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USO RACIONAL DE ANTIBIÓTICO PROFILÁTICO E

TERAPÊUTICO
Renato Camargos Couto
Tânia Moreira Grillo Pedrosa
Silvio Augusto Corsini Menicucci
Valéria Pinto Fonseca
Fernando Biscione

I – Introdução

II – Farmacologia

III- Antibiótico Profilático


III-1. Profilaxia Cirurgia
III-2. Profilaxia Clínica

IV- Terapêutica das Infecções

V - Terapêutica das Infecções virais

VI– Infecções no Paciente Imunodepremido – Terapêutica e Profilaxia


VI.1 – Paciente HIV positivo
VI.2 – Infecções em receptor de transplante de órgão
VI.3 – Tratamentos profilaxia da tuberculose

VII – Interações Medicamentosas adversas

VIII - Doses, Ajustes na Insuficiência Renal e Hepática, Passagem pela


Meninge, Leite e Placenta

IX – Prescrição do Antibiótico – Diluição e Infusão


USO RACIONAL DE ANTIBIÓTICO
PROFILÁTICO E TERAPÊUTICO

Introdução
Os hospitais agregam pacientes gravemente enfermos, amplamente invadidos com
o aparato de suporte vital, tornando esta população altamente susceptível às infecções
hospitalares (IH). Neste ambiente, o uso racional de antimicrobianos torna-se arma
essencial do sistema de prevenção das infecções nosocomiais. A literatura tem mostrado
que um sistema de auditoria dos antibióticos prescritos por um médico dedicado a esta
função é a forma mais eficaz de racionalizar este uso, e passa a ser ferramenta fundamental
do sistema preventivo.
Os antibióticos contribuem de 3 maneiras para agravar o problema das IH:
- Eliminam as bactérias sensíveis a ele, permitindo o aumento da população de
bactérias resistentes.

- Induzem resistência: a bactéria possui no seu genoma o conjunto de gens que


permitiria criar mecanismos de resistência ao antibiótico em uso e também a
outros. Esses gens encontram-se inativos, pela repressão genética, mantendo-a
sensível ao antibiótico. Algumas drogas (ceftazidima, cefoxitina etc.) são capazes
de produzir desrepressão destes gens fazendo com que se manifeste a resistência
não só à droga em uso, mas também a outros antibióticos.

- Eliminam a flora anaeróbica, especialmente do trato gastrointestinal. A maioria


das bactérias que mais tarde produzirão as IH (Enterobacteriaceae,
Pseudomonaceae, Enterococos etc.) origina-se no intestino, vindo mais tarde a
ocupar os diversos sítios (pulmão, trato geniturinário etc.). A quantidade destas
bactérias é limitada pela flora anaeróbica, bem menos invasiva. Os antibióticos
que eliminam os anaeróbios (vancomicina, cefalosporinas, cefoxitina, imipenem
etc.) produzem grandes desequilíbrios, levando ao supercrescimento de aeróbios
gram-positivos e gram-negativos com repercussões futuras.

Em 1996 foi publicado o resultado do estudo realizado por um grupo de


especialistas nomeado pelo Ministério da Saúde da Espanha, que lançou nova luz sobre as
dimensões e repercussões do mau uso de antimicrobianos. O estudo surgiu da necessidade
de se entender as causas do grave problema de resistência bacteriana, comunitária e
hospitalar, que assola aquele país. Os pneumococos eram resistentes em 40% das vezes a
pencilina e 18% das vezes aos macrolídeos; 40% dos H.influenzae eram resistentes às
amino-penicilinas. A maioria das bactérias comunitárias apresenta elevada resistência às
drogas de primeira linha. O que se observou neste estudo foi um enorme consumo de
antimicrobianos (19 doses por 1000 habitantes/dia em 1994) pela população espanhola,
totalizando 366 toneladas/ano, e, o mais surpreendente, foi o elevado consumo de
antibiótico por animais, 250 toneladas/ano, usado como fator de crescimento animal. O uso
da ovoparcina, um glicopeptídeo, como fator de crescimento determinou o surgimento de
um enorme reservatório de enterococos resistentes à vancomicina nos animais. A análise
de espécimes de vários animais mostrou elevado grau de resistência de outras bactérias.
Entre os isolados animais, 40% das E.coli eram resistentes à ampicilina e sulfa; 20%
resistentes à gentamicina; 20% dos S.aureus eram resistentes à meticilina. Outras drogas
que atualmente estão sendo comercializadas para humanos, como as estreptograminas, já
são de longa data, adicionadas à ração animal. Certamente ocorre intenso intercâmbio de
flora entre os animais e o homem nas diversas modalidades de contato diário, sendo esta
mais uma fonte de problemas relacionados à resistência microbiana.
Sinais de abuso no uso podem também ser percebidos pela avaliação de um dia de
prescrição médica naquele país. No dia avaliado, 22% dos médicos relatavam ter
diagnosticado doenças infecciosas, mas 67% deles haviam prescrito antimicrobianos.
Aliado ao abuso do uso, associa-se a baixa adesão ao curso terapêutico completo. Somente
58% dos pacientes usam os antibióticos durante o tempo total prescrito. A pressão seletiva
comunitária e animal se alia àquela que ocorre no hospital. Uma proporção da resistência
microbiana hospitalar pode ter sua origem na comunidade.
As repercussões do controle do uso de antimicrobianos na diminuição da resistência
ficam claras em elegante trabalho da Finlândia publicado em 1997. Houve dramática
redução da resistência dos estreptococos do grupo A aos macrolídeos após a introdução de
um programa de redução da prescrição deste grupo de drogas naquele país. Este programa
determinou a queda do uso de 2,4 doses por 1000 habitantes em 1991 para 1,3 dose por
1000 habitantes em 1992, e que se manteve até 1996.
Estes estudos mostram que vale a pena controlar o consumo destes produtos e que a
intervenção ultrapassa em muito o estreito universo dos hospitais.
Além das alterações da microbiota se alia um sem-número de efeitos colaterais e
interações de drogas que podem ser evitados ou minimizados quando não se faz uso de
antimicrobianos ou quando se tem o conhecimento para fazer a melhor opção dentro do
contexto clínico de um paciente exigindo do internista que o assiste amplos conhecimentos
da técnica médica.

Farmacologia
BETALACTÂMICOS

O grupo é constituído pelas penicilinas, cefalosporinas, cefamicinas, carbapenem e


monobactâmicos. Possuem uma proteína específica de ligação na membrana celular
conhecida como protein biding penicillin (PBP), e a partir daí interferem com a síntese da
parede celular, levando a morte bacteriana.
Os mecanismos de resistência bacteriana são a produção de enzimas inativadoras
(betalactamases) e a modificação da estrutura das PBP, impedindo a ligação do antibiótico.
Os efeitos colaterais são em geral comuns a todo o grupo, variando quanto à
freqüência de ocorrência de acordo com a droga. São eles a flebite, rash cutâneo, febre,
eosinofilia, Coombs-positivo, anemia hemolítica, neutropenia, disfunção plaquetária,
nefrite intersticial (exceto imipenem e aztreonam), disfunção renal (somente com
cefalosporina), aumento de TGO (exceto penicilina cristalina), diarréia, náusea, convulsões
(somente com penicilina cristalina, amino, carboxi e ureidopenicilinas e imipenem).

PENICILINAS

São um grupo de drogas bem estabelecido e conhecido. São rapidamente excretadas


pelos rins e, portanto, a dose deve ser ajustada na insuficiência renal. A hipersensibilidade
é o efeito colateral mais comum e manifesta-se com eosinofilia, doença do soro, anafilaxia
e febre dos mais diferentes perfis.
As penicilinas têm uma imunogenicidade comum; portanto, a alergia a uma é
comum a todas. Anemia hemolítica Coombs positiva, leucopenia, plaquetopenia e nefrite
intersticial são raros. As convulsões só ocorrem com altas doses, especialmente na
insuficiência renal.

Penicilina G

Sensível às betalactamases bacterianas. Usada na terapêutica de: Streptococcus dos


grupos A, B, C, G, S.pneumoniae, L.monocytogenis, N.meningitidis e anaeróbios, exceto os
produtores de betalactamases, como o grupo Bacteroides. A ocorrência de resistência entre
os pneumococos é um problema de saúde pública crescente nos Estados Unidos e Europa.
Em nosso meio, a importância de sua ocorrência necessita de melhor avaliação.

Apresentações:
- Aquosa com 1,7mEq de K+ por milhão de unidades para uso EV e IM.
- Associada à procaína com nível sustentado de 12 horas para uso IM.
- Associada à benzatina com níveis baixos sustentados por 2 a 3 semanas; usada IM
para a profilaxia da febre reumática e tratamento da sífilis.

Penicilinas Semi-sintéticas Resistentes às Penicilinases

No nosso meio encontra-se disponível a oxacilina, usada para tratar S.aureus


produtor de penicilinase. É menos ativa que a penicilina cristalina para os estreptococos,
não age em Listeria e nos anaeróbios, possuindo ação errática somente no
Peptoestreptococus sp. A resistência do S. aureus à oxacilina se estende a todos os
betalactâmicos. São usadas no antibiograma como marcadores de resistência aos
betalactâmicos.
A infecção estafilocóccica pode ser determinada por várias cepas simultaneamente,
sendo algumas sensíveis e outras resistentes. A detecção no antibiograma das
subpopulações resistentes à oxacilina é mais fácil do que a detecção das subpopulações
resistentes aos outros betalactâmicos. Mas, se há uma subpopulação resistente à oxacilina,
ela é certamente resistente a todos os representantes do grupo. O mecanismo de resistência
conhecido como intrínseco se dá pela mudança do receptor de ligação dos betalactâmicos a
membrana celular (PBP).
Há cepas de S. aureus conhecidas como tolerantes e que apresentam uma
dissociação entre a concentração inibitória mínima e bactericida mínima e se associam a
uma má resposta clínica aos betalactâmicos. Um outro subgrupo é conhecido como
BORSA (bordeline oxacillin resistant S.aureus), e o mecanismo provável é a produção
excessiva de betalactamase. Estes 2 subtipos se apresentam como resistentes no
antibiograma que usa a técnica de difusão em disco.
Os efeitos colaterais mais comuns incluem a nefrite intersticial, aumento de
transaminases, icterícia colestática e neutropenia.

Penicilinas de Espectro Ampliado

São menos ativas que a penicilina cristalina para o estreptococo. Têm atividade
contra o H.influenzae, Neisseria sp., Enterobacteriaceae. Não cobrem S.aureus e nos EUA
20 a 30% dos H.influenzae são produtores de betalactamases capaz de inativá-las. São
inativas para Enterobacter sp., Pseudomonas sp. e Klebsiella sp. As 2 apresentações
disponíveis no nosso meio são a ampicilina e amoxacilina. Têm o mesmo espectro, e a
ampicilina deve ser usada preferencialmente por via venosa, pois tem absorção oral
errática.
Elas podem ser associadas a inbidores de betalactamases - o ácido clavulânico à
amoxacilina, o sulbactam à amoxacilina e o sulbactam à ampicilina - o que as torna ativas
contra os S.aureus, cujo mecanismo de resistência é a produção de betalactamase e não
mudança da proteína ligadora de betalactâmicos (MRSA). Estas associações são também
ativas contra H.influenzae, N.gonorrhoeae, todos os anaeróbios incluindo B.fragilis e
enterobacteriáceas produtoras de betalactamase de origem plasmidial. Esta associação não
acrescenta em nada quando se trata de Pseudomonas sp., Enterobacter sp., Serratia sp.,
cuja resistência se dá também por betalactamases de origem cromossômica não inibidas
pelo ácido clavulânico ou sulbactam. Esta associação é uma ótima opção às cefalosporinas
de terceira geração para a terapêutica empírica dos diversos quadros infecciosos graves que
ocorrem nas crianças de 2 meses a 5 anos de idade, cujos agentes de maior prevalência são
o S.aureus, H.influenzae e pneumococo, assim como as peritonites secundárias às
catástrofes abdominais, afecções ginecológicas e as pneumonias comunitárias do adulto
quando se apresentam com grande gravidade, em especial os quadros que exigem
hospitalização. O seu uso nestas situações preserva as cefalosporinas de terceira geração e
é mais uma razão para se evitar sua aplicação em afecções banais comunitárias em que o
valor de qualquer droga é de alcance limitado, como as sinusites e as otites médias.
A via oral da amoxacilina/clavulanato pode apresentar efeitos colaterais
relacionados ao trato gastrointestinal, caracterizados por náuseas e vômitos.

Carboxi e Ureidopenicilinas

São penicilinas de espectro alargado, semelhante à ampicilina, apresentando como


vantagem uma maior cobertura para Enterobater sp., Serratia sp., Providencia sp.,
Morganella sp., Aeromonas sp., Acinetobacter sp. e anaeróbios, incluindo o Bacteroides
fragilis. Pseudomonas aeruginosa habitualmente é resistente. Apresentam efeito sinérgico
com uso de aminoglicosídeo associado. Penetram mal no sistema nervoso central.
Os efeitos colaterais são semelhantes aos das outras penicilinas, acrescidos de
flebite, hipocalemia e alterações de tempo de coagulação. A ticarcilina e piperacilina são
carboxi penicilinas e contêm 4,7 a 5mEq de Na/g. As ureidopenicilinas são a azlocilina e a
mezlocilina.
O espaço deste grupo de drogas na terapêutica foi ocupado pelas cefalosporinas de
terceira geração, por terem maior eficácia, com menores efeitos colaterais. O seu papel
hoje é muito limitado.
A associação de ticarcilina ao ácido clavulânico pouco ou nada muda na sua
aplicabilidade clínica. Torna-a ativa para S.aureus e anaeróbios produtores de
betalactamase, mas esta cobertura de forma alguma aumenta sua aplicabilidade. O que se
desejava era uma melhor cobertura das bactérias gram-negativas, especialmente a
Pseudomonas aeruginosa, Serratia sp. e Enterobacter sp., porém grande parte das
betalactamases destas bactérias é de origem cromossômica, não inibidas, em geral, pelo
inibidor de betalactamase associado.
A piperacilina/tazobactam também apresenta boa atuação contra betalactamases
plasmidiais, mas não as cromossômicas. Seu espectro de ação inclui S. aureus meticilino-
sensível, Streptococcus pyogenes, anaeróbios e a maioria das cepas de Enterococus
faecalis. Até o momento, mostra ser uma droga interessante no tratamento de P.
aeruginosa multirresistente, que apresentam cerca de 91 a 95% de sensibilidade a esta
associação. Não penetra no SNC.

CEFALOSPORINAS E CEFAMICINAS

As cefamicinas, embora não pertençam a este grupo, são abordadas em conjunto


por suas características farmacológicas, espectro e aplicabilidade clínica. A classificação
em gerações agrupa drogas com espectro antibacteriano e farmacocinética semelhantes. À
medida que aumentam as gerações, há um aumento de atividade para bactérias bastonetes
gram-negativos e diminuição da ação para cocos gram-positivos, com exceção das de
quarta geração, que mantêm atividade para os cocos gram-positivos semelhante às de
primeira geração. Esta diminuição de ação para os cocos gram-positivos se dá pela
diminuição da afinidade das drogas pela proteína de ligação da membrana bacteriana.
Todas são inativas para os enterococos, que vêm se constituindo no mais novo
flagelo dos hospitais americanos. A emergência de resistência, seja no ambiente hospitalar
assim como durante o curso de tratamento de uma bactéria inicialmente sensível, é evento
esperado especialmente quando se trata de Enterobacter sp., Pseudomonas aeruginosa,
Serratia sp., Acinetobacter sp. e Proteus indol-positivo. Nas situações clínicas em que
estas bactérias são patógenos potenciais, a associação com aminoglicosïdeos, que é
sinérgica, é recomendada por um período de 3 a 5 dias.
Existem 3 mecanismos básicos de resistência:
1. Diminuição da afinidade pelas proteínas ligadoras de betalactâmicos (PBP) situadas
na membrana celular, por mudança em sua estrutura. Este é o mecanismo de
resistência do S.aureus às penicilinas resistentes a betalactamases e cefalosporinas
(MRSA) e de alguns gonococos e pneumococos resistentes às penicilinas.
2. Diminuição de permeabilidade ao antibiótico dos poros da membrana, dificultando
o acesso às PBP que se situam mais profundamente na membrana dos bastonetes
gram-negativos. Este mecanismo ocorre acompanhado da produção de
betalactamases.
3. Produção de betalactamases, que determina inativação hidrolítica dos antibióticos.
A produção de betalactamases pode ter codificação cromossômica ou
extracromossômica, por plasmídios ou transpossomos, o que confere
transmissibilidade entre espécies. As cefalosporinas são relativamente estáveis
frente às betalactamases de S.aureus, N.gonorrhoea e H.influenza. A diminuição da
ação das cefalosporinas mais novas (com exceção das de quarta geração) para o
S.aureus se deve a menor afinidade destas drogas às PBP não modificadas da
bactéria. As betalactamases de bastonetes gram-negativos de origem plasmidial
conferem resistência às cefalosporinas e as de geração mais recente são mais
estáveis frente a elas. Existem aquelas de espectro alargado que conferem alta
resistência a todas as cefalosporinas e aztreonam, e são mais comumente
encontradas em Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa, Enterobacter
sp., Serratia sp., Citrobacter freundii, Morganella, Providencia, que têm em seu
cromossomo os gens para produção de betalactamases capazes de inativar as
cefamicinas e cefalosporinas, incluindo as de terceira geração. Estes gens podem
se encontrar reprimidos e, portanto, incapazes de se expressarem na forma de
produção enzimática. As cefalosporinas são capazes de produzir desrepressão
gênica, induzindo a produção de enzimas inclusive no curso da terapêutica de uma
bactéria inicialmente sensível. A cefoxitina e a tienamicina são os mais potentes
indutores de betalactamases. Esta é uma das bases para a restrição do seu uso em
ambiente hospitalar.
A hipersensibilidade é o efeito colateral mais comum e pode ocorrer de maneira
cruzada com outros betalactâmicos. Outros efeitos adversos são aqueles comuns a todos
betalactâmicos.

Cefalosporinas de Primeira Geração

Boa atividade para cocos gram-positivos, incluindo o S.aureus. Cobrem a


M.catarrhalis, H.ducreyi, N.gonorrhoeae e os bastonetes gram-negativos como a E.coli,
Klebsiella sp. e Proteus mirabilis, especialmente os de origem comunitária. Ativa contra
anaeróbios susceptíveis à penicilina (exceto Bacteroides sp.).
As apresentações parenterais em nosso meio são a cefalotina e a cefazolina. A
cefazolina produz menos flebite, pode ser usada por via intramuscular e tem uma meia-
vida maior, que permite o uso a cada 8 horas. A opção entre as duas deve se basear
principalmente no custo e, caso isto seja semelhante, os outros aspectos nortearão a opção.
As formas orais disponíveis são a cefalexina e o cefadroxil, sendo que o segundo
tem meia vida maior, permitindo o uso a cada 12 horas. Ambos não atingem nível tecidual
elevado. São apropriadas para a terapêutica das infeccões urinárias, de outros órgãos,
quando já se encontrarem controladas ou forem de pequena gravidade. A opção entre as
duas tem como base o custo final e comodidade posológica.

Cefalosporinas de Segunda Geração

Mesmo espectro das de primeira geração com melhor cobertura para os bastonetes
gram-negativos aeróbios e anaeróbios. Passam a ser incluídos na cobertura Proteus
vulgaris, Providencia sp., Morganella sp., Aeromonas sp.. Os anaeróbios são bem
cobertos, mas, das drogas disponíveis em nosso meio, somente a cefoxitina cobre
B.fragilis. Deve-se considerar a existência de cepas de anaeróbios resistentes, sendo
preferível o uso de drogas mais ativas como o cloranfenicol, metronidazol ou clindamicina
nas infecções de maior gravidade.
Temos disponíveis a cefuroxima (EV, IM) e a cefuroxima axetil (VO). A cefoxitina
(EV) deve ser lembrada pela elevada capacidade de induzir betalactamase. Este grupo é
mais estável frente às betalactamases de H.influenzae que as de primeira geração e tem
algum papel na terapêutica das otites que não respondem às drogas de primeira linha
(sulfa, amoxacilina).
Este grupo de drogas é de uso limitado quando se leva em consideração o custo-
benefício. Há um sem-número de drogas que, isoladas ou associadas, têm o mesmo
espectro, com custo e risco (indução de beta lactamases) menores para o paciente.
Raramente se encontrará uma razão que justifique seu uso.

Cefalosporinas de Terceira Geração

São menos ativas que as cefalosporinas de primeira e segunda geração para


S.aureus e mais ativas nos bastonetes gram-negativos, incluindo P.aeruginosa. Para os
outros germes têm atividade igual às de segunda geração.
A cefotaxima tem ação modesta para P.aeruginosa. É metabolizada a desacetil
cefotaxima que, embora menos potente que a droga de origem, tem meia-vida mais longa,
o que permite o seu uso a cada 8 horas para infeccões moderadas. Cobre anaeróbios,
inclusive 40 a 50% dos B.fragilis.
A cefodizima tem espectro semelhante ao da cefotaxima. É descrita ação
imunomoduladora cujo papel clínico é indefinido.
A ceftriaxona é a mais potente cefalosporina para N.gonorrhoeae, N.meningitidis,
H.influenza. Sua farmacocinética com meia-vida de 8 horas e 90% de ligação protéica
permite seu uso a cada 24 horas mesmo para infecções graves com risco de vida, com
exceção da meningite (a cada 12 horas).
A ceftazidima é uma cefalosporina de terceira geração única. Tem capacidade de
induzir betalactamases e é pouco sensível às betalactamases cromossômicas. Tem baixa
atividade para S.aureus e Bacteroides fragilis. É a cefalosporina de escolha para a
terapêutica de P.aeruginosa. Tem boa penetração no SNC e é a droga de escolha para a
terapêutica das meningites por P. aeruginosa.
Este grupo pode ser dividido em cefotaxima/cefodizima/ceftriaxona e ceftazidima.
As 3 primeiras têm espectro semelhante e a opção entre elas deve se basear no custo final,
exceto nas infecções do SNC onde a ceftriaxona deveria ser a droga de escolha. A
cobertura que conseguem dar para o S.aureus garante relativa segurança para a cobertura
empírica de infecções em que este agente pode ser a etiologia. A ceftazidima é única,
sendo a droga de escolha quando se pensa em P.aeruginosa e bastonetes gram-negativos
produtores de betalactamases cromossômicas ou plasmidiais, com exceção das plasmidiais
de espectro alargado, que se associam mais freqüentemente à Klebsiella sp. Sua cobertura
para S.aureus impede o seu uso como monoterapia empírica em situações em que este
agente pode ser a etiologia.
A associação com aminoglicosídeos é sinérgica e diminui a indução de
betalactamases. Deve ser usada especialmente na suspeita de P.aeruginosa, Enterobacter
sp. e Serratia sp. por um período de 3 a 5 dias.
As cefalosporinas de terceira geração disponíveis por via oral são a cefixima e a
cefpodoxima. A cefixima é ativa para Streptococcus pneumoniae, H. influenzae, Nisseria e
muitas Enterobacteriáceas, mas não é ativa para S. aureus, e pode ser usada em dose única
diária. A cefpodoxima tem o mesmo espectro anterior, mas com meia-vida mais curta.

Cefalosporinas de Quarta Geração

Este novo grupo constituído pela cefpiroma e cefepima apresenta características


que o torna peculiar.
A cefpiroma tem atividade superior à do grupo de terceira geração quando se trata
de estreptococos, S.aureus, Neisseria sp., H.influenzae e Enterobacteriaceae, mas possui
menor atividade para P.aeruginosa que a ceftazidima. Parece estável frente às
betalactamases de espectro alargado. Penetra no SNC, mas o seu uso neste sítio é pouco
estudado.
A cefepima possui características semelhantes às da cefpiroma, exceto pela
aparente melhor ação sobre P.aeruginosa.
Estas drogas podem ser de utilidade para a terapêutica de germes só sensíveis a ela,
especialmente os bastonetes gram-negativos produtores de betalactamases alargadas.

AZTREONAM

Este monobactâmico atua exclusivamente em bastonetes gram-negativos aeróbicos,


incluindo muitas cepas de Serratia sp. e P.aeruginosa. Ele age sinergicamente com os
aminoglicosídeos. Os mecanismos de resistência são os mesmos das cefalosporinas. Não
induz betalactamases. Não tem reação de hipersensibilidade cruzada com os outros
betalactâmicos, o que o torna uma opção nesta ocorrência.
A sua aplicabilidade clínica fica limitada pelo custo, pois possui espectro
semelhante ao dos aminoglicosídeos, exceto pela cobertura de Neisserias e hemófilos.
Apesar da maior toxicidade, os aminoglicosídeos são infinitamente mais baratos.

TIENAMICINAS

O imipenem vem com uma associação fixa com cilastatina que diminui sua
excreção renal. Possui um espectro de ação amplo, com grande potência, que inclui todos
os cocos gram-positivos exceto o S.aureus meticilino-resistente e o Enterococcus faecium;
todos os bastonetes gram-negativos, com exceção da Legionella sp. e X.maltophilia; e
todos os anaeróbios. Possui elevada resistência às betalactamases tanto de origem
cromossômica quanto plasmidial, mas é um potente indutor de betalactamases.
O meropenem apresenta o mesmo espectro do imipenem e tem como vantagens
uma menor ocorrência de convulsões, melhor penetração no sistema nervoso central e
menor capacidade de induzir betalactamases. Tem como efeitos colaterais as reações
alérgicas, neutropenia, trombocitopenia, parestesia, aumento de transaminases, fosfatase
alcalina e LDH. A apresentação IM não pode ser usada na faixa pediátrica, como também
na insuficiência renal com clearence < 50ml/min.
O ertapenem sódico é o novo componente da classe dos carbapenêmicos, que
apresenta o mesmo espectro de ação (e de indicação terapêutica) dos demais agentes desta
classe. Há maior comodidade terapêutica devido à sua maior meia-vida, que permite
posologia de dose única diária.
O seu uso se restringe a pacientes com bactérias cujo único antimicrobiano eficaz
seja uma tienamicina e na terapêutica empírica de pacientes já submetidos a inúmeros
cursos de antimicrobianos, portanto sujeitos a infecções por germes com múltipla
resistência. Um erro relativamente comum é usar antibióticos de última geração naqueles
pacientes em gravidade extrema. É bom lembrar que não há relação entre gravidade do
quadro infeccioso e a resistência bacteriana aos antibióticos, ou seja, um pneumococo
multisensível determinará quadros tão graves quanto uma Pseudomonas multirresistente,
na dependência de outros fatores como: mecanismo de defesa do hospedeiro, retardo na
intervenção terapêutica, suporte hemodinâmico inadequado e intensidade e qualidade da
reação orgânica ao agente agressor (caráter individual).

