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Matemática Elementar- Conjuntos, Gráficos das funções, Equações e


Inequações.

Book · January 2014

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1 author:

Herinelto Casimiro
Belgorod State University
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HERINELTO DA FONSECA JOSEFA CASIMIRO

MATEMÁTICA
ELEMENTAR

CONJUNTOS, GRÁFICOS DAS FUNÇÕES


EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES
VOL. I

BELGOROD-RÚSSIA
2014
“A única maneira de aprender matemática é estudar matemática.”
Paul Halmos

MATEMÁTICA
ELEMENTAR
CONJUNTOS, GRÁFICOS DAS FUNÇÕES
EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES
VOL. I

Em homenagem a:
Maria Cristina Josefa

2014
УДК (UDC) 511.1 (07)
ББК (BBC) 22.10Я7
К 14 (C 14)

Рецензенты:
Г.Л.Окунева, кандидат технических наук, доцент кафедры высшей математики Института
экономики и менеджментаБелгородского государственного технологического университета им.
В.Г. Шухова;
В.В. Флоринский,кандидат физико-математических наук, доцент
кафедры «Программного обеспечения и вычислительной техники» Белгородского
государственного технологического университета им. В.Г. Шухова
Revisores:
Galina L. Okuneva, candidata a ciências técnicas, docente do departamento de matemática superior do
Instituto de economia e gestão da Universidade Estatal Técnica de Belgorod;
Vyacheslav V. Flarenkii, candidato a ciências físicas e matemáticas, docente do departamento de
Software e equipamento de computação da Universidade Estatal Técnica de Belgorod

Herinelto da Fonseca Josefa Casimiro


К 14 Matemática Elementar- Conjuntos, Gráficos das funções, Equações e Inequações /
Casimiro Herinelto da Fonseca Josefa. Belgorod-Rússia: LitKaravan, 2014. – 215 pág.
ISBN 978-5-902113-84-3

Determinado manual «Matemática Elementar - Conjuntos, Gráficos das funções, Equações


e Inequações» será muito útil para o desenvolvimento académico dos alunos e estudantes, que
se encontram no curso preparatório. No determinado manual estão analisados as principais
temáticas da matemática elementar. Está constituído por 8 capítulos, começando com o estudo
dos conjuntos e terminando com as noções principais de equações e inequações. Recomenda-
se para uso no processo de ensino durante a elaboração de aulas e no trabalho individual dos
alunos.
Казимиру Эринелту да Фонсека Жозефа
Данное пособие «Элементарная Математика- Множества, Графики функций,
Уравнения и Неравенства» будет полезно для академического развития школьников и
студентов, учащихся на подготовительном курсе.
В данном пособии были рассмотрены основные разделы элементарной математики.
Оно состоит из 8 глав, начиная с изучения множеств и завершая с основными
понятиями уравнений и неравенств.

ISBN 978-5-902113-84-3

© Herinelto da Fonseca Josefa Casimiro


© LitKaravan
ÍNDICE

INTRODUÇÃO ......................................................................................... 07

AGRADECIMENTOS ............................................................................. 08

I. TEORIA DOS CONJUNTOS

1.1. Noção de um conjunto ............................................................. 09

1.2. Tipos de conjuntos ................................................................... 10

1.3. Subconjunto de um conjunto .................................................. 11

1.4. Operações com conjuntos ....................................................... 12

II. CONJUNTOS NUMÉRICOS

2.1. Conceito de conjuntos numéricos ........................................... 17

III. NOÇÃO SOBRE OS NÚMEROS

3.1. Tipos de números .................................................................... 20

3.2. Critérios da divisibilidade dos números ................................. 22

3.3. Decomposição dos números em factores simples .................. 23

3.3.1. Máximo divisor comum (m.d.c) .......................................... 23

3.3.2. Mínimo múltiplo comum (m.m.c) ....................................... 24

IV. FRACÇÃO

4.1. Noção de uma fracção ............................................................ 27

4.2. Tipos de fracções .................................................................... 27

4.3. Simplifição de fracções .......................................................... 29

4.4. Comparação de fracções ......................................................... 29

3
4.5. Operações com fracções comuns ............................................ 31

V. POTÊNCIA

5.1. Noção de potência ................................................................... 34

5.2. Principais propriedades de potência ........................................ 34

VI. EXPRESSÕES ALGÉBRICAS

6.1. Definição de expressões algébricas.......................................... 37

6.2. Expressões com variáveis ....................................................... 38

6.2.1. Monómios, Binómios e Polinómios numa variável ............. 40

6.2.1.1. Monómio ........................................................................... 40

6.2.1.2. Binómio ............................................................................. 40

6.2.1.3. Polinómios ......................................................................... 40

6.2.1.3.1. Domínio de um polinómio ............................................. 41

6.2.1.3.2. Grau de um polinómio ................................................... 41

6.2.1.3.3. Polinómios ordenados ................................................... 41

6.2.1.3.4. Operações com polinómio ............................................. 42

6.3. Expressões racionais ................................................................ 47

6.3.1. Definições ............................................................................. 47

6.3.2. Domínio de expressões racionais fraccionárias ................... 47

6.4. Simplifição de fracções algébricas .......................................... 48

6.4.1. Operações com fracções algébricas racionais ..................... 48

VII. FUNÇÃO

7.1. Conceito de função ................................................................... 51


4
7.2. Formas de definição de uma função ........................................ 51

7.3. Monotonia das funções ........................................................... 53

7.4. Raiz de uma função ................................................................ 54

7.5. Intervalo do sinal de uma função ............................................ 55

7.6. Funções pares e ímpares ......................................................... 56

7.7. Funções numéricas ................................................................. 58

7.8. Funções com módulo .............................................................. 85

7.9. Função potência ....................................................................... 105

7.10. Função exponencial ............................................................... 109

7.11. Função inversa ....................................................................... 112

VIII. EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES

8.1. Equações .................................................................................. 119

8.1.1. Equações lineares ................................................................ 119

8.1.2. Equações equivalentes ......................................................... 121

8.1.3. Equações quadráticas ........................................................... 123

8.1.4. Sistema de duas equações com duas variáveis ................... 129

8.1.4.1. Métodos de resolução dos sistemas de duas equações

com duas variáveis .......................................................................... 131

8.2. Inequações .............................................................................. 141

8.2.1. Inequações lineares ............................................................ 142

8.2.2. Inequações quadráticas ...................................................... 144

8.2.3. Inequações fraccionárias ...................................................... 159


5
TESTE E EXERCÍCIOS PROPOSTOS .................................................... 190

I. BLOCO – TESTE .................................................................................. 190

II. BLOCO – EXERCÍCIOS PROPOSTOS .............................................. 196

RESPOSTAS DO TESTE .......................................................................... 203

RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS .................................... 205

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................... 214

» outros Volumes da séria .................................................................. 215

6
Introdução

Matemática é uma das ciências práticas e usada diariamente pelas

pessoas, mesmo não sabendo as principais regras e normas.

Este manual contribuirá precisamente no desenvolvimento académico dos

alunos, visto que o mesmo contém métodos simples e científicos para resolução

e percepção de exercícios básicos de matemática.

Neste manual estão resumidamente escritas as principais sessões do curso de

matemática elementar para os alunos do ensino secundário (I e II ciclos do

sistema educacional angolano), concretamente a partir da 7ª classe a 12ª classe e

para os estudantes estrangeiros nas faculdades de ciclo preparatório, que têm

como língua oficial o português.

O Presente trabalho está constituído por 8 capítulos, tendo como primeiro,

estudo dos conjuntos e por conclusão noções fundamentais de equações e

inequações. O mesmo apresenta exemplos claros e com métodos de explicação a

nível de linguagem acessível.

O presente trabalho também pode ser útil para os estudantes do ensino

superior, que apresentam insuficiências em resolver exercícios básicos.

7
Agradecimentos

Em primeiro lugar, gostaria de agradecer ao nosso Senhor todo-poderoso, por

me dar forças e decisão de escrever este manual, para ajudar aquelas pessoas

necessitadas. Aos meus pais pela força, não se esquecendo pela plena ajuda dos

meus orientadoresres científicos russos e angolanos, na correção e análise de

certos exercícios,a ajuda oferecida pelos meus amigos e colegas quer financeira

como espiritual.

Obrigado a todos pelo vosso carinho e amor, porque essa obra não foi só

escrita por mim, mas sim por todos nós.

8
I. TEORIA DOS CONJUNTOS

1.1. Noção de um conjunto

A noção de um conjunto em matemática é praticamente a mesma que se usa


na linguagem comum, isto é: agrupamento, classe, colecção, sistema. Todo
objecto que precisamente se encontra na formação de um conjunto é chamado
de elemento.

𝐴 = {𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑} assim: 𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑 são elementos do conjunto 𝐴.

Um conjunto em geral é representado por uma letra maiúscula do alfabeto


𝐴 , 𝐵 , 𝐶 , … e os seus elementos são representados por letras menúsculas, como
acima o conjunto representado.
Se na representação de um conjunto usarmos um círculo, estaremos assim
usando o chamado diagrama de Venn.

Fig.1.1. Representação de um conjunto num diagrama de Venn

Se na representação de um conjunto, o número dos seus elementos for finito e


suficientemente pequeno enumerando explicitamente todos os seus elementos
colocados entre chaves e separados por vírgulas, estaremos perante a
representação extensiva de um conjunto.

Ex.1:

9
𝐴 = { 𝐽𝑎𝑛𝑒𝑖𝑟𝑜, 𝑀𝑎𝑟ç𝑜, 𝑀𝑎𝑖𝑜, 𝐽𝑢𝑛ℎ𝑜, 𝐴𝑔𝑜𝑠𝑡𝑜, 𝑂𝑢𝑡𝑢𝑏𝑟𝑜, 𝐷𝑒𝑧𝑒𝑚𝑏𝑟𝑜 }

Conjunto dos meses de 31 dias.

Ex.2:
𝐵 = { 𝑎, 𝑒, 𝑖, 𝑜, 𝑢 }

Conjunto das vogais.

Se na representação de um conjunto é enunciada uma propriedade


característica dos seus elementos, isto é, uma propriedade que os seus e só os
seus elementos possuam, então, estaremos perante a representação
compreensiva de um conjunto.

Ex.3:
a) 𝐴 = {𝑙𝑒𝑡𝑟𝑎𝑠 𝑑𝑜 𝑎𝑙𝑓𝑎𝑏𝑒𝑡𝑜}
b) 𝐵 = {𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠 𝑑𝑜 𝑎𝑛𝑜 }

Assim, podemos definir um conjunto como agrupamento de elementos que


possuem propreidades comuns.

1.2. Tipos de conjuntos

1- Conjunto finito
Todo conjunto onde podemos determinar o primeiro e o último elemento.

A = {𝟏, 2, 3, 4, 5, 𝟔}

Último elemento
Primeiro elemento

2- Conjunto infinito
Todo conjunto onde é sempre impossível determinar o primeiro e o último
elemento.

10
𝐴 = {… − 3, −2, −1, 0, 1, 2, 3 … }

3- Conjunto vazio
Todo conjunto que não tem elementos.

𝐴 = {∅}

4- Conjunto idênticos
Todo conjunto com elementos iguais.

𝐴 = {1, 2, 3, 4}, 𝐵 = {2, 3, 4, 1}

5- Conjunto unitário
Todo aquele conjunto que só possui um elemento.
Ex.1: conjunto dos divisores de 1, inteiros e positivos:

𝐴 = {1}.

1.3. Subconjunto de um conjunto

Dados conjuntos 𝐴 e 𝐵 , o conjunto 𝐴 é considerado o subconjunto de


conjunto 𝐵, somente se os elementos do conjunto 𝐴 pertencem também ao
conjunto 𝐵.

Fig.1.2. Conjunto 𝐵 e o seu subconjunto 𝐴

A notação 𝐴 ⊆ 𝐵, indica-nos, que o conjunto 𝐴 é o subconjunto de 𝐵 ou 𝐴


está contido em 𝐵.
O símbolo ⊆ é denominado como sinal de inclusão, pela definição teremos:

𝐴 ⊆ 𝐵 = {𝑥: 𝑥 ∈ 𝐴 → 𝑥 ∈ 𝐵}

11
Ex.1:
𝐴 = {𝒎, 𝒏, 𝒐, 𝒑 }, 𝐵 = {𝒎, 𝑙, 𝒏, 𝒑, 𝑞, 𝒐 }

𝐴 ⊆ 𝐵

{𝒎, 𝒏, 𝒐, 𝒑 } ⊂ {𝒎, 𝑙, 𝒏, 𝒑, 𝑞, 𝒐 }

A notação 𝐴 ⊈ 𝐵 indica-nos que o conjunto 𝐴 não está contido no conjunto


𝐵.
Ex.2:
𝐴 = {𝑑, 𝑒} , 𝐵 = {𝑎, 𝑏, 𝑐}

𝐴 ⊈ 𝐵.
No caso em que, o conjunto 𝐴 possuir somente um elemento que também
possui o conjunto 𝐵, de qualquer modo, indica-nos exclusão → 𝐴 ⊈ 𝐵.
Ex.3:
𝐴 = {𝑎, 𝒃, 𝒄} , 𝐵 = {𝒃, 𝒄, 𝑑, 𝑒 }

𝑎 ∉ {𝒃, 𝒄, 𝑑, 𝑒 }

𝐴 ⊈ 𝐵.
Nota: conjunto vazio considera-se subconjunto de qualquer conjunto.

1.4. Operações com conjuntos

1- Intersecção ∩
Conjunto de elementos comuns, isto é, agrupamento de elementos que
possuem ambos conjuntos em que consideram-se comuns.
Podemos desenhar a intersecção:
𝐴 ∩ 𝐵 = {𝑥: 𝑥 ∈ 𝐴 ∧ 𝑥 ∈ 𝐵}

12
Fig.1.3 - Intersecção dos conjuntos 𝐴 e 𝐵

Ex.1:
𝐴 = {𝒎, 𝒏, 𝒐, 𝑒 }, 𝐵 = {𝒎, 𝑙, 𝒏, 𝑝, 𝑞, 𝒐 }

𝐴 ∩ 𝐵 = {𝒎, 𝒏, 𝒐}

Ex.2:
𝐴 = {1,2, 𝟑, 𝟒}, 𝐵 = {𝟑, 𝟒, 5,6,7}

𝐴 ∩ 𝐵 = {𝟑, 𝟒}.
2- União ∪
Conjunto de todos elementos.
Podemos desenhar a União:

𝐴 ∪ 𝐵 = {𝑥: 𝑥 ∈ 𝐴 ∨ 𝑥 ∈ 𝐵}

Fig.1.4. União dos conjuntos 𝐴 e 𝐵

13
Ex.1:
𝐴 = {𝑚, 𝑛, 𝑜, 𝑒 }, 𝐵 = {𝑚, 𝑙, 𝑛, 𝑝, 𝑞, 𝑜 }

𝐴 ∪ 𝐵 = {𝑚, 𝑛, 𝑙, 𝑜, 𝑒, 𝑝, 𝑞}

Ex.2:
𝐴 = {1,2,3,4}, 𝐵 = {3,4,5,6,7}

𝐴 ∪ 𝐵 = {1,2,3,4,5,6,7}.

3- Diferença \
Conjunto de elementos que pertencem somente diminuendo.
Podemos desenhar a diferença:
𝐴\𝐵 = {𝑥: 𝑥 ∈ 𝐴, 𝑥 ∉ 𝐵}

Fig.1.5. Diferença dos conjuntos A e B

Ex.1:
𝐴 = {𝒎, 𝒏, 𝒐, 𝑒 }, 𝐵 = {𝒎, 𝑙, 𝒏, 𝑝, 𝑞, 𝒐 }

𝐴 \ 𝐵 = {𝑒}
Ex.2:
𝐴 = {1,2, 𝟑, 𝟒}, 𝐵 = {𝟑, 𝟒, 5,6,7}

14
𝐴 \ 𝐵 = {1,2}.

4- Diferença simétrica ∆
A deferença simétrica dos conjuntos 𝐴 e 𝐵 chama-se o conjunto 𝐴 𝛥 𝐵 (
diferença ), que é considerado como a união das diferenças dos conjuntos 𝐴\𝐵 𝑒
𝐵\𝐴, isto é:
𝐴 𝛥 𝐵 = (𝐴\𝐵) 𝑈 (𝐵\𝐴)
Podemos desenhar a Diferença Simétrica:

Fig.1.6. Diferença Simétrica dos conjuntos 𝐴 e 𝐵

Ex.1:
𝐴 = {𝒎, 𝒏, 𝒐, 𝑒 }, 𝐵 = {𝒎, 𝑙, 𝒏, 𝑝, 𝑞, 𝒐 }

𝐴 \ 𝐵 = {𝑒} , 𝐵\ 𝐴 = {𝑙, 𝑝, 𝑞}

𝐴 𝛥 𝐵 = (𝐴\𝐵) 𝑈 (𝐵\𝐴)

𝐴 𝛥 𝐵 = {𝑒, 𝑙, 𝑝, 𝑞}.
Ex.2:
𝐴 = {1,2, 𝟑, 𝟒}, 𝐵 = {𝟑, 𝟒, 5,6,7}

𝐴 \ 𝐵 = {1,2} , 𝐵 \ 𝐴 = {5,6,7}

15

𝐴 𝛥 𝐵 = (𝐴\𝐵) 𝑈 (𝐵\𝐴)

𝐴 𝛥 𝐵 = {1,2,5,6,7}.
Nas operações sobre os conjuntos são válidas as seguintes propriedades:
1) Propriedade comutativa da união;
𝐴 ∪ 𝐵 = 𝐵 ∪ 𝐴

2) Propriedade comutativa da intersecção,

𝐴 ∩ 𝐵 = 𝐵 ∩ 𝐴

3) Propriedade associativa da união;

(𝐴 ∪ 𝐵) ∪ 𝐶 = 𝐴 ∪ (𝐵 ∪ 𝐶)

4) Propriedade associativa da intersecção;

(𝐴 ∩ 𝐵) ∩ 𝐶 = 𝐴 ∩ (𝐵 ∩ 𝐶)

5) Propiredade distribuitiva da intersecção em relação à união;

𝐴 ∩ (𝐵 ∪ 𝐶) = (𝐴 ∩ 𝐵) ∪ (𝐴 ∩ 𝐶)

6) Propriedade distribuitiva da união em relação à intersecção;

𝐴 ∪ (𝐵 ∩ 𝐶) = (𝐴 ∪ 𝐵) ∩ (𝐴 ∪ 𝐶)

7) Propriedades das operações – união e intersecção;

𝐴 ∪ (𝐴 ∩ 𝐵) = 𝐴;
𝐴 ∩ (𝐴 ∪ 𝐵) = 𝐴;
𝐴 ∪ 𝐴 = 𝐴;
𝐴 ∩ 𝐴 = 𝐴.
8) Propriedade do conjunto vazio;
𝐴 ∪ Ø = 𝐴; 𝐴 ∩ Ø = Ø.

16
II. CONJUNTOS NUMÉRICOS

2.1. Conceito de conjuntos numéricos

Considera-se conjunto numérico todo conjunto constituído por números.


Esses conjuntos, por sua vez, podem ser:

1- Conjunto dos números naturais (𝑁)

𝑁 = {1,2,3,4 … }

Primeiro elemento do conjunto dos números naturais é o número 1 e o


último elemento ou número é impossível determinar.
Neste conjunto são definidas duas operações fundamentais: adição e
multiplicação, que apresentam as seguintes propriedades:

a. Associativa da adição

(𝑎 + 𝑏) + 𝑐 = 𝑎 + (𝑏 + 𝑐) → para todos a , b, c ∈ 𝑁

b. Comutativa da adição

𝑎 + 𝑏 = 𝑏 + 𝑎 → para todos 𝑎, 𝑏 ∈ 𝑁

c. Elemento neutro da adição

𝑎 + 0 = 𝑎 → para todo 𝑎 ∈ 𝑁

d. Associativa da multiplicação

(𝑎𝑏)𝑐 = 𝑎 (𝑏𝑐) → para todos 𝑎, 𝑏, 𝑐 ∈ 𝑁

e. Comutativa da multiplicação

𝑎𝑏 = 𝑏𝑎 → para todos 𝑎, 𝑏 ∈ 𝑁

f. Elemento neutro da multiplicação

𝑎 ∙ 1 = 𝑎 → para todo 𝑎 ∈ 𝑁

g. Elemento obsorvente da multiplicação

17
𝑎 ∙ 0 = 0 → para todo 𝑎 ∈ 𝑁

h. Distribuitiva da multiplicação em relação à adição


𝑎(𝑏 + 𝑐) = 𝑎𝑏 + 𝑎𝑐 → para todos 𝑎, 𝑏, 𝑐 ∈ 𝑁
Veremos que os próximos conjuntos numéricos que serão apresentados são
ampliados de 𝑁, isto é, contem 𝑁 e apresentam uma adição e multiplicação com
as propriedades formais já apresentadas e outras mais, que constituem
justamente o motivo da ampliação.
Assim, dado um número natural 𝑎 ≠ 0, o simétrico de 𝑎 não existe em 𝑁,
isto é, a subtração não é uma operação em 𝑁. Venceremos esta dificuldade
introduzindo um novo conjunto numérico.

2- Conjunto dos números inteiros (𝑍)

Esq. 2.1. Tipos de números inteiros

Assim podemos escrever que: 𝑍 = {… − 4, − 3, −2, −1,0,1,2,3,4 … }


Logo, conjunto de números inteiros consideram-se todos números positivos
e negativos. Os números positivos 𝑍 + são chamados de naturais 𝑁.
No conjunto 𝑍, são definidas as operações de adição e multiplicação, como
em 𝑁, mas acrescentando a propriedade de simetria ou oposto para adição.
Para todo 𝑎 ∈ 𝑍 , existe −𝑎 ∈ 𝑍 , tal que : 𝑎 + (−𝑎) = 0 . Divido a esta
propriedade podemos definir em Z , a operação de subtração, estabelecendo a
relação: 𝑎 − 𝑏 = 𝑎 + (−𝑏), para todos, a, b ∈ 𝑍.
N ⊆𝑍 → Conjunto dos números naturais está incluso no conjunto de
números inteiros.
1
Em 𝑍 , o inverso não existe : ∄ 𝑍, por isso não podemos definir em 𝑍 a
𝑞

operaração de divisão, porque nem sempre é possivel, dar signifigado na


18
𝑝
expressão . Vamos superar essa dificuldade introduzindo um outro conjunto
𝑞

numérico.

3- Conjunto dos números racionais (𝑄)


Conjunto em que, todos os números podem ser representados por uma
fracção de dois números inteiros, isto é, a divisão é sempre possível.

𝑄+ → 𝑐𝑜𝑛𝑗𝑢𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑖𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑜𝑠


𝑄={
𝑄− → 𝑐𝑜𝑛𝑗𝑢𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑖𝑠 𝑛𝑒𝑔𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜𝑠

Esq. 2.2. Tipos de números racionais

𝑍⊆𝑄 → Conjunto dos números inteiros está incluso no conjunto de


números racionais.

4- Conjunto de números irracionais (𝐼)


Conjunto formado por números reais que não podem ser obtidos pela divisão
de dois números inteiros, ou seja, são números reais, mas não racionais.

5- Conjunto de números reais (𝑅)


Conjunto de todos números . Assim podemos escrever:
𝑁 ⊆ 𝑍 ⊆ 𝑄 ⊆ 𝑅; 𝐼 ⊆ 𝑅
ou ainda em forma de diagrama:

Fig.2.1. Representação dos conjuntos númericos num diagrama

19
III. NOÇÃO SOBRE NÚMEROS

3.1. Tipos de números

1- Números pares
São todos números divisíveis por dois e que resulta um número inteiro, isto é,
números que possuem a característica de um número inteiro.
Ex.1: {2,4,6,8 … }
2 ∙ 𝑛 onde 𝑛 ∈ 𝑁 → fórmula dos números pares (3.1)
2- Números ímpares
Ex.1: {1,3,5,7,9 … }
2 ∙ 𝑛 − 1 onde 𝑛 ∈ 𝑁 → fórmula dos números ímpares. (3.2)
3- Algarismos ou dígitos
São símbolos usados na representação de números Inteiros ou Reais.
Ex.1: {0,1,2,3,4,5,6,7,8,9 . . . }

4- Números com vários algarismos


Esses números podem ser:
Números com vários algarismos

𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑑𝑜𝑖𝑠 𝑎𝑙𝑔𝑎𝑟𝑖𝑠𝑚𝑜𝑠: 17; 32; 43; 76 …

𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑡𝑟ê𝑠 𝑎𝑙𝑔𝑎𝑟𝑖𝑠𝑚𝑜𝑠: 144; 256; 314 …

{ 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑞𝑢𝑎𝑡𝑟𝑜 𝑎𝑙𝑔𝑎𝑟𝑖𝑠𝑚𝑜𝑠: 1024; 6174. ..

Esq. 3.1. Tipos de números com vários algarismos

5- Números simples
Números naturais que possuem exactamente dois diferentes divisores
naturais: 1 e si mesmo.
Ex.1: {2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19. . . }

20
6- Números compostos
Números naturais maiores que 1 e divisíveis por si, por 1 e por outros
números.
Ex.1: {4, 6, 8, 9, 10, 12, 14, 15, 16, 18, 20, 21, 22, 24. . . }

7- Números opostos
Os números opostos também são denominados simétricos, isto é, números
que quando representados na recta numérica possuem a mesma distância da
origem.

-2 0 2 𝑅

Observe que a distância entre os números 2 e – 2 até a origem (zero) é


correspondente a uma unidade. A esse facto damos o nome de valor absoluto ou
módulo do número. Por exemplo, o módulo dos números 2 e – 2 é representado
da seguinte forma:
|2| = 2 ; |−2| = 2

Considerando que a distância entre 0 ↔ 2 e 0 ↔ – 2 são as mesmas e


que o módulo de – 2 é o mesmo que o de 2, dizemos que esses números são
opostos ou simétricos.

8- Números positivos
Todos os números que se encontram a direita de zero.

0 +∞

9- Números negativos
Números que se encontram a esquerda de zero.

-∞ 0

21
3.2. Critérios da divisibilidade dos números

1- Divisibilidade por: 1
Por 1 dividem todos números.
2- Divisibilidade por: 2
Por 2 dividem todos números pares.
3- Divisibilidade por: 3
Por 3 dividem todos os números em que a soma dos algarismos seja divisível
por 3.
Ex. 711 → 7 + 1 + 1 = 9 → é divisível por 3, logo 711 → é divisível por
3.
4- Divisibilidade por: 4
Por 4 dividem todos números em que:
₌₌ Os dois últimos algarismos 00,
₌₌ Números formados por dois últimos algarismos que são divisíveis por 4.
Ex. 312 → 12 é divisível por 4, logo 312 é divisível por 4
5- Divisibilidade por: 5
Por 5 divide números em que o último algarismo seja 0 ou 5.
6- Divisibilidade por: 9
Por 9 dividem todos números em que a soma dos algarismos seja divisível
por 9.
Ex. 774 → 7 + 7 + 4 = 18 → é divisível por 9, logo 774 é divisível por 9.
7- Divisibilidade por: 10
Por 10 todos números em que o último algarismo seja 0.
8- Divisibilidade por: 25
Por 25 dividem todos números em que:
₌₌ Dois últimos algarismos sejam 00,
₌₌ Números compostos de dois últimos algarismos que dividem por 25.

22
Todas provas de critérios da divisibilidade dos números, vocês podem ver no
livro “ No mundo dos números1 ”.

3.3. Decomposição dos números em factores simples

O teorema fundamental da aritmétrica, afirma que, todo número natural maior


que 1 pode ser apresentado por um produto de números simples ( primos ).

Ex.1:

12 2 12 = 2 × 2 × 3 × 1
6 2 produto dos factores primos ( simples )
3 3
1

3.3.1. Máximo divisor comum ( m.d.c )

O máximo divisor comum, significa que entre dois ou mais números inteiros é
o maior número inteiro que é o factor ( divisor ) de tais números.
Para determinarmos o m.d.c, por exemplo dos números 264 e 488, são
válidos os seguintes passos:
1- Decompor os números em factores ou em multiplicadores simples;

2- Escrever o produto dos factores obtidos na forma potencial;


246 = 2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ 3 ∙ 11 = 23 ∙ 3 ∙ 11

1
No mundo dos números, livro escrito por Herinelto Casimiro e Tran Quang Vuong.
23
488 = 2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ 61 = 23 ∙ 61
3- Pegar somente a potência com menor expoente entre os elementos
comuns;
4- Escrever o seu produto.
m.d.c (264 , 488) = 23 = 8

3.3.2. Mínimo múltiplo comum (m.m.c)

O mínimo múltiplo comum de dois números inteiros ou mais, considera-se o


menor número inteiro positivo não nulo que é mútiplo dos ambos números.
Para determinarmos o m.m.c, devemos:
1- Decompor os números em factores;

2- Escrever o produto dos factores obtidos na forma potencial;


264 = 2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ 3 ∙ 11 = 23 ∙ 3 ∙ 11
488 = 2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ 61 = 23 ∙ 61
3- Pegar a potência de maior expoente (elementos comuns) e os não comuns
com os expoentes que tiverem;

23 ∙ 3 ∙ 11 ∙ 61
4- Escrever os seus produtos.
m.m.c (264, 488) = 2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ 3 ∙ 11 ∙ 61 = 16104
Existe uma relação entre o m.d.c e m.m.c de dois ou mais números naturais
𝑎 e 𝑏. A relação em que, o valor do m.d.c multiplicando com o valor do m.m.c é
igual a multiplicação dos ambos números, isto é:

24
𝒎. 𝒅. 𝒄 (𝑎, 𝑏) × 𝒎. 𝒎. 𝒄 (𝑎, 𝑏) = 𝑎 × 𝑏

(𝒎. 𝒅. 𝒄 (264 𝑒 488) → 8) × (𝒎. 𝒎. 𝒄 (264 𝑒 488) → 16104) = 264 × 488
8 × 16104 = 264 × 488
128832 = 128832.
Existem ainda outros métodos para determinar o mdc e m.m.c. O m.d.c por
exemplo, pode ser determinado com ajuda do método Algoritmo de Euclides.
Método que consiste na determinação do resto zero, por intermédio de uma série
de divisões. Exemplo:
Suponhamos que 𝑎 = 264 e 𝑏 = 488, analisando que 𝑏 > 𝑎, então para
determinar o m.d.c, temos que ter em conta o seguinte:

a) O 𝑏 será divido por 𝑎, neste caso o importante é o resto:

≫ Se o resto for zero, na primeira operação, então o 𝑎 é mdc;

≫ Se o resto não for zero, então o processo continuará conforme as regras:

b÷ a ↔ 488 264
264 1
224

resto ≠ 0

continuaremos:
264 224
224 1
40

resto ≠ 0

continuaremos:

224 40
200 5
24

resto ≠ 0

25
continuaremos:
40 24
24 1
16

resto ≠ 0

continuaremos:
24 16
16 1
8

resto ≠ 0

continuaremos:
16 8
16 2
0

Logo o m.d.c ( 264 𝑒 488 ) = 8


Para determinarmos o m.m.c, com ajuda de um outro método, só temos que
multiplicar 264 com 488 e dividir com o valor de m.d.c dos mesmos, isto é:

𝒂×𝒃
𝒎. 𝒎. 𝒄 =
𝒎𝒅𝒄(𝒂;𝒃)


264 × 488
𝑚. 𝑚. 𝑐 = = 16104
8

Exercícios adicionais ( trabalho individual ):


Determine o m.d.c e o m.m.c dos seguintes números:
1) 1268 e 326
2) 225 e 15
3) 64 ; 256 e 96

26
IV. FRACÇÃO

4.1. Noção de uma fracção


𝑎
Fracção considera-se número escrito na forma ou 𝑎⁄𝑏 , ou ainda 𝑎⁄𝑏 ,
𝑏

onde: 𝑎 → numerador, 𝑏 → denominador.

4.2. Tipos de fracções

As fracções de modo geral, podem ser classificadas dea seguinte maneira,


conforme o esquema (4.1):

Esq. 4.1. Classificação das fracções

Segundo o esquema (4.1) acima escrito, temos as seguintes difinições sobre


os tipos de fracções classificadas:

1- Fracções próprias: fracções em que, o denominador é maior do que o


𝑎
numerador, isto é: → 𝑎 < 𝑏.
𝑏
3 1
Ex.1: ;
6 4

2- Fracções impróprias: fracções em que, o numerador é igual ou maior


𝑎
igual do que denominador, isto é: → 𝑎 ≥ 𝑏.
𝑏
10 5
Ex.1: ;
7 2

27
3- Fracções decimais finitas: são todas fracções correspondidas por números
decimais exactos. Números decimais são compostos por uma parte inteira (
números antes da vírgula ) e por uma parte decimal ( números após a vírgula ).
Por exemplo: o número 1,22 corresponde a fracção 122/100.
122/100 = 1,22 , onde 1 representa a parte inteira e 22 representa a parte
decimal, assim a fracção apresentada pode ser decomposta da seguinte forma:

122/100 = (100 + 22)/100 = 100/100 + 22/100 = 1 + 0,22 = 1,22.

4- Fracções decimais infinitas periódicas: são fracções cujo resultado da


divisão do numerador com o denominador é uma dízima periódica. Uma dízima
periódica é um número que quando escrito no sistema decimal apresenta uma
série infinita de algarismos decimais que, a partir de um certo algarismo, se
repetem em grupos de um ou mais algarismos, ordenados sempre na mesma
disposição e chamados de período.
Se o período aparecer imediatamente após a vírigula, chamam-se infinitas
periódicas simples. Se aparecer um ou mais algarismos entre a virgula e o
período, que não entram na composição do período, chamam-se infinitas
periodicas compostas.
Ex.1: 2/3=0,666…
Infinita periódica simples

Periodo → 6

Ex.2: 5/6= 0,8333 ...


