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“A critica que se faz no sonho, é tem que se preocupar com o todo,

todo mundo junto... é difícil explicar para as pessoas, quando a gente


fala o entorno das t.i. a zona tampão como chamam ... não tem lógica
para nós, porque é alem disto... nós não queremos. Porque tem vida
de tsarewa, vida de tsimihopari, vida de pi’u, dessas pessoas -
espíritos que estamos preocupados. Ele tem que comer, tem que
beber, ter sua casa, tranqüilo e nós também naturalmente. Esse
conjunto que nós temos, se fragmenta, não só nós mas os animais , a
nossa comunicação fica cada vez mais distante, distante..”(Top’tiro
tradução Hiparidi,2006)

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Figura 65 – Pássaro Piã (alma de gato- Piaya cayana)

Fonte: HÖFLING & CAMARGO, 1993:60

Outros espíritos importantes da cosmologia Xavante são tsimihopari, pi’u,


tsarewa, A fragmentação rompe com as ligações entre os Xavante e o Ró, entre os
próprios Xavante e entre eles e os espíritos que habitam os cerrados, alguns destes
espíritos vivem nas raízes das grandes árvores nos locais mais baixos próximas matas
ciliares.

“para o tsimihopari, tem que ser sempre uma arvore grande e raízes
tem que ser deste tamanho, muito grande, a vida do tsimihopari, só
consegue viver embaixo da raiz. agora o amhu, aquele local com
pequena queda é onde o tsimihopari vive. Esse contato, e essa
comunicação espiritual, por exemplo se meu parente morre em São
Marcos, tsimihopari, me avisa exatamente você vai saber se o
parente morreu. Ou seja se você não tiver esse marãnã bödödi, e a
terra contínua não há mais isso, com a ruptura não podemos viver. O
pi’u que é outro espiritualidade Xavante forte, ele só anda alem da
mata galeria no cerrado, que faz um som usa flauta especial ... Os
espíritos precisam descansar também, precisam ser
respeitados.”Jorge, tradução de Hiparidi,2008

388
Nos depoimentos Xavante é enfatizado que o Marãnã Bödödi representa todo
o mosaico dos cerrados e assim como a distribuição espacial das fitofisionomias, por
outro lado a espiritualidade Xavante faz parte desse todo que é o Ró, e que compreende
a vida de outros seres que dão a força espiritual ao povo Xavante.

“Quando o Xavante fala, não esta falando só dele mas de todo o


conjunto... a visão o sonho, a força que nos temos é do cerrado, do
Ró, ... maranã bododi , tem que definir e mapear o conjunto. Deve ter
marã, tsaidi, amhu ... a distribuição do espaço como é feito mesmo
...”

“Estamos brigando não só pelos Xavante mas pelos outros seres. É no


marã que o Xavante se alimenta da força espiritual. Os espíritos onde
caminham? Animal sai para comer e volta porque lá é a sua
casa.Espíritos também sai e volta porque tem água e alimentos , se
maranã acaba todos os animais serão extintos.

No maranã bododi estão todas as fitofisionomias do cerrado, não


pode deixar nenhuma fitofisionomia faltando porque senão esta
excluindo algum e por isto pode ser tornar uma guerra. Pois
Tsimhopari, Dahimite, Piu, Tsarewa e outros estão pedindo para nós
senão é nosso fim enquanto A'uwe. [...]
As frutas , os pássaros comerem ficam forte, mesmo seja um
pouquinho os xavante comerem as frutas do cerrado, carne, maranã
importante, o fato dos Xavante casarem com carne de caça, é
importante os rituais os espíritos ficam felizes....casamento, rituais,
furação de orelha, envolve carne, isso é maranã o conjunto todo que
pode levar a gente ... Espiritualidade para os Xavante é muito
importante.” (Jorge Xavante tradução Hiparidi)

Nas palavras dos Xavante suas interações com as matas e seus habitantes,
explicam que

“A mata de galeria tem o lado espiritual. A mata de galeria é onde


tem anta, queixada, os animais de valor. A mata fechada tem sua vida
própria, é uma casa, como é isso para nós. Os animais que estão lá
,não são os animais comum, não são apenas. Anta é alguém que se
incorporou que a gente fala, uma palavra seria Wazapariwa, essa
palavra é um ser que cuida dos caçadores durante a caçada, onde a
gente pede a força, proteção para poder caçar , conseguir achar. Só
que a diferença é muito grande. Nessa, por exemplo se a gente entra
nessa mata galeria sempre nos temos que pedir a proteção, tem que
pedir licença para você entrar ali. Para isso, antes de você dormir
tem que pedir. Tem uma vida própria a mata galeria, tem os
protetores, o Wazapariwa seria Sarewa.Essas são pessoas além da
força Xavante, eles podem se transformar em arvores, animal.”(Jorge
Xavante , 2006)

Sobre as matas ciliares – enquanto limites para as caçadas

“Anta , queixada, ... eles só ficam nesta região ai. Quando eles
querem comer fora eles saem fora e voltam. Essa é a casa deles, eles

389
se escondem mais, que é difícil caçar porque é muito fechado a mata.
[...] É o limite que se tem. Quando se faz a caçada de fogo eles
param aqui, porque a umidade não permite , os caçadores caçam...
Aqui a espiritualidade Xavante , a crença A´uwê , alem de nós tem
mais gente , não da para a gente falar alto, temos que ter uma
comunicação diferente e porque a noite não dá para caçar , porque
tem mais gente, outro ser além de nós que vive aqui.Por isso o
caçador não caça à noite, porque se caça e acerta um animal pode
ser esse animal que é um outro ser e se ele se transformou como caça
e se a gente matar pode complicar muito, pode virar guerra para
nós”. (Jorge, T.I.Pimentel Barbosa,2006)

