Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
TERAPÊUTICO
Renato Camargos Couto
Tânia Moreira Grillo Pedrosa
Silvio Augusto Corsini Menicucci
Valéria Pinto Fonseca
Fernando Biscione
I – Introdução
II – Farmacologia
Introdução
Os hospitais agregam pacientes gravemente enfermos, amplamente invadidos com
o aparato de suporte vital, tornando esta população altamente susceptível às infecções
hospitalares (IH). Neste ambiente, o uso racional de antimicrobianos torna-se arma
essencial do sistema de prevenção das infecções nosocomiais. A literatura tem mostrado
que um sistema de auditoria dos antibióticos prescritos por um médico dedicado a esta
função é a forma mais eficaz de racionalizar este uso, e passa a ser ferramenta fundamental
do sistema preventivo.
Os antibióticos contribuem de 3 maneiras para agravar o problema das IH:
- Eliminam as bactérias sensíveis a ele, permitindo o aumento da população de
bactérias resistentes.
Farmacologia
BETALACTÂMICOS
PENICILINAS
Penicilina G
Apresentações:
- Aquosa com 1,7mEq de K+ por milhão de unidades para uso EV e IM.
- Associada à procaína com nível sustentado de 12 horas para uso IM.
- Associada à benzatina com níveis baixos sustentados por 2 a 3 semanas; usada IM
para a profilaxia da febre reumática e tratamento da sífilis.
São menos ativas que a penicilina cristalina para o estreptococo. Têm atividade
contra o H.influenzae, Neisseria sp., Enterobacteriaceae. Não cobrem S.aureus e nos EUA
20 a 30% dos H.influenzae são produtores de betalactamases capaz de inativá-las. São
inativas para Enterobacter sp., Pseudomonas sp. e Klebsiella sp. As 2 apresentações
disponíveis no nosso meio são a ampicilina e amoxacilina. Têm o mesmo espectro, e a
ampicilina deve ser usada preferencialmente por via venosa, pois tem absorção oral
errática.
Elas podem ser associadas a inbidores de betalactamases - o ácido clavulânico à
amoxacilina, o sulbactam à amoxacilina e o sulbactam à ampicilina - o que as torna ativas
contra os S.aureus, cujo mecanismo de resistência é a produção de betalactamase e não
mudança da proteína ligadora de betalactâmicos (MRSA). Estas associações são também
ativas contra H.influenzae, N.gonorrhoeae, todos os anaeróbios incluindo B.fragilis e
enterobacteriáceas produtoras de betalactamase de origem plasmidial. Esta associação não
acrescenta em nada quando se trata de Pseudomonas sp., Enterobacter sp., Serratia sp.,
cuja resistência se dá também por betalactamases de origem cromossômica não inibidas
pelo ácido clavulânico ou sulbactam. Esta associação é uma ótima opção às cefalosporinas
de terceira geração para a terapêutica empírica dos diversos quadros infecciosos graves que
ocorrem nas crianças de 2 meses a 5 anos de idade, cujos agentes de maior prevalência são
o S.aureus, H.influenzae e pneumococo, assim como as peritonites secundárias às
catástrofes abdominais, afecções ginecológicas e as pneumonias comunitárias do adulto
quando se apresentam com grande gravidade, em especial os quadros que exigem
hospitalização. O seu uso nestas situações preserva as cefalosporinas de terceira geração e
é mais uma razão para se evitar sua aplicação em afecções banais comunitárias em que o
valor de qualquer droga é de alcance limitado, como as sinusites e as otites médias.
A via oral da amoxacilina/clavulanato pode apresentar efeitos colaterais
relacionados ao trato gastrointestinal, caracterizados por náuseas e vômitos.
Carboxi e Ureidopenicilinas
CEFALOSPORINAS E CEFAMICINAS
Mesmo espectro das de primeira geração com melhor cobertura para os bastonetes
gram-negativos aeróbios e anaeróbios. Passam a ser incluídos na cobertura Proteus
vulgaris, Providencia sp., Morganella sp., Aeromonas sp.. Os anaeróbios são bem
cobertos, mas, das drogas disponíveis em nosso meio, somente a cefoxitina cobre
B.fragilis. Deve-se considerar a existência de cepas de anaeróbios resistentes, sendo
preferível o uso de drogas mais ativas como o cloranfenicol, metronidazol ou clindamicina
nas infecções de maior gravidade.
Temos disponíveis a cefuroxima (EV, IM) e a cefuroxima axetil (VO). A cefoxitina
(EV) deve ser lembrada pela elevada capacidade de induzir betalactamase. Este grupo é
mais estável frente às betalactamases de H.influenzae que as de primeira geração e tem
algum papel na terapêutica das otites que não respondem às drogas de primeira linha
(sulfa, amoxacilina).
Este grupo de drogas é de uso limitado quando se leva em consideração o custo-
benefício. Há um sem-número de drogas que, isoladas ou associadas, têm o mesmo
espectro, com custo e risco (indução de beta lactamases) menores para o paciente.
Raramente se encontrará uma razão que justifique seu uso.
AZTREONAM
TIENAMICINAS
O imipenem vem com uma associação fixa com cilastatina que diminui sua
excreção renal. Possui um espectro de ação amplo, com grande potência, que inclui todos
os cocos gram-positivos exceto o S.aureus meticilino-resistente e o Enterococcus faecium;
todos os bastonetes gram-negativos, com exceção da Legionella sp. e X.maltophilia; e
todos os anaeróbios. Possui elevada resistência às betalactamases tanto de origem
cromossômica quanto plasmidial, mas é um potente indutor de betalactamases.
O meropenem apresenta o mesmo espectro do imipenem e tem como vantagens
uma menor ocorrência de convulsões, melhor penetração no sistema nervoso central e
menor capacidade de induzir betalactamases. Tem como efeitos colaterais as reações
alérgicas, neutropenia, trombocitopenia, parestesia, aumento de transaminases, fosfatase
alcalina e LDH. A apresentação IM não pode ser usada na faixa pediátrica, como também
na insuficiência renal com clearence < 50ml/min.
O ertapenem sódico é o novo componente da classe dos carbapenêmicos, que
apresenta o mesmo espectro de ação (e de indicação terapêutica) dos demais agentes desta
classe. Há maior comodidade terapêutica devido à sua maior meia-vida, que permite
posologia de dose única diária.
O seu uso se restringe a pacientes com bactérias cujo único antimicrobiano eficaz
seja uma tienamicina e na terapêutica empírica de pacientes já submetidos a inúmeros
cursos de antimicrobianos, portanto sujeitos a infecções por germes com múltipla
resistência. Um erro relativamente comum é usar antibióticos de última geração naqueles
pacientes em gravidade extrema. É bom lembrar que não há relação entre gravidade do
quadro infeccioso e a resistência bacteriana aos antibióticos, ou seja, um pneumococo
multisensível determinará quadros tão graves quanto uma Pseudomonas multirresistente,
na dependência de outros fatores como: mecanismo de defesa do hospedeiro, retardo na
intervenção terapêutica, suporte hemodinâmico inadequado e intensidade e qualidade da
reação orgânica ao agente agressor (caráter individual).
MACROLÍDEOS
GLICOPEPTÍDEOS
Vancomicina
Este antigo antimicrobiano que age na síntese da parede celular mostra-se útil no
tratamento de infecções por estreptococos, S.epidermidis e S.aureus meticilino-sensível e
resistente. É a droga de escolha quando se trata de S.aureus meticilino-resistente,
Enterococcus faecium, E.faecalis quando resistentes à penicilina e Clostridium difficile.
Os enterococos penicilina e vancomicina-resistentes vêm se tornando um grave
problema nos Estados Unidos. A resistência é mediada por plasmídeos. Nas infecções por
enterococos a associação com gentamicina é sinérgica e sabidamente benéfica.
Nas infecções por S.aureus de resposta terapêutica lenta a associação de
gentamicina mostra-se de valor.
Nas infecções por Clostridium difficille deve ser usada por via oral e é droga de
segunda escolha para evitar a emergência de Enterococcus vancomicina-resistente. A
droga de primeira escolha é o metronidazol. A restrição de seu uso é essencial para evitar a
emergência de resistência. A grande arma é o controle da ocorrência de S.aureus
meticilino-resistente, que se constitui na principal indicação da droga.
É de eliminação renal, o que a torna economicamente interessante na insuficiência
renal. Pode ocorrer a síndrome do homem vermelho (hiperemia, calor difuso) e até mesmo
choque por liberação de histamina com a infusão venosa rápida (a infusão deve ser em 45
minutos a 1 hora). A neurotoxicidade, especialmente auditiva dose-dependente, muitas
vezes irreversível, pode ocorrer. A insuficiência renal é transitória e incomum hoje, com
preparações mais puras. Raramente se vêem leucopenia, trombocitopenia e eosinofilia.
