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Juazeiro
2019
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SUMÁRIO
ÉTICA E RELAÇÕES INTERPESSOAIS ......................................................................................................................................... 3
Sociedade: .................................................................................................................................................................................... 3
Ética ................................................................................................................................................................................................ 3
Moral .............................................................................................................................................................................................. 4
Ética Profissional ........................................................................................................................................................................ 6
Ética Profissional e relações sociais ..................................................................................................................................... 7
Códigos de Ética Profissional .................................................................................................................................................... 8
RELAÇÕES INTERPESSOAIS .......................................................................................................................................................... 8
Relações Interpessoais e Qualidade de Vida no Trabalho ............................................................................................ 9
Trabalho em Equipe.................................................................................................................................................................10
A importância do trabalho em equipe ...............................................................................................................................10
Vantagens do trabalho em equipe......................................................................................................................................11
Os dez mandamentos do trabalho em equipe ................................................................................................................12
GESTÃO DE CLIENTES ..................................................................................................................................................................13
EFICIENCIA - EFICACIA................................................................................................................................................................15
FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO DE CONFLITOS ...................................................................................................16
Procure Soluções, Não Culpados .........................................................................................................................................16
Analise a Situação. ..................................................................................................................................................................16
Implante e avalie......................................................................................................................................................................17
Mantenha um Clima de Respeito ........................................................................................................................................17
Aperfeiçoe a Habilidade de Ouvir e Falar ........................................................................................................................17
Seja Construtivo ao Fazer uma Crítica. .............................................................................................................................17
Procure a Solução Ganha-Ganha ........................................................................................................................................18
Aja Sempre no Sentido de Eliminar Conflitos ..................................................................................................................18
Evite Preconceitos. ...................................................................................................................................................................18
Quando Estiver Errado, reconheça o Erro .........................................................................................................................19
Não Varra os Problemas para Debaixo do Tapete ........................................................................................................20
PROCESSO DE COMUNICAÇÃO ...............................................................................................................................................20
Elementos da Comunicação ..................................................................................................................................................21
Problemas de comunicação da parte do emissor ...........................................................................................................21
Problemas de comunicação da parte do receptor...........................................................................................................22
OS DESAFIOS INSTITUCIONAIS PARA EXPANDIR E QUALIFICAR SEUS COLABORADORES ...............................22
DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL, SOLUÇÃO DE PROBLEMAS + TOMADA DE DECISÕES ...................23
A IMPORTÂNCIA DE DESENVOLVER TÉCNICAS DE ASSERTIVIDADE ..........................................................................23
O FEEDBACK ...................................................................................................................................................................................27
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ÉTICA E RELAÇÕES INT ERPESSOAIS
SOCIEDADE:
O homem vive em sociedade, convive com outros homens e, portanto, cabe-lhe pensar
e responder à seguinte pergunta: “Como devo agir perante os outros?”. Trata-se de uma
pergunta fácil de ser formulada, mas difícil de ser respondida. Ora, esta é a questão central da
Moral e da Ética.
ÉTICA
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LEIA O TEXTO ABAIXO:
Era uma vez uma moça que estava à espera do seu voo, na sala de embarque de um
grande aeroporto. Como ela deveria esperar por muitas horas pelo seu voo, resolveu comprar
um livro para matar o seu tempo. Comprou também um pacote de bolachas, sentou-se numa
poltrona, na sala VIP do aeroporto, para que pudesse descansar e ler em paz. Ao seu lado sentou-
se um homem. Quando ela pegou a 1ª bolacha, o homem também pegou uma. Ela se sentiu
indignada, mas não disse nada. Apenas pensou: Mas que cara de pau! Se eu estivesse mais
disposta, lhe daria um soco no olho para que ele nunca mais se esquecesse!! A cada bolacha
que ela pegava o homem também pegava uma. Aquilo a deixava tão indignada que não
conseguia nem reagir. Quando restava apenas uma bolacha, ela pensou: O que será que este
abusado vai fazer agora?
Então o homem dividiu a última bolacha ao meio, deixando a outra metade para ela. Ah!!!
Aquilo era demais!!! Ela estava bufando de raiva! Então, ela pegou o seu livro e as suas coisas
e se dirigiu ao local de embarque. Quando ela se sentou confortavelmente numa poltrona já no
interior do avião olhou para dentro da bolsa para pegar uma bala e para sua surpresa, o pacote
de bolachas estava lá... Ainda intacto fechadinho!!! Ela sentiu tanta vergonha, só então ela
percebeu que a errada era ela, sempre tão distraída! Ela havia se esquecido que suas bolachas
estavam guardadas, dentro da sua bolsa... O homem havia dividido as bolachas dele sem se
sentir indignado, nervoso ou revoltado, enquanto ela tinha ficado muito transtornada, pensando
estar dividindo as dela com ele. E já não havia mais tempo para se explicar, nem pedir
desculpas!
*Quantas vezes, em nossa vida, nós que estamos comendo as bolachas dos outros, e não temos
consciência disto? Antes de concluir, observe melhor!
Talvez as coisas não sejam exatamente como você pensa! Não pense o que não sabe sobre as
pessoas.