MACROLÍDEOS

São drogas bacteriostáticas que agem ligando-se à subunidade 50S do ribossomo


alterando a síntese protéica. Possuem ampla interação medicamentosa como a elevação do
nível plasmático de teofilina, digoxina, warfarin, carbamazepina e ciclosporina, e
prolongamento do intervalo QT naqueles pacientes em uso dos anti-histaminicos astemizol
e terfenadine. Os efeitos colaterais mais comuns se referem ao trato gastrointestinal, com
diarréia, náusea, vômito, sendo mais raros com a azitromicina e a claritromicina.
A forma venosa da eritromicina pode produzir flebite, o que é minimizado se for
diluída em pelo menos 250 ml de solução salina. Raramente podem ocorrer surdez
transitória e torsardes pointes. A hepatite colestática é própria do estolato.
A eritromicina é a droga de escolha para as infecções estreptocóccicas e
estafilocóccicas na alergia aos betalactâmicos. É a droga de escolha para Legionella sp. e
Micoplasma sp.
A claritromicina é 4 vezes mais potente que a eritromicina para estreptococo e
S.aureus meticilino-sensível. Nenhuma delas é útil para o S.aureus meticilino-resistente. É
mais ativa contra Moraxella e H.influenzae. Apresenta boa atividade para o
Mycobacterium avium. No restante, é similar à eritromicina. Encontra-se disponível nas
formas oral e venosa.
A azitromicina é mais ativa que as duas anteriores para o H.influenzae e Moraxella,
sendo semelhante à claritromicina no que se refere às outras bactérias, também sendo
disponíveis as formas oral e venosa.

GLICOPEPTÍDEOS

Vancomicina

Este antigo antimicrobiano que age na síntese da parede celular mostra-se útil no
tratamento de infecções por estreptococos, S.epidermidis e S.aureus meticilino-sensível e
resistente. É a droga de escolha quando se trata de S.aureus meticilino-resistente,
Enterococcus faecium, E.faecalis quando resistentes à penicilina e Clostridium difficile.
Os enterococos penicilina e vancomicina-resistentes vêm se tornando um grave
problema nos Estados Unidos. A resistência é mediada por plasmídeos. Nas infecções por
enterococos a associação com gentamicina é sinérgica e sabidamente benéfica.
Nas infecções por S.aureus de resposta terapêutica lenta a associação de
gentamicina mostra-se de valor.
Nas infecções por Clostridium difficille deve ser usada por via oral e é droga de
segunda escolha para evitar a emergência de Enterococcus vancomicina-resistente. A
droga de primeira escolha é o metronidazol. A restrição de seu uso é essencial para evitar a
emergência de resistência. A grande arma é o controle da ocorrência de S.aureus
meticilino-resistente, que se constitui na principal indicação da droga.
É de eliminação renal, o que a torna economicamente interessante na insuficiência
renal. Pode ocorrer a síndrome do homem vermelho (hiperemia, calor difuso) e até mesmo
choque por liberação de histamina com a infusão venosa rápida (a infusão deve ser em 45
minutos a 1 hora). A neurotoxicidade, especialmente auditiva dose-dependente, muitas
vezes irreversível, pode ocorrer. A insuficiência renal é transitória e incomum hoje, com
preparações mais puras. Raramente se vêem leucopenia, trombocitopenia e eosinofilia.

Teicoplanina

Apresenta o mesmo espectro, indicações e limitações da vancomicina. Tem como


vantagens o uso de dose única diária, a possibilidade da via muscular e menor incidência
de efeitos colaterais. Possui baixa penetração no SNC, o que limita seu uso no tratamento
de infecções nesta topografia.
A dose terapêutica para infecções profundas, para que se atinja o mesmo índice de
cura da vancomicina, é de 400mg/dia. Recente revisão de 200 trabalhos sugere doses de 10
a 12 mg/kg/dia para maximizar os resultados.
A opção entre a vancomicina e teicoplanina deve ter como base, além dos aspectos
farmacológicos, o custo e o perfil de sensibilidade ao antibiograma, uma vez que não há
correlação de 100% entre as duas drogas.
AMINOGLICOSÍDEOS gentamicina, neomicina, estreptomicina, etc

São bactericidas que atuam no ribossomo interferindo com a síntese protéica.


Atuam em S.aureus, Enterococcus sp., H.influenzae, E.coli, Klebsiella sp., Enterobacter
sp., Serratia sp., Pseudomonas aeruginosa, Proteus sp. Não atuam em anaeróbios. Não
devem ser usados isoladamente na terapêutica dos cocos gram-positivos, pois os
betabactâmicos são bem mais eficazes.
O mecanismo de resistência mais comum é de origem plasmidial por enzima
inativadora para a qual a amicacina se mostra mais resistente. A alteração do sítio de
ligação ao ribossomo é rara e peculiar à E.coli, assim como a diminuição da
permeabilidade é própria do S.aureus. O Enterococcus sp. pode apresentar qualquer um
dos mecanismos.
Os efeitos colaterais mais comuns são a ototoxicidade coclear ou vestibular
relacionada ao uso prolongado e à associação com diuréticos de alça. O bloqueio
neuromuscular pode ocorrer com a infusão venosa rápida. Deve-se fazer a infusão em no
mínimo 1 hora. A nefrotoxicidade se relaciona com a manutenção de um nível de platô
elevado.
A posologia habitual é constituída por doses fracionadas, mas o uso de dose única
diária é aplicável em algumas situações clínicas e é menos nefrotóxico, de menor custo e
de maior comodidade posológica. A base do seu uso é o efeito pós-antibiótico longo destas
drogas. Bactérias expostas à droga continuam a morrer por várias horas mesmo que o nível
sérico caia abaixo do ideal. As células tubulares renais são capazes de incorporar o
aminoglicosídeo. A droga é incorporada por um sistema ativado por “gatilho” que dispara
de acordo com o nível sérico, e há um sistema de secreção tubular quando o nível
encontra-se abaixo do gatilho. É através deste mecanismo de incorporação que ocorre a
lesão tubular. Com o uso da dose única, o nível sérico fica abaixo do gatilho por maior
tempo, determinando menor incorporação tubular e com isto menor nefrotoxicidade. A
dose total de um dia é dada de uma única vez, seja por via venosa ou muscular. Encontra-
se bem estabelecida esta posologia em pacientes não-neutropênicos nas seguintes
situações: sinergismo com betalactâmicos, pielonefrite desde o início do tratamento, e nos
outros sítios após o controle do quadro clínico.
Os aminoglicosídeos continuam a ser drogas de primeira linha para os germes
sensíveis a elas. São eficazes, baratas e com baixo potencial de produzir resistência no
ambiente hospitalar, ao contrário das cefalosporinas.

CLORANFENICOL

Esta droga atua na síntese protéica através de ligação ao ribossomo. É bactericida


para S. pneumoniae, Hemophilus sp., N.meningitidis, todos os anaeróbios, altamente ativa
para Salmonella sp., Rickettsia sp., e atua em P.mallei, P.pseudomallei, micoplasma e
outros germes intracelulares como clamídia e bartonela. É bacteriostático para S. aureus. A
resistência é incomum, com a exceção de Salmonella sp. em áreas endêmicas.
O efeito colateral mais freqüente é a inibição transitória e reversível da medula
óssea e mais raramente podem ocorrer neurite e hipersensibilidade. O grande estigma da
droga encontra-se na aplasia de medula. A incidência deste problema não se encontra bem
definida, variando na literatura de 1:30.000 a 1:60.000. Esta incidência é semelhante aos
óbitos determinados por anafilaxia à penicilina. Portanto, não há razões para preteri-la
quando se tratar de terapêutica para germes susceptíveis a ela.
Sua grande aplicação reside nas infecções que envolvem anaeróbios, Hemophilus
sp., em especial com o aumento das cepas produtoras de betalactamase, pneumococo,
Rikettsia sp. e Salmonella sp. A terapêutica empírica das pneumonias que envolvem
crianças de 2 meses a 5 anos e nos maiores de 60 anos é um vasto campo de sua aplicação.

CLINDAMICINA

Apresenta o mesmo mecanismo de ação do cloranfenicol, sendo um anaerobicida


excepcional, além de cobrir S.aureus e estreptococos.
Seus efeitos colaterais mais freqüentes são alergia, diarréia (20%),
hepatotoxicidade, raramente neutropenia, trombocitopenia e colite pseudomembranosa.
Sua grande aplicação é nas infecções anaeróbicas, e seu custo deve ser comparado com o
do cloranfenicol e do metronidazol. Seu uso é limitado nas endocardites por anaeróbios,
por ser bacteriostática para Bacteroides nesta situação. Não é indicada para terapêutica do
SNC, por não penetrar na barreira hematoencefálica. Também penetra pouco nos seios
paranasais.

METRONIDAZOL

Atua sobre anaeróbios, Trichomonas, Giardia, Entamoeba. A emergência de


resistência é rara. Não atua nos anaeróbios cocos gram-positivos que se encontram com
freqüência envolvidos nas infecções da cavidade oral, pele, trato genital, perfurações
esofágicas e pneumonias aspirativas. Nestas situações clínicas, a opção pelo cloranfenicol
ou clindamicina é mais adequada. Os efeitos colaterais são raros e incluem náusea, vômito,
alteração dissulfiram like; tem efeito teratogênico potencial. Possui ótima absorção oral e
retal e a troca da via venosa para estas vias é bastante segura.

QUINOLONAS

São drogas bactericidas que atuam na síntese de DNA. A resistência é em geral de


origem cromossômica, com mudança do sítio de ligação da droga. Ela ocorre de maneira
mais freqüente com o S.aureus meticilino-resistente e P.aeruginosa. Apresentam boa ação
e se prestam para a terapêutica de: S.aureus meticilino-sensível, Legionella sp.,
S.epidermidis, Chlamydia, Micoplasma pneumoniae, N.gonorrhoeae, M.catarrhalis,
E.coli, Klebsiela sp., Enterobacter sp., Serratia sp., Salmonella sp., Shighella sp., Proteus
sp., Providencia sp., Morganella sp., Citrobacter sp., Aeromonas sp., Acinetobacter sp. Os
anaeróbios são cobertos pelas quinolonas de última geração e a P.aeruginosa só é coberta
pelo ciprofloxacin.
As quinolonas de primeira geração poderiam ser divididas em ciprofloxacina, que
cobre P.aeruginosa, e as outras, que não cobrem este germe de maneira adequada.
Portando, a opção pela ciprofloxacina só se justifica se seu preço for inferior ao das outras
ou se suspeitar de P.aeruginosa como agente etiológico. A norfloxacina tem baixa
absorção oral, só atingindo níveis adequados nas vias urinárias, próstata e luz intestinal.
A forma venosa é disponível para a pefloxacina, ciprofloxacina e ofloxacina, e deve
ser imediatamente abandonada quando a via oral é disponível, pois apresentam uma
percentagem de absorção por via oral incomum, chegando a 100% com a pefloxacina, o
que torna indiferente, para a obtenção de nível terapêutico, a via de administração. Isto
minimiza sobremaneira o custo terapêutico. É bom lembrar que com exceção da
P.aeruginosa, reservada para a ciprofloxacina, todas garantem cobertura idêntica, o que
permite iniciar com uma quinolona venosa de menor custo e continuar a terapêutica com
outra, desde que seja economicamente interessante (p. ex., inicia-se com pefloxacina
venosa e continua-se com ciprofloxacina oral, que no momento é mais barata). Atitude
similar é usada com os betalactâmicos, quando passa da oxacilina para a cefalexina oral na
terapêutica das infecções estafilocóccicas.
A segurança na gravidez não é estabelecida. Produzem lesões nas cartilagens
epifisárias de animais jovens e sua segurança na fase de crescimento não é determinada. A
experiência pediátrica, embora pequena, não detectou lesões definitivas. Somente na
fibrose cística seu uso se encontra liberado para crianças. Acumulam-se cada vez mais
evidências de que seu uso em pediatria é seguro. Os efeitos colaterais mais freqüentes são
do trato gastrointestinal e neurológico (com convulsão e alucinação); raramente
leucopenia, eosinofilia e uma síndrome rara constituída de hemólise, coagulação
intravascular disseminada e insuficiência renal de mecanismo desconhecido. É descrita a
ruptura espontânea de tendão. Aumentam a meia-vida da teofilina, levando à toxicidade
desta.
A sua aplicabilidade é bastante ampla. Nas infecções urinárias, deveriam ficar
reservadas para os casos produzidos por bactérias só sensíveis a elas, deixando a grande
maioria dos casos para as drogas de primeira linha altamente eficazes, como os
aminoglicosídeos e a sulfa-trimetoprim.
Elas devem ser preservadas, não sendo utilizandas em quadros onde drogas de
primeira linha são eficazes (sinusite, DPOC infectado, infecção urinária etc.).
Nas infecções osteoarticulares são possíveis ótimos resultados com a forma oral,
tanto nas afecções por bastonetes gram-negativos (cipro 750 mg de 12 em 12 horas) quanto
por S.aureus. Apresentam ótimos resultados na terapêutica das diarréias, cobrindo
Salmonella sp., Shigella sp., E.coli, C.jejuni, Y.enterocolitica. Podem ser usadas em
tratamento de prostatite, nas doenças sexualmente transmissíveis, afecções peritoneais e de
partes moles.
As novas quinolonas (levofloxacin, moxifloxacin, gatifloxacin e gemifloxacin), por
sua ação contra cocos gram-positivos, principalmente Streptococcus pneumoniae, são uma
alternativa terapêutica, principalmente nas sinusites de repetição. Podem ser utilizadas no
tratamento da exacerbação aguda das bronquites crônicas onde predominam os bacilos
gram-negativos. Nos casos de pneumonia adquirida na comunidade, devido ao seu espectro
de ação contra Streptococcus pneumoniae, mostram-se mais efetivas, podendo se constituir
em uma opção para aquelas regiões com elevada resistência à penicilina. São muito úteis
no tratamento de pneumonias atípicas como as causadas por Legionella sp. e Mycoplasma
sp. e Chlamydia pneumoniae, cuja resposta clínica é semelhante aos macrolídeos. Bons
resultados também têm sido obtidos em infecções pulmonares associadas à assistência à
saúde, com o uso das fluorquinolonas, dependendo, obviamente, do perfil de resistência da
microbiota bacteriana. O gatifloxacin e o moxifloxacin apresentam atividade também para
anaeróbios, principlamente os cocos gram-positivos, podendo ser de utilidade nas
infecções polimicrobianas que envolvam anaeróbios acima do diafragma.

SULFAMETOXAZOL-TRIMETOPRIM

É uma associação baceriostática sinérgica que interfere na cadeia de síntese do


ácido fólico. Sua principal aplicação são as infecções urinárias, dos seios da face,
brônquicas comunitárias e as infecções por Pneumocystis jiroveci. Os efeitos colaterais
mais freqüentes são hipersensibilidade, anemia megaloblástica, leucopenia,
trombocitopenia e, raramente, supressão medular.
TETRACICLINAS

Encontram-se disponíveis a tetraciclina, doxiciclina e aminociclina. Agem na


subunidade 30S do ribossomo, impedindo a síntese protéica, tendo uma ação
bacteriostática. Aminociclina e doxiciclina apresentam meia-vida mais longa, permitindo
uma maior comodidade posológica, além de terem uma maior atividade bacteriostática e
apresentarem espectro alargado, cobrindo anaeróbios e aeróbios gram-positivos e gram-
negativos. Seu campo de uso se encontra na cobertura de anaeróbios em infecções leves de
partes moles e nas infecções por clamídia, micoplasma e rickétsia. Seu uso encontra-se
contra-indicado em crianças, pela ação de escurecer definitivamente os dentes; são ainda
hepatotóxicas, nefrotóxicas, além de poderem desencadear sintomas gastrointestinais,
alterações neurológicas sensoriais e pseudotumor cerebral.

ESTREPTOGRAMINAS

A combinação antimicrobiana quinupristina/dalfopristina é o primeiro agente de


uma nova classe de antibióticos pertencente à família macrolídeos-lincosamidas: as
estreptograminas. Seu uso foi liberado em 1999, nos Estados Unidos, para o tratamento de
sepse por Enterococcus faecium vancomicina-resistente, assim como para infecções de
pele e partes moles causadas por Staphylococcus aureus meticilino-sensível (MSSA) ou
Streptococcus pyogenes; estudos clínicos tiveram continuidade ainda durante o ano 2000.
Os dois antibióticos atuam sinergicamente, interferindo na síntese protéica e
ligando-se à subunidade 50S ribossomal: a dalfopristina inibe a fase inicial, e a
quinupristina a fase final da formação da proteína bacteriana. A resistência está associada à
resistência a ambos os componentes.
As estreptograminas são bactericidas ou bacteriostáticas e apresentam atividade
contra uma ampla variedade de bactérias gram-positivas; concentração inibitória mínima
(CIM) de 2mg/l ou menos indica sensibilidade. São bacteriostáticas contra Enterococcus
faecium vancomicina-resistente (CIM90 de 1 a 4 mg/l) e praticamente inativas contra E.
faecalis (CIM90 de 4 a 32 mg/l) . São bactericidas contra MSSA e Streptococcus pyogenes.
Estudos preliminares sugerem atividade contra MRSA, S. agalactiae, Corynebacterium
jeikeium, S. epidermidis, e S. pneumoniae.
São ativas in vitro, entre outras, contra espécies de Mycoplasma (incluindo M.
pneumoniae), Chlamydia trachomatis, L. monocytogenesis, Bacteroides sp. O H.
influenzae é moderadamente suscetível.
A dose usual recomendada para infecções graves é de 7,5mg/kg de peso corporal,
administrada via venosa em soro glicosado a 5%, durante um período de 60 minutos a cada
8 ou 12 horas. Alguns estudos sugerem doses de 4,5 a 6 mg/kg a cada 12 horas para
pneumonia pneumocócica e erisipela de membros inferiores. Não é necessário ajuste de
dose nos idosos, obesos ou em pacientes com disfunção renal ou em diálise peritoneal.
Experiência limitada em pacientes pediátricos também tem demonstrado ser desnecessário
o ajuste de doses nesta faixa etária.
As estreptograminas são rapidamente distribuídas para os tecidos; não penetram no
sistema nervoso central e não atravessam a barreira placentária em concentrações
significativas. São primariamente eliminadas pela bile.
O efeito adverso mais comum tem sido inflamação no sítio de administração.
Outros efeitos observados foram náusea, vômito, diarréia, artralgia, mialgia, fraqueza
muscular e rash cutâneo.
Há interação medicamentosa relatada com a ciclosporina (aumento de 3 vezes na
concentração sérica do imunossupressor).
Esta nova classe de antimicrobianos deve ser reservada para uso em infecções
graves, com risco de vida, para as quais não haja terapêutica alternativa.

OXAZOLIDINONAS

As oxazolidinonas são um novo grupo de antibióticos sintéticos, disponibilizado


para uso clínico no ano 2000, na terapêutica de infecções por microorganismos gram-
positivos, especialmente patógenos multirresistentes como enterococo vancomicina-
resistente e MRSA.
São inibidores da síntese protéica, ligando-se à subunidade ribossomal 50S, mas o
mecanismo de ação ainda não é plenamente estabelecido. Esta ligação é competitivamente
inibida pelo cloranfenicol e pela lincomicina.
São bacteriostáticos para uma variedade de bactérias, especialmente as gram-
positivas, incluindo MRSA, estafilococo coagulase-negativa, Enterococcus sp.
vancomicina-resistente e pneumococo penicilina-resistente. Relatada sensibilidade para M.
tuberculosis.
A linezolida é o antibiótico pertencente a esta classe disponível no nosso meio. É
completamente absorvida pelo trato digestivo, possibilitando a transição da terapêutica
venosa para a oral. A dose recomendada para adultos, tanto venosa quanto oral, é de
600mg a cada 12 horas. Não é necessário ajuste de doses na insuficiência renal, nos idosos
e na disfunção hepática leve a moderada. Administrar dose suplementar após hemodiálise.
Tem baixa penetração no sistema nervoso central e nos ossos (14 a 23% da concentração
plasmática em modelos animais). Estudos de metabolismo indicam que 80 a 85% da droga
são eliminados na urina, e 7 a 12% nas fezes.
Os eventos adversos mais comuns são os relacionados com o trato gastrointestinal,
relato de descoloração da língua e cefaléia (2,5%); um caso de fibrilação atrial, disfunção
hepática e outro de pancreatite.
A linezolida deve ser usada nas infecções por microorganismos gram-positivos
multirresistentes, nas quais não haja alternativa terapêutica.

GLICILCICLINAS

A tigeciclina é a única representante do grupo das glicilciclinas. É uma droga com


atividade bacteriostática, atua inibindo a tradução protéica nas bactérias, ligando-se à
subunidade ribossômica 30S.
A apresentação disponível é somente para uso endovenoso, devendo ser
administrada em 1 hora (tempo de infusão) duas vezes ao dia. Apresenta meia-vida de 36
horas. A dose recomendada para adultos é de 100mg na primeira dose, depois 50 mg a
cada 12 horas. Não é necessário ajuste de doses na insuficiência renal e de dose
suplementar após hemodiálise. Apresenta excelente distribuição tecidual, sendo que as
concentrações mais altas foram encontradas na bexiga, pulmão, cólon, baço e rim. É
eliminada predominantemente pelas vias biliares em sua forma ativa. Cerca de 30% são
eliminados pelos rins.
Apresenta potente atividade in vitro contra cocos gram-positivos (incluindo
Staphylococcus sp. resistentes à oxacilina, Enterococcus sp. resistentes à vancomicina e
Streptococcus sp. resistentes às penicilinas ou cefalosporinas), bacilos gram-negativos
(exceto Pseudomonas aeruginosa e Proteus mirabilis) e a maioria dos anaeróbios de
importância clínica. Apresenta excelente atividade contra a grande maioria das
enterobactérias, incluindo Klebsiella pneumoniae produtora de betalactamase de espectro
ampliado e contra alguns bacilos gram-negativos não fermentadores, como Acinetobacter
sp. e Stenotrophomonas maltophilia, além da atividade contra bactérias anaeróbias,
incluindo o grupo Bacteroides fragilis e o Clostridium difficile. Está aprovada para o
tratamento de infecções complicadas de partes moles e intra-abdominais.
Os principais efeitos colaterais são náusea e vômito. Outros efeitos colaterais mais
raros incluem diarréia, dor abdominal e cefaléia.

POLIMIXINAS
As polimixinas são antimicrobianos polipeptídeos com mecanismo de ação distinto
dos demais antimicrobianos utilizados atualmente. Dessa forma, a possibilidade de
resistência cruzada com outros antimicrobianos é muito remota, permitindo que as
polimixinas sejam ativas contra muitas espécies de bactérias multirresistentes. Há duas
polimixinas disponíveis comercialmente: a polimixina B e a polimixina E ou colistina.
As polimixinas interagem com a molécula de polissacarídeo da membrana externa
das bactérias gram-negativas, retirando cálcio e magnésio, necessários para a estabilidade
desta molécula. Esse processo é independente da entrada do antimicrobiano na célula
bacteriana e resulta em aumento de permeabilidade da membrana com rápida perda de
conteúdo celular e morte da bactéria. Além de potente atividade bactericida, as polimixinas
também apresentam atividade antiendotoxina. O lipídeo A da molécula de lipossacarídeo,
que representa a endotoxina da bactéria gram-negativa, é neutralizado pelas polimixinas.
Além dos cocos gram-positivos, algumas espécies de bacilos gram-negativos
também apresentam resistência intrínseca às polimixinas (algumas espécies de
Burkholderia cepacia, Proteus spp., Serratia spp., Stenotrophomonas maltophilia e
Enterobacter sp.). A resistência natural de bactérias gram-positivas está relacionada à
incapacidade da droga de penetrar na parede celular. Entre os gram-negativos a resistência
pode ocorrer por mecanismo semelhante, ou por diminuição na ligação à membrana
celular.
Estas drogas concentram-se no fígado e rins, tendo pequena passagem através da
barreira liquórica, mesmo na presença de inflamação. São excretadas lentamente por
filtração glomerular, devendo ter sua dose corrigida em insuficiência renal. A meia-vida da
polimixina B é de 6 a 7 horas e da colistina de 2 a 4,5 horas, mas em pacientes anúricos
estes antimicrobianos apresentam uma meia-vida de até 72 horas.
As polimixinas são ativas contra uma grande variedade de bacilos gram-negativos
(incluindo Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter sp.) incluindo muitas espécies de
enterobactérias (como Escherichia coli e Klebsiella sp.) e bacilos não-fermentadores.
Desta forma, as polimixinas têm sido utilizadas na prática clínica no tratamento de
infecções graves por bacilos gram-negativos multirressitentes como Pseudomonas
aeruginosa e Acinetobacter baumannii, principalmente, no tratamento de pneumonias
associadas à assistência à saúde, infecções da corrente sanguínea relacionadas a cateteres,
nas infecções do sítio cirúgico e nas infecções do trato urinário. Entretanto, o pouco
conhecimento sobre suas propriedades farmacológicas e eficácia clínica limitam sua
utilização.
Os microrganismos gram-positivos, os fungos, os anaeróbios, Proteus sp., Neisseria
sp., Serratia sp. e Providencia sp. são resistentes às polimixinas.
A toxicidade limita a ampla utilização dessa classe de antimicrobianos. O efeito
tóxico mais freqüente é a lesão renal, que se caracteriza por necrose tubular aguda,
diretamente relacionado ao mecanismo de ação desses antimicrobianos. Outro efeito tóxico
é o bloqueio neuromuscular, semelhante ao dos aminoglicosídeos, que ocorre com a
infusão rápida da droga. Pode ocorrer parada respiratória. Os efeitos neuromusculares
descritos são a parestesia perioral, neuropatia periférica, ataxia, instabilidade vasomotora e
confusão. Estes efeitos tóxicos são dose-dependente.

