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Resumo
Introdução
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utilizaram Alice no País do Quantum, para ensinar física de partículas aos seus
alunos, mediante o Capítulo Baile dos Massacarados.
O ensino de FMC no EM se encontra, geralmente, presente no programa de
conteúdos de muitos livros e apostilas de física de forma fragmentada, além de
aparecer apenas no final do programa. Em suma, são dirigidos para os estudantes
de 3º EM, no final do ano, quando os alunos já se encontram saturados e
pressionados pelos exames vestibulares, o que os leva a quererem se dedicar mais
às revisões da física clássica, ainda dominantes nas cobranças destes exames. Tal
pragmatismo histórico e institucionalizado gera, de início, uma recusa por parte dos
alunos a se dedicarem aos estudos de FMC, além do que, em uma breve análise
dos materiais didáticos disponíveis, percebe-se que tais assuntos se reduzem, em
sua maioria, a breves apresentações. Os estudos sobre essas e outras
problemáticas a respeito da inserção da FMC são abrangentes e buscam entender o
motivo dessa física não ser apresentada, de fato, aos nossos alunos, além de
proporem soluções para sua aplicação, o que se verifica em vários trabalhos como
Lucas (2012) ou Melhorato e Nicole (2012), entre outros.
Com o intuito de apresentar e ensinar a FMC e, principalmente a MQ no EM,
propomos uma atividade diversificada, buscando uma abordagem mais intuitiva e
menos matemática como caminho possível, como indicada por Pessoa Junior
(2003), realizada através da leitura dos três capítulos iniciais do livro Alice no País
do Quantum (GILMORE, 1998), como ferramenta alternativa ao ensino de FMC e da
MQ, que por sua vez, é ainda mais escassa no ensino de física do EM.
Metodologia
Dado nosso problema de pesquisa, adotamos como método realizar uma
pesquisa na forma qualitativa etnográfica, conhecida em uma de suas
denominações como pesquisa-ação (BARBIER, 1985), com enfoque crítico-
participativo, na linha do materialismo dialético, por perceber que essa escolha nos
fornecerá uma dialética da realidade (contexto) em que vivem os alunos
participantes do estudo, sendo necessário, como apontado por Triviños (1987):
“conhecer (através de percepções, reflexões e intuições) a realidade para
transformá-la em processos contextuais e dinâmicos complexos”. A opção em se
adotar a pesquisa qualitativa etnográfica se deve, como descrito por Triviños (1987)
e Lüdke e Menga (1986), em considerar a descrição dos fenômenos estudados (seu
contexto) e seus significados culturais pelo grupo composto pelo professor
(pesquisador) e pelos alunos participes do estudo.
A visão interacionista de Vygotsky (2008), em especial sua pesquisa a
respeito da formação de conceitos científicos, presente em seu livro Pensamento e
Linguagem (2008), nos parece estabelecer uma boa compreensão das etapas que
levam aos conceitos científicos e sua formação, através da abstração das leituras
usadas na sala de aula com os alunos de 3º ano do EM. Vygotsky (2008) determina
a formação de conceitos científicos pela análise aprofundada das etapas
denominadas: sincretismo, como a tentativa e erro; complexos, como os
pseudoconceitos; conceito potencial, verificada através de treinos; abstração,
principal responsável pela formação de conceitos e, finalmente, conceito científico
genuíno. Aprofundando nossa interpretação a respeito da formação de conceitos
físicos por meio da literatura e importância da palavra, utilizamos o referencial
teórico proporcionado por Duval (2005) a respeito dos registros de representação
semiótica e funcionamento cognitivo.
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continuaram por conta a leitura de todo o livro e posterior vieram comentar e sanar
diversas dúvidas conceituais, que extrapolariam o tempo que tínhamos para o
estudo do tema, como por exemplo, o paradoxo EPR.
Com nossa proposta de trabalho conseguimos despertar um interesse maior
pela física por parte dos alunos e novas pesquisas se fazem necessárias para que
novos recursos metodológicos que articulem a física com a literatura possam ser
mais frequentes nos demais conteúdos de física de EM, inclusive na física clássica.
Pesquisas teóricas também são necessárias e urgentes, para se estudar o real
papel que a leitura pode desempenhar em relação ao desenvolvimento da abstração
científica. O déficit de pesquisas teóricas no ensino de física denota que os
pesquisadores estão apenas repetindo o mesmo do mesmo, assim como grande
parte dos professores em sala de aula, ensinando a física por repetição de
exercícios. Sobre a necessidade de estudos teóricos vale ressaltar a pesquisa de
Rezende, Ostermann e Ferraz (2009), ao realizarem uma introspecção no estado da
arte referente ao ensino de física nacional, nos anos de 2000 a 2007. Essas autoras
apontam para estudos basicamente realizados sobre os aspectos cognitivos do
ensino-aprendizagem baseadas em apenas três eixos: desenvolvimento de
experimentos para laboratórios didáticos; propostas metodológicas e estratégias de
ensino com elaboração de recursos didáticos, constatando a necessidade de
pesquisas teóricas que levem a produção de conhecimento.
Referências
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