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CURSO ANUAL DE HISTÓRIA GERAL

Prof. Monteiro Jr.

AULA 5 – CIVILIZAÇÃO GREGA

LOCALIZAÇÃO
A antiga Grécia localizava-se na Bacia Oriental do Mar
Mediterrâneo, entre os mares Egeu e Jônio. O litoral era extenso e
recortado, salpicado por várias pequenas ilhas. O relevo era
acidentado e montanhoso e o solo, pouco fértil, inadequado a
grande produção agrícola. Estas condições geográficas naturais
favoreceram a duas importantes características do mundo grego:

 Ausência de unidade política: A Grécia estava dividida em


cidades-estados politicamente autônoma. A unidade grega era
linguística, cultural e religiosa.
 Economia: a base econômica grega era o comércio marítimo.
O território grego pode ser dividido em diversos espaços
diferentes:
INTRODUÇÃO  Grécia Continental: Compreende o espaço geográfico grego
O médico grego Hipócrates (460-377 a.C) foi o primeiro a sem levar em consideração suas ilhas ou colônias;
olhar para um homem tendo um ataque epilético –– doença que faz  Grécia Insular: Corresponde às diversas ilhas ao longo do litoral
com que as pessoas caiam ao solo, comportando-se como se já grego;
não mais tivessem o controle do seu corpo –– e dizer: “Não há  Grécia Asiática: território grego localizado no continente da
nenhum deus aí dentro; é um fenômeno do corpo desse indivíduo”. Ásia Menor;
Todos os outros povos da Antiguidade davam uma explicação  Grécia Colonial: Ao longo do processo expansionista, os
mística para o fenômeno. Viam deuses e demônios na epilepsia, gregos fundaram várias colônias como Nápoles, Nice, Bizâncio e
chamada de “doença sagrada”. Hipócrates afirmava que todas as
Siracusa.
doenças possuem uma causa natural, não devendo ser encaradas
como uma punição divina.
CRETA: A gênese da Civilização grega
Explicação de Hipócrates para a epilepsia ilustra o que a
Segundo Aristóteles , “Creta parece ter sido criada pela
Grécia Antiga nos proporcionou: a ideia da investigação
natureza para comandar a Grécia”. Com efeito , a compreensão do
sistemática, de que o mundo é regido por leis da natureza, e não
mundo grego originalmente passa pela maior ilha do mar Egeu,
por deuses cheios de caprichos. Matemáticos indianos inventaram
o zero, chave aritmética. A civilização chinesa inventou a pólvora e Creta.
a bússola. Os maias utilizavam um calendário muito melhor do que Funcionando como entre polo natural da Grécia Continental
o dos europeus que os invadiram e dominaram. Mas nenhuma com o Oriente Médio e em constantes contatos comerciais com
dessas civilizações desenvolveu um método científico que duvida egípcios, fenícios e mesopotâmicos , Creta tornou-se um império
de tudo, investigador e experimental. Esse método veio dos gregos marítimo e comercial ( Talassocracia ).
antigos. Em Creta governavam reis chamados de Minos por isso o
Uma civilização que desenvolveu uma assembleia, onde os nome de civilização minóica. Na ilha de Creta predominou a vida
homens aprenderam a persuadir uns aos outros por meio de urbana em cidades como Cnossos, Faísto, Mália e Tilisso.
debate, da polêmica; uma economia marítima que impedia o A religião cretense era matriarcal e a principal divindade era
isolamento e, ao mesmo tempo, desenvolvia uma classe mercantil a Deusa-mãe , fonte de vida e fertilidade. Um dos animais mais
independente, que podia contratar seus próprios professores; que cultuados era o touro daí a lenda do Minotauro , monstro de cabeça
escreveu Ilíada e a Odisseia, obras-primas da literatura e do de touro e corpo de homem que vivia no labirinto de Cnossos e
pensamento racional; que construiu uma religião que não era somente se alimentava de carne humana. Reza a lenda que a
dominada por sacerdotes. E, o fundamental, persistiu em conjugar princesa Ariadne, filha do rei Minos, se apaixonou pelo ateniense
esses fatores durante mil anos. Teseu. Traindo a seu pai , Ariadne deu a Teseu um novelo de fio e
Como dizia o pensador romano Lucrécio, os gregos viam “a uma espada com a qual Teseu matou o Minotauro e conseguiu sair
natureza livre e desembaraçada de seus senhores arrogantes, do labirinto.
agindo espontaneamente por si mesma, sem a interferência dos
deuses”.

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Um mito acaba por reproduzir valores culturais e sócio- Tempos Homéricos