“Quando fala Sarewa, é uma espiritualidade diferente da nossa. São


seres protetores dos caçadores dos A´uwê , mas ele pode também
criar um problema pra você. Eles podem se transformar em animais
por isso os caçadores não caçam à noite. [...]... é isso, é muito
simbólico, é muito respeitoso, não dá para fazer aqui o que você quer
fazer, porque tem gente nos assistindo o que a gente ta fazendo. Tem
que pedir , solicitar para que você não invada a casa deles. [...].”
(idem)

Existe uma grande distinção entre Xavante e os brancos quanto ao conceito e uso
das matas ciliares, pois para os povos indígenas, as matas, os cerrados, têm uma outra
dimensão, pois “a floresta está então investida de atos de seu povo e ela contem a
memória. Ela testemunha os fatos passados da história ou dos mitos.” (Birraux-Ziegler,
1995) enquanto para a sociedade waradzu-brancos são apenas as qualidades ecológicas
destacadas para a defesa e preservação das matas.
Pode-se concluir que a importância das matas ciliares e dos cerrados para os
A’uwe Xavante vai além dos aspectos ambientais, pois para este povo, existe um
sentido simbólico muito importante em sua cosmologia e em suas relações sociais.

390
Figura 66- O Ró- Cerrados Xavante

Fotos: Maria Lucia C. Gomide, Daniela Lima e Tseredzaró (2006).

391
4.4. Marãnã Bödödi e a Construção do território contínuo Xavante

O Marãnã Bödödi contempla várias dimensões entre elas, a relação Xavante


com os cerrados e sua espiritualidade, a territorialidade nos caminhos do Ró .
Os termos Norõtsura, Aptisere, Marãiwatsede, Ohiudu ... cada um representa
um grupo Xavante e uma fitofisionomia local ou seja, eles formam uma biogeografia221
onde a distribuição espacial dos grupos Xavante é a distribuição dos diversas
fisionomias que formam o mosaico dos cerrados, assim a união destes grupos Xavante
representa a união de seu território e dos cerrados por meio do Marãnã Bödödi.
Concluindo–se que o Marãnã Bödödi é o território contínuo Xavante.
Gallais (1977:9 apud Lobato Correa1995), comenta que o espaço vivido, é
afetivamente valorizado nas sociedades tradicionais, “em razão de crenças que
conferem especificidades a cada parte do espaço” o marãnã bödödi é um conceito de
interligação entre as fisionomias do cerrados, neste sentido forma “caminhos das
matas”que interligam os diversos grupos Xavante (Nõrõtsurã, Apetisi, Marãiwatsede e
Ohiudú) e faz parte de sua territorialidade.

“O jeito de classificar a gente sempre tem que estar relacionado com


o local ... por exemplo por ocupação do território já existe Norotsurã
Apisewawinhã, Onhiuture e Marãiwatsede, já existe, essa
classificação é basta olhar nesses nomes, nesta nomeação é o
território ...”

“ marãnã bödödi é aproxima do nosso problema ainda que não o


resolva.(...)
...”

“Os Xavante entendem marana bododi como fluxo,


comunicação que eles fazem vai hoje tem essa fragmentação
muito forte, porque , tem município no meio tem fazenda no
meio e não podem circular a vontade ... os velhos falam, nos .....
porque eles não demarcaram nossa terra e nos dividiram e a
gente não tem como fazer o fluxo de nosso caminho, alem de
detonarem nossos espíritos, tão matando a gente. Os velhos
acreditam que os novos estão se enfraquecendo porque não

221
Cada um destes termos refere –se a biogeografia local, desta forma Nõrõtsurã- babaçual, Apetisi –
campo cerrado, Oihudú – vegetação que fica dentro do vale do rio (área de transição) , Marãiwatsede –
mata (mais alta, fechada , é uma área de transição ).

392
caminha mais, fica cheio de varizes como vocês tem, porque?
Não caminha... isso é um problema...” (Hiparidi,2008)

“...aí outros vão dizer outros vão dizer tem que ter uma
unidade de conservação em todas as terras indígenas ... nos não
queremos isso, é uma continuação da t.i. ... é a uma revisão de
nosso territorio ligando as terras e não só ampliação ...”
(Hiparidi,2008)

As relações históricas/políticas e ainda as relações com o ambiente dão uma


conformação territorial, sendo a expressão da territorialidade Xavante, assim ensinam
Lopes da Silva (1986)e Maybury-Lewis(1984) :

“o ultimo espaço, nesse modelo, seria constituído pelas áreas


percorridas pelos Xavante moradores de cada aldeia nas suas
expedições de caça e coleta que caracterizam seus períodos de
nomadismo. Essa área corresponde na verdade, ao próprio território
do grupo.” (Lopes da Silva, 1986:45)

“ ... cada aldeia mantinha direitos de propriedade coletiva sobre uma


certa área e sobre seus produtos mas não reconhecia fronteiras
especificas entre o seu próprio território e o de outros grupos.”
(Maybury-Lewis1984:99)

“Emendar” , restaurar a continuidade dos territórios e das terras Xavante é


reivindicação antiga, entretanto nunca foi realmente proposta, pois não se acreditou ter
condições jurídicas e principalmente políticas para tal empreendimento, que embora
difícil não é impossível. As nove terras indígenas Xavante não correspondem ao
território indígena Xavante. Para que este território seja respeitado é necessária a terra
contínua ou seja “emendar” como sugeriram os velhos Xavante (Paula,2007). Mas
como realizar essa conexão na atual situação de degradação e desmatamento intenso nas
terras matogrossenses?
A proposta como ponto de partida é o marãnã bödödi, estratégia dos
caçadores/guerreiros Xavante, conceito que abrange a sua territorialidade e possibilita
que seja feita a ligação entre as terras. Unindo os diferentes grupos locais Xavante pelas
diversas fitofisionomias que formam o mosaico dos cerrados.