ANFOTERICINA B

Este antifúngico poliênico atua alterando a permeabilidade celular a partir da


ligação a moléculas de ergosterol da membrana celular.
Apresenta baixa absorção por via oral, baixas concentrações no SNC, e seu
metabolismo e excreção são pouco entendidos, mas não exige ajuste na insuficiência renal.
Possui nefrotoxicidade dose-dependente por produzir isquemia glomerular e venular por
vasoconstrição. Produz alterações tubulares com perda de bicarbonato acompanhada da
perda de potássio para manter o ânion gap (acidose tubular renal). Há anemia por provável
inibição da produção de eritropoietina. Produz náusea, vômitos, anorexia, flebite e
raramente leucopenia e plaquetopenia. Durante a infusão podem ocorrer febre, calafrios,
queda de pressão arterial, o que pode ser minimizado com pré-medicação com antitérmico
e/ou 25-50mg de hidrocortisona e/ou meperidina.
O uso da dose-teste de 1mg infundida em 30 minutos antes de iniciar a terapêutica é
recomendado, porém já em desuso, uma vez que a reação anafilática é idiossincrásica e não
dose-dependente, mas o fato é que pacientes com doença rapidamente progressiva devem
receber dose plena já nas primeiras 24 horas.
A dose diária é de 0,5 a 1mg/kg/dia, e se a opção for por dias alternados deve-se
dobrar a dose diária, não ultrapassando 1,5mg/kg/dia. A manutenção da dose diária,
quando se usa em dias alternados, é um erro relativamente comum.
A apresentação da droga em dispersão coloidal (complexo de anfotericina B e
sulfato de colesterol na relação 1:1) é ligeiramente menos tóxica. A relação custo-benefício
desta apresentação encontra-se por ser estabelecida.

FLUCONAZOL

Este antifúngico tem ótima absorção oral, atingindo bom nível em todos os tecidos
incluindo o SNC. Tem excreção renal, devendo a dose ser ajustada na insuficiência renal.
É bem estabelecido o seu uso no tratamento da meningite criptocóccica e na candidíase
cutâneomucosa. Há dados na literatura mostrando que pacientes maiores que 12 anos, não-
neutropênicos, com candidíase sistêmica apresentam os mesmos índices de cura quando se
compara com anfotericina B. Os efeitos colaterais mais comuns se referem ao trato
digestivo e à hipersensibilidade. Como age inibindo a síntese do ergosterol, atua como
antagônico à anfotericina B.
Antibióticos Profiláticos

Uma das maiores aplicações dos antimicrobianos situa-se na profilaxia. A


profilaxia antibiótica (PA) se aplica a um sem-número de situações clínicas (doença
valvular cardíaca, proteção após a exposição a doenças de grande infectividade) e
cirúrgicas. Quando utilizada criteriosamente, a PA reduz dramaticamente o risco de
infecção, principalmente infecção do sítio cirúrgico, mas seus benefícios devem ser
balanceados contra o risco de reações adversas, tóxicas ou alérgicas, interações
medicamentosas, emergência de germes resistentes, superinfecção e custos. É certamente
em cirurgia que se situa a melhor relação custo-benefício destes agentes.

Antibióticos Profiláticos para Cirurgia


Em termos gerais, a PA em cirurgia (PAC) é recomendada para aqueles
procedimentos em que: 1) exista um elevado risco de infecção. Um risco de infecção
incisional maior que 5% (como observado em feridas potencialmente contaminadas e
contaminadas) é considerado um adequado ponto de corte entre procedimentos com baixo
e alto risco de infecção; 2) exista implantação de material protético; 3) as conseqüências da
infecção possam ser especialmente graves e/ou ameaçadoras da vida (e.g., cirurgias
cardíacas, do sistema nervoso central, oftalmológicas, etc.).

DIRETRIZES GERAIS PARA A ESCOLHA DO ANTIMICROBIANO

Para a administração de PAC, apenas a via venosa é recomendada. O antibiótico


deve ser administrado de forma tal a produzir níveis adequados no sangue e tecidos no
momento da incisão cirúrgica. Para isto, é prática recomendada completar a infusão do
antibiótico 30 minutos antes de se praticar a incisão da pele (habitualmente durante a
indução anestésica), começando dentro dos 60 minutos da incisão inicial de pele. Se
vancomicina ou uma fluoroquinolona são usadas, a infusão idealmente deverá começar 60-
120 minutos antes da incisão.
Para cirurgias com duração <4 horas, uma dose única do antibiótico irá fornecer
níveis adequados durante todo o procedimento. Se a duração da cirurgia é prolongada (>4
horas) ou existe perda importante de sangue (>1 litro) a administração de doses repetidas
durante a cirurgia a cada 1-2 meia-vida plasmática do fármaco (e.g., a cada 2 horas para
cefalotina, a cada 3 horas para cefazolina, etc.) irá manter níveis adequados durante toda a
cirurgia. Para a maior parte das cirurgias, a administração de doses no pós-operatório não é
necessária. Na presença de insuficiência renal não é necessário alterar a posologia da PAC
quando ela for dose única.
O espectro do antimicrobiano deve estar dirigido contra os microorganismos
infectantes mais prováveis do sítio cirúrgico considerado, mas não precisa cobrir a
totalidade dos microorganismos potenciais. Idealmente, deve apresentar baixo potencial de
indução de resistência, ser barato e relativamente isento de efeitos adversos sérios. As
cefalosporinas de primeira geração (principalmente cefazolina e cefalotina) são usadas
como antibióticos de primeira escolha na maior parte dos procedimentos cirúrgicos. Já para
procedimentos envolvendo o cólon, a clindamicina, o metronidazol ou as aminopenicilinas
com inibidores de β-lactamases são preferíveis, pois apresentam maior atividade contra
germes anaeróbios. O uso rotineiro de vancomicina para PAC não é recomendado, mas
pode ser justificável em pacientes colonizados por S. aureus meticilino-resistente, ou em
pacientes com internação pré-operatória > 48 horas em instituições em que esse germe é
prevalente nas infecções cirúrgicas. O uso rotineiro de cefalosporinas de terceira ou quarta
geração não é recomendado.
A seguir, apresentam-se esquemas sugeridos de PAC por tipo de procedimento,
tanto para adultos e pacientes pediátricos (Quadro 1) quanto para recém-nascidos (Quadro
2). Os procedimentos não mencionados em cada seção não apresentam indicação de PAC.
Indicações - Esquemas de Antibioticoprofilaxia Cirúrgica
Quadro 1. Esquemas de antibioticoprofilaxia cirúrgica em adultos e pacientes pediátricos*
Cirurgia/descrição Esquema(s) recomendado(s)**
Neurológica
Craniotomia Cefalotina ou cefazolina 1 g IV, dose única
Craniotomia e derivação ventrículo peritonial Sulfametoxazol 800 mg + trimetoprim 160 mg IV de 12/12 hs, por 48 horas
Trauma penetrante no crânio Sulfametoxazol 800 mg + trimetoprim 160 mg IV de 12/12 hs + metronidazol 500 mg IV de
8/8 hs, por 72 hs

Oftalmológica
Com colocação de lente intra-ocular Colírio de tobramicina ou quinolona 24hs antes da cirurgia
Reoperação, paciente diabético ou imunossuprimido. Cefalotina ou cefazolina 1g IV, dose única
Considerar o uso em cirurgias com tempo maior que
25 minutos ou complicada com perda vítrea

Seios da face Clindamicina 600mg IV + gentamicina 1,7 mg/kg IV, doses únicas, ou
amoxacilina/clavulanato 500 mg IV ou ampicilina/sulbactam 1g IV, doses únicas

Amidalectomia com ou sem adenoidectomia Cefalotina ou cefazolina 1 g IV, dose única

Cabeça e pescoço
Com abordagem pela mucosa oral ou faríngea Clindamicina 600mg IV + gentamicina 1,7 mg/kg IV, doses únicas, ou
amoxacilina/clavulanato 500 mg IV ou ampicilina/sulbactam 1g IV, doses únicas

Torácica
Lobectomia, pneumectomia Cefalotina 1 g IV de 6/6 hs, ou cefazolina 1g IV de 8/8 hs, por 48 horas

Trauma torácico aberto Cefalotina 1 g IV de 6/6 hs, ou cefazolina 1g IV de 8/8 hs, por 48 horas
Se > 6 horas de evolução Cefalotina 1 g IV de 6/6 hs, ou cefazolina 1g IV de 8/8 hs, por 48 horas
Se contaminação com terra ver Lesões traumáticas com terra

Cardíaca
Implante de prótese valvar, revascularização do Cefalotina 1 g IV de 6/6 hs, ou cefazolina 1 g IV de 8/8 hs, por 24-48 horas
miocárdio, abertura do coração, implante de marca-
passo

Vascular
Cirurgia em aorta abdominal, extremidades inferiores Cefalotina ou cefazolina 1 g IV, dose única
com incisão na virilha, amputação por doença
isquêmica, ou implante de prótese vascular

Esôfago Clindamicina 600 mg IV de 6/6 hs + gentamicina 1,7 mg/kg IV de 8/8 hs, ou


amoxacilina/clavulanato 500 mg IV 8/8hs, ou ampicilina/sulbactam 1g IV 6/6 hs, por 24hs

Gastroduodenal
Em caso de hemorragia gastroduodenal, obstrução Cefalotina ou cefazolina 1 g IV, dose única
por úlcera duodenal, úlcera gástrica, câncer gástrico
ou uso de antiácidos ou inibidores de receptores H2
ou da bomba de hidrogênio

Trato biliar
Em caso de idade > 60 anos, colecistite aguda, Cefalotina ou cefazolina 1 g IV, dose única
icterícia obstrutiva, cirurgia anterior do trato biliar,
coledocolitíase, cirurgia de urgência

Apendicectomia
Apendicite gangrenosa ou perfurada Gentamicina 1,7 mg/kg IV de 8/8 hs + metronidazol 500 mg IV de 8/8 hs ou clindamicina
600 mg IV de 6/6 hs, por 24 horas, ou amoxacilina/clavulanato 500 mg IV 8/8hs ou
ampicilina/sulbactam 1g IV de 6/6hs, por 24 hs
Peritonite difusa Idem, por 5-7 dias (uso terapêutico)
Apendicite simples (não perfurada) Idem, doses únicas

Coloretal
Cirurgia eletiva Eritromicina 1 g VO + neomicina 1 g VO 20, 18 e 8hs antes da cirurgia + limpeza mecânica
do intestino com solução isotônica
Cirurgia de urgência Gentamicina 1,7 mg/kg IV de 8/8 hs + metronidazol 500 mg IV de 8/8 hs ou clindamicina
600 mg IV de 6/6 hs, por 24 hs, ou amoxacilina/clavulanato 500mg IV de 8/8 hs ou
ampicilina/sulbactam 1g IV de 6/6hs, por 24 hs

Trauma abdominal
Gentamicina 1,7 mg/kg IV de 8/8 hs + metronidazol 500 mg IV de 8/8 hs ou clindamicina
Com perfuração de víscera oca 600 mg IV de 6/6 hs, por 72 hs, ou amoxacilina/clavulanato 500mg IV de 8/8 hs ou
ampicilina/sulbactam 1g IV de 6/6hs, por 72 hs
Sem perfuração de víscera oca Idem, doses únicas

Urológica
Em pacientes de alto risco: urocultura positiva ou não Cefalotina ou cefazolina 1 g IV, dose única, ou ciprofloxacina 500 mg VO ou 400 mg IV,
disponível, sonda vesical pré-operatória, biópsia dose única 2 horas antes da cirurgia
transretal de próstata, implantação de material
protético
Retirada de sonda da nefrostomia, molde uretral e na Cefalotina ou cefazolina 1 g IV, dose única 30 minutos antes do procedimento
derivação com sonda
Transplante renal Cefalotina 1 g IV de 6/6 hs ou cefazolina 1 g IV de 8/8 horas, por 24 horas

Ginecológica/obstétrica
Histerectomia, correção de cistocele/ retocele, Cefalotina ou cefazolina 1 g IV, dose única
reconstrução de trompas de falópio e cirurgia de
mama
Neovagina Gentamicina 1,7 mg/kg IV de 8/8 hs + clindamicina 600 mg IV de 6/6 hs, por 24 hs
Cesariana (somente em pacientes de risco: cefalotina ou cefazolina 1 g IV, dose única após clampagem do cordão umbilical
emergência, trabalho de parto prolongado (mais de
12 hs), ruptura prolongada de membranas (mais de 6
hs), baixo nível sócio econômico)
Gravidez ectópica Cefalotina ou cefazolina 1 g IV, dose única
Cerclagem uterina Cefalotina ou cefazolina 1 g IV, dose única

Aborto (não infectado) com curetagem


Doxiciclina 200 mg VO 1h antes do procedimento e 100 mg VO 12 hs após a primeira
Primeiro trimestre (somente em pacientes com dose, ou penicilina G cristalina 2.000.000 UI IV no pré-operatório e 3 hs após o
antecedente de doença inflamatória pélvica, procedimento
gonorréia, ou múltiplos parceiros sexuais)
Segundo trimestre Cefalotina ou cefazolina 1 g IV, dose única

Inserção de dispositivo inrauterino Doxiciclina 200 mg VO 1 h antes do procedimento

Histerosalpingografia Doxiciclina 200 mg VO 1 h antes do procedimento

Cirurgia ortopédica
Com colocação de prótese articular ou material de Cefalotina ou cefazolina 1 g IV, dose única. Para prótese de joelho com uso de torniquete,
fixação a dose de cefalotina ou cefazolina é 2 g
Fratura exposta
< 6 hs de evolução (contaminação com terra: Cefalotina 1g IV de 6/6 hs, ou cefazolina 1g IV de 8/8 hs, por 1 a 10 dias
vide Lesões traumáticas com terra)
> 6 hs de evolução (contaminação com terra: Cefalotina 1g IV de 6/6 hs, ou cefazolina 1 g IV de 8/8 hs, por 10 dias (uso terapêutico)
vide Lesões traumáticas com terra)
Trauma com penetração em articulação
< 6 hs de evolução (contaminação com terra: Cefalotina 1g IV de 6/6 hs, ou cefazolina 1 g IV de 8/8 hs, por 24 horas
vide Lesões traumáticas com terra)
> 6 hs de evolução (contaminação com terra: Cefalotina 1g IV de 6/6 hs, ou cefazolina 1 g IV de 8/8 hs, por 72 horas
vide Lesões traumáticas com terra)
Trauma com laceração extensa, perda de substância,
lesão vascular, lesão de tendão, lesão de músculo
< 6 hs de evolução (contaminação com terra: Cefalotina 1g IV de 6/6 hs, ou cefazolina 1 g IV de 8/8 hs, por 24 horas
vide Lesões traumáticas com terra)
> 6 hs de evolução (contaminação com terra: Cefalotina 1g IV de 6/6 hs, ou cefazolina 1 g IV de 8/8 hs, por 72 horas
vide Lesões traumáticas com terra)

Lesões traumáticas com terra e/ou matéria orgânica Associar metronidazol ou clindamicina ao esquema sugerido para cada procedimento
IV- intravenoso; VO - via oral; IM - intramuscular; UI - unidades internacionais
*As doses pediátricas encontram-se no Quadro 16
**A dose única ou a primeira dose deve ter sua infusão terminada no momento da indução anestésica, exceto quando especificado de maneira
diferente
Quadro 2. Esquemas de antibioticoprofilaxia cirúrgica em recém-nascidos
Cirurgia/descrição Observações Esquema(s) recomendado(s)*
Craniotomia TI < 48 hs cefalotina IV ou cefazolina IV+ gentamicina IV, dose única
TI > 48 hs vancomicina IV, dose única

Derivação ventrículo-peritoneal TI < 48 hs cefalotina IV ou cefazolina IV, por 24 horas


TI > 48 hs vancomicina IV, por 24 horas

Toracotomia lobectomia, pneumectomia se TI < 48 hs, cefalotina IV ou cefazolina IV, por 24 horas; se TI > 48 hs,
vancomicina IV, por 24h
se o dreno torácico permanecer se TI < 48 hs, cefalotina IV ou cefazolina IV, por 24 horas iniciando 30
mais de 48 hs, na retirada minutos antes da retirada; se TI > 48 hs, vancomicina IV, por 24h

Atresia de esôfago (só se tiver > 24 hs TI < 48 hs penicilina G cristalina IV + gentamicina IV, por 24 hs
de vida)
TI > 48 hs clindamicina IV + cobertura para BGN padronizada para sepse tardia

Refluxo gastro-esofagiano TI < 48 hs cefalotina IV ou cefazolina IV, dose única


TI > 48 hs clindamicina IV + cobertura para BGN padronizada para sepse tardia

Piloroplastia e gastrostomia TI < 48 hs cefalotina IV ou cefazolina IV, por 24 horas


TI > 48 hs clindamicina IV + cobertura para BGN padronizada para sepse tardia

Cirurgia de Kasai TI > 48 hs clindamicina IV + gentamicina IV, por 7-10 dias

Atresia ou estenose de duodeno, ou TI < 24 hs penicilina G cristalina IV + gentamicina IV, por 24 horas
atresia de jejuno
TI > 48 hs clindamicina IV + cobertura para BGN padronizada para sepse tardia

Atresia ileal simples < 72 hs de vida penicilina G cristalina IV + gentamicina IV, por 24 hs
> 72 hs de vida clindamicina IV + cobertura para BGN padronizada para sepse tardia, por
24 horas
Atresia ileal com volvo ou peritonite < 72 hs de vida penicilina G cristalina IV + gentamicina IV, por 10-14 dias (uso
fecal terapêutico)
> 72 hs de vida clindamicina IV + cobertura para BGN padronizada para sepse tardia, por
10-14 dias (uso terapêutico)

Má-rotação intestinal TI < 48 hs penicilina G cristalina IV + gentamicina IV, por 24 hs


TI > 48 hs clindamicina IV + cobertura para BGN padronizada para sepse tardia, por
24 horas

Invaginação intestinal intervenção precoce, sem sinais se TI < 48 hs, clindamicina IV + gentamicina IV, por 24 hs; se TI > 48 hs,
de sofrimentos de alça cobertura de BGN padronizada para sepse tardia, por 24 hs
intervenção tardia ou com se TI < 48 hs, clindamicina IV + gentamicina IV, por 10-14 dias; se TI >
sinais de sofrimentos de alça 48 hs, cobertura de BGN padronizada para sepse tardia, por 10-14 dias

Cirurgia de cólon TI < 48 hs clindamicina IV + gentamicina IV, por 24 hs


TI > 48 hs clindamicina + cobertura de BGN padronizada para sepse tardia, por 24
horas

Doença de Hirschprung < 72 hs de vida penicilina G cristalina IV + gentamicina IV, por 24 hs


> 72 hs de vida clindamicina + cobertura para BGN padronizada para sepse tardia, até o
resultado da cultura

Derivação urinária com sonda e urina cefalotina IV ou cefazolina IV, dose única
estéril
retirada de sonda cefalotina IV ou cefazolina IV, dose única 30 minutos antes

Derivação urinária sem sonda somente com nefrostomia, cefalotina IV ou cefazolina IV, por 24 horas
pielostomia, uretrostomia, ou
vesicostomia

Nefrostomia com molde uretral cefalotina IV ou cefazolina IV, por 24 horas


retirada de sonda cefalotina IV ou cefazolina IV, por 24 horas iniciando 30 minutos antes

Cirurgia urológica na presença de antibiótico terapêutico de acordo com a cultura


urina não estéril

Mielomeningocele TI < 24 hs sem antibiótico


oxacilina IV + amicacina IV, ou baseado no perfil microbiológico da
TI > 24 hs unidade

Redução aberta de fratura sem


infecção TI < 48 hs cefalotina IV
TI > 48 hs droga antiestafilocócica IV de acordo com perfil da unidade

Onfalocele cirurgia precoce não dar antibiótico

Broncoscopia com cirurgia TI < 48 hs cefalotina IV


TI > 48 hs vancomicina IV

Cardíaca TI < 48 hs cefalotina IV


TI > 48 hs vancomicina IV

IV- intravenoso; BGN- bastonete gram-negativo; TI- tempo de internação


*A dose única ou a primeira dose deve ter sua infusão terminada no momento da indução anestésica, exceto quando especificado de maneira
diferente.
A vancomicina só deve substituir a cefalotina no TI > 48 hs se MRSA for germe prevalente na unidade de internação.
Antibióticos Profiláticos para Situações Clínicas
O uso de antimicrobianos pode ser útil para prevenir doenças em diversas situações
clínicas, tanto nos pacientes quanto nos trabalhadores da área de saúde. No Quadro 3, são
apresentadas algumas das situações clínicas em que a PA é utilizada.

PROFILAXIA DA INFECÇÃO NEONATAL PELO ESTREPTOCOCO DO


GRUPO B

O estreptococo do grupo B (SGB) (Streptococcus agalactiae) é a principal causa


infecciosa de morbidade e mortalidade em neonatos em paises industrializados. Nestes
pacientes, muito especialmente naqueles <1 semana de vida, o SGB é causa de doença
invasiva severa (e.g., sepse, pneumonia, meningite, etc.), sendo a taxa de mortalidade
muito elevada.
A colonização do neonato acontece durante a etapa final da gestação por transmissão
vertical a partir da mãe colonizada. A contaminação pode ser intra-uterina por via
ascendente a partir da vagina colonizada, pela aspiração de fluído amniótico infectado ou
durante a passagem pelo canal do parto. A colonização materna por este agente no final da
gestação (mas não durante as etapas mais iniciais) é o principal fator de risco para sua
transmissão ao feto, particularmente após a ruptura das membranas ou o início do trabalho
de parto, aumentando acima de 25 vezes o risco. O trato gastro-intestinal é o reservatório
natural do SGB, que pode colonizar de forma transitória, crônica ou intermitente, a vagina
ou o reto de até 30% das gestantes.
Estudos conduzidos durante a década de 80 demonstraram que a administração de
antibióticos durante o trabalho de parto a mães com risco de transmissão do germe
produzia uma dramática redução na incidência de doença invasiva por esse germe nos
neonatos. Em conseqüência, recomendações de profilaxia intraparto para prevenção da
doença invasiva por SGB foram publicadas em 1996 pelo American College of
Obstetricians and Gynecologists e os CDC, e em 1997 pela America Academy of
Pediatrics. As recomendações dos CDC foram posteriormente revisadas e atualizadas em
2002 (ver leitura recomendada). Segue-se uma descrição resumida desta versão atualizada.

RACIONAL
O uso de penicilina pelas mães colonizadas ou com alto risco de colonização pelo SGB
durante o parto diminui eficazmente (80%) a ocorrência de doença invasiva nos neonatos.
A administração de antibióticos à mãe pode ser efetivada seguindo-se duas estratégias: a)
baseada na procura da colonização materna pelo SGB entre 35-37 semanas de gestação; e
b) baseada na presença na mãe de fatores de risco associados com doença neonatal
invasiva pelo SGB. Segundo essas estratégias, as mães colonizadas entre 35 e 37 semanas
de gestação ou com fatores de risco associados com doença neonatal invasiva pelo SGB
deverão receber antibiótico durante o parto.

Estratégia 1 - Procura da colonização materna


Vantagens: é aproximadamente 50% mais efetiva que a estratégia baseada nos fatores de
risco para prevenção de doença invasiva neonatal por SGB, e minimiza o uso
desnecessário de antibióticos. A versão atualizada de 2002 dos CDC favorece sua
aplicação como estratégia pré-natal de escolha em toda mulher grávida, sempre que
possível.
Desvantagens: são necessários um sistema de coleta e transporte do material confiável e
um laboratório que domine a técnica microbiológica de cultivo. Se estes quesitos não
puderem ser preenchidos, deve-se adotar a estratégia 2, pois o número de culturas falso-
negativas poderá ser inaceitavelmente alta. Além disto, é consideravelmente mais cara e
complexa que a estratégia baseada nos fatores de risco.
Técnica:
a) Coleta: entre a semana 35 e 37 de gestação, colher 1 swab da vagina distal (intróito),
seguido de swab retal (através do esfíncter anal). Pode-se usar o mesmo swab para ambas
as coletas. Não usar espéculo. O material do colo uterino não é confiável.
b) Transporte: colocar em meio de transporte não nutritivo. Ambos os swabs podem ser
colocados no mesmo tubo para transporte.
c) O agente a ser cultivado deve ser claramente especificado ao microbiologista.
Processamento para cultura:
a) Colocar o swab em meio de cultura seletivo líquido (caldo), como o caldo de Todd-
Hewitt suplementado com gentamicina e ácido nalidíxico, ou com colistina e ácido
nalidíxico.
b) Incubar o caldo durante 18-24 horas a 35-37ºC em ar ambiente ou em 5% CO2. O
subcultivo do caldo deve ser feito em ágar sangue de ovelha. Se o SGB não é identificado
após 18-24 horas de incubação, reincubar e acompanhar por 48 horas. Informar se seu
laboratório de escolha está habilitado para lhe ajudar.

Quando SGB é identificado na cultura entre a semana 35-37 de gestação, a mãe deverá
receber antibiótico profilático intra-parto. As mulheres com cultura negativa, tomada nas
condições anteriormente especificadas, não deverão receber antibiótico.

Estratégia 2 – Baseada nos fatores de risco de doença invasiva neonatal por SGB
Vantagens: é consideravelmente mais barata e simples que a estratégia baseada na cultura.
Não precisa infraestrutura laboratorial sendo, portanto, indicada quando o laboratório não
fornecer o suporte adequado ou quando a estratégia 1 não puder ser implementada por
algum motivo. Pode ser aplicada a mulheres com deficiente acompanhamento médico
durante a gravidez, sem resultados de cultura disponíveis no momento do parto.
Desvantagens: é menos efetiva que a estratégia baseada na cultura. Na atualidade, não é
considerada pelos CDC como uma estratégia aceitável, exceto nos casos em que a
estratégia 1 não pode ser aplicada.

Esta estratégia baseia-se na presença de alguns dos seguintes fatores de risco no momento
do parto:
a) Parto prematuro (<37 semanas)
b) Ruptura prolongada de membranas ( 18 horas)
c) Temperatura materna 38o durante o parto

Na presença de um destes fatores de risco deve-se iniciar antibiótico durante o parto.