políticos da sociedade a que se refere, incorporando e fantasiando De 1.200 a 800 a.C. o mundo grego passou por uma etapa
pessoas e situações reais. O poder do minotauro provavelmente de transição entre o mundo dos palácios e o das cidades que
expressa a hegemonia cretense sobre o mundo grego e o triunfo floresciam posteriormente. Quatro séculos enigmáticos, chamados
de Teseu sobre o monstro simboliza a nova hegemonia do mundo de “séculos obscuros”. Um período mal conhecido, no qual ocorreu
grego , representada por Atenas. o desaparecimento do sistema burocrático, a extinção do comércio
de longo curso e o abandono da escrita.
DIVISÃO HISTÓRICA DA GRÉCIA A ausência de documentos escritos confere enorme
De forma didática, a história grega é dividida em quatro importância à pesquisa arqueológica, que sublinha uma enorme
grandes períodos, a saber: diversidade de modos de vida na Grécia. Existiam formas precoces
 Tempos Homéricos ou Período Micênico; de cidade, comunidades agrárias coletivistas, grupos nômades e,
 Período Arcaico; quem sabe, outros modelos de vida em sociedade.
 Período Clássico; De qualquer maneira, os indícios apontam o predomínio de
 Período Helenístico. uma sociedade agropastoril. Os homens viviam em pequenas
células agrícolas definidas como genos ou comunidades gentílicas.
Nelas prevalecia uma economia coletivizada e a liderança do pater
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(geronte), chefe político e líder religioso. A preservação do passado um meio para se obterem metais e escravos. O mundo em que
se fazia pela tradição oral, em que poetas, chamados aedos, vivemos condena moralmente a guerra como um meio para se
contavam a história por meio da poesia. Para tornar suas narrativas atingir determinado objetivo.
mais atraentes aos ouvintes, os aedos as iam ampliando, geração Vemos também na descrição de Homero o germe de uma
após geração. Ninguém na plateia estava preocupado em apurar a concepção mais ampla da excelência humana: a que une o
verdade. O essencial era a beleza e a emoção que a narração pensamento à ação. Como na esperteza do jovem Ulisses ao usar
poderia despertar. o cavalo de madeira pra vencer os troiano e, consequentemente, a
Durante o século VIII a. C., logo após o período homérico, guerra.
um indivíduo chamado Homero teria reunido essas histórias nas Para os mesopotâmios e egípcios, os deuses eram os
epopeias Ilíada e Odisseia (ninguém sabe ao certo se essas principais responsáveis pelo bem ou pelo mal que advêm aos seres
epopeias foram ambas escritas por Homero). Por trás dessas humanos. Para Homero, os deuses ainda estão muito envolvidos
obras, havia séculos a fio de uma poesia até então oral, composta, nos negócios do homem, mas o poeta converte o indivíduo numa
recitada e transmitida pelos aedos sem auxílio de uma palavra personagem decisiva para os destinos do mundo.
escrita. Os homens homéricos tributam respeito aos deuses, porém
Esses dois poemas épicos narram a Guerra de Tróia e o escolhem seu próprio caminho, chegando às vezes a desafiá-los.
regresso de Ulisses a Ítaca. Buscam seus objetivos e enfrentam seus problemas; os deuses
Na Ilíada é narrado o último ano da guerra, ocorrida séculos podem ajudá-los ou frustrá-los, mas o êxito ou o fracasso só aos
antes da época de Homero, durante o período micênico, provocada homens pertence.
pelo rapto de Helena, filha do rei de Esparta, por Páris, príncipe de
Tróia. Helena era tão bela e tinha tantos pretendentes que seu pai O Período Arcaico
promoveu uma grande reunião com todos os interessados e obteve Esse período é marcado pelo aparecimento do escravismo,
um deles um compromisso: qualquer que fosse o escolhido por ela, da filosofia ( filos: amigo; sofo: saber ) , o movimento colonizador
os demais se comprometiam a defender o casal contra as ofensas que levou à fundação de colônias gregas ao longo do Mediterrâneo
que pudessem sofrer. O escolhido foi Menelau, que assim também e, principalmente , pelo surgimento das cidades-estados.
tornou-se rei de Esparta. Os gregos chamavam de pólis as suas cidades. Política
A vida transcorria até o dia em que Páris conheceu Helena era o assunto que dizia respeito aos assuntos coletivos da cidade e
e por ela se apaixonou. Não tendo sido um dos preferidos e não do exercício da cidadania. O espírito público era tão intenso que os
estando, portanto, amarrado ao compromisso firmado por estes, gregos chamavam de idiota ( idi: cidadão; ota: particular ) quem não
raptou a amada e levou-a para Tróia. se interessava por política .Eram centenas as cidades gregas,
Agamenon, irmão do ofendido Menelau, convocou todos os todas independente politicamente, contudo as duas cidades mais
antigos pretendentes à mão de Helena, lembrou-lhes o pacto de representativas da Grécia são Atenas e Esparta.
fidelidade e organizou a primeira expedição contra Tróia. Foram
dez longos anos de luta em que a sorte pendeu ora a para um lado, A pólis grega
ora para outro. Finalmente Ulisses, um guerreiro espartano sem Pouco a pouco, as cidades-Estados gregas –– definidas
nenhum poder extraordinário, a não ser uma cabeça fértil para como pólis ou urbes –– foram surgindo. Essas urbes não têm
inventar truques e expendientes, criou o estrategema da vitória: um certidão de nascimento. Só as reconhecemos quando já estavam
grande cavalo de madeira capaz abrigar alguns guerreiros em seu funcionando, por volta do final do século IX e no século VIII a.C.
interior. Os troianos, que consideravam o cavalo um animal Além disso, não houve um desenvolvimento simultâneo.
sagrado, recolheram o presente deixado diante do portão de suas Cada urbe era independente, tinha as suas próprias
muralhas, acreditando ser um reconhecimento da derrota por parte instituições e frequentemente entrava em atrito com as outras. Sua
dos gregos, e passaram a noite comemorando a vitória. Os dimensão era pequena; a maioria delas tinha menos de 5 mil
soldados escondidos dentro do cavalo aproveitaram a festa para cidadãos do sexo masculino. Atenas, que era uma grande cidade
sair, incendiar e destruir Tróia. Essa é a origem da expressão Estado, contava com cerca de 35 mil cidadãos homens; o resto de
“presente de grego”. seus 350 mil habitantes era constituído de mulheres, crianças,
Estudos arqueológicos contestam vários episódios narrados estrangeiros residentes e escravos, nenhum dos quais tinha direitos
na Ilíada. As mais recentes escavações feitas no local levaram a políticos.
concluir que Tróia não foi destruída por um incêndio. Há provas A pólis amadurecida era uma comunidade com governo
claras de que o que houve ali foi um terremoto. Diante disso, o próprio que expressava a vontade de cidadãos livres, não os
historiador inglês Moses Finley, falecido em 1986, propôs que se desejos de deuses, monarcas hereditários ou sacerdotes. A pólis
retirasse definitivamente a Guerra de Tróia dos livros de História. grega também nasceu como uma instituição religiosa na qual os
Segundo ele, não há uma só prova consistente de que a guerra cidadãos buscavam conservar uma aliança com suas divindades.
entre troianos e gregos tenha acontecido. Mas, pouco a pouco, eles reduziram a importância dos deuses na
Por mais que os historiadores e arqueólogos tentem vida política e basearam o governo da razão, e não mais nos
demonstrar o quanto há de verdade e mentira nas epopeias gregas, poderes mágicos de governantes divinos.
o que parece prevalecer na memória do homem comum é a A emergência de atitudes racionais não implicava, é claro, o
imagem poética da lenda, que tem contornos muito mais fortes do fim da religião, especialmente para os camponeses, que
que a realidade. permaneciam fiéis a seus antigos cultos, deuses e santuários. Nem
Em Homero fica claro que a guerra era um dos valores os dirigentes gregos deixavam de consultar presságios e oráculos
primordiais dos gregos. Rivalizar, competir era o único modo de antes de tomar decisões. Cada gesto da vida pública ou da vida
ser digno dos deuses. A excelência humana era conferida privada conservava uma dimensão sagrada.
principalmente pela bravura e habilidade na batalha. O mundo A tradição mítico-religiosa jamais desapareceu na Grécia,
grego considerava a violência como algo absolutamente natural e mas coexistiu com crescente racionalismo. Quando a civilização
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ateniense atingiu seu apogeu, em meados do século V a.C., a era um verdadeiro acampamento militar. A sociedade espartana
religião já não era um fator dominante na política. O que tornou a era conservadora e xenófoba, dividida em três classes básicas:
vida política grega diferente da de civilizações primitivas, e lhe • Espartanos ou esparciatas : dedicados exclusivamente as
conferiu um significado duradouro, foi a capacidade dos gregos de, atividades militares, compunham a classe dominante.
aos poucos, compreender que os problemas da comunidade são • Periecos: estrangeiros, não gozavam de participação
provocados pelos seres humanos e exigem soluções humanas. política.
Assim, eles chegaram a entender que a lei é uma conquista da • Hilotas : os servos do Estado, viviam uma situação de
mente racional mais do que algo imposto pelos deuses. absoluta exploração.
Os hilotas, por constituírem uma maioria oprimida, estavam
Tempos Homéricos em constante estado de revolta. Isso ajuda a compreender o
Homero foi um poeta cego da região da Jônia; militarismo dos espartanos, sempre em estado de alerta para
Provavelmente trata-se de uma personagem mitológica contudo os sufocar as rebeliões dos hilotas, submetidos frequentemente aos
gregos atribuem a ele as duas principais obras literárias que kryptios, extermínio do excedente populacional hilota.
retratam este período: “Ilíada” e “Odisseia”. A Ilíada narra a guerra O conservadorismo de Esparta era tão intenso que a
de Tróia travada entre gregos e troianos, motivada pelo rapto de elaboração da sua única Constituição foi atribuída a um legislador
Helena ( mulher de Menelau, general espartano ) por Páris ,general provavelmente mitológico, chamado Licurgo.
troiano. As cidades gregas se aliaram e fizeram um cerco a Tróia , Quando nascia uma criança em Esparta, os anciãos se
que resistiu por um período de dez anos. Tróia só caiu quando os reuniam no alto de um abismo e a examinavam. Se fosse forte,
gregos ofereceram um “presente” em forma de um enorme cavalo deixavam-na viver, se fraca, lançavam-na no abismo. Julgavam que
de madeira que, ao ser levado para o interior de Tróia, continha a vida é uma guerra e quem não tivesse força para enfrentá-la não
vários soldados gregos que abriram as fortalezas troianas merecia viver
possibilitando a ocupação militar da Grécia. A Odisseia, por sua A educação espartana era rigorosa e voltada para preparar
vez, narra as aventuras do retorno do herói grego Ulisses , rei de guerreiros. Ser lacônico implicava em ouvir mais e falar menos não
Ìtaca, após ter lutado na Guerra de Tróia. Os monstros enfrentados fornecendo informações da cidade se, por acaso, fosse feito
na longa travessia e o reencontro de Ulisses com a rainha prisioneiro.
Penélope tornam esta leitura mitológica fascinante. A mulher espartana gozava de certa liberdade. Deveria ser
O confronto das obras de Homero com um profundo forte e saudável para gerar bons guerreiros para Esparta, era
resgate arqueológico conduzem os historiadores à conclusão que a educada em igualdade de condição com os homens, participava
Grécia foi palco de sucessivas invasões de quatro povos principais: dos jogos e chegava a ocupar cargos públicos em períodos de
guerra.
• Aqueus: São os fundadores de Micenas ( + ou – 2000 A estrutura política de Esparta era constituída dos seguintes
a.C. ). Após conquistarem Creta absorveram parte da sua cultura, órgãos:
dando origem à civilização Creto-Micênica.
• Jônios: São os fundadores de Atenas ( + ou – 1700 a.C. • Gerúsia: Conselho de anciãos formado por 28 membros
). Realizaram ainda um expansionismo imperialista pela Ásia com mais de 60 anos.
Menor, fundando várias cidades como Mileto, Éfeso, Esmirra, entre • Éforos: Poder Executivo, formado por cinco espartanos
outras. com mais de 30 anos.
• Eólios: São os fundadores de Tebas ( + ou – 1700 a. C. ). • Diarquia: Dois reis; um tratava de assuntos religiosos,
Ao invés de terem destruído a civilização Creto-Micênica, se enquanto outro cuidava de assuntos militares.
integraram a ela. • Apela: Assembleia popular, dela participavam todos os
• Dórios: São os fundadores de Esparta ( + ou – 1200 cidadãos espartanos.
a.C.). Guerreiros violentos, realizaram invasões e dominações
sobre cretenses e micênicos. ATENAS: a educadora da hélade
A cidade de Atenas localizava-se na Ática, península do
Durante o período Homérico a Grécia estava dividida em sudeste grego. Apesar do solo pouco fértil, os atenienses
diversas organizações familiares chamadas genos. A base cultivaram oliva, a vinha e diversos cereais. Contudo, a base
produtiva era a agricultura e a pecuária. O trabalho era coletivo e a econômica era o comércio marítimo e a estrutura produtiva era
produção era repartida igualitariamente, uma vez que neste período baseada na exploração do braço escravo.
não existia nem propriedade privada nem estratificação social. A origem mitológica de Atenas é atribuída ao herói Teseu,
Cada geno era liderado por geronte, membro mais velho da porém a origem da cidade deve ser atribuída à desintegração da
comunidade, que era simultaneamente chefe religioso e político. As comunidade gentílica e ao processo de cinecismo.
reuniões de genos aconteciam na acrópole, ponto mais elevado da A sociedade era dividida em três classes básicas:
comunidade , e ocorriam por razões religiosas ou militares. eupátridas, cidadãos atenienses possuidores de direitos políticos;
O final do Período Homérico é marcado pela desintegração metecos, estrangeiros excluídos da cidadania,pagavam impostos,
da comunidade gentílica. O crescimento demográfico e a pobreza serviam ao exército e dedicavam-se ao comércio e ao artesanato;
do solo provocaram uma crise que conduziu a desagregação dos escravos, que constituíam a imensa maioria da população.
genos e o aparecimento das cidades-estados. O grande legado ateniense foi o desenvolvimento da
democracia, que era direta, escravista, militarista e imperialista.
ESPARTA: Uma cidade em estado de guerra Todos os cidadãos se reuniam na eclésia ( assembleia popular )
Fundada pelos primitivos invasores dórios e localizada no para decidir os destinos da cidade. Vale destacar que a democracia
interior da Grécia , em uma região chamada de Lacônia, Esparta ateniense era restrita aos cidadãos, ou seja, indivíduos adultos, do
sexo masculino, filhos de pais atenienses e nascidos em Atenas.
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Assim mulheres, estrangeiros, escravos e crianças não gozavam


da cidadania.
A sociedade ateniense era patriarcal e foi organizada para o
mundo masculino. As mulheres de Atenas, confinadas ao gineceu –
um espaço restrito as mulheres (os homens autorizados a entrarem
neste espaço eram o pai, o marido, o filho, o irmão, o tio, ou seja,
todos ligados à mulher por laços de parentesco) - eram preparadas
para a vida doméstica e a submissão aos homens.