“fazer a revisão da terra, é terra continua, é exatamente isso mas nunca foi traduzido
legalmente.” ( Hiparidi, 2008)

393
O marãnã bödödi deve unir as terras indigenas que foram demarcadas em ilhas e
que hoje sofrem com a ruptura e a fragmentação territorial. A fragmentação causou a
ruptura dos laços de parentesco, das relações sociais e espirituais...Portanto, o marãnã
bödödi é a territorialidade, para que as terras indígenas voltem a ser o território
contínuo Xavante, um “ território à medida de suas necessidades vitais e
espirituais.” (Viveiros de Castro,2008). De terras indígenas à território indígena.

“Futuramente, conseguindo, tendo o território mesmo, de verdade, aí tem mais


liberdade de : andar, caçar, buscar as coisas; porque lá é território, ia começar a
buscar suas comida, a caça...” (TSERENHI’ OMO, 2008) 222

222
Coletado pela pesquisadora em 2008, T.I. Sangradouro.

394
Conclusões Finais

395
Conclusões Finais

“é preciso pensar o futuro do planeta e da humanidade a diferentes


profundidades de tempo, para exigir de governantes, economistas ...
responsabilidade na difícil tarefa de construir cenários razoáveis para o
futuro.”(Ab’ Sáber, 2006:96)

Neste trabalho discutimos por meio de referenciais teóricos e do diálogo com o


conhecimento indígena Xavante a concepção de território e territorialidade e a realidade
atual das terras indígenas Xavante, que são fragmentos ilhados do território.
Algumas das principais concepções Xavante sobre seu território e cosmologia
diz respeito ao complexo conceito Ró que configura uma espacialidade por meio de
círculos concêntricos. Nesta organização do espaço que vai desde o lugar – a aldeia até
o território ou em sua concepção o mundo.
Ró também significa os cerrados, neste sentido é que seu território assim como
os cerrados são construídos pelos Xavante. O mito Pa’rinaia explica toda a formação
dos seres dos cerrados, as fisionomias deste mosaico de vegetação e mesmo o relevo.
Este mito também enfatiza sua territorialidade, o termo zomori, a condição de estarem
sempre andando pelos cerrados (cf. Maybury-Lewis, 1984). Os Xavante percorriam
todo o amplo território que se estendia desde “São Felix do Araguaia até Cuiabá”. Mas,
na atualidade não existe mais esta possibilidade devido à retração territorial das terras
indígenas que não comportam o seu modo de vida.

A grande alteração no padrão semi-nomâde, logo após a sedentarização nas


terras indígenas, causou uma ruptura nas atividades coletivas (Lopes da Silva,
1980:11,12). A fragmentação do território gera um conflito permanente e a demarcação
em ilhas tem conseqüências em toda a cultura e na vida espiritual dos Xavante.
As transformações e mudanças atuais de comportamento dos Xavante e
degradação dos cerrados são vistos pelos mais velhos como parte de um processo de
degeneração. Numa complexa mudança do mundo, que está também afetando os
animais, pois todos fazem parte de uma mesma interdependência, no caso os Xavante e
o Ró . A importância dos animais de caça, assim como das caçadas e a permanência dos
cerrados estão intimamente ligadas à visão de mundo, especialmente à espiritualidade e
a própria continuidade da cultura Xavante: a sua territorialidade. Este quadro de
rupturas, leva a pensar em alternativas que possam proporcionar aos Xavante um
território digno e respeito à vida e modo de ocupação tradicional e fundamentada numa

396
visão de natureza própria que não separa natureza, sociedade e cultura. No entanto sabe-
se que as dificuldades são muitas.
Constata-se que o contexto econômico-político e ambiental do leste matogrossense, é
totalmente desfavorável aos povos indígenas. As reivindicações indígenas são
interpretadas com preconceito e etnocentrismo pelos poderes regionais. Muitas vezes
são feitas campanhas contra a revisão das demarcações das terras indígenas Xavante,
pois as demandas indígenas são consideradas “afronta à soberania nacional”.
Estes povos são vistos como entraves ao “desenvolvimento” e “progresso” e seus
territórios cobiçados por seus recursos. Desde a “marcha para o oeste” a invasão das
terras Xavante nunca parou. Ainda atualmente setores do agronegócio tentam
“arrendar” ou fazer “parcerias” nas terras indígenas, causando vários estragos
socioambientais e culturais. Ao mesmo tempo sabe-se que o entorno das T.I.s foi em
sua grande parte totalmente desmatado e encontram-se apenas fragmentos de cerrados
que foram progressiva e ininterruptamente degradados (como visto nos mapeamentos)
Os povos indígenas são marginalizados nas discussões e projetos governamentais que
não levam em consideração a pluralidade étnica e as multiterritorialidades existentes no
Brasil . Portanto, a reconstrução territorial é um grande desafio para os Xavante.