Teicoplanina
CLORANFENICOL
CLINDAMICINA
METRONIDAZOL
QUINOLONAS
SULFAMETOXAZOL-TRIMETOPRIM
ESTREPTOGRAMINAS
OXAZOLIDINONAS
GLICILCICLINAS
POLIMIXINAS
As polimixinas são antimicrobianos polipeptídeos com mecanismo de ação distinto
dos demais antimicrobianos utilizados atualmente. Dessa forma, a possibilidade de
resistência cruzada com outros antimicrobianos é muito remota, permitindo que as
polimixinas sejam ativas contra muitas espécies de bactérias multirresistentes. Há duas
polimixinas disponíveis comercialmente: a polimixina B e a polimixina E ou colistina.
As polimixinas interagem com a molécula de polissacarídeo da membrana externa
das bactérias gram-negativas, retirando cálcio e magnésio, necessários para a estabilidade
desta molécula. Esse processo é independente da entrada do antimicrobiano na célula
bacteriana e resulta em aumento de permeabilidade da membrana com rápida perda de
conteúdo celular e morte da bactéria. Além de potente atividade bactericida, as polimixinas
também apresentam atividade antiendotoxina. O lipídeo A da molécula de lipossacarídeo,
que representa a endotoxina da bactéria gram-negativa, é neutralizado pelas polimixinas.
Além dos cocos gram-positivos, algumas espécies de bacilos gram-negativos
também apresentam resistência intrínseca às polimixinas (algumas espécies de
Burkholderia cepacia, Proteus spp., Serratia spp., Stenotrophomonas maltophilia e
Enterobacter sp.). A resistência natural de bactérias gram-positivas está relacionada à
incapacidade da droga de penetrar na parede celular. Entre os gram-negativos a resistência
pode ocorrer por mecanismo semelhante, ou por diminuição na ligação à membrana
celular.
Estas drogas concentram-se no fígado e rins, tendo pequena passagem através da
barreira liquórica, mesmo na presença de inflamação. São excretadas lentamente por
filtração glomerular, devendo ter sua dose corrigida em insuficiência renal. A meia-vida da
polimixina B é de 6 a 7 horas e da colistina de 2 a 4,5 horas, mas em pacientes anúricos
estes antimicrobianos apresentam uma meia-vida de até 72 horas.
As polimixinas são ativas contra uma grande variedade de bacilos gram-negativos
(incluindo Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter sp.) incluindo muitas espécies de
enterobactérias (como Escherichia coli e Klebsiella sp.) e bacilos não-fermentadores.
Desta forma, as polimixinas têm sido utilizadas na prática clínica no tratamento de
infecções graves por bacilos gram-negativos multirressitentes como Pseudomonas
aeruginosa e Acinetobacter baumannii, principalmente, no tratamento de pneumonias
associadas à assistência à saúde, infecções da corrente sanguínea relacionadas a cateteres,
nas infecções do sítio cirúgico e nas infecções do trato urinário. Entretanto, o pouco
conhecimento sobre suas propriedades farmacológicas e eficácia clínica limitam sua
utilização.
Os microrganismos gram-positivos, os fungos, os anaeróbios, Proteus sp., Neisseria
sp., Serratia sp. e Providencia sp. são resistentes às polimixinas.
A toxicidade limita a ampla utilização dessa classe de antimicrobianos. O efeito
tóxico mais freqüente é a lesão renal, que se caracteriza por necrose tubular aguda,
diretamente relacionado ao mecanismo de ação desses antimicrobianos. Outro efeito tóxico
é o bloqueio neuromuscular, semelhante ao dos aminoglicosídeos, que ocorre com a
infusão rápida da droga. Pode ocorrer parada respiratória. Os efeitos neuromusculares
descritos são a parestesia perioral, neuropatia periférica, ataxia, instabilidade vasomotora e
confusão. Estes efeitos tóxicos são dose-dependente.
ANFOTERICINA B
FLUCONAZOL
Este antifúngico tem ótima absorção oral, atingindo bom nível em todos os tecidos
incluindo o SNC. Tem excreção renal, devendo a dose ser ajustada na insuficiência renal.
É bem estabelecido o seu uso no tratamento da meningite criptocóccica e na candidíase
cutâneomucosa. Há dados na literatura mostrando que pacientes maiores que 12 anos, não-
neutropênicos, com candidíase sistêmica apresentam os mesmos índices de cura quando se
compara com anfotericina B. Os efeitos colaterais mais comuns se referem ao trato
digestivo e à hipersensibilidade. Como age inibindo a síntese do ergosterol, atua como
antagônico à anfotericina B.
Antibióticos Profiláticos
Oftalmológica
Com colocação de lente intra-ocular Colírio de tobramicina ou quinolona 24hs antes da cirurgia
Reoperação, paciente diabético ou imunossuprimido. Cefalotina ou cefazolina 1g IV, dose única
Considerar o uso em cirurgias com tempo maior que
25 minutos ou complicada com perda vítrea
Seios da face Clindamicina 600mg IV + gentamicina 1,7 mg/kg IV, doses únicas, ou
amoxacilina/clavulanato 500 mg IV ou ampicilina/sulbactam 1g IV, doses únicas
Cabeça e pescoço
Com abordagem pela mucosa oral ou faríngea Clindamicina 600mg IV + gentamicina 1,7 mg/kg IV, doses únicas, ou
amoxacilina/clavulanato 500 mg IV ou ampicilina/sulbactam 1g IV, doses únicas
Torácica
Lobectomia, pneumectomia Cefalotina 1 g IV de 6/6 hs, ou cefazolina 1g IV de 8/8 hs, por 48 horas
Trauma torácico aberto Cefalotina 1 g IV de 6/6 hs, ou cefazolina 1g IV de 8/8 hs, por 48 horas
Se > 6 horas de evolução Cefalotina 1 g IV de 6/6 hs, ou cefazolina 1g IV de 8/8 hs, por 48 horas
Se contaminação com terra ver Lesões traumáticas com terra
Cardíaca
Implante de prótese valvar, revascularização do Cefalotina 1 g IV de 6/6 hs, ou cefazolina 1 g IV de 8/8 hs, por 24-48 horas
miocárdio, abertura do coração, implante de marca-
passo
Vascular
Cirurgia em aorta abdominal, extremidades inferiores Cefalotina ou cefazolina 1 g IV, dose única
com incisão na virilha, amputação por doença
isquêmica, ou implante de prótese vascular
Gastroduodenal
Em caso de hemorragia gastroduodenal, obstrução Cefalotina ou cefazolina 1 g IV, dose única
por úlcera duodenal, úlcera gástrica, câncer gástrico
ou uso de antiácidos ou inibidores de receptores H2
ou da bomba de hidrogênio
Trato biliar
Em caso de idade > 60 anos, colecistite aguda, Cefalotina ou cefazolina 1 g IV, dose única
icterícia obstrutiva, cirurgia anterior do trato biliar,
coledocolitíase, cirurgia de urgência
Apendicectomia
Apendicite gangrenosa ou perfurada Gentamicina 1,7 mg/kg IV de 8/8 hs + metronidazol 500 mg IV de 8/8 hs ou clindamicina
600 mg IV de 6/6 hs, por 24 horas, ou amoxacilina/clavulanato 500 mg IV 8/8hs ou
ampicilina/sulbactam 1g IV de 6/6hs, por 24 hs
Peritonite difusa Idem, por 5-7 dias (uso terapêutico)
Apendicite simples (não perfurada) Idem, doses únicas
Coloretal
Cirurgia eletiva Eritromicina 1 g VO + neomicina 1 g VO 20, 18 e 8hs antes da cirurgia + limpeza mecânica
do intestino com solução isotônica
Cirurgia de urgência Gentamicina 1,7 mg/kg IV de 8/8 hs + metronidazol 500 mg IV de 8/8 hs ou clindamicina
600 mg IV de 6/6 hs, por 24 hs, ou amoxacilina/clavulanato 500mg IV de 8/8 hs ou
ampicilina/sulbactam 1g IV de 6/6hs, por 24 hs
Trauma abdominal
Gentamicina 1,7 mg/kg IV de 8/8 hs + metronidazol 500 mg IV de 8/8 hs ou clindamicina
Com perfuração de víscera oca 600 mg IV de 6/6 hs, por 72 hs, ou amoxacilina/clavulanato 500mg IV de 8/8 hs ou
ampicilina/sulbactam 1g IV de 6/6hs, por 72 hs
Sem perfuração de víscera oca Idem, doses únicas
Urológica
Em pacientes de alto risco: urocultura positiva ou não Cefalotina ou cefazolina 1 g IV, dose única, ou ciprofloxacina 500 mg VO ou 400 mg IV,
disponível, sonda vesical pré-operatória, biópsia dose única 2 horas antes da cirurgia
transretal de próstata, implantação de material
protético
Retirada de sonda da nefrostomia, molde uretral e na Cefalotina ou cefazolina 1 g IV, dose única 30 minutos antes do procedimento
derivação com sonda
Transplante renal Cefalotina 1 g IV de 6/6 hs ou cefazolina 1 g IV de 8/8 horas, por 24 horas