Infinita periódica composta

Periodo → 3

5- Número misto: é número que possui uma parte inteira (número inteiro) e
𝒂
uma fracção própria, isto é, fracção da forma: 𝒅 .
𝒃

28
Para desfazermos um número misto só temos que multplicar o denominador
(𝑏) com a parte inteira (𝑑) e somar com o numerador (𝑎) , mantendo-se o
mesmo denominador.
3 (4×5)+3 23
Ex. 5
4
=
4
=
4
.
Para transformar uma fracção imprópria em um número misto, temos que:
1) Dividir o numerador com o denominador ,
2) O resultado (quociente) da divisão é a parte inteira ,
3) O resto da divisão é o novo numerador,
4) O denominador não mudará.
22
Ex.
7
22 7

21 3 Parte inteira (𝑞𝑢𝑜𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒)


1 Resto
1
Assim teremos: 3 .
7

4.3. Simplificação de fracções

Simplificar uma fracção, significa dividir o numerador e o denominador pelo


número que seja divisível com os mesmos, até encontramos uma fracção
inredutível ( fracção que não admite mais simplifições ).
𝑎÷𝑑
Ex.1: → a é divisível por 𝑑, assim como 𝑏 é divisível por 𝑑 .
𝑏÷𝑑
25
Ex.2: Simplifica a fracção
15
Resolução:
1) Localize um número divisível por 25 e 15
2) Realize facilmente a divisão.
25÷5 5
=
15÷5 3

4.4. Comparação de fracções

Para comparar fracções, temos que ter em conta as seguintes condições:

29
a) Se os denominadores forem iguais, a fracção maior será aquela que o
numerador for maior;
2 6 2 6
Ex.1: e logo: <
5 5 5 5

b) Se os numeradores forem iguais, a fracção maior será aquela que o


denominador for menor;
4 4 4 4
Ex.2: e logo: >
3 7 3 7

c) Se os numeradores e denominadores forem diferentes, para tal temos que


calcular o mínimo múltiplo comum (m.m.c) e teremos a condição 𝑎.
2 1
Ex.3: e ; m.m.c de 3 e 2 → 6, teremos as seguintes operações:
3 2

≫ 6 ÷ 3 = 𝟐; 6 ÷ 2 = 𝟑;

2 1 4 3 4 3
≫ e → e ; logo: 6
>6
3 2 6 6
×
(2) (3)

d) Se os numeradores e denominadores forem diferentes, a comparação pode


ser feita com ajuda de um certo número.
4 6
Ex.4: e , vamos comparar com ajuda do número 1.
3 7

Pelo que:
4 3 4
> → > 1;
3 3 3

6 6 6
< → < 1
7 6 7
Então:
4 6 4 6
> 1 > , logo >
3 7 3 7

5 6 1
Ex.5: e , com ajuda da fracção .
9 13 2

Pelo que:

30
5 5 5 1 5 1
> , sabendo que: = , então >
9 10 10 2 9 2

6 6 6 1 6 1
< , sabendo que: = , então <
13 12 12 2 13 2
Então:
5 1 6 5 6
> > , logo >
9 2 13 9 13

Exercícios adicionais ( trabalho individual )

Compare as seguintes fracções:


3 7 4 3 1 11
a) e ; e ; e .
4 4 7 7 8 8

1 1 4 4 10 10
b) e ; e ; e .
4 2 3 7 3 11

3 4 3 4 1 2 3
c) e → com ajuda de 1 ; e → com ajuda de ; e → com
4 3 5 9 2 7 8

1
ajuda de .
3

4.5. Operações com fracções comuns

As fracções comuns, em geral são desenvolvidas com as seguintes


operações:
1) Adição e subtração
Para subtrair ou somar uma fracção com a outra, temos que, em primeiro
lugar, verificar se ambas possuem mesmos denominadores, para simplesmente
realizar a operação. Se os denominadores forem diferentes, temos que determinar
o m.m.c e por fim efectuar a operação e simplificar caso seja possível.
8 5 2 1
Ex.1: calcule: − ; +
3 3 3 2

O primeira exercício, como os denominadores são iguais, teremos:


8−5 3
= =1
3 3

31
Na resolução do segundo exercício, será necessário determinar o m.m.c
( 3 𝑒 2 que é 6 ), teremos:
2 1 4+3 7
+ = = .
3 2 6 6

2) Multiplicação
Para multipar duas fracções é necessário por e simplesmente, multiplicar o
numerador com o numerador e denominador com o denominador e simplificar a
fracção caso seja possível.
𝑎 𝑐 𝑎×𝑐
× =
𝑏 𝑑 𝑏×𝑑
3 5
Ex.2: ×
4 2
3 5 3×5 15
× = =
4 2 4×2 8
3
Ex.3: × 4
8

3 3 × 4 12 12 ÷ 4 3 1
×4= = = = =1
8 8 8 8÷4 2 2

2
Ex.4: 1 × 3
5

2 7 7×3 21 1
1 ×3= ×3= = =4 .
5 5 5 5 5

3) Divisão
Como a divisão é uma operação inversa da multiplicação, implica dizer que:
para dividir uma fracção na outra, temos que transformar a divisão numa
multiplicação, mas mediante uma transformação na segunda fracção, isto é: o
numerador tornar-se-á o denominador e o denominador tornar-se-á numerador (o
inverso ).
𝑎 𝑐 𝑎 𝑑 𝑎×𝑑
÷ = × = .
𝑏 𝑑 𝑏 𝑐 𝑏×𝑐

3 5
Ex.5: ÷
4 2

32
3 5 3 2 6
÷ = × =
4 2 4 5 20

simplificando teremos o seguinte:


6÷2 3
= .
20÷2 10
1 1
Ex.6: ÷
4 8

1 1 1 8 8 8÷4 2
÷ = × = = = = 2.
4 8 4 1 4 4÷4 1

8
Ex.7: 20 ÷
7

8 7 20×7 140 140÷4 35 1


20 ÷ = 20 × = = = = = 17 .
7 8 8 8 8÷4 2 2

Existe uma série de exercícios em que podemos encontrar todas operacções


apresentadas e para resolver, só temos que aplicar todas técnicas já explicadas.

2 3 1 6
Ex.8: ( + ) × ( − 2 )
9 4 3 8

5 13 4 1 7 1 3
Ex.9: [(4 − 3 ) × + (3 − 2 ) × 1 ] × 2 .
12 24 7 13 12 11 5

33
V. POTÊNCIA

5.1. Noção de potência

Uma potência de expoente natural é o resultado da multiplicação de um dado


número por si mesmo um certo número de vezes, ou seja, é uma forma de
representar sucessivas multiplicações de um só factor, repetido um determinado
número de vezes. Assim, podemos representar uma Potência de um expoente
natural de seguinte forma:

𝐚𝐧 = 𝒂 × 𝒂 × 𝒂 × 𝒂 … onde: 𝑎 → base, 𝑛 → expoente

𝑛 – vezes

elevação do número « 𝒂 » no expoente « 𝒏 » .

5.2. Principais propriedades de potência


Seja 𝑎 base da potência em que 𝑎 ∈ 𝑅 e o seu expoente 𝑛 ∈ 𝑅, são válidas
as seguintes propriedades:
1) Toda potência de base 𝑎 positiva e com expoente 𝑛 par ou ímpar também
positivos, o resultado depois da operação será um número positivo;

22 = 4 ; 2 3 = 8

2) Toda potência de base 𝑎 negativa e com expoente 𝑛 par e positivo, o


resultado depois da operação será um número positivo;

(−2)2 = 4

3) Toda potência de base 𝑎 negativa e de expoente n ímpar, teremos um


número negativo;

(−2)3 = −8

4) Toda potência de base 𝑎 positiva ou negativa e com expoente 𝑛 zero, será


igual a 1;

34
a0 = 1 ; (−𝑎)0 = 1 → 300 = 1 ; 1000 0 = 1.

5) Divisão de duas potências de bases iguais e de expoentes diferentes,


mantem-se uma só base e subtrair-se os expoentes;
𝑎𝑛
= 𝑎𝑛−𝑚 → 37 /34 = 37−4 = 33 = 27.
𝑎𝑚

6) Multiplicação de duas potências de bases iguais, mantem-se uma só base e


soma-se os expoentes;
𝑎𝑛 × 𝑎𝑚 = 𝑎𝑛+𝑚 → 23 × 22 = 23+2 = 25 = 32.

7) Potência de expoente 𝑛, em caso da existência de um outro expoente m que


se encontra ao lado do expoente n, mas fora de parenteses da expressão
exponencial, multiplica-se ambos expoentes;
(𝑎𝑛 )𝑚 = 𝑎𝑛×𝑚 → (23 )2 = 23×2 = 26 = 64.

8) Toda potência de base 𝑎 e com expoente 𝑛 par ou ímpar negativos, neste


caso escreve-se o inverso de 𝑎 e o 𝑛 torna-se-á positivo;

−𝑛
1 −2
1 𝑎 −𝑛 𝑏 𝑛 2 −2 3 2
𝑎 = 𝑛 → 3 = 2 ; ( ) = ( ) → ( ) =( )
𝑎 3 𝑏 𝑎 3 2

9) Multiplicação de duas potências de bases 𝑎 e 𝑏 diferentes e expoentes 𝑛


iguais, multiplica-se as bases mantendo um só expoente;

𝑎𝑛 ∙ 𝑏 𝑛 = (𝑎 ∙ 𝑏)𝑛 → 23 ∙ 53 = (2 ∙ 5)3 = 103 .


𝑚
Nota: veremos na segunda edição do manual a propriedade √𝑎𝑛 , depois de
estudarmos os radicais detalhadamente.
Ex.1: Resolve a expressão:
1410 136 ×84
×
26 ×79 268

Para resolvermos esse tipo de exercício, temos os seguntes passos:


≫ Igualar as bases, isto é, decompor em factores ( as bases );

35
210 ×710 136 ×212
×
26 ×79 138 ×28

≫ Aplicar as propriedades.
210 ×710 136 ×212
× = 2(10−6) ∙ 7(10−9) ∙ 13(6−8) ∙ 2(12−8) =
26 ×79 138 ×28

28 .7 1792 102
= 24 ∙ 71 ∙ 13−2 ∙ 24 =2(4+4) ∙ 7 ∙ 13−2 = = = 10
132 169 169

Exercícios adicionais ( trabalho individual )


Resolve:
1 1
3+ 7−
37 ×56 63 ×29 9 2 8 3
a) × ; b) ÷ .
34 ×58 65 ×24 34 274

36
VI. EXPRESSÕES ALGÉBRICAS

6.1. Definição de expressões algébricas

Chama-se expressões algébricas todas as expressões constituídas por


números em que não incidem outras operações além de: adições, multiplicações,
divisões e extracções de raizes ( com um número finito de dados ).

Ex.1: 4 + (6 ÷ 2) × 3 ; 3(4 × 5) × (4 ÷ 2).

As expressões algébricas classificam-se em racionais e irracionais,


esquematicamente teremos:

Esq. 6.1. Classificação de expressões algébricas

Expressões algébricas racionais são todas aquelas expressões que não


indicam nenhuma extracção de raiz em que o radicando contenha variável.

Ex.2: (𝑥 − 2) × 2 ; 𝑥 2 + 𝑥 − 2

Expressões algébricas irracionais são todas as expressões que não são


racionais.
3 2𝑥+2
Ex.3: √𝑥 ;
√𝑥 2 +1

Expressões algébricas racionais inteiras são aquelas que não indicam


nenhuma divisão em que a variável figura no divisor.
Expressões algébricas racionais fraccionárias são todas expressões que não
forem inteiras, isto é, indicam uma divisão em que a variável figura no divisor.

37
2 3𝑥−2
Ex.4: ;
𝑥+4 𝑥2

6.2. Expressões com variáveis

Expressões com variáveis consideram-se todas aquelas expressões


constituídos por números, operações ( divisão, multiplicação, adição e subtração
), parênteses, potências e variáveis.
1
Ex.1: ; (3𝑥 − 2)/𝑥
𝑥+1

Todas expressões com variáveis possuem domínio de números admissíveis ou


conjunto de solução ou ainda domínio da expressão ( números que podemos
escrever no lugar das variáveis ).
Para determinar o domínio de uma expressão com variável, temos a seguinte
tabela (6.1) de apoio:

Tabela 6.1
Tabala de apoio para determinar o domínio de uma expressão com variável
Nomeclatura Desenho Descrição

(−∞ ; +∞)
Intervalo numérico -∞ +∞

Segmento ou interseção
- Intervalo fechado [ ] [𝐚 ; 𝐛]
a b

Intervalo
- Intervalo aberto ( ) (𝐚 ; 𝐛)
a b

Intervalo misto

( ]
- Semi-aberto à esquerda (𝐚 ; 𝐛]
a b
- Semi-aberto à direita [ ) [𝐚 ; 𝐛)
a b

38
Continuação da tabela 6.1
Intervalo que tende ao
infinito:

(
- Aberto tendendo ao +∞ (𝒂 ; +∞)
a
- Fechado tendendo ao +∞ [
[𝒂 ; +∞)
a
- Aberto tendendo ao −∞ )
(−∞ ; 𝒂)
a
- Fechado tendendo ao −∞ ]
(−∞ ; 𝒂]
a

1
Assim, o exercício: , para determinarmos os números que são
𝑥+1

admissíveis para a variável x, temos que diferenciar em primeiro lugar o


denominador a zero, assim teremos:
1
→ 𝑥 + 1 ≠ 0 ⇒ 𝑥 ≠ −1
𝑥+1

Assim, o domínio dos números admissiveis será : 𝐷 = (−∞; − 1) ∪


(−1; +∞) ou
𝐷𝑜𝑚𝑖𝑛𝑖𝑜 = {𝑥 ∈ 𝑅: 𝑥 ≠ −1}, isto é, a variável 𝑥 admite qualquer número real,
excepto −1.
Ex.2: Determine os números admissíveis da expressão: 𝑥 2
Resolução: 𝑥 ∈ 𝑅

𝑅
𝐷 = (−∞; +∞)

Pela representação apresentada acima, resume-se que, a variável 𝑥 admite


qualquer número real.

39
OBS: O domínio de uma expressão racional fraccionária é o conjunto de
números reais que não anulam nenhum dos denomoinadores.
A tabela acima apresentada, nos será útel mais a diante, quando trataremos de
inequações e inequações quadráticas.

6.2.1. Mоnómios, Binómios e Polinómios numa variável

6.2.1.1. Monómio

Definição:
Chama-se monómio, uma constante ou uma expressão racional, pelo qual
estão indicadas por multiplicação.
20
Ex.1: 𝑥 2 ; 4 ; 7𝑥
7

O grau de um monómio, considera-se o expoente da variável.


20
Ex.2: 𝑥 2 → monómio de grau 2
7

OBS: Quando o monómio for uma constante ( número ), o grau desse


monómio será igual a zero.
Ex.3: 4 → monómio de grau 0, pelo que: 4 = 4𝑥 0 .

6.2.1.2. Binómio

Definição:
Chama-se binómio, duas expressões inteiras não semelhantes em que estão
indicadas por adição ou subtração.
Ex.1: 4𝑥 + 8𝑥𝑦 ; 𝑥 − 4𝑦𝑧.

6.2.1.3. Polinómios

Como é do nosso conhecimento que, entre as expressões racionais inteiras


contam-se os polinómios, isso permite-nos apresentar a seguinte definição de
polinómios.
Definição:

40
No universo 𝑅 , considera-se polinómio na variável real 𝑥, toda expressão do
tipo:
𝑎0 𝑥 𝑛 + 𝑎1 𝑥 𝑛−1 + 𝑎2 𝑥 𝑛−2 + ⋯ 𝑎𝑛−1 𝑥 + 𝑎𝑛

Onde: 𝑎0 ; 𝑎1 ; 𝑎2… 𝑎𝑛−1 , 𝑎𝑛 → são considerados números Reais e 𝑛 →


designação dos elementos em 𝑁0 ( conjunto de números naturais incluindo o
zero ), assim:
𝑎0 𝑥 𝑛 ; 𝑎1 𝑥 𝑛−1 … 𝑎𝑛 ( monómios ), são chamados de termos do polinómios
e os números 𝑎0 ; 𝑎1 ; 𝑎2 … 𝑎𝑛 , são chamados de coificientes.
Ao termo 𝑎𝑛 , dá-se o nome de termo independente .
3
Ex.1: 4𝑥 5 + 2𝑥 4 + 6𝑥 3 − 𝑥 2 + 4 ; Polinómio que possui 5 termos, entre
2
3
os quais: 4 ; 2 ; 6 ; − → são os coeficientes e 4 → termo independente.
2

6.2.1.3.1. Domínio de um polinómio

Visto que as operações de adição, subtração e divisão são possíveis em 𝑅 e


todas estas operações são precisamente indicadas nos polinómios. Conclui-se
que o domínio de um polinómio é em 𝑅.

6.2.1.3.2. Grau de um polinómio

No caso em que o polinómio não se reduz, o grau do polinómio considera-se


maior dos graus dos seus termos ( monómios ) não nulos.
Ex.1: 8𝑥 4 + 2𝑥 + 3 → polinómio de grau 4.

6.2.1.3.3. Polinómios ordenados

Dado polinómio: 𝑥 2 + 2 + 4𝑥 3 + 𝑥 ; temos como termos: 𝑥 2 → cujo grau 2;


2 → cujo grau 0 ; 4𝑥 3 → cujo grau 3 ; 𝑥 → cujo grau 1.
Podemos deste modo organizar ou ordenar segundo as potências crescentes
de 𝑥, assim teremos:

41
4𝑥 3 + 𝑥 2 + 𝑥 + 2

Logo, diz-se que o polinómio está ordenado segundo as potências crescentes


de variável 𝑥.
O polinómio acima representado tem como grau 3. E como todos os termos
de grau inferior ao terceiro não são nulos, o polinómio diz-se completo.

6.2.1.3.4. Operações com polinómio

1) Adição
Ex.1: Consideremos dados polinómios:

𝑥 4 + 2𝑥 + 3
𝑥2 + 4 − 𝑥

Considerando que o primeiro polinómio seja igual 𝑓(𝑥) e o segundo


polinómio 𝑔(𝑥), teremos: 𝑓(𝑥) = 𝑥 4 + 2𝑥 + 3 e 𝑔(𝑥) = 𝑥 2 + 4 − 𝑥
Para calcular a soma 𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥), temos que em primeiro lugar ordenar os
termos dos polinómios, por formas que fiquem em coluna de termos semelhantes
ordenados. Assim, teremos:

𝑓(𝑥) = 𝑥 4 + 2𝑥 + 3
𝑔(𝑥) = 𝑥 2 − 𝑥 + 4

𝑓(𝑥)
+ } = 𝑥4 + 𝑥2 + 𝑥 + 7
𝑔(𝑥)

Na adição dos polinómios são válidas as seguintes propriedades:


a) 𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥) = 𝑔(𝑥) + 𝑓(𝑥) ⇒ propriedade comutativa;
b) (𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥)) + ℎ(𝑥) = 𝑓(𝑥) + (𝑔(𝑥) + ℎ(𝑥)) ⇒ propriedade
associativa;
c) 𝑓(𝑥) + 0 = 𝑓(𝑥) ⇒ propriedade do elemento neutro da adição.

2) Subtração

42
Considera-se diferença de dois polinómios 𝑓(𝑥) e 𝑔(𝑥), que representa-se
por 𝑓(𝑥) – 𝑔(𝑥), o polinómio que se obtém somando o polinómio 𝑓(𝑥) com
o simétrico de 𝑔(𝑥), isto é:

𝑓(𝑥) – 𝑔(𝑥) = 𝑓(𝑥) + (−𝑔(𝑥))

Ex.2: 𝑓(𝑥) = 4𝑥 2 − 𝑥 + 2 e g(𝑥) = 3𝑥 2 + 4𝑥


Pelo que: −𝑔(𝑥) = −3𝑥 2 − 4𝑥
𝑓(𝑥) − 𝑔(𝑥) = 4𝑥 2 − 𝑥 + 2 + (−3𝑥 2 − 4𝑥) = 4𝑥 2 − x + 2 − 3𝑥 2 − 4𝑥
= 𝑥 2 − 5x + 2

3) Multiplicação
Para multiplicar dois polinómios é necessário:
a) Multiplicar cada monómio do primeiro polinómio com cada monómio do
segundo polinómio;
b) Agrupar os termos semelhantes e simplificar os termos simétricos.

Ex.3: (𝑥 − 2) × (𝑥 − 3) = 𝒙𝟐 − 3𝑥 − 2𝑥 + 𝟔 = 𝑥 2 − 5𝑥 + 6

4) Divisão
Dividir um polinómio 𝑓(𝑥) por um outro 𝑔(𝑥) , significa encontrar os
polinómios 𝑚(𝑥) → quociente e 𝑟(𝑥) → o resto, que satisfazem as seguintes
exigências ( condições ):
a) 𝑔(𝑥) × 𝑚(𝑥) + 𝑟(𝑥) = 𝑓(𝑥);
b) O expoente do polinómio 𝑟(𝑥) é menor que o expoente do polinómio
𝑔(𝑥).

Ex.4: Divide os seguintes polinómios:

(16𝑥 3 + 8𝑥 2 − 5𝑥 + 2) ÷ (4𝑥 2 − 𝑥 + 2);

Orientações metodológica:

43
≫ Dividir o monómio 16𝑥 2 por primeiro monómio do divisor;
16𝑥 3
= 4𝑥
4𝑥 2

≫ Multiplicar a expressão obtida com o divisor;


4𝑥 × (4𝑥 2 − 𝑥 + 2) = 16𝑥 3 − 4𝑥 2 + 8𝑥

≫ Meter o resultado da multiplicação por baixo do dividendo em


correspondência com os expoentes;
≫ O sinal menos (−) multiplicará com o polinónomio 16𝑥 3 − 4𝑥 2 + 8𝑥;

−(16𝑥 3 − 4𝑥 2 + 8𝑥)= −16𝑥 3 + 4𝑥 2 − 8𝑥

≫ Realize facilmente as operações de adição e subtração e assim


sucessivamente até encontrarmos uma expressão 𝑟(𝑥) de expoente menor que
𝑔(𝑥).
≫ Verificar o resultado, isto e multiplicando o valor do quociente com o
valor do divisor e somar com o resto e tem que ser igual ao valor do dividendo.

A divisão pode ser feito da seguinte forma:

16𝑥 3 + 8𝑥 2 − 5𝑥 + 2 4𝑥 2 − 𝑥 + 2
-(16𝑥 3 − 4𝑥 2 + 8𝑥) 4𝑥 + 3
12𝑥 2 − 13𝑥 + 2
-(12𝑥 2 − 3𝑥 + 6)
−10𝑥 − 4

Verificando o resultado:

((4𝑥 2 − 𝑥 + 2) ∗ (4𝑥 + 3)) + (−10𝑥 − 4) = 16𝑥 3 + 8𝑥 2 − 5𝑥 + 2

Existe uma outra maneira para verificar o resultado obtido na divisão de dois
polinómios, só temos que meter qualquer número no lugar da variável 𝑥, o valor
do membro esquerdo e direito devem ser iguais.

44
Na prática pegaremos: 𝑥 = 0 ou 𝑥 = 1
Quando 𝑥 = 0, obteremos:
Membro esquerdo

((4𝑥 2 − 𝑥 + 2) ∗ (4𝑥 + 3)) + (−10𝑥 − 4)

((4. 02 − 0 + 2) ∗ (4.0 + 3)) + (−10.0 − 4)

2∗3−4=2

Membro direito

16𝑥 3 + 8𝑥 2 − 5𝑥 + 2 → 16. 03 + 8. 02 − 5.0 + 2 = 2

Quando 𝑥 = 1, obteremos:
Membro esquerdo

((4𝑥 2 − 𝑥 + 2) ∙ (4𝑥 + 3)) + (−10𝑥 − 4)

((4. 12 − 1 + 2) ∙ (4.1 + 3)) + (−10.1 − 4)

5 ∙ 7 − 14 = 35 − 14 = 21.

Membro direito

16𝑥 3 + 8𝑥 2 − 5𝑥 + 2 → 16. 13 + 8. 12 − 5.1 + 2 = 16 + 8 − 5 + 2 = 21.

Analisando que o valor do membro direito igual a membro esquerdo,


podemos concluir que a divisão foi bem realizada.
4) Factorização de um polinómio
45
Sabendo que um polinómio é uma soma de monómios não semelhantes, mas
num dado polinómio pode-se encontrar o chamado factor comum.
Chama-se factor comum dum polinómio ao número divisível por todos os
números que constituem o polinómio e que no qual podem ou não possuir a
mesma parte literal (variável).
Ex.1: 6𝑎𝑥 − 3𝑎2 𝑥 2 + 9𝑎3 𝑥 = 𝟑𝒂𝒙 (2 − 𝑎𝑥 + 3𝑎2 )

Factor comum

5) Fórmulas de simplificação da multiplicação de expressões

a) Diferença de quadrados
𝑥 2 − 𝑎2 = (𝑥 − 𝑎)(𝑥 + 𝑎)

b) Quadrado perfeito da soma


O quadrado perfeito da soma é quadrado do primeiro termo, mais o dobro do
produto do primeiro pelo segundo, mais quadrado do segundo termo.

(𝑥 + 𝑎)2 = 𝑥 2 + 2𝑎𝑥 + 𝑎2
c) Soma de cubos
(𝑥 3 + 𝑎3 ) = (𝑥 + 𝑎)(𝑥 2 − 𝑎𝑥 + 𝑎2 )
d) Cubo perfeito da soma

(𝑥 + 𝑎)3 = 𝑥 3 + 3𝑥 2 𝑎 + 3𝑥𝑎2 + 𝑎3

e) Cubo perfeito da diferença

(𝑥 − 𝑎)3 = 𝑥 3 − 3𝑥 2 𝑎 + 3𝑥𝑎2 − 𝑎3

f) Diferença de cubos

(𝑥 3 − 𝑎3 ) = (𝑥 − 𝑎)(𝑥 2 + 𝑎𝑥 + 𝑎2 )

g) Quadrado de 3 membros

(𝑥 + 𝑦 + 𝑎)2 = 𝑥 2 + 𝑦 2 + 𝑎2 + 2𝑥𝑦 + 2𝑎𝑥 + 2𝑎𝑦

h) Quadrado perfeito da diferença

46
(𝑥 − 𝑎)2 = 𝑥 2 − 2𝑎𝑥 + 𝑎2

Exercícios de aplicação:

1) (𝑥 + 3)2 − 16 = (𝑥 + 3)2 − 42 = (𝑥 + 3 − 4)(𝑥 + 3 + 4) =


= (𝑥 − 1)(𝑥 + 7)

Diferença de quadrado

2) 4𝑥 3 − 4𝑦 3 = 4(𝑥 3 − 𝑦 3 ) = 4(𝑥 − 𝑦)(𝑥 2 + 𝑥𝑦 + 𝑦 2 )

Diferença de cubos

3) 6𝑥 2 + 24𝑥𝑦 + 24𝑦 2 = 6(𝑥 2 + 4𝑥𝑦 + 4𝑦 2 ) = 6(𝑥 + 2𝑦)2

Quadrado perfeito da soma

6.3. Expressões racionais

6.3.1. Definições
𝑎
Chama-se fracção algébrica toda 𝑎 expressão da forma , em que 𝑎 e 𝑏 são
𝑏

considerados termos da fracção, no qual 𝑎 → numerador e 𝑏 → denominador.


𝑥+2 𝑥+4 2
Ex.1: ; ;
(𝑥+1)2 (𝑥+3)(𝑥+1) 𝑥+1

Toda fracção, em que o numerador e o denominador são polinómios, como


nos exemplos acima, toma o nome de fracção racional (denominador não nulo).

6.3.2. Domínio de expressões racionais fraccionárias

No domínio em 𝑅, a divisão só é possível se o divisor for diferente de zero.


Assim, o domínio de uma expressão racional fraccionária é um conjunto de
números que não anulam nenhum dos denominadores. E com ajuda da tabela
(5.1), apresentada nas expressões com variáveis, permite-nos determinar o
domínio de uma determinada expressão racional fraccionária dada.

47
Ex.2: Determine o domínio da fracção raccional:
1 2
+
𝑥+3 𝑥+1

Para determinarmos o domínio dessa fracção, temos que:


≫ Diferenciar os numeradores a zero, caso tiverem variáveis;
𝑥 + 3 ≠ 0 ⇒ 𝑥 ≠ −3 ; 𝑥 + 1 ≠ 0 ⇒ 𝑥 ≠ −1 ; assim o domínio será:
Domínio = { 𝑥 ∈ 𝑅: 𝑥 ≠ −3 ; 𝑥 ≠ −1} ou D = (−∞ , −3) ∪ (−3, −1) ∪
(−1 , + ∞).

6.4. Simplifição de fracções algébricas


𝑥+2
Dada expressão fraccionária algébrica, , para simplificar é
𝑥 2 +3𝑥+2

necessário:

1) Decompor em factores o numerador e o denominador, caso seja possível;


𝑥+2
(𝑥+2)(𝑥+1)

2) Simplificar os termos semelhantes.


𝑥+2 1
(𝑥+2)(𝑥+1)
=
𝑥+1

Exercícios adicionais ( trabalho individual )

Simplifique as expressões:
𝑥+1
a) ;
𝑥 2 +𝑥

𝑥 3 +𝑥 2 +𝑥
b)
𝑥

6.4.1. Operações com fracções algébricas racionais

1) Adição e subtração
Para efectuar uma adição ou uma subtração de duas fracções racionais, é
necessário:

48
a) Diferenciar os denominadores a zero, caso tenham variáveis;

b) Determinar o denominador comum;

c) Reduzir o numerador,isso é, agrupando os termos semelhantes e

efectuando a subtração ou adição;

d) Decompor a fracção e simplificá-la, caso for possível.


𝑥 4
Ex.1: + ;
𝑥+2 𝑥 2 +3𝑥+2

𝑥 + 2 ≠ 0 ⇒ 𝑥 ≠ −2
𝑥+2≠0 𝑥 ≠ −2
𝑥 2 + 3𝑥 + 2 ≠ 0⇔(𝑥 + 2)(𝑥 + 1) ≠ 0 ⇨ { ⇔{
𝑥+1 ≠ 0 𝑥 ≠ −1

𝑥 4 𝑥(𝑥+1)+4 𝑥 2 +𝑥+4
+ = =
𝑥+2 (𝑥+2)(𝑥+1) (𝑥+2)(𝑥+1) (𝑥+2)(𝑥+1)

(𝑥 + 1) (1)

2) Multiplicação
Para multiplicar duas fracções algébricas, temos que ter em conta o seguinte:
a) Numerador é o produto dos numeradores;

b) Denominador é o produto dos denominadores;

c) Diferenciar o denominador a zero, caso tenha variável;

d) Simplificar a fracção, caso seja possível.

𝑥 𝑥 2 −1 𝑥 (𝑥−1)(𝑥+1) 𝑥−1
Ex.2: × 𝑥 2 +2𝑥 = 𝑥+1 × = 𝑥+2
𝑥+1 𝑥(𝑥+2)

3) Divisão
Como a divisão é a operação inversa da multiplicação,isso quer dizer que,
perante uma divisão de duas expressões algébricas temos que aplicar essa
inversabilidade, cujo segundo termo escreveremos o seu recíproco. Deste modo
,teremos o seguinte:

49
4𝑥 𝑥2
Ex.3: ÷
𝑥+2 𝑥 3 +8

Resolução:
Transformando a divisão em multiplicação, teremos:
4𝑥 𝑥2 4𝑥 𝑥 3 +8 4𝑥 𝑥 3 +23
÷ = × = × =
𝑥+2 𝑥 3 +8 𝑥+2 𝑥2 𝑥+2 𝑥.𝑥

4𝑥 (𝑥+2)(𝑥 2 −2𝑥+4) 𝟒 (𝑥 2 −2𝑥+4) 4𝑥 2 −8𝑥+16 16


= 𝑥+2 × 𝑥.𝑥
= 𝒙
= 𝒙
= 4𝑥 − 8 + 𝑥
.

50
VII. FUNÇÃO

7.1. Conceito de função

Função considera-se a dependência da variável 𝑦 na variável 𝑥, mediante a


qual, para cada elemento da variável 𝑥 corresponde a um único elemento da
variável 𝑦.
Uma função representa-se da seguinte maneira: 𝑓(𝑥) → 𝑦 ou ainda 𝑓(𝑥) =
𝑦, lê-se função 𝑓 de 𝑥.
Para resolver uma função, temos que ter em conta o seguinte:

1) 𝐷(𝑥): domínio da função (constituído por elementos da variável x);

2) 𝐸(𝑥): conjunto imagem (constituído por todos elementos da variável y);

3) 𝑥: variável independente;

4) 𝑦: variável dependente;

5) (X0Y): eixos;

6) 𝑓(𝑥0 ): valor da função no ponto 𝑥0 .

7.2. Formas de definição de uma função

Formas de definição de uma função

Analítica: 𝑐𝑜𝑚 𝑎𝑗𝑢𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑓ó𝑟𝑚𝑢𝑙𝑎

Tabular: 𝑐𝑜𝑚 𝑎𝑗𝑢𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎

{ Gráfica: com ajuda de um gráfico

Esq. 7.1. Formas de definição de uma determinada função em 𝑅

Ex.1: Resolve:
𝑦 = 2𝑥 + 1

51
Para resolver teremos de ter em conta o seguinte:
1) Construir uma tabela de valores;
2) Atribuir quaisquer elementos na variável 𝑥 ( dois, três elementos ou mais)
e substitui-los na fórmula, por formas a determinar os valores da variável 𝑦;
3) Construir o gráfico.
Resolvendo, teremos a seguinte tabela e gráfico:

𝑥 −2 −1 0 1 2
𝑦 = 𝑓(𝑥) −3 −1 1 3 5

𝑥 = −2 → 𝑓(−2) = 2. (−2) + 1 = −3;

𝑥 = −1 → 𝑓(−1) = 2(−1) + 1 = −1;

𝑥=0 → 𝑓(0) = 2 ∙ 0 + 1 = 1;

𝑥=1 → 𝑓(1) = 2 ∙ 1 + 1 = 3

𝑥=2 → 𝑓(2) = 2 ∙ 2 + 1 = 5

Gráf. 7.1. Representação gráfica da função 𝑦 = 2𝑥 + 1

52
7.3. Monotonia das funções

Quanto a monotonia, as funções podem ser:


1- Função crescente
Consideramos a 𝑓(𝑥) = 2𝑥 + 1, pelo que : 𝑥 ∈ 𝑅 . Pela representação
gráfica ( 𝑔𝑟𝑎𝑓. 1 ), vimos que é visível uma recta. Para melhor análise da
monotonia da função pegaremos os pontos: A(𝑥1 ; 𝑦1 ) e B(𝑥2 ; 𝑦2 ) → 𝐴(−2; −3)
e 𝐵(1; 3),

𝑥 = −2 𝑦 = −3
{ 1 e { 1
𝑥2 = 1 𝑦2 = 3

Comparando dadas coordenadas: 𝑥1 < 𝒙𝟐 e 𝑦1 < 𝒚𝟐 , vê-se que, o maior


valor da abcissa (eixo horizontal) corresponde o maior valor da ordenada (eixo
vertical), isto é, os valores de x aumentam e os valores de y também aumentam.
Definição: uma função chama-se crescente no intervalo numérico de 𝑥, se o
maior valor da abcissa corresponde precisamente o maior valor da ordenada.