"Existem quatro coisas na vida que não se recuperam: A pedra, depois de atirada. A palavra,
depois de proferida. A ocasião, depois de perdida e o tempo, depois de passado.
MORAL
Através do latim (ou no plural mores), que significa costumes, derivou-se a palavra
moral. Define-se Moral como um conjunto de normas, princípios, preceitos, costumes, valores
que norteiam o comportamento do indivíduo no seu grupo social. Moral e ética não devem ser
confundidos: enquanto a moral é normativa, a ética é teórica e busca explicar e justificar os
costumes de uma determinada sociedade, bem como fornecer subsídios para a solução de seus
dilemas mais comuns. Porém, deve-se deixar claro que etimologicamente "ética" e "moral" são
expressões sinônimas, sendo a primeira de origem grega, enquanto a segunda é sua tradução
para o latim.
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O homem vive em sociedade, convive com outros homens e, portanto, cabe-lhe pensar
e responder à seguinte pergunta: “Como devo agir perante os outros?”. Trata-se de uma
pergunta fácil de ser formulada, mas difícil de ser respondida. Ora, esta é a questão central da
Moral e da Ética. Enfim, a ética é julgamento do caráter moral de uma determinada pessoa.
Como Doutrina Filosófica, a Ética é essencialmente especulativa e, a não ser quanto ao seu
método analítico, jamais será normativa, característica esta, exclusiva do seu objeto de estudo,
a Moral. Portanto, a Ética mostra o que era moralmente aceito na Grécia Antiga possibilitando
uma comparação com o que é moralmente aceito hoje na Europa, por exemplo, indicando
através da comparação, mudanças no comportamento humano e nas regras sociais e suas
consequências, podendo daí, detectar problemas e/ou indicar caminhos. Nesse sentido, a ética
e a moral, corroboram para formar subjetividades, ou seja, o modo como cada pessoa se constrói
(pensa, age, fala, etc.); ou melhor, a experiência pessoal tem seus atravessamentos na eticidade
e moralidade como especificidades da formação dos indivíduos.
A ética pode encontrar-se com a moral pois a suporta, na medida em que não existem
costumes ou hábitos sociais completamente separados de uma ética individual (a sociedade é
um produto de individualidades). Da ética individual se passa a um valor social, e deste, quando
devidamente enraizado numa sociedade, se passa à lei. Assim, pode-se afirmar, seguindo este
raciocínio, que não existe lei sem uma ética que lhe sirva de alicerce.
A moral pode então ser entendida como o conjunto das práticas cristalizadas pelos
costumes e convenções histórico-sociais. Cada sociedade tem sido caracterizada por seus
conjuntos de normas, valores e regras. São as prescrições e proibições do tipo "não matarás",
"não roubarás", de cumprimento obrigatório. Muitas vezes essas práticas são até mesmo
incompatíveis com os avanços e conhecimentos das ciências naturais e sociais.
Alguns diferenciam ética e moral de vários modos:
Diante dos dilemas da vida, temos a tendência de conduzir nossas ações de forma quase
que instintiva, automática, fazendo uso de alguma "fórmula" ou "receita" presente em nosso
meio social, de normas que julgamos mais adequadas de serem cumpridas, por terem sido
aceitas intimamente e reconhecidas como válidas e obrigatórias. Fazemos uso de normas,
praticamos determinados atos e, muitas vezes, nos servimos de determinados argumentos para
tomar decisões, justificar nossas ações e nos sentirmos dentro da normalidade. As normas de
que estamos falando têm relação como o que chamamos de valores
morais.
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Tanta ética (caráter) como moral (costume) indicam um tipo de comportamento
propriamente humano que não é natural, o homem não nasce com ele como se fosse um instinto,
mas que é “adquirido ou conquistado por hábito” (VÁZQUEZ). Portanto, ética e moral, pela
própria etimologia, dizem respeito a uma realidade humana que é construída histórica e
socialmente a partir das relações coletivas dos seres humanos nas sociedades onde nascem e
vivem.
ÉTICA PROFISSIONAL
Esta reflexão sobre as ações realizadas no exercício de uma profissão deve iniciar bem
antes da prática profissional. A fase da escolha profissional, ainda durante a adolescência muitas
vezes, já deve ser permeada por esta reflexão. A escolha por uma profissão é optativa, mas ao
escolhê-la, o conjunto de deveres profissionais passa a ser obrigatório. Geralmente, quando
você é jovem, escolhe sua carreira sem conhecer o conjunto de deveres que está prestes ao
assumir tornando- se parte daquela categoria que escolheu.
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visto, ao fazerem aquilo que, alguém descobrindo, não saberá quem fez, mas que estão
preocupados, mais do que com os deveres profissionais, com as PESSOAS.
As leis de cada profissão são elaboradas com o objetivo de proteger os profissionais, a categoria
como um todo e as pessoas que dependem daquele profissional, mas há muitos aspectos não
previstos especificamente e que fazem parte do comprometimento do profissional em ser
eticamente correto, aquele que, independente de receber elogios, faz A COISA CERTA.