No artigo 231 da Constituição Federal de 1988, a expressão “terras


tradicionalmente ocupadas”, a palavra ‘tradicionalmente’ não é uma referência
temporal, pois está relacionada ao modo tradicional de uso e de ocupação indígena de
suas terras e não tempo de ocupação.

Neste sentido considera-se que os movimentos pelo território, a criação das


aldeias, a formação das roças, as caçadas e coletas como usos tradicionais devem ser
respeitados e que irão caracterizar as terras indígenas. Portanto, quando os Xavante
realizam o seu modo tradicional de ocupação do território, que não se restringe às terras
indígenas mas também às áreas circunvizinhas, estão exercendo a sua territorialidade,
o que confere a essas terras o caráter de tradicionalmente ocupadas. Nesta perspectiva,
os depoimentos dos Xavante demonstram o modo de ocupação tradicional.

“Quando o A’uwe atravessa o limite do território, ainda pensa que é


território no conceito Xavante, para ele não existe o limite que a FUNAI, o
governo que implantou, que introduziu, né? Quando o pessoal sai para
caçar fora do limite, quando o pessoal sai para pegar as palhas, pegar os
materiais e pegar embira e outras coisas. ...mas a gente tem que se adaptar,

397
porque hoje que estamos na realidade é o espaço limitado mesmo...”
(CIPASSE,20060

“estamos ficando pobres, de animais que está diminuindo, de matéria prima


que tem pouco na terra indígena, por isso nós ultrapassamos os limites,
porque nós achamos, pensamos que quem está na nossa vizinhança vai
sentir sempre a nossa presença na área ...”( RURIÕ XAVANTE, 2004)

“... nós vivemos de igualdade, isso não é assim para o branco mas ,essa
malandragem está chegando na nova geração. A natureza é nosso princípio
e nos dá tudo o que precisamos ... nossos problemas é muito complexo.
Quando a caça esta quase extinta, como fazer?Porque está ligado à cultura.
O que a gente deve fazer?(...) Mas me referi à carne, porque no ritual de
agora, vamos estar numa área de fazenda para caçar,colocando a vida em
risco.Nosso futuro como será? Até o momento os indígenas não tem voz.” (
Sergio da T.I. São Marcos)223

Assim, as “terras tradicionalmente ocupadas” não se restringem às áreas


demarcadas e a seus limites, já que as T.I. não correspondem ao território. Como
também observado para as demais terras indígenas Xavante, que ocupam
tradicionalmente as áreas vizinhas às suas terras, mas que no sentido Xavante
pertencem a seu território.

“... o rio das Mortes é um rio que dá condição de sobrevivência tanto para animal
tanto para vegetal, então é importante. Agora no contexto social para os Xavante ,
importante porque delimita o espaço onde o guerreiros Xavante, nosso heróis
conseguiam chegar e eles achavam muita pesca. E antigamente as matas que beiravam
o rio das Mortes eram riquíssimas de embiras, de animais, que consumiam e sempre
foi importante. E a nossa vida e a continuidade de nossa geração dependia também
desse rio, ou seja, protege , por exemplo os Bororo eles vivem do outro lado de cá, ne?
(...) então eles, os velhos tem na memória o nosso território tradicional. Como a gente
usava comia, caçava com tranqüilidade, que os animais em abundância, isso no nosso
território tradicional.
Agora quando é ... os nossos bisavôs atravessaram o rio Araguaia, aí vieram para
outro.... Aí se tornou um território tradicional, cheio de cerrado. E viviam naquele
território agora quando o meu avô veio para cá contatar com a missão salesiana, aí já
emplacaram o outro assim ... outro território do lado do rio das Mortes, ne. Onde
antigamente os caçadores atravessavam, pisavam, caçar e guerrear e agora virou um
território ...
.... agora Parabubu já é território tradicional, ... porque falam que é tradicional?
Porque ali é foi realizado vários rituais, o que marca ... o tempo de vida de existência
de determinada comunidade, o tempo é calculado com os rituais de perfuração de
orelha, iniciação de wai’a que duram e demora mais tempo para ser realizado

223
Os três depoimentos foram coletados pela pesquisadora em respectivamente nas T.I.Xavante Pimentel
Barbosa, Sangradouro e São Marcos.

398
novamente. Feitos esses rituais prolongados é que identifica como local próprio para
morar, por isso é que falam que território tradicional dos Xavante, é na região de
Xavantina daquele lado.
As aldeias que estão mais próximas do rio das Mortes... O que da peso aos rituais ne, o
que da motivo assim, que ela merece ser relembrado e fazer parte da História do povo
Xavante, se não for ai se for noutro lugar não tem mais aquele peso, importância para
se lembrado. (....) Reflorestando volta as matérias primas que nós usamos, e nossos
pais e bisavôs utilizavam. Para ritual de perfuração e iniciação do wai’a, então essas
embiras ficam justamente nas matas ciliares, então vai possibilitar isso e também
reprodução dos animais, consideramos importante. Agora depende da vontade política
essas coisas questão por trás e não é fácil, e contar com a sensibilização das
autoridades, para que volte novamente... “ RURIÕ, 2006