2- Função decrescente
Dada função : 𝑓(𝑥) = −2𝑥 + 1, apresentando graficamente:

𝑥 −2 −1 0 1 2
𝑦 = 𝑓(𝑥) 5 3 1 −1 −3

𝑥 = −2 → 𝑓(−2) = −2 ∙ (−2) + 1 = 5;

𝑥 = −1 → 𝑓(−1) = −2(−1) + 1 = 3;

𝑥=0 → 𝑓(0) = −2 ∙ 0 + 1 = 1;

𝑥=1 → 𝑓(1) = −2 ∙ 1 + 1 = −1

𝑥=2 → 𝑓(2) = −2 ∙ 2 + 1 = −3

53
Gráf.7.2. Representação gráfica da função 𝑦 = −2𝑥 + 1

A(𝑥1 ; 𝑦1 ) e B(𝑥2 ; 𝑦2 ) → 𝐴(−2; 5) e 𝐵(1; −1),

𝑥 = −2 𝑦 = 5
{ 1 e { 1
𝑥2 = 1 𝑦2 = −1

Veremos que: 𝑥1 < 𝒙𝟐 𝑒 𝒚𝟏 > 𝑦2 , em que, o maior valor da abcissa (eixo


horizontal) corresponde o menor valor da ordenada (eixo vertical ), isto é,
valores de 𝑥 aumentam e os valores de 𝑦 diminuem.

Definição: uma função chama-se decrescente, aquela que decresce no


intervalo numérico de 𝒙, se o maior valor da abcissa corresponde precisamente
o menor valor da ordenada.

7.4. Raiz de uma função


Considera-se raiz de uma função a intercepção do gráfico de uma função na
recta 0𝑋. Em outras palavras mais simples, a raiz de uma funções qualquer,
aparece nas condições, quando o valor da variável dependente 𝑦 for igual a zero,
pois no momento em que a recta intersecta o eixo 0𝑋, 𝑦 = 0.

54
Gráf. 7.3. Demonstração gráfica das raízes da função 𝑦 = 𝑥 3 + 2𝑥 2 − 5𝑥 − 6

7.5. Intervalo do sinal de uma função

Intervalo do sinal de uma função, considera-se os intervalos onde a função


conserva o seu sinal.
Por exemplo a função:
𝑦 = 𝑥 3 + 2𝑥 2 − 5𝑥 − 6

Conforme o 𝑔𝑟𝑎𝑓. 7.3, podemos notar que uma parte do gráfico encontra-se
abaixo do eixo 0𝑋, então a função conserva sinal menos ( − ) nos intervalos:

𝑥 ∈ (−∞; −3) ∪ (−1; 2)


Conforme o 𝑔𝑟𝑎𝑓. 7.3, podemos notar ainda que uma parte do gráfico
encontra-se acima do eixo 0𝑋, então a função conserva sinal mais ( + ) nos
intervalos:

𝑥 ∈ (−3; −1) ∪ (2; +∞)

Nos pontos 𝐴(−3; 0), 𝐵(−1; 0), 𝐶(2; 0), gráfico interseta o eixo 0𝑋. Então
podemos concluir que: 𝑥 = {−3, −1,2} , são as raízes da equação:

55
𝑥 3 + 2𝑥 2 − 5𝑥 − 6 = 0

Graficamente teremos:

Gráf. 7. 4. Representação gráfica dos sinais da função 𝑦 = 𝑥 3 + 2𝑥 2 − 5𝑥 − 6

7.6. Funções pares e ímpares

Definição: Chamam-se Funções pares todas funções em que cumpri-se a


seguinte condição:

𝑓(−𝑥) = 𝑓(𝑥) (7.1)

O gráfico da função par é simétrico na recta 0𝑌.


Exemplo. Dada função, 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 , verificaremos a condição acima
apresentada, 𝑓(𝑥) = 𝑦 = 𝑥 2 , substituindo na condição 3 obteremos:

𝑓(− 𝑥)2 = (−𝑥)2 = 𝑥 2 = 𝑓(𝑥)

Vimos que, a condição da função par e aceitável, então dada função


considera-se par. Agora veremos o seu gráfico:

𝑥 −2 −1 0 1 2
𝑦 = 𝑓(𝑥) 4 1 0 1 4

56
𝑥 = −2 → 𝑓(−2) = (−2)2 = 4;

𝑥 = −1 → 𝑓(−1) = (−1)2 = 1;

𝑥 = 0 → 𝑓(0) = (0)2 = 0.

𝑥 = 1 → 𝑓(1) = (1)2 = 1;

𝑥 = 2 → 𝑓(2) = (2)2 = 4;

Gráf. 7.5. Representação gráfica da função 𝑦 = 𝑥 2

Definição: Consideram-se funções ímpares todas funções em que cumpri-se


a condição:

𝑓(−𝑥) = −𝑓(𝑥) (7.2)

O grafico da função ímpar é relativamente simétrico no começo das


coordenadas (0,0).
Exemplo: Dada função, 𝑓(𝑥)3 , verficando a condição, teremos:

𝑓(−𝑥) = (−𝑥)3 = −𝑥 3 = −𝑓(𝑥),

a condição é aceitável e teremos o seguinte gráfico:

57
𝑥 −1 −2 0 1 2
𝑦 −8 −1 0 1 8

𝑥 = −2 → 𝑓(−2) = (−2)3 = −8;


𝑥 = −1 → 𝑓(−1) = (−1)3 = −1;
𝑥=0 → 𝑓(0) = (0)3 = 0;
𝑥=1 → 𝑓(1) = (1)3 = 1;
𝑥=2 → 𝑓(2) = (2)3 = 8.

Gráf. 7.6. Representação gráfica da função 𝑦 = 𝑥 3

7.7. Funções numéricas

Consideram-se Funções numéricas, todas as funções em que são aplicadas as


seguintes condições:
𝐷(𝑓) ⊂ 𝑅 e 𝐸(𝑓) ⊂ 𝑅

Assim, as funções numéricas podem ser:


1- Função linear
Função dada pela fórmula:
58
𝑎1 𝑥 + 𝑎2 𝑦 + 𝑎3 = 0 (7.3)

Onde: 𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 ∈ 𝑅

Com ajuda da fórmula acima escrita, obteremos:

𝑎2 𝑦 = −𝑎1 𝑥 − 𝑎3

Sabendo que 𝑎2 ≠ 0 , as duas partes serão dividas por 𝑎2 , obteremos:


𝑎1 𝑎3
𝑦 = − 𝑥−
𝑎2 𝑎2

Vamos designar:
𝑎1
𝑎= −
𝑎2
{ 𝑎3 , (7.4)
𝑏= −
𝑎2

Então obteremos equação da recta na forma canónica:

𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏 (7.5)

Onde 𝑥 e 𝑦 consideram-se variáveis, 𝑎 e 𝑏 números reais, em que 𝑎


coeficiente do ângulo.
Gráfico será uma recta e para construção necessita-se de dois importantes
pontos:
≫ Primeiro ponto 𝐴(𝑥0 ; 0) → ponto de intersecção do gráfico no eixo 0𝑋.
Analisando que 𝐴(𝑥0 ; 0) ∈ gráfico 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏, então:

0 = 𝑎 ∙ 𝑥0 + 𝑏 → 𝑥0 = −𝑏/𝑎

≫ Segundo ponto 𝐵(0; 𝑦0 ) → ponto de intersecção do gráfico no eixo 0𝑌.


Analisando que 𝐵(0; 𝑦0 ) ∈ o gráfico 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏, então:

𝑦0 = 𝑎 ∙ 0 + 𝑏 → 𝑦0 = 𝑏

Conclusão:

59
𝑏
𝐴(𝑥0 ; 0) 𝐴 (− ; 0)
{ = { 𝑎
𝐵(0; 𝑦0 ) 𝐵(0; 𝑏)

Ex.1: 2𝑥 + 3𝑦 + 6 = 0

Essa determinada equação encontra-se na forma geral, agora vamos


transformá-la na forma canónica:
2𝑥 + 3𝑦 + 6 = 0

3𝑦 = −2𝑥 – 6

2
𝑦 = − 𝑥−2
3

Com ajuda desses dois pontos traça-se a recta.


2
O primeiro ponto 𝐴 ( 𝑥0 , 0 ) ∈ y = − 𝑥 − 2 → ponto de intersecção do
3

gráfico no eixo 0𝑋:


2
0 = − 𝑥0 − 2
3

𝑥0 = −3

2
O segundo ponto 𝐵(0,𝑦0 ) ∈ y = − 𝑥 − 2 → ponto de intersecção do gráfico
3

no 0𝑌.

2
𝑦0 = ∙0−2
3

𝑦0 = −2

Gráfico da determinada função passa nos dois pontos 𝐴(−3; 0) e 𝐵(0; −2),
logo teremos a seguinte tabela e representação gráfica:

𝑥 −3 0
𝑦 0 −2

60
2
Gráf. 7.7. Representação gráfica da função y = − 𝑥 − 2
3

Notamos que a direcção do gráfico da função depende do coeficiente do


ângulo 𝑎:
a) Se 𝑎 > 0, gráfico da função terá uma direcção positiva no eixo 0𝑋 (função
crescente) formando um ângulo menor de 90 graus (agudo).
Ex.2: 2𝑥 − 𝑦 + 1 = 0
Essa determinada equacação encontra-se na forma geral, agora vamos
transformá-la na forma canónica:
2𝑥 − 𝑦 + 1 = 0

−𝑦 = −2𝑥 − 1

𝑦 = 2𝑥 + 1

𝑥 −1⁄2 0
𝑦 0 1

Primeiro ponto 𝐴(𝑥0 , 0):


0 = 2 ∙ 𝑥0 + 1

61
𝑥0 = −1/2

Segundo ponto 𝐵(0, 𝑦0 ):


𝑦0 = 2 ∙ 0 + 1

𝑦0 = 1

b) Se 𝑎 < 0, gráfico da função terá uma direcção positiva no eixo O 𝑥 (


função descrecente), formando um ângulo obtuso, maior de 90 graus.

Ex.3: 2𝑥 + 𝑦 − 1 = 0
Esta determinada equação encontra-se na forma geral, agora vamos
trnsformá-la na forma canónica:

2𝑥 + 𝑦 − 1 = 0

𝑦 = −2𝑥 + 1

𝑥 1/2 0

𝑦 0 1

Primeiro ponto 𝐴(𝑥0 , 0):


0 = −2 ∙ 𝑥0 + 1
𝑥0 = 1/2
Segundo ponto 𝐵(0, 𝑦0 ):
𝑦0 = −2 ∙ 0 + 1
𝑦0 = 1.

A recta da determinada função 𝑦 = −2𝑥 + 1 passa nos dois pontos principais


- 𝐴(1/2; 0) 𝑒 𝐵(0; 1) e a recta da função 𝑦 = 2𝑥 + 1 passa nos dois pontos
principais - 𝐴(−1/2; 0) 𝑒 𝐵(0; 1) , logo teremos as seguintes representações
gráficas:

62
Gráf. 7.8. Representação gráfica da função 𝑦 = 2𝑥 + 1 linear crescente com
𝑎=2

Gráf. 7. 9. Representação gráfica da função 𝑦= −2𝑥 + 1 linear descrescente com


𝑎 = −2

Casos especiais:

Analisaremos mais uma vez equação da recta na forma geral:

𝑎1 𝑥 + 𝑎2 𝑦 + 𝑎3 = 0

63
São possíveis 3 casos especiais:
𝑎3
1) Quando 𝑎3 = 0 ; a partir da expressão (7.4) que possui 𝑏 = − , daí
𝑎2

obteremos 𝑏 = 0, então a função (7.5) terá a seguinte forma:


𝑦 = 𝑎𝑥
Gráfico será uma recta e para construção necessita-se de dois importantes
pontos:

≫ Quando 𝑥 = 0 , 𝑦 = 𝑎 ∙ 0 = 0, a recta da função sempre passa no ponto

(0,0);

≫ Quando 𝑥 = 1 , 𝑦 = 𝑎 ∙ 1 = 𝑎, a recta da função sempre passa no ponto

(1, 𝑎).

Ex.4: −3𝑥 + 2𝑦 = 0
Segundo a comparação da determinada funcão do exemplo acima com a
equação canónica da recta:
𝑎1 𝑥 + 𝑎2 𝑦 + 𝑎3 = 0

Notaremos que: 𝑎1 = −3 , 𝑎2 = 2 , 𝑎3 = 0 , a partir da expressão (7.4),


obteremos:

𝑎1 −3 3
𝑎= − = − =
𝑎2 2 2
𝑎3 0
𝑏= − = − =0
{ 𝑎2 2

Então a equacão (7.5) terá a forma:


3
𝑦= x (*)
2

Na prática podemos fazer de seguinte maneira:

– 3𝑥 + 2𝑦 = 0

2𝑦 = 3𝑥

64
3
𝑦= x
2

𝑥 0 1
𝑦 0 3⁄2

3
Gráf. 7.10. Representação gráfica da função y = x
2

2) Quando 𝑎2 = 0 ; a partir da equação (7.3), obteremos:


𝑎1 𝑥 + 𝑎3 = 0

𝑎1 𝑥 = −𝑎3

𝑎3
𝑥=−
𝑎1

Ex.5: 2𝑥 − 5 = 0
2𝑥 − 5 = 0

2𝑥 = 5

5
𝑥=
2

65
5
Gráf. 7.11. Representação gráfica da função x =
2

3) Quando 𝑎1 = 0 ; a partir da equação (7.3), obteremos:

𝑎2 𝑦 + 𝑎3 = 0

𝑎2 𝑦 = −𝑎3

𝑎3
𝑦=−
𝑎2

Ex.6: 2𝑦 − 5 = 0

2𝑦 − 5 = 0

2𝑦 = 5
5
𝑦= .
2

66
5
Gráf. 7.12. Representação gráfica da função y =
2

2- Função quadrática
Funcão quadrática na forma canónica, possui a forma:

𝑦 = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐

Para melhor compreensão e interpretação por parte dos leitores, vamos


analisar muito detalhadamente os três principais e essencias casos que
frequentemente aparecem nos estudos das funções quadráticas. Deste modo,
temos:

≫ Primeiro caso, quando 𝑏 = 𝑐 = 0, função quadrática apresenta-se na


forma simples:

𝑦 = 𝑎𝑥 2 (7.6)

Notamos que função (7.6) é par, porque:

𝑦(−𝑥) = 𝑎(−𝑥)2 = 𝑎𝑥 2 = 𝑦(𝑥).

Quando 𝑎 > 0, gráfico será do tipo:

67
Parábola

Vértice da parábola

Quando 𝑎 < 0, gráfico será do tipo:

Vértice da parábola

Parábola

Vimos que gráfico da função sempre passa no ponto inicial (0; 0) e


relativamente simétrico ao eixo 0𝑌.
Para a contrução do gráfico da função 𝑦 = 𝑎𝑥 2 são necessários no mínimo 5
pontos simétricos:
(−2; −1; 0; 1; 2)
3
Ex.1: 𝑦 = 𝑥 2
2

𝑥 −2 −1 0 1 2
𝑦 6 3⁄2 0 3⁄2 6

68
3
Gráf. 7.13. Representação gráfica da função 𝑦 = 𝑥 2
2

≫ Segundo caso, quando b = 0, função quadrática apresenta-se na forma


simples:

𝑦 = 𝑎𝑥 2 + 𝑐
𝑦 − 𝑐 = 𝑎𝑥 2

Substituindo:
𝑋= x
{
𝑌= 𝑦− 𝑐
Obteremos:

𝑌 = 𝑎 ∙ 𝑋2 (7.7)
Quando:

𝑋=0 0= x
{ → { ↔ {𝑥 = 0
𝑌=0 0= 𝑦− 𝑐 𝑦=𝑐

O gráfico da função (7.7), constrói-se igualmente como o gráfico da função


(7.6) e relativamente simétrico ao eixo 0𝑌. A diferença entre ambos é que o
gráfico da função (7.6) possui vértice no ponto (0;0), e gráfico da função (7.7)
possui vértice no ponto 𝐴(0; 𝑐 ).

69
Agora mostraremos no gráfico a movimentação (transferência) paralela dos
eixos:

𝑂(0; 0) → 𝐴(0; 𝑐)

Gráf. 7.14. Demonstração da movimentação paralela dos eixos

Para a contrução do gráfico da função 𝑦 = 𝑎𝑥 2 + 𝑐 são necessários no


mínimo 5 pontos simétricos relativamente ao ponto 𝟎:

(−2; −1; 𝟎; 1; 2)

Ex.2: 𝑦 = 2𝑥 2 − 3
𝑦 = 2𝑥 2 − 3

𝑦 + 3 = 2𝑥 2

Substituindo:

𝑋= 𝑥
{
𝑌 = 𝑦+3

Obteremos:
𝑌 = 2 ∙ 𝑋2
70
Quando:

𝑋=0 0= x
{ → { ↔ {𝑥 = 0
𝑌=0 0= 𝑦+3 𝑦 = −3

Para a contrução do gráfico da função 𝑦 = 2𝑥 2 − 3 são necessários no


mínimo 5 pontos simétricos relativamente ao ponto 0:

(−2; −1; 𝟎; 1; 2)

x -2 -1 0 1 2
y 5 -1 -3 -1 5

𝑦 = 2𝑥 2 − 3

𝑥 = −2 → 𝑓(−2) = 2(−2)2 − 3 = 5;
𝑥 = −1 → 𝑓(−1) = 2(−1)2 − 3 = −1;
𝑥=0 → 𝑓(0) = 2(0)2 − 3 = −3;
𝑥=1 → 𝑓(1) = 2(1)2 − 3 = −1;
𝑥=2 → 𝑓(2) = 2(2)2 − 3 = 5.

Gráf. 7.15. Representação gráfica da função 𝑦 = 2𝑥 2 − 3


71
Na prática faz-se de uma forma mais simples e simplificada:
Ex.3: 𝑦 = 2𝑥 2 − 3
Determinar as coordenadas do vértice 𝐴(0; 𝑐) → 𝐴(0; −3)
Para a contrução do gráfico da função 𝑦 = 2𝑥 2 − 3, são necessários no
mínimo 5 pontos simétricos relativamente ao ponto 0:

(−2; −1; 𝟎; 1; 2)

𝑥 −2 −1 𝟎 1 2
𝑦 5 −1 −3 −1 5

O gráfico constrói-se igualmente como construímos acima.

≫ Terceiro caso, analisaremos a função quadrática completa:

𝑦 = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 (7.8)

onde: 𝑎, 𝑏, 𝑐 consideram-se constante em 𝑅, pelo que 𝑎 ≠ 0.


Para construir gráfico da função (7.8), utilizaremos a forma canónica da
própria função (7.8), de seguinte modo:

𝑦 = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐
𝑏 𝑏2 𝑏2
𝑦 = 𝑎(𝑥 2 + 2 𝑥+ 2
)− +c
2𝑎 4𝑎 4𝑎
𝑏 𝑏2
𝑦 = 𝑎(𝑥 + )2+𝑐−
2𝑎 4𝑎

𝑏 4𝑎𝑐− 𝑏2
𝑦 = 𝑎(x + )2+
2𝑎 4𝑎

4𝑎𝑐− 𝑏2 𝑏
𝑦− = 𝑎(𝑥 + )2
4𝑎 2𝑎

Substituindo:
𝑏
𝑋= 𝑥+
2𝑎
{ 4𝑎𝑐− 𝑏2
𝑌= 𝑦−
4𝑎

72
Obteremos:
𝑌 = 𝑎 ∙ 𝑋2 (7.9)
Quando:
𝑏 𝑏
𝑋=0 0= 𝑥+ 𝑥=−
2𝑎 2𝑎
{ → { 4𝑎𝑐− 𝑏2
↔ {
𝑌=0 0= 𝑦− 4𝑎𝑐− 𝑏2
4𝑎 𝑦=
4𝑎

Gráfico da função (7.9), constrói-se igualmente como o gráfico da função


(7.6). A diferença entre ambos é que o gráfico da função (7.6) possui vértice no
ponto (0,0) e relativamennte simétrico ao eixo 0𝑌, e gráfico da função (7.8)
𝑏 4𝑎𝑐− 𝑏2
possui vértice no ponto 𝐴 (− ; ) e relativamennte simétrico a recta 𝑥 =
2𝑎 4𝑎
𝑏
− .
2𝑎

Agora mostraremos no gráfico a movimentação (transferência) paralela dos


eixos:

𝑏 4𝑎𝑐− 𝑏2
𝑂(0; 0) → 𝐴 (− ; )
2𝑎 4𝑎

Gráf. 7.16. Demonstração da movimentação paralela dos eixos


73
Para construir gráfico da determinada função 𝑦 = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 ,
construiremos da função 𝑌 = 𝑎 ∙ 𝑋 2 , com o começo da coordenada no ponto
𝑏 4𝑎𝑐− 𝑏2
𝐴 (− ; ). O gráfico dessa função é relativamente simétrico a recta 𝑥 =
2𝑎 4𝑎
𝑏
− . O gráfico será construído com ajuda de 5 pontos simétricos relativamente
2𝑎
𝑏
a recta − .
2𝑎

𝑏 𝑏 𝒃 𝑏 𝑏
(− 2𝑎 − 2; − 2𝑎 − 1; − 𝟐𝒂 ; − 2𝑎 + 1; − 2𝑎 + 2).

Ex.4: 𝑦 = 𝑥 2 − 2𝑥 − 3
𝑦 = 𝑥 2 − 2𝑥 − 3

𝑦 = (𝑥 2 − 2𝑥 + 1) − 4

𝑦 = (𝑥 − 1)2 − 4

𝑦 + 4 = (𝑥 − 1)2

Substituindo:
𝑋 = 𝑥−1
{
𝑌 = 𝑦+4
Obteremos:

𝑌 = 𝑋2
Quando:

𝑋=0 0= x−1
{ → {
𝑌=0 0= 𝑦+4

{𝑥=1
𝑦 = −4

74
Para construir o gráfico da determinada função 𝑦 = 𝑥 2 − 2𝑥 − 3 ,
construiremos da função 𝑌 = 𝑋 2 , com o começo da coordenada no ponto
𝐴(1, −4). O gráfico dessa função é relativamente simétrico a recta 𝑥 = 1. O
gráfico será construído com ajuda de 5 pontos simetricos relativamente
simétricos a 1:

(1 − 2; 1 − 1; 𝟏; 1 + 1; 1 + 2) ↔ (−1; 0; 𝟏; 2; 3)

x -1 0 1 2 3
y 0 -3 -4 -3 0

Gráf. 7.17. Representação gráfica da função 𝑦 = 𝑥 2 − 2𝑥 − 3

2 2
Ex.5: 𝑦 = − 𝑥 2 − 𝑥 + 4
3 3

2 2
𝑦 = − 𝑥2 − 𝑥 + 4
3 3
2 1 1 25
𝑦 = − (𝑥 2 + 2 ∙ 𝑥 + ) +
3 2 4 6

75
2 1 25
𝑦 = − (𝑥 + ) 2 +
3 2 6

25 2 1
𝑦 − = − (𝑥 + ) 2
6 3 2

Substituindo:
1
𝑋= 𝑥+
2
{
25
𝑌= 𝑦 −
6

Obteremos:

2
Y = − 𝑋2
3

Quando:

1
0=𝑥+
𝑋=0 2
{ → {
𝑌=0 25
0= 𝑦 −
6

1
𝑥= −
2
25
𝑦=
{ 6

2 2
Para construir gráfico da determinada função 𝑦 = − 𝑥 2 − 𝑥 + 4 ,
3 3

construiremos gráfico da função 𝑌 = 𝑋 2 , com o começo da coordenada no


1 25
ponto 𝐴 (− ; ). O gráfico dessa função é relativamente simétrico a recta 𝑥 =
2 6
1
− . O gráfico será construído com ajuda de 5 pontos simétricos relativamente
2
𝟏
simétricos a recta − :
𝟐

76
1 1 𝟏 1 1 5 3 𝟏 1 3
(− -2;− -1;− ;− +1;− +2) ↔ (− ; − ; − ; ; )
2 2 𝟐 2 2 2 2 𝟐 2 2

𝑥 −5⁄2 −3⁄2 −1⁄2 1/2 3/2


𝑦 3/2 7/2 25⁄6 7/2 3/2

2 2
Gráf. 7.18. Representação gráfica da função 𝑦 = − 𝑥 2 − 𝑥 + 4
3 3

Na prática podemos analisar a função quadrática completa, de seguinte


maneira:
Ex.6: 𝑦 = 𝑥 2 − 2𝑥 − 3
𝑏 4𝑎𝑐− 𝑏2
≫ Utilizaremos a fórmula 𝐴 (− ; ), para encontramos as
2𝑎 4𝑎
coordenadas do vértice:

−2 4 ∙ 1 ∙ (−3) − (−2)2
𝐴 (− ; )
2∙1 4∙1

𝐴(1; −4 )
𝑏
≫ Escolher o conjunto de 5 pontos relativemente simétricos a recta −
2𝑎
−2
=− = 𝟏;
2∙1

77
≫ Utilizaremos a fórmula:

𝑏 𝑏 𝒃 𝑏 𝑏
(− − 2; − − 1; − ;− + 1; − + 2)
2𝑎 2𝑎 𝟐𝒂 2𝑎 2𝑎

(1 − 2; 1 − 1; 𝟏 ; 1 + 1; 1 + 2)

(−1; 0; 𝟏; 2; 3)

Agora é só construir a tabela e o gráfico, como fizemos acima!

O gráfico da função quadrática depende do coeficiente 𝑎 e como se não


bastasse, a função quadrática apresenta algumas especialidades, tabela (7.1):

Tabela 7.1
Especialidades da função quadrática

Coeficiente e direcção Especialidades nas


raizes

Direcção dos ∆> 0 → 𝑥1 ≠ 𝑥2 ∆= 0 → 𝑥1 = 𝑥2 ∆< 0 → ∄ 𝑥,


Coeficiente
ramos da a função tem duas a função tem uma só a função não tem raízes
a pode ser:
parábola raízes raiz

Os ramos da
𝒂>0 parábola
estarão
direccionados
para cima

Os ramos da
𝒂<0 parábola
estarão
direccionados
para baixo

78
3- Funções inversamente proporcionais
𝑘
𝑦= +𝑏 (7.10)
𝑥−𝑎

Em casos simples quando 𝑎 = 𝑏 = 0 , obteremos a função inversamente


proporcional dada pela forma:

𝑘
𝑦= (7.11)
𝑥

Onde: 𝑥 , 𝑦 consideram-se variáveis e 𝑘 coeficiente da inversabilidade da


variável 𝑥 da proporcionalidade, em que:

𝐷(𝑓) = (−∞; 0) ∪ (0; +∞), isso é: 𝑓(𝑥) = (−∞; 0) ∪ (0; +∞)

O gráfico dessas funções não podem intersectar o eixo das coordenadas 𝑥 e 𝑦,


isso é, o gráfico será uma hipérbole, para construção, necessita-se de 10 pontos
simétricos:
1 1 1 1
(−3; −2; −1; − ; − ; ; ; 1; 2; 3).
2 4 4 2

Tudo isso porque, a hipérbole é constituída por duas parábolas e cada


parábola para estabilidade da construção nessecita de 5 pontos, como afirmamos
anteriormente.

O gráfico depende precisamente do coeficiente angular 𝑘:


a) Se 𝑘 > 0 , os ramos das hipérboles inclinam-se no I e no III quadrantes
ou coordenadas dos ângulos.
b) Se 𝑘 < 0, os ramos das hipérboles inclinam-se no II e IV quadrantes ou
coordenadas dos ângulos.
1
Ex.1: dada função 𝑦 = , onde 𝑘 = 1 > 0, resolvendo teremos:
𝑥

𝑥 −3 −2 −1 −1⁄2 −1⁄4 1/4 1/2 1 2 3


𝑦 −1⁄3 −1⁄2 −1 −2 −4 4 2 1 1/2 1/3

79
I

III

Gráf. 7.19. Representação gráfica 𝑦 = 2/𝑥 inversamente proporcional

1
Ex.2: dada função: 𝑦 = − , onde 𝑘 = −1 < 0, assim teremos:
𝑥

𝑥 −3 −2 −1 −1⁄2 −1⁄4 1/4 1/2 1 2 3


𝑦 1/3 1/2 1 2 4 −4 −2 −1 −1⁄2 −1⁄3

II

IV

Gráf. 7.20. Representação gráfica 𝑦 = −1/𝑥

Conforme os gráficos (7.19) e (7.20), as linhas indicam os pontos simétricos.


𝑘
E agora mostraremos a forma geral em 𝑓(𝑥) = , é considerado uma função
𝑥 2𝑛+1

ímpar:

80
𝑘 𝑘
𝑓(−𝑥) = =− = − 𝑓(𝑥)
(−𝑥)2𝑛+1 𝑥 2𝑛+1

𝑘
Em casos concretos quando 𝑛 = 0 obteremos 𝑓(𝑥) = , que ja foi analisada
𝑥

anteriomente.
Analisaremos a função inversamente proporcional na forma geral:

𝑘
𝑦= +𝑏
𝑥+𝑎

𝑘
𝑦−𝑏 =
𝑥+𝑎

Substituindo:

𝑋 = x+a
{
𝑌= 𝑦− 𝑏

Obteremos:

𝑘
𝑌 =
𝑋

Quando:
𝑋=0 0= x+a
{ → { ↔ { 𝑥 = −𝑎
𝑌=0 0= 𝑦− 𝑏 𝑦= 𝑏

O gráfico da função (7.10), constrói-se igualmente como o gráfico da função


(7.11). A diferença entre ambos, é que o gráfico da função (7.11) possui ponto
simétrico (0; 0) e gráfico da função (7.10) possui ponto simétrico 𝐴(−𝑎; 𝑏 ).
Agora mostraremos no gráfico a movimentação (transferência) dos eixos:
𝑂(0; 0) → 𝐴(−𝑎; 𝑏 )
Para construir o gráfico da função (7.10) são necessários 10 pontos
simétricos relativamente ao ponto – 𝑎.

81
1 1 1 1
(−𝑎 − 3; −𝑎 − 2; −𝑎 − 1; −𝑎 − ; −𝑎 − ; −𝑎 + ; −𝑎 + ; −𝑎 + 1; −𝑎 +
2 4 4 2
+2; −𝑎 + 3)

Gráf. 7.21. Demonstração da movimentação dos eixos

1 3
Ex.3: 𝑦 = +
𝑥−2 2
3 1
𝑦− =
2 𝑥−2

Substituindo:
𝑋 = x−2
{ 3
𝑌= 𝑦−
2
Obteremos:
1
Y=
𝑋

Quando:

𝑋=0 0= x−2 𝑥=2


{ → { 0= 𝑦− 3 ↔{ 3
𝑌=0 2 𝑦=
2

82
Agora mostraremos no gráfico a movimentação (transferência) dos eixos:
3
𝑂(0; 0) → 𝐴 (𝟐; )
2
Na prática só há necessidade de encontrar a movimentação dos eixos.

3
𝐴(−𝑎; 𝑏) → 𝐴(𝟐; )
2

1 1 1 1
(𝟐 − 3; 𝟐 − 2; 𝟐 − 1; 𝟐 − ; 𝟐 − ; 𝟐 + ; 𝟐 + ; 𝟐 + 1; 𝟐 + 2; 𝟐 + 3)
2 4 4 2
3 7 9 5
(−1; 0; 1; ; ; ; ; 3; 4; 5)
2 4 4 4

𝑥 −1 0 1 3/2 7/4 9/4 5/2 3 4 5


𝑦 7/6 1 1/2 −1⁄2 −5⁄2 11⁄2 7/2 5/2 2 11⁄6

1 3
Gráf. 7.22. Representação gráfica 𝑦 = +
𝑥−2 2

A função inversamente proporcional é considerada par, se for apresentada na


forma:
𝑘
𝑓(𝑥) =
𝑥 2𝑛
𝑘 𝑘
𝑓(−𝑥) = = = 𝑓(𝑥)
(−𝑥)2𝑛 𝑥 2𝑛

83
𝑘
Quando 𝑛 = 1, teremos uma função do tipo 𝑦= , onde: 𝑥 , 𝑦
𝑥2

consideram-se variáveis e 𝑘 coeficiente da inversabilidade da variável 𝑥 da


proporcionalidade, em que:
𝐷(𝑓) = (−∞; 0) ∪ (0; +∞)
O gráico dessas funções não podem intersectar o eixo das coordenadas 𝑥 e 𝑦,
isso é, o gráfico será uma hipérbole, para constração, necessita-se de 10 pontos
simétricos:
1 1 1 1
(−3; −2, −1; − ; − ; ; ; 1; 2; 3)
4 2 4 2
Tudo isso porque, a hipérbole é constituída por duas parábolas e cada
parábola para estabilidade da construção são necessários 5 pontos.
O gráfico depende precisamente do coeficiente angular 𝑘:
a) Se 𝑘 > 0 , os ramos das hipérboles inclinam-se no I e no II quadrantes
ou coordenadas dos ângulos.
1
Ex.4: dada função y = , em que 𝑘 = 1 > 0, resolvendo teremos:
𝑥2

𝑥 −3 −2 −1 −1⁄2 −1⁄4 1/4 1/2 1 2 3


𝑦 1/9 1/4 1 4 16 16 4 1 1/2 1/3

Gráf. 7.23. Representação gráfica 𝑦 = 1/𝑥 2


84
b) Se 𝑘 < 0 , os ramos das hipérboles inclinam-se no III e no IV quadrantes
ou coordenadas dos ângulos.
1
Ex.5: dada função 𝑦 = − , em que 𝑘 = 1 > 0, resolvendo teremos:
𝑥2

x −3 −2 −1 −1⁄2 −1⁄4 1/4 1/2 1 2 3


y −1⁄9 −1⁄4 −1 −4 −16 −16 −4 −1 −1⁄2 −1⁄3

Gráf. 7.24. Representação gráfica 𝑦 = −1/𝑥 2

OBS: Nas funções inversamente proporcionais quanto menor for o


coeficiente k, mais próximas estarão as hipérboles do eixos das coordenadas.