Recomendações e dados adicionais:


a) A bacteriúria por SGB em qualquer concentração e em qualquer momento da gravidez é
um marcador de forte colonização genital por esse germe. Nestas mulheres, a cultura
vaginal e retal não é necessária, e devem sempre receber profilaxia intra-parto.
b) As mulheres com parto prévio em que o neonato teve infecção por SGB devem sempre
receber profilaxia intra-parto. A cultura vaginal e retal não é necessária.
c) O risco de transmissão vertical de SGB de uma mulher colonizada ao neonato durante
cesárea eletiva (feita antes do começo do trabalho de parto e com membranas intactas) é
extremamente baixo. Nestas condições, a profilaxia rotineira intra-parto não é
recomendada, independentemente do resultado da cultura.
d) A colonização por SGB durante uma gravidez prévia não é indicação de profilaxia intra-
parto em gravidez subseqüente. A cultura em cada gravidez irá determinar a necessidade
de profilaxia em cada gravidez.
e) As mulheres com cultura vaginal e retal negativas para SGB dentro das 5 semanas
prévias ao parto não devem receber profilaxia intra-parto, mesmo apresentando qualquer
um dos fatores de risco mencionados.
f) A versão atualizada de 2002 dos CDC propõe algoritmos revisados para o manejo da
profilaxia intra-parto em caso de ameaça de parto prematuro (Figura 1) e dos neonatos
cujas mães receberam antibióticos intra-parto (Figura 2).

Esquemas recomendados para profilaxia antibiótica intra-parto da doença invasiva


neonatal por SGB:
a) Recomendado: penicilina G cristalina 5 milhões UI IV (ataque), seguido de 2,5 milhões
UI IV de 4/4 horas até o final do parto
b) Alternativo: ampicilina 2g IV (ataque), seguido de 1g IV de 4/4 horas até o final do
parto
c) Em pacientes alérgicas à penicilina: sem alto risco de anafilaxia: cefazolina 2g IV
(ataque), seguido de 1g IV de 8/8 horas até o final do parto; com alto risco de anafilaxia e
SGB suscetível a clindamicina e eritromicina: clindamicina 900mg IV de 8/8 horas até o
final do parto, ou eritromicina 500 mg IV de 6/6 horas até o final do parto; com alto risco
de anafilaxia e SGB resistente a clindamicina ou eritromicina: vancomicina 1g IV de 12/12
horas até o final do parto.
O esquema deve começar no início do trabalho de parto ou ruptura de membranas na
estratégia 1, ou tão logo se detecte um fator de risco na estratégia 2. Quanto maior o tempo
de uso (> 4 horas antes do nascimento), maior a proteção fornecida.
Início de trabalho de parto ou ruptura de membranas < 37 semanas de gestação, com
risco significativo de parto prematuro iminente

Sem cultura para SGB SGB + SGB -

Colher cultura vaginal e Penicilina por >48 Não administrar


SGB+
retal e iniciar penicilina hs*(durante tocólise) profilaxia intra-
parto

Sem crescimento
após 48 hs
Profilaxia intra-parto

Descontinuar penicilina**

Figura 1. Algoritmo sugerido para prevenção da doença invasiva por SGB em caso de ameaça de
parto prematuro.

*A penicilina deve ser administrada durante pelo menos 48 horas, a menos que o parto aconteça antes. O
antibiótico pode ser mantido além das 48 horas se a cultura é positiva para SGB e o parto ainda não
aconteceu.
**Se o parto não acontecer dentro das 4 semanas seguintes, as culturas devem ser repetidas e a paciente
tratada acorde ao resultado.
Profilaxia intra-parto Antibióticos intra-parto por
para SGB? corioamnionite suspeita?

Sim Sim

Sinais de sepse neonatal? Sim Avaliação diagnóstica completa*


Tratamento empírico**
Não

Idade gestacional <35


semanas? Sim

Avaliação limitada¶
Não
Observar >48 hs
Se sepse suspeita, avaliação diagnóstica
Duração da profilaxia completa e tratamento empírico**
intra-parto antes do Sim
nascimento <4 horas?

Não

Não avaliação nem


tratamento
Observar >48 hs

Figura 2. Algoritmo sugerido para o manejo de neonatos cujas mães receberam antibióticos
intra-parto para prevenção de doença invasiva por SGB ou corioamnionite suspeita.

*Hemograma completo com contagem diferencial, hemocultura e raios-X de tórax se existem anomalias
respiratórias. Se existem sinais de sepse, deve-se fazer punção lombar, se possível.
**A duração do tratamento será ajustada segundo os resultados laboratoriais e a evolução clínica do
neonato.
¶Hemograma completo com contagem diferencial e hemocultura.
Quadro 3. Esquemas de antibioticoprofilaxia clínica
Hóspede suscetível/situação clínica/agente Esquema(s) recomendado(s)
Prevenção de celulite em paciente com linfedema, edema de outra penicilina G benzatina 1.200.000 UI IM, a cada 4 semanas
etiologia ou safenectomia e celulite recorrente por S. pyogenes

Criança <6 anos*, não vacinado, com contato íntimo (creche, rifampicina 20 mg/kg/dia (máximo 600 mg) VO, dose única diária, por 4 dias
convívio familiar, ou durante >4 hs diárias, durante 5-7 dias) com
paciente com infecção invasiva por H. influenzae

Contato íntimo (creche, convívio familiar, ou durante >4 hs diárias, rifampicina 10 mg/kg (máximo 600 mg) de 12/12 hs, VO, por 2 dias, ou
durante 5-7 dias, ou pessoal de saúde que tenha participado de ceftriaxona 250 mg IM, dose única, ou ciprofloxacino (adultos, mulheres não
ressucitação cardio-pulmonar, intubação traqueal ou aspiração de grávidas) 500 mg VO, dose única
secreções respiratórias) com paciente com infecção por N.
meningitidis

Erradicação de colonização nasal (ou outra localização) por S. mupirocina 2% aplicada nas fossas nasais, 2-3 vezes ao dia, por 5-7 dias. Pode
aureus em paciente com infecção recidivante (forunculose crônica) ser recomendado associar tratamento sistêmico ajustado à sensibilidade do
ou tratados com diálise peritonial, ou que irão ter material germe (meticilino-suscetível= rifampicina + levofloxacino ou clindamicina,
protético (prótese articular, valva cardíaca) implantado por 5 dias; meticilino-resistente= rifampicina + cotrimoxazol ou minociclina,
cirurgicamente por 5 dias)

Prevenção de otite média aguda em crianças com história de otite amoxicilina 20 mg/kg/dia VO, durante os meses de inverno e primavera
média recidivante (>3 episódios nos últimos 6-12 meses)

Crianças >1 ano e <7 anos, não vacinadas ou com vacinação eritromicina 50 mg/kg/dia VO, de 6/6 hs, por 14 dias
incompleta, com contato íntimo (creche, convívio familiar) com
paciente com infecção por B. pertussis

Prevenção de sepse por germes capsulados em pacientes com amoxicilina 250-500 mg/dia VO, ou penicilina V 125-250 mg VO de 12/12
esplenectomia anatômica (cirúrgica) ou funcional (e.g., anemia de hs, em crianças <5 anos, por 3 anos após a cirurgia. Pode ser recomendável
células falciformes, drepanocitose, talasemia, etc.) em >5 anos, especialmente se são imunossuprimidos (e.g., linfoma)

Prevenção da infecção por T. pallidum, N. gonorrhoeae, C. ceftriaxona 250 mg IM + metronidazol 2 g VO + azitromicina 1 g VO ou


trachomatis e T. vaginalis após estupro ou contato sexual suspeito doxiciclina 100 mg VO, de 12/12 hs por 14 dias. É fundamental o
acompanhamento sorológico e as intervenções adequadas para prevenção da
transmissão do HIV e VHB (referenciar capítulo de saúde ocupacional)

Prevenção de febre reumática recidivante em pacientes com penicilina G benzatina 1.200.000 UI IM, a cada 3-4 semanas, ou penicilina V
história de um episódio bem documentado de febre reumática 250 mg VO de 12/12 hs, ou eritromicina 250 mg VO de 12/12hs. Em
pacientes sem cardite, usar por 5 anos ou até 18 anos de idade. Em pacientes
com cardite, usar por 10 anos ou até 25 anos de idade

Prevenção de pneumonia por P. jirovecii em pacientes HIV+ com sulfametoxazol 400 mg + trimetoprim 80 mg VO ao dia, ou sulfametoxazol
<200 CD4+, usuários de prednisona 20 mg/dia por >4 semanas, ou 800 mg + trimetoprim 160 mg VO 3 vezes por semana, enquanto a
receptores de transplante de medula óssea ou órgão sólido imunossupressão durar

Prevenção de infecção do trato urinário em mulheres com infecção sulfametoxazol 400 mg + trimetoprim 80 mg VO, ou ciprofloxacino 250 mg
urinária recidivante (>3 episódios por ano) sem anomalia urológica VO, ou norfloxacina 200 mg VO, ou nitrofurantoína 50 mg VO, uma vez ao
demonstrável dia em dias alternados

Prevenção da recidiva de peritonite bacteriana espontânea (PBE) norfloxacino 400 mg/dia durante vários meses (com antecedente de PBE) ou
em pacientes com cirrose e ascite e história de um episódio de PBE, durante 10 dias (em presença de hemorragia digestiva alta)
ou na presença de hemorragia digestiva alta

Prevenção da endocardite bacteriana por Streptococcus grupo bacteremia originada na mucosa orofaríngea, esofágica ou respiratória:
viridans ou Enterococcus sp. em pacientes com cardiopatia de alto amoxicilina 2 g (50 mg/kg em crianças) VO, 1 hora antes do procedimento.
risco (i.e., prótese valvular, endocardite prévia, cardiopatia Alternativas: clindamicina 600 mg (20 mg/kg em crianças) VO, ou
congênita cianótica complexa) ou risco moderado (i.e., persistência azitromicina ou claritromicina 500 mg (15 mg/kg em crianças) VO, 1 hora
do ducto arterial, comunicação interauricular tipo ostium primum, antes do procedimento. Amoxicilina, ampicilina ou clindamicina podem
defeitos do tabique interventricular, aorta bicúspide, coartação da utilizar-se às mesmas doses por via IV, 30 minutos antes do procedimento,
aorta, miocardiopatia hipertrófica, valvulopatia adquirida (e.g., ou vancomicina 1 g IV, 60 minutos antes do procedimento
febre reumática, etc.), prolapso mitral com regurgitação ou bacteremia originada na mucosa geniturinária ou gastrintestinal: na presença
degeneração mixomatosa) submetidos a procedimentos associados a de cardiopatia de alto risco, ampicilina 2 g (50 mg/kg em crianças) IV +
risco elevado de bacteremia** gentamicina 1,5 mg/kg IV, 30 minutos antes do procedimento, seguido de 1 g
de ampicilina IV ou 1 g de amoxicilina VO 6 horas depois. Vancomicina 1 g
(20 mg/kg em crianças) IV, 1 hora antes do procedimento (apenas uma dose)
pode substituir à ampicilina em caso de alergia à penicilina. Na presença de
cardiopatia de risco moderado, recomenda-se o mesmo esquema,
prescindindo-se da gentamicina e da segunda dose de ampicilina

IM= intramuscular; VO= via oral; IV= intravenoso


*Pessoas > 6 anos e adultos só devem receber profilaxia se convivem com crianças <6 anos não vacinadas, ou se trabalham com crianças dessa idade
**Risco elevado de bacteremia (profilaxia recomendada em todos os pacientes): procedimento dentário ou gengival que produz sangramento
(extração dentária, cirurgia periodontal, endodontia, colocação de implante), amidalectomia, adenoidectomia, outras cirurgias da mucosa oral,
broncoscopia rígida, dilatação de estenose esofágica, esclerose de varizes esofágicas, colangiografia endoscópica retrógrada, cirurgia da via biliar,
cirurgia intestinal, cirurgia prostática, cistoscopia, dilatação uretral, sondagem uretral ou litotripsia em paciente com infecção urinária, drenagem
de abscesso, etc.
Risco moderado de bacteremia (profilaxia opcional em pacientes com cardiopatia de alto risco): broncoscopia com broncoscópio flexível,
endoscopia digestiva, ecocardiografia transesofagiana, etc.
Quadro 4. Terapêutica das infecções em adulto e em pediatria (ver doses no Quadro 16)

Sítio Antimicrobianos Tempo de Diagnóstico/


tratamento Conduta
Aparelho cardiovascular

Endocardite em valva Penicilina G + oxacilina 4 a 6 semanas Terapêutica


nativa + gentamicina Aminoglicosídeo específica se isolar
por 5 dias em dose o germe – droga e
única diária, exceto tempo de uso
para enterococo (4
a 6 semanas).

Endocardite em valva Vancomicina + Mínimo: 6 semanas ECG


prostética Rifampicina + Aminoglicosídeo Ecocardiograma
Gentamicina por 2 semanas em Hemocultura
dose única diária, Avaliar intervenção
exceto para cirúrgica
enterococo (≥ 6
semanas).

Tromboflebite supurativa Oxacilina + Gentamicina 7 a 10 dias Hemocultura


Radiografia ,TC
Duplex scan

Infecção marcapasso Cefalotina / Cefazolina 2 semanas se não Avaliar remoção do


houver bacteremia gerador e eletrodo

Infecção Bypass Cefalotina / Cefazolina 4 semanas após Duplex-scan


remoção da prótese Cultura do material
Remover prótese

Infecção sítio cirúrgico


Superficial sem Cuidado local
repercussão sistêmica

Cirurgia com abertura de Clindamicina ou 7 a 14 dias Drenagem


vísceras Metronidazol +
Gentamicina
ou
Amoxacilina/clavulanato
ou
Ampicilina/sulbactam

Cirurgia sem abertura de Cefalotina / Cefazolina 7 a 14 dias Drenagem


vísceras

Fasciite necrosante Penicilina + 14 dias Desbridamento


Metronidazol +
Aminoglicosídeo
Quadro 4. Terapêutica das infecções em adulto e em pediatria (ver doses no Quadro 16)
Sítio Antimicrobianos Tempo de Diagnóstico/
tratamento Conduta
Gastrointestinal e
hepatobiliar

Colecistite Anaerobicida 10 a 14 dias Ultra-sonografia


Colangite (Metronidazol ou exceto: Tomografia
Diverticulite Clindamicina) + Abscesso hepático- computadorizada
Abscesso esplênico (1) Gentamicina + 4 a 6 semanas (TC) é o padrão
Abscesso hepático (2) Ampicilina (quadros Peritonites- 14 dias ouro para
Abscesso periretal graves e terapêutica Peritonite primária- dignóstico de todas
Peritonite secundária à longa) 5 a 7 dias as afecções. Se
perfuração de alças e ou abordagem
primária Amoxicilina/clavulanato cirúrgica – enviar
ou material para
Ampicilina/sulbactam cultura.

Abcesso pancreático e Ciprofloxina + Necro-hemorrágica


pancreatite necro- Metronidazol -7 dias
hemorrágica ou
Imipenem /cilastatina

Diarréia aguda Indicado antibiótico 3 a 5 dias Se suspeita de C.


quando presente: difficile pesquisar
repercussão sistêmica, Obs.: Se há toxina A nas fezes.
leucóticos fecais, sangue possibilidade de C.
nas fezes, paciente difficile:
imunodeprimido. - Metronidazol por
Ampicilina 7 a 14 dias
ou
Sulfa-trimetoprim
ou
Fluorquinolona (adulto)

Úlcera duodenal com H. Claritromicina+ 14 dias


pylori Amoxicilina (associar
omeprazol)
Quadro 4. Terapêutica das infecções em adulto e em pediatria (ver doses no Quadro 16)
Sítio Antimicrobianos Tempo de Diagnóstico/
tratamento Conduta
Genital e doenças
sexualmente
transmissíveis

Cancróide Azitromicina 1 g VO Dose única


ou
Ceftriaxona 250mg IM Dose única
ou
Ciprofloxacina 500mg 3 dias
VO a cada 12 h
ou
Eritromicina 500mg a 7 dias
cada 6h
Cervicite purulenta
Não-gonocócica Doxiciclina 100mg VO a 14 dias Cultura de
cada 12h material da
ou endocérvice
Azitromicina 1g VO Dose única Tratar parceiro

Gonocócica Ciprofloxacina 500mg Dose única +


VO Esquema para não-
ou gonocócica
Ceftriaxona 250mg IM
Doença inflamatória
pélvica
Ambulatorial – Temp. Ciprofloxacina 7 a 14 dias Cultura de material
<38o C, leucócito < ou da endocérvice ou
11.000, com peristalse, Ceftriaxona em dose 14 dias (doxicilina) peritoneral.
sem peritonite única + doxiciclina Acompanhar por
100mg a cada12h 72 horas

Hospitalizado Gentamicina EV + Complementar 14 - Teste para sífilis e


clindamicina durante dias de tratamento HIV
48h; após melhora iniciar com a doxiciclina Drenagem
doxiciclina (completando cirúrgica de
4 dias) ou azitromicina abcesso tubo
1g VO dose única ovariano se não
houver melhora em
48 a 72 horas
Epididimo-orquite
< 35 anos Ciprofloxacina 10 a 14 dias Ultra-sonografia
ou para descartar
Ceftriaxona casos complicados.
Abordagem
> 35 anos Ciprofloxacina 500mg 10 a 14 dias cirúrgica em caso
VO a cada 12h de abscesso.
Quadro 4. Terapêutica das infecções em adulto e em pediatria (ver doses no Quadro 16)
Sítio Antimicrobianos Tempo de Diagnóstico/
tratamento Conduta
Granuloma inguinal Doxiciclina 100mg VO a 10 a 14 dias Biópsia das lesões
cada 12h

Linfogranuloma Venéreo Doxiciclina 100mg VO a 21 dias


cada 12h
Sífilis

Congênita Penicilina cristalina 14 a 21 dias


150.000U/ Kg/EV, a cada
8h.
ou
Despacilina 50.000kg/dia
IM (2a escolha)

Primária, Penicilina benzatina 2,4 1 dose


Contato < 90 dias milhões IM uma vez por
semana

Secundária e latente Penicilina benzatina 2,4 2 semanas


recente (< 1 ano) milhões IM uma vez por
semana

Terciária e latente Penicilina benzatina 2,4 3 semanas


tardia (>1 ano) milhões IM uma vez por
semana

Grávida Penicilina benzatina 2,4


milhões IM, uma vez por
semana, por 3 semanas +
1 dose de 2,4milhões, IM
após 1 semana do parto.

Neurossífilis Penicilina G cristalina 2 semanas


18-24 milhões U/dia (a
cada 4 h)
Uretrite
Não-gonocócica Doxiciclina 100mg VO a 14 dias Swab introduzido
cada 12h até 2cm da uretra
ou para obter cultura.
Azitromicina 1g VO Dose única Tratar parceiro.

Gonocócica Ciprofloxacina 500mg Dose única +


VO Esquema para não-
ou gonocócica
Ceftriaxona 250mg IM
Quadro 4. Terapêutica das infecções em adulto e em pediatria (ver doses no Quadro 16)
Sítio Antimicrobianos Tempo de Diagnóstico/
tratamento Conduta
Vaginite
Cândida Tópico com miconazol 7 dias Secreção vaginal
creme 2% para exame
microscópico
direto
Tricomonas Metronidazol tópico 7 dias
Inespecífica -vaginose Metronidazol 500mg a 7 dias
cada 12h VO
Mama
Mastite pós-parto Cefalotina ou Oxacilina 7 a 10 dias
(com ou sem ou Cefazolina
abcesso)

Mastite não-puerperal Cefalotina + 7 a 10 dias


Metronidazol
ou
Clindamicina
Obstétrico
Bolsa rota por mais Vide profilaxia pelo
de 18 h (3) estreptococo

Endomiometrite pós- Clindamicina ou a) Endomiometrite não Se não há melhora


complicada EV: até 24 clínica e da febre nas
parto Ampicilina /sulbactam a 36 horas afebril e o primeiras 48 horas
ou exame clínico com boa investigar: abscesso
Amoxicilina/clavulanato evolução (tratamento pélvico e partes
+ gentamicina mínimo de 72 horas) moles (tecido celular
VO: não há subcutâneo e
necessidade musculatura) e
b) Endomiometrite tromboflebite séptica
complicada pélvica.
(tromboflebite séptica Lembrar da
pélvica, abscesso possibilidade de
ligamentar, flegmão) Enterococcus.
EV: até 24 a 36 horas
afebril e o exame
clínico com boa
evolução (tratamento
mínimo de 72 horas)
VO: amoxicilina/
clavulanato ou
cefalexina no total de
10 a 14 dias
Quadro 4. Terapêutica das infecções em adulto e em pediatria (ver doses no Quadro 16)
Sítio Antimicrobianos Tempo de Diagnóstico/
tratamento Conduta
Olhos, ouvido, mastóide,
nariz e garganta
Drenagem
Infecções odontogênicas Amoxicilina/clavulanato 5 a 7 dias (manter Radiografia dos
supurativas ou 48h após melhora dentes
Clindamicina dos sintomas) Sorologia
ou Iniciar dentro de
Ampicilina /sulbactam 48h do início da
doença
Mastóide

Aguda ambulatorial Amoxacilina 10 dias Tomografia


ou computadorizada
Sulfa-trimetoprim Cultura de material
de drenagem do
Aguda hospitalar Ceftriaxona 10 dias ouvido
ou Mastoidectomia se
Amoxicilina/clavulanato há abcesso em osso
ou
Ampicilina /sulbactam
ou
Macrolídio (azitromicina
ou claritromicina EV)

Crônica 5 a 7 dias
Amoxicilina/clavulanato Obs.: Antibiótico
ou somente nas
Ampicilina /sulbactam superinfecções
ou agudas ou por
Macrolídeo Pseudomonas
Quadro 4. Terapêutica das infecções em adulto e em pediatria (ver doses no Quadro 16)
Sítio Antimicrobianos Tempo de Diagnóstico/
tratamento Conduta
Olhos

Conjuntivite
Neonato após 72 h Colírio de
de vida Fluorquinolona
(ciprofloxacina ou
ofloxacina)

Neonato Eritromicina
(se clamídia) ou
Claritromicina (oral) 21 dias

Neonato
(se gonococo) Ceftriaxona 1 dose IM Dose única

Adulto Colírio de gentamicina 7 a 10 dias

Celulite Periorbitária

> 5 anos e adulto Cefalotina / cefazolina 7 a 10 dias

< 5 anos Amoxicilina/clavulanato 10 a 14 dias


ou
Ampicilina/sulbactam

Blefarite Colírio ou pomada de Colírio 2 a 4 vezes/


fluorquinolona ou dia por 2 semanas e
tetraciclina então 1 vez à noite
por 5 a 7 dias
Blefarite + rosácea Colírio ou pomada de Colírio 2 a 4 vezes/
fluorquinolona ou dia por 2 semanas e
tetraciclina então 1 vez à noite
por tempo
indeterminado
Hordéolo externo Calor local

Hordéolo interno Calor local + 5 a 7 dias


(meibominite) Cefalosporina de 1a
geração
Episclerite infecciosa Colírio da Vancomicina 7 a 10 dias
bacteriana (50mg/ml) + gentamicina
(14mg/ml). Avaliar
associação com
corticóide
Quadro 4. Terapêutica das infecções em adulto e em pediatria (ver doses no Quadro 16)
Sítio Antimicrobianos Tempo de Diagnóstico/
tratamento Conduta
Tracoma Tetraciclina* 3 semanas
ou
Doxicilina* 3 semanas
ou
Eritromicina 3 semanas
ou
Azitromicina 3 dias 3 dias
* Não usar em crianças

Lesões Traumáticas
Perfuração conjuntival Cefalotina /Cefazolina 24 horas
EV
Dacriocistite aguda Cefalexina 7 a 14 dias
ou
Eritromicina 7 a 14 dias
ou
Azitromicina 3 dias

Ceratites bacteriana
Usuários de lentes de
contato (P.aeruginosa) Ciprofloxacina colírio 10 dias - a cada 15
qualquer idade a 30min nas 1as
24-48h; >48h, a
cada 1h
Córnea seca, diabético, Colírio de:
imunossupressão Cefazolina (50mg/ml) + 10 dias – a cada 15
(S.aureus, Gentamicina (14mg/ml)* a 30min nas 1as
S.pneumoniae, ou Ciprofloxacina (0,3%) 24-48h; >48h, a
S.piogenes, Listeria, ou Ofloxacina (0,3%). cada 1h
Enterobacteriacea) * Usar colírio
lubrificante para
reconstituir o sal
(Lacrima®20ml)

Lente de contato Lembrar a possibilidade


gelatinosa rara de Acantamoeba
Sem fator de risco Colírio de: 10 dias – a cada 15
determinado (S.aureus, Cefazolina (50mg/ml) + a 30min nas 1as
S.pneumoniae, Gentamicina (14mg/ml)* 24-48h; >48h, a
S.epidermidis, ou Ciprofloxacina (0,3%) cada 1h
Pseudomonas, ou Ofloxacina (0,30%)
Enterobacteriaceas) * Usar colírio
lubrificante para
reconstituir o sal
(Lacrima®)
Quadro 4. Terapêutica das infecções em adulto e em pediatria (ver doses no Quadro 16)
Sítio Antimicrobianos Tempo de Diagnóstico/
tratamento Conduta
Ceratites herpética
Herpes simples
Ceratite Epitelial 1. Debridamento 10 dias
delicado
2. Oclusão
3. Antivírico tópico –
Trifluridina 1 gota a cada
1 h ou Vidarabina
pomada ou Aciclovir
pomada no saco
conjuntival 5 vezes ao
dia por pelo menos 10
dias .
4. Avaliar antivírico
sistêmico em casos
graves – Aciclovir
Herpes Zoster Aciclovir VO 10 dias

Ceratite Fúngica Antifúngico tópico Antifúngico oral: De acordo com a


(Aspergillus, Fusarium, Natamicina (5%) ou Usar nos casos evolução clínica
Cândida) Anfotericina (0,05 – resistentes
0,1%) ou Fluconazol Ketoconazole
formulação venosa 200mg VO a cada
12h, ou Fluconazol
200mg VO a cada
12h ou Itraconazol
200mg VO a cada
12h ou
Anfotericina
venosa
Ouvido
Otite externa Tratamento tópico: 10 dias
Neomicina + corticóide