Ginecológica/obstétrica
Histerectomia, correção de cistocele/ retocele, Cefalotina ou cefazolina 1 g IV, dose única
reconstrução de trompas de falópio e cirurgia de
mama
Neovagina Gentamicina 1,7 mg/kg IV de 8/8 hs + clindamicina 600 mg IV de 6/6 hs, por 24 hs
Cesariana (somente em pacientes de risco: cefalotina ou cefazolina 1 g IV, dose única após clampagem do cordão umbilical
emergência, trabalho de parto prolongado (mais de
12 hs), ruptura prolongada de membranas (mais de 6
hs), baixo nível sócio econômico)
Gravidez ectópica Cefalotina ou cefazolina 1 g IV, dose única
Cerclagem uterina Cefalotina ou cefazolina 1 g IV, dose única
Cirurgia ortopédica
Com colocação de prótese articular ou material de Cefalotina ou cefazolina 1 g IV, dose única. Para prótese de joelho com uso de torniquete,
fixação a dose de cefalotina ou cefazolina é 2 g
Fratura exposta
< 6 hs de evolução (contaminação com terra: Cefalotina 1g IV de 6/6 hs, ou cefazolina 1g IV de 8/8 hs, por 1 a 10 dias
vide Lesões traumáticas com terra)
> 6 hs de evolução (contaminação com terra: Cefalotina 1g IV de 6/6 hs, ou cefazolina 1 g IV de 8/8 hs, por 10 dias (uso terapêutico)
vide Lesões traumáticas com terra)
Trauma com penetração em articulação
< 6 hs de evolução (contaminação com terra: Cefalotina 1g IV de 6/6 hs, ou cefazolina 1 g IV de 8/8 hs, por 24 horas
vide Lesões traumáticas com terra)
> 6 hs de evolução (contaminação com terra: Cefalotina 1g IV de 6/6 hs, ou cefazolina 1 g IV de 8/8 hs, por 72 horas
vide Lesões traumáticas com terra)
Trauma com laceração extensa, perda de substância,
lesão vascular, lesão de tendão, lesão de músculo
< 6 hs de evolução (contaminação com terra: Cefalotina 1g IV de 6/6 hs, ou cefazolina 1 g IV de 8/8 hs, por 24 horas
vide Lesões traumáticas com terra)
> 6 hs de evolução (contaminação com terra: Cefalotina 1g IV de 6/6 hs, ou cefazolina 1 g IV de 8/8 hs, por 72 horas
vide Lesões traumáticas com terra)
Lesões traumáticas com terra e/ou matéria orgânica Associar metronidazol ou clindamicina ao esquema sugerido para cada procedimento
IV- intravenoso; VO - via oral; IM - intramuscular; UI - unidades internacionais
*As doses pediátricas encontram-se no Quadro 16
**A dose única ou a primeira dose deve ter sua infusão terminada no momento da indução anestésica, exceto quando especificado de maneira
diferente
Quadro 2. Esquemas de antibioticoprofilaxia cirúrgica em recém-nascidos
Cirurgia/descrição Observações Esquema(s) recomendado(s)*
Craniotomia TI < 48 hs cefalotina IV ou cefazolina IV+ gentamicina IV, dose única
TI > 48 hs vancomicina IV, dose única
Toracotomia lobectomia, pneumectomia se TI < 48 hs, cefalotina IV ou cefazolina IV, por 24 horas; se TI > 48 hs,
vancomicina IV, por 24h
se o dreno torácico permanecer se TI < 48 hs, cefalotina IV ou cefazolina IV, por 24 horas iniciando 30
mais de 48 hs, na retirada minutos antes da retirada; se TI > 48 hs, vancomicina IV, por 24h
Atresia de esôfago (só se tiver > 24 hs TI < 48 hs penicilina G cristalina IV + gentamicina IV, por 24 hs
de vida)
TI > 48 hs clindamicina IV + cobertura para BGN padronizada para sepse tardia
Atresia ou estenose de duodeno, ou TI < 24 hs penicilina G cristalina IV + gentamicina IV, por 24 horas
atresia de jejuno
TI > 48 hs clindamicina IV + cobertura para BGN padronizada para sepse tardia
Atresia ileal simples < 72 hs de vida penicilina G cristalina IV + gentamicina IV, por 24 hs
> 72 hs de vida clindamicina IV + cobertura para BGN padronizada para sepse tardia, por
24 horas
Atresia ileal com volvo ou peritonite < 72 hs de vida penicilina G cristalina IV + gentamicina IV, por 10-14 dias (uso
fecal terapêutico)
> 72 hs de vida clindamicina IV + cobertura para BGN padronizada para sepse tardia, por
10-14 dias (uso terapêutico)
Invaginação intestinal intervenção precoce, sem sinais se TI < 48 hs, clindamicina IV + gentamicina IV, por 24 hs; se TI > 48 hs,
de sofrimentos de alça cobertura de BGN padronizada para sepse tardia, por 24 hs
intervenção tardia ou com se TI < 48 hs, clindamicina IV + gentamicina IV, por 10-14 dias; se TI >
sinais de sofrimentos de alça 48 hs, cobertura de BGN padronizada para sepse tardia, por 10-14 dias
Derivação urinária com sonda e urina cefalotina IV ou cefazolina IV, dose única
estéril
retirada de sonda cefalotina IV ou cefazolina IV, dose única 30 minutos antes
Derivação urinária sem sonda somente com nefrostomia, cefalotina IV ou cefazolina IV, por 24 horas
pielostomia, uretrostomia, ou
vesicostomia
RACIONAL
O uso de penicilina pelas mães colonizadas ou com alto risco de colonização pelo SGB
durante o parto diminui eficazmente (80%) a ocorrência de doença invasiva nos neonatos.
A administração de antibióticos à mãe pode ser efetivada seguindo-se duas estratégias: a)
baseada na procura da colonização materna pelo SGB entre 35-37 semanas de gestação; e
b) baseada na presença na mãe de fatores de risco associados com doença neonatal
invasiva pelo SGB. Segundo essas estratégias, as mães colonizadas entre 35 e 37 semanas
de gestação ou com fatores de risco associados com doença neonatal invasiva pelo SGB
deverão receber antibiótico durante o parto.
Quando SGB é identificado na cultura entre a semana 35-37 de gestação, a mãe deverá
receber antibiótico profilático intra-parto. As mulheres com cultura negativa, tomada nas
condições anteriormente especificadas, não deverão receber antibiótico.
Estratégia 2 – Baseada nos fatores de risco de doença invasiva neonatal por SGB
Vantagens: é consideravelmente mais barata e simples que a estratégia baseada na cultura.
Não precisa infraestrutura laboratorial sendo, portanto, indicada quando o laboratório não
fornecer o suporte adequado ou quando a estratégia 1 não puder ser implementada por
algum motivo. Pode ser aplicada a mulheres com deficiente acompanhamento médico
durante a gravidez, sem resultados de cultura disponíveis no momento do parto.
Desvantagens: é menos efetiva que a estratégia baseada na cultura. Na atualidade, não é
considerada pelos CDC como uma estratégia aceitável, exceto nos casos em que a
estratégia 1 não pode ser aplicada.
Esta estratégia baseia-se na presença de alguns dos seguintes fatores de risco no momento
do parto:
a) Parto prematuro (<37 semanas)
b) Ruptura prolongada de membranas ( 18 horas)
c) Temperatura materna 38o durante o parto
Sem crescimento
após 48 hs
Profilaxia intra-parto
Descontinuar penicilina**
Figura 1. Algoritmo sugerido para prevenção da doença invasiva por SGB em caso de ameaça de
parto prematuro.
*A penicilina deve ser administrada durante pelo menos 48 horas, a menos que o parto aconteça antes. O
antibiótico pode ser mantido além das 48 horas se a cultura é positiva para SGB e o parto ainda não
aconteceu.
**Se o parto não acontecer dentro das 4 semanas seguintes, as culturas devem ser repetidas e a paciente
tratada acorde ao resultado.
Profilaxia intra-parto Antibióticos intra-parto por
para SGB? corioamnionite suspeita?
Sim Sim
Avaliação limitada¶
Não
Observar >48 hs
Se sepse suspeita, avaliação diagnóstica
Duração da profilaxia completa e tratamento empírico**
intra-parto antes do Sim
nascimento <4 horas?
Não
Figura 2. Algoritmo sugerido para o manejo de neonatos cujas mães receberam antibióticos
intra-parto para prevenção de doença invasiva por SGB ou corioamnionite suspeita.
*Hemograma completo com contagem diferencial, hemocultura e raios-X de tórax se existem anomalias
respiratórias. Se existem sinais de sepse, deve-se fazer punção lombar, se possível.
**A duração do tratamento será ajustada segundo os resultados laboratoriais e a evolução clínica do
neonato.
¶Hemograma completo com contagem diferencial e hemocultura.