EVOLUÇÃO POLÍTICA DE ATENAS


Originalmente Atenas foi uma Monarquia governada por um
rei chamado basileu. Aos poucos o poder foi transferido para os
chefes das principais famílias, os eupátridas. Assim a monarquia foi
substituída por uma oligarquia. Os nobres reuniam-se num
conselho chamado Areópago. Mais tarde, o Arcontado, composto
por nove arcontes , substituiu o rei nas funções executivas . Alguns
arcontes importantes eram o Epônimo (administração), Basileu
(religião), Polemarca (militarismo) e Temostetas (justiça).
O poder oligárquico beneficiava os aristocratas em
detrimento das camadas populares, provocando insatisfação e Pintura grega, século V a.C.
revoltas sociais. Diante deste quadro crítico surgiram os
reformadores ou legisladores, de importância vital para Atenas, a LEITURA COMPLEMENTAR 1
saber:
• Drácon: Arconte eupátrida, estabeleceu as primeiras leis Ciência e escravidão
escritas de Atenas acabando assim com o Direito Consuetudinário. Numa sociedade em que o trabalho manual é humilhante e
Suas leis eram rigorosas e conservavam os privilégios dos tido como apropriado apenas para os escravos, o método
aristocratas, não alterando a situação social das classes experimental não prospera. Foi o que fez com que a ciência grega
subalternas. O quadro crítico continuava, era preciso novas leis. apresentasse vários erros que o método experimental poderia
• Sólon: Eupátrida de nascimento e comerciante de resolver. Por exemplo: apesar de não podermos ver na escuridão
profissão, estabeleceu leis de cunho mais social decretando a total, eles acreditavam que a visão depende de uma espécie de
seisachtéia (fim da escravidão por dívidas), devolução de terras radar que emana no olho, ricocheteia no que estamos vendo e
confiscadas pelos eupátridas e o princípio da eunomia com a retorna ao globo ocular.
igualdade de todos diante das leis.
No plano político, Sólon dividiu a sociedade em quatro
classes de acordo com a renda dos cidadãos (censitarismo). As
reformas de Sólon não pacificaram Atenas . O quadro de tensão
social continuava, favorecendo o aparecimento de tiranos,
indivíduos que governavam com poderes totais e forte apoio
popular. O primeiro tirano, Pisístrato, governou Atenas por 19 anos,
realizando várias reformas com forte conteúdo social, a exemplo da
reforma agrária. Os governos dos filhos de Psístrato não tiveram o
O mecanismo da visão foi melhor compreendido com a possibilidade do
mesmo sucesso do pai. Hiparco acabou assassinado e Hípias estudo da anatomia.
radicalizou a tirania, provocando forte convulsão social. Acabou
Voto feminino na democracia contemporânea
derrubado por um aristocrata, Clístenes, com apoio das camadas
média e popular. Em 1848, a Convenção dos Direitos Femininos, realizada
• Clístenes: Considerado o “pai da Democracia ateniense”, em Nova Iorque, publicou a “Declaração de Sentimentos”, na qual
Clístenes adotou importantes medidas como a extensão dos defendia o direito de voto para as mulheres. Nas ruas, enquanto
direitos políticos a todos os cidadãos, participação direta dos eram agredidas com frutas podres, elas gritavam: “Homens, seus
cidadãos no governo, divisão da Ática em cem distritos chamados direitos e nada mais! A imprensa, tomada de conservadorismo, ou
demos. Cada dez demos formava uma tribo, esta divisão gerou o as insultou ou as ignorou. Como frequentemente ocorre, a
Conselho dos Quinhentos. Principalmente, Clístenes implantou o
mudança de mentalidade é lenta e apenas em 1920 as mulheres
ostracismo, que para proteger a democracia contra os tiranos,
consistia num exílio desonroso por dez anos para qualquer pessoa norte-americanas conquistaram o direito de voto.
considerada nociva para a democracia. No Brasil, o movimento organizado em defesa do voto
• Péricles: Sob o seu governo, Atenas atingiu o apogeu da feminino surgiu em 1922, quando foi fundada a Federação
democracia escravista e ocorreu ainda um notável florescimento Brasileira pelo Progresso Feminino, no Rio de Janeiro. Em 1928, o
das artes, da literatura, do teatro e da filosofia. Isso tudo ocorreu já estado do Rio Grande do Norte passou a permitir o voto e a
no período clássico da história grega. candidatura de mulheres. Anos mais tarde, em 1931, foi criada a
Cruzada Feminista Brasileira, engrossando as reivindicações pela
participação das mulheres no processo político nacional. Em 1932,
o governo federal estabeleceu as novas regras eleitorais que iriam

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nortear a política no país. Pela primeira vez as mulheres poderiam as de Naxos e Tasos. A grande aliança contra os persas acabou
votar e candidatar-se. Em 1934, tomava posse a primeira deputada por se transformar em um instrumento da opulência de Atenas.
federal, Carlota Pereira de Queirós, eleita por São Paulo. Os tributos pagos pelas cidades gregas favoreciam o
“milagre ateniense”. Obras públicas e palácios foram erguidos,
surgiram grandes historiadores como Heródoto, geniais filósofos
O PERÍODO CLÁSSICO como Sócrates, teatrólogos como Sófocles e artistas e arquitetos
O período clássico foi simultaneamente o apogeu e o início como Fídias e Miron. A democracia escravista atingia o seu apogeu
da decadência grega. As maiores manifestações culturais do gênio e Atenas transformava-se na “ educadora da hélade”.
grego ocorreram no século V a.C. ( o século de ouro ou século de
Péricles ). Os gregos mostraram sua força militar ao derrotarem os A Guerra do Peloponeso
persas nas Guerras Médicas. Contudo mostraram também sua Várias outras cidades gregas não aceitavam a supremacia
ateniense e, temendo o crescente poderio da cidade de Péricles, as
fragilidade nas lutas internas entre suas cidades Estados ( Guerra
cidades de Corinto, Megara e principalmente Esparta, criaram a
do Peloponeso), que prepararam terreno para a invasão Liga do Peloponeso. Estava plantada a semente de uma guerra
macedônica, pondo fim à autonomia grega. civil que acabaria por significar a decadência do mundo grego: A
Guerra do Peloponeso.
As Guerras Médicas O temor da supremacia ateniense era tamanho que até o
As guerras médicas ou greco pérsicas ocorreram devido império persa auxiliou Esparta, enviando ouro e prata à Liga do
aos choques de imperialismo nas disputas por áreas orientais do Peloponeso.
Mediterrâneo. O início do conflito ocorreu quando o imperador
persa Dário l atacou as cidades gregas de Mileto, Éfeso e as ilhas
de Samos e Lesbos. Atenas enviou , então, navios e tropas para
auxiliá-las .Ainda assim os persas saíram vitoriosos. Este primeiro
triunfo animou os persas que atacaram a Grécia continental dando
início as Guerras Médicas.
Em 490 a.C., uma expedição persa enviada por Dario e
liderada por Mardônio foi derrotada pelas tropas atenienses
comandadas por Milcíades na célebre batalha de Maratona.
Temendo um novo ataque, os atenienses reforçaram sua
marinha e com o auxílio das outras cidades gregas criaram uma
simaquia ( aliança defensiva ). Quando ocorreu a segunda ofensiva
persa, comandada pelo filho e sucessor de Dario, Xerxes, os As Guerras do Peloponeso acabaram com o imperialismo ateniense, que
gregos estavam preparados e saíram vitoriosos na batalha naval de deu lugar à hegemonia espartana.
Salamina. Os persas sofreram sua definitiva derrota em
Eurimedonte e acabaram por reconhecer a derrota pelo Tratado de Não se pode reduzir este conflito ao aspecto econômico, é
Calias , dando aos gregos a supremacia sobre o mar Egeu. necessário observar ainda o seu caráter político e cultural expresso
nas profundas diferenças e rivalidades entre o universo ateniense e
o modelo espartano.
A Guerra do Peloponeso durou 27 anos ( 431 a 404 a.C.).
Foram anos não apenas de guerra, mas também de peste e
destruição comercial. É claro que em meio a esse estado caótico a
democracia ateniense desmoronou.
Ao final do conflito Atenas saiu destruída, sua frota naval foi
aniquilada e a vitoriosa Esparta passou a estender a sua
hegemonia para outras cidades gregas. Esparta também,
obviamente, saiu fragilizada da guerra e acabou perdendo a
supremacia do mundo grego (pouco tempo depois) para Tebas.
O resultado desta guerra é um saldo de nenhum vencedor,
só de derrotados. A guerra foi o suicídio político das cidades gregas
Vista do Partenon, nas ruínas da Acrópole de Atenas. que, enfraquecidas militarmente, acabaram caindo sob o jugo da
dominação macedônia.
A HEGEMONIA ATENIENSE
Atenas foi a mais importante força militar grega nas guerras O PERÍODO HELENÍSTICO
médicas e acabou por se tornar na cidade mais rica e poderosa da O Período Helenístico corresponde ao período da
Grécia. Durante as guerras contra os persas, surgiu a Liga de supremacia macedônia sobre os gregos. Tidos como bárbaros
Delos , uma aliança militar naval hegemonizada por Atenas. Com o pelos gregos, os macedônios eram um povo indo-europeu que se
final da guerra, a liga transformou-se em um instrumento de poder habitavam a região montanhosa ao norte da Grécia. A Macedônia
ateniense. Os impostos pagos pelas diversas cidades eram não possuía litoral, dificultando assim sua economia. No governo
desviados para Atenas, a moeda ateniense foi imposta para as de Felipe II este império progrediu econômica e militarmente e,
cidades. Revoltas contra essa supremacia eram sufocadas como

