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O perigo plástico ronda nosso alimento

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Luiz Jacques 3 de outubro de


2018

O plástico invadiu as residências por sua praticidade, mas não se sabe o que espreita
tanto vindo da resina como dos plastificantes que lixiviam das embalagens para os
alimentos.

https://www.vox.com/science-and-health/2018/9/11/17614540/plastic-food-containers-
contamination-health-risks

Há evidências crescentes de que ele é um perigo para a


saúde.
By Julia Belluz and Radhika Viswanathan
Sep 11, 2018, 7:30am EDT
Muitas pessoas guardam seus alimento e as sobras em vasilhames plásticos e não
sabem o que é isso.Getty Images/EyeEm

Deves considerar o que estás comendo hoje. Talvez tenhas bebido um suco em uma
garrafa plástica e um cafezinho de uma máquina com suas cápsulas plásticas. Para o
desejum, podes ter tido frutas com iogurte. No almoço a salada pode ter sido embalada
em bandeja plástica e coberta com filme plástico, ou até mesmo ter sido guardada em
vasilhames plásticos.

Há uma boa chance de que, grande parte do que ingeriste, tenha sido embalado,
armazenado, aquecido, forrado ou servido em plástico. E, infelizmente, há evidências
científicas crescentes de que estes plásticos estão prejudicando a nossa saúde, desde
tempo em que estivemos no útero de nossa mãe.

A maioria de nossos recipientes para alimentos – de garrafas à lâmina interna das latas
de alumínio, de envoltórios plásticos a caixas para saladas – é feita usando resinas
plásticas como o policarbonatoBisfenol A (BPA) e Ftalatos.

Esses produtos químicos sintetizados artificialmente podem lixiviar dos recipientes ou


embalagens para os alimentos e bebidas que contêm – especialmente quando estão
aquecidos. Uma pesquisa divulgada no início deste ano (earlier this year) descobriu que
mais de 90% da água engarrafada das principais marcas do mundo estava contaminada
com microplásticos, provocando uma revisão da questão dos plásticos na água potável
pela Organização Mundial de Saúde/OMS (review of plastics in drinking water by the
World Health Organization).

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A principal causa de preocupação é que estes produtos químicos podem mexer com
nossos hormônios. Especificamente, eles podem imitar hormônios como o estrogênio,
interferir nas vias hormonais importantes da glândula tireoide e inibir os efeitos da
testosterona.

Os hormônios são essenciais para a capacidade do corpo de se auto-regular; eles


funcionam como pequenos mensageiros, flutuando na corrente sanguínea e acionando
diferentes órgãos e sistemas para trabalharem juntos.

Agora imagina comer algo que tenha uma estrutura semelhante a teus hormônios e
possa agir como tal em teu corpo. Pode interferir no delicado equilíbrio que o corpo
precisa manter. E é isso que pode fazer, quando ingeridos os produtos químicos
presentes no plástico, ao longo dos anos, mesmo em baixas doses.

Mas como estamos expostos a estes produtos químicos, simultaneamente de várias


fontes, é difícil avaliar o impacto deles sobre a saúde. Mesmo assim, há provas
contundentes de que suas capacidades de serem “disruptores endócrinos” com uma
série de efeitos preocupantes à saúde. E vai desde um aumento do risco de obesidade e
diabetes, a problemas como o desenvolvimento do sistema reprodutivo.

“Qualquer órgão ou sistema em desenvolvimento no feto ou na criança, ocorrendo uma


exposição a estes químicos, pode ser alterado, de várias maneiras sutis porém
significativas, mesmo que em baixas doses”, disse à Vox, Tom Neltner, diretor de política
de produtos químicos do Environmental Defense Fund.

É por isso que um grande grupo de pediatras, da Academia Americana de Pediatria


(American Academy of Pediatrics), pediu em julho às famílias que limitassem o uso de
embalagens plásticas de alimentos, e exigiu uma supervisão e reformas “urgentemente
necessárias” pelo modo como estas substâncias estão hoje regulamentadas nos EUA.

Mas neste exato momento, isso não está acontecendo. Então, como os pediatras
sugeriram, nós, pessoalmente, podemos repensar nosso uso dos plásticos nos quais
armazenamos nossos alimentos. Aqui, abaixo, podemos ver o que precisamos saber.