Quadro 3. Esquemas de antibioticoprofilaxia clínica
Hóspede suscetível/situação clínica/agente Esquema(s) recomendado(s)
Prevenção de celulite em paciente com linfedema, edema de outra penicilina G benzatina 1.200.000 UI IM, a cada 4 semanas
etiologia ou safenectomia e celulite recorrente por S. pyogenes
Criança <6 anos*, não vacinado, com contato íntimo (creche, rifampicina 20 mg/kg/dia (máximo 600 mg) VO, dose única diária, por 4 dias
convívio familiar, ou durante >4 hs diárias, durante 5-7 dias) com
paciente com infecção invasiva por H. influenzae
Contato íntimo (creche, convívio familiar, ou durante >4 hs diárias, rifampicina 10 mg/kg (máximo 600 mg) de 12/12 hs, VO, por 2 dias, ou
durante 5-7 dias, ou pessoal de saúde que tenha participado de ceftriaxona 250 mg IM, dose única, ou ciprofloxacino (adultos, mulheres não
ressucitação cardio-pulmonar, intubação traqueal ou aspiração de grávidas) 500 mg VO, dose única
secreções respiratórias) com paciente com infecção por N.
meningitidis
Erradicação de colonização nasal (ou outra localização) por S. mupirocina 2% aplicada nas fossas nasais, 2-3 vezes ao dia, por 5-7 dias. Pode
aureus em paciente com infecção recidivante (forunculose crônica) ser recomendado associar tratamento sistêmico ajustado à sensibilidade do
ou tratados com diálise peritonial, ou que irão ter material germe (meticilino-suscetível= rifampicina + levofloxacino ou clindamicina,
protético (prótese articular, valva cardíaca) implantado por 5 dias; meticilino-resistente= rifampicina + cotrimoxazol ou minociclina,
cirurgicamente por 5 dias)
Prevenção de otite média aguda em crianças com história de otite amoxicilina 20 mg/kg/dia VO, durante os meses de inverno e primavera
média recidivante (>3 episódios nos últimos 6-12 meses)
Crianças >1 ano e <7 anos, não vacinadas ou com vacinação eritromicina 50 mg/kg/dia VO, de 6/6 hs, por 14 dias
incompleta, com contato íntimo (creche, convívio familiar) com
paciente com infecção por B. pertussis
Prevenção de sepse por germes capsulados em pacientes com amoxicilina 250-500 mg/dia VO, ou penicilina V 125-250 mg VO de 12/12
esplenectomia anatômica (cirúrgica) ou funcional (e.g., anemia de hs, em crianças <5 anos, por 3 anos após a cirurgia. Pode ser recomendável
células falciformes, drepanocitose, talasemia, etc.) em >5 anos, especialmente se são imunossuprimidos (e.g., linfoma)
Prevenção de febre reumática recidivante em pacientes com penicilina G benzatina 1.200.000 UI IM, a cada 3-4 semanas, ou penicilina V
história de um episódio bem documentado de febre reumática 250 mg VO de 12/12 hs, ou eritromicina 250 mg VO de 12/12hs. Em
pacientes sem cardite, usar por 5 anos ou até 18 anos de idade. Em pacientes
com cardite, usar por 10 anos ou até 25 anos de idade
Prevenção de pneumonia por P. jirovecii em pacientes HIV+ com sulfametoxazol 400 mg + trimetoprim 80 mg VO ao dia, ou sulfametoxazol
<200 CD4+, usuários de prednisona 20 mg/dia por >4 semanas, ou 800 mg + trimetoprim 160 mg VO 3 vezes por semana, enquanto a
receptores de transplante de medula óssea ou órgão sólido imunossupressão durar
Prevenção de infecção do trato urinário em mulheres com infecção sulfametoxazol 400 mg + trimetoprim 80 mg VO, ou ciprofloxacino 250 mg
urinária recidivante (>3 episódios por ano) sem anomalia urológica VO, ou norfloxacina 200 mg VO, ou nitrofurantoína 50 mg VO, uma vez ao
demonstrável dia em dias alternados
Prevenção da recidiva de peritonite bacteriana espontânea (PBE) norfloxacino 400 mg/dia durante vários meses (com antecedente de PBE) ou
em pacientes com cirrose e ascite e história de um episódio de PBE, durante 10 dias (em presença de hemorragia digestiva alta)
ou na presença de hemorragia digestiva alta
Prevenção da endocardite bacteriana por Streptococcus grupo bacteremia originada na mucosa orofaríngea, esofágica ou respiratória:
viridans ou Enterococcus sp. em pacientes com cardiopatia de alto amoxicilina 2 g (50 mg/kg em crianças) VO, 1 hora antes do procedimento.
risco (i.e., prótese valvular, endocardite prévia, cardiopatia Alternativas: clindamicina 600 mg (20 mg/kg em crianças) VO, ou
congênita cianótica complexa) ou risco moderado (i.e., persistência azitromicina ou claritromicina 500 mg (15 mg/kg em crianças) VO, 1 hora
do ducto arterial, comunicação interauricular tipo ostium primum, antes do procedimento. Amoxicilina, ampicilina ou clindamicina podem
defeitos do tabique interventricular, aorta bicúspide, coartação da utilizar-se às mesmas doses por via IV, 30 minutos antes do procedimento,
aorta, miocardiopatia hipertrófica, valvulopatia adquirida (e.g., ou vancomicina 1 g IV, 60 minutos antes do procedimento
febre reumática, etc.), prolapso mitral com regurgitação ou bacteremia originada na mucosa geniturinária ou gastrintestinal: na presença
degeneração mixomatosa) submetidos a procedimentos associados a de cardiopatia de alto risco, ampicilina 2 g (50 mg/kg em crianças) IV +
risco elevado de bacteremia** gentamicina 1,5 mg/kg IV, 30 minutos antes do procedimento, seguido de 1 g
de ampicilina IV ou 1 g de amoxicilina VO 6 horas depois. Vancomicina 1 g
(20 mg/kg em crianças) IV, 1 hora antes do procedimento (apenas uma dose)
pode substituir à ampicilina em caso de alergia à penicilina. Na presença de
cardiopatia de risco moderado, recomenda-se o mesmo esquema,
prescindindo-se da gentamicina e da segunda dose de ampicilina
Crônica 5 a 7 dias
Amoxicilina/clavulanato Obs.: Antibiótico
ou somente nas
Ampicilina /sulbactam superinfecções
ou agudas ou por
Macrolídeo Pseudomonas
Quadro 4. Terapêutica das infecções em adulto e em pediatria (ver doses no Quadro 16)
Sítio Antimicrobianos Tempo de Diagnóstico/
tratamento Conduta
Olhos
Conjuntivite
Neonato após 72 h Colírio de
de vida Fluorquinolona
(ciprofloxacina ou
ofloxacina)
Neonato Eritromicina
(se clamídia) ou
Claritromicina (oral) 21 dias
Neonato
(se gonococo) Ceftriaxona 1 dose IM Dose única
Celulite Periorbitária
Lesões Traumáticas
Perfuração conjuntival Cefalotina /Cefazolina 24 horas
EV
Dacriocistite aguda Cefalexina 7 a 14 dias
ou
Eritromicina 7 a 14 dias
ou
Azitromicina 3 dias
Ceratites bacteriana
Usuários de lentes de
contato (P.aeruginosa) Ciprofloxacina colírio 10 dias - a cada 15
qualquer idade a 30min nas 1as
24-48h; >48h, a
cada 1h
Córnea seca, diabético, Colírio de:
imunossupressão Cefazolina (50mg/ml) + 10 dias – a cada 15
(S.aureus, Gentamicina (14mg/ml)* a 30min nas 1as
S.pneumoniae, ou Ciprofloxacina (0,3%) 24-48h; >48h, a
S.piogenes, Listeria, ou Ofloxacina (0,3%). cada 1h
Enterobacteriacea) * Usar colírio
lubrificante para
reconstituir o sal
(Lacrima®20ml)
Músculos
Gangrena gasosa Clindamicina + 10 dias Abordagem
Penicilina cirúrgica
Osteomielite
1. Hematogênica Cefalotina / Cefazolina (1) 4 - 6 semanas Radiografias
2. Vertebral ou (2) 4 - 6 semanas Tomografia
3. Com doença Fluorquinolona (3) Se amputar Ressonância
vascular (Ciprofloxacina) transfixando o Magnética
4. Sem doença vascular ou osso infectado - Biópsia óssea
crônica Clindamicina 4 semanas. Hemocultrua
Se retirar o osso
infectado - 2
semanas
Se for próximo
ao osso
infectado, mas
tecido livre de
infecção - 1 a 3
dias
Artrite séptica
Pneumonias comunitárias
Ambulatorial
Recém-nascido Internar e tratar como
sepse neonatal
Sistema nervoso
Prostatite
Suspeita de endoftalmite
Ultra-som
Piora Melhora
Tratamento Invasivo
RX de tórax
Hemograma
PCR
Hemocultura
Colher ainda
urina rotina
urocultura e
líquor
Iniciar antibiótico
Repetir PCR
- Se sepse precoce após 24hs
- Se sepse tardia após 48 hs
Em pacientes com sepse tardia, o liquor deve ser colhido tão logo o paciente estabilize.
Em pacientes com foco definido (e.g., pneumonia) ou sepse fúngica, a duração da
terapêutica se baseará na PCR e na discussão individualizada de cada caso.