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aproveitando-se da fragilidade do outrora poderoso mundo grego,


invadiu e conquistou as cidades gregas (batalha de Queronéia).
Felipe II planejava construir uma liga greco macedônia
contra o império persa que, mais uma vez , ameaçava o mundo
grego. Acabou assassinado. Seu sucessor foi seu filho Alexandre
Magno, que comandou o apogeu do mundo macedônico.
Alexandre, “o grande”, estendeu suas fronteiras , sufocou Coluna corintia,
Coluna dórica, Coluna jônica,
rebeliões e atingiu até o Oriente. O Império persa foi derrotado, o simples e sóbria elegante e trabalhada
exuberante e
Egito foi conquistado e lá Alexandre foi consagrado faraó, tendo rebuscada
fundado uma cidade chamada Alexandria, famosa pelo magnífico
farol e por uma notável biblioteca. As conquistas militares de Medicina
Alexandre Magno no Oriente deram origem à chamada cultura Os egípcios foram os primeiros a realizar cirurgias
cranianas. Contudo, foi entre os gregos que a Medicina apareceu
helenística, que corresponde à fusão dos padrões culturais gregos
despida de misticismos ou dogmatismos. Destaque para Hipócrates
com padrões orientais.
( “o pai da Medicina” ) que , por exemplo , afirmou que os ataques
Alexandre morreu aos 33 anos sem deixar herdeiros assim
epiléticos derivavam de uma disfunção cerebral - e não da ira dos
o império macedônico acabou dividido entre os seus principais deuses sobre os homens.
generais. O império macedônico, outrora tão poderoso, agora
estava dividido e em constante conflito, onde cada parte Literatura
reivindicava ser a legítima herdeira do império alexandrino. Estas A poesia foi o primeiro gênero literário grego, com destaque
disputas internas abriram terreno para a dominação de um novo para Homero (“Ilíada” e a “Odisseia” ) e Hesíodo, que na obra
grande império, o romano. “Teogonia” descreve a vida dos deuses gregos.
O Teatro grego surgia nas festas dionisíacas e se dividia
CULTURA GREGA em duas vertentes:
• Tragédia : Ésquilo (“Os persas”, “Prometeu acorrentado”),
Religião Sófocles (“Édipo Rei” e “Antígona” ) e Eurípedes (“Alceste” e
A religião grega era politeísta e antropomórfica . Os vários “Mulheres troianas”).
deuses gregos habitavam o Monte Olimpo, possuindo virtudes, • Comédia : Aristófanes (“Os cavaleiros” e “As nuvens”).
defeitos e características humanas. Para os gregos o homem não
era servo de Deus, sua religião não se baseava na ideia de um Oratória
pecado original , um messias salvador dos homens ou um paraíso A capacidade da eloquência e do convencimento através da
após a morte corpórea. Ao contrário da tradição hebraico cristã, os retórica e da persuasão era bastante valorizada entre os gregos.
deuses é que foram feitos à imagem e semelhança dos homens. Destaque para dois grandes oradores: Demóstenes, autor de
Um dos raros cultos era o de caráter familiar, o que gerou “Filípicas”, e Péricles.
uma certa unidade religiosa entre os gregos. A esperança em um
Ciências
futuro melhor fez os gregos acreditarem em Oráculos, sendo o mais
Os gregos concebiam a ciência como vertente da filosofia e
importante era o de Delfos. Lá o deus Apolo falava pela boca de
se destacaram na Matemática através de Tales de Mileto e
uma pitonisa ( sacerdotisa ). Acreditava-se que a própria fumaça Euclides; Astronomia, com Aristarco de Samos que antecipou o
tóxica dos vulcões submersos influenciava este jogo de pensamento de Copérnico e Física com Arquimedes que elucidou o
adivinhação e alucinação. princípio da alavanca e elaborou diversos tratados sobre os
O culto aos deuses gregos gerou os Jogos Olímpicos, princípios básicos da Hidrostática.
competições esportivas e culturais realizados a cada quatro anos
na cidade de Olímpia. As Olimpíadas eram os jogos da paz, pois Filosofia
enquanto estivessem sendo realizados os jogos não ocorriam A Grécia é o berço da razão antropocêntrica. Na busca
guerras na Grécia. incansável de desvendar os mistérios do homem e do mundo, os
gregos elaboraram um culto à razão e ao saber despido do
Artes misticismo dos povos orientais.
Os gregos desenvolveram praticamente todas as vertentes Um dos precursores do pensamento filosófico foi Tales, que
artísticas, com destaque especial na arquitetura e escultura, possuía uma preocupação metafísica de descobrir o elemento
caracterizadas pela simplicidade, equilíbrio de formas, leveza do gerador de todas as coisas, este elemento básico seria a água. Da
conjunto e harmonia entre as partes. escola de Mileto merecem destaque ainda Anaxímenes, para quem
Na escultura sobressaem-se o Discóbulo, de Miron, e o o elemento básico seria o ar, e Anaximandro, para quem o
Hermes com Dionísio menino, de Praxíteles. As maiores elemento básico seria a matéria.
manifestações arquitetônicas gregas encontram-se na Acrópole Já no século VI a.C. surgiu a Escola Pitagórica, fundada
com destaque para o Partenon e Erecteion. São três os estilos por Pitágoras, que considerava o número a essência de todas as
arquitetônicos gregos: dórico (simples com apenas uma placa de coisas.
A Escola de Eléia, baseada em Parmênides e Heráclito,
mármore ), jônico (com traços elegantes e adorno em espiral ) e
afirmava a mutabilidade de todas as coisas, dando origem ao
coríntio (rico em detalhes, tem a forma de um sino invertido
pensamento dialético .
envolvido em folhas de acanto).
A Escola Atomista de Demócrito defendia a tese de que o
átomo era o elemento gerador e explicador de tudo.
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A Escola Sofista negava a existência de uma verdade


eterna e imutável. Para essa corrente “a verdade é filha do seu
tempo” ou ainda “o homem é a justa medida de todas as coisas”.
Os sofistas, a exemplo de Protágoras e Górgias, defendiam o
humanismo e o relativismo filosófico, enfatizando a retórica e
comercializando o seu saber. Acabaram definidos por seus
opositores como mercenários e enganadores.
Sócrates foi o maior adversário dos sofistas. Defensor da
virtude e da moral, elaborou a maiêutica, método de reflexão
filosófica baseadas em constantes indagações. Aos discípulos não
fornecia respostas acabadas, pois acreditava que “mestre não é
aquele que ensina e sim aquele que desperta no discípulo o amor
ao conhecimento” ou ainda “conhece-te a ti mesmo”. Sem jamais
ter escrito um livro sequer, Sócrates influenciou um sem número de
pensadores, acabou condenado à morte com cicuta (veneno), sob
a acusação de corromper a juventude.