Otite externa maligna Ceftazidima + 4 a 6 semanas


(diabético) Gentamicina
ou
Ciprofloxacina

Otite média Amoxicilina ou Sulfa- 5 a 10 dias Cultura de secreção


Aguda trimetoprim do ouvido médio,
se toxemia-
hemocultura
Quadro 4. Terapêutica das infecções em adulto e em pediatria (ver doses no Quadro 16)
Sítio Antimicrobianos Tempo de Diagnóstico/
tratamento Conduta
Resistente (crônica) Cloranfenicol 10 a 14 dias
ou
Macrolídeo
(Eritromicina, ou novos
macrolídeos)

Em pacientes Ceftriaxona 10 a 14 dias


entubados ou
Amoxacilina/clavulanato
ou
Ampicilina /sulbactam
Vias Aéreas superiores
Faringite exsudativa Penicilina benzatina Pen.benzatina -
ou 1dose
Eritromicina Eritromicina- 10
dias

Difteria laríngea Eritromicina ou 7 a 14 dias Swab de membrana


Claritromicina + soro para cultura

Angina de Vincent Cloranfenicol 7 a 14 dias Cultura de


ou exsudado tonsilas
Amoxicilina/clavulanato ou faringeano
ou
Ampicilina /sulbactam

Epiglotite Amoxicilina/clavulanato 7 a 10 dias


ou
Ceftriaxona
ou
Ampicilina/sulbactam

Sinusite Amoxicilina 14 dias Tomografia


ou computadorizada
Sulfa-trimetoprim

Sinusite em paciente Metronidazol + 14 dias Avaliar a coleta de


entubado Ceftriaxona Pseudomonas- material para
ou 21dias cultura.
Amoxicilina/clavulanato
ou
Ampicilina/sulbactam

Laringite Sintomáticos (maioria


virótico)
Quadro 4. Terapêutica das infecções em adulto e em pediatria (ver doses no Quadro 16)
Sítio Antimicrobianos Tempo de Diagnóstico/
tratamento Conduta
Osteomuscular

Músculos
Gangrena gasosa Clindamicina + 10 dias Abordagem
Penicilina cirúrgica

Piomiosite Oxacilina 2 a 6 semanas


Osso

Osteomielite
1. Hematogênica Cefalotina / Cefazolina (1) 4 - 6 semanas Radiografias
2. Vertebral ou (2) 4 - 6 semanas Tomografia
3. Com doença Fluorquinolona (3) Se amputar Ressonância
vascular (Ciprofloxacina) transfixando o Magnética
4. Sem doença vascular ou osso infectado - Biópsia óssea
crônica Clindamicina 4 semanas. Hemocultrua
Se retirar o osso
infectado - 2
semanas
Se for próximo
ao osso
infectado, mas
tecido livre de
infecção - 1 a 3
dias
Artrite séptica

< 5 anos Ceftriaxona 21 dias

> 5 anos Oxacilina (com ou sem - BGN e S.aureus: Cultura de sinóvia


aminoglicosídeo) se 21 dias por artrocentese
empírico - H. influenzae e Ultra-som e TC
Streptococcus: 14
dias.
- Ajustar a droga ao
tipo de germe
isolado.
Gonocócica Ceftriaxona 2 dias; e mais 7
dias
Fluorquinolona VO
Manter por mais 1
semana após
drenagem
Quadro 4. Terapêutica das infecções em adulto e em pediatria (ver doses no Quadro 16)
Sítio Antimicrobianos Tempo de Diagnóstico/
tratamento Conduta
Osteomielite em Oxacilina + Mínimo 21 dias Hemocultura
drepanocítico Cloranfenicol Radiografias
ou
Ceftriaxona
ou
Ciprofloxacina
Osteomielite Vancomicina +
relacionada à prótese Aminoglicosídeo (com Mínimo 6 semanas Hemocultura
ou sem Rifampicina) Radiografias
ou
Rifampicina +
Fluorquinolona
Pele e subcutâneo
Impetigo isolado Penicilina benzatina
ou P.benzatina – dose
Macrolídeo única
(Eritromicina/ Outros: 7 a 10 dias
Claritromicina)
ou
Cefalexina

Impetigo disseminado Cefalotina / Cefazolina / 7 a 10 dias


Oxacilina

Celulite leve Penicilina benzatina P.benzantina - dose


ou única
Macrolídeos Outros - 7 a 10 dias
(Eritromicina,
Claritromicina)

Celulite grave Cefalotina 7 a 10 dias


ou
< 5 anos Ampicilina/sulbactam 7 a 10 dias
ou
Amoxicilina/ clavulanato

Pé diabético Clindamicina + 14 dias


Gentamicina ou
Fluorquinolona

Úlcera de estase com Clindamicina + 14 dias


celulite Gentamicina ou
Fluorquinolona
Úlcera de estase sem Curativo diário
celulite
Quadro 4. Terapêutica das infecções em adulto e em pediatria (ver doses no Quadro 16)
Sítio Antimicrobianos Tempo de Diagnóstico/
tratamento Conduta
Úlcera isquêmica com Clindamicina + 14 dias
celulite Gentamicina ou
Fluorquinolona

Úlcera de decúbito Clindamicina + 14 dias


Gentamicina ou
Fluorquinolona

Lesão por mordedura Cloranfenicol ou 10 dias


(animal e humana) Doxiciclina

Erisipela Penicilina procaína ou 7 dias


Benzatina
ou
Macrolídeos
(Eritromicina,
Claritromicina)
Respiratório
Vias aéreas inferiores

Infecção em Doença Amoxacilina/clavulanato 7 a 10 dias


Pulmonar Obstrutiva ou
Crônica (DPOC) e Amoxacilina/sulbactam
Bronquite ou
Ampicilina/sulbactam
ou
Levofloxacina/
Gatifloxacina/
Moxifloxacina
ou
Novos macrolídeos
ou Ceftriaxone

Pneumonias comunitárias
Ambulatorial
Recém-nascido Internar e tratar como
sepse neonatal

Lactente até 5 anos Amoxacilina/clavulanato


ou
Ampicilina/sulbactam

> 5 anos Eritromicina/ 7 a 14 dias


Azitromicina/
Claritromicina
Quadro 4. Terapêutica das infecções em adulto e em pediatria (ver doses no Quadro 16)
Sítio Antimicrobianos Tempo de Diagnóstico/
tratamento Conduta
Adultos até 60 anos Eritromicina / 10 a 14 dias
Claritromicina /
Azitromicina
ou
Levofloxacina/
Gatifloxacina/
Moxifloxacina

> 60 anos ou com Levofloxacina/ 10 a 14 dias Sorologia


doença associada Gatifloxacina/ Radiografia de
Moxifloxacina tórax
ou
Macrolídeo
(Eritromicina,
Claritromicina,
Azitromicina)+
Amoxacilina/
clavulanato ou
Ampicilina/sulbactam
Pneumonias comunitárias
Pacientes internados

Recém-nascido Tratar como sepse 10 a 14 dias


neonatal

28 dias a 5 anos Amoxacilina/clavulanato 10 a 14 dias Alta com:


ou Cloranfenicol ou
Ampicilina/sulbactam Amoxacilina/
ou clavulanato
Ceftriaxona

5 a 60 anos Cefalotina + Macrolídeo 10 a 14 dias


(Eritromicina,
Claritromicina ou
Azitiromicina)
ou
Quinolona no adulto-
Levofloxacin/
Gatifloxacina/
Moxifloxacina
Quadro 4. Terapêutica das infecções em adulto e em pediatria (ver doses no Quadro 16)
Sítio Antimicrobianos Tempo de Diagnóstico/
tratamento Conduta
> 60 anos Levofloxacin/ 10 a 14 dias Hemocultura
Gatifloxacina/ Radiografia tórax
Moxifloxacina
ou
Cloranfenicol +
Gentamicina
ou
Eritromicina /
Azitromicina /
Claritromicina +
Amoxacilina/clavulanato
ou Ampicilina/sulbactam
ou Ceftriaxona

Abscesso pulmonar por Cloranfenicol 4 a 6 semanas


aspiração ou
Clindamicina
ou
Amoxacilina/clavulanato
ou
Ampicilina /sulbactam

Em pacientes Ceftriaxona 10 a 14 dias Ver Protocolo


esplenectomizados ou "Infecções no
Ampicilina/sulbactam Paciente
ou Imunocomprometid
Amoxacilina/clavulanato o"
ou
Levofloxacin/
Gatifloxacina/
Moxifloxacina

Neutropênico febril Ceftazidima + Amicacina


+ Oxacilina
Sepse

Recém-nascido <72h de Ampicilina + 10 a 14 dias


vida Gentamicina
Quadro 4. Terapêutica das infecções em adulto e em pediatria (ver doses no Quadro 16)
Sítio Antimicrobianos Tempo de Diagnóstico/
tratamento Conduta

Recém-nascido > 72h a 30 Oxacilina + Gentamicina 10 a 14 dias


dias de vida se vier do domicílio

30 dias a 5 anos de vida Ceftriaxona 10 a 14 dias

Sistema nervoso

Abscesso Cerebral 1. Foco dentário: - 6 a 8 semanas EV TC


Primário ou por Penicilina G + + 2 a 6 meses VO Abordagem
contiguidade metronidazol se não é feita cirúrgica se há
2. Otite média, sinusite ou cirurgia. progressão de
mastoidite: - 4 semanas EV se sinais neurológicos
Ceftriaxona + há drenagem
Metronidazol cirúrgica
3. Abscesso pulmonar ou concomitante.
empiema:
Penicilina G +
metronidazol +
sulfametoxazol/
trimetoprim
4. Endocardite: o mesmo
tratamento escolhido para
a endocardite

Pós-cirurgia e Ceftriaxona + 4 semanas


Pós-trauma Vancomicina

HIV(T.gondi) Pirimetamina + 6 semanas Ver protocolo


sulfadiazina + ac. Fólico “Tratamento da
toxoplasmose
ativa”

Encefalite herpética Aciclovir (EV) 14 a 21 dias Ver protocolo


“Terapêutica das
infecções viróticas”
Meningite(4)

RN Ampicilina + - Streptococcus B: - Repetir punção


Gentamicina se infecção 14 a 21 dias lombar se não houver
resposta clínica em
comunitária. - Listéria 48h; na meningite por
Se IH ver esquema da monocytogenes: pneumococo
unidade ≥ 21 dias penicilina-resistente; e
- Gram negativos: na meningite em
21 dias neonato por bacilo
gram-negativo.
Quadro 4. Terapêutica das infecções em adulto e em pediatria (ver doses no Quadro 16)
Sítio Antimicrobianos Tempo de Diagnóstico/
tratamento Conduta
1 a 3 meses Ampicilina + Ceftriaxona - N. meningitidis: 7 - Acrescentar
dias vancomicina à
- S. pneumoniae: terapia empírica se
10 a 14 dias, até pneumococo
normalização penicilina-
liquórica resistente for
- H. influenzae: 7 a considerado.
10 dias
- Listéria
monocytogenes:
≥ 21 dias
- Gram-negativos:
21 dias

3 meses a < 18 anos Ceftriaxona


18 a 50 anos Ceftriaxona
Acima de 50 anos Ceftriaxona + Ampicilina
Imunodeficiências Ceftriaxona + Ampicilina

Pós-neurocirurgia e Vancomicina + 21 a 28 dias


pós-traumatismo craniano Ceftazidima ou cefepime
ou meropenem

HIV Ceftriaxona + Ampicilina Descartar TBC,


sífilis, listeria e
criptococo

Empiema Subdural Tratar como abscesso Obs.:Colher líquor


cerebral de controle. Manter
por 5 a 7 dias após
tornar-se afebril. Se
a evolução não for
satisfatória, avaliar
nova punção dentro
de 24 a 48h.
Quadro 4. Terapêutica das infecções em adulto e em pediatria (ver doses no Quadro 16)
Sítio Antimicrobianos Tempo de Diagnóstico/
tratamento Conduta
Trato urinário
Cistite Dose única *(5) ou - Urina rotina +
tratamento curto (3 dias): urocultura
Sulfa-trimetoprim ou
Amoxicilina ou
Quinolona

Pielonefrite Aminoglicosídeo *(6) 14 dias


ou
Ciprofloxacina
ou
Ceftriaxone
ou
Amoxicilina/Ampicilina
(se gram com cocos
gram-positivos)

Prostatite

Aguda Ciprofloxacina 4 semanas Urina rotina e


urocultura
Ultra-sonografia

Crônica Ciprofloxacina ou Sulfa- 4 a 12 semanas Cultura


trimetoprim quantitativa de
líquido espermático

(1) Na presença de endocardite avaliar possibilidade de S. aureus.


(2) Na presença de lesões cutâneas, avaliar possibilidade de S. aureus e lembrar da possibilidade de
Amebíase.
(3) Trabalho de parto prematuro ou febre durante o parto ou bacteriúria por estreptococo do grupo B ou
colonização materna por estreptococo do grupo B.
(4) Há evidências de que, o uso da dexametasona (0,15mg/kg/dose a cada 6h por 4 dias, iniciado 15 min
antes 1a dose antibiótico) diminui sequela auditiva da meningite por hemófilos.
(5) Nos tratamentos de dose única, usar o dobro da dose habitual.
(6) Aminoglicosídeo em dose única diária: gentamicina - 3mg/kg ou amicacina 10 a 15mg/kg
Obs.: Gentamicina ou amicacina devem ser usados em dose única diária desde o início do
tratamento.
Opções de Uso de Antimicrobianos em Situações Especiais
Infecções de Pele e Subcutâneo

Na possibilidade de etiologia gram-positiva betalactâmica-resistente (MRSA ou


enterococo) ou na necessidade de terapêutica prolongada, as oxazolidinonas (linezolida)
demonstram ser uma opção interessante por apresentar bom espectro de ação para este grupo de
microrganismos e excelente biodisponibilidade por via oral, que permite terapêutica seqüencial
da via parenteral, facilitando a desospitalização.

Infeccões por Enterococos Vancomicina-resistentes (EVAR)

As estreptograminas (quinupristina/dalfopristina) constituem-se em opção terapêutica nas


sepses por Enterococcus faecium vancomicina-resistente.
Atualmente, as oxazolidinonas (linezolida) podem ser consideradas como opção nas
infecções pulmonares, além das infecções de pele e subcutâneo causadas por EVAR ou MRSA.

Rotatividade de Antimicrobianos para Controle de Bastonetes Gram-Negativos Produtores


de Betalactamases Plasmidiais (Não-tipo I)

Neste contexto, as penicilinas de amplo espectro associadas a inibidor de betalactamase,


especificamente a ticarcilina-clavulanato ou a piperacilina-tazobactam, constituem-se em opções
interessantes, poupando o uso de cefalosporinas de terceira e quarta gerações e dos
carbapenêmicos.
Além de efetivas contra BGN não-produtores de betalactamases cromossomiais (as do
tipo I), agem contra a maioria dos gram-positivos sensíveis aos betalactâmicos e contra os
anaeróbios.
A piperacilina-tazobactam é a associação que apresenta maior atividade in vitro, sendo
inclusive superior à ceftazidima contra P. aeruginosa.
ENDOFTALMITE (Figura 3)

Suspeita de endoftalmite

Não há "tempo de espera" Há "tempo de espera"

Ultra-som

Com acometimento vítreo Sem acometimento vítreo

1. Prednisona 1mg/Kg após a


consulta e 0,25mg/kg 8/8hs.
Antibiótico de quinolona tópico
e corticóide tópico.
2. Reavaliação a cada 12hs.

Piora Melhora

Reação inflamatória estéril


Usar corticóide - 5 a 7 dias

Tratamento Invasivo

Acima de percepção luminosa Sem percepção luminosa

Antibiótico intravítreo Vitrectomia e injeção de antibiótico intravítreo


Vancomicina 1mg, 3/3dias, 10 a 14 dias Vancomicina 1mg, 3/3dias, 10 a 14 dias
Ceftazidima 1 a 2 mg, 3/3dias, 10 a 14 dias Ceftazidima 1 a 2 mg, 3/3dias, 10 a 14 dias
Prednisona 1mg/kg/dia - 5 dias -VO Prednisona 1mg/kg/dia - 5 dias - VO

Figura 3. Tratamento da endoftalmite


RN com suspeita de sepse

RX de tórax
Hemograma
PCR
Hemocultura
Colher ainda
urina rotina
urocultura e
líquor

Iniciar antibiótico

Repetir PCR
- Se sepse precoce após 24hs
- Se sepse tardia após 48 hs

Se PCR > 1,2mg% ou Se PCR < 1,2mg% ou


12mg/l 12mg/l

Manter antibiótico Suspender tratamento

Em pacientes com sepse tardia, o liquor deve ser colhido tão logo o paciente estabilize.
Em pacientes com foco definido (e.g., pneumonia) ou sepse fúngica, a duração da
terapêutica se baseará na PCR e na discussão individualizada de cada caso.
Na sepse sem foco, a suspensão do antibiótico se dará no momento em que a PCR
ficar < 1,2mg% ou < 12mg/l, independentemente do resultado de hemocultura.

Figura 4. Tratamento do neonato infectado


Quadro 5. Terapêutica das infecções virais
a
Doença Tratamento de Escolha* 2 Escolha* Profilaxia ou Tratamento Comentários
Supressivo*
o
Herpes genital - 1 episódio Aciclovir: 200 mg VO 5 Aciclovir: 5 mg/kg EV, a O efeito do tratamento antiviral na
vezes ao dia ou 400 mg a cada 8 h por 5dias (apenas - transmissão da doença é desconhecido.
cada 8 h por 10 dias; (não em casos graves)
ultrapassar 80mg/Kg/dia
em crianças)
Herpes genital - episódio Aciclovir: 200 mg VO 5 Aciclovir: 200-400 mg VO É preferível indicar tratamento
recorrente vezes ao dia ou 400 mg a - 2-3 vezes ao dia por 1 ano supressivo do que o episódico; a dose
cada 8 h por 5 dias; (não ou mais, se necessário diária deve ser tateada até o menor
ultrapassar 80mg/Kg/dia valor necessário para prevenir
em crianças) recorrências.
Herpes labial em paciente Penciclovir: creme a 1% a Aciclovir: 200 mg VO 5 Aciclovir: 200 mg VO 5 O resultado é melhor se o tratamento
sadio cada 2 h (exceto durante o vezes ao dia por 5 dias vezes ao dia for feito na fase inicial; a profilaxia é
sono) por 4 dias imediatamente antes e efetiva nos episódios desencadeados
durante exposição ao sol pela exposição ao sol.
Herpes mucocutâneo em Aciclovir: 5 mg/kg EV a Aciclovir: 400 mg VO 5 Aciclovir: 400 mg VO a Penciclovir EV é equivalente ao
paciente cada 8 h por 7 dias vezes ao dia por 5 dias cada 8 h por 2 a 3 meses Aciclovir EV.
imunocomprometido
Herpes mucocutâneo por Foscarnet: 40 mg/kg EV 2 a - - Cidofovir gel está sendo avaliado para
vírus aciclovir-resistente 3 vezes ao dia, por 7 a 21 uso em herpes aciclovir-resistente.
dias
Encefalite herpética Aciclovir: 10 mg/kg EV a - - Preferível instituir tratamento antes da
(ver Herpes Neonatal) cada 8h, por 14-21 dias ocorrência do estado de coma;
morbidade e mortalidade são altas a
despeito do tratamento.
Herpes neonatal Aciclovir: 10-15 mg/kg EV a - - Morbidade e mortalidade são altas
cada 8 h por 14 dias. independentemente do tratamento;
supressão após o tratamento ainda está
Prematuros: 10 mg/Kg EV em fase de avaliação.
a cada 12h por 21 dias
Varicela no paciente sadio Aciclovir: 20 mg/kg (no - - Adolescentes, adultos e pacientes com
máximo 800 mg) VO, 4 episódio secundário são os que mais se
vezes ao dia por 5 dias beneficiam com o tratamento.
Quadro 5. Terapêutica das infecções virais
a
Doença Tratamento de Escolha* 2 Escolha* Profilaxia ou Tratamento Comentários
Supressivo*
Varicela no paciente Aciclovir: 10 mg/kg EV, a - Varicela-zoster Tratar o mais precoce possível para
imunocompromentido cada 8 h por 7-10 dias imunoglobulina: 1 prevenir disseminação visceral;
frasco/10kg, IM (no máximo administrar a imunoglobulina até 96 h
5 frascos) após a exposição.
Herpes zoster no paciente Valaciclovir: 1 g VO 3 Aciclovir: 800 mg VO, 5 - Pacientes 50 anos ou aqueles com
sadio vezes ao dia por 7 dias, ou vezes ao dia por 7 dias zoster oftálmico são os que mais se
Famciclovir: 500 mg VO a beneficiam do tratamento; uso de
cada 8 h por 7 dias corticosteróide não se encontra
estabelecido.
Herpes zoster no paciente Aciclovir: 10 mg/kg EV, a Foscarnet (para vírus Aciclovir: 400-800 mg VO 4 Tratamento deve ser iniciado mesmo
imunocomprometido cada 8 h por 7 dias aciclovir-resistente): 60 vezes ao dia por pelo que tardiamente; uso de corticosteróide
mg/kg EV, 2 a 3 vezes ao menos 3 meses após não se encontra estabelecido.
dia por 7 a 14 dias cirurgia de transplante
Citomegalovírus em Ganciclovir: 5 mg/kg EV a Foscarnet: 60 mg/kg EV, a Aciclovir: 400-800 mg VO 4 Ganciclovir oral provavelmente é o
paciente transplantado cada 12 h por 14-21 dias cada 8 h por 7-14 dias vezes ao dia por pelo melhor em transplante de coração-
menos 3 meses após pulmão.
transplante renal; Valaciclovir é agente profilático efetivo
Ganciclovir: 1 g VO 3 vezes no transplante renal.
ao dia às refeições, por 2 a Ganciclovir EV deve ser iniciado
3 meses após transplante somente após a efetivação do
de fígado; transplante de medula óssea; no
Aciclovir: 10 mg/kg EV, a transplante de coração a dose é de 5
cada 8 h por 1 mês, mg/kg a cada 12h nas primeiras duas
seguido por 800 mg VO 4 semanas pós-transplante; a dose deve
vezes ao dia por pelo ser reduzida para 5 dias/semana no
menos 3 meses após paciente ambulatorial.
transplante de medula
óssea;
Ganciclovir: 5-6 mg/kg EV,
5 a 7 dias/semana por 3
meses após transplante de
medula óssea, coração ou
fígado.
Quadro 5. Terapêutica das infecções virais
a
Doença Tratamento de Escolha* 2 Escolha* Profilaxia ou Tratamento Comentários
Supressivo*
Influenza A Oseltamivir: 75mg VO 2 Rimantadina: 200 mg VO Oseltamivir: 75mg VO a Reduzir dose em paciente 65 anos; o
vezes ao dia por 5 dias em ao dia por 5 a 7 dias em cada 24h durante epidemia tratamento pode disseminar vírus
adultos; 2 mg/kg 2 vezes adultos; 5 mg/kg (no por influenza, a partir dos droga-resistente entre membros da
ao dia (máximo 75mg máximo 150 mg) por 5 a 7 13 anos de idade. mesma família.
2 vezes ao dia) por 5 dias dias em crianças < 10 Rimantadina ou
em criaças 1 a 12 anos. anos. Amantadina: 100 mg amantadina nas mesmas
VO 3 vezes ao dia por 5 doses para tratamento, por
dias em adultos; 2,2 mg/kg 10 dias a 6 semanas após
(no máximo 75 mg) 2 vezes exposição durante
ao dia por 5 dias em epidemia por influenza.
crianças < 9 anos.
Vírus respiratório sincicial Ribavirina: 20 mg/ml de - Vírus respiratório sincicial O uso de ribavirina é pouco prático,
causando pneumonite água (6 g de ribavirina em imunoglobulina: 750mg/kg exceto para o paciente internado, e sua
grave 300 ml de água estéril), EV, ou anticorpo eficácia é questionada; pode-se
administrada por monoclonal (palivizumab), fornecer o aerossol através de
micronebulização 18 h/dia 15 mg/kg IM, mensalmente respirador, máscara ou tenda.
por 3 a 7 dias durante a estação da
doença virótica respiratória
em crianças prematuras ou
com broncodisplasia

(*) Doses Pediátricas e ajustes na insuficiência renal:

- Aciclovir - Doses pediátricas já se encontram nas tabelas. Depuração de creatinina: > 25ml/min = dose habitual; < 25 e > 10 = a cada 8h ; < 10ml/min = a cada 12h

- Valaciclovir - Dosagem não estabelecida para pediatria. Depuração de creatinina: 15-30ml/min = a cada 12h; < 15ml/min = a cada 24h; Em hemodiálise = a cada 24h e uma
dose após diálise.

- Famciclovr - Dosagem não estabelecida para pediatria Depuração de creatinina: 30 - 59ml/min = a cada 12h; 10 - 29 ml/min = a cada 24h; Em hemodiálise = a cada 48h

- Foscarnet - 120 mg/Kg/dia em 3 doses.


Ajuste na Insuficiência renal.
Esquema de dosagem de Foscarnet: tratamento de indução: retinite por citomegalovírus (cada 8 horas): depuração plasmática de creatinina 1,6 ml/kg/min:
60mg/Kg; 1,6 - 1,4ml/kg/min: 55mg/kg: 1,4 -1,2ml/kg/min: 49mg/kg: 1,2 - 1,0ml/kg/min: 42mg/kg: 1,0 - 0,8ml/kg/min: 35mg/kg: 0,8 - 0,6ml/kg/min: 28mg/kg: 0,6 -
0,4 ml/kg/min: 21 mg/kg: 0,4ml/kg/min: tratamento não recomendado. Vírus herpes simplex (cada 8 horas): depuração plasmática de creatinina 1,6ml/kg/min:
40mg/kg: 1,6 - 1,4ml/kg/min: 37mg/kg: 1,4 - 1,2ml/kg/min: 33mg/kg: 1,2 - 1,0ml/kg/mn: 28mg/kg: 1,0 - 0,8ml/kg/min: 24mg/kg: 0,8 - 0,6ml/kg/min: 19mg/kg: 0,6 -
0,4ml/kg/min: 14mg/kg: 0,4ml/kg/min: tratamento não recomendado. Tratamento de manutenção de retinite por citomegalovírus: depuração plasmática de
creatinina 1,4ml/kg/min; infusão única dose durante 2 horas: 90 - 120mg/kg: 1,4 - 1,2ml/kg/min: 78 - 104 mg/kg:1,2 - 1,0ml/kg/min: 75 - 100mg/kg: 1,0 -
0,8ml/kg/min: 71-94 mg/kg: 0,8 - 0,6ml/kg/min: 63-84mg/kg: 0,6 - 0,4ml/kg/min: 57-76 mg/kg: 0,4ml/kg/min: tratamento não recomendado. Hidratação: a
toxicidade renal pode ser reduzida mediante adequada hidratação do paciente. Recomenda-se estabelecer diurese pela hidratação com 0,5 a 1 litro de solução
fisiológica antes da primeira infusão e subseqüentemente adicionar 0,5 - 1 litro de solução fisiológica a cada infusão.

