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MENTES BRILHANTES E CORAÇÕES DOENTES

Por J. C. Pezini

Filipenses 3:7-14

“Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade,
tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento
de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e
as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo, E seja achado
nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em
Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé; Para conhecê-lo, e à
virtude da sua ressurreição, e à comunicação de suas aflições, sendo feito
conforme à sua morte; Para ver se de alguma maneira posso chegar à
ressurreição dentre os mortos. Não que já a tenha alcançado, ou que seja
perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso
por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado;
mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e
avançando para as que estão diante de mim, Prossigo para o alvo, pelo
prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” (NVI)

Gostaria nesta manhã de trazer algumas ideias para nossa reflexão, do que imagino
estar acontecendo aos pastores em nossos dias. Os porquês de estarem tão cansados e
desejando chutar o balde, mediante as mudanças ocorridas na história da Igreja e a falta de
uma “reforma eclesiológica”.

Primeiro, o conhecimento teológico está acima dos relacionamentos pessoais.

Vivemos uma época onde o conhecimento teológico tem servido de disputa entre
companheiros de ministério. Todos querem mostrar quem tem a melhor teologia, ou a
teologia a mais correta. Vevemos o surgimento de grupos que se autodenominam Neo-
Calvinistas, Neo-Puritanos, e por aí vai.

Gostaria de contar um pouquinho do que aconteceu comigo no início de meu


ministério. Filho de analfabetos, fui estudar aos 21 anos de idade. Me formei no Seminário
como o terceiro aluno da turma. Eu era o cara! Estava mergulhado no mundo da exegese e de
argumentos teológicos. Meus sermões eram estudados. Quando ia para o púlpito, eu me
achava. Meus sermões brotavam de meus conhecimentos acadêmicos, meus estudos, e nunca
de minhas experiências pessoais com o texto bíblico em consideração. Nunca pregava para
mim mesmo. Ou seja, era uma boa mensagem, mas para meus ouvintes.
Meus sermões estavam desconectados com a minha vida real. Meu casamento, meus
pecados, etc. Até que um índio Terena resolveu visitar a cidade. Meus olhos começaram a se
abrir para os perigos a reduzir minha fé a um conjunto de regras e princípios, ou, a uma série
de ideias teológicas. Entendi, então, que a vocação vai além de pregar belos sermões. Tem
muito mais a ver como liderar pessoas, andar com elas, viver e apoiá-las, sofrer com elas.
Somos vocacionados para sermos embaixadores de Cristo, para olhar em sua face, sentir o
toque de suas mãos, o tom da sua voz. Fomos vocacionados para fazer o Cristo invisível, de
modo visível, na vida das pessoas.

Segundo, por causa da profissionalização do clero, confundimos vocação com chamado


para prestar um serviço a Deus.

Por causa desta compreensão, a maioria dos pastores prestam serviço a Deus. Seu
relacionamento com Deus se dá pelo trabalho que oferecem. É como se Deus devesse estar
contente consigo mesmo, porque lhe é prestado um trabalho. Por este motivo, o tempo
silencioso e reflexivo é colocado em segundo plano. O trabalho vem primeiro. Se der tempo,
oramos; se não, Ele vai entender...
Na verdade, Deus não precisa de nós! Ele é altamente suficiente para fazer tudo
sozinho! Ele nos convida a sermos parceiros, porque deseja compartilhar conosco de sua
alegrai em ver vidas sendo transformadas!

Terceiro, depois de alguns anos de ministério, corremos o risco de usar a bíblia com uma
mera ferramenta de trabalho.

Não alimentamos mais nossa alma do pão vivo, e sim usamos a Bíblia para os nossos
ouvintes. Daí o cristianismo que se vive não está mais conectado ao coração, e sua esperança
está no conhecimento e na habilidade, não no relacionamento com Deus. Por causa disso, vem
o orgulho que o leva ao isolamento: “Eu não preciso mais do evangelho!” – não admitimos,
mas vivemos como tal.
Quando chegamos a este ponto, o ministério define a minha identidade, e então, eu sou
o que eu faço. Logo, necessito de uma máscara! Ninguém pode ficar sabendo o que ocorre em
meu coração, ou dentro de minha casa. No entanto, se usarmos esta máscara por muito
tempo, quando resolvemos tirá-la e olhar no espelho, ficaremos assustados, porque nosso
rosto está tão deformado que não conseguimos mais viver sem ela.
Meu caro companheiro, nossa identidade precisa ser definida pelo que somos em
Cristo!
Você não faz ideia do número de pastores que andam por aí amargurados! Muitos estão
incomodados. Outros, com relacionamentos desordenados ou disfuncionais em casa. Outros,
ainda, com um relacionamento de tensão com a liderança. Muitos lutam com pecados não
confessados.

Quarto, descansamos para trabalhar e não trabalhamos para descansar.

O homem foi criado no sexto dia, e no sétimo Deus o colocou para descansar.
Precisamos observar e aceitar o princípio estabelecido por Deus!
Precisamos dormir a quantidade de horas necessária para o descanso e observar um
dia de 24 horas de descanso depois de seis dias de trabalho.

Quinto, precisamos lembrar que a primeira responsabilidade pastoral é orar; a segunda


é ensinar; a terceira é equipar líderes; e a quarta é delegar.

Nossos sermões precisam brotar de nosso tempo com Deus e não de nosso esforço
acadêmico.
Aquilo que eu valorizo eu priorizo! Se eu não aprender a ouvir Deus não conseguirei
alimentar meu rebanho.
A oração não pode ser usada como meio pelo qual eu busco a ajuda de Deus para aquilo
que estou fazendo, e porque desejo ser bem-sucedido. Ela deve ser o resultado do meu desejo
pela presença de Deus! Ela deve ser uma expressão de minha paixão pelo meu redentor! Ela
deve me levar ao ponto de que tudo o que penso, desejo, faço e decido, expresse o desejo de
estar com Ele!
Tenho que cuidar de meu corpo!
Pastores enfermos pregam sermões enfermos e sermões enfermos matam.!
Por fim, notemos o texto de Mateus 11.28-30:

“Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu darei


descanso a vocês. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois
sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as suas
almas. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” (NVI)

Informações de contato:

J. C. Pezini
+55 41 99916-7106
pezini@sara.org.br
www.sara.org.br

Indicações de Leitura:

- VOCAÇÃO PERIGOSA, Paul Tripp


- ANDANDO COM O TANQUE VAZIO, Wayne Cordeiro
- A VOCAÇÃO ESPIRITUAL DO PASTOR, Eugene Peterson
- PASTORES DE CARNE E OSSO, Alfonso Guevara

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