Desta forma, as lógicas espaciais diferentes entram em conflito e assim


permanece o confronto, pois, o Estado, ao regularizar uma terra indígena não reconhece
o território indígena. O direito indígena a seu território, remete a que se considere a
multiterritorialidade (como analisado por Haesbaert,2004) como uma perspectiva para a
construção de uma sociedade que reconheça as diferenças humanas.
Ao serem demarcadas as terras indígenas devem ter como referência as
diferentes concepções de território dos povos indígenas, e não apenas o que sobrou das
terras não ocupadas pela sociedade envolvente, no processo histórico de confronto
exercido pelas frentes de expansão aos povos indígenas.
Diante desse contexto sugere-se o desenho mais próximo para restaurar o
território tradicional, seria por meio do marãnã bödödi. Como visto cada um dos grupos
Xavante é denominado pelos termos Norõtsura, Aptisere, Marãiwatsede, Ohiudu ...
representa uma fitofisionomia local ou seja, eles formam uma dimensão
biogeográfica224 do território em um continuo onde a distribuição espacial dos grupos
Xavante é a distribuição das diversas fisionomias que formam o mosaico dos cerrados,
assim a união destes grupos representa a união de seu território e dos cerrados por meio
do marãnã bödödi.
As conclusões finais levam à proposta de que as terras indígenas Xavante voltem
a ter a configuração de território contínuo, por meio da implantação do marãnã bödödi,
unindo as terras indígenas através dos cerrados reconstituindo a territorialidade
indígena.

224
Cada um destes termos refere –se à biogeografia local, desta forma Nõrõtsurã- babaçual, Apetisi –
campo cerrado, Oihudú – vegetação que fica dentro do vale do rio (área de transição) , Marãiwatsede –
mata (mais alta, fechada , é uma área de transição ).

399
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416
Anexo 1

417
Anexo 1 – Fauna nos Cerrados

Formações campestres :
Campo limpo, campo sujo, campo cerrado, campo de murundus, campo rupestre.
Vegetação baixa a média, com estrato herbáceo–graminoso, apresentando arbustos e
subarbustos espaçados.
As formações campestres possuem uma fauna peculiar, da qual fazem parte a ema e o
veado campeiro e algumas aves, entre outros que possuem adaptação com movimentos
e fuga rápida. Outros como tamanduá e tatu-peba tem com defesa as fortes garras.

Tabela 25 - Espécies da fauna comuns nesta formações campestres


NOME CIENTIFICO NOME POPULAR
Ozotocerus bezoarticos Veado –campeiro
Myrmecophaga trydactyla Tamanduá bandeira
Rhea americana Ema
Euphractus sexcintus Tatu-peba peludo
Cabassous hispeidus Tatu de rabo mole
Nothura maculosa Codorna
Rhynchotus rufescens Perdiz
Athene cunicularia Coruja buraqueira
Colapteres campestris Pica pau
Crotalus durissus collilineatus Cascavel
Fonte : MALHEIROS, 2004:63

Formação cerrado stritu-sensu


Esta formação característica do domínio dos cerrados, sua cobertura vegetal possui
arvores e arbustos, entremeados de subarbustos e cipós. “A vegetação rasteira é menos
densa do que nos campos, provavelmente devido ao dossel mais compacto.”
Esta fitofisionomia é rica em espécies de frutíferas e medicinais, é também rica em
quantidade de espécies vasculares , com cerca de 300 a 450 espécies.
A fauna tem certas semelhanças com aquela citada para as formações campo, no entanto
as espécies procuram esta formação pela oferta de alimentos, como frutos e flores, e de
abrigo,.

418
Tabela 26 - Fauna da formação cerrado strictu sensu
NOME CIENTIFICO NOME POPULAR
Chrysocyon brachyurus Lobo guará
Dusicyon vetulus Raposa do mato
Conepatus semistriatus jaratatacá
Priodontis giganteos Tatu canastra
Kunsia rinwbriaya Rato do cerrado
Cariama cristata Seriema
Tupinambis teguixin Teiú
Ameiva amaiva Calango verde
Polyborus plancus Gavião carcará
Milvago chimachima Gavião –carrapateiro
Heterospizias meriodionalis Gavião caboclo
Uropelia campestris Rola vaqueira
FONTE: MALHEIROS 2004, 66
Formação do cerradão
Diferencia –se do cerrado s.s. pela composição florística, as espécies vegetais são mais
desenvolvidas e de maior porte.
A fauna também tem sua dispersão em outras fisionomias dos cerrados, não sendo
portanto exclusiva dos cerradões.

Tabela 27 - Fauna comum dos cerradões


NOME CIENTIFICO NOME POPULAR
Cerdocyon thous l. Cachorro do mato
Mazama guozaoubira fisc. Veado catingueiro
Tamanduá tetradactyia l. Tamanduá mirim
Felis concolor Puma
Galictis cuja Furão
Falco femoralis Falcão de coleira
Buteo magnirostris Gavião carijó
Falco sparverius Falcão quiri quiri
Ramphastos toco Tucano
Columba cayennensis Pomba
FONTE MALHEIROS 2004:68

419
Formação de matas de interfluvios (?)
Esta formação ocorre em áreas de solos mais férteis. É semidecidual ou decidual
dependendo dos solos em que se localiza. Acompanha os grandes cursos d’água.
No que se refere a sua estrutura, possui arvores de até 30 metros de altura, e no estrato
inferior com espécies 1-12 metros.
Esta fisionomias serve de habitat para uma fauna bem adaptada a essa formação, com
destaque para os primatas.