A complicada — e perturbadora — ciência dos plásticos e a saúde


animal
O impacto das substâncias químicas presentes nos produtos plásticos que comumente
usamos para armazenamento de alimentos, foi estudado em animais e humanos. E
dependendo do tipo de polímero plástico (nt.: sempre lembrar que um produto destes é um
polímero – poli=muitos e mero=parte – que só existe porque há a ‘junção’ de milhões de monômeros –
mono=um e mero=parte ), os efeitos sobre a saúde variam de inconclusivos a perturbadores.

Primeiro, vamos percorrer algumas das pesquisas com animais, já que é importante
neste momento. (Pesquisadores que realizam experimentos com animais podem zerar e
quais doses podem causar determinados efeitos à saúde, algo que eles não podem fazer
em pesquisas com humanos – ver-se mais sobre isso depois.) E vamos começar com o
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polímero plástico mais temido: o BPA.

Em animais aquáticos, que são modelos importantes para doenças humanas (important
models for human disease), o Bisfenol A/BPA perturba os hormônios de várias maneiras
(variety of ways): como um mimetizador estrogênico, bloqueia outros hormônios sexuais
e interrompe o sistema hormonal da tireoide. Pesquisadores notaram que o Bisfenol
S/BPS, um composto estruturalmente muito semelhante ao BPA, tem efeitos
semelhantes em animais aquáticos, mas o uso de BPS significa (nt.: observar o cinismo dos
fabricantes ao ignorarem os efeitos nefastos de toda a família destas moléculas, principalmente para fetos e
crianças pequenas, criando esta desinformação de que os produtos agora são inócuos por serem BPA-free!!)
que os fabricantes podem alegar que seus produtos são livres de BPA.

Getty Images/Cultura RF

Em 2012, pesquisadores de Harvard publicaram um estudo mostrando o efeito do BPA


no desenvolvimento de oócitos (oócitos são os precursores de óvulos femininos)(BPA on
oocyte development) em macacos rhesus. Tanto alimentando diretamente os macacos
com BPA como dando-lhes um implante que liberaria quantidades específicas desta
substância, os cientistas asseguraram que as exposições nos macacos à ela, seriam
comparáveis às exposições em humanos. Eles encontraram perturbações em dois
estágios críticos do desenvolvimento dos óvulos, o que poderia levar a uma menor
qualidade deles e menor fertilidade.

.Uma meta-análise de 2008 (2008 meta-analysis), da literatura então disponível, avaliou


especificamente o efeito dos ftalatos e de polivinil cloreto (ou PVC) na asma e nas
alergias. Eles reuniram estudos com camundongos, estudos de caso e dados
epidemiológicos. Embora os dados humanos tenham sido inconclusivos, a revisão
constituiu que certos ftalatos podem causar uma resposta inflamatória em
camundongos.

Uma revisão publicada em 2009 (a review published in 2009) analisou a literatura


existente sobre como ingerir fragmentos plásticos afetam pessoas e animais. Relatou
uma ampla gama de efeitos que foram observados ao longo dos anos: por exemplo,
ratos machos adultos alimentados oralmente com ftalatos em óleo tiveram
desenvolvimento disfuncional de espermatozoides. Camundongos e cobaias
alimentados com ftalatos também tiveram danos testiculares.

Um dos maiores problemas em tirar conclusões de estudos com animais é que muitos
deles envolvem doses muito altas – várias ordens de grandeza maior do que qualquer
coisa a que os humanos são expostos, explicou o dr. Frederick Vom Saal (Dr. Frederick
Vom Saal), endocrinologista e professor emérito da Universidade de Missouri e um dos
autores da revisão de 2009. E isso porque muitas das pesquisas iniciais sobre consumo
de fragmentos plásticos foram conduzidas por toxicologistas, em vez de
endocrinologistas.

“Para as toxinas, quanto mais se está exposto, maior o efeito. [Mas] isso não é verdade
para os hormônios”, disse ele. “Hormônios não são toxinas; são moléculas reguladoras
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que operam em um trilionésimo de um nível de uma grama.”

De fato, hormônios – e plásticos que mimetizam hormônios – fazem parte de complexos


sistemas de feedback em nossos corpos e não têm um efeito linear diretamente
relacionado à dose. Vom Saal e seus colegas publicaram um estudo em 2012 (study in
2012) que descobriu que o DEHP, um ftalato encontrado em embalagens de alimentos,
teve efeitos reprodutivos adversos em doses até 25.000 vezes mais baixas do que se
imaginava anteriormente. Eles também notaram malformações do trato reprodutivo nos
filhotes machos de camundongos alimentados com DEHP em óleo.