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
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A questão da comunicação entre as pessoas é hoje um aspecto que ganha destaque por
sua relevância na qualidade de vida. Não raras vezes, assistimos assustados episódios nos
telejornais, expondo situações corriqueiras, próprias do cotidiano, que terminam em ações
violentas, chegando, por vezes, às últimas consequências. Do mesmo modo assistimos conflitos
que envolvem até os órgãos responsáveis, eles próprios, pela segurança.
Tudo isso vai delineando um formato social preocupante, onde o imediatismo, a
intolerância com a dificuldade, seja em que grau for, vão assumindo a tonalidade predominante
nas relações pessoais.
Isso nos remete à perguntas essenciais: o que foi que houve com a dádiva da fala? Em
que momento deixamos de utilizar recursos, que nos são próprios, para nos comportarmos de
modo irracional? Quando foi que a conversa, velha e boa conversa, saiu da pauta de nosso dia
a dia deixando um espaço sem regras, dentro da dinâmica social?
Se desejarmos uma sociedade diferente, teremos que mudar as pessoas; a maneira de
pensar e sentir, para que se possa alterar a conduta, já que são essas maneiras de ser que
determinam o comportamento do ser humano. Sem dúvida a linguagem é a principal forma de
comunicação e transmissão do conhecimento, ideais, crenças e até emoções. Sua expressão no
processo do relacionamento social é determinante.
O convívio coletivo garante a saúde do grupo e enriquece, sobremaneira, o indivíduo
que se dispõe a dedicar-se na arte da conversa. Seja ela técnica, acadêmica, social, não importa,
é a conversa que cria o elo que ativa a “liga” da sociedade.
Quando falamos em comunicação interpessoal, podemos pensar em pontes. Criar pontes
entre os corações, me parece uma maneira simples de compreender a questão. Quanto mais
pontes criamos, mais opções teremos por onde transitar. Lembrando sempre que cada qual
passeia pelas pontes sem aprisionar ninguém em seu “território” e nem abandonar o seu em
detrimento do outro. Este ir e vir entre o coração das pessoas é, em verdade, a base do
movimento social autêntico. Quando as pessoas convivem dentro deste trânsito parece haver
naturalmente harmonia e entendimento. A conversa, é o meio do qual dispomos a nos fazer
entender. Possui regras que asseguram um bom desempenho, de modo a facilitar as relações
interpessoais.
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Como se viu as pessoas são produtos do meio em que vivem, têm emoções, sentimentos
e agem de acordo com o conjunto que as cercam sejam o espaço físico ou social. Como diz
Bom Sucesso (1997) “A valorização do ser humano, a preocupação com sentimentos e
emoções, e com a qualidade de vida são fatores que fazem a diferença. O trabalho é a forma
como o homem, por um lado, interage e transforma o meio ambiente, assegurando a
sobrevivência, e, por outro, estabelece relações interpessoais, que teoricamente serviriam para
reforçar a sua identidade e o senso de contribuição. (p.36).”
TRABALHO EM EQUIPE
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A equipe poderá desenvolver programas de Qualidade Total, através de ferramentas que
analisem as opiniões dos clientes externos e internos, propondo a administração colegiada,
estratégias que garantam a qualidade da assistência e a qualidade de vida dos trabalhadores.
A resposta passa pela mudança de natureza do próprio trabalho, que passou a estar:
Ou seja, há pouco tempo, os projetos permitiam a divisão de tarefas a tal ponto que as
pessoas não precisavam mais trabalhar juntas para que todas as peças se unissem no final. Agora
as coisas dificilmente se passam assim. O trabalho das equipes está dependente do
conhecimento e, como tal, não avança de forma sistemática, cresce e transfigura-se à medida
das colaborações e das contribuições de cada especialista.
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• O conhecimento do objetivo do projeto, da estratégia para concretizá-lo, dos benefícios
a receber se o trabalho for concluído com êxito e das fórmulas a utilizar em caso de conflito
entre os elementos do grupo;
• Todos os membros devem possuir um pensamento positivo. Basta que um dos elementos
seja pessimista para que o trabalho corra riscos;
• A equipe deve ser vedada a pessoas egoístas e oportunistas, que podem pôr em risco o
sucesso do trabalho de grupo;
• Cada elemento deve possuir autoconfiança e auto-estima suficientes para respeitar todos
os outros;
• Os membros devem estar atentos a distrações e falhas na produtividade. Se tal acontecer,
o grupo deverá voltar rapidamente ao caminho certo;
• Cada elemento deve confiar absolutamente na motivação dos outros e não esconder a
sua;
• A equipe deve ser o menor possível, sendo constituída apenas pelos elementos
estritamente necessários ao projeto.
Apesar de os fatores positivos serem muitos, o trabalho de equipe não está destituído de
alguns problemas, aos quais os responsáveis deverão estar atentos para evitar danos
irreversíveis.
Mais acertado do que pensar de que forma a equipe poderá atingir o sucesso, é
questionar se vale mesmo a pena ria-la. É que nem sempre ela é a solução para todos os
problemas. Em vez, de trazer aumento de produtividade, acaba por originar mais problemas.
