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São Tomás De Aquino irá responder às grandes questões de filosofia e teologia da sua

época, conciliando o Cristianismo com a filosofia aristotélica, sendo por isso fortemente
influenciado por Aristóteles, o que permitiu a articulação entre a fé e a razão. Este defende
que há verdades que são acessíveis pela razão natural (lei natural), como as verdades sobre a
existência de Deus. Logo, a razão leva à fé e esta, por sua vez, é racionalmente compreendida,
dado que o Homem é um ser raiconal.
Tomás de Aquino defende que o ser humano é um animal social, pelo que afirma a
natureza racional de cada pessoa que é concedida como um principio de individualidade,
sendo esta particularidade que, portanto, permite distinguir dos demais seres (capacidade esta
que recebeu do próprio Criador). Assim, a pessoa é então definida como um individuo racional
e livre, que participa como protagonista na própria ordem do Universo, colaborando com
Deus, o que fundamente a dignidade e superioridade do Homem face às restantes criaturas, e
sendo concebido como imagem à semelhança do mesmo. Admite, porém, que o Homem possa
dominar o outro, considerando a escravatura aceitável, uma vez que “não atinge a alma a qual
permanece livre”.
O Homem é constituido por uma alma e por um corpo pois para S.Tomás há “uma
união intrínseca de espírito e matéria”, havendo a dicotomia entre homem interior,
constituído pela inteletualidade, e homem exterior, constituído pela parte sensitiva, e é
necessário que, citando agora o próprio filósofo “a alma e o corpo constituam uma só coisa e
não sejam diversos quanto ao ser”, dado que o corpo é visto como espelho da alma que reflete
o seu estado interior.
S.Tomás defende que as leis injustas não devem ser obedecidas se delas resultar um
mal coletivo maior, estando aqui subjacente o conceito de proporcionalidade, pois só é
legitimo desobedecer se da mesma não resultar um dano superior ao que resultaria da
desobediência. No entanto, quando a lei é contrária aos desígnios de Deus, não pode ser de
forma alguma cumprida, revelando a importãncia do Estado na garantia do bem comum e no
respeito pelas liberdades do Homem. A lei escrita deve instituir a lei natural (concretizá-la)
para que tenhamos um a sentença baseada na lei escrita proferida segundo a razão. Se a lei
escrita for injusta, por motivo de ter sido promulgada segundo o mero arbítrio do legislador ou
por não estar adequada a novos tipos de problemas surgidos, a sentença baseada nessa lei não
será vinculativa ou obrigatória, pois um a lei só encontra força na natureza, e aquilo que
contraria o Bem Comum , não tendo fundamento natural, não vincula os indivíduos.
Atribui-se a este filósofo o facto de ser sido o primeiro a fornecer a teoria consistente
sobre a lei natural, reconhecendo ser possível aceder a verdades acessíveis sem recurso ao
fundamento de Deus, como buscar a felicidade, que é o modo particular na qual o homem
participa na lei eterna que, por sua vez, se encontra no topo da hierarquia, uma vez que requer
o fundamento de Deus e não do Homem, visto à semelhança do mesmo. Por esta razão
teoriza, em semelhança a Santo Agostinho, que o mal “não tem essência”.
Assim, a lei natural é compreendida como “ a participação da leia eterna pela criatura
racional”, ao passo da lei eterna que representa a vontade de Deus.
Relativamente ao poder político, na Suma Teológica, S.Tomás refere que “ O poder
espiritual e o poder secular derivam um do outro do poder divino. Por isso o poder secular não
está subordinado ao poder espiritual a não ser na medida em que ele lhe está submetido por
Deus”, pelo que há uma certa ordem no Mundo e todas as coisas tendem para um
determinado fim, mesmo as inorgânicas. Isto não acontece por acaso .Tem por isso de existir
um ser inteligente que ordene a natureza e a impele para um determinado fim, sendo Deus
esse ser.
S.Tomás começa por afirmar, à semelhança de Aristótoles , que o homem é um animal
político e social, sendo na comunhão política que se desenvolvem as virtudes como a amizade
ou a justiça. Mas para viver em comunidade é necessária uma autoridade encarregada do bem
comum. Do ponto de vista político S.Tomás diz que pertence ao povo a escolha dos
governante, portanto só através do povo é que o poder pode ser transferido para os
governantes. ( “todo o poder vem de Deus através do povo”), reconhecendo à semelhança de
Aristóteles, três formas de governo: monarquia, aristocracia e república. O regime perfeito era
exatamente o misto, dado que “ É o regime perfeito, bem combinado de monarquia pela
preferência de um só, de aristocracia pela multiplicidade de chefes virtuosamente qualificados,
de democracia ou poder popular pelo facto de que cidadãos simples podem ser escolhidos
como chefes e que a escolha dos chefes pertence ao povo “. Num outro momento, São Tomás
de Aquino debruça-se sobre o bem comum como o fim do Estado, defendendo que os homens
deviam ter o mínimo de bens que pudessem assegurar a sua subsistência, porque só assim
poderia de facto prosseguir os fins eternos que motivam a sua existência. Portanto, só o
Estado possui todas as virtudes para satisfazer as necessidades do Homem.
Finalmente, S.Tomás de Aquino defende a igualdade entre Homem e Mulher, ou pelo
menos o mútuo respeito entre ambos, não devendo a Mulher dominar o Homem, nem o
Homem desvalorizar a Mulher.

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