Na sepse sem foco, a suspensão do antibiótico se dará no momento em que a PCR
ficar < 1,2mg% ou < 12mg/l, independentemente do resultado de hemocultura.
- Aciclovir - Doses pediátricas já se encontram nas tabelas. Depuração de creatinina: > 25ml/min = dose habitual; < 25 e > 10 = a cada 8h ; < 10ml/min = a cada 12h
- Valaciclovir - Dosagem não estabelecida para pediatria. Depuração de creatinina: 15-30ml/min = a cada 12h; < 15ml/min = a cada 24h; Em hemodiálise = a cada 24h e uma
dose após diálise.
- Famciclovr - Dosagem não estabelecida para pediatria Depuração de creatinina: 30 - 59ml/min = a cada 12h; 10 - 29 ml/min = a cada 24h; Em hemodiálise = a cada 48h
- Lamivudina - 4mg/kg/dose a cada 12 horas, até no máximo 300mg. Depuração de creatinina: dose inicial habitual - > 50ml/min = dose habitual; 30 - 50 ml/min = a cada 24h;
15 - 29 ml/min = 2/3 da dose a cada 24h; 5 - 14 mi/min = 1/3 da dose a cada 24 h; dose inicial: 1/3 da dose habitual - < 5ml/min = 1/6 da dose a cada 24 h
GENÉRICO COMERCIAL
Aciclovir Zovirax
Penciclovir Famvir P
Famciclovir Famvir Tiltab
Foscarnet Foscavir
Valaciclovir Valtrex
Lamivudina Epivir
Infecções no Paciente Imunodeprimido
Paciente HIV Positivo
Iniciar a partir da 14a semana de gravidez: Esquema do PACTG 076 (Protocolo do Aids
Clinical Trial Group)
Zidovudina (AZT)
- Pré-Natal: 200mg VO 3 vezes ao dia, ou 300mg VO 2 vezes ao dia.
Indicações:
Esquemas:
- Segunda escolha:
a) Dapsona
- Para crianças > 1 mês de vida: 1mg/Kg (no máximo 100mg) VO, uma vez ao dia.
- Adultos: 50mg VO, 2 vezes ao dia, ou 100mg VO, 1 vez ao dia.
b) Dapsona 50mg VO, 1 vez ao dia + pirimetamina 50mg VO, 1 vez por semana + ácido
folínico 25mg VO, 1 vez por semana
c) Dapsona 200mg VO, 1 vez por semana + pirimetanina 75mg VO, 1 vez por semana +
ácido folínico 25mg VO, 1 vez por semana
d) Pentamidina aerossolizada
- Crianças > 5 anos de idade e adultos - 300mg 1 vez ao mês, via nebulizador
e) Atovaquone
- Uso pediátrico não estabelecido
- Adultos: 1500mg VO, 1 vez ao dia com alimentos.
Esquemas
a) Primeira escolha:
- Pirimetamina - 100 a 200mg (2mg/Kg/dia) dose inicial por 1 a 3 dias, seguida por 50 a
75mg (1mg/Kg/dia) VO, diária;
b) Segunda escolha:
- Pirimetamina + Ácido folínico como acima
Tempo de tratamento:
- Podem ser usado no caso de edema cerebral com aumento da pressão intracraniana.
Indicações:
Esquemas:
- 2a escolha:
a) Dapsona 1mg/kg (no máximo 50mg) VO diariamente + pirimetamina 50mg, VO, 1
vez por semana + ácido folínico 25mg, VO, 1 vez por semana.
b) Dapsona 200mg VO, 1 vez por semana + pirimetamina 75mg VO, 1 vez por semana
+ ácido folínico 25mg, VO, 1 vez por semana.
Indução:
- Anfotericina B: 0,7 a 1mg/Kg EV, uma vez ao dia por 14 dias (ou equivalente).
- Considerar 5-fluocitosina (5-FC) 25 mg/Kg VO de 6/6 horas.
Consolidação:
- Fluconazol (droga de escolha): 6mg/Kg (crianças) e 400mg (adultos) VO, de 12/12h por
2 dias, e a seguir 1 vez ao dia por 8 semanas.
Manutenção:
- Fluconazol (droga de escolha): 3 a 6 mg/Kg (crianças) e 200 a 400mg (adultos) uma vez
ao dia, diariamente
- Não há valor em se medir rotineiramente o antígeno criptocóccico
Etambutol – 15 a 25 mg/Kg/dia
Associados ou não a:
Rifampicina - 10mg/Kg/dia (máximo 600mg)
ou
Ciprofloxacina (paciente > 18 anos de idade) - 750mg de 12/12h
ou
Amicacina - 7,5 a 15mg/Kg/dia
- Tratamento só poderá ser suspenso com níveis de CD4 >100células/mm³ por seis
meses. O paciente deverá ter no mínimo 1 ano de tratamento na ausência de sintomas.
- Controle da eficácia com culturas a cada 4 semanas.
Tratamento da Diarréia no Paciente HIV-positivo
Campylobacter jejuni
Clostridium Difficile
Salmonella sp.
Shigelose
- Ciprofloxacina – 500mg VO, a cada 12 horas por 5 a 7 dias. Se recidiva, 500 a 750mg
VO, 2 vezes ao dia, indefinidamente.
Tratamento das Infecções Fúngicas (Quadros 7 e 8)
- O tempo de tratamento é de 7 a 14 dias, podendo pacientes individuais necessitar de doses maiores e tempo mais prolongado.
- O uso de agentes anti-retrovirais efetivos melhora bastante a sintomatologia da candidíase no paciente HIV-positivo.
Quadro 8. Tratamento de micoses profundas no paciente HIV-positivo
Diagnóstico:
- Cultura do fungo no sangue ou outro espécime biológico, incluindo medula óssea;
histoplasmose: antígeno na urina ou no sangue.
Tratamento:
- Anfotericina B: 1mg/Kg/dia dose única diária, EV, até resolução clínica (defervescência
e melhora das lesões de pele) por aproximadamente 1 a 2 semanas.
- Manutenção: após curso com anfotericina B, iniciar tratamento de duração indefinida
com derivado azólico:
Itraconazol - escolha para histoplasmose e penicilose: 200mg VO de 12/12h
(dose para crianças não é estabelecida).
Fluconazol - apenas para coccidioidomicose: 400mg VO uma vez ao dia
(crianças: 6mg/Kg).
Quadro 9. Infecções parasitárias por protozoários intestinais
Esquemas sugeridos
Agente causador/ Circunstâncias
doença modificadas Primário Alternativo
Blastocystis Patogenicidade Pode ser eliminado com TMP-SMX ou iodoquinol
hominis discutível. Não 650mg a cada 8h por 20 dias. Outra alternativa é o
existem estudos Metronidazol , 750mg a cada 8h VO por 10 dias.
controlados.
VIRUS
____HSV
- Início CMV - Retinite /colite CMV
__ EBV, varicela, influenza, RSV, adenovírus
- Papilomavírus, doença
___Início da Hepatite B ou C linfoproliferatira
- Nocardia
- Listeria, tuberculose
FUNGO
- Pneumocystis
- Aspergilus Criptococos
- Candida Fungos endêmicos
da região
PARASITA Estrongilóides
Toxoplasma
- Leishmânia
Trypanosoma cruzi
0 1 2 3 4 5 6
Meses após o transplante
Figura 5. Período de ocorrência das infecções após transplante de órgãos.
Profilaxia (toxoplasmose, pneumocistose, listeriose, nocardiose e infecção do trato
urinário):
Citomegalovírus (CMV)
Esplenectomia
Peso do doente
Fases do
tratamento Droga Até 20 kg Mais de 20kg e Mais de 35kg e Mais de 45 kg
até 35 kg até 45kg
Peso do doente
Fases do
tratamento Droga Até 20 kg Mais de 20kg e Mais de 35kg e Mais de 45 kg
até 35 kg até 45kg
* Esquema I reforçado
** 2RHZE – 1a fase (2 meses), 4RHE – 2a fase (4 meses)
R: Rifampicina; H: Isoniazida; Z: Pirazinamida; E: Etambutol (siglas adotadas pela Organização
Mundial de Saúde – OMS).
Obs.:
Os recidivantes de esquemas alternativos por toxicidade ao Esquema I devem ser avaliados para
prescrição de esquema individualizado.
Havendo alteração visual durante o tratamento, o paciente deverá ser encaminhado para um serviço
de referência, com o objetivo de avaliar o uso do Etambutol.
Esquema II
2RHZ/7RH* - INDICADO NA MENINGITE TUBERCULOSA
R 20 600
1a fase
(2 meses) H 20 400
Z 35 2.000
2a fase R 10 a 20 600
(7 meses)
H 10 a 20 40
Peso do doente
Fases do
tratamento Droga Até 20 kg Mais de 20kg e Mais de 35kg e Mais de 45 kg
até 35 kg até 45kg
Prevenção
Quadro 12. Classificação dos antimicrobianos usados durante a gestação, baseada nas
categorias do FDA (Food and Drug Administration)
Categoria Interpretação
A Estudos controlados não mostram riscos.