Tabela 28 – Fauna comum a formação de mata


NOME CIENTIFICO NOME POPULAR
Alouatta caraya Guariba
Cebus opella Macaco prego
Callithrix penicillata Mico
Nasua nasua Quati
Eira bárbara Irara
Dasyprocta oguti Cotia
Sphiggurus villosus Ouriço cacheiro
Mazama americana Veado mateiro
Panthera onca Onça pintada
Boa constrictor amarali Jibóia
Ortalis aracuan Aracuan
Amazona aestiva Papagaio verdadeiro
Tayassu tajacu Caitetu
Kerodon rupestris Mocó
FONTE : MALHEIROS 2004:70

Tabela 29 - Fauna comum nas veredas


NOME CIENTIFICO NOME POPULAR
Blastocerus dichotomas Cervo
Eunectes murinus Sucuri
Chironectes minimus Cuíca d’água
Nectomus squanipes Rato d’água
Casmerodius Garça branca

420
Theristicus caudatus Cuiricaca
Dendrocygna viduata Pato irerê
Amazonetta brasiliensis Marreca
Gallinhia amazona Frango d’agua
Chloroceryle amazona Martin pescador
FONTE : MALHEIROS 2004:76

Formação mata ciliar /galeria


Distribuem sobre solos hidromórficos, e apresentam áreas inundadas com espécies
vegetais perenifólias.
Nestas matas podem estar localizados os ‘barreiros’, onde encontra-se concentração de
sal, muito procurado pela fauna, em especial de mamíferos.
Estas matas também são importantes como abrigos para a fauna, por este motivo há
grande variedade de animais e de nichos específicos a estes.
Entre as espécies típicas que vivem nestas formações: anta, ariranha,capivara também
alguns felinos e variedade de avifauna.

Tabela 30 -- Fauna comum das matas ciliares


NOME CIENTIFICO NOME POPULAR
Tapirus terrestris Anta
Pteronura brasiliensis Ariranha
Hydrochaerus hydrochaeris Capivara
Lutra longicandis Lontra
Procyon cancrivorus Mão pelada
Agouti paca Paca
Tayassu pecari Queixada
Felius geoggroyi Gato do mato
Felis yagonaroundi Gato mourisco
Cavia operea Preá
Aramides cajanea Saracura
Butoris striatus Socó
Bothrops moojeni Jararaca
FONTE : MALHEIROS 2004:70

421
Anexo 2

422
Anexo 2 –OS MUNICÍPIOS DO ENTORNO DAS T.I.XAVANTE
No quadro de nº 36 relacionou-se os municípios inseridos na bacia do rio das
Mortes, com dados referentes a ano de criação do município, área em km2, contagem da
população e distancia de Cuiabá. Além das informações sobre área e população do
Brasil, do centro oeste e do estado do Mato Grosso.

Quadro nº 36 - Municípios da bacia do rio das Mortes

MUNICÍPIOS ANO DE DISTÂNCI ÀREA km2 POPULAÇÃO


CRIAÇÃO A DE 1996 2000 2004(3)
CUIABÁ
(KM)
MATO GROSSO - - 903.357,9 2.235.832 2.504.353 2.699.950
CENTRO OESTE - - 1.606.445,5 10.500.579 11.636.728 -
BRASIL 1500 - 8.514.204,9 157.070.163 169.799.170 -
ÁGUA BOA (2) 1979 720,3 7.606,10 15.093 14.729 14.815
CAMPINÁPOLIS 1986 577,6 5.774,00 12.082 12.423 12.663
CAMPO VERDE 1989 127,4 4.811,70 10.746 17.152 21.845
CANARANA 1979 822,7 10.874,40 13.745 15.407 17.576
COCALINHO (2) 1986 747,5 16.619,60 5.457 5.367 5.380
DOM AQUINO 1958 142,2 2.212,7 8.247 8.427 8.280
GENERAL CARNEIRO 1963 441,1 4.146,9 4.501 4.347 4.366
NOVO SANTO ANTONIO 1999 1.118,0 4.315,6 - 1.159 1.175
(1)
NOVA XAVANTINA 1980 635,0 5.763,5 18.999 17.828 17.556
NOVO SÃO JOAQUIM (2) 1986 504,6 5.216,9 8.214 7.568 8.334
POXORÉO 1938 290,6 6.947,4 21.846 20.008 18.477
PRIMAVERA DO LESTE 1987 230,4 5.491,8 20.983 39.807 51.104
RIBEIRÃO 1989 877,6 11.415,5 8.578 7.308 7.521
CASCALHEIRA (2)
SÃO FÉLIX DO 1976 1.143,0 18.412,0 10.862 9.446 9.324
ARAGUAIA (2)
Sto. ANTÔNIO DO LESTE 1998 367,9 3.434,9 - 1.875 2.066
(1)
SERRA NOVA DOURADA 1999 1.046,0 1.491,9 - 562 1.197
(1)
FONTE: SEPLAN/FIBGE/TRE/TSE/DATASUS/Atlas do Desenvolvimento Humano
(1)-Municípios Instalados em Janeiro/2001.
(2)-Municípios que perderam Área e População para criação dos novos municípios.
(3)-Estimativa SEPLAN

423
Quadro 37- Municípios bacia do Rio Xingu
PARANATINGA 1979 368,8 24.267,9 14.882 15.310 15.609
ALTO BOA VISTA (2) 1993 1.063,5 2.368,50 4.907 3.668 3.967

Quadro 38 - Município na bacia do Rio Araguaia

BARRA DO GARÇAS 1914 500,5 8.761,30 47.133 52.136 54.712

Situação do Saneamento básico : abastecimento de água / esgoto / resíduos sólidos