7.8. Funções com módulo

As funções com módulo apresentam-se de seguinte forma:

𝑦 = |𝑓(𝑥)| + 𝑔(𝑥)

Primeiramente analisaremos os casos mais simples de funções lineares com


módulo:

𝑦 = |𝑎𝑥 + 𝑏| + 𝑐 (7.12)

Onde 𝑎, 𝑏, 𝑐 ∈ 𝑅.

85
1) Quando 𝑐 = 0 , função linear com módulo apresenta-se da seguinte
maneira:
𝑦 = |𝑎𝑥 + 𝑏| (7.13)
Para construir o gráfico da função linear com módulo, é necessário:
a) Escrever a função sem o módulo;

𝑦 = |𝑎𝑥 + 𝑏| → 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏
b) Aplicar os métodos de construição do gráfico de uma função linear, isto é,
o gráfico será uma recta e para tal serão necessários 2 pontos importantes.
Recordemos que estes pontos são pontos de intersecção do gráfico da recta
com os eixos 0𝑋 e 0𝑌.
c) O gráfico dessa função sempre se encontra em cima do eixo 0𝑋, porque
y ≥ 0. E para construir o gráfico da função com módulo, pegaremos a parte do
gráfico da função sem módulo que se encontra abaixo do eixo 0𝑋 , no seu
simétrico relativamente ao eixo 0𝑋.
≫ Determinar as coordenadas do ponto de passagem;

𝑦=0

0 = 𝑎𝑥 + 𝑏

𝑏
𝑥=−
𝑎

𝑏
𝐴 = (− ; 0) → coordenadas do ponto de passagem
𝑎
≫ Adicionar mais um ponto na variável independente, que se encontra mais
abaixo do gráfico relativamente ao eixo 0𝑋, esse ponto consideremos de ponto
𝐵;
≫ Agora localizaremos o ponto 𝐵1 , que é simétrico ao ponto 𝐵 e
relativamente ao eixo 0𝑋;
≫ Unir o ponto de passagem 𝐴 com o ponto 𝐵1 .

86
Conclusão: a parte da recta que se encontra acima do eixo 0𝑋 é o que se
considera gráfico da função linear com módulo.
Ex.1: 𝑦 = |𝑥 + 1|
𝑦 = |𝑥 + 1| → 𝑦 = 𝑥 + 1

Determinar as coordenadas do ponto de passagem;


𝑦=0

0=𝑥+1

𝑥 = −1

𝐴 = (−1; 0) → coordenadas do 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑔𝑒𝑚

𝑥 0 −1 −2
𝑦 1 0 −1

𝑩𝟏

Gráf. 7.25. Representação gráfica da função 𝑦 = |𝑥 + 1| e a demonstração da


sua construção

Na prática função linear com módulo, pode ser apresentada de seguinte


forma:
𝑦 = −|𝑎𝑥 + 𝑏| (7.14)

87
A construção do gráfico da função (6.14) é a mesma como a construição da
função (6.13), a diferença é que o gráfico da função (6.13) encontra-se acima do
eixo 0𝑋 e gráfico da função (6.14) encontra-se abaixo do eixo 0𝑋 e simétricos
relativamente ao eixo 0𝑋.
Ex.2: 𝑦 = −|𝑥 + 1|

𝑩𝟏

Gráf. 7.26. Representação gráfica da função 𝑦 = −|𝑥 + 1| e a demonstração da


sua construção

2) Quando 𝑐 ≠ 0, mostraremos como construir o gráfico dessa função.

Com forma geral:

𝑦 = |𝑎𝑥 + 𝑏| + 𝑐
𝑦 − 𝑐 = |𝑎𝑥 + 𝑏|
Substituindo:
𝑋= 𝑥
{
𝑌= 𝑦 − 𝑐
Obteremos:

𝑌 = |𝑎𝑋 + 𝑏|
Quando:

88
𝑋=0 0=𝑥
{ → {
𝑌=0 0=𝑦 − 𝑐

𝑥= 0
{ 𝑦= 𝑐

Gráf. 7.27. Movimentação dos eixos O(0,0) → 𝐴(0; 𝑐).

Para construir o gráfico da função linear com módulo na forma geral, é


necessário:
a) Escrever a função sem o módulo;

𝑦 = |𝑎𝑥 + 𝑏| + 𝑐 → 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏 + 𝑐
b) Aplicar os métodos de construção do gráfico de uma função linear, isto é,
o gráfico será uma recta e para tal serão necessários 2 pontos importantes.
Recordemos, que estes pontos são pontos de intersecção do gráfico da recta
com os eixos 0𝑋 e 0𝑌.
c) O gráfico dessa função sempre se encontra em cima da recta 𝑦 = 𝑐, porque
y ≥ c. E para construir o gráfico da função com módulo, pegaremos a parte do
gráfico da função sem módulo que se encontra abaixo da recta 𝑦 = 𝑐, no seu
simétrico relativamente ao recta 𝑦 = 𝑐.

89
≫ Determinar as coordenadas do ponto de passagem;
𝑦=𝑐
𝑐 = 𝑎𝑥 + 𝑏 + 𝑐
0 = 𝑎𝑥 + 𝑏
𝑏
𝑥=−
𝑎
𝑏
𝐴 = (− ; 0) → coordenadas do 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑔𝑒𝑚
𝑎
≫ Adicionar mais um ponto na variável independente, que se encontra mais
abaixo do gráfico relativamente a recta 𝑦 = 𝑐, esse ponto consideremos de ponto
𝐵;
≫ Agora localizaremos o ponto 𝐵1 , que é simétrico ao ponto 𝐵 e
relativamente a recta 𝑦 = 𝑐;
≫ Unir o ponto de passagem 𝐴 com o ponto 𝐵1 .
Conclusão: a parte que se encontra acima da recta 𝑦 = 𝑐 é o que se
considera gráfico da função linear com módulo.

Ex.3: 𝑦 = |𝑥 + 1| + 2
𝑦 − 2 = |𝑥 + 1|
Substituindo:
𝑋= 𝑥
{
𝑌= 𝑦 − 2
Obteremos:

𝒀 = |𝑿 + 1|
Quando:

𝑋=0 0=𝑥
{ → {
𝑌=0 0=𝑦 − 2

90
𝑥= 0
{ 𝑦= 2

Movimentação dos eixos O(0,0) → 𝐴(0; 2).


a) Escrever a função sem o módulo;

𝑦 = |𝑥 + 1| + 2 → 𝑦 = 𝑥 + 1 + 2

𝑦 =𝑥+3

b) Aplicar os métodos de construção do gráfico de uma função linear, isto é,


o gráfico será uma recta e para tal serão necessários 2 pontos importantes.

𝑥 0 −3
𝑦 3 0

c) Determinar as coordenadas do ponto de passagem;


𝑦=𝑐

𝑦=2

2=𝑥+1+2

0=𝑥+1

𝑥 = −1

𝐴 = (−1; 2) → coordenadas do 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑔𝑒𝑚

≫ Adicionar mais um ponto na variável independente, que se encontra mais


abaixo do gráfico relativamente a recta 𝑦 = 2, esse ponto consideremos de ponto
→ 𝐵(−2,1) ∈ 𝑦 = 𝑥 + 3;

91
≫ Agora localizaremos o ponto 𝐵1 (-2,3), que é simétrico ao ponto 𝐵(−2,1)
e relativamente a recta 𝑦 = 2;
≫ Unir o ponto de passagem 𝐴 = (−1; 2) com o ponto 𝐵1 (−2; 3).
Conclusão: a parte que se encontra acima da recta 𝑦 = 2 , é o que se
considera gráfico da função linear com módulo.

Gráf. 7.28. Representação gráfica da função 𝑦 = |𝑥 + 1| + 2

As funções lineares com módulo podem ser ainda apresentadas de seguinte


forma:

𝑦 = −|𝑎𝑥 + 𝑏| + c

Construiremos o gráfico da função 𝑦 = −|𝑎𝑥 + 𝑏| + c, do mesmo jeito como


se construiu gráfico da função 𝑦 = |𝑎𝑥 + 𝑏| + c, a diferença é que, com a função
𝑦 = |𝑎𝑥 + 𝑏| + c pegaremos a parte do gráfico mais abaixo da recta 𝑦 = 𝑐 no
seu simétrico relativamente a própria recta e com a função 𝑦 = −|𝑎𝑥 + 𝑏| + c
pegaremos a parte do gráfico acima da recta 𝑦 = 𝑐 no seu simétrico
relativamente a própria recta.
Ex.4: 𝑦 = −|𝑥 + 1| + 2
92
Escrever a função sem o módulo;
𝑦 = −|𝑥 + 1| + 2 → 𝑦 = −𝑥 − 1 + 2

𝑦 = −𝑥 + 1

𝑥 0 1
𝑦 1 0

Gráf. 7.29. Representação gráfica da função 𝑦 = −|𝑥 + 1| + 2

Na prática podemos construir os gráficos das funções lineares com módulo,


de seguinte modo:

𝑦 = |𝑎𝑥 + 𝑏| + 𝑐

𝑏
𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏 + 𝑐 → 𝑠𝑒 𝑥 ≥ −
{ 𝑎
𝑏
𝑦 = −𝑎𝑥 − 𝑏 + 𝑐 → 𝑠𝑒 𝑥 < −
𝑎

Para construir o gráfico da função com módulo 𝑦 = |𝑎𝑥 + 𝑏| + c, nós temos


que somente construir gráfico da função 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏 + 𝑐 e pegaremos a parte do
93
𝑏
gráfico que se encontra a direita da recta relativemente a 𝑥 = − , em seguida
𝑎

construiremos gráfico da função 𝑦 = −𝑎𝑥 − 𝑏 + 𝑐 e pegaremos a parte do


𝑏
gráfico que se encontra a esquerda da recta relativamente a 𝑥 = − .
𝑎

Ex.5: 𝑦 = |𝑥 + 1| + 2

𝑦 = |𝑥 + 1| + 2


𝑦 = 𝑥 + 1 + 2 → 𝑠𝑒 𝑥 ≥ −1
{
𝑦 = −𝑥 − 1 + 2 → 𝑠𝑒 𝑥 < −1


𝑦 = 𝑥 + 3 → 𝑠𝑒 𝑥 ≥ −1
{
𝑦 = −𝑥 + 1 → 𝑠𝑒 𝑥 < −1

Gráf. 7.30. Representação gráfica da função 𝑦 = |𝑥 + 1| + 2

2) Quadráticas com módulo


Analisaremos a função Quadrática com módulo na forma:

𝑦 = |𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐| (7.15)

94
Onde: 𝑎 , 𝑏 , 𝑐 ∈ 𝑅.
Suponhamos que 𝑎 > 0:
a) Escrever a função sem módulo;
𝑦 = |𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐|

𝑦 = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 (7.16)

As coordenadas do vértice do gráfico da função (7.16) são dadas pela


fórmula:
𝑏 4𝑎𝑐 − 𝑏 2
𝐴 (− ; )
2𝑎 4𝑎
4𝑎𝑐− 𝑏2
≫ Se ≥ 0, então o gráfico da função (7.16) totalmente encontra-se
4𝑎

acima do eixo 0𝑋, portanto os gráficos das funções (7.15) e (7.16) coincidem.
4𝑎𝑐− 𝑏2
≫ Se < 0, então o gráfico da função (7.16) interseta o eixo 0𝑋 em
4𝑎

dois pontos, isto é, o gráfico da (7.16) é constituído por duas partes: primeira
parte encontra-se acima do eixo 0𝑋 e segunda parte abaixo do eixo 0𝑋. Portanto
para construção do gráfico função (7.15), temos que:

● Ou pegaremos a parte de baixo da parábola relativamente ao eixo 0𝑋 no


simétrico,

● Ou podemos construir gráficos de duas funções:

𝑦 = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐
𝑦 = −𝑎𝑥 2 − 𝑏𝑥 − 𝑐
Conclusão: a parte que se encontra acima do eixo 0𝑋, é o gráfico da função
quadrática com módulo.
Ex.1: 𝑦 = |𝑥 2 + 2𝑥 + 2|

Na função vemos que: 𝑎 > 0.


a) Escrever a função sem módulo;
𝑦 = |𝑥 2 + 2𝑥 + 2|
95

𝑦 = 𝑥 2 + 2𝑥 + 2
As coordenadas do vértice do gráfico da função 𝑦 = 𝑥 2 + 2𝑥 + 2, é dada
pela fórmula:
𝑏 4𝑎𝑐− 𝑏2 2 4.1.2− 22
𝐴 (− ; ) → 𝐴 (− 2.1 ; )
2𝑎 4𝑎 4.1

𝐴(−1 ; 1 )
4𝑎𝑐− 𝑏2
≫ Como = 1 ≥ 0, então o gráfico da função 𝑦 = 𝑥 2 + 2𝑥 + 2
4𝑎

totalmente encontra-se acima do eixo 0𝑋, portanto os gráficos das funções 𝑦 =


|𝑥 2 + 2𝑥 + 2| e 𝑦 = 𝑥 2 + 2𝑥 + 2 coincidem.
b) O gráfico será uma parábola e para contrução são necessários não menos
de 5 pontos;
Vamos recordar como escolher os 5 pontos simétricos relativamente ao ponto
−𝟏.
𝑥 −3 −2 −𝟏 0 1
𝑦 5 2 1 2 5

Gráf. 7.31. Representação gráfica da função 𝑦 = |𝑥 2 + 2𝑥 + 2|

Ex.2: 𝑦 = |𝑥 2 + 2𝑥 − 3|
𝑦 = |𝑥 2 + 2𝑥 − 3|

96

2
𝑦 = 𝑥 + 2𝑥 − 3
As coordenadas do vértice do gráfico da função 𝑦 = 𝑥 2 + 2𝑥 − 3 , é
dada pela fórmula:
𝑏 4𝑎𝑐− 𝑏2 2 4.1.(−3)−22
𝐴 (− ; ) → 𝐴 (− 2.1 ; )
2𝑎 4𝑎 4.1

𝐴(−1 ; −4 )
4𝑎𝑐− 𝑏2
≫ Como = −4 < 0, então o gráfico da função 𝑦 = 𝑥 2 + 2𝑥 − 3,
4𝑎

interseta o eixo OX em dois pontos, isto é, o gráfico da 𝑦 = 𝑥 2 + 2𝑥 − 3, é


constituído por duas partes: primeira parte encontra-se acima do eixo 0𝑋 e
segunda parte abaixo do eixo 0𝑋. Portanto para construção do gráfico função
𝑦 = |𝑥 2 + 2𝑥 − 3|, podemos fazer de seguinte maneira:
● Ou pegaremos a parte de baixo da parábola relativamente ao eixo 0𝑋 no
simétrico,
𝑦 = 𝑥 2 + 2𝑥 − 3

𝑥 −3 −2 −1 0 1
𝑦 0 −3 −4 −3 0

Gráf. 7.32. Representação gráfica da função 𝑦 = |𝑥 2 + 2𝑥 − 3|


97
● Com ajuda das duas funções:
𝑦 = 𝑥 2 + 2𝑥 − 3
𝑥 −3 −2 −1 0 1
𝑦 0 -3 -4 -3 0

𝑦 = −𝑥 2 − 2𝑥 + 3

x −3 −2 −1 0 1
y 0 3 4 3 0

Gráf. 7.33. Representação gráfica da função 𝑦 = |𝑥 2 + 2𝑥 − 3|

Suponhamos que 𝑎 < 0:

a) Escrever a função sem módulo;


𝑦 = |𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐|

𝑦 = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 (7.17)

As coordenadas do vértice do gráfico da função (7.17) é dada pela fórmula:

𝑏 4𝑎𝑐 − 𝑏 2
𝐴 (− ; )
2𝑎 4𝑎

98
4𝑎𝑐− 𝑏2
≫ Se ≤ 0, então o gráfico da função (7.17) totalmente encontra-se
4𝑎

abaixo do eixo 0𝑋 , Portanto para construção do gráfico da função (7.15),


pegaremos o gráfico inteiro no simétrico relativamente 0𝑋.
4𝑎𝑐− 𝑏2
≫ Se > 0, então o gráfico da função (7.17) interseta o eixo 0𝑋 em
4𝑎

dois pontos, isto é, o gráfico da (7.17) é constituído por duas partes: primeira
parte encontra-se acima do eixo 0𝑋 e segunda parte abaixo do eixo 0𝑋. Portanto
para construção do gráfico da função (7.15), podemos fazer de seguinte maneira:
● Ou pegaremos a parte de baixo da parábola relativamente ao eixo 0𝑋 no
simétrico,
● Ou podemos construir gráficos de duas funções:

𝑦 = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐

𝑦 = −𝑎𝑥 2 − 𝑏𝑥 − 𝑐

Conclusão: a parte que se encontra acima do eixo 0𝑋, é o gráfico da função


quadrática com módulo.

Ex.3: y = |−𝑥 2 + 2𝑥 + 2|

Escrever a função sem módulo;

𝑦 = |−𝑥 2 + 2𝑥 − 2|

𝑦 = −𝑥 2 + 2𝑥 − 2

As coordenadas do vértice do gráfico da função 19 é dada pela fórmula:

𝑏 4𝑎𝑐− 𝑏2 2 4(−1)(−2)− 22
𝐴 (− ; ) → 𝐴 (− 2(−1) ; )
2𝑎 4𝑎 4(−1)

𝐴(1; −1)

99
4𝑎𝑐− 𝑏2
≫ Como = −1 < 0, então o gráfico da função 𝑦 = −𝑥 2 + 2𝑥 − 2
4𝑎

totalmente encontra-se abaixo do eixo 0𝑋, Portanto, para construção do gráfico


função 𝑦 = | − 𝑥 2 + 2𝑥 − 2| , pegaremos o gráfico inteiro no simétrico
relativamente 0𝑋.

𝑦 = −𝑥 2 + 2𝑥 − 2
𝑥 −1 0 1 2 3
𝑦 −5 −2 −1 −2 −5

Gráf. 7.34. Representação gráfica da função 𝑦 = | − 𝑥 2 + 2𝑥 − 2|

Ex.4: 𝑦 = | − 𝑥 2 − 2𝑥 + 3|

𝑦 = | − 𝑥 2 − 2𝑥 + 3|


2
𝑦 = −𝑥 − 2𝑥 + 3
As coordenadas do vértice do gráfico da função 𝑦 = −𝑥 2 − 2𝑥 + 3:
𝑏 4𝑎𝑐− 𝑏2 −2 4.(−1).3−(−2)2
𝐴 (− ; ) → 𝐴 (− 2.(−1) ; )
2𝑎 4𝑎 4.(−1)


𝐴(−1 ; 4 )

100
4𝑎𝑐− 𝑏2
≫ Como = 4 > 0, então o gráfico da função 𝑦 = −𝑥 2 − 2𝑥 + 3,
4𝑎

interseta o eixo 0𝑋 em dois pontos, isto é, o gráfico da 𝑦 = 𝑥 2 + 2𝑥 − 3, é


constituído por duas partes: primeira parte encontra-se acima do eixo 0𝑋 e
segunda parte abaixo do eixo 0𝑋. Portanto para construção do gráfico função
𝑦 = | − 𝑥 2 − 2𝑥 + 3|, podemos fazer de seguinte maneira:
● Pegaremos a parte de baixo da parábola relativamente ao eixo 0𝑋 no
simétrico,
𝑦 = −𝑥 2 − 2𝑥 + 3

𝑥 −3 −2 −1 0 1
𝑦 0 5 4 3 0

Gráf. 7.35. Representação gráfica da função 𝑦 = | − 𝑥 2 − 2𝑥 + 3|

● Com ajuda das duas funções:


𝑦 = −𝑥 2 − 2𝑥 + 3

𝑥 −3 −2 −1 0 1
𝑦 0 3 4 3 0

𝑦 = 𝑥 2 + 2𝑥 − 3

𝑥 −3 −2 −1 0 1
𝑦 0 −3 −4 −3 0

101
Gráf. 7.36. Representação gráfica da função 𝑦 = | − 𝑥 2 − 2𝑥 + 3|

Analisaremos agora alguns tipos de exercícios de funções quadráticas com


módulo:
● 𝑦 = 𝑎𝑥 2 + 𝑏|𝑥| + 𝑐
Para construir o gráfico dessa função:
≫ Primeiro passo, escrever a função sem módulo:

𝑦 = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐, 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 0
{
𝑦 = 𝑎𝑥 2 − 𝑏𝑥 + 𝑐, 𝑠𝑒 𝑥 < 0

≫ Segundo passo, construir o gráfico da função 𝑦 = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐, e


pegaremos a parte do gráfico que se encontra a direita, simétrico relativamente
ao eixo 0𝑌. Depois construiremos o gráfico da função 𝑦 = 𝑎𝑥 2 − 𝑏𝑥 + 𝑐, e
pegaremos a parte gráfica que se encontra a esquerda, simétrico relativamente ao
eixo 0𝑌.
Ex.5: 𝑦 = 𝑥 2 + 2|𝑥| − 3
Escrever a função sem módulo:

𝑦 = 𝑥 2 + 2𝑥 − 3, 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 0
{
𝑦 = 𝑥 2 − 2𝑥 − 3, 𝑠𝑒 𝑥 < 0

102
𝑦 = 𝑥 2 + 2𝑥 − 3

𝑥 −3 −2 −1 0 1
𝑦 0 −3 −4 −3 0

𝑦 = 𝑥 2 − 2𝑥 − 3

𝑥 −1 0 1 2 3
𝑦 0 −3 −4 −3 0

Gráf. 7.37. Representação gráfica da função 𝑦 = 𝑥 2 + 2|𝑥| − 3

● 𝑦 = 𝑎𝑥 2 + |𝑏𝑥 + 𝑐| + 𝑑
Para construir o gráfico dessa função:
≫ Primeiro passo, escrever a função sem módulo:
𝑐
𝑦 = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 + 𝑑, 𝑠𝑒 𝑥 ≥ −
{ 𝑏
𝑐
𝑦 = 𝑎𝑥 2 − 𝑏𝑥 − 𝑐 + 𝑑, 𝑠𝑒 𝑥 < −
𝑏

≫ Segundo passo, construir o gráfico da função 𝑦 = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 + 𝑑, e


pegaremos a parte do gráfico que se encontra a direita, simétrico relativamente a
𝑐
recta 𝑥 = − . Depois construiremos o gráfico da função 𝑦 = 𝑎𝑥 2 − 𝑏𝑥 − 𝑐 +
𝑏

103
𝑑, e pegaremos a parte gráfica que se encontra a esquerda, simétrico
𝑐
relativamente a recta 𝑥 = − .
𝑏

Ex.6: 𝑦 = 𝑥 2 + |2𝑥 − 3| + 1
3
𝑦 = 𝑥 2 + 2𝑥 − 3 + 1, 𝑠𝑒 𝑥 ≥
{ 2
3
𝑦 = 𝑥 2 − 2𝑥 + 3 + 1, 𝑠𝑒 𝑥 <
2

3
𝑦 = 𝑥 2 + 2𝑥 − 2, 𝑠𝑒 𝑥 ≥
{ 2
3
𝑦 = 𝑥 2 − 2𝑥 + 4, 𝑠𝑒 𝑥 <
2
𝑦 = 𝑥 2 + 2𝑥 − 2

𝑥 −3 −2 −1 0 1
𝑦 1 −2 −3 −2 1

𝑦 = 𝑥 2 − 2𝑥 + 4

𝑥 −1 0 1 2 3
𝑦 7 4 3 4 7

Gráf. 7.38. Representação gráfica da função 𝑦 = 𝑥 2 + |2𝑥 − 3| + 1


104
3) Inversamente proporcionais com módulo
Funções dadas pela fórmula:
𝑘
𝑦=| | (7.18)
𝑥

Para construir gráfico da (7.18), só temos que construir gráfico dessa função
sem módulo, depois pegaremos a parte do gráfico que se encontra abaixo eixo
0𝑋, no seu simétrico.
1
Ex.1: 𝑦 = | |
𝑥

1
𝑦=
𝑥

𝑥 −3 −2 −1 −1⁄2 −1⁄4 1/4 1/2 1 2 3


𝑦 −1⁄3 −1⁄2 −1 −2 −4 4 2 1 1/2 1/3

1
Gráf. 7.39. Representação gráfica da função 𝑦 = | |
𝑥

7.9. Função potência

Considera-se função de uma potência, a função dada pela fórmula 𝑦 = 𝑥 𝑛 , e


que são válidas as seguintes variantes de análise:
1) Função dada pela fórmula 𝑦 = 𝑥 𝑛 , onde 𝑛 ∈ 𝑁;

105
a) Se 𝑛 = 1, então a função será dada pela fórmula 𝑦 = 𝑥. Essa é uma função
linear, gráfico será uma recta que é bissectrice das coordenadas dos ângulos,
gráfico do tipo:

y
L2

L1 = L2
L1

Gráf. 7.40. Representação gráfica da função 𝑦 = 𝑥

Propriedades:
1) 𝐷(𝑓) = (−∞ , +∞);
2) 𝐸(𝑓) = (−∞ , +∞);
3) Uma função ímpar e possui ponto simétrico (0,0).

b) Se n = 2, então a função será dada pela fórmula 𝑦 = 𝑥 2 . Essa é uma função


quadrática e o gráfico será uma parábola do tipo:

Gráf. 7.41. Representação gráfica da função 𝑦 = 𝑥 2

106
Propriedades:
1) 𝐷(𝑓) = (−∞ ; +∞);
2) 𝐸(𝑓) = [0; +∞)
3) Uma função par e possui eixo simétrico 0𝑌.

c) Se 𝑛 = 3, então será dada pela fórmula 𝑦 = 𝑥 3 , gráfico será uma parábola


cúbica do tipo:

Gráf. 7.42. Representação gráfica da função 𝑦 = 𝑥 3

Propriedades:
1) 𝐷(𝑓) = (−∞ , +∞);
2) 𝐸(𝑓) = (−∞ , +∞);
3) Uma função ímpar e possui ponto simétrico (0,0).

2) Função dada pela fórmula 𝑦 = 𝑥 𝑛 , onde 𝑛 ∈ 𝑍 − ;


1
a) Se 𝑛 = −1, a função será dada pela fórmula 𝑦 = 𝑥 −1 → 𝑦 = . Essa é
𝑥

uma função inversamente proporcional e o gráfico será uma hipérbole, com


inclinações habituais dos ramos, do tipo:

107
y

1
Gráf. 7.43. Representação gráfica da função 𝑦 =
𝑥

Propriedades:
1) 𝐷(𝑓) = (−∞, 0) ∪ (0 , +∞);
2) 𝐸(𝑓) = (−∞, 0) ∪ (0 , +∞);
3) Uma função ímpar e possui ponto simétrico (0,0).

1
b) Se 𝑛 = −2, a função será dada pela fórmula 𝑦 = 𝑥 −2 → 𝑦 = . Essa é
𝑥2

uma função inversamente proporcional, gráfico será uma hipérbole, mas não
com inclinações habituais dos ramos, do tipo:

1
Gráf. 7.44. Representação gráfica da função 𝑦 =
𝑥2

108
Propriedades:
1) 𝐷(𝑓) = (−∞, 0) ∪ (0 , +∞);
2) 𝐸(𝑓) = (0 , +∞);
3) Uma função par e possui eixo simétrico OY.

3) Função dada pela fórmula 𝑦 = 𝑥 𝑛 , onde 𝑛 = 0, teremos a função 𝑦 =


𝑥 0 = 1, gráfico será uma recta do tipo:

Gráf. 7.45. Representação gráfica da função 𝑦 = 𝑥 0 = 1

Propriedades:
1) 𝐷(𝑓) = (−∞, 0) ∪ (0 , +∞);
2) 𝐸(𝑓) = 1;
3) Gráfico será paralelo ( || ) ao eixo 0X e possui ponto simétrico (0,1).

7.10. Função exponencial

Considera-se função exponencial, função dada pela fórmula:

𝑦 = 𝑎𝑥 (7.19)
Onde a ∈ (0; 1) ∪ (1; +∞).
Notaremos que, quando 𝑥 = 0 , logo 𝑦 = 𝑎0 = 1 , o gráfico da função
sempre passa no ponto 𝐴(0,1).
109
Analisaremos dois casos:
1) Se a base 𝒂 > 1, a função é crescente, para construção são necessários 5
pontos simétrico relativamente ao ponto 0.
(−2; −1 ; 0; 1; 2)
Ex.1: 𝑦 = 2𝑥
𝑦 = 2𝑥

𝑥 −2 −1 0 1 2
𝑦 1/4 1/2 1 2 4

A tabela preenche-se de seguinte maneira:


1
𝑥 = −2 → 𝑦 = 2−2 = ;
4
1
𝑥 = −1 → 𝑦 = 2−1 = ;
2
𝑥 = 0 → 𝑦 = 20 = 1;
𝑥 = 1 → 𝑦 = 21 = 2;
𝑥 = 2 → 𝑦 = 22 = 4.

Gráf. 7.46. Representação gráfica da função 𝑦 = 𝑎 𝑥

OBS: Quando x tende à −∞ , gráfico da função estará muito próximo do eixo 0𝑋, mas de
maneira alguma cruzará o eixo. Nestas condições dizemos que, 0𝑋 é assimptota horizontal.

110
2) Se a base 𝑎 for um número real entre 0 e 1, (0 < 𝑎 < 1) a função é
decrescente, para construção são necessário 5 pontos simétrico relativamente ao
ponto 0.

(−2; −1; 0 ; 1; 2)
1 𝑥
Ex.2: 𝑦 = ( )
2

1 𝑥
𝑦=( )
2
x −2 −1 0 1 2
y 4 2 1 1/2 1/4

A tabela preenche-se de seguinte maneira:


1 −2
𝑥 = −2 → 𝑦 = ( ) = 4;
2
1 −1
𝑥 = −1 → 𝑦 = ( ) = 2;
2
1 0
𝑥 = 0 → 𝑦 = ( ) = 1;
2

1 1 1
𝑥=1→𝑦=( ) = ;
2 2
1 2 1
𝑥=2→𝑦=( ) = .
2 4

1 𝑥
Gráf. 7.47. Representação gráfica da função 𝑦 = ( )
2

111
OBS: Quando x tende à −∞, gráfico da função estará muito próximo do eixo 0𝑋, mas
não cruzará o eixo. Nestas condições dizemos que, 0𝑋 é assimptota horizontal.

7.11. Função inversa

Função 𝑔(𝑥) considera-se função inversa da função 𝑓(𝑥) se 𝑓(𝑔(𝑥)) = 𝑥.


Para determinar a função 𝑔(𝑥), vamos expressar 𝑥 atravez 𝑓(𝑥) (meter x a
esquerda e f(x) a direita) e obteremos 𝑥 = 𝑓 −1 (𝑦), e depois vamos substituir 𝑥
que se encontra a esquerda com 𝑔(𝑥) e 𝑦 que se encontra a direita vamos
substituir com 𝑥.

𝑓(𝑥) → 𝑥 = 𝑓 −1 (𝑦),

𝑔(𝑥) = 𝑓 −1 (𝑥) (7.20)

Propriedade: os gráficos das funções 𝑓(𝑥) 𝑒 g(𝑥) são simétricos


relativamente a recta da função 𝑦 = 𝑥.
Ex.1: Determine a função inversa 𝑓(𝑥) = −2𝑥 + 1, e constroi o gráfico.

𝑓(𝑥) = −2𝑥 + 1

2𝑥 = −𝑓(𝑥) + 1

−𝑓(𝑥) + 1
𝑥=
2

𝑓(𝑥) 1
𝑥=− +
2 2

112

1 1
𝑔(𝑥) = − 𝑥 +
2 2

Graf. 7.48. Representação gráfica das funções: 𝑓(𝑥) = −2𝑥 + 1 e 𝑔(𝑥) =


1 1
− 𝑥+
2 2

Ex.2: Determine a função inversa 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 , e constroi o gráfico.

𝑓(𝑥) = 𝑥 2

𝑥 2 = 𝑓(𝑥)

𝑥 = √𝑓(𝑥)
[
𝑥 = −√𝑓(𝑥)
113

𝑔(𝑥) = √𝑥
[
𝑔(𝑥) = −√𝑥

Gráf. 7.49. Representação gráfica das funções: 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 , 𝑔(𝑥) =


√𝑥 𝑒 𝑔(𝑥) = −√𝑥

1
Ex.3: Determine a função inversa 𝑓(𝑥) = 𝑥 3 , e constroi o gráfico.
8

1
𝑓(𝑥) = 𝑥 3
8

𝑥 3 = 8𝑓(𝑥)

3
𝑥 = √8𝑓(𝑥)

114

3
𝑥 = 2√𝑓(𝑥)


3
𝑔(𝑥) = 2 √𝑥

1 3
Gráf. 7.50. Representação gráfica das funções: 𝑓(𝑥) = 𝑥 3 𝑒 𝑔(𝑥) = 2 √𝑥
8

1
Ex.4: Determine a função inversa 𝑓(𝑥) = + 1 , e constroi o gráfico.
𝑥

1
𝑓(𝑥) = +1
𝑥

1
𝑓(𝑥) − 1 =
𝑥

1
= 𝑓(𝑥) − 1
𝑥

115

1
𝑥=
𝑓(𝑥) − 1

1
𝑔(𝑥) =
𝑥−1

1 1
Gráf. 7.51. Representação gráfica das funções: 𝑓(𝑥) = + 1 𝑒 𝑔(𝑥) =
𝑥 𝑥−1

4
Ex.5: Determine a função inversa 𝑓(𝑥) = , e constroi o gráfico.
𝑥2

4
𝑓(𝑥) =
𝑥2

4
𝑥2 =
𝑓(𝑥)


116
4
𝑥=√
𝑓(𝑥)

4
𝑥 = −√
[ 𝑓(𝑥)


2
𝑥=
√𝑓(𝑥)

2
𝑥=−
[ √𝑓(𝑥)

2
𝑔(𝑥) =
√𝑥

2
𝑔(𝑥) = −
[ √𝑥

4 2
Gráf. 7.52. Representação gráfica das funções: 𝑓(𝑥) = , 𝑔(𝑥) = e
𝑥2 √𝑥
2
𝑔(𝑥) = −
√𝑥

117
Ex.6: Determine a função inversa 𝑓(𝑥) = 𝑒 𝑥 , e constroi o gráfico.

𝑓(𝑥) = 𝑒 𝑥

𝑒 𝑥 = 𝑓(𝑥)

𝑙𝑛 𝑒 𝑥 = 𝑙𝑛 𝑓(𝑥)

𝑙𝑛 𝑒 𝑥 = 𝑥

𝑥 = 𝑙𝑛 𝑓(𝑥)

𝑔(𝑥) = ln 𝑥

Gráf. 7.53. Representação gráfica das funções: 𝑓(𝑥) = 𝑒 𝑥 e 𝑔(𝑥) = ln 𝑥

118
VIII. EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES

8.1. Equações

Consideram-se equações as igualdades entre duas funções:

𝑓(𝑥) = 𝑔(𝑥) (8.1)

Onde 𝑓(𝑥) e 𝑔(𝑥) → funções, 𝑥 → variável.