B Não há evidência ou risco em humanos. Os estudos animais
demonstraram risco, mas os estudos em seres humanos não
demonstraram; ou, se nenhum estudo apropriado em
humanos foi realizado, os estudos em animais são negativos.
C O risco não pode ser excluído. No entanto, os benefícios
potenciais podem justificar o risco potencial.
D Evidência positiva de risco. Possíveis benefícios podem
contrabalançar o risco potencial.
X Contra-indicado na gestação.
Fonte: The Sanford guide to Antimicrobial Therapy, 2007
Quadro 13. Categorias de risco para os antimicrobicidas utilizados na gravidez
Anfotericina B
Aztreonam
Clindamicina
Teofilina Nível
Bloqueadores neuromusculares Bloqueio
Cloranfenicol
Aztreonam Antagonismo
Cefalosporinas Antagonismo
Ciclosporina Nível
Cloranfenicol Antagonismo
Penicilinas de amplo espectro Antagonismo
Ganciclovir Convulsões generalizadas
Macrolídeos
Metronidazol
Miconazol
Sulfametoxazol-Trimetoprim
Vancomicina
Ciprofloxacina
Estreptograminas
Ciclosporina nível
Midazolam nível
Nifedipina nível
Terfenadina nível e maior intervalo QT
Astemizole nível e maior intervalo QT
Anti-retrovirais nível
Quadro 16. Doses de ajustes na insuficiência renal e hepática, passagem pela meninge, leite e placenta
Dose Recomendada Dose usual para adulto (g) e ajuste por Ajuste para SNC/ Sérico Leite
intervalo de dose (h) diálise sérico neonato/ materno/
Adultos Crianças Neonatos (parenteral) Para clearance de creatinina (ml/min.) (%) Sérico Sérico
RN a termo materno materno
Oral Parenteral Infecção Oral Parenteral Até 1 1-4 Dose Dose Meninge (%) (%)
grave semana semanas pós diária inflamada
durante
DROGA Dose (g)/intervalo Dose Dose/Intervalo Dose >80 80-50 50-10 <10 HD* DP*
diária (g)
Ácido Nalidixico 1 q6h 4 1 6h 6h 6h Evitar Dose
VO mínima
Amicacina 15 15 15 15-20 30 5-7,5 8h 8-12h 12-48h 48h 2,5- 2,5 15-24 20
IM ou EV mg/Kg/dia mg/Kg/dia mg/Kg/dia mg/kg/di mg/Kg/dia mg/Kg 3,75 mg/Kg/di
q12h (máx: q12h (máx: q12h a q8h mg/Kg a
1g/dia) 1g/dia) q12h pós
Amoxicilina 0,25-0,50 1,5 30-50 0,25-0,5 8 8 8-12 12-16 0,25- 5-10 25-33 5
VO q8h mg/kg/dia 0,5
q8h
Amoxicilina + 0,25-0,50 1g q8h 1,5 30-50 30-50 0,25-0,5 8 8 12 12-24 0,25 baixo
Clavulanato q8h mg/kg/dia mg/kg/dia
VO ou EV q8h q8h
Ampicilina 0,25-0,50 0,5-2 4 VO 50-100 50-300 50-100 100-200 0,5-2 4-6 4-6 8 12 0,5-2 1-4 100 11
VO ou EV q6h q4-6h 12 g mg/kg/dia mg/kg/dia mg/Kg/di mg/Kg/dia
EV/dia q6h q6h a q8h
q12h
Ampicilina+ 1,5g 3g EV q6h 300 0,5-2 4-6 4-6 8 12 0,5-2 1-4 100 11
Sulbactam q6h mg/kg/dia
EV q6h
Anfotericina B 0,25-1 1 mg/Kg 0,25-1 0,25-1 0,25-1 0,25-1 24h 24h 24h 24h Dose Dose 3 50
EV mg/Kg mg/Kg mg/Kg mg/Kg mg/Kg usual usual
q24h (máx: q24-48h q24-48h q24-48h
50 mg/dia)
Azitromicina 0,5/ 1o 10 10mg/kg 1o 10 0,5/ 1o Usual Usual
VO ou EV dia, então mg/kg/dia dia, e mg/kg/dia dia, então
0,25 2o- q24h 5mg/kg 2o q24h 0,25 2o-
5o dia –5o dia 5o dia
Aztreonam 0,5-2g 2g q6-8h 30 0,5-2 6h 8-12h 12-18h 24h 1/8 Dose 3-52 0,1-0,6
EV q6-8-12h mg/kg/dia dose inicial
q6-8h pós- usual e
diálise então ¼
dose
usual
Cefadroxil 0,5 2 15-30 0,5-1 12-24 12-24 0,5 0,5 0,5-1 50 0,9-1,9
VO q12h mg/Kg/dia q12-24h q36h
q8-12h
Cefazolina 0,5-2 6 25-100 0,5-2 8 8 0,5-1 0,5-1 0,25- 1-4 35-69 3
IM ou EV q8h mg/Kg/dia q8-12h q18- 0,5
q6-8h 24h
Dose Recomendada Dose usual para adulto (g) e ajuste por intervalo Ajuste para SNC/ Sérico Leite
de dose (h) diálise sérico neonato/ materno/
Adultos Crianças Neonatos Para clearance de creatinina (ml/min.) (%) Sérico Sérico
(parenteral) materno materno
Oral Parenteral Infecção Oral Parenteral Até 1 1-4 Dose Dose Meninge (%) (%)
grave semana semanas pós diária inflamad
durante a
DROGA Dose (g) / Intervalo Dose Dose/Intervalo Dose >80 80-50 50-10 <10 HD* DP*
diária (g)
Cefalexina 0,25-1 4 25-50 0,25-1 6 6 8-12 24-48 0,25-1 Dose 60 2
VO q6h mg/Kg/dia mínima
q6h
Cefalotina 0,5-2 12 50-100 0,5-2 4-6 4-6 1-1,5 0,5 05-2 6mg/l 1,2-5,6 16-41
IM ou EV q4-6h mg/Kg/dia q6h q8h de líquido
q6h de diálise
Cefaclor 0,25-0,5 1,5 15-30 0,25- 8 8 8 8 0,25-0,5 2
VO q8h mg/Kg/dia 0,5
q8h
Cefepima 1–2g 6 100-150 60 60 1-2 12 12 12-24 50% dose 0,25
IM ou EV q8h mg/Kg/dia mg/kg/di mg/kg/dia q24h
q12h a q12h q12h
Cefoxitina 1-2 8 80-160 1-2 6-8 8-12 12-24 0,5-1 g 1-2 2,8 100 3
EV q6-8h mg/Kg/dia q12-48h
q4-6h
Cefotaxima 0,5-2 12 180 50 50 0,5-2 8-12 8-12 12-24 24 0,5-2 27 Acima de
EV q8-12h mg/Kg/dia mg/Kg mg/Kg 3-8
q6h q12h q8h
Ceftazidima 1-2 6 90-150 100 150 1-2 8-12 8-12 12-24 0,5 g 1 g de 0,5 g q24h 20-40 7
EV q8h mg/kg/dia mg/kg/di mg/kg/dia q24-48h ataque e ou 250
q8h a q8h então mg/2l de
q12h 1g pós líquido de
diálise diálise
Ceftriaxona 1-2 4 50-100 50 50-75 0,5-2 12-24 12-24 12-24 12-24 Nenhu 16-32 18-25 3-4
IM ou EV q12-24h (meningite) mg/Kg/dia mg/Kg mg/Kg m
q12-24h q24h q24h
Ciprofloxacina 0,25-0,75 0,2-0,4 1,5 VO 10-40 10-40 0,25- 12h 12h 0,25- 0,25-0,5 0,25 0,25 11-46
VO ou EV q12h q8-12h 1,2 IV mg/Kg/ dia mg/Kg/ dia 0,75 0,5 q18h q12h q8h
q12h q12h VO 8-12h 8-12h q12h 0,2-0,4 pós HD
12-24h q18-24h
0,2-0,4
IV
Claritromicina 0,25-0,5 0,25-0,5 1 15 15 0,25- 12h 12h 12-24h 24h Dose 30
VO ou EV q12h q12h mg/kg/dia mg/kg/dia 0,5 mínima
q12h q12h
Clindamicina 0,3-0,45 0,6-0,9 1,3 VO 10-30 20-40 20-40 20-40 0,3- 6h 6h 6h 6h Dose Dose usual Dose 46 38-50
VO ou EV q8h q8h 2,7 IV mg/Kg/dia mg/Kg/dia mg/Kg/di mg/Kg/dia 0,45vo usual mínima
q6h q6-8h a q6h 6-8h 6-8h 6-8h 6-8h
q6h 0,6-0,9
IV
Dose Recomendada Dose usual para adulto (g) e ajuste por Ajuste para SNC/ Sérico Leite
intervalo de dose (h) diálise sérico neonato/ materno/