Assim, antes de avançar para a formação de uma equipe, os responsáveis devem
ponderar, respondendo a três perguntas fundamentais:
GESTÃO DE CLIENTES
O objetivo de uma organização, seja ela pública ou privada sempre é antes e acima de
tudo, procurar a satisfação de seus clientes que é, em última análise a razão da sua existência.
Para cumprir este objetivo muitos recursos são investidos tanto em sistemas de produção como
em marketing sem contar evidentemente nas pesquisas de prospecção e satisfação, antes e pós-
venda. E, dentro dessa perspectiva é que as empresas privadas e públicas, tem adotado padrões
de qualidade, algumas alicerçados na BR-ISO 9001 versão 2000, num esforço de atender com
presteza cada vez maior, os seus clientes, onde utilizam para tal fim, mecanismos de Serviço de
Atendimento ao Cliente (ou Cidadão) – SAC, Central de Atendimento ( Call Center) e
Ouvidoria.
Ocorre que nesta cadeia de busca de satisfação dos clientes um importante elo tem sido
fortemente negligenciado até mesmo por incapacidade gerencial. Trata-se do cliente interno, ou
seja, o funcionário que é responsável em todos os níveis em interagir com os clientes externos,
sejam fornecedores ou consumidores dos seus produtos e serviços.
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• Ela tem uma visão constituída?
• Quais são seus valores?
• Quais são seus objetivos?
• Ela é uma empresa eficiente?
• Se considera uma empresa eficaz?
EFICIENCIA - EFICACIA
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“Tratando-se dos níveis de decisões da empresa, a eficácia está relacionada ao nível
tático (gerencial, logo abaixo do estratégico), e a eficiência ao nível operacional (como
realizar as operações com menos recursos – menos tempo, menor orçamento, menos
pessoas, menos matéria-prima, etc.).” (Brender, 2009)
Estas duas palavras podem ser consideradas normais, no entanto para a Administração
Moderna, elas vêm ganhado destaque primordial nas ações das organizações. Elas não estão
exclusivamente direcionadas às atitudes dos profissionais em suas funções dentro da empresa,
mas também da organização e produção da própria companhia para garantir seu nome no
mercado da área a qual pertença. A eficiência e a eficácia são aliadas nas demandas de uma
organização, pois o ideal seria a aliança entre as duas formas de agir tanto dos profissionais,
que fazem a empresa se movimentarem, como da própria empresa, que necessita garantir seu
trabalho possuindo uma visão privilegiada em sua atuação.
É evidente que todo problema ou conflito tem uma causa, e, se você procurar vai
encontrar o culpado também. Mas, ao fazer isso, estará também desviando preciosa energia e
tempo na caça às bruxas, em vez de se concentrar na solução que, a rigor, é a única saída para
o desentendimento. Focalize sua atenção nos ganhos da solução e esqueça a sessão de acusações
mútuas. Olhe um nível acima, concentre as pessoas nas metas (é o que elas mais deveriam ter
em comum), enfoque as convergências (não as divergências), comprometa as pessoas na busca
da melhor solução, encare isso de forma objetiva e também positiva. Só depois fale a sós com
o causador do incidente (se houver um e puder identificá-lo), mostrando-lhe a inadequação da
atitude e os resultados disso. Grande parte das vezes uma conversa sincera, respeitosa e objetiva
evitará a repetição do ocorrido, desde que as causas sejam tratadas.
ANALISE A SITUAÇÃO.
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IMPLANTE E AVALIE
Ao dialogar com a(s) parte(s) envolvida (s), mantenha sempre um clima de respeito e
consideração pois essa será a plataforma que sustentará o entendimento. Evite todo o tipo de
sarcasmo, ironia ou agressividade, pois funcionarão como combustível para aumentar a
fogueira.
Não interrompa quando a outra pessoa estiver se explicando, saiba ouvir e ouça também
as entrelinhas, isto é, o que ela não está dizendo, mas insinuando por gestos, tom de voz e
postura. Assim descobrirá muito além das aparências. Faça perguntas que levem ao
esclarecimento do problema. Mesmo que em circunstâncias normais não se deva interromper
quem fala, se a outra pessoa não consegue desenvolver seu pensamento, ou estiver se desviando
do assunto ou ainda se expressando com dificuldade, interrompa fazendo perguntas objetivas
que recoloquem o diálogo nos trilhos. Pergunte qual é a sugestão da outra pessoa para sanar o
conflito.
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lhe repassei anteriormente”. Da mesma forma, quando alguém lhe dirigir críticas vagas, solicite
esclarecimentos “Você é muito negativo” ou “Seu trabalho está abaixo da média” não dizem
muito. Pergunte então: “Onde o meu comportamento é negativo?” ou “Onde o meu trabalho
está abaixo da média? Eu gostaria de saber para melhorar”.
EVITE PRECONCEITOS.