O domínio de função dessa equação:

𝐷 = 𝐷(𝑓) ∪ 𝐷(𝑔)
3
Ex.1: √−4𝑥 + 1 + 2 = 2𝑥 2 + + 1
𝑥
3
Onde: 𝑓(𝑥) = √−4𝑥 + 1 + 2 e 𝑔(𝑥) = 2𝑥 2 + + 1
𝑥
1
Logo: 𝐷(𝑓) = {𝑥 | − 4𝑥 + 1 ≥ 0} → 𝐷(𝑓) = {𝑥 | 𝑥 ≤ } → le-se: O
4

domínio da função 𝑓(𝑥) é igual ao conjunto dos valores da variável x, que


satisfazem a desigualdade −4𝑥 + 1 ≥ 0.
Igualmente localizaremos o domínio da função 𝐷(𝑔):

𝐷(𝑔) = {𝑥 | 𝑥 > 0}
1 1
Fazendo, 𝐷(𝑓) ∪ 𝐷(𝑔) = {𝑥 | 𝑥 ≤ ; 𝑥 > 0} → {𝑥| 0 < 𝑥 ≤ } , então o
4 4
1
domínio de função da equação acima será 𝐷 = {𝑥| 0 < 𝑥 ≤ }.
4

( ]
0 1/4

8.1.1. Equações lineares

Quando 𝑓(𝑥) , 𝑔(𝑥) são apresentadas na forma:

𝑓(𝑥) = 𝑎1 𝑥 + 𝑏1

𝑔(𝑥) = 𝑎2 𝑥 + 𝑏2
119
Obteremos equação linear com uma variável (Monovariável ):

𝑓(𝑥) = 𝑔(𝑥)

𝑎1 𝑥 + 𝑏1 = 𝑎2 𝑥 + 𝑏2

𝑎1 𝑥 − 𝑎2 𝑥 = 𝑏2 − 𝑏1

(𝑎1 − 𝑎2 )𝑥 = 𝑏2 − 𝑏1

Quando 𝑎1 − 𝑎2 = 0, obteremos:

0𝑥 = 𝑏2 − 𝑏1

Quando 𝑎1 − 𝑎2 ≠ 0

𝑏2 −𝑏1
𝑥=
𝑎1 −𝑎2

Se 𝑏2 − 𝑏1 ≠ 0, a equação não possui solução: 𝑥 = ∅.


Se 𝑏2 − 𝑏1 = 0, a equação possui infinitas múltiplas soluções: 𝑥 = 𝑅.
Ex.1: 3𝑥 + 4 = 2𝑥 − 2
3𝑥 + 4 = 2𝑥 − 2
3𝑥 − 2𝑥 = −2 − 4

𝑥 = −6

Ex.2: 3𝑥 + 4 = 3𝑥 − 2
3𝑥 + 4 = 3𝑥 − 2

3𝑥 − 3𝑥 = −2 − 4

0𝑥 = −6

120
𝑥 = ∅.

Ex.3: 3𝑥 + 4 = 3𝑥 + 4
3𝑥 + 4 = 3𝑥 + 4

3𝑥 − 3𝑥 = 4 − 4

0𝑥 = 0

x = 𝑅.

8.1.2. Equações equivalentes

Consideram-se equações equivalentes, todas aquelas equações que têm as


mesmas raízes (soluções), isto é, possuem o mesmo conjunto solução.
Ex.1: 6𝑥 − 12 = 0 (I) e 2𝑥 − 4 = 0 (II)

(I) → 𝑥 = 2 ; (II) → 𝑥 = 2

Nota-se que as soluções dessas equações são iguais.


As igualdades numéricas apresentam as seguintes propriedades:
1) A igualdade numérica não será violada, se nos dois membros forem
adicionados um número 𝑐 ∈ 𝑁, que esteja adicionar ou subtrair;

𝑓(𝑥) ± 𝑐 = 𝑔(𝑥) ± 𝑐 (8.2)

Ex.2: 𝑥 + 2 = 4

𝑥 = 4−2

𝑥 = 2.

Adicionando número c = 4, usando a adição:

(𝑥 + 2) + 4 = 4 + 4

𝑥+6=8

𝑥 = 8−6

121
𝑥 = 2.

Usando a subtração:
(𝑥 + 2) − 4 = 4 − 4

𝑥−2=0

𝑥 = 2.

2) A igualdade numérica não será violada, se permutarmos os membros;

𝑓(𝑥) = 𝑔(𝑥) → 𝑔(𝑥) = 𝑓(𝑥) (8.3)

Ex. 𝑥 + 2 = 4 → 4 = 𝑥 + 2
4=𝑥+2

4−2=𝑥

2 = 𝑥.

3) A igualdade numérica não será violada, se nos dois membros da igualdade


forem multiplicados por um número 𝑐 ∈ 𝑁.

𝑓(𝑥) × 𝑐 = 𝑔(𝑥) × 𝑐 (8.4)

Ex. 𝑥 + 2 = 4

(𝑥 + 2) × 2 = 4 × 2

2𝑥 + 4 = 8

2𝑥 = 8 − 4

2𝑥 = 4

4
𝑥=
2

𝑥 = 2.

Nos estudos das equações equivalentes é validado o seguinte teorema:

122
Se for dada a expressão 𝑓(𝑥) = 𝛾(𝑥), e se a função 𝑔(𝑥) ≠ 0, então são
justas as seguintes anotações:

1) 𝑓(𝑥) + 𝑔(𝑥) = 𝛾(𝑥) + 𝑔(𝑥);

2) 𝑓(𝑥). 𝑔(𝑥) = 𝛾(𝑥). 𝑔(𝑥);

𝑓(𝑥) 𝛾(𝑥)
3) = .
𝑔(𝑥) 𝑔(𝑥)

8.1.3. Equações quadráticas

Consideram-se de equações quadráticas, todas equações que possam ser


apresentadas na forma:

𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0 (8.5)

onde: 𝑎; 𝑏; 𝑐 → números em R e 𝑎 ≠ 0, 𝑎; 𝑏 → coeficientes da variável x , c →


constante ( número sem variável ).
≫ Analisaremos o primeiro caso, quando 𝑐 = 0, equação (8.5) chama-se
incompleta do primeiro tipo:
𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 = 0 → 𝑐 = 0 (8.6)

𝑥=0 𝑥1 = 0
𝑥(𝑎𝑥 + 𝑏) = 0 → { ↔{ 𝑏
𝑎𝑥 + 𝑏 = 0 𝑥2 = −
𝑎

Ex.1: 2𝑥 2 + 3𝑥 = 0
2𝑥 2 + 3𝑥 = 0
3
𝑥=0 𝑥 =−
𝑥(2𝑥 + 3) = 0 → { ↔{ 1 2
2𝑥 + 3 = 0 𝑥2 = 0

Ex.2: 3𝑥 2 − 6𝑥 = 0
3𝑥 2 − 6𝑥 = 0

123
3𝑥 = 0 𝑥 =0
3𝑥(𝑥 − 2) = 0 → { ↔{ 1
𝑥−2=0 𝑥2 = 2

≫ Analisaremos o segundo caso, quando 𝑏 = 0, equação (8.5) chama-se


incompleta do segundo tipo:
𝑎𝑥 2 + 𝑐 = 0 → 𝑏 = 0 (8.7)


𝑐
𝑎𝑥 2 = −𝑐 ↔ 𝑥 2 = −
𝑎

𝑐
Quando − ≥ 0, a equação possui duas raízes
𝑎


𝑐
𝑥1 = √−
𝑎
𝑐
𝑥2 = −√−
{ 𝑎
𝑐
Quando − < 0, a equação não possui raízes , 𝑥 = ∅.
𝑎

Ex.3: 2𝑥 2 − 3 = 0
2𝑥 2 − 3 = 0


3
𝑥1 = √
3 2
2𝑥 2 = 3 → 𝑥 2 = ↔
2 3
𝑥2 = −√
{ 2

Ex.4: 3𝑥 2 − 27 = 0
3𝑥 2 − 27 = 0


27 𝑥1 = −√9 𝑥1 = −3
3𝑥 2 = 27 → 𝑥 2 = ↔ 𝑥2 = 9 ↔ { ↔{
3 𝑥2 = √9 𝑥2 = 3

124
Ex.5: 3𝑥 2 + 4 = 0
3𝑥 2 + 4 = 0

4
3𝑥 2 = −4 → 𝑥 2 = − ↔ 𝑥 = ∅
3

Agora analisaremos o caso geral, quando: 𝑏, 𝑐 ≠ 0.

𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0

𝑏 𝑏2 𝑏2
𝑎 (𝑥 2 + 2 𝑥+ ) − 4𝑎 + 𝑐 = 0
2𝑎 4𝑎2


𝑏 2 𝑏2
𝑎(𝑥 + ) = −𝑐
2𝑎 4𝑎


𝑏 2 𝑏2 −4𝑎𝑐
𝑎(𝑥 + ) =
2𝑎 4𝑎


𝑏 2 𝒃𝟐 −𝟒𝒂𝒄
(𝑥 + ) =
2𝑎 4𝑎2

Vamos designar 𝒃𝟐 − 𝟒𝒂𝒄 acima por: ∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 (discriminante)


Se ∆> 0, a equação possui duas raízes diferentes:

𝑏 𝑏2 −4𝑎𝑐 𝑏 √∆ −𝑏+√∆
𝑥+ =√ 𝑥+ = 𝑥1 =
2𝑎 4𝑎2 2𝑎 2𝑎 2𝑎
↔{ ↔{
𝑏 𝑏2 −4𝑎𝑐 𝑏 √∆ −𝑏−√∆
𝑥 + = −√ 𝑥+ = − 𝑥2 =
{ 2𝑎 4𝑎2 2𝑎 2𝑎 2𝑎

Ex.6: 2𝑥 2 + 3𝑥 + 1 = 0
Primeiro passo, localizar o discriminante ( ∆ )
∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐

∆= 32 − 4 ∙ 2 ∙ 1
125

∆= 1
Como ∆> 0, então a equação possui duas raízes:

−𝑏+√∆ −3+√1 −3+1 −2 1


𝑥1 = 𝑥1 = 𝑥1 = 𝑥1 = 𝑥 =−
2𝑎 2.2 4 4
{ →{ ↔{ −3−1 ↔{ −4 ↔{ 1 2
−𝑏−√∆ −3−√1 𝑥2 = −1
𝑥2 = 𝑥2 = 𝑥2 = 𝑥2 =
2𝑎 2.2 4 4

𝑏
Se ∆= 0, a equação possui duas raízes iguais ( 𝑥1 = 𝑥2 = − ):
2𝑎
−𝑏+√∆ −𝑏+√0 𝑏
𝑥1 = 𝑥1 = 𝑥1 = −
2𝑎 2𝑎 2𝑎
{ →{ ↔{ 𝑏
−𝑏−√∆ −𝑏−√0
𝑥2 = 𝑥2 = 𝑥2 = −
2𝑎 2𝑎 2𝑎

Ex.7: 4𝑥 2 + 4𝑥 + 1 = 0
Primeiro passo, localizar o discriminante ( ∆ )

∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 → ∆= 42 − 4 ∙ 4 ∙ 1 ↔ ∆= 0

Como ∆= 0, então equação possui duas raízes iguais:


𝑏 4 1
𝑥1 = 𝑥2 = − → 𝑥1 = 𝑥2 = − ↔ 𝑥1 = 𝑥2 = − .
2𝑎 2∙4 2

Se ∆< 0, a equação não possui raízes ( 𝑥 = ∅ ).


Ex.8: 2𝑥 2 + 𝑥 + 3 = 0
Primeiro passo, localizar o discriminante ( ∆ )

∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 → ∆= 12 − 4 ∙ 2 ∙ 3 ↔ ∆= −23.
Como ∆< 0, a equação não possui raízes.

Teorema de Viète: Com ∆≥ 0, a equação quadrática 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0,


possui duas raízes 𝑥1 , 𝑥2 que satisfazem o sistema:

𝑏
𝑥1 + 𝑥2 = −
{ 𝑎
𝑐
𝑥1 ∙ 𝑥2 =
𝑎

126
Prova:
Com ∆≥ 0, equação quadrática a𝑥 2 + b𝑥 + c = 0, possui duas raízes, que
são dadas na fórmula:
−𝑏 + √∆
𝑥1 =
2𝑎
−𝑏 − √∆
𝑥2 =
{ 2𝑎
Isso queira dizer que:
1) Soma das raízes
−𝑏+√∆ −𝑏−√∆ 𝑏
𝑥1 + 𝑥2 = + ↔ 𝑥1 + 𝑥2 = −
2𝑎 2𝑎 𝑎

2) Produto das raízes


2
−𝑏+√∆ −𝑏−√∆ (−𝑏)2 −√∆ 𝑏2 −∆
𝑥1 ∙ 𝑥2 = ∙ ↔ 𝑥1 ∙ 𝑥2 = ↔ 𝑥1 ∙ 𝑥2 = ↔
2𝑎 2𝑎 4𝑎2 4𝑎2

𝑏2 −(𝑏2 −4𝑎𝑐) 𝑐
↔ 𝑥1 ∙ 𝑥2 = ↔ 𝑥1 ∙ 𝑥2 = .
4𝑎2 𝑎

Ex.9: Dada equação quadrática 𝑥 2 − 𝑥 − 6 = 0 , localize a soma e


produto das raízes.
Primeiro passo, localizar o discriminante ( ∆ )

∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 → ∆= (−1)2 − 4 ∙ 1 ∙ (−6) ↔ ∆= 25.

Como ∆> 0, então a determinada equação possui duas raízes 𝑥1 , 𝑥2 , que


satisfazem a condição:

𝑏 −1
𝑥1 + 𝑥2 = − 𝑥1 + 𝑥2 = − 𝑥 + 𝑥2 = 1
1
{ 𝑐
𝑎
→ { −6 ↔{ 1
𝑥1 ∙ 𝑥2 = 𝑥1 ∙ 𝑥2 = 𝑥1 ∙ 𝑥2 = −6
𝑎 1

Resposta: a soma da determinada equação é igual a 1 e produto é igual a −𝟔.

Ex.10: Dada equação quadrática 𝑥 2 − 𝑥 + 6 = 0, localize a soma e produto


das raízes.

127
Primeiro passo, localizar o discriminante ( ∆ )

∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 → ∆= (−1)2 − 4 ∙ 1 ∙ 6 ↔ ∆= −23.

Como ∆< 0, a determinada equação não possui raízes.

Ex.11: Dada equação quadrática 𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0, sabendo que a equação


possui duas raízes 𝑥1 = 1, 𝑥2 = −2 , localize b e c.
Conforme o teorema de Viète, teremos:

𝑏 𝑏
𝑥1 + 𝑥2 = − 1 + (−2) = −
{ 𝑎→{ 1 ↔ {−1 = −𝑏 ↔ {𝑏 = 1
𝑐 𝑐 −2 = 𝑐 𝑐 = −2
𝑥1 . 𝑥2 = 1. (−2) =
𝑎 1
Determinada equação possui a forma:
𝑥 2 + 𝑥 − 2 = 0.
Ex.12: Dada equação quadrática 𝑥 2 − 5𝑥 + 6 = 0 , sabemos que essa
equação possui a raiz 𝑥1 = 2,
Localize 𝑥2 .
Conforme o teorema de Viète, teremos:
𝑏 −5
𝑥1 + 𝑥2 = − → 2 + 𝑥2 = − ↔ 2 + 𝑥2 = 5 ↔ 𝑥2 = 3.
𝑎 1

Ou ainda podemos localizar o 𝑥2 de seguinte maneira:


𝑐 6
𝑥1 ∙ 𝑥2 = → 2 ∙ 𝑥2 = ↔ 2𝑥2 = 6 ↔ 𝑥2 = 3.
𝑎 1

Teorema:
≫ Se determinada equação 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0, possui raiz 𝑥1 = 1 , então
𝑐
𝑎 + 𝑏 + 𝑐 = 0, e 𝑥2 = ;
𝑎

≫ Se determinada equação 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0 possui raiz 𝑥1 = −1, então


𝑐
𝑎 − 𝑏 + 𝑐 = 0, e 𝑥2 = − ;
𝑎

Prova:
● Como 𝑥1 = 1 é a raiz da equação 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0, por isso que:
128
𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0 → 𝑎 ∙ (1)2 + 𝑏 ∙ 1 + 𝑐 = 0 ↔ 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 = 0.

Conforme o teorema de Viète, teremos:


𝑐 𝑐 𝑐
𝑥1 ∙ 𝑥2 = → 1 ∙ 𝑥2 = ↔ 𝑥2 = .
𝑎 𝑎 𝑎

● Como 𝑥1 = −1 é a raiz da equação 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0, por isso que:

𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0 ↔ 𝑎 ∙ (−1)2 + 𝑏 ∙ (−1) + 𝑐 = 0 ↔ 𝑎 − 𝑏 + 𝑐 = 0

Conforme o teorema de Viète, teremos:


𝑐 𝑐 𝑐
𝑥1 ∙ 𝑥2 = → −1 ∙ 𝑥2 = ↔ 𝑥2 = − .
𝑎 𝑎 𝑎

Ex.13: Dada equação 2𝑥 2 + 𝑥 − 3 = 0, determine as raízes dessa equação.


Como 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 → 2 + 1 − 3 = 0, então a equação possui raízes 𝑥1 = 1 e
𝑐 −3 3
𝑥2 = = =− .
𝑎 2 2

Ex.12: Dada equação −2𝑥 2 + 𝑥 + 3 = 0, determine as raízes dessa equação.


Como 𝑎 − 𝑏 + 𝑐 → −2 − 1 + 3 = 0, então a equação possui raízes 𝑥1 =
𝑐 3 3
−1 e 𝑥2 = − = − = .
𝑎 −2 2

8.1.4 . Sistema de duas equações com duas variáveis

Analisaremos sistema linear de duas equação com duas variáveis apresentado


na forma:

𝑎1 𝑥 + 𝑏1 𝑦 = 𝑐1
{ (8.8)
𝑎2 𝑥 + 𝑏2 𝑦 = 𝑐2

onde: x e y → são variáveis; 𝒂𝟏 , 𝒃𝟏 , 𝒂𝟐 , 𝒃𝟐 → coeficientes das variáveis; 𝒄𝟏 , 𝒄𝟐


→ termos independentes (números sem variáveis).
Os sistemas de equações lineares, de um modo geral, podem ser (8.1):

129
Esq. 8.1. Tipos de sistemas de equações

Representando em notações algébricas teremos:


𝑎1 𝑏1
1) ≠ → Consistente determinado;
𝑎2 𝑏2

Ponto de intersecção das rectas

Gráf. 8.1. Demonstração do sistema de equação consistente determinado num


gráfico

𝑎1 𝑏1 𝑐1
2) = = → Consistente inderminado;
𝑎2 𝑏2 𝑐2

130
y

As rectas coincidem

Gráf. 8.2. Demonstração do sistema de equação consistente indeterminado num


gráfico

𝑎1 𝑏1 𝑐1
3) = ≠ → Inconsistente.
𝑎2 𝑏2 𝑐2

As rectas são paralelas

Gráf. 8.3. Demonstração do sistema de equação inconsistente num gráfico

8.1.4.1. Métodos de resolução dos sistemas de duas equações

Existem vários métodos de resolução dos sistemas de equações, mas para o


ensino fundamental, temos os seguintes2:

2
Informações e métodos de resolução de sistemas lineares a nível superior, o leitor pode
encontrar no livro Álgebra linear para Economistas (2016), escrita pelo mesmo autor. Pág. 57.
131
1) Método de substituição;
Consiste em isolar uma das variáveis numas das equações do sistema, por
formas a encontrar uma expressão que será substituída na equação em que não
foi isolada a variável, obtendo neste caso uma equação de uma variável e com a
sua resolução teremos o valor da variável em causa. O outro valor será obtido a
partir da substituição do primeiro valor obtido numa das equações e assim
teremos o sistema resolvido.

𝑎1 𝑥 + 𝑏1 𝑦 = 𝑐1
{ (8.9)
𝑎2 𝑥 + 𝑏2 𝑦 = 𝑐2

Isolando a variável x da primeira equação, obteremos:

𝑎1 𝑥 + 𝑏1 𝑦 = 𝑐1 → 𝑎1 𝑥 = 𝑐1 − 𝑏1 𝑦

𝑐1 −𝑏1 𝑦
𝑥= (8.10)
𝑎1

Substituindo a determinada expressão (8.10) na segunda equação, teremos:

𝑎2 𝑥 + 𝑏2 𝑦 = 𝑐2

𝑐1 − 𝑏1 𝑦 𝑐1 𝑎2 ∙ −𝑏1 𝑎2 ∙ 𝑦
𝑎2 ( ) + 𝑏2 𝑦 = 𝑐2 ↔ + 𝑏2 𝑦 = 𝑐2 ↔
𝑎1 𝑎1
𝑐1 ∙ 𝑎2 𝑏1 ∙𝑎2 𝑏1 ∙𝑎2 𝑐1 ∙ 𝑎2
↔ − 𝑦 + 𝑏2 𝑦 = 𝑐2 ↔ − 𝑦 + 𝑏2 𝑦 = 𝑐2 − ↔
𝑎1 𝑎1 𝑎1 𝑎1

𝑏1 .𝑎2 𝑐1 ∙ 𝑎2 𝑎1 .𝑏2 −𝑏1 ∙𝑎2 𝑎1 ∙𝑐2 −𝑐1 ∙ 𝑎2


↔ (𝑏2 − ) 𝑦 = 𝑐2 − ↔( )𝑦 = ↔
𝑎1 𝑎1 𝑎1 𝑎1

↔ (𝑎1 ∙ 𝑏2 − 𝑏1 ∙ 𝑎2 )𝑦 = 𝑎1 ∙ 𝑐2 − 𝑐1 ∙ 𝑎2 .

𝑎1 𝑏1
● Se a expressão 𝑎1 ∙ 𝑏2 − 𝑏1 ∙ 𝑎2 ≠ 0 → ( ≠ ), então:
𝑎2 𝑏2

132
𝑎1 𝑐2 −𝑐1 . 𝑎2
𝑦= (8.11)
𝑎1 .𝑏2 −𝑏1 .𝑎2

Colocando a expressão (8.11) na expressão (8.10), teremos:

𝑐1 − 𝑏1 𝑦
𝑥=
𝑎1


𝑎 𝑐 −𝑐 . 𝑎
𝑐1 −𝑏1 1 2 1 2 𝑐1 .𝑏2 −𝑏1 .𝑐2
𝑎1 .𝑏2 −𝑏1 .𝑎2
𝑥= ↔𝑥=
𝑎1 𝑎1 .𝑏2 −𝑏1 .𝑎2

Conclusão:
Solução do sistema (8.9) será:

𝑐1 ∙ 𝑏2 − 𝑏1 ∙ 𝑐2
𝑥=
𝑎1 ∙ 𝑏2 − 𝑏1 ∙ 𝑎2
𝑎1 ∙ 𝑐2 − 𝑐1 . 𝑎2
𝑦=
{ 𝑎1 ∙ 𝑏2 − 𝑏1 ∙ 𝑎2
𝑎1 𝑏1
● Se a expressão 𝑎1 ∙ 𝑏2 − 𝑏1 ∙ 𝑎2 = 0 , 𝑎1 ∙ 𝑐2 − 𝑐1 ∙ 𝑎2 = 0 → ( = =
𝑎2 𝑏2
𝑐1 𝑐1 −𝑏1 𝑡
𝑐2
) , então sistema tem múltiplas soluções. (𝑥, 𝑦) = ( 𝑎1
, 𝑡) , onde t é

parâmetro e 𝑡 ∈ 𝑅.
𝑎 𝑏1
● Se a expressão 𝑎1 ∙ 𝑏2 − 𝑏1 ∙ 𝑎2 = 0 , 𝑎1 𝑐2 − 𝑐1 ∙ 𝑎2 ≠ 0 → ( 1 = ≠
𝑎 2 𝑏2
𝑐1
𝑐2
), então sistema não tem solução.

5𝑥 + 4𝑦 = −3
Ex.1: {
3𝑥 − 2𝑦 = 7
𝑎1 𝑏1 5 4
Analisando que: ≠ → ≠ , então o determinado sistema possui uma
𝑎2 𝑏2 3 −2
única solução. Localizaremos a solução conforme as regras acima:

5𝑥 + 4𝑦 = −3
{
3𝑥 − 2𝑦 = 7

133
−3−4𝑦
5𝑥 + 4𝑦 = −3 → 5𝑥 = −3 − 4𝑦 → 𝑥 = .
5

Substituindo na segunda equação no lugar da variável 𝑥 , teremos:

3𝑥 − 2𝑦 = 7

−3−4𝑦 −9−12𝑦 9 12
3( ) − 2𝑦 = 7 → − 2𝑦 = 7 → − − 𝑦 − 2𝑦 = 7 →
5 5 5 5

12 9 12 9
→− 𝑦 − 2𝑦 = 7 + → (− − 2) 𝑦 = 7 + →
5 5 5 5
44
22 44 5
− 𝑦= → 𝑦 = − 22
5 5
5

44 5
𝑦=− ×
5 22

𝑦 = −2

Agora localizaremos 𝑥 com ajuda da expressão:


−3−4𝑦 −3−4(−2) −3+8
𝑥= →𝑥= →𝑥= → 𝑥 = 1.
5 5 5

Resposta: determinado sistema possui solução (𝑥, 𝑦) = (1, −2).

2𝑥 + 3𝑦 = 1
Ex.2: {
4𝑥 + 6𝑦 = 2
𝑎1 𝑏1 𝑐1 2 3 1
Analisando que: = = → = = , então o determinado
𝑎2 𝑏2 𝑐2 4 6 2

sistema possui infinitas múltiplas soluções.

134
2𝑥 + 3𝑦 = 1
{
4𝑥 + 6𝑦 = 2

1−3𝑦
2𝑥 + 3𝑦 = 1 → 2𝑥 = 1 − 3𝑦 → 𝑥 = .
2

Substituindo na segunda equação no lugar da variável x, teremos:

4𝑥 + 6𝑦 = 2


1 − 3𝑦
4( ) + 6𝑦 = 2 → 2(1 − 3𝑦) + 6𝑦 = 2 → 2 − 6𝑦 + 6𝑦 = 2
2


0𝑦 = 0.

Sistema possui múltiplas infinitas soluções, que possuem a forma:

1 − 3𝑡
(𝑥, 𝑦) = ( , 𝑡) , 𝑡 ∈ 𝑅
2
1−3.0 1
Por exemplo, quando 𝑡 = 0, (𝑥, 𝑦) = ( , 0) = ( ,0). Esta é uma das
2 2

múltiplas soluções do sistema.


Para verificação, só temos que colocar a determinada solução no sistema e
veremos uma igualdade:
2𝑥 + 3𝑦 = 1
{
4𝑥 + 6𝑦 = 2


1
2× +3∙0=1 1=1
2
{ → { → Verdadeiro
1
4× +6∙0=2 2=2
2

135
Igualmente verifique, quando 𝑡 = {1, 2, 3 … }

3𝑥 − 2𝑦 = 1
Ex.3: {
6𝑥 − 4𝑦 = 3
𝑎1 𝑏1 𝑐1 3 −2 1
Vendo que: = ≠ → = ≠ , o determinado sistema não
𝑎2 𝑏2 𝑐2 6 −4 3

possui solução.
1+2𝑦
3𝑥 − 2𝑦 = 1 → 3𝑥 = 1 + 2𝑦 → 𝑥 = .
3

Substituindo na segunda equação no lugar da variável x, teremos:

6𝑥 − 4𝑦 = 3


1 + 2𝑦
6( ) − 4𝑦 = 3 → 2(1 + 2𝑦) − 4𝑦 = 3 → 2 + 2𝑦 − 2𝑦 = 3
3


0𝑦 = 1.

Sistema não possui solução.

Exercício adicional

3𝑥 + 4𝑦 = −5
1) {
𝑥 + 2𝑦 = −3
𝑎1 𝑏1 3 4
Analisando que: ≠ → ≠ , o determinado sistema possui uma
𝑎2 𝑏2 1 2

única solução.
Notaremos que 𝑎2 = 1, por isso com ajuda da segunda equação isolaremos a
variável x:

𝑥 + 2𝑦 = −3 → 𝑥 = −3 − 2𝑦.

136
Substituindo na primeira equação no lugar da variável x, teremos:

3𝑥 + 4𝑦 = −5


3(−3 − 2𝑦) + 4𝑦 = −5 → −9 − 6𝑦 + 4𝑦 = −5 → −6𝑦 + 4𝑦 = −5 + 9 →

→ −2𝑦 = 4 → 𝑦 = −2.

Agora localizaremos 𝑥 com ajuda da expressão:

𝑥 = −3 − 2𝑦

𝑥 = −3 − 2(−2)

𝑥=1
Resposta: determinado sistema possui solução (𝑥, 𝑦) = (1, −2).

Casos especiais:
≫ Quando a variável x ou y não estão numa das equações do sistema.

3𝑥 − 4𝑦 = 1
Ex.4: {
2𝑥 = 6
Com segunda equação, obteremos:
2𝑥 = 6

𝑥=3
Substituindo na primeira equação no lugar da variável x, teremos:

3𝑥 − 4𝑦 = 1 → 3 ∙ 3 − 4𝑦 = 1 → 9 − 4𝑦 = 1 →

→ −4𝑦 = 1 − 9 → −4𝑦 = −8
𝑦=2

137
Resposta: determinado sistema possui solução (𝑥, 𝑦) = (3,2).

2) Método de redução ou adição;


Esse método consiste em formar termos simétricos de variáveis iguais, para
simplificá-las, por formas a obter uma só variável, obtendo uma equação linear.
Logo teremos o valor da variável não simplificada:

𝑎1 𝑥 + 𝑏1 𝑦 = 𝑐1 𝑎1 ∙ 𝒂𝟐 𝑥 + 𝑏1 ∙ 𝒂𝟐 𝑦 = 𝒂𝟐 ∙ 𝑐1
{ ↔{
𝑎2 𝑥 + 𝑏2 𝑦 = 𝑐2 − 𝒂𝟏 ∙ 𝑎2 𝑥 − 𝒂𝟏 ∙ 𝑏2 𝑦 = − 𝒂𝟏 ∙ 𝑐2

Vamos reduzir as duas partes, teremos:

(𝑏1 ∙ 𝒂𝟐 − 𝒂𝟏 ∙ 𝑏2 )𝑦 = 𝒂𝟐 ∙ 𝑐1 − 𝒂𝟏 ∙ 𝑐2 .
Todos restantes passos faremos igualmente como no método acima analisado.
Agora utilizaremos este método para resolver alguns exercícios já resolvidos
acima.

5𝑥 + 4𝑦 = −3
Ex.1: {
3𝑥 − 2𝑦 = 7
5𝑥 + 4𝑦 = −3
{
3𝑥 − 2𝑦 = 7

5 ∙ 𝟑𝑥 + 4 ∙ 𝟑𝑦 = −3 ∙ 𝟑 15𝑥 + 12𝑦 = −9
{ →{
−𝟓 ∙ 3𝑥 − (−𝟓) ∙ 2𝑦 = 7 ∙ (−𝟓) −15𝑥 + 10𝑦 = −35

Vamos reduzir as duas partes, teremos:

22𝑦 = −44 → 𝑦 = −2 .

Para determinar o valor da variável x , temos que colocar o valor da variável


y numa das equações do sistema:

138
5𝑥 + 4𝑦 = −3 → 5𝑥 + 4(−2) = −3 → 5𝑥 = −3 + 8 →

→ 5𝑥 = 5 → 𝑥 = 1 .

Resposta: determinado sistema possui solução (𝑥, 𝑦) = (1, −2).

2𝑥 + 3𝑦 = 1
Ex.2: {
4𝑥 + 6𝑦 = 2
2𝑥 + 3𝑦 = 1
{
4𝑥 + 6𝑦 = 2


2 ∙ (−𝟐)𝑥 + 3 ∙ (−𝟐)𝑦 = 1 ∙ (−𝟐) −4𝑥 − 6𝑦 = −2
{ →{
4𝑥 + 6𝑦 = 2 4𝑥 + 6𝑦 = 2

Vamos reduzir as duas partes, teremos:

0𝑥 + 0𝑦 = 0.

Sistema possui sistema, tem múltiplas infinitas soluções.

Agora vamos isolar x na primeira equação do sistema, teremos:


1−3𝑦
2𝑥 + 3𝑦 = 1 → 2𝑥 = 1 − 3𝑦 → 𝑥 = .
2

Sistema possui múltiplas infinitas soluções, que possuem a forma:

1 − 3𝑡
(𝑥, 𝑦) = ( , 𝑡) , 𝑡 ∈ R
2

3𝑥 − 2𝑦 = 1
Ex.3: {
6𝑥 − 4𝑦 = 3

3𝑥 − 2𝑦 = 1 3 ∙ (−𝟐)𝑥 − 2 ∙ (−𝟐)𝑦 = 1 ∙ (−𝟐)


{ →{ →
6𝑥 − 4𝑦 = 3 6𝑥 − 4𝑦 = 3
139
− 6𝑥 + 4𝑦 = −2
→{
6𝑥 − 4𝑦 = 3

Vamos reduzir as duas partes, teremos:

0𝑥 + 0𝑦 = −1

Sistema não possui solução.