- Lamivudina - 4mg/kg/dose a cada 12 horas, até no máximo 300mg. Depuração de creatinina: dose inicial habitual - > 50ml/min = dose habitual; 30 - 50 ml/min = a cada 24h;
15 - 29 ml/min = 2/3 da dose a cada 24h; 5 - 14 mi/min = 1/3 da dose a cada 24 h; dose inicial: 1/3 da dose habitual - < 5ml/min = 1/6 da dose a cada 24 h

GENÉRICO COMERCIAL
Aciclovir Zovirax
Penciclovir Famvir P
Famciclovir Famvir Tiltab
Foscarnet Foscavir
Valaciclovir Valtrex
Lamivudina Epivir
Infecções no Paciente Imunodeprimido
Paciente HIV Positivo

Prevenção da Transmissão Vertical do HIV Materno-fetal

Iniciar a partir da 14a semana de gravidez: Esquema do PACTG 076 (Protocolo do Aids
Clinical Trial Group)

Zidovudina (AZT)
- Pré-Natal: 200mg VO 3 vezes ao dia, ou 300mg VO 2 vezes ao dia.

- Intra-parto: A parturiente deve receber AZT desde o início do trabalho de parto na


dose de 2mg/Kg IV na primeira hora, e seguir com 1mg/Kg/hora EV até o
clampeamento do cordão umbilical.
Nota: Na ausência de AZT injetável, administrar AZT oral na dose de 300mg no
começo do trabalho de parto, e seguir com 300mg a cada 3 horas, até o
clampeamento do cordão umbilical.

- Pós-parto: RN – 2mg/Kg/dose VO a cada 6 horas, iniciar preferencialmente até 2a


hora de vida, e manter por 6 semanas. Não existe evidência de benefício quando a
administração do AZT é iniciada após 48 horas de vida. Se a criança não tiver
condições de receber AZT via oral, deve ser utilizado injetável, na mesma dose
acima.
Dose recomendada para crianças prematuras:
> 30 semanas de gestação: 1,5mg/kg IV ou 2mg/kg VO a cada 12 horas por 2
semanas, e 2mg/kg a cada 8 horas, por mais 4 semanas.
< 30 semanas de gestação: 1,5mg/kg IV ou 2mg/kg VO a cada 12 horas por 4
semanas, e 2mg/kg a cada 8 horas, por mais 2 semanas.

Tratamento para Infecção Ativa pelo Pneumocystis jiroveci

Os esquemas recomendados para tratamento da pneumonia pelo Pneumocystis


jiroveci (PCP) são apresentados no Quadro 6.
Indicações de terapia associada com corticosteróide:
- Gradiente arterio-alveolar de O2 > 35mmHg ou, PO2 < 70mmHg com FiO2 = 21%
- Dose (pacientes > 13 anos de idade):
Prednisona: 40mg VO 2 vezes ao dia por 5 dias, a seguir 40mg VO 1 vez ao dia
por 5 dias, a seguir 20 mg VO 1 vez ao dia até completar o tratamento.
- Dose para crianças < 13 anos de idade: não estabelecida; porém parece também
ser efetiva.
Quadro 6- Esquemas para tratamento da pneumonia pelo Pneumocystis jiroveci

Droga Dose Duração


Esquema de escolha
Sulfametoxazol-trimetoprim 15 a 20mg/Kg/dia de TMP, 3 semanas
(SMZ - TMP)* dividido em 3 ou 4 doses, IV ou
VO
Esquemas alternativos
Pentamidina venosa * 3 a 4mg/Kg/dia IV 3 semanas
Dapsona + trimetoprim 100mg de dapsona VO + 3 semanas
15mg/kg/dia de TMP VO ou EV
Clindamicina + primaquina 600 a 900mg de clindamicina IV 3 semanas
de 6/6h a 8/8h (40mg/Kg/dia) ou
300 a 450mg VO de 6/6h
+ primaquina 15 a 30mg/dia VO
Trimetrexato + ácido folínico 45mg/m2/dia IV de trimetrexato ?
+ 20mg/m2/dose de leucoverin a
cada 6 horas, VO ou IV
* Esquemas de escolha para crianças.

Profilaxia para Pneumonia por Pneumocystis jiroveci em Paciente HIV-positivo

Indicações:

- Episódio anterior de PPC


- CD4+ menor que: 200 céls/mm3 - crianças > 6 anos
500 céls/mm3 - crianças 2 a 5 anos
750 céls/mm3 - lactentes de 12 a 23 meses
1500 céls/mm3 - lactentes de 1 a 11 semanas
- Monilíase oral associada ao HIV
- Febre inexplicada (>37,8ºC) por mais de 2 semanas

Esquemas:

- Primeira escolha: Sulfametoxazol-trimetoprim (SMZ-TMP)


a) Adolescentes e adultos: SMZ-TMP 800/160mg VO, diariamente, 1 vez ao dia, ou
SMZ-TMP 400/80mg VO, diariamente, 1 vez ao dia.

b) Crianças: 150mg de TMP/m2/dia + 750 mg de SMZ/m2/dia, VO, dividido em 2


doses, durante 3 dias alternados ou consecutivos.

- Segunda escolha:
a) Dapsona
- Para crianças > 1 mês de vida: 1mg/Kg (no máximo 100mg) VO, uma vez ao dia.
- Adultos: 50mg VO, 2 vezes ao dia, ou 100mg VO, 1 vez ao dia.
b) Dapsona 50mg VO, 1 vez ao dia + pirimetamina 50mg VO, 1 vez por semana + ácido
folínico 25mg VO, 1 vez por semana

c) Dapsona 200mg VO, 1 vez por semana + pirimetanina 75mg VO, 1 vez por semana +
ácido folínico 25mg VO, 1 vez por semana

d) Pentamidina aerossolizada
- Crianças > 5 anos de idade e adultos - 300mg 1 vez ao mês, via nebulizador

e) Atovaquone
- Uso pediátrico não estabelecido
- Adultos: 1500mg VO, 1 vez ao dia com alimentos.

Tratamento da Encefalite por Toxoplasmose

Esquemas

a) Primeira escolha:
- Pirimetamina - 100 a 200mg (2mg/Kg/dia) dose inicial por 1 a 3 dias, seguida por 50 a
75mg (1mg/Kg/dia) VO, diária;

- Sulfadiazina - 4 a 6g (100mg/kg/dia), VO, dividido em 4 doses diárias;

- Ácido folínico – 10 a 20 mg VO, 1 vez ao dia.

b) Segunda escolha:
- Pirimetamina + Ácido folínico como acima

- Clindamicina - 600mg IV ou VO, a cada 6 horas.

Tempo de tratamento:

- Pelo menos 6 semanas, ou


- Preferencialmente, até 3 semanas após a completa resolução das alterações
encontradas à tomografia ou ressonância magnética cerebral.
- A partir daí, reduzir as doses para terapêutica supressiva.

Terapêutica supressiva (ou manutenção):

- Pirimetamina 25 a 50mg/dia VO + ácido folínico 10 a 25mg VO, 1 vez ao dia +


sulfadiazina 500 a 1000mg a cada 6h, diariamente.
ou
- Pirimetamina + ácido folínico como acima + clindamicina 300 a 450mg VO a cada 6
ou 8 horas, diariamente.

- Interromper o tratamento de manutenção com CD4>200 células/mm³ por ≥ 6 meses,


com tratamento inicial completo e paciente assintomático.
Corticosteróides na Encefalite por T.gondii

- Podem ser usado no caso de edema cerebral com aumento da pressão intracraniana.

Profilaxia Primária da Toxoplasmose no Paciente HIV-positivo

Indicações:

- Ig G positiva para T. gondii


+
- Contagem CD4+ < 100 céls/mm3 (crianças > 6 anos de idade)

Esquemas:

- 1a escolha: Sulfametoxazol-trimetoprim (SMZ-TMP)

a) Adolescentes e adultos: SMZ-TMP 800/160mg, VO, diariamente, 1 vez ao dia.

b) Crianças: 150mg de TMP/m2/dia + 750mg de SMZ/m2/dia, VO dividido em duas


doses, durante 3 dias alternados ou consecutivos.

- 2a escolha:
a) Dapsona 1mg/kg (no máximo 50mg) VO diariamente + pirimetamina 50mg, VO, 1
vez por semana + ácido folínico 25mg, VO, 1 vez por semana.
b) Dapsona 200mg VO, 1 vez por semana + pirimetamina 75mg VO, 1 vez por semana
+ ácido folínico 25mg, VO, 1 vez por semana.

Tratamento da Meningite Criptocóccica no Paciente HIV-positivo

Indução:
- Anfotericina B: 0,7 a 1mg/Kg EV, uma vez ao dia por 14 dias (ou equivalente).
- Considerar 5-fluocitosina (5-FC) 25 mg/Kg VO de 6/6 horas.

Consolidação:
- Fluconazol (droga de escolha): 6mg/Kg (crianças) e 400mg (adultos) VO, de 12/12h por
2 dias, e a seguir 1 vez ao dia por 8 semanas.

Manutenção:
- Fluconazol (droga de escolha): 3 a 6 mg/Kg (crianças) e 200 a 400mg (adultos) uma vez
ao dia, diariamente
- Não há valor em se medir rotineiramente o antígeno criptocóccico

Controle do aumento da pressão intracaraniana (PIC):


- Punção lombar de alívio para melhora dos sintomas de aumento da PIC.
- Persistência da pressão alta: drenagem lombar ou shunt ventrículo-peritoneal.
Tratamento da Retinite por Citomegalovírus no paciente HIV-positivo

- Ganciclovir: 10mg/kg/dia, em 2 doses, EV, por 14 a 21 dias.


- Supressão: 5 a 6 mg/Kg/dia, dose única diária, por 5 a 7 dias por semana, com longa
duração.
O uso de antiretrovirais reduz a incidência da retinite por CMV

Tratamento da Infeção pelo Herpes Simples (HSV) no paciente HIV-positivo

- Ver protocolo Quadro 5.

Tratamento e Profilaxia da Tuberculose no Paciente HIV-Positivo

-Ver “Tratamento e Profilaxia da Tuberculose” adiante

Tratamento de Micobacterioses Atípicas no Paciente HIV-positivo

MAC (Complexo Mycobacterium avium)


- Linfadenite, infecção pulmonar, doença disseminada, artrite/ osteomielite.
- Diagnóstico definitivo: cultura.
- PPD> 15mm: sugere tuberculose.
- PPD< 10mm: sugere MAC ou outra micobactéria não-tuberculose se houver adenite
cervical ou outra síndrome sugestiva, radiografia de tórax normal, PPD não reator em
outros membros da família, e sem história de exposição à tuberculose.
- Sempre procurar co-infecções oportunísticas.

Esquema terapêutico deve conter sempre pelo menos 2 drogas:

- Azitromicina - 10mg/kg/dia (Dose habitual de 600mg a cada 24h)


ou
Claritromicina - 7,5mg/Kg/dia (Dose habitual de 500mg a cada 12h)

Etambutol – 15 a 25 mg/Kg/dia

Associados ou não a:
Rifampicina - 10mg/Kg/dia (máximo 600mg)
ou
Ciprofloxacina (paciente > 18 anos de idade) - 750mg de 12/12h
ou
Amicacina - 7,5 a 15mg/Kg/dia

- Tratamento só poderá ser suspenso com níveis de CD4 >100células/mm³ por seis
meses. O paciente deverá ter no mínimo 1 ano de tratamento na ausência de sintomas.
- Controle da eficácia com culturas a cada 4 semanas.
Tratamento da Diarréia no Paciente HIV-positivo

Campylobacter jejuni

-Norfloxacina – 400mg VO a cada 12 h por 5 dias, ou


- Azitromicina – 500mg VO a cada 24 h por 3 dias.

Clostridium Difficile

- Metronidazol – 250mg VO a cada 8 h por 7 a 14 dias, ou


- Vancomicina – 125mg VO a cada 6 h por 7 a 14 dias.

Salmonella sp.

- Ciprofloxacina – 500mg VO a cada 12 h por 5 a 7 dias. Se recidiva, 500mg VO, 2 vezes


ao dia, indefinidamente. Se sensível, usar: ampicilina ou SMZ-TMP.

Shigelose

- Ciprofloxacina – 500mg VO, a cada 12 horas por 5 a 7 dias. Se recidiva, 500 a 750mg
VO, 2 vezes ao dia, indefinidamente.
Tratamento das Infecções Fúngicas (Quadros 7 e 8)

Quadro 7. Terapêutica da candidíase oral ou esofageana no paciente imunossuprimido

Droga Apresentação Posologia


Oral Esofageana
Nistatina Suspensão oral Lactentes: 200.000U a cada 6h.
Crianças e adultos: 400.000 a 600.000 U a Mesma dose oral
cada 6 h.
Cetoconazol Comprimido Crianças: 3,3mg/kg uma vez ao dia. Crianças: 6,6mg/Kg uma vez ao dia
Adultos: 200mg uma vez ao dia. Adultos: 400 a 600mg uma vez ao dia
Fluconazol Comprimido Crianças: 3mg/Kg uma vez ao dia. Crianças: 6mg/Kg uma vez ao dia
Adultos: 50 a 100mg uma vez ao dia . Adultos: 200 a 400mg uma vez ao dia
Itraconazol Suspensão oral Crianças: dose não estabelecida (de 3 a 16 Mesma dose oral
Cápsula anos - é sugerida dose de 100mg/dia).
Adultos: 200mg uma vez ao dia (ou 100mg de
a cada 12h).
Anfotericina B Infusão EV Crianças e adultos: 0,3 a 0,5mg/Kg uma vez Mesma dose oral
ao dia EV.

- O tempo de tratamento é de 7 a 14 dias, podendo pacientes individuais necessitar de doses maiores e tempo mais prolongado.
- O uso de agentes anti-retrovirais efetivos melhora bastante a sintomatologia da candidíase no paciente HIV-positivo.
Quadro 8. Tratamento de micoses profundas no paciente HIV-positivo

Histoplasmose Coccidioidomicose Penicilose

Febre 95% 95% 99%

Perda de Peso 90% 60% 75%

Anemia 70% 50% 75%

Doença pulmonar 50% 90% 50%

Linfoadenopatia 20% 10% 40-50%

Lesões de pele 5-10% 5% 70%

Hepatoesplenomegalia 25% 10-20% 50%

Meningite < 1% 10% Muito raro

Diagnóstico:
- Cultura do fungo no sangue ou outro espécime biológico, incluindo medula óssea;
histoplasmose: antígeno na urina ou no sangue.

Tratamento:

- Anfotericina B: 1mg/Kg/dia dose única diária, EV, até resolução clínica (defervescência
e melhora das lesões de pele) por aproximadamente 1 a 2 semanas.
- Manutenção: após curso com anfotericina B, iniciar tratamento de duração indefinida
com derivado azólico:
 Itraconazol - escolha para histoplasmose e penicilose: 200mg VO de 12/12h
(dose para crianças não é estabelecida).
 Fluconazol - apenas para coccidioidomicose: 400mg VO uma vez ao dia
(crianças: 6mg/Kg).
Quadro 9. Infecções parasitárias por protozoários intestinais

Esquemas sugeridos
Agente causador/ Circunstâncias
doença modificadas Primário Alternativo
Blastocystis Patogenicidade Pode ser eliminado com TMP-SMX ou iodoquinol
hominis discutível. Não 650mg a cada 8h por 20 dias. Outra alternativa é o
existem estudos Metronidazol , 750mg a cada 8h VO por 10 dias.
controlados.

Cryptosporidium Não existe tratamento Pode-se tentar Azitromicina 1.200mg a


parvum padrão. Infeção auto- Paramomicina 500-750 a cada 12h, VO, dose inicial
limitada em pacientes cada 6-8h ou 1g a a cada seguida de 1.200mg/dia
imunocompetentes. 12h VO. por 27 dias e
Diarréia crônica em posteriormente 600mg/dia
pacientes com AIDS. para supressão.

Cyclospora Pacientes Pacientes com AIDS:


cayetanesis imunocompetentes: TMP- TMP/SMX (160/800) 1 cp
SMX (160/800) 1 cp a a cada 6h por 10 dias,
cada 12h, VO, por 7 dias seguido de 1 cp VO 2
vezes por semana.

Entamoeba Portador Paramomicina 500mg a Furoato de diloxanida


histolytica assintomático cada 8h VO, por 7 dias ou 500mg a cada 8h VO por
iodoquinol 650mg a cada 10 dias.
8h VO por 20 dias.

Diarréia /desinteria Metronidazol 750mg VO a Tinidazol 1,0g VO a cada


cada 8h por 10 dias 12h por 3 dias ou
seguido de: Iodoquinol Ornidazol 500mg VO a
650mg VO a cada 8h por cada 12 por 5 dias
20 dias ou Paramomicina seguidos de: Iodoquinol
500mg VO a cada 8h por 7 650mg VO a cada 8h por
dias. 20 dias ou Paramomicina
500mg VO a cada 8h x 7
dias.

Infecção extra- Metronidazol 750mg IV/VO a cada 8h por 10 dias,


intestinal (e.g., seguido de Iodoquinol 650mg VO a cada 8h por 20
abscesso hepático) dias. Fora dos EUA, substituir Metronidazol por
Tinidazol (600mg a cada 12h ou 800mg a cada 12h) por
5 dias.

Giardia lamblia Metronidazol 250mg VO a Tinidazol 2,0g VO dose


cada 8h por 5 dias ou única ou Quinacrina
Albendazol 400mg/dia VO 100mg VO 3 vezes ao dia,
por 5 dias. após as refeições, por 5
dias.
Esquemas sugeridos
Agente causador/ Circunstâncias
doença modificadas Primário Alternativo
Isospora belli TMP-SMX (160/800) 1cp Pirimetamina 75mg/dia
VO a cada 6h por 10 dias, VO + ácido folínico
passando a cada 12h por 3 10mg/d VO por 14 dias.
semanas .

Microsporidia Não há tratamento padrão, apenas sugestões baseadas


em informações sobre atividade in vitro e experiência
clínica com pequeno número de pacientes.
Enterocytozoon Tratamento Albendazol 400mg VO a Atovaquona 750mg a cada
bieneusi/ cada 12h seguido de 8h seguido de supressão
Encephalitozoon supressão crônica. crônica.
(Septata)
intestinalis

Encephalitozoon Tratamento Não estabelecido


hellum
Infecções no Receptor de Transplante de Órgãos (Figura 5)

Infecções hospitalares Infecções oportunísticas Infecções comunitárias ou


convencionais Infecções persistentes

VIRUS

____HSV
- Início CMV - Retinite /colite CMV
__ EBV, varicela, influenza, RSV, adenovírus
- Papilomavírus, doença
___Início da Hepatite B ou C linfoproliferatira

BACTÉRIA Sítio cirúrgico,cateter, pneumonia

- Nocardia
- Listeria, tuberculose

FUNGO
- Pneumocystis
- Aspergilus Criptococos
- Candida Fungos endêmicos
da região
PARASITA Estrongilóides
Toxoplasma
- Leishmânia
Trypanosoma cruzi
0 1 2 3 4 5 6
Meses após o transplante
Figura 5. Período de ocorrência das infecções após transplante de órgãos.
 Profilaxia (toxoplasmose, pneumocistose, listeriose, nocardiose e infecção do trato
urinário):

- Sulfametoxazol-trimetoprim (SMZ-TMP): 400mg SMZ + 80mg TMP uma vez ao dia,


nos primeiros 4 a 12 meses pós-transplante.

 Citomegalovírus (CMV)

- Tratamento e profilaxia: Ver “Terapêutica das Infecções Virais”

Quadro 10. Diagnóstico diferencial de febre e infiltrados pulmonares em receptores


de transplante de órgãos

Doença aguda Doença subaguda ou


Alteração radiológica (necessidade de crônica
atendimento médico em (atendimento em dias ou
24h) semanas)
Consolidação Bactéria (incluindo Fungo; nocardia; tumor;
legionela); tuberculose; vírus; reação à
tromboembolismo; drogas; radiação;
hemorragia; edema Pneumocystis
pulmonar
Alteração Edema pulmonar; reação Vírus; Pneumocystis;
peribronquiovascular leucoaglutinina; bactéria; radiação; reação à drogas
(intersticial) vírus (influenza) (ocasionalmente nocardia,
tumor, fungo, tuberculose)
Infiltrado nodular (> 1cm2) Bactéria (incluindo Fungo; nocardia;
com limites bem legionela); edema pulmonar tuberculose; Pneumocystis
determinados
Ver protocolos específicos para as infecções citadas.
Tratamento no Paciente com Imunodeficiência Adquirida de Causas Diversas

 Neoplasia (Quadro 11)

Quadro 11. Tratamento do paciente com neoplasia


Condição Fatores de risco Principais causas de febre Tratamento empírico inicial
maiores
Baixo Risco Doença de base, Febre de origem Monoterapia com:
terapia, neutropenia < indeterminada ceftazidima ou cefepima ou
10 dias, alteração de Cocos gram-positivos e meropenem (imipenem) EV,
mucosa, cateter bacilos gram-negativos ou possivelmente VO com
vascular permanente Vírus respiratório sincicial ciprofloxacina ou
Herpes vírus amoxacilina/clavulanato.
Raramente pneumocistose

Alto Risco Doença de base, Febre de origem Iniciar como o esquema


terapia, neutropenia > indeterminada acima, e avaliar associação de
10 dias, alteração de CGP ou BGN aeróbios, e drogas antimicrobianas.
mucosa, defeitos na anaeróbios com infecção
defesa humoral e/ou mista
celular, cateter vascular Vírus respiratório sincicial,
permanente parainfluenza, adenovírus,
herpes simples, CMV
Candida, aspergilus,
criptococos, tricosporo,
Fusarium
Pneumocitose, toxoplamose

 Esplenectomia

Principais agentes infectantes:


- Bactérias encapsuladas: pneumococo, meningococo, hemófilo, Capnocytophaga
canimorses.
- Parasitas: babesiose, malária

Dirigido às bactérias encapsuladas: cefalosporinas de terceira geração, ou


amoxacilina/clavulanato.
Tratamento e Profilaxia da Tuberculose
Esquema I
2RHZ/4RH* - INDICADO NOS CASOS NOVOS DE TODAS AS FORMAS DE
TUBERCULOSE PULMONAR E EXTRAPULMONAR, EXCETO MENINGITE

Peso do doente
Fases do
tratamento Droga Até 20 kg Mais de 20kg e Mais de 35kg e Mais de 45 kg
até 35 kg até 45kg

mg/kg/dia mg/dia mg/dia mg/dia

R 10 300 450 600


1a fase (2 meses)
H 10 200 300 400

Z 35 1.000 1.500 2.000

2a fase (4 meses) R 10 300 450 600

H 10 300 300 400

*2RHZ – 1a fase (2 meses), 4RH – 2a fase (4 meses)


R: Rifampicina; H: Isoniazida; Z: Pirazinamida (siglas adotadas pela Organização Mundial de
Saúde – OMS).
Obs.: No tratamento da tuberculose oftálmica e cutânea, a isoniazida poderá ser mantida por mais
seis meses, a critério médico (2RHZ/4RH/6H).
Esquema IR*
2RHZE/4RHE** - INDICADO NOS CASOS DE RETRATAMENTO EM RECIDIVANTES E
RETORNO APÓS ABANDONO DO ESQUEMA I

Peso do doente
Fases do
tratamento Droga Até 20 kg Mais de 20kg e Mais de 35kg e Mais de 45 kg
até 35 kg até 45kg

mg/kg/dia mg/dia mg/dia mg/dia

R 10 300 450 600


1a fase (2 meses)
H 10 200 300 400

Z 35 1.000 1.500 2.000

E 25 600 800 1.200

2a fase (4 meses) R 10 300 450 600

H 10 300 300 400

E 25 600 800 1.200

* Esquema I reforçado
** 2RHZE – 1a fase (2 meses), 4RHE – 2a fase (4 meses)
R: Rifampicina; H: Isoniazida; Z: Pirazinamida; E: Etambutol (siglas adotadas pela Organização
Mundial de Saúde – OMS).
Obs.:
Os recidivantes de esquemas alternativos por toxicidade ao Esquema I devem ser avaliados para
prescrição de esquema individualizado.
Havendo alteração visual durante o tratamento, o paciente deverá ser encaminhado para um serviço
de referência, com o objetivo de avaliar o uso do Etambutol.
Esquema II
2RHZ/7RH* - INDICADO NA MENINGITE TUBERCULOSA

Fases do tratamento Droga Doses para todas as idades Dose máxima em g


mg/kg de peso/dia

R 20 600
1a fase
(2 meses) H 20 400

Z 35 2.000

2a fase R 10 a 20 600
(7 meses)
H 10 a 20 40

* 2RHZ – 1a fase (2 meses), 7RH – 2a fase (7 meses)


R: Rifampicina; H: Isoniazida; Z: Pirazinamida (siglas adotadas pela Organização Mundial de
Saúde – OMS).
Obs.:
Nos casos de concomitância de meningite tuberculosa com qualquer outra localização de
tuberculose, usar o Esquema II.
Nos casos de meningite tuberculosa, em qualquer idade, recomenda-se o uso de corticosteróides
por um prazo de 2 a 4 meses, no início do tratamento.
Na criança, a prednisona é administrada na dose de 1 a 2mg/kg de peso corporal, até a dose
máxima de 30mg/dia. No caso de utilizar outro corticosteróide, aplicar a tabela de equivalência
entre eles.
A fisioterapia na meningite tuberculosa deverá ser iniciada, com orientação, o mais precocemente
possível.
Esquema III
3SEtEZ/9EtE* - INDICADO NOS CASOS DE FALÊNCIA DE TRATAMENTO COM OS
ESQUEMAS I, IR, E II

Peso do doente
Fases do
tratamento Droga Até 20 kg Mais de 20kg e Mais de 35kg e Mais de 45 kg
até 35 kg até 45kg

mg/kg/dia mg/dia mg/dia mg/dia

S 20 500 1.000 1.000


1a fase (3 meses)
Et 12 250 500 750

E 25 600 800 1.200

Z 35 1.000 1.500 2.000

2a fase (9 meses) Et 12 250 500 750

E 25 600 800 1.200

*3SEtEZ – 1a fase (3 meses), 9EtE – 2a fase (9 meses)


S: Estreptomicina; Et: Etionamida; Z: Pirazinamida; E: Etambutol (siglas adotadas pela
Organização Mundial de Saúde – OMS).
Obs.:
Em pessoas maiores de 60 anos, a estreptomicina deve ser administrada na dose de 500 mg/dia.
Havendo alteração visual durante o tratamento, o paciente deverá ser encaminhado para um serviço
de referência, com o objetivo de avaliar o uso do Etambutol.

