Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
sísmicas
de terremotos:
formulação de
cenários sísmicos
no Brasil
Afonso Emidio de Vasconcelos Lopes
Luciana Cabral Nunes
AFONSO EMIDIO
DE VASCONCELOS
LOPES é professor de
Geofísica/Sismologia
do Instituto de
Astronomia,
Geofísica e Ciências
Atmosféricas da USP.
LUCIANA CABRAL
NUNES é consultora
independente em
geologia.
RESUMO
ABSTRACT
The level of seismic activity in Brazil is classified as low, and it has been
calculated that the average recurrences are: less that 2 seismic events of
over 4 mb magnitude every year, one seismic event of over 5.0 mb mag-
nitude every six years, and one seismic event of 6.0 magnitude every 45
years. Despite the very low recurrence, seismic events of magnitudes up
to 7.6 mb are possible, and in that case, their recurrence interval in Brazil
is of around 885 years. In this work we will explore the elaboration of seis-
mic scenarios, taking into account events with light magnitudes (m ≤ 5),
moderate (5 < m ≤ 6) and strong (6 < m ≤ 7.5). To satisfy people’s curiosity
and help them understand the extent of seismic events, we will also show
seismic scenarios for events with extreme and improbable magnitudes
(over 8 MW) in highly populated regions with a big number of important
buildings, such as dams, nuclear plants and big factories.
Intensidade
Aceleração
Mercalli Mo- Descrição do nível de intensidade
(%g)
dificada
I Não sentido, exceto em condições extremamente favoráveis. Leves efeitos de período
–
[Imperceptível] longo de terremotos grandes e distantes. Registrado (“sentido”) apenas pelos sismógrafos.
II Sentido apenas por algumas pessoas, especialmente em prédios altos. Objetos leves
< 0,3
[Muito fraco] podem balançar.
Sentido por algumas pessoas em casa, especialmente em prédios altos. Alguns objetos
III
0,4 – 0,8 pendurados oscilam. Vibração parecida com a da passagem de um caminhão leve. Dura-
[Fraco]
ção estimada. Pode não ser reconhecido como um abalo sísmico.
Sentido em casa por muitas pessoas, e na rua por poucas pessoas durante o dia. À noite
algumas pessoas despertam. Pratos, janelas e portas vibram, e as paredes podem ranger.
IV
0,8 – 1,5 Os carros e motos parados balançam visivelmente. A vibração é semelhante à provocada
[Moderado]
pela passagem de veículos pesados ou à sensação de uma pancada de uma bola pesada
nas paredes.
Sentido por praticamente todas as pessoas; muitos despertam. As pessoas conseguem
V identificar a direção do movimento. Líquido em recipiente é perturbado. Objetos pe-
1,5 – 4
[Forte] quenos e instáveis são deslocados. Portas oscilam, fecham, abrem. Os movimentos de
pêndulos podem parar.
Sentido por todas as pessoas; muitos se amedrontam e saem às ruas. Pessoas andam sem
VI firmeza. Algumas mobílias pesadas podem se movimentar. Louças e alguns vidros de ja-
4–8
[Forte] nelas são quebrados. Objetos e livros caem de prateleiras. Observação de danos modera-
dos em estruturas civis de má qualidade. Pequenos sinos tocam em igrejas e escolas.
Efeitos sentidos por pessoas que estão dirigindo automóveis. Difícil manter-se de pé.
Móveis são quebrados. Danos pequenos em edifícios bem construídos, danos moderados
VII em casas bem construídas, e danos consideráveis em estruturas mal construídas. Algumas
8 – 15
[Muito Forte] chaminés sofrem colapso. Queda de reboco, ladrilhos e tijolos mal assentados. Ondas em
piscinas. Pequenos escorregamentos de barrancos arenosos. As águas dos açudes ficam
turvas com a movimentação do lodo. Grandes sinos tocam.
Danos em construções normais, com colapso parcial. Algum dano em construções refor-
çadas. Queda de estuque e alguns muros de alvenaria. Queda de chaminés, monumentos,
VIII
15 – 30 torres e caixas d’água. Galhos quebram-se das árvores. Trincas no chão. Afeta a condução
[Muito Forte]
dos automóveis. A mobília pesada sofre movimentações e pode virar. Mudanças nos
fluxos ou nas temperaturas das fontes e poços.
Pânico generalizado. Construções comuns bastante danificadas, às vezes colapso total.
IX Danos em construções reforçadas e em grandes edifícios, com colapso parcial. Alguns
30 – 60
[Muito Forte] edifícios são deslocados para fora de suas fundações. Tubulação subterrânea quebrada.