3) Método de comparação;
Consiste em comparar as duas expressões, obtidas pelo o isolamento das
variáveis iguais das duas equações do sistema:

𝑎1 𝑥 + 𝑏1 𝑦 = 𝑐1
{
𝑎2 𝑥 + 𝑏2 𝑦 = 𝑐2


𝑐1 − 𝑏1 𝑦
𝑥=
𝑎1

𝑐2 − 𝑏2 𝑦
𝑥=
𝑎2


𝑥=𝑥

𝑐1 −𝑏1 𝑦 𝑐2 −𝑏2 𝑦
=
𝑎1 𝑎2


𝑎2 ∙ (𝑐1 − 𝑏1 𝑦) = 𝑎1 ∙ (𝑐2 − 𝑏2 𝑦)

𝑐1 ∙ 𝑎2 − 𝑏1 ∙ 𝑎2 𝑦 = 𝑎1 ∙ 𝑐2 − 𝑎1 ∙ 𝑏2 𝑦

140
𝑎1 ∙ 𝑏2 𝑦 − 𝑏1 ∙ 𝑎2 𝑦 = 𝑎1 ∙ 𝑐2 − 𝑐1 ∙ 𝑎2

(𝑎1 ∙ 𝑏2 − 𝑏1 ∙ 𝑎2 )𝑦 = 𝑎1 ∙ 𝑐2 − 𝑐1 ∙ 𝑎2 .

Todos restantes passos faremos igualmente como no primeiro método acima


analisado.

5𝑥 + 4𝑦 = −3
Ex.1: {
3𝑥 − 2𝑦 = 7
5𝑥 + 4𝑦 = −3
{
3𝑥 − 2𝑦 = 7


−3−4𝑦
𝑥=
5
−3−4𝑦 7+2𝑦
{ → = → 3 ∙ (−3 − 4𝑦) = 5 ∙ (7 + 2𝑦) →
5 3
7+2𝑦
𝑥=
3

→ −9 − 12𝑦 = 35 + 10𝑦 → −10𝑦 − 12𝑦 = 35 + 9 →

→ −22𝑦 = 44 → 𝑦 = −2.

Para determinar o valor da variável x , temos que colocar o valor da variável


y numa das equações do sistema:

5𝑥 + 4𝑦 = −3 → 5𝑥 + 4(−2) = −3 → 5𝑥 = −3 + 8 →

→ 5𝑥 = 5 → 𝑥 = 1.

Resposta: determinado sistema possui solução (𝑥, 𝑦) = (1, −2).

8.2. Inequações

Consideram-se inequações as desigualdades entre duas funções:

𝑓(𝑥) ≥ 𝑔(𝑥) (8.12)


141
Onde 𝑓(𝑥) e 𝑔(𝑥) → funções, 𝑥 → variável.
As inequações possuem ainda os seguintes sinais: < , ≤ , > .
O domínio de função da inequação (8.12):

𝐷 = 𝐷(𝑓) ∪ 𝐷(𝑔)
3
Ex.1: √−4𝑥 + 1 + 2 ≥ 2𝑥 2 + + 1
𝑥
3
Onde: 𝑓(𝑥) = √−4𝑥 + 1 + 2 e 𝑔(𝑥) = 2𝑥 2 + + 1
𝑥
1
Logo: 𝐷(𝑓) = {𝑥 | − 4𝑥 + 1 ≥ 0} → 𝐷(𝑓) = {𝑥 | 𝑥 ≤ } → lê-se: O
4

domínio da função 𝑓(𝑥) é igual ao conjunto dos valores da variável x, que


satisfazem a desigualdade −4𝑥 + 1 ≥ 0.
De igual modo, localizaremos o domínio da função 𝐷(𝑔):

𝐷(𝑔) = {𝑥 | 𝑥 > 0}
1 1
Neste caso, temos: 𝐷(𝑓) ∪ 𝐷(𝑔) = {𝑥 | 𝑥 ≤ ; 𝑥 > 0} → {𝑥| 0 < 𝑥 ≤ },
4 4
1
então o domínio da função da equação 𝐷 = {𝑥| 0 < 𝑥 ≤ }.
4

( ]
0 1/4

8.2.1. Inequações lineares

Quando 𝑓(𝑥) , 𝑔(𝑥) são apresentadas na forma:

𝑓(𝑥) = 𝑎1 𝑥 + 𝑏1
𝑔(𝑥) = 𝑎2 𝑥 + 𝑏2

Obteremos inequação linear com uma variável (monovariável ):

𝑓(𝑥) ≥ 𝑔(𝑥)

𝑎1 𝑥 + 𝑏1 ≥ 𝑎2 𝑥 + 𝑏2

142

𝑎1 𝑥 − 𝑎2 𝑥 ≥ 𝑏2 − 𝑏1 → (𝑎1 − 𝑎2 )𝑥 ≥ 𝑏2 − 𝑏1 .

Quando 𝑎1 − 𝑎2 > 0


𝑏2 −𝑏1
𝑥≥
𝑎1 −𝑎2

Quando 𝑎1 − 𝑎2 < 0, obteremos:


𝑏2 −𝑏1
𝑥≤
𝑎1 −𝑎2

Ex.2: 3𝑥 + 4 ≥ 2𝑥 − 2
3𝑥 + 4 ≥ 2𝑥 − 2

3𝑥 − 2𝑥 ≥ −2 − 4

𝑥 ≥ −6

𝑥 ∈ [−6 ; +∞).

[
−6 𝑥 +∞

Se pegarmos um número que se encontre no domínio (região, intervalo) do


valor 𝑥, então a inequação será verdadeira, e se pegarmos um número que não
se encontra no domínio (região, intervalo) do valor 𝑥, então a inequação será
falsa.

● 0 ∈ [−6 ; +∞)
3𝑥 + 4 ≥ 2𝑥 − 2

143
3.0 + 4 ≥ 2.0 − 2

4 ≥ −2 → verdadeira.

● −10 ∉ [−6 ; +∞)


3. (−10) + 4 ≥ 2. (−10) − 2

−30 + 4 ≥ −20 − 2

−26 ≥ −22 → falsa.

Ex.2: 3𝑥 + 4 ≥ 5𝑥 − 2
3𝑥 + 4 ≥ 5𝑥 − 2

−6
3𝑥 − 5𝑥 ≥ −2 − 4 → −2𝑥 ≥ −6 → 𝑥 ≤
−2

𝑥≤3

𝑥 ∈ (−∞ ; 3]

]
−∞ x 3

8.2.2. Inequações quadráticas

Primeiramente, analisaremos função quadrática que possui a forma:

144
𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 (8.13)
Com designação dada, a variável 𝑥 pode possuir os seguintes sinais:

𝑓(𝑥) ≥ 0 → 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 ≥ 0;
𝑓(𝑥) ≤ 0 → 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 ≤ 0;
𝑓(𝑥) > 0 → 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 > 0;

𝑓(𝑥) < 0 → 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 > 0;

𝑓(𝑥) = 0 → 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0.
Quando 𝑓(𝑥) = 0, obteremos uma equação quadrática e nos restantes casos
obteremos inequações quadráticas.
A posição do gráfico da função quadrática (8.13) possui 6 casos analíticos:
≫ Possui duas raízes se:

𝑥1 𝑥2
𝑥1 𝑥2

Caso 1 Caso 2
≫ Possui uma só raiz se:

𝑥1 = 𝑥2
𝑥1 = 𝑥2

Caso 3 Caso 4

145
≫ Não possui raízes se:

Caso 5 Caso 6

Onde 𝑥1 𝑒 𝑥2 são as raízes da função quadrática 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0, isto é,


quando 𝑓(𝑥) = 0.
≫ Vamos analisar o caso 1:

Conforme o gráfico e a presença dos pontos no eixo OX, podemos concluir


que a função 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐, possui as seguintes propriedades:

● A parábola possui o ponto do vértice mínimo, por isso 𝑎 > 0;


● 𝑓(𝑥) = 0 , a parábola interseta os pontos 𝑥1 , 𝑥2 (raízes);
● 𝑓(𝑥) , conserva o sinal positivo (isto é 𝑓(𝑥) > 0) , no intervalo 𝑥 ∈
(−∞; 𝑥1 ) ∪ (𝑥2 ; +∞);
● 𝑓(𝑥) , conserva o sinal negativo (isto é 𝑓(𝑥) < 0), no intervalo 𝑥 ∈
(𝑥1 ; 𝑥2 ).
146
Conclusão:
Quando 𝑎 > 0, ∆> 0, então 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 > 0, logo:

✓ 𝑓(𝑥) = 0 → 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0, quando 𝑥 = 𝑥1 , 𝑥2 ;

✓ 𝑓(𝑥) > 0 → 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 > 0, quando 𝑥 ∈ (−∞; 𝑥1 ) ∪ (𝑥2 ; +∞);

✓ 𝑓(𝑥) < 0 → 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 < 0, quando 𝑥 ∈ (𝑥1 ; 𝑥2 );

✓ 𝑓(𝑥) ≥ 0, → 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 ≥ 0, quando 𝑥 ∈ (−∞ ; 𝑥1 ] ∪ [ 𝑥2 ; +∞);

✓ 𝑓(𝑥) ≤ 0 → 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 ≤ 0, quando 𝑥 ∈ [ 𝑥1 ; 𝑥2 ].

≫ Vamos analisar o caso 2:

Conforme o gráfico e a presença dos pontos no eixo OX, podemos concluir


que a função 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐, possui as seguintes propriedades:

● A parábola possui o ponto do vértice máximo, por isso 𝑎 < 0;


● 𝑓(𝑥) = 0, parábola interseta os pontos 𝑥1 , 𝑥2 (raízes);
● 𝑓(𝑥) conserva o sinal positivo (isto é 𝑓(𝑥) > 0) , no intervalo 𝑥 ∈
(𝑥1 ; 𝑥2 );
● 𝑓(𝑥) conserva o sinal negativo (isto é 𝑓(𝑥) < 0) , no intervalo 𝑥 ∈
(−∞; 𝑥1 ) ∪ (𝑥2 ; +∞).

Conclusão:

147
Quando 𝑎 < 0, ∆> 0, então 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 > 0, logo:

✓ 𝑓(𝑥) = 0 → 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0, quando 𝑥 = 𝑥1 , 𝑥2 ;

✓ 𝑓(𝑥) > 0 → 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 > 0, quando 𝑥 ∈ (𝑥1 ; 𝑥2 ) ;

✓ 𝑓(𝑥) < 0 → 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 < 0, quando 𝑥 ∈ (−∞; 𝑥1 ) ∪ (𝑥2 ; +∞);

✓ 𝑓(𝑥) ≥ 0, → 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 ≥ 0, quando 𝑥 ∈ [𝑥1 ; 𝑥2 ] ;

✓ 𝑓(𝑥) ≤ 0 → 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 ≤ 0, quando 𝑥 ∈ (−∞; 𝑥1 ] ∪ [𝑥2 ; +∞).

≫ Vamos analisar o caso 3:

Conforme o gráfico e a presença do ponto no eixo OX, podemos concluir que


a função 𝑓 (𝑥 ) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐, possui as seguintes propriedades:

● A parábola possui o ponto do vértice mínimo, por isso 𝑎 > 0;


𝑏
● 𝑓(𝑥) = 0, a parábola toca o ponto 𝑥1 = 𝑥2 = 𝑥0 = − ;
2𝑎

● 𝑓(𝑥) conserva o sinal positivo (isto é 𝑓(𝑥) > 0) , no intervalo 𝑥 ∈


(−∞; 𝑥0 ) ∪ (𝑥0 ; +∞).

Conclusão:
Quando 𝑎 > 0, ∆= 0, então 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 = 0, logo:

✓ 𝑓(𝑥) = 0 → 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0, quando 𝑥 = 𝑥0 ;

148
✓ 𝑓(𝑥) > 0 → 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 > 0, quando 𝑥 ∈ (−∞; 𝑥0 ) ∪ (𝑥0 ; +∞) ;

✓ 𝑓(𝑥) < 0 → 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 < 0, quando 𝑥 = ∅ ;

✓ 𝑓(𝑥) ≥ 0 → 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 ≥ 0, quando 𝑥 = (−∞; +∞) ;

✓ 𝑓(𝑥) ≤ 0 → 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 ≤ 0, quando 𝑥 = 𝑥0 .

≫ Vamos analisar o caso 4:

Conforme o gráfico e a presença do ponto no eixo OX, podemos concluir que


a função 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐, possui as seguintes propriedades:

● A parábola possui o ponto do vértice máximo, por isso 𝑎 < 0;


𝑏
● 𝑓(𝑥) = 0, a parábola toca o ponto 𝑥1 = 𝑥2 = 𝑥0 = − ;
2𝑎

● 𝑓(𝑥) conserva o sinal negativo (isto é 𝑓(𝑥) < 0) , no intervalo 𝑥 ∈


(−∞; 𝑥0 ) ∪ (𝑥0 ; +∞).

Conclusão:
Quando 𝑎 < 0, ∆= 0, então 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 = 0, logo:

✓ 𝑓(𝑥) = 0 → 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0, quando 𝑥 = 𝑥0 ;

✓ 𝑓(𝑥) > 0 → 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 > 0, quando 𝑥 = ∅ ;

✓ 𝑓(𝑥) < 0 → 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 < 0, quando 𝑥 ∈ (−∞; 𝑥0 ) ∪ (𝑥0 ; +∞) ;

149
✓ 𝑓(𝑥) ≥ 0 → 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 ≥ 0, quando 𝑥 = 𝑥0 ;

✓ 𝑓(𝑥) ≤ 0, → 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 ≤ 0, quando 𝑥 ∈ (−∞ ; +∞).

≫ Vamos analisar o caso 5:

Conforme o gráfico e ausência dos pontos no eixo OX, podemos concluir que
a função a função 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐, possui as seguintes propriedades:

● A parábola possui o ponto do vértice mínimo, por isso 𝑎 > 0;


● 𝑓(𝑥) conserva o sinal positivo (isto é 𝑓(𝑥) > 0) , no intervalo 𝑥 ∈
(−∞ ; +∞)

Conclusão:

Quando 𝑎 > 0, ∆< 0, então 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 < 0, logo:

✓ 𝑓(𝑥) = 0, → 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0, quando 𝑥 = ∅;

✓ 𝑓(𝑥) > 0, → 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 > 0, quando 𝑥 ∈ (−∞ ; +∞);

✓ 𝑓(𝑥) < 0, → 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 < 0, quando 𝑥 = ∅;

✓ 𝑓(𝑥) ≥ 0, → 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 ≥ 0, quando 𝑥 ∈ (−∞ ; +∞);

✓ 𝑓(𝑥) ≤ 0, → 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 ≤ 0, quando 𝑥 = ∅.

≫ Vamos analisar o caso 6:

150
Conforme o gráfico e ausência dos pontos no eixo OX, podemos concluir que
a função 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐, possui as seguintes propriedades:

● A parábola possui o ponto do vertice maximo, por isso 𝑎 < 0;


● 𝑓(𝑥) conserva o sinal negativo (isto é 𝑓(𝑥) < 0) , no intervalo 𝑥 ∈
(−∞ ; +∞)

Conclusão:
Quando 𝑎 < 0, ∆< 0, então 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 < 0, logo:

✓ 𝑓(𝑥) = 0, → 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0, quando 𝑥 = ∅;

✓ 𝑓(𝑥) > 0, → 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 > 0, quando 𝑥 = ∅;

✓ 𝑓(𝑥) < 0, → 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 < 0, quando 𝑥 ∈ (−∞ ; +∞);

✓ 𝑓(𝑥) ≥ 0, → 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 ≥ 0, quando 𝑥 = ∅;

✓ 𝑓(𝑥) ≤ 0, → 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 ≤ 0, quando 𝑥 ∈ (−∞ ; +∞).

Mostraremos tudo que foi analisado acima numa tabela (8.1) de uma visão mais resumida
e bastante esclarecida:

151
Tabela 8.1
Tabela de análise dos sinais e intervalos das inequações quadráticas

𝒇(𝒙) 𝒂𝒙𝟐 + 𝒃𝒙 + 𝒄 > 𝟎 𝒂𝒙𝟐 + 𝒃𝒙 + 𝒄 ≥ 𝟎 𝒂𝒙𝟐 + 𝒃𝒙 + 𝒄 < 𝟎 𝒂𝒙𝟐 + 𝒃𝒙 + 𝒄 ≤ 𝟎

∆<𝟎

𝒂>𝟎 𝑥 ∈ (−∞ ; +∞) 𝑥 ∈ (−∞ ; +∞) 𝑥=∅ 𝑥=∅

𝒂<𝟎 𝑥=∅ 𝑥=∅ 𝑥 ∈ (−∞ ; +∞) 𝑥 ∈ (−∞ ; +∞)

∆=𝟎

𝑥 ∈
𝒂>𝟎 𝑥 ∈ (−∞ ; +∞) 𝑥=∅ 𝑥 = 𝑥0
(−∞ ; 𝑥0 ) ∪ (𝑥0 ; +∞)
𝑥∈
𝒂<𝟎 𝑥=∅ 𝑥 = 𝑥0 𝑥 ∈ (−∞ ; +∞)
(−∞ ; 𝑥0 ) ∪ (𝑥0 ; +∞)

∆>𝟎

𝑥 ∈
𝒂>𝟎 𝑥 ∈ (−∞; 𝑥1 ] ∪ [𝑥2 ; +∞) 𝑥 ∈ (𝑥1 ; 𝑥2 ) 𝑥 ∈ [𝑥1 ; 𝑥2 ]
(−∞; 𝑥1 ) ∪ (𝑥2 ; +∞)
𝑥 ∈ [𝑥1 ; 𝑥2 ]
𝑥 ∈ 𝑥 ∈
𝒂<𝟎 𝑥 ∈ (𝑥1 ; 𝑥2 )
(−∞; 𝑥1 ) ∪ (𝑥2 ; +∞) (−∞; 𝑥1 ] ∪ [𝑥2 ; +∞)

152
Ex.1: 𝑥 2 + 3𝑥 + 2 > 0
Como 𝑎 = 1 > 0, 𝑎 − 𝑏 + 𝑐 → 1 − 3 + 2 = 0, por isso que, a equação
𝑐 2
quadrática 𝑥 2 + 3𝑥 + 2 = 0 possui duas raízes, 𝑥1 = −1, 𝑥2 = − = − = −2.
𝑎 1

Então a inequação 𝑥 2 + 3𝑥 + 2 > 0, coincide com o primeiro caso, logo:

𝑥 2 + 3𝑥 + 2 > 0, quando 𝑥 ∈ (−∞; −2) ∪ (−1; +∞).

Na recta real juntamente com o sinal da inequação em que o coeficiente 𝑎 =


1 > 0, teremos:

++ +
−∞ -2 -1 +∞

𝑥 ∈ (−∞; −2) ∪ (−1; +∞).

Ex.2: 𝑥 2 − 𝑥 − 6 ≤ 0
Em primeiro lugar vamos localizar as raízes da equação quadrática:

𝑥2 − 𝑥 − 6 = 0

∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐

∆= (−1)2 − 4 ∙ 1 ∙ (−6)

∆= 1 + 24

∆= 25

153
−𝑏 + √∆
𝑥1 =
2𝑎
−𝑏 − √∆
𝑥2 =
{ 2𝑎

−(−1) + √25
𝑥1 =
2.1
−(−1) − √25
𝑥2 =
{ 2.1

1+5
𝑥1 =
{ 2
1−5
𝑥2 =
2

𝑥1 = −2
{
𝑥2 = 3

Como 𝑎 = 1 > 0 , então a inequação 𝑥 2 − 𝑥 − 6 ≤ 0, coincide com o


primeiro caso, logo:
𝑥 2 − 𝑥 − 6 ≤ 0, quando 𝑥 ∈ [−2 ; 3 ].

Na recta real juntamente com o sinal da inequação em que o coeficiente 𝑎 =


1 > 0, teremos:

+ +
−∞ -2 − 3 +∞

𝑥 ∈ [−2 ; 3 ].

154
Ex.3: Determine o domínio da função 𝑦 = 𝑓(𝑥) = √−𝑥 2 + 3𝑥 − 2
Função 𝑦 = √−𝑥 2 + 3𝑥 − 2, existe só e somente, quando: −𝑥 2 + 3𝑥 − 2 ≥
0.
Em primeiro lugar, vamos localizar as raízes da equação quadrática:

−𝑥 2 + 3𝑥 − 2 = 0

∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐

∆= 32 − 4 ∙ (−1) ∙ (−2)

∆= 9 − 8

∆= 1

−𝑏 + √∆
𝑥1 =
2𝑎
−𝑏 − √∆
𝑥2 =
{ 2𝑎

−3 + √1
𝑥1 =
2. (−1)
−3 − √1
𝑥2 =
{ 2. (−1)

−3 + 1
𝑥1 =
{ −2
−3 − 1
𝑥2 =
−2

155
𝑥 =1
{ 1
𝑥2 = 2

Como 𝑎 = −1 < 0, então a inequação −𝑥 2 + 3𝑥 − 2 ≥ 0, coincide com o


segundo caso, logo:
−𝑥 2 + 3𝑥 − 2 ≥ 0, quando 𝑥 ∈ [1 ; 2]

Na recta real juntamente com o sinal da inequação em que o coeficiente 𝑎 =


−1 < 0, teremos:

+
−∞ 1 2 +∞
− − −

𝑥 ∈ [1 ; 2 ].

Ex.4: Analise o sinal da função 𝑦 = 𝑓(𝑥) = −2𝑥 2 + 7𝑥 − 5


Em primeiro lugar, vamos localizar as raízes da equação quadrática:

−2𝑥 2 + 7𝑥 − 5 = 0

Como 𝑎 = −2 < 0, 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 → −2 + 7 − 5 = 0, por isso que, a equação


quadrática
𝑐 −5 5
−2𝑥 2 + 7𝑥 − 5 = 0, possui duas raízes, 𝑥1 = 1, 𝑥2 = = = .
𝑎 −2 2

O gráfico da 𝑦 = −2𝑥 2 − 3𝑥 + 5, coincide com segundo caso, logo:

✓ 𝑓(𝑥) = 0 → −2𝑥 2 + 7𝑥 − 5 = 0, quando 𝑥 = {1 , 5/2};

✓ 𝑓(𝑥) > 0 → −2𝑥 2 + 7𝑥 − 5 > 0, quando 𝑥 ∈ (1; 5/2) ;

✓ 𝑓(𝑥) < 0 → −2𝑥 2 + 7𝑥 − 5 < 0, quando 𝑥 ∈ (−∞; 1) ∪ (5/2; +∞);

✓ 𝑓(𝑥) ≥ 0, → −2𝑥 2 + 7𝑥 − 5 ≥ 0, quando 𝑥 ∈ [1; 5/2] ;

✓ 𝑓(𝑥) ≤ 0 → −2𝑥 2 + 7𝑥 − 5 ≤ 0, quando 𝑥 ∈ (−∞; 1] ∪ [5/2; +∞).

156
Ex.5: 𝑥 2 + 4𝑥 + 4 > 0
Como 𝑎 = 1 e ∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 → ∆= 42 − 4.4.1 = 0, por isso que a equação
𝑏 4
quadrática 𝑥 2 + 4𝑥 + 4 = 0 possui a raiz 𝑥1 = 𝑥2 = 𝑥0 = − = − = −2 .
2𝑎 2

Logo, as propriedades da inequação quadrática 𝑥 2 + 4𝑥 + 4 > 0, coincidem


com o terceiro caso, isto é:

𝑥 2 + 4𝑥 + 4 > 0, sabendo que 𝑥 ∈ (−∞ ; −2) ∪ (−2 ; +∞)

Pode-se analisar determinada inequação quadrática da seguinte maneira:


Como 𝑥 2 + 4𝑥 + 4 = (𝑥 + 2)2 , então 𝑥 2 + 4𝑥 + 4 > 0 → (𝑥 + 2)2 > 0,
com todos 𝑥 ≠ 0 , isto é:
𝑥 2 + 4𝑥 + 4 > 0, sabendo que 𝑥 ∈ (−∞ ; −2) ∪ (−2 ; +∞).

+ +

−2
1
Ex.6: − 𝑥 2 + 𝑥 − 1 > 0
4
1 1
Como 𝑎 = − e ∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 → ∆= 12 − 4. (− ). (−1) = 0, por isso
4 4
1
que a equação quadrática − 𝑥 2 + 𝑥 − 1 = 0, possui a raiz 𝑥1 = 𝑥2 = 𝑥0 =
4
𝑏 1
− =− −1 = 2.
2𝑎 2
4

1
Logo, as propriedades da inequação quadrática − 𝑥2 + 𝑥 − 1 > 0 ,
4

coincidem com terceiro caso, isto é:


1
− 𝑥 2 + 𝑥 − 1 ≤ 0, sabendo que 𝑥 ∈ (−∞ ; +∞)
4


1
− 𝑥 2 + 𝑥 − 1 > 0, sabendo que 𝑥 = ∅ .
4

Pode-se analisar determinada inequação quadrática da seguinte maneira:

157
1 1 1
Como − 𝑥 2 + 𝑥 − 1 = −( 𝑥 − 1)2 , portanto − 𝑥2 + 𝑥 − 1 > 0 →
4 2 4

1 2 1
− ( 𝑥 − 1) > 0, com 𝑥 ∈ (−∞ ; +∞), isto é, − 𝑥 2 + 𝑥 − 1 > 0 com 𝑥 =
2 4

∅.

1
Ex.7: Determine o domínio da função 𝑦 = 𝑓(𝑥) =
𝑥 2 +𝑥+1
1
Função 𝑦 = , existe só e somente, quando: 𝑥 2 + 𝑥 + 1 ≠ 0.
𝑥 2 +𝑥+1

Como 𝑎 = 1 > 0 e ∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 → ∆= 12 − 4.1.1 = −3 < 0 , logo as


propriedades da inequação quadrática 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 + 𝑥 + 1, coincidem com o
quinto caso, isto é: 𝑥 2 + 𝑥 + 1 > 0, com todos 𝑥 ∈ (−∞ ; +∞), por isso que
𝑥 2 + 𝑥 + 1 ≠ 0, com todos 𝑥 ∈ 𝑅.
Conclusão:
1
Função 𝑦 = , determina-se com todos 𝑥 ∈ 𝑅.
𝑥 2 +𝑥+1

Ex.8: Analise o sinal da função 𝑦 = 𝑓(𝑥) = −2𝑥 2 + 3𝑥 − 4

Como 𝑎 = −2 < 0, и ∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 → ∆= 32 − 4. (−2). (−3) = −15 < 0


logo as propriedades da inequação quadrática 𝑓(𝑥) = −2𝑥 2 + 3𝑥 − 4
coincidem com o sexto caso, isto é:
158
✓ 𝑓(𝑥) < 0, → −2𝑥 2 + 3𝑥 − 4 < 0, sabendo que 𝑥 ∈ (−∞ ; +∞).

Recordemos!
Tabela 8.2
Tabela de análise dos intervalos das inequações

Inequação Intervalo

x>a (𝑎; +∞)

x<a (−∞; 𝑎)

x≥a [𝑎; +∞)

x≤a (−∞; 𝑎]

a<x<b (𝑎; 𝑏)

a≤x≤b [𝑎; 𝑏]

a≤x<b [𝑎; 𝑏)

a<x≤b (𝑎; 𝑏]

A determinada tabela será útil no subtema que se segue!

8.2.3. Inequações fraccionárias

Inequações fraccionárias são aquelas inequações apresentadas de seguinte


forma:

159
ℎ(𝑥)
𝑓(𝑥) = ≠0
𝑔(𝑥)
Elas podem ser do tipo:
ℎ(𝑥)
1) Inequação > 0, equivalente a dois sistemas de inequações:
𝑔(𝑥)

ℎ(𝑥) > 0 ℎ(𝑥) < 0


{ ou {
𝑔(𝑥) > 0 𝑔(𝑥) < 0
ℎ(𝑥)
2) Inequação < 0, equivalente a dois sistemas de inequações:
𝑔(𝑥)

ℎ(𝑥) > 0 ℎ(𝑥) < 0


{ ou {
𝑔(𝑥) < 0 𝑔(𝑥) > 0
ℎ(𝑥)
3) Inequação ≥ 0, equivalente a dois sistemas de inequações:
𝑔(𝑥)

ℎ(𝑥) ≥ 0 ℎ(𝑥) ≤ 0
{ ou {
𝑔(𝑥) ≥ 0 𝑔(𝑥) ≤ 0
ℎ(𝑥)
4) Inequação ≤ 0, equivalente a dois sistemas de inequações:
𝑔(𝑥)

ℎ(𝑥) ≥ 0 ℎ(𝑥) ≤ 0
{ ou {
𝑔(𝑥) ≤ 0 𝑔(𝑥) ≥ 0

Exemplo: Inequação canónica fraccionária, constituída por duas equações


lineares.

𝑎1 𝑥 + 𝑏1
𝑓(𝑥) =
𝑎2 𝑥 + 𝑏2
2𝑥+4
Ex.1: 𝑓(𝑥) = >0
𝑥−3

Esta é uma inequação equivalente a dois sistemas de inequações:

2𝑥 + 4 > 0 2𝑥 + 4 < 0
{ ou {
𝑥−3>0 𝑥−3<0


2𝑥 > −4 2𝑥 < −4
{ ou {
𝑥>3 𝑥<3

160
𝑥 > −2 𝑥 < −2
{ ou {
𝑥>3 𝑥<3


𝑥 > −2 𝑥 < −2
{ ou {
𝑥>3 𝑥<3


𝑥 > 3 ou 𝑥 < −2


𝑥 ∈ (−∞; −2) ∪ (3; +∞).

2𝑥−3
Ex.2: 𝑓(𝑥) = ≤0
3𝑥+4

Esta é uma inequação equivalente a dois sistemas de inequações:

2𝑥 − 3 ≤ 0 2𝑥 − 3 ≥ 0
{ ou {
3𝑥 + 4 ≥ 0 3𝑥 + 4 ≤ 0


2𝑥 ≤ 3 2𝑥 ≥ 3
{ ou {
3𝑥 ≥ −4 3𝑥 ≤ −4


3 3
𝑥≤ 𝑥≥
{ 2 ou { 2
4 4
𝑥≥− 𝑥≤−
3 3

4 3
− ≤𝑥≤ ou 𝑥 = ∅
3 2

4 3
𝑥 ∈ (− ; ).
3 2
−2𝑥+13
Ex.3: ≥2
3𝑥+4

161
−2𝑥 + 13
≥2
3𝑥 + 4

−2𝑥 + 13
−2≥0
3𝑥 + 4


−2𝑥 + 13 − 2(3𝑥 + 4)
≥0
3𝑥 + 4


−2𝑥 + 13 − 6𝑥 − 8
≥0
3𝑥 + 4

−8𝑥 + 5
≥0
3𝑥 + 4

Esta é uma inequação equivalente a dois sistemas de inequações:

−8𝑥 + 5 ≥ 0 −8𝑥 + 5 ≤ 0
{ ou {
3𝑥 + 4 ≥ 0 3𝑥 + 4 ≤ 0


−8𝑥 ≥ −5 −8𝑥 ≤ −5
{ ou {
3𝑥 ≥ −4 3𝑥 ≤ −4


5 5
𝑥≤ 𝑥≥
{ 8 ou { 8
4 4
𝑥≥− 𝑥≤−
3 3

4 5
− ≤𝑥≤ ou 𝑥 = ∅
3 8

162

4 5
𝑥 ∈ (− ; ).
3 8

Nota-se que esse método é eficiente quando os sinais das inequações são
determinados (>, <, ≥, ≤), por exemplo, no 1 e 2 exemplo. Quando os sinais
2𝑥+4
das inequações não são determinados, por exemplo, a função 𝑓(𝑥) = ,e
𝑥−3

exige-se determinar em quais segmentos a função possui o sinal maior, menor,


maior ou igual e menor ou igual (>, <, ≥, ≤) . Para resolver essa situação,
utilizaremos o método da inequação canónica fraccionária, constituída por duas
equações lineares, que consiste em diferenciar o denominador a zero e
transformar a divisão numa multiplicação.