Adultos Crianças Neonatos (parenteral) Para clearance de creatinina (ml/min.) (%) Sérico Sérico
materno materno
Oral Parenteral Infecção Oral Parenteral Até 1 1-4 Dose Dose Meninge (%) (%)
grave semana semanas pós diária inflamada
durante
DROGA Dose (g) / Intervalo Dose Dose/Intervalo Dose >80 80-50 50-10 <10 HD* DP*
diária (g)
Cloranfenicol 0,25-0,75 0,25-1 4 50-100 50-100 25 50 0,25- 6h 6h 6h 6h Dose Dose 45-89 30-80 100
VO ou EV q6h q6h mg/Kg/di mg/Kg/dia mg/Kg/dia mg/Kg/dia 0,75 vo padrão usual
a q6h q24h q12h 6h 6h 6h 6h pós HD
q6h 0,25-1
EV
Eritromicina 0,25-0,5 2 30-50 0,25- 6h 6h 6h 6h Dose Dose 2-13 5-20 50
VO q6h mg/Kg/di 0,5 usual usual
a
q6h
Fluconazol 0,05-0,4 0,05-0,4 0,4 0,05- 24h 24h 50% 50% 50-94
VO ou EV q24h q24h 0,4 da dose da dose
Gatifloxacina 0,4 q24h 0,4 q24h 0,4
VO ou EV
Gentamicina 3-5 0,24 5 5 7,5 1-1,7 8h 8-12h 12-48h 48h 1-1,7 1 mg/2l 10-30 30-40
IM ou EV mg/Kg/dia mg/kg/dia mg/kg/dia mg/kg/dia mg/kg mg/Kg de
q8h (máx: q12h q12h q8h pós-HD líquido
240mg/dia) de
diálise
removi
do
Imipenem 0,5-1 2 60-100 50 50 0,5-1 6h 0,5g 0,5g 0,25-0,5g 0,25-0,5 1-10
EV q6h mg/kg/dia mg/kg/dia mg/kg/dia q6-8h q8-12h q12h pós HD
q6h q12h q8h então
q12h
Levofloxacina 0,25-0,5 0,5 q24h 0,5 0,25- 24 24 0,25 0,25 0,25 0,25
Vo ou EV q24h 0,5 q24- q48h q48h q48h
48h
Linezolida 0,6 q12h 0,6 q12h 1,2
VO ou EV
Lomefloxacina 0,4 0,4 0,4 24h 24h 0,2 0,2 0,4 de
VO q24h q24h q24h ataque;
então 0,2
q24h
Metronidazol 0,25-0,5 0,5 2 0,25- 8h 8h 8h 50% da 1 dose Dose 100 97 100
VO ou EV q6-12h q6-8h 0,5 vo dose suplemen usual
6-8h 6-8h 6-8h tar
0,5 EV
Meropenem 1 g q8h 2g q8h 60-120 60 60 1 a 2g usual usual 0,5g 0,5g 1 dose
EV mg/kg/dia mg/kg/dia mg/kg/dia q8h q12h q24h suplemen
q8h q8h q8h tar
Norfloxacina 0,4 0,8 0,4 12h 12h 24h 24h
VO q12h
Ofloxacina 0,2-0,4 0,2-0,4 0,8 0,2-0,4 12h 12h 24h 0,1-0,2 0,2 de 28-87 96-112
VO ou EV q12h q12h VO/EV q24h ataque;
então 0,1
q24h
Dose Recomendada Dose usual para adulto (g) e ajuste por Ajuste para SNC/ Sérico Leite
intervalo de dose (h) diálise sérico neonato/ materno/
Adultos Crianças Neonatos (parenteral) Para clearance de creatinina (ml/min.) (%) Sérico Sérico
materno materno
Oral Parenteral Infecção Oral Parenteral Até 1 1-4 Dose Dose Meninge (%) (%)
grave semana semanas pós diária inflamad
durant a
e
DROGA Dose (g) / Intervalo Dose Dose/Intervalo Dose >80 80-50 50-10 <10 HD* DP*
diária (g)
Oxacilina 0,5-2 12 50 a 200 75 100 0,5-2 4-6 4-6 4-6 4-6 Dose Dose 10-15 3,5
EV q4-6h mg/kg/dia mg/kg/dia mg/kg/dia usual usual
q6h q8h q6h
Pefloxacina 0,4 52-58
VO ou EV q12-24h
Penicilina G 1-4 mU 25.000- 50.000- 75.000- 1-4 mU 4-6 4-6 4-6 0,5-2 500.000 0-10 100 6
EV q4-6h 24 milhões 400.000 150.000 200.000 mU U
U/Kg/dia U/Kg/dia U/Kg/dia q4-6h
q4-6h q8-12h q6-8h
Piperacilina 3g q6h 3 6h 6h 8g q6h 6g q8h
Tazobactam
EV
Quinupristina 7,5 mg/kg
Dalfopristina q12h
EV
Rifampina 10 mg/kg 0,9/dia (em 10-20 0,6 24h 24h 24h 24h 10-20 33 20-60
VO (máx. endocardite mg/Kg/di
0,6) ou prótese, a
q24h q8h) q12-24h
Teicoplanina 0,2-0,8 18 10 mg/Kg 6 mg/Kg 6 mg/Kg 0,4 24h 48h 48h 72h
IM ou EV q24h mg/kg/dia q24h q24h q24h
*12/12h nos 2 1os
dias
Dose Recomendada Dose usual para adulto (g) e ajuste por intervalo Ajuste para SNC/ Sérico Leite
de dose (h) diálise sérico neonato/ materno/
Adultos Crianças Neonatos (parenteral) Para clearance de creatinina (ml/min.) (%) Sérico Sérico
materno materno
Oral Parenteral Infecção Oral Parenteral Até 1 1-4 Dose Dose Meninge (%) (%)
grave semana semanas pós diária inflamada
durante
DROGA Dose (g) / Intervalo Dose Dose/Intervalo Dose >80 80-50 50-10 <10 HD* DP*
diária
(g)
Ticarcilina + 12,4-18,6 18,6 200-300 3,1 4-6 4-6 2-3,1 g 2g 3,1 3,1 Baixo
Clavulanato q4-6h mg/kg/dia q6-8h q12h q12h
EV q4-6h
Trimetoprim- 0,16/0,8 8-10 10 8 8-10 8-10 6-12h 18h 24h Evitar 4-5 0,16/0,8 50/40 80/50 125/1
Sulfametoxazol q12-24h mg/kg/dia mg/kg/di mg/kg/dia mg/kg/dia mg/kg/dia mg/Kg q48h
VO ou EV (de TMP) a (de (de TMP) (de TMP) (de TMP) pós
q6-12h TMP) q12h q6-12h q6-12h HD
Vancomicina 1g 40 15 mg/Kg 30-45 15 mg/Kg 12h 24- 72-240h 240h 1 g/ 0,5-1 g/ 7,21
EV q12h ou 0,5 2 mg/Kg/dia de ataque; mg/kg/di 72h semana semana
q6h q6h então 20 a
(SNC: 60 mg/kg/dia q8h
mg/kg/dia) q12h
Antibióticos para Recém-nascidos
Quadro 17. Doses recomendadas pela idade e peso (peso > 1.200g)
Dose Dose
( mg/Kg ) ( mg/Kg )
Via de
Antibiótico Adminis- 0-7 dias Intervalo 0-7 dias Intervalo Ajuste
tração > 1200g (h) > 2000g (h) dose *
2000g
Amicacina IM, IV 7,5 12 7,5-10 12 Sim(R)
Ampicilina IV, IM 25-50 12 25-100 8 Sim(R)
Aztreonam IV, IM 30 12 30 8 Sim(R)
Cefotaxima IV, IM 50 12 50 8-12 Sim(R)
Ceftazidima IV, IM 50 12 50 8 Sim(R)
Cloranfenicol IV, VO 25 24 25 24 Sim(H)
Clindamicina IV, IM, VO 5 12 5 8 Sim(H)
Eritromicina VO 10 12 10 8 Sim(H)
Gentamicina IM, IV 2,5 12 2,5 12 Sim(R)
Imipenem IV, IM - - - - Sim(R)
Metronidazol ** IV,VO 7,5 12 7,5 12 Sim(H)
Oxacilina IV, IM 25 12 25 8 não
Penicilina G 25.000 12 25.000 8
IV 50.000U 50.000 U Sim(R)
Penicilina Dose Dose
benzatina IM 50.000 U única 50.000 U única não
Penicilina
procaína IM 50.000U 24 50.000 U 24 não
Teicoplanina IV, IM 6 24 6 24 Sim(R)
Ticarcilina IV, IM 75 12 75 8 Sim (R)
Vancomicina IV 10-15 12 10-15 12 Sim(R)
Quadro 19. Velocidade e observações para infusão dos antibióticos em RN > 1.200g
Claritromicina 500mg/10ml de água Diluir com 100 - 250ml de SGI a 5% ou SF 60 min Após reconstituição: 24 h em temperatura ambiente;
estéril na concentração de a 0,9% ou Ringer lactato Não fazer em bolus ou 48 h refrigerado.