Ao todo, a pesquisa com animais sugere que os plásticos podem ser prejudiciais,
especialmente aos sistemas reprodutivos dos animais, podendo causar desenvolvimento
anormal de espermatozoides, óvulos e dos fetos.

Os dados humanos não são muito tranquilizadores


Mas, novamente, nem todos os problemas de saúde que surgem nos animais
aparecerão nos seres humanos – já que humanos e animais são diferentes. E estudos
humanos definitivos sobre os efeitos na saúde resultantes da exposição ao plástico são
difíceis de obter. Isso porque os estudos são em grande parte epidemiológicos – com
estudos epidemiológicos, os pesquisadores só podem falar sobre associações entre
exposições e certos resultados sobre a saúde. Em outras palavras, eles não podem
encontrar relações objetivas de causa e efeito.

Outra questão (another issue): nem sempre é claro que compostos fazem parte no
produto final de consumo de uma embalagem ou de um vasilhame, pois na fabricação
dos polímeros plásticos também são gerados muitos subprodutos que não são
especificamente avaliados quanto à sua segurança. O que significa que é difícil projetar
pesquisas para que se possa compreender os efeitos de um único produto químico.

Mesmo assim, Carl-Gustaf Bornehag, pesquisador e professor da Escola de Medicina


Icahn, em Mount Sinai, resumiu: “Produtos químicos relacionados a plásticos – BPA em
policarbonatos e ftalatos em filme de PVC/polivinil cloreto – têm mostrado efeitos
associados à saúde humana em numerosos estudos e demonstrados em estudos
experimentais em células e animais, apoiando a descoberta em humanos.”

Revisões da literatura (reviews of the literature) sobre os efeitos de produtos químicos


em plásticos (health effects of chemicals in plastics) na saúde humana demonstraram
ligações entre exposições ao BPA, ftalatos e outros aditivos plásticos com a redução da
fertilidade, redução da função sexual masculina e qualidade dos espermatozoides, a
função imunológica diminuída, diabetes tipo 2, doença cardiovascular e obesidade. Nos
fetos, a exposição ao BPA foi correlacionada com um risco aumentado de aborto
espontâneo, baixo peso ao nascer e obesidade infantil.

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Existem também efeitos cognitivos potenciais. “Particularmente fortes são as
associações entre a exposição precoce ao BPA e comportamento alterado e
neurodesenvolvimento interrompido em crianças, bem como o aumento da
probabilidade de chiado na infância e asma”, escreveu o autor de uma das resenhas
(author of one of the reviews wrote). De fato, as crianças correm um risco particular
sobre efeitos para sua saúde por estas substâncias químicas, disse à AAP/American
Academy of Pediatrics (AAP said): “Os hormônios agem em todas as partes do corpo e até
mesmo pequenas perturbações nos momentos-chave do desenvolvimento podem ter
consequências permanentes e duradouras”.

Uma revisão sistemática de 2015 (2015 systematic review) sobre o


neurodesenvolvimento infantil e a exposição ao ftalato, concluiu que a exposição pré-
natal a estes plastificantes estava associada a “resultados cognitivos e comportamentais
em crianças, incluindo menor QI e problemas de atenção, hiperatividade e comunicação
social mais pobre”.

Embora seja verdade que muitas empresas estão agora fabricando produtos livres de
ftalatos ou de BPA, os cientistas também estão preocupados com as substâncias
químicas substitutas. Mais uma vez, muitos deles são funcionalmente semelhantes aos
químicos anteriores, como o caso do BPA substituído pelo BPS (are functionally similar to
the chemicals of concern, like BPA and BPS).

“O peso das evidências sobre o ser humano [com o BPA] continua aumentando,”
resumiu Sheela Sathyanarayana, professora associada de pediatria no departamento de
saúde ambiental e ocupacional da Universidade de Washington e do Seattle Children’s
Research Institute. “Para os ftalatos, não vejo nenhuma controvérsia relacionada à
toxicidade reprodutiva masculina e o peso das evidências é extremamente forte. Eu
agora digo consistentemente que os ftalatos ‘causam’ anormalidades reprodutivas
masculinas porque as evidências sustentam isso ai.”