Prevenção

Meios de Prevenção: Vacina BCG e quimioprofilaxia.


No Brasil, a vacina BCG é indicada para crianças na faixa etária de 0 – 4 anos e
obrigatória em menores de 1ano. Recomenda-se revacinar as crianças em idade escolar
(aos 10 anos).
A quimioprofilaxia é realizada em crianças menores de 5 anos assintomáticas não
vacinadas com BCG, reatora ao PPD; recém-nascidos coabitantes de foco bacilífero, e
indivíduo soropositivo para HIV e reator ao PPD. Utiliza-se Isoniazida na dose de
10mg/Kg/dia (até 300mg), durante 6 meses.
Antimicrobianos na gestação

Quadro 12. Classificação dos antimicrobianos usados durante a gestação, baseada nas
categorias do FDA (Food and Drug Administration)

Categoria Interpretação
A Estudos controlados não mostram riscos.
B Não há evidência ou risco em humanos. Os estudos animais
demonstraram risco, mas os estudos em seres humanos não
demonstraram; ou, se nenhum estudo apropriado em
humanos foi realizado, os estudos em animais são negativos.
C O risco não pode ser excluído. No entanto, os benefícios
potenciais podem justificar o risco potencial.
D Evidência positiva de risco. Possíveis benefícios podem
contrabalançar o risco potencial.
X Contra-indicado na gestação.
Fonte: The Sanford guide to Antimicrobial Therapy, 2007
Quadro 13. Categorias de risco para os antimicrobicidas utilizados na gravidez

Droga Categoria de risco na gravidez


( FDA)
Antibacterianos
Aminoglicosídeos
-Amicacina, gentamicina, estreptomicina, tobramicina D
Betalactâmicos
-Penicilinas + inibidores betalactamase, cefalosporinas B
-Aztreonam B
-Imipenem / cilastatina C
-Meropenem B
Cloranfenicol C
Clindamicina B
Ciprofloxacina, ofloxacina, levofloxacina, outras quinolonas C
Linezolida C
Macrolídeos
-Eritromicina / azitromicina B
-Claritromicina C
Metronidazol B
Nitrofurantoína B
Sulfonamida / trimetoprim C
Tetraciclinas/Tigeciclina D
Vancomicina C
Antifúngicos
Anfotericina B B
Caspofungina C
Fluconazol, cetoconazol, itraconazol C
Voriconazol D
Antiparasitários
Mebendazol / albendazol C
Ivermectina C
Praziquantel B
Pirimetamina C
Fonte: The Sanford guide to Antimicrobial Therapy, 2007.
Quadro 14. Farmacocinética e efeitos adversos fetais dos antibióticos utilizados na gestação

Antibiótico Ligação Concentração Concentração Efeitos nocivos Categoria risco


protéica fetal líquido amniótico fetais FDA
Penicilina G 60% 40% a 50% da Iguala-se à Não relatados. B
cristalina materna. materna em 12 h Risco potencial:
Nível terapêutico encefalopatia em
eficaz gestantes,
insuficiência renal,
hiperbilirrubinemia
em prematuros
Penicilina G 60% Nível eficaz para Insignificante Não relatados B
procaína sífilis
Penicilina G 60% Nível incerto para Insignificante Não relatados B
benzatina sífilis
Penicilina V 78% Nível terapêutico ? Não relatados B
incerto
Ampicilina 20% Igual à materna. Igual ou superior à Não relatados B
Nível terapêutico materna
eficaz
Amoxacilina 20% 60% da materna. 50% a 80% da Não relatados B
Nível terapêutico materna.
eficaz
Oxacilina 80% a 90% 10% a 30% da 10% da materna. Não relatados B
materna. Nível
terapêutico incerto
Dicloxacilina 90% a 96% Inferior a 10% da Inferior a 10% da Não relatados B
materna. Nível materna
terapêutico incerto
Carbenicilina 50% Superior a 50% da Semelhante à fetal Distúrbios da B
materna. Nível coagulação
terapêutico eficaz (alteração função
plaquetária)
Cefalotina 60% 40% a 50% da Iguala-se à Não relatados B
materna. Nível materna após 6h.
terapêutico eficaz
Cefaloridina 15% 30% da materna. Semelhante à fetal Potencial risco de B
Nível terapêutico nefrotoxicidade
eficaz
Cefazolina 86% 35% a 60% da Semelhante à fetal Não relatados B
materna. Nível
terapêutico eficaz
Cefalexina 15% 30% da materna. 20% da materna Não relatados B
Nível terapêutico
incerto
Cefadroxil 20% 15% da materna. Inferior a 10% da Não relatados B
Nível terapêutico materna
incerto
Cefoxitina 65% Semelhante à Semelhante à Não relatados B
materna após 3h. concentração fetal
Nível terapêutico
eficaz
Cefuroxina 33% a 50% 30% a 50% da 50% a 70% da Não relatados B
materna. Nível materna
terapêutico eficaz
Cefotaxima 40% 25% da materna. ? Não relatados B
Nível terapêutico
incerto
Antibiótico Ligação Concentração Concentração Efeitos nocivos Categoria risco
protéica fetal líquido amniótico fetais FDA
Ceftriaxona 90% 25% da materna. 10% a 20% da Não relatados B
Nível terapêutico materna
incerto
Cefoperazona 90% 45% da materna. ? Potencial risco de B
Nível terapêutico hemorragias
eficaz
Ceftazidima 17% 80% da materna. Semelhante a Não relatados B
Nível terapêutico concentração fetal
eficaz
Imipenem 20% 33% da materna. 16% da manterna Não relatados C
Nível terapêutico
eficaz
Aztreonam 40% Baixa Semelhante à fetal Desconhecido B
concentração.
Estreptomicina 33% 40 a 60% da Semelhante à fetal Ototoxicidade D
materna. Nível
terapêutico eficaz
Canamicina 0 30% a 50% da Iguala-se a Ototoxicidade D
materna. Nível materna após 6h
terapêutico eficaz
Gentamicina 30% 35% da materna. Semelhante à fetal Ototoxicidade D
Nível terapêutico
eficaz
Amicacina 0 20% a 30% da 10% a 20% da Ototoxicidade D
materna. Nível materna
terapêutico eficaz
Cloranfenicol 50% 30% a 80% da Insignificante Síndrome cinzenta -
materna (último trimestre
gestação);
Depressão medular
Tianfenicol 0% a 10% 50% da materna. Semelhante à Risco de depressão -
Nível terapêutico materna após 3h medular
eficaz
Tetraciclinas 30% a 50% 60% da materna. 20% da materna Ação teratogênica D
Nível terapêutico (anomalia
eficaz. esquelética) primeiro
trimestre;
Alterações dentárias
no feto.
Eritromicina 20% a 70% Inferior a 10% da Inferior a 10% da Não relatados B
materna. Nível materna
terapêutico incerto
Espiramicina 30% 10% da materna. Insignificante Não relatados
Nível terapêutico
incerto
Roxitromicina - ? ? Não recomendado C (para
Azitromicina claritromicina)
Claritromicina
Clindamicina 90% 30% a 50% da Inferior a 10% da Não relatados -
materna. Nível materna
terapêutico eficaz
Rifampicina 90% 20% a 30% da Inferior a 10% da Duvidoso. Fenda -
materna. Nível materna. palatina e espinha
terapêutico eficaz bífida em animais.
Fonte: Tavares W. Manual de Antibióticos e Quimioterápicos Antiinfecciosos. 1997. Ed. Atheneu
Quadro 15. Concentração fetal e efeitos nocivos para o feto dos quimioterápicos
antimicrobianos utilizados nas gestantes

Medicamento Concentração fetal Efeito nocivo para o feto


Sulfonamidas 70% a 90% da materna. Ação teratogênica em animais de laboratório
Nível terapêutico eficaz (malformações ósseas). Ação teratogência não
relatada em fetos humanos.
Risco de Kernicterus no recém-nascido, quando
administrado no terceiro trimestre.
Metronidazol Adequada. Nível Mutagênico para bactérias e carcinogênico para
terapêutico eficaz animais de laboratório. Não relatados efeitos desta
natureza em seres humanos.
Isoniazida Superior à materna. Nível Potencial toxicidade para o sistema nervoso central
terapêutico eficaz
Etambutol ? Relato de anoftalmia em feto de coelhas. Não há relata
de efeitos tóxicos em seres humanos.
Cloroquina Adequada Potencial risco de retinopatia e distúrbios na
acomodação visual em doses altas.
Quinino Adequada Risco de abortamento em doses altas e surdez
congênita, trombocitopenia fetal, hipoplasia do nervo
óptico.
Pirimetamina ? Malformações congênitas em animais de laboratório.
Risco potencial de ação teratogênica em fetos
humanos no primeiro trimestre da gravidez.
Sulfametoxazol+ Elevada Malformações em animais de laboratório (fenda
trimetoprim palatina)
Quinolonas Elevada Contra-indicadas pelo risco de deposição em
cartilagens e ossos em formação.
Cetoconazol, ? Contra-indicados pelo risco de teratogenicidade e
Fluconazol outras alterações tóxicas no feto
Glucantime Adequada Segurança desconhecida no feto
Mebendazol, Adequada Teratogenicidade para animais de laboratório. Contra-
Albendazol, indicado pelo risco potencial de lesão fetal.
Tiabendazol
Praziquantel, Adequada Segurança desconhecida para o feto
Oxaminiquine
Aciclovir 70% da materna Não há relatos de efeitos nocivos
Zidovudina Nível adequado Lesão mitocondrial ?

Fonte: Tavares W. Maual de Antibióticos e Quimioterapicos Antiinfecciosos. 1997. Ed. Atheneu


Antibióticos e Interações Medicamentosas Adversas
Aminoglicosídeos

Aciclovir Nefrotoxicidade e ototoxicidade


Anfotericina B, cefalotina, ciclosporina, contraste Nefrotoxicidade
radiológico
Anticoagulante oral Efeito anticoagulante
Bumetamida Nefrotoxicidade
Ciclosporina Nefrotoxicidade
Digoxina Efeito digital (com aminoglicosídeo VO)
Ácido etacrínico Ototoxicidade.
Furosemida Oto e nefrotoxicidade
Sulfato de Magnésio Bloqueio neuromuscular
Miconazol Concentração da tobramicina
AINE (Anti-inflamatórios não esteróides) Toxicidade dos aminoglicosídeo em prematuros em
uso de indometacina para PCA (persistência do canal
arterial)
Penicilinas Efeito dos aminoglicosídeos com altas concentrações
de carbenicilina ou ticarcilina
Polimixinas Nefrotoxicidade, bloqueio neuromuscular
Vancomicina Nefrotoxicidade e ototoxicidade

Anfotericina B

Aminoglicosídeos, ciclosporina Nefrotoxicidade


Antineoplásicos Nefrotoxicidade, broncoespasmo, hipotensão
Capreomicina Nefrotoxicidade
Cisplatina Nefrotoxicidade
Colistina Nefrotoxicidade
Corticosteróides Hipocalemia
Ciclosporina Nefrotoxicidade
Digital Toxicidade digitálica
Antifúngicos imidazólicos Antagonismos (modelo animal)
Metoxiflurano Nefrotoxicidade
Bloqueadores neuromusculares Efeito do bloqueio
Pentamidine Nefrotoxicidade
Polimixina Nefrotoxicidade
Vancomicina Nefrotoxicidade

Aztreonam

Cloranfenicol Antagonismo; administrar com intervalo de horas


Cefalosporinas

Álcool Efeito dissulfiram (algumas de terceira geração)


Aminoglicosídeos Nefrotoxicidade
Ampicilina Antagonismo in vitro com ceftazidima
Anticoagulante oral, trombolitico Efeito anticoagulante com cefoperazona
(moxalactam, cefamandol, cefmetazol)
Aspirina Risco de sangramento com moxalactam
Cloranfenicol Antagonismo in vitro
Colistina Nefrotoxicidade
Diuréticos Nefrotoxicidade
Heparina Risco de sangramento com moxalactam
Penicilinas Toxicidade da cefotaxima com azocilina em paciente
com disfunção renal
Polimixina Nefrotoxicidade
Probenicida Prolonga concentração das cefalosporinas
Salicilatos Concentração de cefixima
Vancomicina Nefrotoxicidade

Clindamicina

Teofilina Nível
Bloqueadores neuromusculares Bloqueio

Cloranfenicol

Acetoaminofen Efeito do cloranfenicol


Anticoaulante oral Efeito do dicumarol
Aminoglicosídeos Antagonismo in vitro
Aztreonam Antagonismo, administrar com intervalo
Barbitúricos Efeito barbitúrico; efeito cloranfenical
Cefalosporinas Antagonismo in vitro
Cimetidina Anemia aplástica
Difenil hidantoina Toxicidade
Etomidato Prolonga anestesia
Ácido Fólico Resposta ao ácido fólico
Sulfoniluréias Efeito hipoglicêmico
Ferro Resposta ao ferro
Penicilinas Antagonismo in vitro
Fenitoína Toxicidade da fenitoína e do cloranfenicol
Rifampicina Efeito cloranfenicol
Vitamina B12 Resposta à vitamina B12
Imipenem

Aztreonam Antagonismo
Cefalosporinas Antagonismo
Ciclosporina Nível

Cloranfenicol Antagonismo
Penicilinas de amplo espectro Antagonismo
Ganciclovir Convulsões generalizadas

Macrolídeos

Anticoagulante oral Hipoprotrombinemia


Astemizol Intervalo QT
Carbamazepina Toxicidade da carbamazepina
Ciclosporina Toxicidade da ciclosporina
Clindamicina Antagonismo in vitro
Corticosteróides Efeito e toxicidade da metilprednisolona
Digoxina Efeito da digoxina
Disopiramida Intervalo QT; taquicardia ventricular
Alcalóides do ergot Toxicidade do ergot
Fenitoína Efeito ou
Terfenadina Intervalo QT
Teofilina Efeito e toxicidade da teofilina
Triazolam Toxicidade do triazolam
Zidovudine Concentração com claritromicina

Metronidazol

Álcool Efeito dissulfiram


Anticoagulante oral Efeito anticoagulante
Astemizol Intervalo QT
Azotiaprina Neutropenia transitória
Barbitúricos Concentração do metronidazol com fenobarbital
Ciprofloxacina Convulsões
Cimetidina Toxicidade do metronidazol
Dissulfiram Disfunção orgânica cerebral
Fluorouracil Neutropenia transitória
Lítio Toxicidade do lítio
Terfenadina Intervalo QT

Miconazol

Aminoglicosídeos Concentração da tobramicina


Anfotericina B Antagonismo in vitro
Anticoagulante oral Efeito anticoagulante
Astemizol Intervalo QT
Sulfoniluréias Hipoglicemia
Fenitoína Toxicidade fenitoína
Terfenadina Intervalo QT
Penicilinas

Alopurinol Rash com ampicilina


Aminoglicosídeos Efeito aminoglicosídeo com altas concentrações de
carbenicilina ou ticarcilina
Anticoagulante oral Efeito anticoagulante com nafcilina ou didoxacilina
Agentes bacteriostáticos Antagonismo in vitro
Bloqueador beta-adrenérgico Efeito do atenol com ampicilina
Cefalosporinas Toxicidade da cefotaxima com azlocilin em paciente
com disfunção renal
Colestipol Concentração da penicilina G
Contraceptivos orais Efeito com ampicilina e oxacilina
Ciclosporina Concentração da ciclosporina com nafcilina
Dissulfiram Efeito do dissulfiram com bacampicilina
Lítio Hipernatremia com ticarcilina
Metotrexate Toxicidade metotrexate
Diuréticos poupadores de K+ Hipercalemia com penicilina G potássica
Probenicide Concentração das penicilinas
Rifampicina Antagonismo in vitro com ampicilina, nafcilina e
oxacilina
Vecurônio Bloqueio quando administrado junto com
acilaminopenicilinas

Sulfametoxazol-Trimetoprim

Anticoagulante oral Efeito anticoagulante


Antidepressivos tricíclicos Recorrência de depressão
Lidocaína Metahemoglobina
Mercaptopurina Anemia megaloblástica
Ciclosporina Nível da ciclosporina
Tiopental Nível do tiopental
Fenitoína Toxicidade da fenitoína

Vancomicina

Aminoglicosídeos Nefrotoxicidade e ototoxicidade.


Anfotericina B Nefrotoxicidade
Bacitracina Nefrotoxicidade
Cefalosporinas Nefrotoxicidade
Cisplatina Nefrotoxicidade
Colistina Nefrotoxicidade
Digoxina Efeito digoxina
Polimixina Nefrotoxicidade
Fluorquinolonas

Cimetidina Nível da flouorquinolona


Ciclosporina Nível da ciclosporina
Cátion Metálico (Al, Ca, Fe, Mg, Zn) sucralfate Absorção de 50 A 90%
Probenecide e diurético de alça Clearance renal
Warfarim Protombina

Ciprofloxacina

As mesmas das fluorquinolonas


Teofilina Nível da teofilina
Metronidazol Convulsões
Opiáceos O efeito dos opiáceos

Estreptograminas

Ciclosporina nível
Midazolam nível
Nifedipina nível
Terfenadina nível e maior intervalo QT
Astemizole nível e maior intervalo QT
Anti-retrovirais nível
Quadro 16. Doses de ajustes na insuficiência renal e hepática, passagem pela meninge, leite e placenta
Dose Recomendada Dose usual para adulto (g) e ajuste por Ajuste para SNC/ Sérico Leite
intervalo de dose (h) diálise sérico neonato/ materno/
Adultos Crianças Neonatos (parenteral) Para clearance de creatinina (ml/min.) (%) Sérico Sérico
RN a termo materno materno
Oral Parenteral Infecção Oral Parenteral Até 1 1-4 Dose Dose Meninge (%) (%)
grave semana semanas pós diária inflamada
durante
DROGA Dose (g)/intervalo Dose Dose/Intervalo Dose >80 80-50 50-10 <10 HD* DP*
diária (g)
Ácido Nalidixico 1 q6h 4 1 6h 6h 6h Evitar Dose
VO mínima
Amicacina 15 15 15 15-20 30 5-7,5 8h 8-12h 12-48h 48h 2,5- 2,5 15-24 20
IM ou EV mg/Kg/dia mg/Kg/dia mg/Kg/dia mg/kg/di mg/Kg/dia mg/Kg 3,75 mg/Kg/di
q12h (máx: q12h (máx: q12h a q8h mg/Kg a
1g/dia) 1g/dia) q12h pós
Amoxicilina 0,25-0,50 1,5 30-50 0,25-0,5 8 8 8-12 12-16 0,25- 5-10 25-33 5
VO q8h mg/kg/dia 0,5
q8h
Amoxicilina + 0,25-0,50 1g q8h 1,5 30-50 30-50 0,25-0,5 8 8 12 12-24 0,25 baixo
Clavulanato q8h mg/kg/dia mg/kg/dia
VO ou EV q8h q8h
Ampicilina 0,25-0,50 0,5-2 4 VO 50-100 50-300 50-100 100-200 0,5-2 4-6 4-6 8 12 0,5-2 1-4 100 11
VO ou EV q6h q4-6h 12 g mg/kg/dia mg/kg/dia mg/Kg/di mg/Kg/dia
EV/dia q6h q6h a q8h
q12h
Ampicilina+ 1,5g 3g EV q6h 300 0,5-2 4-6 4-6 8 12 0,5-2 1-4 100 11
Sulbactam q6h mg/kg/dia
EV q6h
Anfotericina B 0,25-1 1 mg/Kg 0,25-1 0,25-1 0,25-1 0,25-1 24h 24h 24h 24h Dose Dose 3 50
EV mg/Kg mg/Kg mg/Kg mg/Kg mg/Kg usual usual
q24h (máx: q24-48h q24-48h q24-48h
50 mg/dia)
Azitromicina 0,5/ 1o 10 10mg/kg 1o 10 0,5/ 1o Usual Usual
VO ou EV dia, então mg/kg/dia dia, e mg/kg/dia dia, então
0,25 2o- q24h 5mg/kg 2o q24h 0,25 2o-
5o dia –5o dia 5o dia
Aztreonam 0,5-2g 2g q6-8h 30 0,5-2 6h 8-12h 12-18h 24h 1/8 Dose 3-52 0,1-0,6
EV q6-8-12h mg/kg/dia dose inicial
q6-8h pós- usual e
diálise então ¼
dose
usual
Cefadroxil 0,5 2 15-30 0,5-1 12-24 12-24 0,5 0,5 0,5-1 50 0,9-1,9
VO q12h mg/Kg/dia q12-24h q36h
q8-12h
Cefazolina 0,5-2 6 25-100 0,5-2 8 8 0,5-1 0,5-1 0,25- 1-4 35-69 3
IM ou EV q8h mg/Kg/dia q8-12h q18- 0,5
q6-8h 24h
Dose Recomendada Dose usual para adulto (g) e ajuste por intervalo Ajuste para SNC/ Sérico Leite
de dose (h) diálise sérico neonato/ materno/
Adultos Crianças Neonatos Para clearance de creatinina (ml/min.) (%) Sérico Sérico
(parenteral) materno materno
Oral Parenteral Infecção Oral Parenteral Até 1 1-4 Dose Dose Meninge (%) (%)
grave semana semanas pós diária inflamad
durante a
DROGA Dose (g) / Intervalo Dose Dose/Intervalo Dose >80 80-50 50-10 <10 HD* DP*
diária (g)
Cefalexina 0,25-1 4 25-50 0,25-1 6 6 8-12 24-48 0,25-1 Dose 60 2
VO q6h mg/Kg/dia mínima
q6h
Cefalotina 0,5-2 12 50-100 0,5-2 4-6 4-6 1-1,5 0,5 05-2 6mg/l 1,2-5,6 16-41
IM ou EV q4-6h mg/Kg/dia q6h q8h de líquido
q6h de diálise
Cefaclor 0,25-0,5 1,5 15-30 0,25- 8 8 8 8 0,25-0,5 2
VO q8h mg/Kg/dia 0,5
q8h
Cefepima 1–2g 6 100-150 60 60 1-2 12 12 12-24 50% dose 0,25
IM ou EV q8h mg/Kg/dia mg/kg/di mg/kg/dia q24h
q12h a q12h q12h
Cefoxitina 1-2 8 80-160 1-2 6-8 8-12 12-24 0,5-1 g 1-2 2,8 100 3
EV q6-8h mg/Kg/dia q12-48h
q4-6h
Cefotaxima 0,5-2 12 180 50 50 0,5-2 8-12 8-12 12-24 24 0,5-2 27 Acima de
EV q8-12h mg/Kg/dia mg/Kg mg/Kg 3-8
q6h q12h q8h
Ceftazidima 1-2 6 90-150 100 150 1-2 8-12 8-12 12-24 0,5 g 1 g de 0,5 g q24h 20-40 7
EV q8h mg/kg/dia mg/kg/di mg/kg/dia q24-48h ataque e ou 250
q8h a q8h então mg/2l de
q12h 1g pós líquido de
diálise diálise
Ceftriaxona 1-2 4 50-100 50 50-75 0,5-2 12-24 12-24 12-24 12-24 Nenhu 16-32 18-25 3-4
IM ou EV q12-24h (meningite) mg/Kg/dia mg/Kg mg/Kg m
q12-24h q24h q24h
Ciprofloxacina 0,25-0,75 0,2-0,4 1,5 VO 10-40 10-40 0,25- 12h 12h 0,25- 0,25-0,5 0,25 0,25 11-46
VO ou EV q12h q8-12h 1,2 IV mg/Kg/ dia mg/Kg/ dia 0,75 0,5 q18h q12h q8h
q12h q12h VO 8-12h 8-12h q12h 0,2-0,4 pós HD
12-24h q18-24h
0,2-0,4
IV
Claritromicina 0,25-0,5 0,25-0,5 1 15 15 0,25- 12h 12h 12-24h 24h Dose 30
VO ou EV q12h q12h mg/kg/dia mg/kg/dia 0,5 mínima
q12h q12h
Clindamicina 0,3-0,45 0,6-0,9 1,3 VO 10-30 20-40 20-40 20-40 0,3- 6h 6h 6h 6h Dose Dose usual Dose 46 38-50
VO ou EV q8h q8h 2,7 IV mg/Kg/dia mg/Kg/dia mg/Kg/di mg/Kg/dia 0,45vo usual mínima
q6h q6-8h a q6h 6-8h 6-8h 6-8h 6-8h
q6h 0,6-0,9
IV
Dose Recomendada Dose usual para adulto (g) e ajuste por Ajuste para SNC/ Sérico Leite
intervalo de dose (h) diálise sérico neonato/ materno/
Adultos Crianças Neonatos (parenteral) Para clearance de creatinina (ml/min.) (%) Sérico Sérico
materno materno
Oral Parenteral Infecção Oral Parenteral Até 1 1-4 Dose Dose Meninge (%) (%)
grave semana semanas pós diária inflamada
durante
DROGA Dose (g) / Intervalo Dose Dose/Intervalo Dose >80 80-50 50-10 <10 HD* DP*
diária (g)
Cloranfenicol 0,25-0,75 0,25-1 4 50-100 50-100 25 50 0,25- 6h 6h 6h 6h Dose Dose 45-89 30-80 100
VO ou EV q6h q6h mg/Kg/di mg/Kg/dia mg/Kg/dia mg/Kg/dia 0,75 vo padrão usual
a q6h q24h q12h 6h 6h 6h 6h pós HD
q6h 0,25-1
EV
Eritromicina 0,25-0,5 2 30-50 0,25- 6h 6h 6h 6h Dose Dose 2-13 5-20 50
VO q6h mg/Kg/di 0,5 usual usual
a
q6h
Fluconazol 0,05-0,4 0,05-0,4 0,4 0,05- 24h 24h 50% 50% 50-94
VO ou EV q24h q24h 0,4 da dose da dose
Gatifloxacina 0,4 q24h 0,4 q24h 0,4
VO ou EV
Gentamicina 3-5 0,24 5 5 7,5 1-1,7 8h 8-12h 12-48h 48h 1-1,7 1 mg/2l 10-30 30-40
IM ou EV mg/Kg/dia mg/kg/dia mg/kg/dia mg/kg/dia mg/kg mg/Kg de
q8h (máx: q12h q12h q8h pós-HD líquido
240mg/dia) de
diálise
removi
do
Imipenem 0,5-1 2 60-100 50 50 0,5-1 6h 0,5g 0,5g 0,25-0,5g 0,25-0,5 1-10
EV q6h mg/kg/dia mg/kg/dia mg/kg/dia q6-8h q8-12h q12h pós HD
q6h q12h q8h então
q12h
Levofloxacina 0,25-0,5 0,5 q24h 0,5 0,25- 24 24 0,25 0,25 0,25 0,25
Vo ou EV q24h 0,5 q24- q48h q48h q48h
48h
Linezolida 0,6 q12h 0,6 q12h 1,2
VO ou EV
Lomefloxacina 0,4 0,4 0,4 24h 24h 0,2 0,2 0,4 de
VO q24h q24h q24h ataque;
então 0,2
q24h
Metronidazol 0,25-0,5 0,5 2 0,25- 8h 8h 8h 50% da 1 dose Dose 100 97 100
VO ou EV q6-12h q6-8h 0,5 vo dose suplemen usual
6-8h 6-8h 6-8h tar
0,5 EV
Meropenem 1 g q8h 2g q8h 60-120 60 60 1 a 2g usual usual 0,5g 0,5g 1 dose
EV mg/kg/dia mg/kg/dia mg/kg/dia q8h q12h q24h suplemen
q8h q8h q8h tar
Norfloxacina 0,4 0,8 0,4 12h 12h 24h 24h
VO q12h
Ofloxacina 0,2-0,4 0,2-0,4 0,8 0,2-0,4 12h 12h 24h 0,1-0,2 0,2 de 28-87 96-112
VO ou EV q12h q12h VO/EV q24h ataque;
então 0,1
q24h