“Jesus e Sócrates foram consideradas pessoas enigmáticas O filósofo toma cicuta diante de seus discípulos, afirmando que preferia a
no tempo que viveram. Nenhum dos dois deixou qualquer registro “morte a ter que renunciar à Filosofia”.
escrito de suas ideias. Assim não nos resta outra saída senão
confiar na imagem deles que nos foi legada pelos seus discípulos.
Uma coisa, porém, é certa : ambos eram mestres na retórica. Além LEITURA COMPLEMENTAR 2
disso, ambos tinham tanta autoconfiança no que diziam, que
podiam tanto arrebatar quanto irritar seus ouvintes. Para completar, Infância, adolescência e educação dos espartanos
ambos acreditavam falar em nome de uma coisa que era maior que
eles. Eles desafiavam os que detinham o poder na sociedade Conta-nos um historiador grego que em Esparta:
porque criticavam todas as formas de injustiça e abuso do poder.
No esta forma de agir lhes custou a vida. Também há paralelos nos Conta-nos um historiador grego que em Esparta:
processos de acusação. Ambos podiam ter pedido clemência e
com isso, ter salvo suas vidas. Mas eles acreditavam estar traindo Quando nascia uma criança, não era seu pai que decidia se
sua missão se não fossem até ás últimas consequências. E o fato iria criá-la ou não. O recém-nascido era levado ao lugar onde se
de terem enfrentado a morte de cabeça erguida lhes garantiu a reuniam os mais velhos, que o examinavam. Se fosse sadio e
fidelidade das pessoas mesmo depois de sua morte.” robusto, podia ser criado pelos pais (...). Se, ao contrário, fosse
( Jostein Gaarden in ‘ O mundo de Sofia’ ). fraco e deficiente, era lançado no precipício. Julgavam que isso era
Platão foi o principal discípulo de Sócrates. Em “Dialógos” o melhor para a criança e para o governo.
(PLUTARCO. Vida de Licurgo, 16, 1.2. Citado por Jacques
ele reflete sobre a influência do mestre na sua formação intelectual.
Maffre. A vida na Grécia Clássica. p. 147. Adaptado).
Platão elaborou a teoria do mundo das ideias, em que “o mundo
físico é apenas reflexo ou cópia imperfeita do mundo das formas
Até os sete anos os meninos eram criados pelas suas
essenciais.” Defensor de um mundo ideal, governado por filósofos, mães. Elas os deixavam andar descalços para ter pés calejados e
onde os guerreiros manteriam a ordem e os escravos trabalhariam. os cobriam só com uma única túnica para aprenderam a suportar o
Platão escreveu ainda “A República” e o “O banquete”. frio. A partir de então, passavam a viver com outros garotos da
Desenvolveu a Alegoria da Caverna e fundou a Academia mesma idade em acampamentos do governo. Nesses
Platônica. acampamentos aprendiam somente a ler, escrever e contar. No
Aristóteles, discípulo de Platão, nascido na Macedônia, resto do tempo, praticavam esportes, recebiam instrução militar e
escreveu o livro “Política”, onde afirma que o mundo se dividia em treinavam sobrevivência no mato. O jovem tinha de conseguir
“nascimento, transformação e destruição”. A realidade independe alimento por conta própria. Mas se fosse pego roubando, mesmo
das ideias e para conhecê-la era necessário a lógica através do que para matar a fome, era castigado de modo cruel e em público.
Silogismo (“ Todos os homens são mortais. Sócrates é um homem. A partir dos 16 anos, passavam por uma série de provas,
Logo, é mortal.”). Ensinava caminhando (paripatética) na escola por das quais a mais terrível era a críptia: levantavam-se de
ele fundada (Liceu), afirmava nada existir na consciência que já não madrugada, armavam-se de punhais e, em bandos, invadiam as
tivesse sido experimentado antes pelos sentidos; dividiu as formas casas dos hilotas para assassiná-los. Aos 20 anos, eles
de governo em puras e impuras e foi um dos teóricos da ingressavam no exército. Aos 30, casavam-se e recebiam um lote
democracia ateniense ao afirmar que “democracia é o governo do de terra do governo, acompanhado de um certo número de hilotas.
povo, pelo povo”. Excluiu do conceito de povo os escravos, que A partir dessa data eram considerados cidadãos, ou seja, podiam
“são propriedades instrumentais animadas”. votar, ocupar cargos públicos e participar das refeições coletivas
diárias. Essas refeições visavam reforçar o companheirismo entre
os espartanos. Eles continuavam servindo o exército até os 60
anos.
As mulheres, por sua vez, também faziam exercícios
físicos, participavam de lutas e demais atividades esportivas. Com
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isso, estavam sendo preparadas para ser mães de filhos fortes e racionais para os eventos que influenciavam suas vidas. Este é o
saudáveis. Essa era a principal função da mulher. início da ciência como a conhecemos. Portanto, sem os gregos
ninguém estaria quebrando a cabeça tentando se conhecer, o que
O conceito moderno de cidadania seria a morte de qualquer corrente filosófica”, diz Schüller.
O antropocentrismo – palavra grega que significa o homem
como centro de tudo – é outra herança daquele povo. Segundo
José Leonardo Nascimento, esse conceito foi fundamental para a
definição do pensamento ocidental, influenciando diversas áreas do
conhecimento das artes às religiões. Uma ideia original e única em
todo o mundo.
Apesar de toda sua importância sobre o mundo antigo, a
cultura grega e suas influências estiveram adormecidas durante a
Idade Média, quando o sentimento religioso e místico predominou.
“Pensar em um mundo desprovido da influência grega é pensar na
Idade Média até o Renascimento”, diz Nascimento.
“As medidas do homem (antropometrismo), suas feições e
A cidadania é o conjunto de direitos e deveres dos expressões, passaram a ser usadas nas artes plásticas e a servir
membros de uma comunidade. Por exemplo, votar é um direito e, de referência para nossas criações mitológicas e religiosas”, afirma
ao mesmo tempo, um dever do cidadão e da cidadã brasileiros. Nascimento. A ideia de representar o homem tal como ele é não
Veja o que pensa sobre a cidadania um célebre jurista brasileiro existiria. Em seu lugar, as artes seriam povoadas de manifestações
chamado Dalmo Dallari: bem distantes do real, como as colossais obras egípcias. Imagine
A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à essa tendência aplicada na arquitetura. Teríamos construções
pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do monumentais, adequadas às dimensões dos deuses e não às do
governo de seu povo. Quem não tem cidadania está marginalizado homem.
ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa É difícil imaginar o que seria das artes ocidentais sem toda
posição de inferioridade dentro do grupo social. Por extensão, a a referência clássica. “Sem a Grécia teríamos o embotamento da
cidadania pode designar o conjunto das pessoas que gozam cultura dos sentidos”, diz Nascimento. Em outras palavras, as artes
daqueles direitos. Assim, por exemplo, pode-se dizer que todo não teriam o homem como referência e iria prevalecer outro tipo de
brasileiro, no exercício de sua cidadania, tem o direito de influir modelo. “Tendo como padrão a arte egípcia, por exemplo, nosso
sobre as decisões do governo. (...) A Constituição Brasileira de imaginário estaria repleto de figuras descomunais, com aparência
1988 assegura aos cidadãos brasileiros os direitos já divina e animal”, explica.
tradicionalmente reconhecidos, como o direito de votar para Além das artes, essa forma de ver o mundo foi definitiva
escolher representantes no Legislativo e no Executivo e o direito de nos campos da ciência e da religião. Doutores do Cristianismo,
se candidatar para esses cargos. Não ficou, porém, apenas nisso, como São Tomás de Aquino e Santo Agostinho, fundiram o
sendo importante assinalar que essa Constituição ampliou bastante pensamento grego aos fundamentos da religião. Sem a influência
os direitos da cidadania”. grega, o Cristianismo seria muito mais austero, menos afeito aos
(DALLARI, Dalmo de Abreu. Direitos humanos e cidadania. p. 14-5).
sincretismos e, sobretudo, sem as figuras dos santos. Talvez não
se tornasse a religião predominante sobre a Terra. Sem a filosofia
clássica, o cristianismo seria pouco mais que uma seita neojudaica.
LEITURA COMPLEMENTAR 3 Para o professor Schüller, o homem ocidental seria outro. A
consciência sobre nós mesmos, nossos medos, traumas e desejos,
E se... OS GREGOS NÃO TIVESSEM EXISTIDO? também “Freud, provavelmente, teria outro emprego. O homem se
confrontando com seus limites é uma invenção grega”, diz. Uma
Menos inquietações existenciais, menos obras de arte e o situação impensável sob a ótica do budismo, por exemplo, posto
homem em segundo plano. Assim seria o hemisfério ocidental caso que a doutrina oriental suprime o desejo na busca da tranquilidade
a civilização grega jamais tivesse existido. “A sociedade seria de espírito.
menos reflexiva e racional. Viveríamos baseados apenas na fé”, diz (Revista Superinteressante, Edição 181, outubro de 2002, pág. 41.)
José Leonardo Nascimento, professor da Universidade Estadual
Paulista. Imaginar uma situação como essa não é tarefa fácil. Freud e o Complexo de Édipo
Afinal, a influência grega no Ocidente é profunda e vasta. Por outro “[...] Apaixonar-se por um dos pais e odiar o outro figuram
lado, pensar nessa hipótese só é possível graças aos gregos, já entre os componentes essenciais do acervo de impulsos psíquicos
que a reflexão intelectual nasceu entre eles e não há dúvidas de que se formam nessa época [...] Essa descoberta é confirmada por
que este seja seu maior legado. uma lenda da Antiguidade clássica que chegou até nós: uma lenda
“A tomada de consciência do homem sobre si mesmo e cujo poder profundo e universal de comover só pode ser
sobre os fenômenos qeu os cercam não ocorreu apenas na Grécia, compreendido se a hipótese que propus com respeito à psicologia
mas foi ali que, por força de uma cultura dedicada à figura humana, infantil tiver validade igualmente universal. O que tenho em mente é
desenvolveram-se explicações racionais como a matemática, a a validade igualmente universal. O que tenho em mente é a lenda
medicina e a filosofia”, afirma Donaldo Schüller, professor da do Rei Édipo, filho de Laio, Rei de Tebas, e de Jocasta, foi
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Para ele, a base de enjeitado quando criança porque um oráculo advertira Laio de que
toda inquietação humana vem desse processo de racionalização da a criança ainda por nascer seria o assassino de seu pai. A criança
natureza. “Os gregos do século VI a.C. abandonaram as soluções foi salva e cresceu, como príncipe numa corte estrangeira, até que,
metafísicas e espirituais do mundo e buscaram explicações em dúvida quanto às suas origens, também ele interrogou um