𝑎1 𝑥 + 𝑏1
𝑓(𝑥) =
𝑎2 𝑥 + 𝑏2
𝑏2
Domínio do denominador: 𝑎2 𝑥 + 𝑏2 ≠ 0, → 𝑥 ≠ −
𝑎2
𝑎1 𝑥+𝑏1
Essa função chama-se quadrática e os sinais da função , com (𝑎1 𝑥 +
𝑎2 𝑥+𝑏2

𝑏1 )(𝑎2 𝑥 + 𝑏2 ) = 𝑎1 𝑎2 𝑥 2 + (𝑎1 𝑏2 + 𝑎2 𝑏1 )𝑥 + 𝑏1 𝑏2 , são iguais.


b1 b2
1) Se 𝑎1 ∙ 𝑎2 > 0 e − <− , então o gráfico da função 𝑓(𝑥), será de
a1 a2
seguinte modo:

163
𝑎1 𝑥+𝑏1 𝑏1
✓ 𝑓(𝑥) = 0 → = 0, quando 𝑥 = − ;
𝑎2 𝑥+𝑏2 𝑎1

𝑎1 𝑥+𝑏1 𝑏 𝑏
✓ 𝑓(𝑥) > 0 → > 0, quando 𝑥 ∈ (−∞; − 1 ) ∪ (− 2 ; +∞) ;
𝑎2 𝑥+𝑏2 𝑎 𝑎 1 2

𝑎1 𝑥+𝑏1 𝑏1 𝑏
✓ 𝑓(𝑥) < 0 → < 0, quando 𝑥 ∈ (− ; − 2) ;
𝑎2 𝑥+𝑏2 𝑎1 𝑎 2

𝑎1 𝑥+𝑏1 𝑏 𝑏2
✓ 𝑓(𝑥) ≥ 0, → ≥ 0, quando 𝑥 ∈ (−∞ ; − 1 ] ∪ (− , +∞ ) ;
𝑎2 𝑥+𝑏2 𝑎1 𝑎2

𝑎1 𝑥+𝑏1 𝑏1 𝑏2
✓ 𝑓(𝑥) ≤ 0 → ≤ 0, quando 𝑥 ∈ [− ;− ).
𝑎2 𝑥+𝑏2 𝑎1 𝑎2

𝑏1 𝑏2
2) Se 𝑎1 ∙ 𝑎2 < 0 e − <− , então o gráfico da função 𝑓(𝑥), será de
𝑎1 𝑎2

seguinte modo:

𝑎1 𝑥+𝑏1 𝑏1
✓ 𝑓(𝑥) = 0 → = 0, quando 𝑥 = − ;
𝑎2 𝑥+𝑏2 𝑎1

𝑎1 𝑥+𝑏1 𝑏1 𝑏
✓ 𝑓(𝑥) > 0 → > 0, quando 𝑥 ∈ (− ; − 2) ;
𝑎2 𝑥+𝑏2 𝑎1 𝑎 2

𝑎1 𝑥+𝑏1 𝑏 𝑏
✓ 𝑓(𝑥) < 0 → < 0, quando 𝑥 ∈ (−∞; − 1 ) ∪ (− 2 ; +∞) ;
𝑎2 𝑥+𝑏2 𝑎 𝑎 1 2

𝑎1 𝑥+𝑏1 𝑏1 𝑏
✓ 𝑓(𝑥) ≥ 0, → ≥ 0, quando 𝑥 ∈ [ − ; − 2) ;
𝑎2 𝑥+𝑏2 𝑎1 𝑎 2

164
𝑎1 𝑥+𝑏1 𝑏 𝑏2
✓ 𝑓(𝑥) ≤ 0 → ≤ 0, quando 𝑥 ∈ (−∞ ; − 1 ] ∪ (− , +∞ ).
𝑎2 𝑥+𝑏2 𝑎1 𝑎2

𝑏1 𝑏2
3) Se 𝑎1 ∙ 𝑎2 > 0 e − >− , então o gráfico da função 𝑓(𝑥), será de
𝑎1 𝑎2

seguinte modo:

𝑎1 𝑥+𝑏1 𝑏1
✓ 𝑓(𝑥) = 0 → = 0, quando 𝑥 = − ;
𝑎2 𝑥+𝑏2 𝑎1

𝑎1 𝑥+𝑏1 𝑏 𝑏
✓ 𝑓(𝑥) > 0 → > 0, quando 𝑥 ∈ (−∞; − 2 ) ∪ (− 1 ; +∞) ;
𝑎2 𝑥+𝑏2 𝑎 𝑎 2 1

𝑎1 𝑥+𝑏1 𝑏2 𝑏
✓ 𝑓(𝑥) < 0 → < 0, quando 𝑥 ∈ (− ; − 1) ;
𝑎2 𝑥+𝑏2 𝑎2 𝑎 1

𝑎1 𝑥+𝑏1 𝑏 𝑏
✓ 𝑓(𝑥) ≥ 0, → ≥ 0, quando 𝑥 ∈ (−∞ ; − 2 ) ∪ [− 1 , +∞ );
𝑎2 𝑥+𝑏2 𝑎 𝑎 2 1

𝑎1 𝑥+𝑏1 𝑏2 𝑏
✓ 𝑓(𝑥) ≤ 0 → ≤ 0, quando 𝑥 ∈ (− ; − 1 ].
𝑎2 𝑥+𝑏2 𝑎2 𝑎1

𝑏1 𝑏2
4) Se 𝑎1 ∙ 𝑎2 < 0 e − >− , então o gráfico da função 𝑓(𝑥), será de
𝑎1 𝑎2

seguinte modo:

165
𝑎1 𝑥+𝑏1 𝑏1
✓ 𝑓(𝑥) = 0 → = 0, quando 𝑥 = − ;
𝑎2 𝑥+𝑏2 𝑎1

𝑎1 𝑥+𝑏1 𝑏2 𝑏
✓ 𝑓(𝑥) > 0 → > 0, quando 𝑥 ∈ (− ; − 1) ;
𝑎2 𝑥+𝑏2 𝑎2 𝑎 1

𝑎1 𝑥+𝑏1 𝑏 𝑏
✓ 𝑓(𝑥) < 0 → < 0, quando 𝑥 ∈ (−∞; − 2 ) ∪ (− 1 ; +∞) ;
𝑎2 𝑥+𝑏2 𝑎 𝑎 2 1

𝑎1 𝑥+𝑏1 𝑏2 𝑏
✓ 𝑓(𝑥) ≥ 0, → ≥ 0, quando 𝑥 ∈ (− ; − 1] ;
𝑎2 𝑥+𝑏2 𝑎2 𝑎1

𝑎1 𝑥+𝑏1 𝑏 𝑏
✓ 𝑓(𝑥) ≤ 0 → ≤ 0, quando 𝑥 ∈ (−∞ ; − 2 ) ∪ [− 1 , +∞ ).
𝑎2 𝑥+𝑏2 𝑎 𝑎 2 1

As inequações fraccionárias, constituídas por duas equações lineares, ainda


podem ser:

𝑎𝑥+𝑏
● 𝑓(𝑥) = +𝑒
𝑐𝑥+𝑑

𝑎𝑥 + 𝑏
𝑓(𝑥) = +𝑒
𝑐𝑥 + 𝑑


𝑎𝑥 + 𝑏 + 𝑒(𝑐𝑥 + 𝑑)
𝑓(𝑥) =
𝑐𝑥 + 𝑑
166

𝑎𝑥 + 𝑏 + 𝑒𝑐𝑥 + 𝑒𝑑
𝑓(𝑥) =
𝑐𝑥 + 𝑑


(𝑎 + 𝑒𝑐)𝑥 + 𝑏 + 𝑒𝑑
𝑓(𝑥) =
𝑐𝑥 + 𝑑
Substituindo, teremos:
𝑎 = 𝑎 + 𝑒𝑐 𝑎2 = 𝑐
{ 1 e {𝑏 = 𝑑
𝑏1 = 𝑏 + 𝑒𝑑 2

𝑎𝑥+𝑏 𝑎1 𝑥+𝑏1
𝑓(𝑥) = + 𝑒 → 𝑓(𝑥) =
𝑐𝑥+𝑑 𝑎2 𝑥+𝑏2

𝑎
● 𝑓(𝑥) = +𝑑
𝑏𝑥+𝑐

𝑎
𝑓(𝑥) = +𝑑
𝑏𝑥 + 𝑐


𝑎 + 𝑑(𝑏𝑥 + 𝑐)
𝑓(𝑥) =
𝑏𝑥 + 𝑐


𝑎 + 𝑏𝑑𝑥 + 𝑐𝑑
𝑓(𝑥) =
𝑏𝑥 + 𝑐


𝑏𝑑𝑥 + 𝑎 + 𝑐𝑑
𝑓(𝑥) =
𝑏𝑥 + 𝑐
Substituindo, teremos:
𝑎 = 𝑏𝑑 𝑎 =𝑏
{ 1 e { 2
𝑏1 = 𝑎 + 𝑐𝑑 𝑏2 = 𝑐

𝑎 𝑎1 𝑥+𝑏1
𝑓(𝑥) = + 𝑑 → 𝑓(𝑥) =
𝑏𝑥+𝑐 𝑎2 𝑥+𝑏2

Mostraremos tudo que já foi analisado numa tabela (8.3) de apoio:

167
Tabela 8.3
𝑎1 𝑥+𝑏1
Tabela de análise dos sinais e intervalos das inequações fraccionária do tipo: 𝑓(𝑥) =
𝑎1 𝑥+𝑏1

𝒂𝟏 𝒙 + 𝒃𝟏 𝒂𝟏 𝒙 + 𝒃𝟏 𝒂𝟏 𝒙 + 𝒃𝟏 𝒂𝟏 𝒙 + 𝒃𝟏
𝒇(𝒙) >𝟎 ≥𝟎 <𝟎 ≤𝟎
𝒂𝟐 𝒙 + 𝒃𝟐 𝒂𝟐 𝒙 + 𝒃𝟐 𝒂𝟐 𝒙 + 𝒃𝟐 𝒂𝟐 𝒙 + 𝒃𝟐

𝒂𝟏 𝒂𝟐 > 𝟎

𝐛𝟏 𝐛𝟐 𝑥∈ 𝑥∈ b1 b2 b1 b2
− <− b1 b2 b1 b2 𝑥 ∈ (− ;− ) 𝑥 ∈ [− ;− )
𝐚𝟏 𝐚𝟐 (−∞; − ) ∪ (− ; +∞) (−∞; − ] ∪ (− ; +∞) a1 a2 a1 a2
a1 a2 a1 a2

𝐛𝟏 𝐛𝟐 𝑥∈ 𝑥∈ b2 b1 b2 b1
− >− b2 b1 b2 b1 𝑥 ∈ (− ;− ) 𝑥 ∈ (− ;− ]
𝐚𝟏 𝐚𝟐 (−∞; − ) ∪ (− ; +∞) (−∞; − ) ∪ [− ; +∞) a2 a1 a2 a1
a2 a1 a2 a1

𝒂𝟏 𝒂𝟐 < 𝟎

𝐛𝟏 𝐛𝟐 b1 b2 b1 b2 b1 b2 b1 b2
− <− 𝑥 ∈ (− ;− ) 𝑥 ∈ [− ;− ) (−∞; − ) ∪ (− ; +∞) (−∞; − ] ∪ (− ; +∞)
𝐚𝟏 𝐚𝟐 a1 a2 a1 a2 a1 a2 a1 a2

b2 b1
𝑥 ∈ (− ;− ] 𝑥∈ 𝑥∈
𝐛𝟏 𝐛𝟐 b2 b1 a2 a1
− >− 𝑥 ∈ (− ;− ) b2 b1 b2 b1
𝐚𝟏 𝐚𝟐 a2 a1 (−∞; − ) ∪ (− ; +∞) (−∞; − ) ∪ [− ; +∞)
a2 a1 a2 a1

168
2𝑥+4
Ex.1: 𝑓(𝑥) =
𝑥−3

Domínio do denominador: 𝑥 − 3 ≠ 0, → 𝑥 ≠ 3
Teremos:
𝑏 4 𝑏1
− 1=− − = −2
𝑎 2 𝑎1
{ 𝑏12 −3 → { 𝑏2
− =− − =3
𝑎2 1 𝑎2

𝑏1 𝑏2
Como 𝑎1 ∙ 𝑎2 = 2 ∙ 1 = 2 > 0 , − <− , → −2 < 3, então esta função
𝑎1 𝑎2
coincide com o primeiro caso:
2𝑥+4
✓ 𝑓(𝑥) = 0 → = 0, quando 𝑥 = −2
𝑥+3

2𝑥+4
✓ 𝑓(𝑥) > 0 → > 0, quando 𝑥 ∈ (−∞; −2) ∪ (3; +∞);
𝑥+3

2𝑥+4
✓ 𝑓(𝑥) < 0 → < 0, quando 𝑥 ∈ (−2; 3);
𝑥+3

2𝑥+4
✓ 𝑓(𝑥) ≥ 0, → ≥ 0, quando 𝑥 ∈ (−∞ ; −2] ∪ (3 , +∞ );
𝑥+3

2𝑥+4
✓ 𝑓(𝑥) ≤ 0 → ≤ 0, quando 𝑥 ∈ [ −2; 3 ).
𝑥+3

2𝑥+4
Ex.2: 𝑓(𝑥) =
−𝑥+3

Domínio do denominador: −𝑥 + 3 ≠ 0, → 𝑥 ≠ 3
Teremos:
𝑏1 4 𝑏1
− =− − = −2
𝑎1 2 𝑎1
{ 𝑏2 −3 → { 𝑏2
− =− − =3
𝑎2 −1 𝑎2

𝑏1 𝑏2
Como 𝑎1 ∙ 𝑎2 = 2 ∙ (−1) = −2 < 0 , − <− , → −2 < 3, logo esta
𝑎1 𝑎2
função coincide com o segundo caso:

169
2𝑥+4
✓ 𝑓(𝑥) > 0 → = 0, quando 𝑥 = −2;
−𝑥+3

2𝑥+4
✓ 𝑓(𝑥) > 0 → > 0, quando 𝑥 ∈ (−2; 3);
−𝑥+3

2𝑥+4
✓ 𝑓(𝑥) < 0 → < 0, quando 𝑥 ∈ (−∞; −2) ∪ (3; +∞);
−𝑥+3

2𝑥+4
✓ 𝑓(𝑥) ≥ 0, → ≥ 0, quando 𝑥 ∈ [ −2; 3)
−𝑥+3

2𝑥+4
✓ 𝑓 (𝑥 ) ≤ 0 → ≤ 0, quando 𝑥 ∈ (−∞ ; −2] ∪ (3 , +∞ ).
−𝑥+3

2𝑥−3
Ex.3: 𝑓(𝑥) =
3𝑥+4
4
Domínio do denominador: 3𝑥 + 4 ≠ 0, → 𝑥 ≠ −
3

Teremos:
𝑏 −3 𝑏1 3
− 1=− − =
𝑎 2 𝑎 2
{ 𝑏12 4 → { 𝑏21 4
− =− − =−
𝑎2 3 𝑎2 3

𝑏1 𝑏2 3 4
Como 𝑎1 ∙ 𝑎2 = 2 ∙ 3 = 6 > 0, − >− ,→ > − , logo esta função
𝑎1 𝑎2 2 3
coincide com o terceiro caso:
2𝑥−3 3
✓ 𝑓(𝑥) = 0 → = 0, quando 𝑥 = ;
3𝑥+4 2

2𝑥−3 4 3
✓ 𝑓(𝑥) > 0 → > 0, quando 𝑥 ∈ (−∞; − ) ∪ ( ; +∞) ;
3𝑥+4 3 2

2𝑥−3 4 3
✓ 𝑓(𝑥) < 0 → < 0, quando 𝑥 ∈ (− ; ) ;
3𝑥+4 3 2

2𝑥−3 4 3
✓ 𝑓(𝑥) ≥ 0, → ≥ 0, quando 𝑥 ∈ (−∞ ; − ) ∪ [ , +∞ );
3𝑥+4 3 2

2𝑥−3 4 3
✓ 𝑓(𝑥) ≤ 0 → ≤ 0, quando 𝑥 ∈ (− ; ].
3𝑥+4 3 2

−2𝑥+3
Ex.4: 𝑓(𝑥) =
3𝑥+4

170
4
Domínio do denominador: 3𝑥 + 4 ≠ 0, → 𝑥 ≠ −
3

Teremos:
𝑏 3 𝑏1 3
− 1=− − =
𝑎 −2 𝑎 2
{ 𝑏12 4 → { 𝑏21 4
− =− − =−
𝑎2 3 𝑎2 3

𝑏1 𝑏2 3 4
Como 𝑎1 ∙ 𝑎2 = −2.3 = −6 < 0, − >− ,→ > − , logo esta função
𝑎1 𝑎2 2 3
coincide com o quarto caso:

−2𝑥+3 3
✓ 𝑓(𝑥) = 0 → = 0, quando 𝑥 = − ;
3𝑥+4 2

−2𝑥+3 4 3
✓ 𝑓(𝑥) > 0 → > 0, quando 𝑥 ∈ (− ; )
3𝑥+4 3 2

−2𝑥+3 4 3
✓ 𝑓(𝑥) < 0 → < 0, quando 𝑥 ∈ (−∞; − ) ∪ ( ; +∞) ;
3𝑥+4 3 2

−2𝑥+3 4 3
✓ 𝑓(𝑥) ≥ 0, → ≥ 0, quando 𝑥 ∈ (− ; ] ;
3𝑥+4 3 2

−2𝑥+3 4 3
✓ 𝑓(𝑥) ≤ 0 → ≤ 0, quando 𝑥 ∈ (−∞ ; − ) ∪ [ , +∞ ).
3𝑥+4 3 2

−2𝑥+3
Ex.5: 𝑓(𝑥) = > −2
3𝑥+4
−2𝑥 + 3
> −2
3𝑥 + 4


−2𝑥 + 3
+2>0
3𝑥 + 4

−2𝑥 + 3 + 2(3𝑥 + 4)
>0
3𝑥 + 4

171
−2𝑥 + 3 + 6𝑥 + 8
>0
3𝑥 + 4


4𝑥 + 11
>0
3𝑥 + 4
4
Domínio do denominador: 3𝑥 + 4 ≠ 0, → 𝑥 ≠ −
3
Teremos:
𝑏1 11
− =−
𝑎 4
{ 𝑏21 4
− =−
𝑎2 3

𝑏1 𝑏2 11 4
Como 𝑎1 ∙ 𝑎2 = 4 ∙ 3 = 12 > 0 , − <− ,→ − <− , logo esta
𝑎1 𝑎2 4 3
função coincide com o primeiro caso:

−2𝑥+3 2𝑥+4 11 4
𝑓(𝑥) = > −2 → > 0, quando 𝑥 ∈ (−∞; − ) ∪ (− ; +∞).
3𝑥+4 𝑥+3 4 3

−2
Ex.6: 𝑓(𝑥) = ≤1
3𝑥+1
−2
≤1
3𝑥 + 1


−2
−1≤0
3𝑥 + 1

−2 − 1(3𝑥 + 1)
≤0
3𝑥 + 1


−2 − 3𝑥 − 1
≤0
3𝑥 + 1

172
−3 − 3𝑥
≤0
3𝑥 + 1

−3𝑥 − 3
≤0
3𝑥 + 1
1
Domínio do denominador: 3𝑥 + 1 ≠ 0, → 𝑥 ≠ −
3

Teremos:
𝑏 −3 𝑏
− 1=− − 1 = −1
𝑎 −3 𝑎
{ 𝑏12 1 → { 𝑏12 1
− =− − =−
𝑎2 3 𝑎2 3

𝑏1 𝑏2 1
Como 𝑎1 . 𝑎2 = −3 ∙ 3 = −9 < 0 , − <− , → −1 < − , logo esta
𝑎1 𝑎2 3
função coincide com o segundo caso:

−2 −3𝑥−3
𝑓(𝑥) = ≤1→ ≤ 0 , quando 𝑥 ∈ (−∞ ; −1] ∪
3𝑥+1 3𝑥+1
1
(− 3 , +∞ ).
ℎ(𝑥)
Podemos ainda fazer o estudo do sinal da função 𝑓(𝑥) = ≠ 0, com
𝑔(𝑥)

ajuda de uma tabela.

Para determinar os sinais da função 𝑓(𝑥), temos que ter em conta as seguintes
regras:

≫ Determinar as raízes das equações ℎ(𝑥) = 0, 𝑔(𝑥) = 0;


≫ Meter essas raízes na tabela de estudo do sinal, por forma crescente entre
as raízes, isto é:

−∞ < 𝑥1 < 𝑥2 < 𝑥3 < 𝑥4 … < 𝑥𝑖 < 𝑥𝑖+1 … + ∞ ;

≫ Analisar os sinais das funções ℎ(𝑥), 𝑔(𝑥), em cada intervalo (𝑥𝑖 , 𝑥𝑖+1 );

173
≫ 𝑓(𝑥) terá sinal (+) , isto é, 𝑓(𝑥) maior que 0, no intervalo (𝑥𝑖 , 𝑥𝑖+1 ), se
neste intervalo as funções ℎ(𝑥), 𝑔(𝑥), possuem sinais iguais ou (+) , ou (−)
≫ 𝑓(𝑥) terá sinal (– ) , isto é, 𝑓(𝑥) menor que 0, no intervalo (𝑥𝑖 , 𝑥𝑖+1 ), se
neste intervalo as funções ℎ(𝑥), 𝑔(𝑥), possuem sinais opostos.

Exemplos: Inequação canónica fraccionária, constituída por duas equações


lineares.

ℎ(𝑥) 𝑎1 𝑥 + 𝑏1
𝑓(𝑥) = =
𝑔(𝑥) 𝑎2 𝑥 + 𝑏2

2𝑥+4
Ex.1: 𝑓(𝑥) =
𝑥−3

ℎ(𝑥) = 0 2𝑥 + 4 = 0 𝑥 = −2
Determinando as raízes: { → { → {
𝑔(𝑥) = 0 𝑥−3=0 𝑥=3
Formaremos a tabela:

𝑥 −∞ −2 3 +∞
2𝑥 + 4 − 0 + +
𝑥−3 − − 0 +
2𝑥 + 4
𝑓(𝑥) = + 0 − || +
𝑥−3

Orientações metodológicas:
1) Pegamos qualquer número, que se encontra no intervalo (−∞; −2). Por
exemplo −3 e colocamos no lugar da variável das duas equações:
a) 2(−3) + 4 = −6 + 4 = −2
b) −3 − 3 = −6

c) Ambos números possuem sinal negativo e foi feita a multiplicação dos


2𝑥+4
sinais, por isso que a função 𝑓(𝑥) = , obteu (+) , isto é: (−) ∙ (−) = (+) ;
𝑥−3

174
2) Pegamos −2, colocamos na primeira equação, obtemos zero. Na segunda
colocamos −2 obtemos −5. Como é bastante evidente que o zero quando se
divide com qualquer número real, será sempre igual a zero, por isso é que a
função é igual a zero, quando 𝑥 = −2;
3) Pegamos o número que se encontra no intervalo (−2; 3), número −1 e
colocamos no lugar da variável das duas equações:

a) 2(−1) + 4 = −2 + 4 = 2

b) −1 − 3 = −4

c) Vimos que, a primeira equação possui o valor positivo, a segunda possui o


valor negativo e foi feita a multiplicação dos sinais, por isso que a função
2𝑥+4
𝑓(𝑥) = , obteu o sinal (−) , isto é: (+) ∙ (−) = (−) ;
𝑥−3

4) Pegamos o 3 colocamos na primeira (2 ∙ 3 + 4 = 10) e na segunda


10
equação (3 − 3 = 0), obtemos uma fracção do tipo que é igual a um número
0

indeterminado (||) e a função neste ponto não é determinada;


5) Pegamos qualquer número, que se encontra no intervalo (3; +∞). Por
exemplo 4 e colocamos no lugar da variável das duas equações:

a) 2(4) + 4 = 12

b) 4 − 3 = 1
c) Ambos números possuem sinal positivo e foi feita a multiplicação dos
2𝑥+4
sinais, por isso é que a função 𝑓(𝑥) = , obteu (+) , isto é: (+) ∙ (+) =
𝑥−3

(+) .

Conforme a tabela, podemos concluir que:

✓ No ponto 𝑥 = 3 , 𝑓(𝑥) não é determinada;


2𝑥+4
✓ 𝑓(𝑥) = = 0, 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑥 = −2;
𝑥−3

175
2𝑥+4
✓ 𝑓(𝑥) = > 0, 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑥 ∈ (−∞; −2) ∪ (3; +∞);
𝑥−3

2𝑥+4
✓ 𝑓(𝑥) = < 0, 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑥 ∈ (−2; 3);
𝑥−3

2𝑥+4
✓ 𝑓(𝑥) = ≥ 0, 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑥 ∈ (−∞; −2] ∪ (3; ∞);
𝑥−3

2𝑥+4
✓ 𝑓(𝑥) = ≤ 0, 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑥 ∈ [−2; 3).
𝑥−3

−2𝑥+3
Ex.2: 𝑓(𝑥) =
3𝑥+4

3
ℎ(𝑥) = 0 −2𝑥 + 3 = 0 𝑥=
2
Determinando as raízes: { → { → { 4
𝑔(𝑥) = 0 3𝑥 + 4 = 0 𝑥=−
3

Formaremos a tabela:

𝑥 −∞ 4 3 +∞

3 2
−2𝑥 + 3 + + 0 −
3𝑥 + 4 − 0 + +
𝑓(𝑥)
−2𝑥 + 3 − || + 0 −
=
3𝑥 + 4

Conforme a tabela, podemos concluir que:


4
✓ No ponto 𝑥 = − , 𝑓(𝑥) não é determinada;
3

−2𝑥+3 4
✓ 𝑓(𝑥) = = 0, 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑥 = − ;
3𝑥+4 3

−2𝑥+3 4 3
✓ 𝑓(𝑥) = > 0, 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑥 ∈ (− ; );
3𝑥+4 3 2

−2𝑥+3 4 3
✓ 𝑓(𝑥) = < 0, 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑥 ∈ (−∞; − ) ∪ ( ; +∞);
3𝑥+4 3 2

176
−2𝑥+3 4 3
✓ 𝑓(𝑥) = ≥ 0, 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑥 ∈ (− ; ];
3𝑥+4 3 2

−2𝑥+3 4 3
✓ 𝑓(𝑥) = ≤ 0, 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑥 ∈ (−∞; − ) ∪ [ ; ∞).
3𝑥+4 3 2

Agora analisaremos a inequação canónica fraccionária, constituída por duas


equações: uma lineares e outra quadrática:

ℎ(𝑥) 𝑎1 𝑥 + 𝑏1
𝑓(𝑥) = =
𝑔(𝑥) 𝑎2 𝑥 2 + 𝑏2 𝑥 + 𝑐2
2𝑥−4
Ex.1: 𝑓(𝑥) =
𝑥 2 +2𝑥+3

2𝑥 − 4 = 0 𝑥=2
Determinando as raízes: { 2 → { 2
𝑥 + 2𝑥 + 3 = 0 𝑥 + 2𝑥 + 3 = 0

≫ 𝑥 2 + 2𝑥 + 3 = 0

Como:
𝑎2 = 1 > 0 𝑒 ∆ = 𝑏2 2 − 4𝑎2 . 𝑐2 → 22 − 4.1.3 = −8 < 0

Do caso 5: 8.2.2. Inequações quadráticas, logo:

𝑥 2 + 2𝑥 + 3 > 0 , 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑥 ∈ (−∞ ; +∞)

Formaremos a tabela:

𝑥 −∞ 2 +∞
2𝑥 − 4 − 0 +
𝑥 2 + 2𝑥 + 3 + +
2𝑥 − 4 − 0 +
𝑓(𝑥) =
𝑥 2 + 2𝑥 + 3

2𝑥−4
✓ 𝑓(𝑥) = 0 → = 0, quando 𝑥 = 2;
𝑥 2 +2𝑥+3

177
2𝑥−4
✓ 𝑓(𝑥) > 0 → > 0, quando 𝑥 ∈ (2; +∞);
𝑥 2 +2𝑥+3

2𝑥−4
✓ 𝑓(𝑥) < 0 → < 0, quando 𝑥 ∈ (−∞; 2);
𝑥 2 +2𝑥+3

2𝑥−4
✓ 𝑓(𝑥) ≥ 0, → ≥ 0, quando 𝑥 ∈ [2, +∞ );
𝑥 2 +2𝑥+3

2𝑥−4
✓ 𝑓(𝑥) ≤ 0 → ≤ 0, quando 𝑥 ∈ (−∞ ; 2].
𝑥 2 +2𝑥+3

2𝑥+5
Ex.2: 𝑓(𝑥) =
−𝑥 2 +2𝑥−3

5
2𝑥 + 5 = 0 𝑥=−
Determinando as raízes: { 2 →{ 2
−𝑥 + 2𝑥 − 3 = 0 2
𝑥 + 2𝑥 + 3 = 0
≫ −𝑥 2 + 2𝑥 − 3 = 0
Como:

𝑎2 = −1 < 0, ∆ = 𝑏2 2 − 4𝑎2 𝑐2 → 22 − 4(−1)(−3) = −8 < 0

Do caso 6: 8.2.2. Inequações quadráticas, logo:

−𝑥 2 + 2𝑥 − 3 < 0 , 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑡𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑥 ∈ (−∞ ; +∞)

Formaremos a tabela:

𝑥 −∞ −5/2 +∞
2𝑥 + 5 − 0 +
−𝑥 2 + 2𝑥 − 3 − − −
2𝑥 + 5 + 0 −
𝑓(𝑥) =
−𝑥 2 + 2𝑥 − 3

2𝑥+5 5
✓ 𝑓(𝑥) = 0 → = 0, quando 𝑥 = − ;
−𝑥 2 +2𝑥−3 2

178
2𝑥+5 5
✓ 𝑓(𝑥) > 0 → > 0, quando 𝑥 ∈ (−∞; − ) ;
−𝑥 2 +2𝑥−3 2

2𝑥+5 5
✓ 𝑓(𝑥) < 0 → < 0, quando 𝑥 ∈ (− ; +∞) ;
−𝑥 2 +2𝑥−3 2

2𝑥+5 5
✓ 𝑓(𝑥) ≥ 0, → ≥ 0, quando 𝑥 ∈ (−∞ ; − ] ;
−𝑥 2 +2𝑥−3 2

2𝑥+5 5
✓ 𝑓(𝑥) ≤ 0 → ≤ 0, quando 𝑥 ∈ [− , +∞ ).
−𝑥 2 +2𝑥−3 2

2𝑥−4
Ex.3: 𝑓(𝑥) =
𝑥 2 +2𝑥+1
2𝑥 − 4 = 0 𝑥=2
Determinando as raízes: { 2 → { 2
𝑥 + 2𝑥 + 1 = 0 𝑥 + 2𝑥 + 1 = 0

≫ −𝑥 2 + 2𝑥 + 1 = 0
Como:

𝑎2 > 0 𝑒 ∆ = 𝑏2 2 − 4𝑎2 𝑐2 → 22 − 4.1.1 = 0

Do caso 3: 8.2.2. Inequações quadráticas, logo:


𝑏2 2
✓ 𝑥 2 + 2𝑥 + 1 = 0, 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑥 = − =− = −1
2𝑎2 2.1

✓ 𝑥 2 + 2𝑥 + 1 > 0, 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑥 ∈ (−∞ ; −1) ∪ (−1 ; +∞).

Formaremos a tabela:

𝑥 −∞ −1 2 +∞
2𝑥 − 4 − − 0 +
𝑥 2 + 2𝑥 + 1 + 0 + +
2𝑥 − 4 − || − 0 +
𝑓(𝑥) =
𝑥 2 + 2𝑥 + 1

✓ No ponto 𝑥 = −1 , 𝑓(𝑥) não é determinada;

179
2𝑥−4 𝑏1
✓ 𝑓(𝑥) = 0 → = 0, quando 𝑥 = − = 2;
𝑥 2 +2𝑥+1 𝑎1

2𝑥−4
✓ 𝑓(𝑥) > 0 → > 0, quando 𝑥 ∈ (2; +∞);
𝑥 2 +2𝑥+1

2𝑥−4
✓ 𝑓(𝑥) < 0 → < 0, quando 𝑥 ∈ (−∞; −1) ∪ (−1 ; 2);
𝑥 2 +2𝑥+1

2𝑥−4
✓ 𝑓(𝑥) ≥ 0, → ≥ 0, quando 𝑥 ∈ [2, +∞ )
𝑥 2 +2𝑥+1

2𝑥−4
✓ 𝑓(𝑥) ≤ 0 → ≤ 0, quando 𝑥 ∈ (−∞ ; −1) ∪ ( −1; 2].
𝑥 2 +2𝑥+1

𝑥+3
Ex.4: 𝑓(𝑥) =
−𝑥 2 +4𝑥−4

𝑥+3=0 𝑥 = −3
Determinando as raízes: { 2 → { 2
−𝑥 + 4𝑥 − 4 = 0 −𝑥 + 4𝑥 − 4 = 0

≫ −𝑥 2 + 4𝑥 − 4 = 0

Como:

a2 < 0 𝑒 ∆ = b2 2 − 4a2 c2 → 22 − 4.1.1 = 0

Do ponto 4: 8.2.2. Inequações quadráticas, logo:


𝑏2 4
✓ −𝑥 2 + 4𝑥 − 4 = 0, 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑥 = − =− =2
2𝑎2 2.(−1)

✓ −𝑥 2 + 4𝑥 − 4 < 0, 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑥 ∈ (−∞ ; 2) ∪ (2 ; +∞)

Formaremos a tabela:

𝑥 −∞ −3 2 +∞
𝑥+3 − 0 + +
−𝑥 2 + 4𝑥 − 4 − − 0 −
𝑥+3 + 0 − || −
𝑓(𝑥) =
−𝑥 2 + 4𝑥 − 4

180
✓ No ponto 𝑥 = 2 , 𝑓(𝑥), não é determinada;
𝑥+3
✓ 𝑓(𝑥) = 0 → = 0, quando 𝑥 = −3;
𝑥 2 −4𝑥+4

𝑥+3
✓ 𝑓(𝑥) > 0 → > 0, quando 𝑥 ∈ (−∞; −3);
𝑥 2 −4𝑥+4

𝑥+3
✓ 𝑓(𝑥) < 0 → < 0, quando 𝑥 ∈ (−3; 2) ∪ (2; +∞);
𝑥 2 −4𝑥+4

𝑥+3
✓ 𝑓(𝑥) ≥ 0, → ≥ 0, quando 𝑥 ∈ ( −∞; −3];
𝑥 2 −4𝑥+4

𝑥+3
✓ 𝑓(𝑥) ≤ 0 → ≤ 0, quando 𝑥 ∈ [−3, 2) ∪ (2; +∞).
𝑥 2 −4𝑥+4

2𝑥+6
Ex.1: 𝑓(𝑥) =
𝑥 2 −3𝑥+2

2𝑥 + 6 = 0 𝑥 = −3
Determinando as raízes: { 2 →{ 2
𝑥 − 3𝑥 + 2 = 0 𝑥 − 3𝑥 + 2 = 0

≫ 𝑥 2 − 3𝑥 + 2 = 0

Primeiro passo, localizar o discriminante ( ∆ )


∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐

∆= (−3)2 − 4.12

∆= 1
Como ∆> 0, então a equação possui duas raízes:

−𝑏+√∆ 3+√1
𝑥1 = 𝑥1 =
2𝑎 2.1
{ →{
−𝑏−√∆ 3−√1
𝑥2 = 𝑥2 =
2𝑎 2.1

181
3+1
𝑥1 =
{ 2
3−1
𝑥2 =
2

𝑥 =2
{ 1
𝑥2 = 1
Formaremos a tabela:

𝑥 −∞ −3 1 2 +∞
2𝑥 + 6 − 0 + + +
𝑥 2 − 3𝑥 + 2 + + 0 − 0 +
2𝑥 + 6 − 0 + || − || +
𝑓(𝑥) =
𝑥 2 − 3𝑥 + 2

✓ Nos pontos 𝑥 = 1 𝑒 𝑥 = 2, 𝑓(𝑥) não é determinada;


2𝑥+6
✓ 𝑓(𝑥) = 0 → = 0, quando 𝑥 = −3;
𝑥 2 −3𝑥+2

2𝑥+6
✓ 𝑓(𝑥) > 0 → > 0, quando 𝑥 ∈ (−3; 1) ∪ (2; +∞);
𝑥 2 −3𝑥+2

2𝑥+6
✓ 𝑓(𝑥) < 0 → < 0, quando 𝑥 ∈ (−∞; −3) ∪ (1 ; 2);
𝑥 2 −3𝑥+2

2𝑥+6
✓ 𝑓(𝑥) ≥ 0, → ≥ 0, quando 𝑥 ∈ [−3; 1) ∪ (2; +∞);
𝑥 2 −3𝑥+2

2𝑥+6
✓ 𝑓(𝑥) ≤ 0 → ≤ 0, quando 𝑥 ∈ (−∞; −3] ∪ (1 ; 2).
𝑥 2 −3𝑥+2

Vamos analisar a inequação canónica fraccionária, constituída por duas


equações quadrática:

𝑎1 𝑥 2 + 𝑏1 𝑥 + 𝑐1
𝑓(𝑥) =
𝑎2 𝑥 2 + 𝑏2 𝑥 + 𝑐2

𝑥 2 +3𝑥−4
Ex.1: 𝑓(𝑥) =
2𝑥 2 +𝑥+3

182
2
Determinando as raízes: { 𝑥 2 + 3𝑥 − 4 = 0
𝑥 + 2𝑥 + 3 = 0

≫ 𝑥 2 + 3𝑥 − 4 = 0

Como:
𝑎 + 𝑏 + 𝑐 → 1 + 3 − 4 = 0,
𝑐 −4
Logo a equação possui uma raiz igual a 1 e outra raiz igual a = = −4;
𝑎 1

≫ 𝑥 2 + 2𝑥 + 3 = 0
Como:
𝑎2 = 1 > 0 e ∆ = 𝑏2 2 − 4𝑎2 . 𝑐2 → 22 − 4.1.3 = −8 < 0

Do caso 5: 8.2.2. Inequações quadráticas , logo:

𝑥 2 + 2𝑥 + 3 > 0 , 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑥 ∈ (−∞ ; +∞)

Formaremos a tabela:

𝑥 −∞ −4 1 +∞
𝑥 2 + 3𝑥 − 4 + 0 − 0 +
𝑥 2 + 2𝑥 + 3 + + +
𝑥 2 + 3𝑥 − 4 + 0 − 0 +
𝑓(𝑥) =
2𝑥 2 + 𝑥 + 3

2𝑥+6
✓ 𝑓(𝑥) = 0 → = 0, quando 𝑥 = {−4; 1}
𝑥 2 −3𝑥+2

2𝑥+6
✓ 𝑓(𝑥) > 0 → > 0, quando 𝑥 ∈ (−∞; −4) ∪ (1; +∞);
𝑥 2 −3𝑥+2

2𝑥+6
✓ 𝑓(𝑥) < 0 → < 0, quando 𝑥 ∈ (−4; 1).
𝑥 2 −3𝑥+2

2𝑥+6
✓ 𝑓(𝑥) ≥ 0, → ≥ 0 quando 𝑥 ∈ (−∞; −4] ∪ [1; +∞);
𝑥 2 −3𝑥+2

2𝑥+6
✓ 𝑓(𝑥) ≤ 0 → ≤ 0, quando 𝑥 ∈ [−4; 1].
𝑥 2 −3𝑥+2

183
−𝑥 2 +3𝑥−4
Ex.2: 𝑓(𝑥) =
𝑥 2 −𝑥−6

2
Determinando as raízes: { −𝑥 2+ 3𝑥 − 4 = 0
𝑥 −𝑥−6=0

≫ −𝑥 2 + 3𝑥 − 4 = 0

Como:
𝑎2 = −1 < 0 e ∆ = 𝑏2 2 − 4𝑎2 ∙ 𝑐2 → 32 − 4 ∙ (−1) ∙ (−4) = −3 < 0

Do caso 6: 8.2.2. Inequações quadráticas , logo:

−𝑥 2 + 3𝑥 − 4 < 0, 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑥 ∈ (−∞ ; +∞).