A regulamentação destes químicos em embalagens/vasilhames


para alimentos é fraca
Exatamente agora, cabe aos consumidores gerenciar suas contaminações aos produtos
químicos que fazem parte dos plásticos por causa de uma falta surpreendente de
supervisão regulatória sobre a indústria de embalagens plásticas.

Em 1997, a FDA/Food and Drugs Administration estabeleceu o programa ‘Embalagens e


Substâncias de Contato com Alimentos‘ – um sistema regulatório para determinar quais
produtos de embalagem seriam seguros. Portanto, qualquer pessoa que fabrica uma
“substância de contato com alimentos”, que inclui aditivos químicos, revestimentos,
papel ou polímeros, deve primeiro ter seu produto aprovado pela FDA antes de colocá-lo
no mercado.

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A exceção a essa regra são substâncias consideradas “Geralmente reconhecidas como
seguras (GRAS)” (Generally Recognized as Safe (GRAS) — uma categoria que foi criada
para itens alimentares com uma longa história de uso, como cafeína ou açúcar, e
nenhuma evidência de efeitos colaterais prejudiciais.

Mas a lista de polímeros aceitos pela GRAS (list of GRAS-accepted polymers) em


embalagens é longa – alguns dizem que é muito longa. E tem sido criticada, mais
recentemente pela American Academy of Pediatrics/AAP (AAP). Em agosto, os membros do
Conselho de Saúde Ambiental da AAP observaram como é fácil entrar na categoria GRAS
devido a uma supervisão muito precária e a um conflito de interesses significativo. É um
dos “problemas críticos dentro do sistema de regulamentação dos alimentos,” disseram
eles. E isso significa que esses produtos químicos, potencialmente prejudiciais, podem
ser usados em embalagens de alimentos.

Isso é porque o FDA não testa as coisas que são colocadas nessa lista. Deixa a decisão até
para as próprias fabricantes. A Consumer Reports (Consumer Reports) observou que
essas empresas não precisam mostrar nenhuma evidência revisada por pares antes de
colocar seus produtos na lista GRAS.

O Escritório de Responsabilidade do Governo dos EUA (US Government Accountability


Office) informou que os regulamentos para produtos GRAS precisam ser mais rigorosos.
Um artigo publicado no PLOS Biology (article published in PLOS Biology) no ano passado
também criticou o GRAS como parte da maior questão da política regulatória federal
“lenta” e que falhou quando “avaliou o que se conhecia cientificamente sobre o impacto
das exposições – particularmente em baixos níveis e durante estágios de
desenvolvimento suscetíveis”.

Getty Images/EyeEm

E no ano passado, um grupo formado pelo ‘Center for Food Safety’ (nt.: Centro de Segurança
Alimentar), pelo ‘Breast Cancer Prevention Partners‘ (nt.: Parceiros de Prevenção ao Câncer de Mama),
pelo ‘Center for Science in the Public Interest‘ (nt.: Centro de Ciência no Interesse Público), pelo
‘Environmental Defense Fund‘ (nt.: Fundo de Defesa Ambiental) e pelo ‘Environmental Working
Group/EWG‘ (nt.: Grupo de Trabalho Ambiental), processou a FDA (sued the FDA) por causa do
“sistema secreto GRAS”, chamando-o de “um esquema regulador no qual substâncias
químicas potencialmente inseguras podem ser adicionadas a alimentos com base em
conclusões dos fabricantes de produtos alimentícios e dos produtos químicos com óbvio
interesse próprio”.

Além da lista GRAS, a AAP alertou para a falta de avaliação adequada dos controvertidos
produtos ( nt.: são conhecidos como plastificantes e que dão certos atributos de interesse de mercado, às
resinas plásticas) agregados às embalagens plásticas como o BPA e os ftalatos. “Dos cerca
de 4.000 aditivos alimentares listados no website Substances Added to Food (nt.: substâncias
adicionadas aos alimentos) da FDA, os dados sobre os efeitos nos órgãos reprodutivos estão
disponíveis para menos de 300 e apenas dois têm informações sobre os efeitos no
desenvolvimento,” disse o grupo em um comunicado.
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Uma razão para essa incerteza é que nossas habilidades de fabricação passaram
zunindo por cima da lenta natureza da pesquisa baseada em evidências. De novo, é
extremamente difícil, se não impossível, obter o tipo de evidência que garantiria a
segurança completa destas substâncias, de modo que o ônus da prova recai sobre os
reguladores (burden of proof is on regulators) em vez de ser dos fabricantes.