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Preconceitos são, talvez, os piores bloqueadores na administração de conflitos. Estão
relacionados com valores e crenças profundamente arraigados no íntimo das pessoas. A própria
palavra preconceito explica o seu significado: pré-conceito, isto é, conceito prévio. O conceito
já está previamente embutido e cristalizado na mente da pessoa, atuando como um clichê ou
rótulo, sempre que determinado assunto é abordado. Suspende-se o julgamento (um dos dons
mais preciosos do ser humano) e aciona-se o piloto automático, que passará então a comandar
os pensamentos a respeito do tema ou da situação enfrentada. Os preconceitos mais comuns
estão relacionados a cor, religião, sexo, nacionalidade, idade, ideologia política, deficiência
física e mental. É difícil libertar-se desses estereótipos, mas uma das melhores armas contra
eles é imbuir-se e conscientizar-se de cada caso é um caso e cada pessoa é uma pessoa, e que o
problema deve ser administrado dentro de sua realidade única e específica, por mais parecido
que possa ser com casos semelhantes do passado. Toda pessoa é única (não existem duas iguais,
por mais semelhanças que possam ter) e todo conflito é singular, pois os fatores que o
originaram nunca são totalmente idênticos e, se o são, os desdobramentos poderão tomar rumos
inusitados. Pense nisso da próxima vez em que tiver de solucionar um conflito sobre o qual
você ache que já sabe tudo a respeito por já ter enfrentado situações iguais e pessoas parecidas.
Mantenha a Calma.
Mantenha a calma, não reaja mal às más-notícias e, sobretudo, não se irrite se alguém
discordar de seu ponto de vista. Administrar conflitos significa também administrar a si mesmo
e ao seu humor. Ambiguidades, incertezas e atitudes passionais fazem parte do processo
conflita, principalmente nos estágios mais agudos. Mantenha a cabeça fria e segure a mão firme
no leme, sem perder o controle da situação, e tenha uma atitude de tranquilidade e confiança.
Devido a essa postura, os outros aceitarão sua liderança e passarão a confiar em você. Escolha
sempre o momento mais adequado para tratar do assunto conflitante. Conserve o objeto da
discórdia exclusivamente entre os envolvidos, e abstenha-se de fazer propaganda, fofoca ou
lançar boatos a respeito. Se a situação estiver muito confusa e os ânimos exaltados, às vezes é
bom dar um tempo, para que as cabeças esfriem. Convoque uma reunião para mais tarde ou
para o dia seguinte e, enquanto isso, faça o seu dever de casa e analise bem a situação para
estabelecer sua estratégia de abordagem.
Isso não vai diminuí-lo ou torná-lo vulnerável, como muitos supõem. Pelo contrário,
você provocará o respeito dos outros por demonstrar que o seu interesse não é provar que você
é perfeito ou infalível, mas sim buscar a melhor solução para o conflito, mesmo que, para isso,
você tenha que admitir que cometeu um erro.
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NÃO VARRA OS PROBLEMAS PARA DEBAIXO DO TAPETE .
Se houver um conflito enfrente-o, usando para isso a abordagem que melhor se coadune
com o momento. Não ignore a situação, nem contemporize achando que o tempo sanará o
desentendimento. O tempo quase sempre só agravará a discórdia. Pode, no entanto, haver
situações especiais em que é mais vantajoso não encarar o conflito do que enfrentá-lo, pois a
relação custo-benefício seria desfavorável. Neste caso use o seu bom senso para discernir
quando fazê-lo.
PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
A palavra comunicação vem do latim cummunis que traz a ideia de Comunhão. Tornar
comum, trocar opiniões, fazer saber; implica interação, troca de mensagens.
• É necessária a intervenção de, pelo menos, dois indivíduos, um que emita, outro que
receba;
• Algo tem que ser transmitido pelo emissor ao receptor;
• Para que o emissor e o receptor comuniquem é necessário que esteja disponível um canal
de comunicação;
• A informação a transmitir tem q estar "traduzida" num ç que código conhecido, quer
pelo emissor, quer pelo receptor;
• Finalmente todo o ato comunicativo se realiza num determinado contexto e é
determinado por esse contexto.
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O processo de comunicação O transmissor A mensagem é transmitida O receptor
codifica a decodifica a via meio de comunicação mensagem. O receptor fornece feedback para
o transmissor.
ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
Pesquisas revelam que um norte-americano comum gasta cerca de 70% do seu tempo
ativo ouvindo, falando, lendo e escrevendo, nessa ordem. Isto quer dizer que gasta-se de dez a
onze horas, por dia, todos os dias, em comportamentos de comunicação verbal. Quando se
comunica com alguém, o que deve ser levado em consideração?
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Incapacidade verbal;
falta de coerência;
uso de frases longas para impressionar;
acúmulo de detalhes irrelevantes;
ausência de espontaneidade;
manifestação evidente de linguagem afetada;
uso de termos técnicos, gírias, regionalismos e desconhecidos pelos receptores;
excesso de adjetivos, advérbios e frases feitas.
Uma pergunta costuma incomodar muitos gestores das empresas públicas e privadas:
“seus funcionários estão satisfeitos por trabalharem em sua empresa?” Sem dúvida chegará o
momento em que não haverá como o gestor fugir à resposta dessa pergunta. Furtar-se de fazer
a pergunta pode ser uma característica da chamada “gestão avestruz”, que para não enfrentar o
problema esconde a cabeça na areia, achando que com isso evita a realidade.