≫ 𝑥2 − 𝑥 − 6 = 0

Primeiro passo, localizar o discriminante ( ∆ )

∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐

∆= (−1)2 − 4.1. (−6)

∆= 25
Como ∆> 0, então a equação possui duas raízes:

−𝑏 + √∆
𝑥1 =
2𝑎
−𝑏 − √∆
𝑥2 =
{ 2𝑎


1 + √25
𝑥1 =
2.1
1 − √25
𝑥2 =
{ 2.1

184

1+5
𝑥1 =
{ 2
1−5
𝑥2 =
2

𝑥1 = 3
{
𝑥2 = −2
Formaremos a tabela:

𝑥 −∞ −2 3 +∞
−𝑥 2 + 3𝑥 − 4 − − −
𝑥2 − 𝑥 − 6 + 0 − 0 +
−𝑥 2 + 3𝑥 − 4 − || + || −
𝑓(𝑥) =
𝑥2 − 𝑥 − 6

✓ Nos pontos 𝑥 = {−2; 3}, 𝑓(𝑥) não é determinada;


2𝑥+6
✓ 𝑓(𝑥) > 0 → > 0, quando 𝑥 ∈ (−2; 3);
𝑥 2 −3𝑥+2

2𝑥+6
✓ 𝑓(𝑥) < 0 → < 0, quando 𝑥 ∈ (−∞; −2) ∪ (3; +∞).
𝑥 2 −3𝑥+2

𝑥 2 +3𝑥−4
Ex.3: 𝑓(𝑥) =
𝑥 2 +2𝑥+1

2
Determinando as raízes: { 𝑥 2 + 3𝑥 − 4 = 0
𝑥 + 2𝑥 + 1 = 0

≫ 𝑥 2 + 3𝑥 − 4 = 0

Como:

𝑎+𝑏+𝑐 →1+3−4=0

185
𝑐 −4
Logo, a equação possui uma raiz igual a 1 e outra raiz igual a = = −4
𝑎 1

≫ 𝑥 2 + 2𝑥 + 1 = 0

Como:
𝑎2 = 1 > 0 e ∆ = 𝑏2 2 − 4𝑎2 . 𝑐2 → 22 − 4.1.1 = 0
Do ponto 4: 8.2.2. Inequações quadráticas , logo:
𝑏2 2
✓ 𝑥 2 + 2𝑥 + 1 = 0 , 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑥 = − =− = −1
2𝑎2 2∙1

✓ 𝑥 2 + 2𝑥 + 1 > 0 , 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑥 ∈ (−∞ ; −1) ∪ (−1 ; +∞)

Formaremos a tabela:

𝑥 −∞ −4 −1 1 +∞
𝑥 2 + 3𝑥 − 4 + 0 − − 0 +
𝑥 2 + 2𝑥 + 1 + + 0 + +
𝑥 2 + 3𝑥 − 4 + 0 − || − 0 +
𝑓(𝑥) =
𝑥 2 + 2𝑥 + 1

✓ No ponto 𝑥 = −1, 𝑓(𝑥) não é determinada;


2𝑥+6
✓ 𝑓(𝑥) = 0 → = 0, quando 𝑥 = {−4; 1};
𝑥 2 −3𝑥+2

2𝑥+6
✓ 𝑓(𝑥) > 0 → > 0, quando 𝑥 ∈ (−∞; −4) ∪ (1; +∞);
𝑥 2 −3𝑥+2

2𝑥+6
✓ 𝑓(𝑥) < 0 → < 0, quando 𝑥 ∈ (−4; −1) ∪ (−1 ; 1);
𝑥 2 −3𝑥+2

2𝑥+6
✓ 𝑓(𝑥) ≥ 0, → ≥ 0, quando 𝑥 ∈ (−∞; −4) ∪ [1; +∞);
𝑥 2 −3𝑥+2

2𝑥+6
✓ 𝑓(𝑥) ≤ 0 → ≤ 0, quando 𝑥 ∈ [−4; −1) ∪ (−1; 1].
𝑥 2 −3𝑥+2

186
𝑥 2 −2𝑥−8
Ex.4: 𝑓(𝑥) =
𝑥 2 +8𝑥+15

2
Determinando as raízes: { 𝑥2 − 2𝑥 − 8 = 0
𝑥 + 8𝑥 + 15 = 0
≫ 𝑥 2 − 2𝑥 − 8 = 0

Primeiro passo, localizar o discriminante ( ∆ )


∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐

∆= (−2)2 − 4 ∙ 1 ∙ (−8)

∆= 36.
Como ∆> 0, então a equação possui duas raízes:

−𝑏 + √∆
𝑥1 =
2𝑎
−𝑏 − √∆
𝑥2 =
{ 2𝑎

2 + √36
𝑥1 =
2.1
2 − √36
𝑥2 =
{ 2.1

2+6
𝑥1 =
{ 2
2−6
𝑥2 =
2

𝑥1 = 4
{
𝑥2 = −2
≫ 𝑥 2 + 8𝑥 + 15 = 0

187
Primeiro passo, localizar o discriminante ( ∆ )
∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐

∆= 82 − 4.1.15

∆= 4
Como ∆> 0, então a equação possui duas raízes:

−𝑏 + √∆
𝑥1 =
2𝑎
−𝑏 − √∆
𝑥2 =
{ 2𝑎


−8 + √4
𝑥1 =
2.1
−8 − √4
𝑥2 =
{ 2.1

−8 + 2
𝑥1 =
{ 2
−8 − 2
𝑥2 =
2

𝑥1 = −3
{
𝑥2 = −5

Formaremos a tabela:

188
𝑥 −∞ −5 −3 −2 4 +∞
𝑥 2 − 2𝑥 − 8 + + + 0 − 0 +
𝑥 2 + 8𝑥 + 15 + 0 − 0 + + +
𝑓(𝑥)
𝑥 2 − 2𝑥 − 8 + || − || + 0 − 0 +
= 2
𝑥 + 8𝑥 + 15

✓ Nos pontos 𝑥 = {−5; 3}, 𝑓(𝑥) não é determinada;

𝑥 2 −2𝑥−8
✓ 𝑓(𝑥) = 0 → = 0, quando 𝑥 = {−2; 4};
𝑥 2 +8𝑥+15

𝑥 2 −2𝑥−8
✓ 𝑓(𝑥) > 0 → > quando𝑥 ∈ (−∞; −5) ∪ (−3; −2) ∪ (4; +∞);
𝑥 2 +8𝑥+15

𝑥 2 −2𝑥−8
✓ 𝑓(𝑥) < 0 → < 0, quando 𝑥 ∈ (−5; −3) ∪ (−2; 4);
𝑥 2 +8𝑥+15

𝑥 2 −2𝑥−8
✓ 𝑓(𝑥) ≥ 0, → ≥, quando 𝑥 ∈ (−∞; −5) ∪ (−3; −2] ∪ [4; +∞);
𝑥 2 +8𝑥+15

𝑥 2 −2𝑥−8
✓ 𝑓(𝑥) ≤ 0 → ≤ 0, quando 𝑥 ∈ (−5; −3) ∪ (−2; 4].
𝑥 2 +8𝑥+15

189
TESTE E EXERCÍCIOS PROPOSTOS

I. BLOCO – TESTE

1.1- O que é um conjunto:

a) Agrupamento de vários objectos com propriedades diferentes

b) Agrupamento de objectos com propriedades comuns

1.2- Como se chama o objecto que se encontra na formação de um conjunto:

a) Número

b) Elemento

1.3- Que tipo de representação de conjunto é esta:

𝐴 = {Janeiro, Março, Maio, Junho, Agosto, Outubro, Dezembro}

a) Extensiva

b) Compreesiva

1.4- Qual dos conjuntos abaixo é considerado infinito:

a) 𝐴 = {4, 5, 6, 7, 11}

b) 𝐵 = {… 0, 3, 6, 9, 12 … }

1.5- Qual dos conjuntos abaixo é considerado finito:

𝐴 = {1, 2, 4, 5, 6, 7, 11}

𝐵 = {… 0, 3, 6, 9, 12 … }

1.6- Qual dos conjuntos é considerado vazio:

a) Números pares entre 10 e 11


190
b) Cidades de Angola

1.7- Qual das anotações nos indicam uma inclusão dos conjuntos:

a) ⊈

b) ⊆

1.8- Quando dois conjuntos estão constituidos por elementos iguais, são:

a) Conjuntos finitos

b) Conjuntos idênticos

1.9- Conjunto numérico é todo conjunto constituido por:

a) Letras do alfabedo

b) Números

1.10- É possível determinar o último elemento do conjunto dos números


Naturais?

a) Sim

b) Não

1.11- Quais são as operações definidas no conjunto dos números naturais:

a) Subtração

b) Divisão

c) Adição e multiplicação

1.12- Que propriedade nos indica a seguinte expressão → (𝒂 + 𝒃) + 𝒄 =


𝒂 + (𝒃 + 𝒄):

a) Comutativa da adição

191
c) Associativa da adição

d) Distribuitiva

1.13- Que propriedade nos indica a seguinte expressão → 𝒂 + 𝒃 = 𝒃 + 𝒂 :

a) Distribuitiva

c) Associativa da adição

d) Comutativa da adição

1.14- Que propriedade nos indica a seguinte expressão → (𝒂𝒃)𝒄 = 𝒂 (𝒃𝒄):

a) Associativa da multiplicação

b) Comutativa da multiplicação

c) Distribuitiva

1.15- Que propriedade nos indica a seguinte expressão → 𝒂(𝒃 + 𝒄) = 𝒂𝒃 +


𝒂𝒄 :

a) Distribuitiva em relação com adição

b) Associativa da adição

c) Comutativa da adição

1.16- Com que letra do alfabeto o conjunto dos números Inteiros é


designado:

a) 𝑄

b) 𝐼

c) 𝑍

1.17- Quais são as operações definidades no conjunto dos números Inteiros:

192
a) Multiplicação e divisão

b) Adição e subtração

c) Multiplicação, adição e subtração

1.18- Com que letra do alfabeto o conjunto dos números Racionais é


designado:

a) 𝑄

b) 𝑍

c) 𝑅

d) 𝑃

1.19-A Operacação de divisão no conjunto dos números Racionais é sempre


possível?

a) Sim

b) Não

1.20- Os números Inteiros podem ser:

a) Somente positivos

b) Positivos e negativos

c) Somente negativos

1.21- O que é um conjunto dos números Reais:

a) Conjunto de todos números excluindo os números naturais

b) Conjunto de todos números excluindo os números irracionais

c) Conjunto de todos números excluindo os números racionais

193
d) Conjunto de todos números

1.22- Os números divisíveis por dois e que resultam um número inteiro são:

a) Pares

b) Ímpares

1.23- Os números naturais que possuem exactamente dois diferentes


divisores naturais: 1 e si mesmo, são números:

a) Compostos

b) Simples

c) Opostos

1.24- Todos os números que se encontram a direita de zero são considerados


números:

a) Positivos

b) Negativos

𝟐
1.25- Dada a fracção → ; o 3 é considerado de:
𝟑

a) Numerador

b) Denominador

1.26-As fracções em que, o denominador é maior do que o numerador, são


fracções:

a) Próprias

b) Impróprias

194
1.27- O quadrado do primeiro termo mais o dobro do produto do primeiro
pelo segundo mais quadrado do segundo termo é o quadrado:

a) Perfeito da soma

b) Diferença da soma

1.28- Domínio de uma função é designada por:

a) 𝐸(𝑥)

b) 𝐷(𝑦)

c) 𝐷(𝑓)

1.29- Numa função quadrática, quando o coeficiente 𝑎 > 0, os ramos da


parábola estaram:

a) Direccionadas para baixo

b) Direccionadas para cima

1.30- Numa função considera-se variável independete a variável:

a) 𝑦

b) 𝑥

195
II. BLOCO – EXERCÍCIOS PROPOSTOS

2.1- Dados conjuntos: 𝐴 = {1, 2, 4, 6, 7} e 𝐵 = {0, 3, 5, 6, 7, 8} , encontre:

a) ∪

b) ∩

c) \

2.2- Dados conjuntos: 𝐴 = {3, 4, 5, 10} e 𝐵 = {1, 2, 3, 4} , encontre:

a) \

b) ∪

c) ∩

2.3- Desenha os seguintes conjuntos:

a) A ∩ B

b) A ∪ B

c) A ∪ B ∩ C

d) A ∩ B ∩ C

e) A ∪ B ∪ C

f) A \ B

2.4- Dados conjuntos: 𝐴 = {1, 2, 3, 4,5}; 𝐵 = {2, 3, 5, 6, 8} e 𝐶 = {2, 4, 6, 9} ,


encontre:

a) A ∩ B \ C

b) A ∪ B ∩ C

196
c) A \ B ∪ C

d) A ∩ B ∩ C

e) C \ B ∪ A

f) B ∩ C \ B

g) A \ C \ B

h) A ∪ B ∪ C

i) B \ A ∪ C

j) C \ B ∩ A

2.5- Compare as fracções:

1 2
a)
3 8

2 3
b)
4 4

3 3
c)
4 2

6 5
d)
10 2

3 3
f)
5 2

2.6- Resolve as expressões:

a) [(x 4 . x 7 ). ]. x 5

9𝑥+1 3𝑥
b) ×
3𝑥 3𝑥−1

5 13 4 1 7 1 3
c) [(4 − 3 ) × + (3 − 2 ) × 1 ] × 2
12 24 7 13 12 11 5

197
2 1
d) (2 )2 − (2 )2
3 2

2.7- Multiplique os polinomios:

a) (𝑥 + 3)(𝑥 2 − 2𝑥 + 1)

b) (𝑥 3 − 4𝑥 2 + 𝑥)(𝑥 2 + 2𝑥 − 1)

c) (𝑥 2 + 2𝑥 − 1)(𝑥 2 + 2𝑥 − 1)

d) (𝑥 3 − 4𝑥 2 + 𝑥)(2𝑥 − 1)

2.8- Simplifique as seguintes expressões:

𝑥+1
a)
𝑥 2 +𝑥

𝑥 3 +𝑥 2 +𝑥
b)
𝑥

𝑥 2+2𝑥+1
c)
𝑥 2−1

𝑥
d)
2𝑥+𝑥 2

2.9- Calcule o valor das expressões, quando 𝑥 = 2 e 𝑦 = 3:

a) 𝑥 2 − 3𝑥𝑦 − 𝑦 + 4

b) 9(𝑥 − 2𝑦)

c) (𝑥 – 7𝑦)𝑥

d) 𝑥(𝑥 + 5𝑦 3 )

2.10- Faça a representação gráfica das seguintes funções:

a) 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 + 2

b) 𝑓(𝑥) = 2𝑥 + 1

198
c) 𝑓(𝑥) = 1/𝑥 2

d) 𝑓(𝑥) = 𝑥 3 + 2

2.11- Resolve as seguintes equações lineares:

a) 2𝑥 + 4 = 𝑥 + 8

b) 𝑥 + 3 = 5

c) 4𝑥 − 2 = 4 + 2𝑥

d) 3𝑥 − 3 = 0

e) 𝑥 + 4 = −2𝑥 − 2

𝑥
f) + 2 = 3𝑥
2

g) 𝑥 2 + 4𝑥 = 𝑥 2 − 2𝑥 + 6

2.12- Resolve os seguintes sistemas de equações:

2𝑥 + 𝑦 = 5
a) {
𝑥 + 3𝑦 = 5

𝑥 + 4𝑦 = 8
b) {
𝑥 + 3𝑦 = 6

2𝑥 − 𝑦 = 3
c) {
−𝑥 + 5𝑦 = 3

8𝑥 + 6𝑦 = 8
d) {
4𝑥 + 2𝑦 = 4

𝑥 − 2𝑦 = 1
e) {
2𝑥 + 2𝑦 = 5

𝑥 − 3𝑦 = 3
f) {
𝑥 + 4𝑦 = −4

199
−𝑥 + 𝑦 = 1
g) {
2𝑥 + 4𝑦 = 4

𝑥 − 2𝑦 = 1
h) {
𝑥 + 2𝑦 = 5

2.13- Resolve as seguintes equações quadráticas:

a) 𝑥 2 − 2𝑥 − 3 = 0

b) 𝑥 2 + 5𝑥 + 6 = 0

c) 𝑥 2 + 2𝑥 − 3 = 0

d) 𝑥 2 + 7𝑥 + 10 = 0

e) 2𝑥 2 + 3𝑥 + 5 = 0

f) 𝑥 2 − 𝑥 − 1 = 0

g) 𝑥 2 − 4𝑥 + 3 = 0

h) −𝑥 2 + 4𝑥 + 12 = 0

i) 𝑥 2 − 𝑥 − 6 = 0

𝑎1 𝑥 2 +𝑏1 𝑥+𝑐1
2.14- Resolve as seguintes inequações do tipo 𝑓(𝑥) = , quando:
𝑎2 𝑥 2 +𝑏2 𝑥+𝑐2

2𝑥 2 +3𝑥+4
a) ≥0
𝑥 2 +2𝑥+3

𝑥 2 −2𝑥+1
b) >0
𝑥 2 −𝑥+3

−2𝑥 2 +𝑥−3
c) ≤0
𝑥 2 −4𝑥+4

𝑥 2 −4𝑥+3
d) ≥0
𝑥 2 −𝑥+2

2𝑥 2 +2𝑥+3
e) ≥0
−𝑥 2 +𝑥+6

200
𝑥 2 −3𝑥+2
f) ≥0
𝑥 2 −2𝑥+1

𝑥 2 −5𝑥+6
g) ≥0
𝑥 2 +4𝑥+4

2.15- Analise os sinais das seguintes funções:


𝑥 2 −4𝑥+3
a) 𝑓(𝑥) =
𝑥 2 +3𝑥+2

−𝑥 2 −𝑥+6
b) 𝑓(𝑥) =
𝑥 2 −5𝑥+4

𝑥 2 −4𝑥+3
c) 𝑓(𝑥) =
𝑥 2 −𝑥+4

2𝑥−3 𝑥−1
d) 𝑓(𝑥) = −
3𝑥−1 2𝑥+1

𝑥−2
e) 𝑓(𝑥) =
𝑥 2 +𝑥+2

𝑥−1
f) 𝑓(𝑥) =
𝑥 2 −4𝑥+3

𝑎1 𝑥+𝑏1
2.16- Resolve as seguintes inequações do tipo 𝑓(𝑥) = , quando:
𝑎2 𝑥 2 +𝑏2 𝑥+𝑐2
𝑥−2
a) <0
𝑥 2 −𝑥+1

2𝑥+1
b) >0
𝑥 2 +𝑏2 𝑥+𝑐2

2𝑥+4
c) <0
𝑥 2 +𝑥+1

𝑎1 𝑥+𝑏1
2.17- Resolve as seguintes inequações dos tipos 𝑓(𝑥) = e 𝑓(𝑥) =
𝑎2 𝑥+𝑏2
𝑎
+𝑑
𝑏𝑥+𝑐

, quando:
2𝑥+1
a) >0
𝑥+2
𝑥−3
b) <0
2𝑥+3

201
2𝑥+4
c) ≥0
𝑥−3
3𝑥+1
d) ≤0
𝑥−3
1
e) >0
𝑥−2
1
f) −2>0
3𝑥+1
𝑥−2 2𝑥+1
g) ≥
4𝑥+1 4𝑥+1

2.18- Resolve as seguintes inequações do tipo 𝑓(𝑥) = 𝑎1 𝑥 + 𝑏1 , quando:


a) 2𝑥 + 3 > 𝑥 + 2
b) 𝑥 + 7 > 4𝑥 + 1
c) 3 > 2𝑥 + 2
d) 1 − 3𝑥 > 2𝑥 + 3
e) 2𝑥 + 5 > 2𝑥 + 3
f) −3𝑥 + 1 > 3𝑥 − 1
g) 4𝑥 + 1 > 4𝑥 + 3.

202
RESPOSTAS DO TESTE

Questões em ordem Variante certa

1.1 b

1.2 b

1.3 a

1.4 b

1.5 a

1.6 a

1.7 b

1.8 b

1.9 b

1.10 b

1.11 c

1.12 c

1.13 d

1.14 a

1.15 a

1.16 a

1.17 c

1.18 a

1.19 a

203
1.20 b

1.21 d

1.22 a

1.23 b

1.24 a

1.25 b

1.26 a

1.27 a

1.28 c

1.29 b

1.30 b

204
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS

2.1-a → {0; 1; 2; 3; 5; 6,7; 8}

2.1-b → {6; 7}

2.1-c → {1; 2; 4}

2.2-a → {5; 10}

2.2-b → {1; 2; 3; 4; 5; 10}

2.2-c → {3; 4}

2.3-a →

2.3-b →

205
2.3-c →

2.3-d →

2.3-e →

206
2.3-f →

2.4-a → {3; 5}

2.4-b → {2; 4; 6}

2.4-c → {1; 2; 4; 6; 9}

2.4-d → {2}

2.4-e → {1; 2; 3; 4; 5; 9}

2.4-f → {∅}

2.4-g → {1}

2.4-h → {1; 2; 3; 4; 5; 6; 8; 9}

2.4-i → {2; 4; 6; 8; 9}

2.4-j → {4}

1 2
2.5-a → >
3 8

2 3
2.5-b → <
4 4

3 3
2.5-c → <
4 2

207
6 5
2.5-d → <
10 2

3 3
2.5-e → <
5 2

2.6-a → 𝑥 16

2.6-b → 33𝑥+3

1
2.6-c → -
10

31
2.6-d →
36

2.7-a → 𝑥 3 + 𝑥 2 − 5𝑥 + 3

2.7-b → 𝑥 5 − 2𝑥 4 − 8𝑥 3 + 6𝑥 2 − 𝑥

2.7-c → 𝑥 4 + 4𝑥 3 + 2𝑥 2 − 4𝑥 + 1

2.7-d → 2𝑥 4 − 9𝑥 3 + 6𝑥 2 − 𝑥

1
2.8-a →
𝑥

2.8-b → 𝑥 2 + 𝑥 + 1

𝑥+1
2.8-c →
𝑥−1

1
2.8-d →
2+𝑥

2.9-a → -13

2.9-b → -36

2.9-c → -38

2.9-d → 274

208
2.10- 𝑎 →

2.10-b →

2.10-c →

2.10-d →

209
2.11-a → 𝑥 = 4

2.11-b → 𝑥 = 2

2.11-c → 𝑥 = 3

2.11-d → 𝑥 = 1

2.11-e → 𝑥 = −2

4
2.11-f → 𝑥 =
5

2.11-g → 𝑥 = 1

2.12-a → 𝑥 = 2 ; 𝑦 = 1

2.12-b → 𝑥 = 0 ; 𝑦 = 2

2.12-c → 𝑥 = 2 ; 𝑦 = 1

2.12-d → 𝑥 = 1 ; 𝑦 = 0

1
2.12-e → 𝑥 = 2 ; 𝑦 =
2

2.12-f → 𝑥 = 0 ; 𝑦 = −1

2.12-g → 𝑥 = 0 ; 𝑦 = 1

2.12-h → 𝑥 = 3 ; 𝑦 = 1

2.13-a → 𝑥1 = 3 ; 𝑥2 = −1

2.13-b → 𝑥1 = −3 ; 𝑥2 = −2

2.13-c → 𝑥1 = 1 ; 𝑥2 = −3

2.13-d → 𝑥1 = −2 ; 𝑥2 = −5

2.13-e → 𝑥1 = −5/2 ; 𝑥2 = 1

210
2.13-f → 𝑥1 = 1/2 ; 𝑥2 = 1

2.13-g → 𝑥1 = 3 ; 𝑥2 = 1

2.13-h → 𝑥1 = −2 ; 𝑥2 = 6

2.13-i → 𝑥1 = 3 ; 𝑥2 = −2

2.14-a → 𝑥 ∈𝑅

2.14-b → 𝑥 ∈ (−∞; 1) ∪ (1; +∞)

2.14-c → 𝑥 ∈ (−∞; 2) ∪ (2; +∞)

2.14-d → 𝑥 ∈ (−∞; 1] ∪ [3; +∞)

2.14-e → 𝑥 ∈ (−2; 3)

2.14-f → 𝑥 ∈ (−∞; 1] ∪ [2; +∞)

2.14-g → 𝑥 ∈ (−2; −2) ∪ (−2; 2] ∪ [3; +∞)

2.15-a

Nos pontos {−2; −1}, 𝑓(𝑥) não é determinada;
𝑓(𝑥) = 0 → 𝑥 = {1; 3}
𝑓(𝑥) > 0 → 𝑥 ∈ (−∞; −2) ∪ (−1; 1) ∪ (3; +∞);
𝑓(𝑥) < 0 → 𝑥 ∈ (−2; −1) ∪ (1 ; 3);
𝑓(𝑥) ≥ 0, → 𝑥 ∈ (−∞; −2) ∪ [−1; 1] ∪ [3; +∞);
𝑓(𝑥) ≤ 0 → 𝑥 ∈ (−2; −1) ∪ [1; 3].
2.15-b

Nos pontos {1; 4}, 𝑓(𝑥) não é determinada;
𝑓(𝑥) = 0 → 𝑥 = {−3; 2}
𝑓(𝑥) > 0 → 𝑥 ∈ (−3; 1) ∪ (2; 4);
211
𝑓(𝑥) < 0 → 𝑥 ∈ (−∞; −3) ∪ (1 ; 2) ∪ (4; +∞);
𝑓(𝑥) ≥ 0, → 𝑥 ∈ [−3; 1] ∪ [2; 4];
𝑓(𝑥) ≤ 0 → 𝑥 ∈ (−∞; −3) ∪ [1; 2] ∪ (4; +∞).
2.15-c

1 1
Nos pontos {− ; } , 𝑓(𝑥) não é determinada;
2 3

𝑓(𝑥) = 0 → 𝑥 = {−2; 2}
1 1
𝑓(𝑥) > 0 → 𝑥 ∈ (−∞; −2) ∪ (− ; ) ∪ (2; +∞);
2 3
1 1
𝑓(𝑥) < 0 → 𝑥 ∈ (−2; − ) ∪ ( ; 2) ∪ (4; +∞);
2 3
1 1
𝑓(𝑥) ≥ 0, → 𝑥 ∈ (−∞; −2] ∪ (− ; ) ∪ [2; +∞);
2 3
1 1
𝑓(𝑥) ≤ 0 → 𝑥 ∈ [−2; − ) ∪ [ ; 2].
2 3

2.15-d

Nos pontos {−1; −2}, 𝑓(𝑥) não é determinada;
𝑓(𝑥) = 0 → 𝑥 = {2}
𝑓(𝑥) > 0 → 𝑥 ∈ (−1; −2) ∪ (2; +∞);
𝑓(𝑥) < 0 → 𝑥 ∈ (−∞; −1) ∪ (−2 ; 2);
𝑓(𝑥) ≥ 0 → 𝑥 ∈ (−1; −2) ∪ [2; +∞);
𝑓(𝑥) ≤ 0 → 𝑥 ∈ (−∞; −1) ∪ (−2; 2].
2.15-e

Nos pontos {3}, 𝑓(𝑥) não é determinada;
𝑓(𝑥) > 0 → 𝑥 ∈ (3; +∞);
𝑓(𝑥) < 0 → 𝑥 ∈ (−∞; 3).
2.16-a → 𝑥 ∈ (−∞; 1) ∪ (1; 2)

212
1
2.16-b → 𝑥 ∈ (− ; +∞)
2

2.16-c→ 𝑥 ∈ (2; +∞)


1
2.17-a → 𝑥 ∈ (−∞; −2) ∪ (− ; +∞);
2

3
2.17-b → 𝑥 ∈ (− ; 3);
2

2.17-c → (−∞; −2] ∪ (3; +∞);

1
2.17-d → [− ; 3)
3

2.17-e → 𝑥 ∈ (2; +∞)

1 1
2.17-f→ 𝑥 ∈ (− ; − )
3 6

1
2.17-g→ 𝑥 ∈ [−3; − )
4

2.18-a → 𝑥 ∈ (−1; +∞)

2.18-b → 𝑥 ∈ (−∞; 2)

1
2.18-c → 𝑥 ∈ (−∞; )
2

2.18-d → 𝑥 ∈ (−∞; −2)

2.18-e → 𝑥 ∈ (−∞; +∞)

1
2.18-f → 𝑥 ∈ (−∞; )
3

2.18-g → 𝑥 = ∅

213
Referências bibliográficas

[1]. Математика. 9-й класс. Подготовка к ГИА-2013: учебно-методическое


пособие / Под ред. Ф.Ф. Лысенко, С.Ю. Кулабухова. – Ростов-на-Дону:
Легион, 2012. (Matemática. 9 classe. Preparação para avaliação geral do
estado 2013: livro didático / Editado por F. F. Licinko, C. Y. Kulabuhova. –
Rostov-em Donu: Legion, 2012.)

[2]. Подольский В.А., Суходский А.М., Мироненко Е.С. Сборник задач по


математике: Учеб. Пособие. − 2-е изд., перераб. и доп. − М.:Высш.шк.,
1999. − 495 с. (Podolsky V. A., Suhodsky A. M., Mironenko E. S. Coleção de
exercícios de matemáticas: livro didático. – segunda edição, remodelado e
completado – M.: Escola superior, 1999. – 495 pag.)

[3]. Магазинников Л. И., Магазинников А. Л. Высшая математика.


Введение в математический анализ. Дифференциальное исчисление:
Учебное пособие. − Томск: Томский межвузовский центр дистанционного
образования, 2003.− 191 с. (Magazinnikov L. I., Magazinnikov A. L.
Matemática superior. Introdução à análise matemática. Cálculo diferencial:
Livro didático. – Tomck: Centro interuniversitário de Tomck Ensino à Distância,
2003.-191 pag.)

[4]. Моршнева Л.Г. Дидактический материал по математике. – М.:


“Просвешение”, 1999. ( Morshneva L. G. Material didático de matemática. –
M.: “Ensino”, 1999.)

[5] . Стойлова Л.П. Математика. – М.: Академия, 2002. (Stoilov L. P.

Matemática. – M.: Academia, 2002).

214
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