A região do entorno das T.I. Xavante estão localizados os seguintes municípios
da região do Rio das Mortes.
O grande aumento da população na área da bacia do Rio das Mortes, levou a um
impacto sobre o meio ambiente, principalmente no que se refere aos recursos hídricos,
necessitando portanto de medidas de saneamento nos municípios que ai se localizam.
Atualmente são precárias as condições na maioria dos municípios em relação ao
abastecimento e tratamento da água, em geral a distribuição atinge a maioria da
população urbana, mas não há tratamento adequado, ainda é freqüente o uso de poços
artesianos e cacimbas.
Algumas prefeituras fazem a captação da água através de seus Departamentos de
água e Esgoto – DMAE, outros a captação da água é terceirizada pelo Serviço de
Tratamento de Água e Esgoto- SETAE.
Quanto aos esgotos apenas pequenas parcelas da população urbana conta com
rede de esgoto, praticamente não existe nenhuma rede de coleta e tratamento, em geral
são fossas sépticas e negras.
Em relação aos resíduos sólidos, a maioria dos municípios tem apenas lixão ,
onde o lixo coletado é despejado a céu aberto, sem a preocupação com possíveis
contaminações de córregos e do lençol freático. Apenas existe aterro sanitário apenas
em Barra do Garças, e outros sendo construídos em Canarana e Novo São Joaquim.

424
É costume das prefeituras queimar o lixo e não há programas de coleta seletiva e
de reciclagem, exceto em Primavera do Leste, em Água Boa existe uma usina de
reciclagem onde ocorre a separação de alguns materiais.

No quadro abaixo sintetiza a situação de saneamento nos municípios do entorno


das Terras Indígenas Xavante :

Tabela 31 : Dados dos Municípios - Situação do saneamento


MUNICÍPIO SANEAMENTO ESGOTO RESÍDUOS
ÁGUA SÓLIDOS
Primavera do Abastecimento pela O Sistema de Existe um aterro
Leste empresa Águas de Coleta de sanitário
Primavera. Esgoto, funcionando a
Conta atualmente com ainda que quatro anos, este é
100% de atendimento, em considerado modelo,
contudo, realiza de fato implantação pois segue todas as
o abastecimento de água esta recomendações da
para 75% a 80% dos atendendo FEMA.
estabelecimentos apenas 28% Este é um dos
residenciais, comerciais das únicos locais onde
e públicos. habitações. ocorre um pouco de
Existem cinco reciclagem, cerca de
lagoas de 20%, embora com
decantação pouca colaboração
onde o esgoto dos moradores.
é tratado A triagem, portanto,
através de é feita no próprio
processo Aterro Sanitário.
anaeróbico. Não há lixão dentro
São feitas do
análises município,existem
periódicas do pequenos lixões em
DBO e DQO. comunidades.

Poxoréu Não há rede Lixão

Dom Aquino A maioria da Lixão


população se
utiliza de
fossas
rudimentares,
a coleta de
esgotos é
mínima.

Campo Verde Lixão

Barra do água tratada 45% da área aterro sanitário


Garças urbana possui

425
coleta de
esgoto
General A captação de água que o esgoto é Lixão
Carneiro abastece a sede do destinado em
município é feita no Rio fossa séptica
Barreiro. Além disso, há
um poço artesiano e uma
mina natural que
fornecem água.
Novo São O abastecimento é com O esgoto é aterro sanitário
Joaquim água captada em 3 poços dispensado em construção
artesianos. em fossa
séptica e
também em
fossa negra.
Santo Antonio Abastecido com um O esgoto é Lixão
do Leste poço artesiano. destinado à
fossa séptica
de cada
propriedade.
Não há rede
coletora e de
tratamento de
esgoto.

Nova Serviço de Tratamento Não há Lixão


Xavantina de Água e Esgoto tratamento do
SETAE, o esgoto
abastecimento de água
realizado no perímetro
urbano atinge a 99% da
população.
Os poços artesianos são
comuns mesmo na área
urbana e fogem ao
controle de tratamento e
identificação.

Campinápolis atinge a 99% da Existe uma Lixão


população. rede de
Os poços artesianos e esgoto ligada
cisternas são muito a apenas 22
comuns na área urbana e domicílios,
fogem ao controle do todo o
SETAE, Serviço de município faz
Tratamento de Água e uso de fossas
Esgoto. sépticas e
negras.

Água Boa o abastecimento de água todo o Ocorre a


realizado no perímetro perímetro coleta diária de lixo
urbano atinge a 99% da urbano, o e apontam a
população urbana, e 1% município em existência de um
da população rural, geral faz uso aterro e uma usina

426
através da de fossas reciclagem do lixo,
Prefeitura/departamentos sépticas todavia este não
de Água e Esgoto – oferece condições
DMAE. satisfatórias para o
trabalho.

Nova Nazaré Não há tratamento


Quanto ao Lixão
de água, a captação é esgoto em
feita de poços artesianos,
todo o
sob a direção da perímetro
administração urbano, o
municipal. município em
geral faz uso
de fossas
sépticas.
Cocalinho A captação Inexistente Lixão
de água é feita em poços Só sumidouro
artesianos.
Ribeirão Cobertura 80% Inexistente Lixão
Cascalheira Sem desinfecção Só sumidouro
Desfavoráveis
em parte
Canarana Cobertura de 71% Inexistente Lixão aterros
Cia Ambiental de Só sumidouro sanitários
Canarana sendo construídos
Novo Santo Cobertura parcial ,não Inexistente Lixão
Antônio há tratamento de água Só sumidouro

São Felix do Cobertura parcial ,não Inexistente Lixão


Araguaia há tratamento de água Só sumidouro

Serra nova não há tratamento de Inexistente Lixão


dourada água Só sumidouro
Organizado por Maria Lucia C. Gomide, 2006
Fonte : Associação Xavante Warã, 2006

427
Anexo 3

428
Anexo 3 – Mineração nas Terras Indígenas Xavante

Mineração nas terras indígenas Xavante

Segundo Fany Ricardo 2005, a incidência de requerimentos e alvarás de pesquisa ou


lavra de minério em terras indígenas, teve um aumento significativo a partir de 1998.
Ainda não existe uma lei que regulamente o procedimento de atividades minerarias em
terras indígenas, embora de acordo com a Constituição Federal, estas atividades devem
ser aprovadas pelo Congresso Nacional e ainda necessitam ouvir as comunidades
indígenas afetadas.
Em 2005, o numero de registros de processos era no Estado do Mato Grosso foi de
6.549.
Na tabela abaixo os interesses minerários sobre as terras indígenas Xavante, os
processos estavam até 2005 em fase de requerimento de pesquisa, requerimento de lavra
garimpeira e em disponibilidade.