No contexto dos desafios institucionais para expandir e qualificar a administração
pública destaca-se: a expansão e estruturação das habilidades gerenciais nas instituições, para
se permitir, a atuação das equipes na proposta da contínua revisão dos processos de seus
trabalhos com reforço as estruturas, ênfase na educação permanente das equipes, coordenações
e gestores; assim, como a institucionalização de processos de acompanhamento, monitoramento
e avaliação da qualidade dos serviços da administração pública. Acredita-se que os desafios
atuais, para as três esferas de gestão, estão centrados na melhoria da qualidade das ações e
serviços prestados, difusão e capilarizarão da Avaliação, enquanto um processo crítico-
reflexivo permanente, que deve ser apropriado por quem constrói o cotidiano dos serviços em
todos os pontos do sistema; avaliação dos processos e práticas da gestão e dos serviços como
recurso fundamental para tomada de decisão.
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DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL, SOLUÇÃO DE PROBLEMAS +
TOMADA DE DECISÕES
O que é um grupo?
Nunca o mercado de trabalho valorizou tanto o homem. Há quem diga que vivemos uma
espécie de renascimento corporativo. À parte a competência técnica, o grande diferencial é a
atitude humana.
Assertividade, significa afirmativa ou asserção naquilo que se acredita verdadeiro. é a
habilidade de expressar ideais, opiniões, sentimentos, ao mesmo tempo em que há uma
afirmação de direitos, sem violar os direitos dos demais. É a capacidade de concretizar desejos,
incluindo os desejos dos outros.
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Imagine a seguinte cena: você chegou cansado em casa, toca o telefone. É um amigo
convidando-o para ir a um bar. Sua vontade é dizer não, mas, talvez porque não queira magoa-
lo, concorda com o convite. Você acaba de dizer sim ao amigo e não para você mesmo. Acabou
de perder a chance de ser assertivo.
“Diz não; quando quer dizer não e diz sim; quando quer dizer; sim para uma situação ou pessoa”
A partir deste desdobramento, fica fácil entender a urgência da assertividade nos dias de
hoje. Em um cenário de incertezas aliado à complexidade da diversidade fica evidente a
importância que hoje se dá às escolhas com base no discernimento e no equilíbrio de interesses.
No trabalho, por exemplo, a importância dessa habilidade é incontornável. Para atender as
demandas de um mercado competitivo e ágil, um profissional deve ter as características do
comportamento assertivo. O comportamento assertivo constrói uma comunicação interna
saudável dentro de uma empresa. Saudável porque as pessoas passam a encarar os problemas
do cotidiano com naturalidade e os resolvem de forma efetiva. As informações fluem com
transparência e na quantidade e na qualidade necessárias.
Ok. Todos sabem que a transparência é a melhor saída, que a flexibilidade é muito
positiva, que a atitude verdadeira é a mais correta. Enfim, que o correto é dizer sim; quando se
quer dizer sim; e dizer; não quando se quer dizer; não; então, por que as pessoas não são
assertivas?
PORQUE a falta de assertividade é originada pelo medo da perda. Pode ser o medo de
perder o emprego, de perder o amor do outro, de ser humilhado, enfim, medo da exclusão.
Fonte do assertivo
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A assertividade está intimamente ligada ao autoconhecimento. Se você não tem o
costume de se perguntar o que quer, por que quer, por que isso é realmente importante, você
não terá certeza se deve ser firme e assertivo sobre determinado assunto
Relacionamento Humano
É através da percepção que avaliamos coisas e pessoas que estão a nossa volta e damos
os significados que satisfaçam aos nossos papéis e a nossa identidade. Por causa da nossa
percepção, interagimos, não com as pessoas ou objetos, mas com a imagem que fazemos deles.
Por isso a empatia (colocar-se no lugar do outro e enxergar a situação com os olhos do outro) é
reconhecida como uma técnica de compreensão mútua que leva à cooperação
Inferência
Essa teoria mostra que adotamos crenças baseadas em conclusões inferidas do que
observamos e nem sempre comprovadas, acrescidas pela nossa experiência passada. Exemplos
de como nós acrescentamos dados internos em situações reais? Concluir que fulano não gosta
de você porque outro dia ele não o cumprimentou no corredor da empresa; concluir que fulano
acha você incompetente porque, quando você apresentava sua ideia na reunião, ele olhou para
o relógio e sugeriu que você falasse em outro dia; acreditar que seu namorado (a) não está
gostando de você só porque ele (a) recusou um convite para jantar, sem dar maiores explicações,
são alguns exemplos. A inferência é inevitável, é inerente à condição humana. Não
conseguimos viver sem acrescentar significados ou tirar conclusões sobre coisas, pessoas e
situações... Daí a importância da atitude assertiva no sentido de usar a escada da inferência
adequadamente.
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Afugente qualquer fumaça de dúvida. Achou que o seu chefe teve um comportamento
ambíguo? Coloque tudo em pratos limpos. Sentiu que foi mal interpretado e causou mal-estar
na equipe? Sente para uma conversa franca e esclareça. Sentiu que não passou uma mensagem
como deveria? Peça licença e volte ao assunto.
