CIRCUITO DUPLO
X Y X Y X Y
A1 C2 B1 A2 C1 B2
B1 B2 C1 C2 A1 A2
C1 A2 A1 B2 B1 C2
157/164
.
Caso Exemplo 1:
Caso Exemplo 2:
LT 765 kV –2 Cabos Pára-Raios de Aço 3/8” Aterrados– LT Transposta
Caso Exemplo 3:
LT 765 kV–2Cabos Pára-Raios de Aço 3/8” Isolados– LT Não Transposta
Caso Exemplo 4:
LT 765 kV–2 Cabos Pára-Raios de Aço 3/8” Isolados– LT Transposta
Caso Exemplo 5:
LT 765 kV–2 Cabos Pára-Raios de Aço3/8”/ OPGW Aterrados– LT Não
Transposta
Caso Exemplo 6:
LT 765 kV–2 Cabos Pára-Raios de Aço3/8”/ OPGW Aterrados– LT Transposta
158/164
.
Caso Exemplo 1:
FREQUÊNCIA = 60.0 Hz
RESISTIVIDADE ELÉTRICA DO SOLO =1000.0 ohms.m
EXTENSÃO DA LT = 1.0 km
NÚMERO DE CABO(S) PÁRA-RAIOS = 2
RESISTÊNCIA DO CABO PÁRA-RAIOS X = 4.2320 ohms/km
RESISTÊNCIA DO CABO PÁRA-RAIOS Y = 4.2320 ohms/km
GMR DO CABO PÁRA-RAIOS X = 0.000302 m
GMR DO CABO PÁRA-RAIOS Y = 0.000302 m
Caso Exemplo 2:
FREQUÊNCIA = 60.0 Hz
RESISTIVIDADE ELÉTRICA DO SOLO =1000.0 ohms.m
EXTENSÃO DA LT = 1.0 km
NÚMERO DE CABO(S) PÁRA-RAIOS = 2
RESISTÊNCIA DO CABO PÁRA-RAIOS X = 4.2320 ohms/km
RESISTÊNCIA DO CABO PÁRA-RAIOS Y = 4.2320 ohms/km
GMR DO CABO PÁRA-RAIOS X = 0.000302 m
GMR DO CABO PÁRA-RAIOS Y = 0.000302 m
LINHA TRANSPOSTA
TRECHO 1:
159/164
.
IMPEDÂNCIA MÚTUA FASE A1-PÁRA-RAIOS Y = 0.0593 +J 0.3349 ohms/km
IMPEDÂNCIA MÚTUA FASE B1-PÁRA-RAIOS Y = 0.0593 +J 0.3813 ohms/km
IMPEDÂNCIA MÚTUA FASE C1-PÁRA-RAIOS Y = 0.0593 +J 0.4222 ohms/km
TRECHO 2:
TRECHO 3:
Caso Exemplo 3:
FREQUÊNCIA = 60.0 Hz
RESISTIVIDADE ELÉTRICA DO SOLO =1000.0 ohms.m
EXTENSÃO DA LT = 1.0 km
NÚMERO DE CABO(S) PÁRA-RAIOS = 2
RESISTÊNCIA DO CABO PÁRA-RAIOS X = 4.2320 ohms/km
RESISTÊNCIA DO CABO PÁRA-RAIOS Y = 4.2320 ohms/km
GMR DO CABO PÁRA-RAIOS X = 0.000302 m
GMR DO CABO PÁRA-RAIOS Y = 0.000302 m
160/164
.