Tabela 32 - Interesses minerários nas T.I.Xavante (fevereiro de 2005)

TERRA INDÍGENA/ TITULAR FASE DO SUBSTÂNCIA


ÁREA EM PROCESSO
HECTARES
T.I.Areões Supercal Extração de Requerimento de Ouro
Calcário Ltda pesquisa
João Broggi Junior Requerimento de Ouro
pesquisa
T.I.Marechal Mineração Tabuleiro Disponibilidade Ouro
Rondon Ltda
Mineração Sucunduri Requerimento de Diamante industrial
Ltda pesquisa
T.I.Parabubure Mineração Nambei Requerimento de Minério de ouro
Ltda pesquisa
Alice Galvão Requerimento de Ouro
Nascimento pesquisa
T.I.Pimentel Barbosa Antonio F. Zonta Requerimento de Calcário
pesquisa
Fonte : RICARDO & ROLLA (2005)

A próxima tabela apresenta as quantidades totais de processos incidentes por terra


indígena, alem disto a área total ocupada pelos processos e a porcentagem da
t.i.comprometida.

429
Tabela 33 – Processos incidentes por Terra Indígena
NOME DA SITUAÇÃO EXTENSÃO PROCESSO INCIDENTES:
T.I. JURÍDICA HECTARES QTD. ÁREA DA T.I. % T.I.
Marechal Homologada 98.500 16 11.843 12,52
Rondon reg. CRI e SPU
Chão Preto Homologada 12.740 4 1.096 8,72
reg. CRI
Areões Homologada 218.515 6 5.053 3,04
reg. CRI e SPU
Parabubure Homologada 224.447 11 5.341 2,33
reg. CRI e SPU
São Marcos Reservada 188.478 1 50 0,03
Reg. CRI e SPU
Pimentel Homologada 328.966 1 50 0,02
Barbosa Reg. CRI e SPU
Fonte : RICARDO & ROLLA. (2005)

O tema da mineração em terras indígenas foi intensamente debatido durante a


Constituinte em 1988 e envolveu grande mobilização indígena, e embora exista a
possibilidade de exploração nas terras indígena foi aprovado um “regime severo e
restrito para tanto, revelando a síntese do embate político.” (op.cit.,2005:123)
O texto da Constituição Federal de 1988 diz :

“ § 2º as terras indígenas tradicionalmente ocupadas pelos índios


destinam-se à sua posse permanente, cabendo –lhes o usofruto
exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes.
§ 3º o aproveitamento dos recursos hídricos, incluindo os potenciais
energéticos , a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras
indígenas só podem ser efetivadas com autorização do Congresso
nacional , ouvidas as comunidades afetadas,ficando-lhes assegurada
participação nos resultados da lavra, na forma da lei (...)”

De acordo com Ricardo (2005), o texto da Constituição leva a interpretações ambíguas


pois, pode ser entendido como uma derrota ou conquista aos povos indígenas, pois :

o texto constitucional pode ser lido tanto como uma derrota dos povos
indígenas, na medida em que representa a violação de seus territórios
e de sua autonomia por uma atividade altamente impactante a suas
culturas; como também considerado como uma derrota das grandes
empresas mineradoras- e nesse sentido uma conquista dos povos
indígenas- por terem de cumprir com as garantias postas pelo
legislador constituinte, que permitem a mineração apenas em casos
excepcionais.(RICARDO,2005:124 )

430
Anexo 4 – Mapa dos Municípios que abrangem a Bacia do Rio das
Mortes

431
Anexo 5

432
Anexo 5

433
Anexo 6 – Mapa de Uso da Terra na Bacia do Rio das Mortes (MT) –
Faixa de 20 Km no Rio das Mortes (2001)

434
Anexo 7- CÓPIA DO DECRETO n. 903, 1950

435
ANEXO 8- Gráficos sobre ocorrência de partos na aldeia e na cidade

Gráficos n. 9 e 10, sobre a ocorrência de partos na aldeia e na cidade (1999 e 2004), a


partir de informações coletadas na Missão Salesiana da T.I. Sangradouro e hospitais nas
cidades próximas da terra indígena Sangradouro, Primavera do Leste, Poxoréu, ilustra o
aumento no índice de partos realizados fora das aldeias.1

Gráfico 9 -

1999

6% partos nas aldeias


25%
partos normais na
cidade

69% cesárias

Gráfico 10-

2004

5%

partos nas aldeias


partos normais na cidade

44% 51% cesárias

Fonte : Lima, 2006 (Associação Xavante Warã, 2006)

1
Dados coletados pela Associação Xavante Warã, 2005-6 referente ao projeto “Valorização das praticas
tradicionais das Parteiras Xavante na Dieta Alimentar e Medicinal” .

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