Quer um exemplo? Quando você era criança, ouvia a seguinte mensagem. Seja gentil
com as pessoas no seu aniversário. Quando ganhar um presente, diga obrigado e gostei muito,
mesmo que não tenha gostado; Ou: Diga a sra. Fulana que ela está bonita, mesmo que ela esteja
horrível; Pronto! Essa orientação para agradar o outro (às vezes recorrendo à mentira e à
autonegação) é um dos inimigos do comportamento assertivo, pois Pode-se ver no quadro que
no caso de uma resposta não-assertiva numa dada situação, o emissor está claramente se
negando e inibindo a expressão de seus sentimentos. Como resultado de seu comportamento
inadequado, ele se sente, frequentemente, ferido e ansioso. Deixando que os outros escolham
por ele, raramente ele atinge seus objetivos desejados.
A pessoa que leva seu desejo de auto asserção ao extremo do comportamento
“agressivo“ normalmente consegue seus objetivos às custas dos outros. Embora frequentemente
perceba seu comportamento como autoenriquecedor e expressivo de seus sentimentos na
situação, normalmente no processo magoa os outros ao fazer escolhas por eles e os desvaloriza
como pessoas.
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O FEEDBACK
Usando o Feedback
Poucas pessoas sabem como realmente são por dentro, como são seus temperamentos e
quais seus valores. Bem poucas fazem as perguntas: será que eu trabalho bem com as pessoas
ou sou um solitário? Quais são os meus valores? Qual é o meu objetivo? Onde é o meu lugar?
Qual é a minha contribuição para a sociedade?
Os líderes precisam dar feedback aos seus colaboradores. As pessoas precisam ter seu
desempenho reconhecido para se sentirem motivadas a se aperfeiçoar e estarem preparadas para
novos desafios. Procure fazer o reconhecimento em público e, quando for possível, que seja
recompensado. A recompensa não precisa ser em dinheiro, pode vir na forma de prêmios,
cartões, placas, nomes no mural ou no jornal interno ou, ainda, em reuniões comemorativas.
Há muitos anos procurando conhecer-me e assim saber como poderia ser uma pessoa
melhor, fiz a mim mesma algumas perguntas: Quais são minhas características pessoais? O que
eu gosto? O que eu não gosto? Em que eu acredito? Foi preciso refletir muito para chegar às
respostas, mas valeu a pena.
Foi muito interessante, também, perceber que uma característica pessoal em
determinada situação pode ser uma virtude e, em outra situação, um defeito. Com isto, tenho
trabalhado todas as minhas características para crescer como profissional e melhorar como
pessoa.
Grandes realizadores fizeram essas e outras perguntas a si próprios. Souberam dizer não
em algumas situações, quais eram os seus objetivos e, ainda, onde deveriam se situar. E agora,
temos que aprender a fazer a mesma coisa, o que não é difícil.
Peter Drucker disse que: “Cada vez que se realiza algo importante, deve-se escrever o
que se espera que aconteça. Quais são os resultados dessa decisão? As decisões mais
importantes nas organizações são os pessoais. Não conhecemos nossa capacidade, nem aquilo
de que necessitamos para melhorá-las. Temos de aprender onde nos situar e quais são nossas
aptidões para extrair o maior benefício disso”.
Se você for um líder de equipe, procure feedback dos membros da equipe. Pergunte se
eles sentem que você está fazendo o bastante, demais ou muito pouco. Solicitar da equipe um
feedback sobre seus comportamentos oferece um excelente modelo para os membros de sua
equipe sobre como ser receptivo ao feedback.
Caso você faça isso da maneira certa, faz com que receba o feedback mais preciso
possível. Os membros da equipe poderão lhe dizer, por exemplo: “Gostaria que você fizesse
mais isto”, ou “O que queria era que você fizesse menos aquilo”, ou ainda, “Eu queria que você
continuasse a fazer desta forma”.
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Se você não tomar a iniciativa, pode acabar com apenas meio emprego. Num mundo em
mudanças, sua função é quase iniciativa pura: planejando melhorias, pesquisando tendências,
trabalhando junto aos fornecedores para antecipar problemas e assim por diante.
Procure ir em frente. No fim das contas, quem você pensa que a organização vai querer
manter: as pessoas que só fazem aquilo que lhes é dito para fazer ou as pessoas que fazem mais
do que se espera? O novo papel exige uma mudança de mentalidade. Lembre-se: não espere
que alguém lhe diga o que fazer. A liderança é conquistada, não oferecida. Adote uma
orientação de longo prazo. Você precisa pensar em termos de tarefas que podem ser realizadas
em semanas ou meses.
Avalie regularmente o quanto você se sente desafiado pelo seu trabalho. Pense na
história da selva africana: “Todos os dias quando a gazela acorda, ela sabe que precisará ser
mais veloz que o leão, senão será morta. Todos os dias, quando o leão acorda, ele sabe que
precisará correr mais do que a gazela ou vai morrer de fome. Como pode ver, não importa se
você é um leão ou uma gazela. Quando seu dia começar, é bom você estar correndo”.