CORRENTE NO CABO PÁRA-RAIOS X = 28.9 A 136.53 Graus
CORRENTE NO CABO PÁRA-RAIOS Y = 29.2 A -39.63 Graus
Caso Exemplo 4:
LT 765 kV - 2 CABOS PR ISOLADOS - ACO 3/8 -LT TRANSPOSTA
FREQUÊNCIA = 60.0 Hz
RESISTIVIDADE ELÉTRICA DO SOLO =1000.0 ohms.m
EXTENSÃO DA LT = 1.0 km
NÚMERO DE CABO(S) PÁRA-RAIOS = 2
RESISTÊNCIA DO CABO PÁRA-RAIOS X = 4.2320 ohms/km
RESISTÊNCIA DO CABO PÁRA-RAIOS Y = 4.2320 ohms/km
GMR DO CABO PÁRA-RAIOS X = 0.000302 m
GMR DO CABO PÁRA-RAIOS Y = 0.000302 m
LINHA TRANSPOSTA
TRECHO 1:
TRECHO 2:
TRECHO 3:
161/164
.
Caso Exemplo 5:
FREQUÊNCIA = 60.0 Hz
RESISTIVIDADE ELÉTRICA DO SOLO =1000.0 ohms.m
EXTENSÃO DA LT = 1.0 km
NÚMERO DE CABO(S) PÁRA-RAIOS = 2
RESISTÊNCIA DO CABO PÁRA-RAIOS X = 4.2320 ohms/km
RESISTÊNCIA DO CABO PÁRA-RAIOS Y = 0.4899 ohms/km
GMR DO CABO PÁRA-RAIOS X = 0.000302 m
GMR DO CABO PÁRA-RAIOS Y = 0.004870 m
LINHA TRANSPOSTA
TRECHO 1:
TRECHO 2:
TRECHO 3:
162/164
.
Caso Exemplo 6:
FREQUÊNCIA = 60.0 Hz
RESISTIVIDADE ELÉTRICA DO SOLO =1000.0 ohms.m
EXTENSÃO DA LT = 1.0 km
NÚMERO DE CABO(S) PÁRA-RAIOS = 2
RESISTÊNCIA DO CABO PÁRA-RAIOS X = 4.2320 ohms/km
RESISTÊNCIA DO CABO PÁRA-RAIOS Y = 0.4899 ohms/km
GMR DO CABO PÁRA-RAIOS X = 0.000302 m
GMR DO CABO PÁRA-RAIOS Y = 0.004870 m
LINHA TRANSPOSTA
TRECHO 1:
TRECHO 2:
TRECHO 3:
163/164
.
Bibliografia:
[1] – Elements of Power System Analysis – William D. Stevenson, Jr. – Second Edition –
McGraw-Hill Book Company, Inc – 1962.
[2] – Transmissão de Energia Elétrica – Linhas Aéreas – Volume 2 – Eng. Rubens Dario
Fuchs – Livros Técnicos e Científicos – Editora Escola Federal de Engenharia de
Itajubá.
[3] – Electrical Transmission and Distribution – Reference Book – Central Station
Engineers Westinghouse Electric Corporation – September/1950.
[4] – Transmission Line Reference Book – 345 kV and Above – EPRI – Electrical Power
Research Institute.
[5] – Computation of Electric Fields Using Ground Grid Performance Equations –IEEE
Transactions on Power Delivery, Vol. PWRD-2, No. 3, July, 1987.
[6] – Capacidade de Transporte e Perda de Resistência Mecânica de Condutores de Linhas
Aéreas de Transmissão – Péricles de Moraes Filho – Tese de Mestrado –
COPPE/UFRJ – Janeiro/1981.
[7] – S.T. Sobral, J.R. Medeiros "Interference Between Overhead Transmission Lines and
Pipelines - A New Approach" CIGRÉ - Paper 36-83 (SC) 09-IWD, Copenhagen,
Setembro 1983.
[8] – S.T. Sobral, D. Mukhedkar "Interferência de Linhas de Transmissão Sobre Oleodutos
ou Gasodutos Pelo Método de Desacoplamento" Curso COBEI - Novembro 1985 -
Goiânia
[9] – General Equations for Fault Currents in Transmission Line Ground Wires - IEEE
Transactions Vol. PAS-89 Nov/Dec 1970, pp. 1891 - 1900.
[10] –345 kV Line 6-Hz Ground Wire Losses - IEEE Transactions Vol. PAS-87 February
1968, pp. 420 - 426.
164/164