50mg/ml IM
Clindamicina 150mg/ml Diluir na concentração 12mg/ml com 10 min Na concentração de 6 - 12mg/ml: 16 dias em
solução compatível (SGI a 5%, SF a 0,9%, Não exceder 1200mg/h temperatura ambiente; 32 dias refrigerado.
Ringer lactato)
Droga Reconstituição Diluição para infusão Tempo de infusão Estabilidade
Cloranfenicol 1g/10ml de água estéril ou Diluir em 50 - 100ml de solução compatível IV direto: 1 min Após reconstituição: 30 dias em temperatura ambiente
SGI a 5%. (SGI a 5%, SF a 0,9%, Ringer lactato) Intermitente: 30 - 60min Após diluir para infusão: 24 h em temperatura
Não usar água ambiente.
bacteriostática em
neonatos
Não exceder 10mg/ml
Doxiciclina 100mg/10ml de água Diluir cada 10mg em 100-1000ml de 1 - 4 h geralmente, Após diluição para infusão:
estéril ou solução solução compatível resultando na Recomenda-se infusão Se diluído em solução compatível, 72 h refrigerado.
compatível (SF a 0,9%, concentração de 0,1mg/ml mínima para 100mg de Se diluído com SGI a 5%/ Ringer lactato, 6 h
Ringer lactato SGI a 5%) 0,5mg/ml de solução em refrigerado . Proteger da luz solar direta durante
1h infusão.
Eritromicina 10ml de diluente para Diluir 500mg/100ml ou 1g/250ml de Não fazer IV direto Após reconstituição: 7 dias refrigerado.
500mg solução compatível Infundir em 20 – 60 min Após diluir para infusão: 8 h em temperatura ambiente;
Não usar SF a 0,9% na 24h refrigerado.
reconstituição inicial,
somente água estéril
Fluconazol 200mg/100ml Pronto para o uso Não exceder 200mg/hora -
Gentamicina 10mg/ml Diluir em 50 - 200ml de solução compatível 30 - 60 min Após diluição para infusão: 7 dias em temperatura
40mg/ml (SGI a 5%, SF a 0,9%, Ringer lactato) Pediatria: 20 - 30 min ambiente ou refrigerado.
60mg/ml
Imipenem- 1 frasco em 10ml de água Diluir 500mg em 100ml e 1g em 250ml de 250 - 500mg em 20 – 30 Após reconstituição: 4 h em temperatura ambiente; 24h
Cilastatina estéril ou diluente solução compatível na concentração final de min, refrigerado.
compatível (SGI a 5% 5mg/ml 1 g em 40 - 60 min Após diluir para infusão:
baixa estabilidade, SF a Em SGI a 5% - 4 h em temperatura ambiente; 24 horas
0,9%) refrigerado.
Em SF a 0,9% 10 h em temperatura ambiente; 48 h
refrigerado.
Droga Reconstituição Diluição para infusão Tempo de infusão Estabilidade
Meropenem 500mg/10ml de água Diluir para concentração final de 1 - Em bolus por 5 minutos Após reconstituição: 8 horas em temperatura
estéril para concentração 20mg/ml com solução compatível (SF a após reconstituir ou ambiente; 48 horas refrigerado.
final de 50mg/ml 0,9%, SGI a 5%, Ringer lactato) 15 - 30 minutos por Após diluição para infusão:
infusão . Em temperatura ambiente - SF0,9% - 10 h; SGI5% -
3 h; Ringer – 8h.
. Refrigerado - SF0,9% - 48 h; SGI5% - 18 h; Ringer
- 48 h.
Metronidazol 500mg/100ml Diluir com 100ml de solução compatível 60 minutos Após reconstituição: 96 h em temperatura ambiente.
Diluir o volume com 4,4ml (SGI a 5%, SF a 0,9%, RINGER lactato) na Após diluir para infusão: 24 h em temperatura
de água estéril, concentração final de 8mg/ml ambiente. Não refrigerar.
bacteriostática ou SF a
0,9% para concentração
final de 100mg/ml
Miconazol 10mg/ml Diluir em 200ml de solução compatível (SF 30 - 60 min Após diluir para infusão: 48 h em temperatura
a 0,9%, SGI a 5%) ambiente.
Netilmicina 1,5; 5,7 ou 8,6ml de água Diluir 50ml em SF a 0,45% ou 0,9% na IV direto: 10ml/min Reconstituída a 500mg/ml: 24 h em temperatura
estéril ou SF a 0,9% para concentração de 2 - 20mg/ml Intermitente: 20 - 30min ambiente ; 4 dias refrigerado.
1, 4 e 6g respectivamente. Após diluição para infusão: 8 h em temperatura
500mg/ml de concentração ambiente; 24 h refrigerado.
100, 50, 20ml p/1g
contendo 10, 20 ou
50mg/ml.
Netilmicina 10mg/ml Diluir em 50-200ml de solução compatível 30 - 60min Após diluir para infusão: 24 h em temperatura
25mg/ml (SGIa 5%, SF a 0,9%, Ringer lactato) ambiente; 3 dias refrigerado.
100mg/ml
Droga Reconstituição Diluição para infusão Tempo de infusão Estabilidade
Oxacilina 250mg/5ml de água estéril Diluir após reconstituição, em 50-100ml de IV direto: 10 min Após reconstituir: 3 dias em temperatura ambiente; 7
ou SF a 0,9% solução compatível na concentração final de Intermitente: 15 - 30 min dias refrigerado.
0,5 - 40mg/ml Após diluir: 24 h em temperatura ambiente; 7 dias
refrigerado.
Pefloxacina 400mg Diluir uma ampola em 125ml ou 250ml SGI 1 hora Uso único
a 5%
Penicilina G 1 frasco com diluente Diluir com 50 - 100ml de solução 30 - 120 min Após reconstituir: 7 dias refrigerado.
Potássica e Sódica compatível específico compatível (SGI a 5%, Ringer lactato, SF a Pediatria: 15 - 30 min Após diluir: 24 h em ar ambiente; 7 dias refrigerado.
0,9%, água estéril) para concentração final
de 100.000- 500.000 u/ml.
Em 5 milhões, adicionar um litro de solução
Rifampicina 600mg/10ml de água Diluir em 100-150ml de solução compatível 100ml em 30 min ou Após reconstituir e diluir: estável 24 h em ar ambiente.
estéril na concentração (SGI a 5%, SF a 0,9%) 500ml em 3 h
final de 60mg/ml
Sulfametoxazol- 800mg TMP Diluir 5 ml em 125 ml SGI a5%. 60 - 90 min Após diluir: 24 h em garrafas de vidro em temperatura
Trimetoprim 400mg sulfa Pode-se 5 ml em 75 ml de SGI a 5% ambiente.
5ml
Ticarcilina- 3,1g/13ml Diluir com 50 - 100ml da solução 30 min Após reconstituição: 6 h em temperatura ambiente; 72h
Clavulanato compatível (SGI a 5%, SF a 0,9%, água refrigerado.
200mg ticarcilina estéril) Após diluir: 24 h em temperatura ambiente; 3 dias (SGI
e 6,7 a 5%) e 4 dias (SF a 0,9%) refrigerado.
clavulanato/ml
Tobramicina 10mg/ml Diluir em 50-200ml de solução compatível 30 - 60min Após diluir: 24 h em temperatura ambiente; 4 dias
40mg/ml (SGI a 5%, SF a 0,9%, Ringer lactato) refrigerado.
Vancomicina 500mg/10ml de água Diluir 500mg/100ml de solução compatível 30 - 60 min Após reconstituída e diluída: 14 dias em temperatura
estéril na concentração máxima de 5mg/ml Não exceder 15mg/min ambiente ou refrigerado.
Leitura Recomendada
1. Mandell GL, Douglas RG, Bennett JE Dolin R. Principles and practice of infectious disease. 6ª
ed. Philadelphia. Churchill Livingstone Ed. 2004.
2. Woodley, M.; Whelan, Alison. Manual of Medical Therapeutics. The Whashington Manual,
Little Brown, 603 páginas, 1995
3. Gorbach, S.L.; Barlett, S.G., Blacklow, N.R. Infectious Diseases, Saunders Company, 1992
4.American Academy of Pediatrics, 1997. Red Book, Committee on Infectious Diseases. American
Academy of Pediatrics, 652 páginas
5. Reese, R.E. et all. Handbook of Antibiotics Little Brown and Company, 2000, 633 páginas
7. Kunin, C.M. et al. Use of antibiotics. A brief expostition of the problem and some tentative
solutions. Ann Intern Med. 1973; 79: 555 - 60.
8. Centers for Disease Control and Prevention. Prevention of Perinatal Group B Streptococcal
Disease. MMWR 2002;51(No. RR-11):1-24.
9. Veronesi R., Focaccia R. Tratado de Infectologia. 3ª ed. São Paulo: Ed Atheneu; 2005.
10.Walter Tavares. Antibióticos e Quimioterápicos para o Clínico. 1ª ed. São Paulo: Atheneu;
2006.