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oráculo e foi alertado para evitar sua cidade, já que estava INDICAÇÕES PARA APROFUNDAMENTO
predestinado a assassinar seu pai e receber sua mãe em DA CIVILIZAÇÃO GREGA
casamento. Na estrada que o levava para longe do local que ele
acreditava ser seu lar, encontrou-se com o Rei Laio e o matou 1. Filmes e Documentários:
numa súbita rixa. Em seguida, dirigiu-se a Tebas e decifrou o • A Odisséia, de Francis Ford Coppola
enigma apresentado pela Esfinge que lhe barrava o caminho. Por • Alexandre, de Oliver Stone
gratidão, os tebanos fizeram-no rei e lhe deram a mão de Jocasta • Tróia
em casamento. Ele reinou por muito tempo com paz e honra, e • A Grécia antiga. Brasil, 1994, 30 min, SBJ. Dir.: Sérgio
aquela que, sem que ele soubesse, era sua mãe, deu-lhe dois Baldassarini Júnior (História da humanidade, 3).
filhos e duas filhas. Por fim, então, irrompeu uma peste e os • Fúria de titãs. Inglaterra, 1981, 118 min, Vídeo Arte. Dir.:
tebanos mais uma vez consultaram o oráculo. É nesse ponto que Desmond Davis.
ser inicia a tragédia de Sófocles. Os mensageiros trazem de volta a • Hércules: em busca do reino perdido. Estados Unidos, 1994, 89
resposta de que a peste cessará quando o assassino de Laio tiver min, CIC Vídeo. Dir.: Harley Cokliss.
sido expulso do país. • Ulysses. Itália, 1953, 104 min, Look Vídeo. Dir.: Marro Camerini.
A ação da peça não consiste em nada além do processo de • Grécia: tempos de supremacia. São Paulo, 1999, 50 min, Abril
revelação, com engenhosos adiamentos e sensação sempre Coleções. (Civilizações perdidas).
crescente –– um processo que pode ser comparado ao trabalho de • Hércules e o círculo de fogo. Estados Unidos, 1994, 90 min, CIC
uma psicanálise –– de que o próprio Édipo cega a si próprio e Vídeo. Dir.: Doug Lefler.
abandona o lar. A predição do oráculo fora cumprida. [...] • Hércules e o labirinto do Minotauro. Estados Unidos, 1994, 90
Seu destino comove-nos apenas porque poderia ter sido o min, CIC Vídeo. Dir.: Josh Recker.
nosso –– porque o oráculo lançou sobre nós, antes de nascermos, • Hércules 87. Itália, 1983, 98 min, América Vídeo Filmes. Dir.:
a mesma maldição que caiu sobre ele. É destino de todos nós, Lewis Coates.
talvez, dirigir nosso primeiro impulso sexual para a nossa mãe, e • O império de Alexandre, o Grande. São Paulo, 1999, 50 min,
nosso primeiro ódio e primeiro desejo assassino, para nosso pai. Abril Coleções. (Civilizações perdidas).
Nossos sonhos nos convencem de que é isso o que se verifica. O
Rei Édipo, que assassinou Laio, seu pai, e se casou com Jocasta,
sua mãe, simplesmente nos mostra a realização de nossos próprios 2. Endereços Eletrônico:
desejos infantis.
(Sigmund Freud, “A interpretação dos Sonhos”) • Grécia antiga e arcaica:
http://www.goid.com.br/~faber/Hmed.html
• Grécia - histórias e mitos:
http://www.geocities.com/enchantedforest/9753/index.html
• Grécia: http://www.nethistoria.com/inicio.html
• Grécia (período clássico):
http://www.gold.com.br/~faber/Hmed.html

3. Literatura Complementar
• HOMERO. Ilíada. Adap. N. de Holanda. Rio de Janeiro: Ediouro,
1999.
• Odisséia. Adap. M. Rebelo. Rio de Janeiro: Ediouro, 1996.
• SCHWAB, G. As mais belas histórias da Antiguidade clássica:
os mitos da Grécia e de Roma. 3v. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1994.
• AYMARD, A., AUBOYER, J. O Oriente e a Grécia. 3 ed. São
Paulo: Difel, 1960. (História geral das civilizações, 1-2).
• FINLEY, M. I. Grécia primitiva: Idade do bronze e idade arcaica.
São Paulo: Martins Fontes, 1990. (O homem e a história).
• HISTÓRIA em revista. Rio de Janeiro: Time-Life/Abril Coleções,
1993-5. Vários volumes.
• SANTOS JR., W. Democracia: o governo de muitos. São Paulo:
Scipione, 1996. (Opinião & debate).
• GIORDANI, M. C. História da Grécia. 6 ed. Petrópolis: Vozes,
1998. (Antiguidade clássica, 1).
• HISTÓRIA em revista. Rio de Janeiro: Time-Life/Abril Coleções.
Vários volumes.
• ISAAC, J., DEZ, G., WELLER, A. História universal: Oriente e
Grécia. São Paulo: Mestre Jou, 1964.

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EXERCÍCIOS DE SALA

1. As afirmativas abaixo estão relacionadas com os povos 3. Dentre os legados dos gregos da Antigüidade Clássica que se
gregos na antiguidade. mantêm na vida contemporânea, podemos citar:
1. Os atenienses criaram a democracia como forma de a) a concepção de democracia com a participação do voto
governo. Dessa prática política, estavam excluídos de universal.
participação as mulheres, os estrangeiros e os escravos. b) a promoção do espírito de confraternização por
2. Os atenienses construíram no século V a.C. um vasto intermédio do esporte e de jogos.
império que controlava a Grécia, o Egito, a Palestina e a c) a idealização e a valorização do trabalho manual em
Babilônia. todas suas dimensões.
3. A cidade de Esparta tinha uma estrutura social rígida e d) os valores artísticos como expressão do mundo religioso
dividia-se em: espartanos, classe privilegiada; os periecos, e cristão.
que se dedicavam ao comércio e os hilotas, pessoas que e) os planejamentos urbanísticos segundo padrões das
assumiam a função de servos. cidades (acrópoles).
4. Os atenienses, durante as Guerras Médicas, venceram os
espartanos e, em seguida, fizeram a unificação de todas
as cidades Estado gregas. 4. A Constituição que nos rege nada tem a invejar aos outros
povos; serve a eles de modelo e não os imita. Recebe o
Estão corretas as afirmativas da alternativa:
nome de democracia, porque o seu intuito é o interesse do
a) 1 e 3
b) 1, 3 e 4 maior número e não de uma minoria. Nos negócios privados,
c) 3 e 4 todos são iguais perante a lei (...). Livres em nossa vida
d) 2 e 3 pública, não pesquisamos com curiosidade suspeita a
e) 1 e 2 conduta particular de nossos cidadãos (...). Ouso dizê-lo,
Atenas é a escola da Grécia.
2. “– Guardas! Guardas! – grita Creonte, alucinado. – Levem
depressa, e para bem longe daqui, este homem desgraçado Fragmento de um discurso de Péricles, século V a.C.
que, querendo sobrepor-se aos deuses, matou noiva, filho,
esposa e mãe. Ai de mim, tudo desmorona a meu redor. Um O trecho acima, retirado de um discurso do líder ateniense
deus, sim, um deus desabou sobre mim com seu peso Péricles, permite entender que a democracia grega
enorme e calcou aos pés a minha sorte.
– Não se devem ofender os deuses. Os golpes impiedosos a) alcançou sua mais notável expressão nas cidades da Liga
que eles infligem ensinam os homens arrogantes a chegar à do Peloponeso, à época lideradas por Esparta.
velhice com sabedoria. Eis a primeira condição da felicidade b) condenava formalmente a prática do ócio, tão
– conclui o corifeu, secundado pelo coro dos velhos profundamente enraizada na sociedade ateniense.
tebanos.” c) inspirou-se nos modelos de gestão e participação política
das cidades Estado sumerianas.
(SÓFOCLES. Antígone. Tradução e adaptação de Cecília d) só foi possível devido aos efeitos da Guerra do
Casas. São Paulo: Scipione, 2004, p. 38-39). Peloponeso, que fortaleceu e amadureceu o mundo grego.
e) apesar de restringir a participação de mulheres e escravos,
A passagem acima é extraída da peça Antígone, do poeta e foi um avanço diante das formas despóticas de governo.
dramaturgo grego Sófocles (496-405 a.C.). A tragédia
clássica caracteriza-se pelas tentativas humanas de fugir do
destino determinado pelos deuses. Na sociedade grega da 5. A concentração de terras produtivas nas mãos da aristocracia
Antiguidade, grega gerou uma série de crises e conflitos sociais
a) os deuses eram divindades infalíveis e onipresentes e, relacionados à posse da terra entre os séculos VIII a.C. e VII
por isso, detinham em suas mãos os destinos da a.C., período de formação da polis grega. Constituiu solução
Humanidade. adotada para superar as tensões sociais nesse período a:
b) Zeus era equivalente ao Deus dos cristãos, tendo a) venda dos homens livres sem terra como escravos para
apenas uma denominação distinta. outros povos, como os fenícios.
c) a religião estabelecia rígido controle moral,
b) adoção da tirania como forma de conter as revoltas sociais
considerando como pecado o sexo e o consumo de
que se manifestavam no governo democrático.
vinho.
c) diminuição do número de escravos para ampliar as
d) os deuses eram imagens projetadas dos próprios
homens, adquirindo, além da forma humana, suas possibilidades de trabalho para os homens gregos livres.
paixões, defeitos e vícios. d) colonização de novas terras por grupos de colonos gregos
e) os deuses eram divindades abstratas, sem forma com o intuito de fundar novas polis e organizar uma
definida, possuindo apenas características morais e economia autônoma.
espirituais. e) ampliação do comércio após a tomada das rotas
comerciais dos egípcios a fim de deslocar a mão de obra
grega para a atividade comercial.

