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1 parte.

Fala de dois paradigmas diferentes: o culturalismo e o estruturalismo. Ruptura


significativa dos estudos culturais a partir desses dois paradigmas, pois a cultura começa a ser
entendida de forma diferente e significativa para os estudos culturais. O culturalismo permitiu
sair da percepção do que é e não é cultura para uma concepção ordinária entendendo que cultura
é a prática de uma determinada sociedade. Determinada obra de arte era considerada cultura,
agora não é mais vista como única ou principal, e sim como mais uma expressão cultural. A
cultura reúne não só a arte, mas a forma como cria os filhos etc. (p.135). Rompe-se a tradição
de pensar a cultura como sinônimo de escolarização. O culturalismo defende as práticas sociais,
sem hierarquias dessas práticas, uma vez que tudo é cultura já que tudo faz parte das práticas
sociais (p.136). O autor trabalha em cima de dois conceitos de cultura dentre todos os
formulados na época. Na primeira concepção, não é considerado cultura um ideal de perfeição
formulado. Na segunda, pensa-se na natureza dessa organização cultural, que mecanismos
internos possibilitaram essas variáveis (p.134). O autor relaciona o culturalismo com outras
teorias (hegemonia e superestrutura).

(p.144) Passa-se a discussões sobre o estruturalismo que rompeu com o culturalismo. O


autor faz uma demarcação histórica. Levi- Strauss realizou a primeira ruptura. Para essa teoria
os culturalistas eram possuíam uma teoria empírica, para o estruturalista era necessário trazer
teorias para os estudos sociais para tornar os estudos científicos e rigorosos. Não é só a práxis
social, o empírico, precisa-se do campo da teoria para buscar o rigor científico.

Enquanto o conceito principal dos culturalistas é a ideia de cultura sendo tudo aquilo
que atravessa as práticas sociais, no estruturalismo o ponto central é a ideologia. Toda a
estrutura de Estado que vivemos é uma estrutura ideológica conforme Rousseau. Tudo é
significação dada aos indivíduos em sociedade. A ideologia dá significação às práticas sociais.
Os aparelhos ideológicos acompanham a mutabilidades das práticas sociais. O estruturalismo
pensará nas práticas sociais a partir de uma ideia de ideologia.

O culturalismo e o estruturalismo se contrastavam em essência. Contudo, nenhuma das


duas teorias foram completas para o estudo da cultura. Marx tenta explicar todo o fenômeno
social a partir da luta de classes o autor descarta isso, mas adota o entendimento da
superestrutura que são os mecanismos dominante para controlar os indivíduos.
Duas maneiras diferentes ddfconceituar a culturaNpodem ser extraidas das varias e
sugestivas forfnulacoes feitas por Raymond Williams em The Long Revolution. A primeira
relaciona[cultura-a soma das^escngogsjdisponiveis pelas quais as sociedades dao sentido^
refletem^j_suas_exp_erigngas CQmun|M Essa definic.ao recorre a enfase primitiva"sobre~as
"ideias", mas submete-a a todo um trabalho de reformulacao. A concepcao de cultura e, em si
mesma, socializada e democratizada.

Nao consiste mais na soma de o "melhor que foi pensado e dito", considerado como os
apices de uma civilizagao plenamente realizada — aquele ideal de o qual, num sentido antigo,
todos aspiravam. Mesmo — designada anteriormente como uma posicao de privilegio, uma
pedra-de-toque dos mais altos valores da civilizafao— |e agora redefinida como apenas uma
formajesrjecial_^le processo social geral: o dar e tomar significados e o lento desenvolvimento
dos significados comuns; isto e, uma cultura comum: a "cultura"^neste sen.tido^especial,__"e
prdinari_a"j^ (tomando emprestado uma das primeiras tentativas de Williams de tornar sua
posicao basica mais acessivel).'5 Se as descricoes mais sublimes e refinadas das obras literárias
tambem fazem "parte do processo geral que cria convenc.6es e instituicoes, pelas quais os
significados a que se atribui valor na comunidade sao compartilhados e ativados",5 entao nao
existe nenhum modo pelo qual esse processo pode ser desvinculado, distinguido ou isolado de
outras praticas que formam o processo historico:

O estruturalismo tern outra vantagem, na sua concepção do "todo". Embora o


culturalismo sempre insista na particularidade radical de suas praticas, em certo sentido, seu
modo de conceituar a "totalidade" tem por tras algo da complexa simplicidade de uma totalidade
expressiva. Sua complexidade e constituida pela fluidez com que certas praticas se sobrepoem:
mas essa complexidade e redutivel conceitualmente a "simplicidade" da praxis — a atividade
humana enquanto tal — em que as mesmas contradicoes constantemente aparecem e de modo
homologo se refletem em cada uma delas. O estruturalismo vai longe denials ao erigir a
maquinaria da "Estrutura", com suas tendencias autogeradoras (uma "eternidade spinoziana",
cuja funcao e somente a soma de seus efeitos: um verdadeiro desvio estruturalista), equipada
com suas instancias especificas, Mesmo assim, representa um avanco em relacao ao
culturalismo na concepção que este tem da necessaria complexidade da unidade de uma
estrutura (sobredeterminacao e uma forma mais bem-sucedida de pensar essa complexidade do
que a combinatória invariante da causalidade estruturalista). Mais ainda, por sua capacidade
conceitual de pensar uma unidade que seja construída atraves das diferengas, e nao das
homologias, entre as praticas.
O paradigma estruturalista, se desenvolvido corretamente, nos permite, de fato,
conceituar a especificidade de praticas diferentes (analiticamente diferenciadas e abstraidas),
sem perder de vista o conjunto por elas constituido. O culturalismo afirma constantemente a
especificidade de praticas diferentes — a "cultura" nao deve ser absorvida pelo "economico":
mas Ihe falta uma maneira adequada de estabelecer essa especificidade teoricamente.

A terceira vantagem que o estruturalismo exibe reside em seu descentramento da


"experiencia" e seu trabalho original de elaboracao da categoria negligenciada de "ideologia".
E dificil conceber um pensamento em Estudos Culturais dentro de um paradigma marxista que
seja inocente da categoria de "ideologia". E claro, o culturalismo constantemente se refere a
esse conceito: mas ele de fato nao se situa no centro de seu universe conceitual. O poder
autenticador e a referenda da "experiencia" impoem uma barreira entre o culturalismo e uma
concepcao adequada de "ideologia". Contudo, sem ele, a eficácia da "cultura" para a reproducao
de um modo especifico de producao nao pode ser compreendida.

As vantagens do culturalismo podem ser derivadas das deficiencias da posicao


estruturalista ja notadas acima e de seus silencios e ausencias estrategicas. Ele insistiu,
corretamente, no momento afirmativo de desenvolvimento da organização e da luta consciente
como elemento necessario a analise da historia, da ideologia e da consciencia: contrariamente
ao seu persistente rebaixamento no paradigma estruturalista.

De novo, e Gramsci, em boa parte, que nos fornece um conjunto de categorias mais
refinadas atraves das quais podemos vincular as categorias Culturais em grande parte
"inconscientes" e ja dadas do "senso comum" com a formação de ideologias mais ativas e
organicas, que sao capazes de intervir no piano do senso comum e das tradicoes populares e,
atraves de tais intervencoes, organizar as massas de homens e mulheres. Nesse sentido, o
culturalismo restaura adequadamente a dialetica existente entre o inconsciente das categorias
Culturais e o momento de organizacao consciente: ainda que, de maneira caractenstica, ele
tenda a igualar a excessiva enfase do estruturalismo sobre as "conduces" com uma ênfase
demasiado inclusiva sobre a "consciencia".

Este e, precisamente, um dos pontos-chave onde o culturalismo faz sua critica acirrada
sobre os "processes sem sujeito" do estruturalismo. A diferenga e que, enquanto o culturalismo
corrigiria o hiperestruturalismo dos modelos anteriores pela restaurac.ao do sujeito unificado
(coletivo ou individual) da consciencia no centro da "Estrutura", a teoria do discurso, por
intermedio dos conceitos freudianos do inconsciente e dos conceitos lacanianos de como os
sujeitos sao constituidos na linguagem (pela entrada no Simbolico e na Lei da Cultura), restaura
o sujeito descentrado, o sujeito contraditorio, como um conjunto de posicoes na linguagem e
no conhecimento, a partir do qual a cultura pode parecer enunciada.

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