Rachaduras visíveis no solo.
Maioria das construções destruídas até nas fundações. Danos sérios a barragens e diques.
X
60 – 100 Grandes escorregamentos de terra. Água jogada nas margens de rios e canais. Trilhos
[Catastrófico]
levemente entortados.
Poucas estruturas de alvenaria não colapsam totalmente. Pontes são destruídas e os
XI
100 – 200 trilhos dos trens são completamente entortados. As tubulações subterrâneas são comple-
[Catastrófico]
tamente destruídas.
Destruição quase total. A paisagem é modificada com a topografia sendo distorcida. Gran-
XII
> 200 des blocos de rocha são deslocados. Objetos são jogados ao ar. Essa intensidade nunca foi
[Catastrófico]
observada no período histórico.
a)
b)
BIBLIOGRAFIA
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Projeto de Estruturas Resistentes a Sismos – Proce-
dimentos. Norma Brasileira ABNT NBR 15.421, 2006.
ASSUMPÇÃO, M.; YAMABE, T. H.; BARBOSA, J .R.; HAMZA, V.; LOPES, A. E. V. & BIANCHI, M. “Seismic
Activity Triggered by Water Wells in the Paraná Basin”, in Brazil, Water Resources Research, 46,
W07527, 2010 (doi: 10.1029/2009WR008048).
ASSUMPÇÃO, M. & DIAS NETO, C. M. “Sismicidade e Estrutura da Terra Sólida”, in W. Teixeira; C. M.
Toledo; T. R. Fairchild & F. Taioli. Decifrando a Terra. Oficina de Textos, São Paulo, 2000.
BADRANE, S.; BAHI, L.; JABOUR, N. & BRAHIM, A. I. “Seismic Site Effect Estimation in the City of Ra-
bat (Morocco)”, in J. Geophys. Eng., 3, 2006, pp. 207-11 (doi: 10.1088/1742-2132/3/3/001).
BENDER, B. & PERKINS, D. M. “Seisrisk III: a Computer Program for Seismic Hazard Estimation”, in U.S.
Geological Survey Bulletin, 1987.
BLAKE, A. “On the Estimation of Focal Depth from Macroseismic Data”, in Bull. Seismol. Soc. Am., 31,
1941, pp. 225-32.
CAMPBELL, K. W. “A Ground Motion Model for the Central United States Based on Near-source
Acceleration Data”, in J. E. Beavers (ed.). Earthquakes and Earthquake Engineering-Eastern United
States. Michigan, Ann Arbor Science, 1, 1982, pp. 213-32.
CARLETTI, F. & GASPERINI, P. “Lateral Variations of Seismic Intensity Attenuation in Italy”, in Geophys.
J. Int., 155, 2003, pp. 839-56.
FERGANY, E. A. & BONNEFOY-CLAUDET, S. “Microtremor Measurements in the Nile Delta Basin,
Egypt: Response of the Topmost Sedimentary Layer”, in Seismological Research Letters, 80(4),
2009, pp. 591-8 (doi: 10.1785/gssrl.80.4.591).
GUTIERREZ, C. & SINGH, S. K. “A Site Effect Study in Acapulco, Guerrero, Mexico: Comparison of Results
from Strong-motion and Microtremor Data”, in Bull. Seismol. Soc. Am., 82(2), 1992, pp. 642-59.
HOWELL, B. F. & SCHULTZ, T. R. “Attenuation of Modified Mercalli Intensity with Distance from the
Epicentre”, in Bull. Seismol. Soc. Am., 65, 1975, pp. 651-65.
IMPROTA, L.; DI GIULIO, G. & ROVELLI, A. “Variations of Local Seismic Response in Benevento
(Southern Italy) Using Earthquakes and Ambient Noise Recordings”, in Journal of Seismology, 9,
2005, pp. 191-210.
LANCHET, C.; HAZFELD, D.; BARD, P.-Y.; THEODULIDIS, N.; PAPAIOANNOU, C. & SAVVAIDIS, A. “Site
Effects and Microzonation in the City of Thessaloniki (Greece) Comparison of Different Approa-
ches”, in Bull. Seismol. Soc. Am., 86, 1996, pp. 1.692-703.
LOPES, A. E. V. “Risco Sísmico no Brasil e Seu Impacto sobre Grandes Obras”, in Revista do Instituto
de Engenharia, 58, 7, 2010.
TORO, G. R.; ABRAHAMSON, N. A. & SCHNEIDER, J. F. “Model of Strong Ground Motions from Earth
quakes in Central and Eastern North America: Best Estimates and Uncertainties”, in Seis. Res.
Lett., 68, 1997, pp. 41-57.