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b) Desenvolvendo uma política imperialista, Atenas entrou em


6. "A natureza faz o corpo do escravo e do homem livre conflito com Esparta que, agrária e oligárquica, permaneceu
diferentes. O escravo tem corpo forte, adaptado para a fechada à expansão territorial.
atividade servil, o homem livre tem corpo ereto, inadequado c) O expansionismo persa, que já havia dominado cidades
para tais trabalhos, porém apto para a vida do cidadão. Na gregas da Ásia Menor e estabelecido o controle persa sobre
cidade bem constituída, os cidadãos devem viver executando rotas comerciais do Oriente, ameaçava a soberania da
trabalhos braçais (artesãos) ou fazendo negócios Grécia, tornando inevitável o conflito grego-pérsico.
(comerciantes). Estes tipos de vida são ignóbeis e d) Esparta, por priorizar a formação física e militar, cultivando
incompatíveis com as qualidades morais. Tampouco devem no indivíduo o patriotismo incondicional ao Estado, liderou a
ser agricultores os aspirantes à cidadania. Isso porque o ócio ofensiva grega contra os assírios, que ameaçavam as
é indispensável ao desenvolvimento das qualidades morais e instituições democráticas gregas.
à prática das atividades políticas."

ARISTÓTELES (384-322 a. C.). "Política" [Adapt.].


8. "Alexandre desembarca lá onde foi fundada a atual cidade de
Esta ideologia foi produzida na (o) Alexandria. Pareceu-lhe que o lugar era muito bonito para
fundar uma cidade e que ela iria prosperar. A vontade de
a) Período Homérico e manifesta o pensamento burguês em colocar mãos à obra fez com que ele próprio traçasse o plano
relação a todas as classes sociais. da cidade, o local da Ágora, dos santuários da deusa egípcia
b) Império Romano e apresenta resquícios nas Ísis, dos deuses gregos e do muro externo."
discriminações étnicas vigentes nos Estados Unidos da
América. Flávio Arriano. "Anabasis Alexandri" (séc. I d.C.).
c) Antiga Grécia e reflete o preconceito - em relação às
atividades manuais - também presente ao longo da história da Desse trecho de Arriano, sobre a fundação de Alexandria, é
sociedade brasileira. possível depreender:
d) Período Arcaico, em Atenas, quando era necessário a) o significado do helenismo, caracterizado pela fusão da
estabelecer legitimações para as expansões colonialistas cultura grega com a egípcia e as do Oriente Médio.
modernas. b) a incorporação do processo de urbanização egípcio, para
efetivar o domínio de Alexandre na região.
c) a implantação dos princípios fundamentais da democracia
ateniense e do helenismo no Egito.
7 d) a permanência da racionalidade urbana egípcia na
organização de cidades no Império helênico.

Frank Miller inspirou-se na verdadeira Batalha de Termópilas,


ocorrida em 438 a.C, na Grécia, para escrever “Os 300 de
Esparta”. A adaptação da história em quadrinhos de Miller foi
levada ao cinema, em 2006, pelo diretor Zack Snyder, com o
título “300”. A respeito do contexto das Guerras Médicas
(500-479 a.C), tema abordado no filme, assinale a alternativa
correta.

a) O domínio e a expansão naval fenícia ameaçavam a


hegemonia da Grécia sobre o mar Egeu, o que ocasionou a
formação de uma aliança defensiva grega.

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4. “Na cidade grega antiga, ser cidadão não significava apenas


EXERCÍCIOS DE CASA
fazer parte de uma entidade ‘nacional’, mas também
participar numa vida comum.”
1. “A constituição que nos rege nada tem a invejar a dos outros MOSSÉ, Claude. O cidadão na Grécia antiga. Lisboa: Edições 70, 1999, p.
povos; serve a eles de modelo e não os imita. Recebe o 51.
nome de democracia, porque o seu intuito é o interesse do
maior número e não de uma minoria. Nos negócios privados, Tomando por base a afirmativa acima, pode-se compreender
todos são iguais perante a lei; mas a consideração não se corretamente que a vida na polis, para o cidadão, significava:
outorga senão àqueles que se distinguem por algum talento. a) romper com a religião e os mitos e adotar o modo de vida
É o mérito pessoal, muito mais do que as distinções sociais, proposto pelos filósofos, o de disseminar a filosofia e a
que franqueia o caminho das honras.” democracia para todas as cidades Estado gregas.
Discurso de Péricles. Apud: TUCÍDIDES. História da Guerra b) realizar o ideal grego de unificação política, militar,
do Peloponeso. Brasília: Editora Universidade Brasília, 1987, geográfica, econômica, religiosa e cultural de todas as
p. 98 - Texto adaptado. cidades Estados e assim suprimir as tiranias e as
oligarquias.
O texto acima refere-se aos princípios ideais da democracia c) exercer obrigatoriamente uma magistratura ao longo da
grega, em especial, da ateniense no século V a.C. Estes vida, pois o aprendizado político por todos representava a
ideais, quando aplicados à prática política, revelavam-se. garantia do bem-estar social e da manutenção da
a) amplamente participativos, porque garantiam os direitos democracia.
políticos a todos os habitantes da pólis, d) formar um corpo de súditos cujas decisões políticas se
independentemente da classe social a que pertenciam. orientavam para a manutenção do poder econômico e
b) contraditórios, porque os escravos só poderiam participar religioso das famílias detentoras de frotas que
da vida política depois que quitassem a dívida que os comercializavam pelo Mediterrâneo.
havia levado a tal condição. e) integrar uma comunidade que visava ao seu bem comum
c) participativos, uma vez que o único critério de exclusão da por meio de decisões políticas, da adoção de uma defesa
vida política, assim como hoje em dia, era a alfabetização. militar e de práticas religiosas que buscavam benefícios e
d) excludentes, porque os direitos políticos eram privilégios proteção dos deuses da cidade.
dos cidadãos e vetados aos estrangeiros, escravos e
mulheres. 5. O período da História Grega que ficou caracterizado pela
e) restritivos, porque limitavam a participação política aos expansão e pela combinação com outras tradições culturais,
habitantes da cidade, em detrimento dos moradores do especialmente as orientais, foi chamado de:
campo. a) Arcaico.
b) Heróico.
2. A respeito da Grécia, podemos dizer: c) Helenístico.
01. A Gerúsia era o nome atribuído ao Conselho dos d) Clássico.
Anciãos espartanos. e) Homérico
02. A rivalidade entre Atenas e Esparta provocou a Guerra
do Peloponeso. 6. “A democracia ateniense possui algumas características que
04. A cultura helenística era expressão da fusão de a tornam diferente das democracias modernas, ainda que
elementos gregos e orientais. estas se inspirem nela para se constituírem”.
(Chauí, Marilena. Introdução a História da Filosofia: dos pré socráticos a
08. O apogeu da democracia ateniense ocorreu durante o
Aristóteles. Vol. 1/2. ed. São Paulo, Brasiliense 1994, p.111).
governo de Péricles.
16. A diarquia foi consolidada pelos democratas atenienses. Dentre as peculiaridades da democracia ateniense, podemos
32. A cidade Estado foi uma criação de política grega. destacar:
01. Os estrangeiros (metecos) são excluídos da democracia.
3 A sociedade espartana caracterizou-se entre outros aspectos, 02. Os escravos domésticos gozam de direitos civis e
por: políticos.
a) apresentar uma estrutura rígida, apoiada num sistema 04. Os direitos da cidadania restringem-se a uma parcela da
militarista; população: os cidadãos.
b) seguir a evolução natural das cidades na Grécia , 08. Mulheres e crianças estão excluídas da cidadania que
fixando-se na democracia; existe apenas para os homens livres, adultos, naturais de
c) estabelecer uma grande abertura em suas relações com Atenas.
as demais Cidades-Estados de Grécia; 16. A democracia ateniense representa um avanço, se
d) abolir o rígido sistema de classes que vigorou na maioria comparada às formas políticas das monarquias orientais.
das cidades gregas;
e) basear-se numa classe média que procurou dar às
massas plena liberdade.