A presença do processo de feedback virou uma prática constante nas empresas que se
destacam no mercado e que desejam adotar uma Gestão de Pessoas que possibilita ao
colaborador saber o que se espera dele. Através do feedback é possível estimular os
profissionais a desenvolverem novas competências que agreguem valor estratégico ao negócio.
Geralmente, o processo é conduzido pelo gestor porque ele é quem está em constante contato
com a equipe. Mas, e quando a situação tomar outra vertente: a liderança recebe o feedback de
sua performance? Será que realmente é importante o líder também receber um retorno sobre
suas atividades? A resposta é afirmativa, pois todos que atuam no ambiente organizacional
precisam acompanhar as tendências globalizadas e, dessa forma, dar o melhor de si. Confira
dez motivos para que os gestores também tenham um feedback do seu próprio desempenho.
3 – A partir do momento em que o gestor tem uma avaliação do seu trabalho, ele identifica
como suas ações e seu comportamento impactam no desempenho individual e coletivo dos seus
liderados.
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4 – Qualquer profissional necessita ter uma ideia clara do que a empresa espera dele, uma
vez que isso permite que sejam identificados seus pontos fortes, bem como os que precisam ser
trabalhados. Isso o remete ao desenvolvimento de competências sejam técnicas ou
comportamentais.
5 – Quando um líder recebe uma devolutiva sobre sua gestão, se passa a entender o que a
organização espera dele e de que maneira é possível atender ou superar essas expectativas.
8 – Ao ter em mãos a avaliação da sua performance o líder pode traçar novas perspectivas
para sua carreira, inclusive em relação ao seu crescimento na empresa como também no que se
refere à própria empregabilidade em um mercado extremamente competitivo.
Por uma questão cultural, o brasileiro e o latino-americano, via de regra, não estão
prontos para dar e receber feedback. Isso porque, em geral, o que deveria ser encarado como
uma ação estritamente profissional, é levado para o lado pessoal e pode significar temor, ameaça
e até gerar mágoas desnecessárias.
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Para torná-lo profissional, o ideal é a companhia começar a colocar em prática uma
avaliação de desempenho. Num primeiro momento pode ser a 180º, partindo do gestor para o
colaborador, e, após a maturação, passar a ser a 360º, permitindo o sentido inverso, com o
colaborador avaliando a performance de seus líderes e até, de maneira mais complexa, com
outras interfaces, entre os pares e com a participação de clientes, inclusive.
Dentro desse contexto e com essa cultura já permeando o dia a dia da empresa, surge o
momento de pensar o feedback. Ele pode ser aplicado no momento da avaliação ou ser
constante, quebrando as barreiras hierárquicas. Sendo de uma ou de outra forma, é comum
surgirem dúvidas. Para que gestores e colaboradores não errem e não sejam mal interpretados,
o ideal é se orientar por algumas regras básicas.
O primeiro passo é ter em mente que se trata de um momento importante. E que,
portanto, não cabe fazê-lo durante o café, almoço e, muito menos, em público. É preciso torná-
lo formal, marcando uma reunião, por exemplo, e reservando para isso, pelo menos, uma hora.
Outro ponto fundamental é que haja preparo e planejamento, com todos os pontos e fatos a
serem citados previamente anotados.
Para dar o feedback, o gestor deve abrir a conversa com os pontos fortes, detalhando o
lado positivo do profissional, qualidades e boas competências. Seguindo essa linha, cria-se um
canal mais aberto, desarmando o colaborador, ficando mais fácil expor, depois, os pontos a
serem desenvolvidos.
Ao chegar esse momento, o gestor deve mostrar como ele se sente tanto em relação aos
pontos fortes quanto aos fatores a desenvolver, se posicionando de maneira clara e buscando
argumentos baseados em fatos, sem procurar culpados ou fazer julgamentos.
Do outro lado, o colaborador deve estar aberto e preparado para receber as críticas
construtivas, sempre almejando o desenvolvimento da sua carreira e crescimento profissional.
Palestras, treinamentos, fóruns de debates entre outras ações internas prévias podem ajudar a
equipe a se conscientizar da importância desta ferramenta, encarando-a da forma mais
profissional possível.
O colaborador que se preparou para a reunião poderá até chegar à conclusão de que os
itens de melhoria já estavam na sua relação de prioridades. E se, por algum motivo, não
concordar com a colocação, a orientação é se posicionar durante a conversa, apontando as
razões, mas sem se justificar, pois não é esse o objetivo do encontro.
Para quem o recebe, o mais importante, além das colocações pontuais, é entender que o
feedback é uma grande oportunidade para perceber que há alguém dentro da companhia
interessado no seu crescimento e aperfeiçoamento. Justamente por isso, ele deve ser encarado
como algo positivo, que contribui e agrega e não como um bicho de sete cabeças.
A partir disso, o colaborador pode solicitar orientações para ser mais assertivo,
agendando, inclusive, uma nova conversa para discutir as soluções e procedimentos a serem
adotados.
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De maneira geral, o feedback nada mais é, se comparado à vida pessoal, do que o
momento de “discutir o relacionamento”. Com ele é possível evitar atitudes extremas, revendo,
com calma, os processos e as condutas.
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