Outra razão mais insidiosa de que os reguladores poderiam estar desdenhado as


preocupações dos cientistas, pode ser originária do lobbying praticado pela indústria
química. De acordo com o Center for Responsive Politics, uma organização sem fins
lucrativos que monitora os esforços do lobbying, a Dow Chemical (Dow Chemical), uma
fabricante de plásticos, despendeu quase US $ 14 milhões em 2016 em lobbying no
Congresso e em agências reguladoras federais. E o American Chemistry Council (American
Chemistry Council) — uma grande organização guarda-chuva que faz lobbying em nome
das fabricantes de plásticos, entre outros grupos – também despende entre US $ 5
milhões e US $ 13 milhões, anualmente, em lobbying, desde 2009.

Os reguladores também foram criticados por suas pesquisas sobre os riscos à saúde
provocados pelo BPA. O estudo CLARITY-BPA (CLARITY-BPA) liderado pela FDA, que
começou em 2012 e lançado na forma de um relatório preliminar (draft report) em
fevereiro deste ano de 2018, deu ao BPA luz verde, com um comunicado (press
announcement) dizendo que “é seguro para os usos atualmente autorizados em
embalagens e vasilhames de alimentos.”

O estudo final está programado para sair neste mês de setembro e será considerado
com resultados de outros estudos de BPA patrocinados pelo governo nas universidades.
As primeiras conclusões positivas do relatório inicial foram alarmantes para os cientistas
que vêm estudando este produto químico, há anos. Em abril passado, a Endocrine Society
divulgou uma declaração (released a statement) dizendo que tinha “preocupações
significativas com as conclusões do [relatório]” e criticou os métodos e o design do
estudo CLARITY.

O que se pode fazer para limitar a exposição a estes produtos


Na ausência de regulamentações potentes, têm ações que se pode tomar para limitar a
contaminação por estas substâncias nos alimentos (limit your exposure to chemicals in
food):

Comer frutas e vegetais frescos quando possível, assim se evita vasilhames


plásticos com estes químicos que podem lixiviar para os alimentos.
Não utilizar microondas tanto com alimentos como bebidas (incluindo alimentos
infantis e leite humano estocado) em vasilhames plásticos já que aquecendo
aumenta a liberação destes químicos para os alimentos. Em vez disso, usar
vasilhames de vidro.
Optar por vasilhames de vidro ou de aço inox para estocar alimentos.
Evitar plásticos com o código de reciclagem números 3 (filme de PVC , significando
que tem ftalatos), 6 (PS/estireno ou EPS) e 7 (PC/policarbonato – porque tem
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bisfenol).

Mas mesmo que se tenha feito todas estas coisas, é impossível evitar completamente
estes químicos comuns. O BPA pode ser encontrado em recibos de cartões de crédito
(sales receipts) e em utensílios plásticos (plastic utensils). Como uma recente reportagem
da publicação GQ (recent story in GQ), sobre o declínio da contagem de espermatozoides
em homens, apontando que os ftalatos são ainda mais ubíquos:

Eles estão nos revestimentos dos comprimidos dos medicamentos e suplementos


nutricionais; são usados em agentes gelificantes, lubrificantes, aglutinantes, agentes
emulsificantes e agentes de suspensão. Para não mencionar os utensílios médicos,
detergentes e embalagens, tintas e modelagem de argila, produtos farmacêuticos e têxteis
além de utensílios eróticos, esmalte de unhas, sabão líquido e spray para o cabelo.

E os plásticos que podemos não estar consumindo diretamente acabam em aterros


sanitários, onde se fragmentam até se tornarem microplásticos. Eles têm a habilidade de
adsorver poluentes nocivos – e todos podem entrar nos oceanos, na água potável e nos
alimentos. Portanto, não é nenhuma surpresa que praticamente todos os norte
americanos tenham quantidades mensuráveis de ftalatos e BPA (BPA in their bodies) em
seus corpos. Ainda assim, qualquer esforço para reduzir esta contaminação sempre vale
a pena.

Tradução livre de Luiz Jacques Saldanha, setembro de 2018.

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