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7. Para Aristóteles “o escravo é uma propriedade instrumental Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas / Geram
animada” e “o uso dos escravos e dos animais ,é pros seus maridos os novos filhos de Atenas. / Elas não têm
aproximadamente o mesmo” Porém, ele foi também um dos gosto ou vontade, / Nem defeito nem qualidade, /Têm medo
idealizadores da chamada “democracia ateniense”. Sobre a apenas, / Não tem sonhos, só têm presságios, / O seu
democracia ateniense é correto afirmar que: homem, mares, naufrágios / Lindas serenas, morenas.
a) o Senado era a instituição mais importante, onde estavam
representados os homens livres, os estrangeiros e, em Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas / Temem
menor número, os escravos. por seus maridos, heróis e amantes de Atenas. / As jovens
b) o governo era representativo dos vários segmentos viúvas marcadas, / E as gestantes abandonadas, /Não fazem
sociais, sem qualquer distinção, e decidia as grandes
cena. / Vestem-se de negro, se encolhem / Se conformam e
questões pelo voto censitário.
se recolhem às suas novenas / Serenas / Mirem-se no
c) as grandes questões eram decididas na eclésia, com a
exemplo daquelas mulheres de Atenas /Secam por seus
participação de todos os cidadãos livres, com a exclusão
de mulheres, jovens, estrangeiros e escravos. maridos orgulho e raça de Atenas.” (Chico Buarque)
d) a assembléia de cidadãos tomava as grandes decisões, e
eram considerados cidadãos os homens e mulheres livres A partir do texto e dos seus conhecimentos históricos,
e os estrangeiros, excetuando-se apenas os escravos. assinale o correto:
a) a democracia ateniense era extensiva às mulheres
8. “A Grécia é o locus social-histórico onde foram criados a b) a mulher ateniense, responsável pelo ‘milagre’ da vida, era
Democracia e a filosofia e onde se encontram, por profundamente valorizada na composição social.
conseguinte, nossas próprias origens. Na medida em que o c) Esparta e Atenas são exemplos perfeitos do absoluto
sentido e as potencialidades dessa criação não estejam desprezo às mulheres nas sociedades antigas.
esgotadas - e estou profundamente convencido de que não o d) a mulher ateniense, confinada ao gineceu, não gozava de
estão. A Grécia é para nós um gérmen, nem um modelo, nem cidadania.
um espécime entre outros, mas um gérmen”. e) a agricultura, base produtiva em Atenas, não era praticada
Castoriadis, Cornellius. A Pólis Grega e a da democracia. Encruzilhadas do pelas mulheres.
Labirinto. São Paulo: Paz e Terra, 1989, pág. 271.

Ao caracterizar, no texto acima, o período clássico grego


(Séc. V e VI a.C.) como um gérmen para o mundo Ocidental 10. Quando, a partir do final do último século a.C., Roma
contemporâneo, o autor está se referindo ao(a): conquistou o Egito, e áreas da Mesopotâmia, encontrou
a) Papel desempenhado pelos gregos na formação da nesses territórios uma forte presença de elementos gregos.
modernidade. Isto foi devido:
b) Presença de relações sociais escravistas no período a) ao recrutamento de soldados gregos pelos monarcas
clássico grego. persas e egípcios.
c) Igualdade entre a democracia direta grega e democracia b) à colonização grega, semelhante à realizada na Sicília e
representativa atual Magna Grécia.
d) Disputa política entre as correntes aristocrática e c) à expansão comercial egípcia no Mediterrâneo Oriental.
democrática. d) à dominação persa na Grécia durante o reinado de Dario.
e) Predominância da vida rural sobre a pólis, no período e) ao helenismo, resultante das conquistas de Alexandre
clássico grego. Magno.

9. “Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas /


Vivem pros seus maridos, orgulho e raça de Atenas. / Quando 11. Sócrates “...Ninguém quer manter em sua casa um homem
amadas se perfumam, / Se banham com leite, se arrumam, que não deseja efetuar nenhum trabalho e sim gozar de um
suas melenas. / Quando fustigadas não choram, / Se estilo de vida caro. Consideremos como se comportam os
ajoelham, pedem, imploram mais duras penas, Cadenas. senhores para com os escravos deste tipo. Não é verdade
que controlam qualquer inclinação (de tais escravos) para a
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas / Sofrem luxúria fazendo-os passar fome? E que os impedem de
pros seus maridos, poder e força de Atenas. / Quando eles roubar trancando os lugares de onde poderiam tirar coisas? E
embarcam soldados, / Elas tecem longos bordados, /Mil os impedem de fugir acorrentando-os? E os livram da
quarentenas. / E quando eles voltam sedentos, / Querem preguiça com espancamentos? Senão, vejamos, o que fazes
arrancar violentos, carícias plenas, obscenas. quando descobres ter alguém assim entre os teus escravos?
ARISTIPO - “Eu o submeto a todos os castigos possíveis, até
conseguir forçá-lo a servir adequadamente.”
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas /
(XENOFONTE, Memoráveis, II, 1 15-7)
Despem-se pros seus maridos, bravos guerreiros de Atenas. /
Quando eles se entopem de vinho, / Costumam buscar o
Tendo como base o texto acima e os seus conhecimentos
carinho de outras falenas, / Mas no fim da noite, aos pedaços,
sobre a História Antiga, assinale o que for correto:
quase sempre voltam pros braços / Das suas pequenas,
01. O lazer não era admitido entre os gregos, especialmente
helenas.
para os escravos.

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02. A sociedade grega produziu uma democracia em que b) ampliar os poderes da Eclésia, facilitando a participação
existiam desigualdades sociais. dos metecos, na vida pública de Atenas.
04. A sociedade grega estava fundada na exploração c) estender aos estrangeiros, residentes em Atenas, o direito
através da coação física exercida sobre os à cidadania e à participação na “pólis”.
trabalhadores. d) exilar, por dez anos, aqueles que viessem a ser
08. A violência fazia parte das preocupações dos filósofos considerados nocivos ao regime.
gregos, mas estava ausente nas relações sociais e) liberar de seus ônus os escravos por dívidas e servidão
cotidianas. forçada.

12. Nos primeiros tempos da História da Grécia, a formação 15. Péricles, governante de Atenas no século V a. C.,
social básica era a chamada comunidade gentílica ou genos. enaltecendo as glórias da democracia ateniense, declarou: “O
Sobre essa comunidade, podemos afirmar; corretamente: poder está nas mães não da minoria, mas de todo o povo, e
01. O grupo social descendia de um antepassado comum. todos são iguais perante a lei”.
02. O geronte, líder do genos, dirigia o processo de (Tucídides. Guerra do Peloponeso.)
produção econômica.
04. Os líderes religiosos disputavam com o geronte a Na prática da vida política ateniense, a ideia de democracia
liderança política. na época de Péricles diferentemente da atual, significava que:
08. Os meios de produção pertenciam, exclusivamente, ao a) os habitantes da cidade, ricos e pobres, homens e
líder da comunidade gentílica. mulheres, podiam participar da vida política.
16. reunião dos genos tinha por fundamento a realização de b) os escravos possuíam direitos políticos porque a
cerimônias religiosas comuns e a proteção militar. escravidão constituída por dívida era temporária.
32. Nesse período, a estratificação social achava-se c) os direitos políticos eram privilégios dos cidadãos e
fortemente estabelecida com a propriedade privada da vetados aos metecos, escravos e mulheres.
terra. d) os metecos tinham privilégios políticos por sustentarem o
comércio e a economia da cidade.
e) Os pobres e os estrangeiros podiam ser eleitos para os
cargos do Estado porque recebiam remuneração.
13. “... a democracia ateniense, quando confrontada com nossas
modernas concepções, surge como uma oligarquia de fato
simplesmente menos estrita que as oligarquias de direito.”
(Aymard e Auboyer. In Rubem S. L. de Aquino et alii. História
da Sociedade. São Paulo: Ao Livro Técnico, 1980. v.1. p.
196)
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
As condições da democracia ateniense, aludidas no texto,
D * A E C ** C A D E
dizem respeito ao fato de que nesse regime existente na 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Antiguidade Clássica: *** **** D D C --- --- --- --- ---
a) apenas os proprietários de terras e escravos possuíam
direito à participação e ao voto nos debates ocorridos na *2. 01 - 02 - 04 - 08
assembleia popular. **6. 01 - 04 - 08 - 16
b) os comerciantes, os artesãos e os pequenos proprietários ***11. 02 - 04
não exerciam qualquer influência no encaminhamento das ****12. 01 - 02 - 16
questões políticas, totalmente monopolizado pelo
operariado urbano.
c) a participação nos assuntos políticos somente era possível
aos homens livres maiores de 70 anos, os chamados
gerontes.
d) apenas os cidadãos homens, livres e nascidos em Atenas,
participavam das decisões políticas da pólis, sendo
excluídos os escravos, os estrangeiros e as mulheres.
e) embora os periecos e os hilotas tivessem alguns direitos
civis, o monopólio do poder político se encontrava nas
mãos dos esparciatas.

14. O ostracismo, implantado por Clístenes, em Atenas, na


Grécia Antiga, tinha por finalidade:
a) afastar do critério do sorteio a escolha das magistraturas e
tribunais.

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