Dose Recomendada Dose usual para adulto (g) e ajuste por Ajuste para SNC/ Sérico Leite
intervalo de dose (h) diálise sérico neonato/ materno/
Adultos Crianças Neonatos (parenteral) Para clearance de creatinina (ml/min.) (%) Sérico Sérico
materno materno
Oral Parenteral Infecção Oral Parenteral Até 1 1-4 Dose Dose Meninge (%) (%)
grave semana semanas pós diária inflamad
durant a
e
DROGA Dose (g) / Intervalo Dose Dose/Intervalo Dose >80 80-50 50-10 <10 HD* DP*
diária (g)
Oxacilina 0,5-2 12 50 a 200 75 100 0,5-2 4-6 4-6 4-6 4-6 Dose Dose 10-15 3,5
EV q4-6h mg/kg/dia mg/kg/dia mg/kg/dia usual usual
q6h q8h q6h
Pefloxacina 0,4 52-58
VO ou EV q12-24h
Penicilina G 1-4 mU 25.000- 50.000- 75.000- 1-4 mU 4-6 4-6 4-6 0,5-2 500.000 0-10 100 6
EV q4-6h 24 milhões 400.000 150.000 200.000 mU U
U/Kg/dia U/Kg/dia U/Kg/dia q4-6h
q4-6h q8-12h q6-8h
Piperacilina 3g q6h 3 6h 6h 8g q6h 6g q8h
Tazobactam
EV
Quinupristina 7,5 mg/kg
Dalfopristina q12h
EV
Rifampina 10 mg/kg 0,9/dia (em 10-20 0,6 24h 24h 24h 24h 10-20 33 20-60
VO (máx. endocardite mg/Kg/di
0,6) ou prótese, a
q24h q8h) q12-24h
Teicoplanina 0,2-0,8 18 10 mg/Kg 6 mg/Kg 6 mg/Kg 0,4 24h 48h 48h 72h
IM ou EV q24h mg/kg/dia q24h q24h q24h
*12/12h nos 2 1os
dias
Dose Recomendada Dose usual para adulto (g) e ajuste por intervalo Ajuste para SNC/ Sérico Leite
de dose (h) diálise sérico neonato/ materno/
Adultos Crianças Neonatos (parenteral) Para clearance de creatinina (ml/min.) (%) Sérico Sérico
materno materno
Oral Parenteral Infecção Oral Parenteral Até 1 1-4 Dose Dose Meninge (%) (%)
grave semana semanas pós diária inflamada
durante
DROGA Dose (g) / Intervalo Dose Dose/Intervalo Dose >80 80-50 50-10 <10 HD* DP*
diária
(g)
Ticarcilina + 12,4-18,6 18,6 200-300 3,1 4-6 4-6 2-3,1 g 2g 3,1 3,1 Baixo
Clavulanato q4-6h mg/kg/dia q6-8h q12h q12h
EV q4-6h
Trimetoprim- 0,16/0,8 8-10 10 8 8-10 8-10 6-12h 18h 24h Evitar 4-5 0,16/0,8 50/40 80/50 125/1
Sulfametoxazol q12-24h mg/kg/dia mg/kg/di mg/kg/dia mg/kg/dia mg/kg/dia mg/Kg q48h
VO ou EV (de TMP) a (de (de TMP) (de TMP) (de TMP) pós
q6-12h TMP) q12h q6-12h q6-12h HD
Vancomicina 1g 40 15 mg/Kg 30-45 15 mg/Kg 12h 24- 72-240h 240h 1 g/ 0,5-1 g/ 7,21
EV q12h ou 0,5 2 mg/Kg/dia de ataque; mg/kg/di 72h semana semana
q6h q6h então 20 a
(SNC: 60 mg/kg/dia q8h
mg/kg/dia) q12h
Antibióticos para Recém-nascidos
Quadro 17. Doses recomendadas pela idade e peso (peso > 1.200g)

Dose Dose
( mg/Kg ) ( mg/Kg )
Via de
Antibiótico Adminis- 0-7 dias Intervalo 0-7 dias Intervalo Ajuste
tração > 1200g (h) > 2000g (h) dose *
2000g
Amicacina IM, IV 7,5 12 7,5-10 12 Sim(R)
Ampicilina IV, IM 25-50 12 25-100 8 Sim(R)
Aztreonam IV, IM 30 12 30 8 Sim(R)
Cefotaxima IV, IM 50 12 50 8-12 Sim(R)
Ceftazidima IV, IM 50 12 50 8 Sim(R)
Cloranfenicol IV, VO 25 24 25 24 Sim(H)
Clindamicina IV, IM, VO 5 12 5 8 Sim(H)
Eritromicina VO 10 12 10 8 Sim(H)
Gentamicina IM, IV 2,5 12 2,5 12 Sim(R)
Imipenem IV, IM - - - - Sim(R)
Metronidazol ** IV,VO 7,5 12 7,5 12 Sim(H)
Oxacilina IV, IM 25 12 25 8 não
Penicilina G 25.000 12 25.000 8
IV 50.000U 50.000 U Sim(R)
Penicilina Dose Dose
benzatina IM 50.000 U única 50.000 U única não
Penicilina
procaína IM 50.000U 24 50.000 U 24 não
Teicoplanina IV, IM 6 24 6 24 Sim(R)
Ticarcilina IV, IM 75 12 75 8 Sim (R)
Vancomicina IV 10-15 12 10-15 12 Sim(R)

* Ajuste da dose na insuficiência renal ( R ) ou hepática ( H )


** Metronidazol:
a) Dose inicial: 15 mg/Kg
b) Dose de manutenção: Pré-termo: iniciar 48 horas após dose inicial
Termo: iniciar 24 horas após dose inicial
Quadro 18. Diluição, tempo e infusão*(peso < 1.200)

Antibiótico Dose Intervalo


( mg/kg ) (h)
Amicacina 7,5 12
Ampicilina 25 - 50 12
Cefazolina 20 12
Cefotoxima 50 12
Ceftazidima 50 12
Ceftriaxona 50 24
Cefalotina 20 12
Cloranfenicol 22 24
Clindamicina 5 12
Gentamicina 2,5 18 - 24
Metronidazol 7,5 > 48
Oxacilina 25 12
Penicilina 25 - 50 12
Ticarcilina 75 12
Vancomicina 10 12
Penicilina G 25.000 U/ml 15 minutos
Outros Beta-lactâmicos: 25 mg/ml 15 minutos
Ticarcilina, Ampicilina,
Amoxacilina, Oxacilina,
Cefalosporinas, Imipenem
Metronidazol 7,5 mg/ml 60 minutos
Cloranfenicol 25 mg/ml 15 minutos
Amicacina / Clindamicina 6 mg/ml 15 minutos
Getamicina 2 mg/ml 15 minutos
Vancomicina 10 mg/ml 60 minutos
*Posologia 1a a 4a semanas de vida.

Quadro 19. Velocidade e observações para infusão dos antibióticos em RN > 1.200g

ATB TEMPO OBSERVAÇÕES


Amicacina 30 a 60 minutos
Ampicilina 10 a 15 minutos
Ceftazidima Evitar qualquer contato com
aminoglicosídeo e vancomicina
Gentamicina 30 a 60 minutos
Penicilina G Inativa na presença de substâncias
acentuadamente ácidas ou básicas (e.g.
vitaminas, aminofilina, etc.)
Vancomicina 60 minutos
Quadro 20. Prescrição do antibiótico – diluição e infusão

Droga Reconstituição Diluição para infusão Tempo de infusão Estabilidade


Aciclovir 500mg/10ml de água Após reconstituir, diluir 500mg em 50 - 1h Após reconstituir: até 12 h não refrigerar.
estéril para uma 100ml de solução compatível (SGI a 5%, Após diluição para infusão: usar dentro de 24 h.
concentração final de Ringer lactato, SF a 0,9% na concentração
50mg/ml. final máxima de 7 - 10mg/ml.
Amicacina 100mg/2ml Diluir 1 ampola em 50 - 200ml de solução 30 - 60 min Após diluição para infusão: 24 h em temperatura
compatível (SGI a 5%, SF a 0,9%, Ringer ambiente e 30 dias refrigerado.
lactado)
Não exceder 5mg/ml
Ampicilina 500mg/ 5ml de água estéril Após reconstituir diluir 500mg em 50 ou 3 - 5 minutos se dose Após reconstituição: 1 h em temperatura ambiente,
100ml de solução compatível (SF a 0,9%) <500mg 48 h se concentração final <30mg/ml ou 72 h se <
10 - 15 minutos se dose 20mg/ml em SF a 0,9%.
>500mg Em SGI a 5% a estabilidade é reduzida.
Não exceder 100mg/min
Ampicilina/ 1,5g (1 g de ampicilina e Após reconstituir diluir em 50 - 100ml de IV direto, 10-15 min Usar dentro de uma hora após reconstituição;
Sulbactam 0,5g sulbactam) diluir cada solução de solução compatível ( água estéril, Intermitente, 15 - 30 min 48 h se concentração final <45mg/ml ou 72 h se
1,5g com 3,2ml de água SF a 0,9%,Ringer lactado) para concentração <30mg/ml em SF a 0,9%.
estéril para concentração final de 3 - 45mg/ml. Se usar SGI a 5% a estabilidade é reduzida.
final de 375mg/ml.
Anfotericina B 500 mg/10ml de água Após reconstituir diluir em SGI a 5% e não Dose teste: 20- 30 min ou Após reconstituir: 24h em temperatura ambiente e
estéril na concentração exceder 0,1mg/ml 2- 4 h até 1 semana refrigerado.
final de 5mg/ml. Infundir em 2 - 6 horas na Após diluição para infusão: 24 h em temperatura
concentração final ambiente. Exposta à luz por 8-24h há perda da
0,1mg/ml droga.
Droga Reconstituição Diluição para infusão Tempo de infusão Estabilidade
Aztreonam 500mg, 1g, 2g em 15ml de Adicionar em 1 ampola em 6 - 10ml de água IV direto: 3 - 5 min Após diluição para infusão: estável acima de 48 h
diluente estéril para injeção em bolus. Para infusão: 20 - 60min em temperatura ambiente; 7 dias refrigerado.
1-2 g em 50ml (volume mínimo) de solução
compatível (SGI a 5%, Ringer Lactato, SF a
0,9%)
Cefalotina 500mg ou 1 g com pelo Após reconstituir, diluir para concentração IV direto: 3 - 5 min Após reconstituição e diluição para infusão: 24 h
menos 10ml água estéril final de 20mg/ml ou 50-100ml de solução Intermitente: 15 - 30 min em temperatura ambiente; 4 dias refrigerado.
ou diluente compatível na compatível (SF a 0,9%, água estéril, SGI a
concentração máxima de 5%, Ringer lactato)
100mg/ml
Cefazolina 500mg ou 1g com pelo Após reconstituir, diluir para concentração IV direto: 3 - 5 min Após reconstituição: 24 h em temperatura
menos 10ml de água estéril final de 20mg/ml ou 50-100ml de solução Infusão intermitente: 15 - ambiente; 4 dias refrigerado.
ou diluente compatível na compatível (SGI a 5%, água estéril, Ringer 30min. Após diluição para infusão: 24 h em temperatura
concentração final de lactato, SF a 0,9%) ambiente; 10 dias refrigerado.
100mg/ml.
Cefepime 500mg/5ml na Diluir com água estéril, SF a 0,9%, SGI a 5% 3 - 5 min Após reconstituição: 24 h em temperatura
concentração de 100mg/ml na concentração de 1-40mg/ml ambiente; 7 dias refrigerado.
com solução compatível
Cefotaxima 1g/10ml de água estéril ou Após reconstituir, diluir para um volume final IV direto: 3 - 5 min Após recosntituição: 24 h em temperatura
diluente compatível para de 50 - 100ml de solução compatível (SF a Intermitente: 15 - 30 min ambiente; 5 dias refrigerado.
concentração máxima de 0,9%, SGI a 5%, Ringer lactato) ou
50 - 100mg/ml. concentração final de 10 - 20mg/ml.
Cefoxitina 1g /10ml de água estéril ou Após reconstituir diluir para concentração IV direto: 3 - 5 min Após recosntituição: 24 h em temperatura
diluente compatível na final de 10 - 30mg/ml ou 50 - 100ml de Intermitente :15 - 30 min ambiente; 7 dias refrigerado.
concentração máxima de solução compatível (SF a 0,9%, SGI a 5%,
50 - 100mg/ml água estéril, Ringer lactato)
Droga Reconstituição Diluição para infusão Tempo de infusão Estabilidade
Ceftazidima 1g/10ml de água estéril ou Após reconstituição diluir para volume final IV direto: 3 - 5 min Após reconstituição: 24 h em temperatura ambiente;
diluente compatível para de 50-100ml de solução compatível (SF a Intermitente: 15 - 30 min 10 dias refrigerado.
concentração máxima de 0,9%, SGI a 5%, água estéril, Ringer lactato)
50 - 100mg/ml ou concentração final de 10 - 20mg/ml.
Ceftizoxima 1g/10ml de água estéril ou Após reconstituição diluir para volume final IV direto: 3 - 5 min Após reconstituição: 24 h em temperatura ambiente;
diluente compatível para de 50-100ml de solução compatível (SF a Intermitente: 15 - 30 min 4 dias refrigerado.
concentração máxima de 0,9%, SGI a 5%, água estéril, Ringer lactato)
50 - 100mg/ml ou concentração final de 10 - 20mg/ml.
Ceftriaxona 500mg ou 1g/10ml de água Após reconstituir, diluir para concentração IV direto: 3 - 5 min Após reconstituição: 3 dias em temperatura ambiente;
estéril ou diluente final de 30 - 50mg/ml Intermitente: 15 - 30min 10 dias refrigerado.
compatível na
concentração máxima de
100mg/ml.
Cefuroxima 750mg/9ml Após reconstituída diluir para concentração IV direto: 3 - 5 min Após reconstituição: 24 h em temperatura ambiente;
1,5g/14ml de água estéril final de 10-30mg/ml ou em 50-100ml de Intermitente: 15 – 30 min 48 h refrigerado.
ou diluente compatível solução compatível (SF a 0,9%, SGI a 5%, Após diluição para infusão: 24 h em temperatura
Ringer lactato) ambiente; 7 dias refrigerado.
Ciprofloxacina 200mg/ 20ml Diluir 200mg em 100ml e 400mg/200ml de Pelo menos 60 min Após diluição para infusão: 14 dias em temperatura
200mg/100ml solução compatível (SGI a 5%, SF a 0,9%) ambiente ou refrigerado.

Claritromicina 500mg/10ml de água Diluir com 100 - 250ml de SGI a 5% ou SF 60 min Após reconstituição: 24 h em temperatura ambiente;
estéril na concentração de a 0,9% ou Ringer lactato Não fazer em bolus ou 48 h refrigerado.
50mg/ml IM
Clindamicina 150mg/ml Diluir na concentração 12mg/ml com 10 min Na concentração de 6 - 12mg/ml: 16 dias em
solução compatível (SGI a 5%, SF a 0,9%, Não exceder 1200mg/h temperatura ambiente; 32 dias refrigerado.
Ringer lactato)
Droga Reconstituição Diluição para infusão Tempo de infusão Estabilidade
Cloranfenicol 1g/10ml de água estéril ou Diluir em 50 - 100ml de solução compatível IV direto: 1 min Após reconstituição: 30 dias em temperatura ambiente
SGI a 5%. (SGI a 5%, SF a 0,9%, Ringer lactato) Intermitente: 30 - 60min Após diluir para infusão: 24 h em temperatura
Não usar água ambiente.
bacteriostática em
neonatos
Não exceder 10mg/ml
Doxiciclina 100mg/10ml de água Diluir cada 10mg em 100-1000ml de 1 - 4 h geralmente, Após diluição para infusão:
estéril ou solução solução compatível resultando na Recomenda-se infusão Se diluído em solução compatível, 72 h refrigerado.
compatível (SF a 0,9%, concentração de 0,1mg/ml mínima para 100mg de Se diluído com SGI a 5%/ Ringer lactato, 6 h
Ringer lactato SGI a 5%) 0,5mg/ml de solução em refrigerado . Proteger da luz solar direta durante
1h infusão.
Eritromicina 10ml de diluente para Diluir 500mg/100ml ou 1g/250ml de Não fazer IV direto Após reconstituição: 7 dias refrigerado.
500mg solução compatível Infundir em 20 – 60 min Após diluir para infusão: 8 h em temperatura ambiente;
Não usar SF a 0,9% na 24h refrigerado.
reconstituição inicial,
somente água estéril
Fluconazol 200mg/100ml Pronto para o uso Não exceder 200mg/hora -

Gentamicina 10mg/ml Diluir em 50 - 200ml de solução compatível 30 - 60 min Após diluição para infusão: 7 dias em temperatura
40mg/ml (SGI a 5%, SF a 0,9%, Ringer lactato) Pediatria: 20 - 30 min ambiente ou refrigerado.
60mg/ml
Imipenem- 1 frasco em 10ml de água Diluir 500mg em 100ml e 1g em 250ml de 250 - 500mg em 20 – 30 Após reconstituição: 4 h em temperatura ambiente; 24h
Cilastatina estéril ou diluente solução compatível na concentração final de min, refrigerado.
compatível (SGI a 5% 5mg/ml 1 g em 40 - 60 min Após diluir para infusão:
baixa estabilidade, SF a Em SGI a 5% - 4 h em temperatura ambiente; 24 horas
0,9%) refrigerado.
Em SF a 0,9% 10 h em temperatura ambiente; 48 h
refrigerado.
Droga Reconstituição Diluição para infusão Tempo de infusão Estabilidade
Meropenem 500mg/10ml de água Diluir para concentração final de 1 - Em bolus por 5 minutos Após reconstituição: 8 horas em temperatura
estéril para concentração 20mg/ml com solução compatível (SF a após reconstituir ou ambiente; 48 horas refrigerado.
final de 50mg/ml 0,9%, SGI a 5%, Ringer lactato) 15 - 30 minutos por Após diluição para infusão:
infusão . Em temperatura ambiente - SF0,9% - 10 h; SGI5% -
3 h; Ringer – 8h.
. Refrigerado - SF0,9% - 48 h; SGI5% - 18 h; Ringer
- 48 h.
Metronidazol 500mg/100ml Diluir com 100ml de solução compatível 60 minutos Após reconstituição: 96 h em temperatura ambiente.
Diluir o volume com 4,4ml (SGI a 5%, SF a 0,9%, RINGER lactato) na Após diluir para infusão: 24 h em temperatura
de água estéril, concentração final de 8mg/ml ambiente. Não refrigerar.
bacteriostática ou SF a
0,9% para concentração
final de 100mg/ml
Miconazol 10mg/ml Diluir em 200ml de solução compatível (SF 30 - 60 min Após diluir para infusão: 48 h em temperatura
a 0,9%, SGI a 5%) ambiente.
Netilmicina 1,5; 5,7 ou 8,6ml de água Diluir 50ml em SF a 0,45% ou 0,9% na IV direto: 10ml/min Reconstituída a 500mg/ml: 24 h em temperatura
estéril ou SF a 0,9% para concentração de 2 - 20mg/ml Intermitente: 20 - 30min ambiente ; 4 dias refrigerado.
1, 4 e 6g respectivamente. Após diluição para infusão: 8 h em temperatura
500mg/ml de concentração ambiente; 24 h refrigerado.
100, 50, 20ml p/1g
contendo 10, 20 ou
50mg/ml.
Netilmicina 10mg/ml Diluir em 50-200ml de solução compatível 30 - 60min Após diluir para infusão: 24 h em temperatura
25mg/ml (SGIa 5%, SF a 0,9%, Ringer lactato) ambiente; 3 dias refrigerado.
100mg/ml
Droga Reconstituição Diluição para infusão Tempo de infusão Estabilidade
Oxacilina 250mg/5ml de água estéril Diluir após reconstituição, em 50-100ml de IV direto: 10 min Após reconstituir: 3 dias em temperatura ambiente; 7
ou SF a 0,9% solução compatível na concentração final de Intermitente: 15 - 30 min dias refrigerado.
0,5 - 40mg/ml Após diluir: 24 h em temperatura ambiente; 7 dias
refrigerado.
Pefloxacina 400mg Diluir uma ampola em 125ml ou 250ml SGI 1 hora Uso único
a 5%
Penicilina G 1 frasco com diluente Diluir com 50 - 100ml de solução 30 - 120 min Após reconstituir: 7 dias refrigerado.
Potássica e Sódica compatível específico compatível (SGI a 5%, Ringer lactato, SF a Pediatria: 15 - 30 min Após diluir: 24 h em ar ambiente; 7 dias refrigerado.
0,9%, água estéril) para concentração final
de 100.000- 500.000 u/ml.
Em 5 milhões, adicionar um litro de solução
Rifampicina 600mg/10ml de água Diluir em 100-150ml de solução compatível 100ml em 30 min ou Após reconstituir e diluir: estável 24 h em ar ambiente.
estéril na concentração (SGI a 5%, SF a 0,9%) 500ml em 3 h
final de 60mg/ml
Sulfametoxazol- 800mg TMP Diluir 5 ml em 125 ml SGI a5%. 60 - 90 min Após diluir: 24 h em garrafas de vidro em temperatura
Trimetoprim 400mg sulfa Pode-se 5 ml em 75 ml de SGI a 5% ambiente.
5ml
Ticarcilina- 3,1g/13ml Diluir com 50 - 100ml da solução 30 min Após reconstituição: 6 h em temperatura ambiente; 72h
Clavulanato compatível (SGI a 5%, SF a 0,9%, água refrigerado.
200mg ticarcilina estéril) Após diluir: 24 h em temperatura ambiente; 3 dias (SGI
e 6,7 a 5%) e 4 dias (SF a 0,9%) refrigerado.
clavulanato/ml

Tobramicina 10mg/ml Diluir em 50-200ml de solução compatível 30 - 60min Após diluir: 24 h em temperatura ambiente; 4 dias
40mg/ml (SGI a 5%, SF a 0,9%, Ringer lactato) refrigerado.
Vancomicina 500mg/10ml de água Diluir 500mg/100ml de solução compatível 30 - 60 min Após reconstituída e diluída: 14 dias em temperatura
estéril na concentração máxima de 5mg/ml Não exceder 15mg/min ambiente ou refrigerado.
Leitura Recomendada

1. Mandell GL, Douglas RG, Bennett JE Dolin R. Principles and practice of infectious disease. 6ª
ed. Philadelphia. Churchill Livingstone Ed. 2004.

2. Woodley, M.; Whelan, Alison. Manual of Medical Therapeutics. The Whashington Manual,
Little Brown, 603 páginas, 1995

3. Gorbach, S.L.; Barlett, S.G., Blacklow, N.R. Infectious Diseases, Saunders Company, 1992

4.American Academy of Pediatrics, 1997. Red Book, Committee on Infectious Diseases. American
Academy of Pediatrics, 652 páginas

5. Reese, R.E. et all. Handbook of Antibiotics Little Brown and Company, 2000, 633 páginas

6. Sanford, J.P. et all. Guide to antimicrobial Therapy, 2007.

7. Kunin, C.M. et al. Use of antibiotics. A brief expostition of the problem and some tentative
solutions. Ann Intern Med. 1973; 79: 555 - 60.

8. Centers for Disease Control and Prevention. Prevention of Perinatal Group B Streptococcal
Disease. MMWR 2002;51(No. RR-11):1-24.

9. Veronesi R., Focaccia R. Tratado de Infectologia. 3ª ed. São Paulo: Ed Atheneu; 2005.

10.Walter Tavares. Antibióticos e Quimioterápicos para o Clínico. 1ª ed. São Paulo: Atheneu;
2006.

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